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Introdução

Para uma empresa funcionar e produzir seus produtos ela tem muitos gastos e despesas que,
se não forem bem vistos e avaliados por seus administradores, podem leva-la ao prejuízo ou até
mesmo a falência.

Objetivo geral do Trabalho


O objetivo desse trabalho é abordar alguns conceitos que nos levem a uma reflexão sobre os
custos de uma empresa.

Aplicação prática
O controle dos custos de produção de uma empresa precisa ser cada vez mais indispensável
e criterioso pois a competitividade com produtos importados ou mesmo com produtos do mercado
interno é cada vez maior. Os consumidores procuram qualidade e preço baixo.
As empresas que conseguem produzir bons produtos com valores acessíveis conseguem
ganhar mercado, crescer, ter mais lucros e gerar mais empregos.

Fundamentação teórica
As fábricas e até mesmo as empresas prestadoras de serviços precisam buscar métodos de
gerenciamento eficazes e com capacidade de produção de baixo custo.

Conforme Berbel (2003, p. 22) O custo “compreende a somatória de todos os gastos com
materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados na fabricação de outros bens
materiais.”

Ao mesmo tempo que a sociedade se torna cada vez mais consumista, ela se torna exigente e
isso exige muita inovação por parte das empresas.

A Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda


às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é
fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de
previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido
para comparação com os valores anteriormente definidos. No que tange à Decisão, seu
papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações de
valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo sobre
medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de
compra ou produção etc. (MARTINS, 2003, p. 15)

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – FLCO 229ADG – Prática do Módulo II - 22/11/20
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Conhecer os conceitos e a classificação dos gastos relacionados à contabilidade de custos,


compreender as diferenças são importantes para a correta aplicação e avaliação dos custos nas
empresas e sua contabilidade. Para Crepaldi (1998, p. 56), os “[...]custos são gastos (ou sacrifícios
econômicos) relacionados com transformação de ativo (exemplo: consumo de matéria-prima ou
pagamento de salário) [...]”.

Muitas vezes investimentos altos se fazem necessários. Aquisição de máquinas e tecnologias


podem representar um grande desembolso, mas que ao longo prazo podem gerar ainda mais lucros.
É preciso que seja feita uma análise de em quanto tempo esse investimento irá “se pagar” e de fato
começar a gerar resultados.

“[...] Para tanto a sobrevivência das organizações depende cada vez mais das práticas
gerenciais de apuração, analise, controle e gerenciamento dos custos de produção dos bens e
serviços, principalmente no atual cenário de competição, conforme comenta”. (OLIVEIRA, 2000,
p. 20)

As práticas gerenciais e de custos ajudam o administrador a avaliar se a empresa tem


condições de fazer os investimentos para aumento de produção e se esse investimento é realmente
viável para o momento econômico da empresa. Através da organização dos custos de uma empresa
pode se fazer o acompanhamento das linhas de produção ou departamento. Podemos observar os
custos por departamentos e dividi-los em centro de custos, com isso, conseguimos um olhar mais
exato sobre a real contabilidade da empresa.

Custo real: é o histórico de custos que já aconteceram que são feitos um controle após o
término de um período de produção.

Custo estimado: é uma análise que tem base em um acompanhamento de custos anteriores e
se baseia para uma previsão futura.

Custo padrão: é a evolução do custo estimado que segue os padrões, avaliando a qualidade do
material e como usar a matéria-prima, o tempo que o trabalho leva para ficar pronto e também
mantendo sempre a comparação entre o custo real, para que o custo real não tenha excessos para
evitar problemas futuros com a contabilidade.

Custo orçamentário: é usado para controlar as necessidades financeiras das empresas.


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A diferença entre custo padrão e o custo orçamentário é que o padrão prevê os custos da
produção da empresa, já o custo orçamentário além da previsão das despesas de receitas ele
estabelece as margens de lucros das empresas. Para Megliorini (2002, p. 37), “os custos devem ser
determinados a fim de atingir como principais objetivos a determinação do lucro, o controle das
operações e a tomada de decisões”.

Saber sobre os custos de uma empresa é indispensável para uma boa administração, facilita
conhecer o volume de vendas e poder comparar a cada etapa estimando receita e lucros. Para obter
o melhor resultado da empresa e da contabilidade, os custos podem ser analisados em custo por
processo de fabricação; custo por ordem específica de produção.

Custo por processo de fabricação: é o custo total do produto que se dividi pela quantidade de
produtos fabricados não podendo fazer avaliação antes do término do processo.

