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Idalécio Gotine

Medição de gradezas elétricas em correntes ( AC e CC) monifasico


(Licenciatura em Engenharia Eléctrica)

Universidade Rovuma
Nampula
2021

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3

Objectivo geral:. ............................................................................................................... 3

Objectivo específico: ........................................................................................................ 3

Medição de Corrente: Amperímetro ................................................................................. 4

Medição de Tensão: Voltímetro ....................................................................................... 5

Cuidados na Medição de Corrente e Tensão .................................................................... 5

Medição de Potência: Wattímetro .................................................................................... 6

Corrente alternada............................................................................................................. 7

Corrente alternada sinusoidal ........................................................................................... 7

Factor de potência............................................................................................................. 8

Recetores puramente resistivos. ....................................................................................... 8

Conclusão ....................................................................................................................... 11

Bibliografia ..................................................................................................................... 12

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1. Introdução

A corrente é considerada contínua quando não se altera o seu sentido, ou seja, será
sempre positiva ou negativa enquanto a corrente alternada é de sentido variável com as
características, periódica e valor médio nulo.
Neste presente trabalho abordara-se sobre as grandezas eléctricas de corrente DC e AC
monofásica.

Objectivo geral:.
 Facilitar a dinâmica da aula, com expressivo ganho de tempo e de compreensão
de grandezas eléctricas

Objectivo específico:
 Identificar os tipos de instrumentos de medidas eléctricos
 Saber distinguir cada instrumento de medida eléctrica
 Resolver exercícios sobre os instrumentos de medidas eléctricos

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2. Medição de Corrente: Amperímetro
Um amperímetro funciona baseado na indução magnética que a passagem de corrente
ocasiona sobre determinado sensor, denominado galvanômetro. Em amperímetros
analógicos o galvanômetro pode ser implementado como uma bobina sob a influência de
um imã permanente. Deixando a bobina livre para girar em torno de um eixo, pode-se
determinar a corrente que o atravessa, pela deflexão angular que ela sofre em
amperímetros digitais, o galvanômetro é um circuito eletrônico que compara o valor de
corrente medido com um valor de corrente pré-determinado gerado pelo próprio aparelho.
A resistência RA tem como função desviar a corrente que passa pelo galvanômetro. Isto
porque os galvanômetros têm um limite de corrente máxima que quando ultrapassado os
danificam e os tornam inutilizáveis. Desta maneira, para se medir valores de correntes
cada vez mais elevadas o valor de RA deve ser cada vez mais baixo. Ou seja, quanto
menor a escala do amperímetro menor será o valor da resistência RA, pois maior parcela
da corrente poderá atravessar o galvanômetro.

Figura 1: Configuração básica de um amperímetro.

Com princípio de funcionamento em mente, pode-se inferir que o amperímetro deve ser
ligado em série com o circuito a ser medido, pois a corrente a ser medida deve
atravessá-lo.

Figura 1.1: Procedimento de leitura de corrente. (a) corrente Ix a ser medida e (b)
ligação do amperímetro correspondente.

A resistência interna do amperímetro é geralmente desprezível e na maioria das vezes


pode ser considerado um curto-circuito.

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3. Medição de Tensão: Voltímetro

A configuração básica de um voltímetro é mostrada na figura 4.3. Sabendo-se a


resistência equivalente desse circuito pode-se determinar qual é o valor da queda de
tensão no mesmo. Aqui o valor de RV é quanto maior tanto maior for a tensão a ser
medida.

Figura 4.3: Configuração básica de um voltímetro.

A medição de ddp deve ser realizada utilizando o voltímetro em paralelo com o circuito
a ser medido.

Figura 1.2: Procedimento de leitura de tensão. (a) tensão vx a ser medida. (b) ligação do
voltímetro correspondente.

A resistência interna do voltímetro deve ser elevada (em geral da ordem de dezenas a
centenas de mega ohms) para drenar uma corrente mínima do circuito a ser medido. De
modo geral, considera-se sua resistência interna infinita.

Cuidados na Medição de Corrente e Tensão


É conveniente salientar que a escala de medição de tensão ou corrente do multímetro não
deve ser menor do que a grandeza a ser medida, pois isso acarretará em danos ao
galvanômetro do aparelho. Assim, deve-se começar a medição com a seleção da maior
escala de leitura possível e diminuí-la à medida que o valor medido assim o permitir.

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4. Medição de Potência: Wattímetro

O wattímetro nada mais é do que a combinação de um voltímetro e um amperímetro. A


corrente medida é multiplicada pela tensão também medida e o resultado é a potência.

Figura 1.4: Medição de potência. (a) Potência a ser medida P = V.I (b) Ligação do
Wattímetro.

5. Medição de Resistência Elétrica: Ohmímetro

O princípio de funcionamento de um ohmímetro é mostrado na figura 4.10.

Figura 1.5: Ilustração do princípio de funcionamento do ohmímetro.

A resistência elétrica do elemento resistivo é determinada a partir da lei de ohm. Quanto


maior a escala de resistência, maior é a tensão Vi.

Em ohmímetros analógicos, uma escala pode ser determinada conforme se segue.