Custo por ordem específica de produção: é um custo individual podendo neste caso
estabelecer todo o custo de cada unidade, é utilizado normalmente por empresas que não tem uma
produção continua.

Custos diretos e indiretos


Um bom administrador precisa compreender não apenas as coisas relativas a administração,
precisa também ter uma base de conhecimentos contábeis. Pois ao chegar no final do mês precisa
ter certeza do resultado e saber se a empresa teve lucro ou prejuízo.
Para o administrador ter um trabalho eficaz, ele precisa ter controle dos custos da empresa e
saber diferenciar o que é custo direto e o que é custo indireto.
Os custos diretos são todos aqueles que são destinados ao produto objeto do negócio. Como
exemplo podemos citar uma fábrica de calçados onde pode ser considerado custo direto todos os
produtos comprados para a fabricação dos calçados (couro, palmilha, sola, atacador, salário dos
funcionários que trabalham produzindo os calçados...).
Custos indiretos são os custos que a empresa tem e que não são diretamente ligados ao
produto. Utilizando o mesmo exemplo da fábrica de calçados, podemos citar como custo indireto o
custo de salário dos funcionários do escritório e compra de material de expediente.
A energia elétrica é ao mesmo tempo um custo indireto e direto. Nesse caso é utilizada a
técnica de rateio, onde se calcula qual percentual dessa conta foi de fato consumido em cada setor
da empresa. Onde o valor consumido na área produtiva será considerado direto e o valor consumido
na área administrativa será considerado indireto.
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Custo fixo e custo variável


Os controles financeiros e a gestão de custos são a base para o planejamento e organização
do negócio, acompanhar a lucratividade, além de poder organizar ações como campanhas
comerciais ou até mesmo aumentar o número de produtos ofertados pela empresa.
A separação dos custos é muito importante para a empresa manter os seus gastos controlados
e verificar como anda o seu caixa. Além disso essa separação de custos ajuda a identificar para onde
está indo o dinheiro da empresa e se torna muito útil na hora de montar estratégias de gestão para
aumentar o faturamento.
Podemos chamar de custo fixo todo aquele custo que o corre todo mês e quando ocorre
eventualmente chamamos de custo variável. A determinação do custo fixo e do custo variável
depende muito de como a empresa funciona e o administrador deve reconhecer quais são os custos
que se repetem com frequência e quais são os custos que costumam oscilar.
Um exemplo de custo fixo é o aluguel do prédio da empresa. Independentemente da
quantidade de produtos que girar dentro da empresa no mês, o valor do aluguel é o mesmo.
Enquanto os produtos que a empresa vende ou fabrica são custos variáveis, pois dependem muita da
quantidade de venda que esteja ocorrendo no período.
Algumas empresas como bares, restaurantes, padarias e supermercados mantém a mesma
quantidade de funcionários durante todo o ano, então podemos dizer que nessas empresas os
salários dos funcionários são considerados custos fixos. Já em muitas empresas de construção civil
a mão de obra varia de acordo com a quantidade de serviços, então o salário é considerado um custo
variável.
Uma boa ferramenta de gestão é a utilização de gráficos para acompanhar os gastos da
empresa. O gestor pode montar uma planilha com os gastos do mês e transformá-las num gráfico
onde poderá visualizar e analisar para onde estão indo os recursos financeiros da empresa e a partir
disso começar a fazer análises.
Abaixo um exemplo de gráfico de custos onde se pode analisar que “fatia” de gastos cada
valor representa:
QUADRO 1 – GASTOS MENSAIS
Funcionários da Produção 100.000,00
Funcionários da Administração 50.000,00
Energia elétrica 8.000,00
Limpeza e conservação 2.000,00
Aluguel do prédio 4.000,00
Compra de matéria prima 35.000,00
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GRÁFICO 1 – GASTOS DO MÊS

Gastos do mês

Funcionários da produção funcionários da Administração Energia elétrica


limpeza e conservação Aluguel do prédio compra de matéria prima

REFERÊNCIAS
BERBEL, José Divanil Spósito. Introdução à Contabilidade e Análise de
Custos. São Paulo: STS, 2003.

CREPALDI, Silvio Aparecido, Contabilidade gerencial: teoria e prática. São Paulo: Editora
Atlas,1998.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEGLIORINI, Evandir. Custos. São Paulo: MarkronBooks, 2001.

OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR; José Hernandez. Contabilidade de custos para não
contadores. São Paulo: Editora Atlas, 2000.

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