Se um curto-circuito for atribuído aos terminais do ohmímetro, tem-se RX = 0Ω, situação


de corrente máxima. Se os terminais estiverem em circuito aberto, implicará que a
corrente é nula. Representando estes valores extremos de resistência em uma escala.

Figura 1.6: Escala inversa.

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6. Corrente alternada

É uma corrente de sentido variável com as características, periódica e valor médio nulo.
Periódica, porque o sentido da corrente muda em intervalos de tempo iguais ao longo do
tempo. Valor no médio nulo resultante da corrente passar pelos mesmos valores de
intensidade, tanto sentido negativo como no positivo.

Osciloscópio

Para observar o comportamento de correntes alternadas comumente utiliza-se um


osciloscópio. Apenas para exemplificar o que ocorreria durante a medida de uma tensão
elétrica contínua, ou seja, uma tensão constante no tempo.

Figura 2.0 - Tela do osciloscópio durante a medida de uma (a) tensão elétrica

contínua; (b)tensão alternada

Corrente alternada sinusoidal

A corrente alternada sinusoidal, é um caso particular da corrente alternada, cujo valor é


uma função sinusoidal no tempo. Esta curva denomina-se sinusoide. Esta é a corrente
alternada mais importante visto que toda a energia elétrica é produzida desta forma.

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Figura 2.1: da corrente alternada sinusoidal.

7. Factor de potência

Recetores puramente resistivos.

Quando temos recetores puramente resistivos, aparelhos de aquecimento e lâmpadas


incandescentes, estes oferecem a mesma resistência quer em corrente contínua quer em
corrente alternada. Assim, as fórmulas apresentadas abaixo e estudadas para a corrente
contínua são também válidas para a corrente alternada. A intensidade de corrente está em
fase com a tensão, no caso de recetores óhmicos. Coincidindo, assim, os valores nulos no
tempo, passando a corrente e a tensão ao mesmo tempo pelo zero.

Figura 2.2: a tensão e a corrente em fase.

Recetores indutivos

Utilizando uma fonte de corrente alternada a passar sobre uma bobina, verifica-se uma
grande resistência há passagem da corrente elétrica. Se reduzirmos o coeficiente de
autoindução da bobina, esta reduz a resistência à passagem da corrente alternada.
Aumentando a frequência da corrente, a resistência da bobina aumenta. Assim, o efeito
indutivo de uma bobina de coeficiente de autoindução L numa corrente alternada de
frequência f avalia-se pelo produto: chamada de reatância indutiva , cuja unidade é o Ω.

Os valores máximos e nulos da intensidade de corrente têm um certo atraso em relação


aos valores da tensão, este atraso designado de desfasamento. Diz-se que a intensidade de

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corrente está desfasada em atraso relativamente à tensão. No caso da reatância indutiva o
atraso é de 90°.

Figura 2.3: corrente desfasada em atraso em relação à tensão.

Recetores RLC

Um circuito composto por resistência (R), coeficiente de autoindução (L) e com


capacidade (C), é designado por circuito RLC.

Submetendo este conjunto a uma tensão alternada verifica-se que os efeitos da resistência
da bobina e do condensador se subtraem, sendo a reatância do circuito, que é representada
pela letra X, a diferença entre a reatância indutiva e a reatância capacitiva, cuja expressão
é:

e cuja unidade é o Ω.

Figura 2.4: corrente desfasada avançado em relação à tensão.

Impedância de um recetor é a dificuldade que este opõe à passagem da corrente elétrica


alternada. A impedância é representada pela letra Z, e a sua unidade é o Ω.

Potência

Em corrente alternada os valores da intensidade de corrente e da tensão são variáveis ao


longo do tempo, pelo que o seu produto também é variável, afetado pelo valor do ângulo
ϕ.

Potência activa

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É a potência que realmente é consumida num circuito, é representada pela letra P e a sua
unidade é o Watt [W]. Assim, a potência ativa em corrente alternada é o produto da
intensidade de corrente e da tensão multiplicado pelo fator de potência.

Potência reativa

A potência aparente é representada pela letra S e a sua unidade é o Volt Ampère [VA], e
representa o máximo valor de potência que pode ser consumida com a tensão e a
intensidade de corrente dadas.

Triângulo de potências

Multiplicando por I2 os valores da resistência (R), reatância (X) e da impedância (Z)


obtemos o triângulo das potências.

Figura 2.5: o triângulo das potências.

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8. Conclusão

Tendo em vista os factos apresentados concluiu-se que os instrumentos de medição


eléctrica ajudam a verificar a exactidão das variáveis necessárias para que tudo saia dentro
do esperado, cada instrumento de medida eléctrica desempenha a sua própria função.
Exemplo: enquanto o wattímetro desempenha a função de medir a potência eléctrica
fornecida ou dissipada por um elemento o amperímetro é um instrumento de medida da
amplitude da corrente eléctrica.

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9. Bibliografia

Princípios de electricidade e electrónica, Noel M. Morris, Edições CETOP. Elementos de


electricidade, Simões Morais, Edição do Autor.
Electricidade. José Vagos Carreira Matias, Didáctica Editora.
Física e Química na nossa vida – Viver melhor na Terra, M. Margarida R. D. Rodrigues
e Fernando Morão Lopes Dias, Ciências Físico-Químicas | 9º ano, Porto Editora.

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