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DIREITOS FUNDAMENTAIS
Sistema monista:
Poderia chamar-se sistema automático, pois a incorporação ao
ordenamento jurídico interno supõe aplicação imediatamente após
a celebração do tratado internacional, sem requerer qualquer
posterior ato interno de conversão em norma jurídica interna,
para consolidar que a norma convencional está em vigor
internamente.Este sistema encontra seu sustento nas idéias de
Kelsen. De fato, disse o autorque há apenas uma regra
fundamentalque dá validade a toda a ordemlegal, única regra que
acaba por unir o Direito Interno com o Internacionaljá que ambos
encontram nele sua razão de validade.
Sistema dualista:
Por outro lado, em relação ao sistema de incorporação
dualista ou sistema de incorporação especial ou formal, Novak e
García-Corrochano destacam: "Outros sistemas constitucionais
requerem algum tipo de procedimento interno, independentemente
do que é requerido para a entrada em vigor internacional dos
tratados, de modo que os padrões internacionais se liguem na
ordem interna. Conseqüentemente, nesses sistemas, a entrada em
vigor interna e internacional do tratado ocorre em momentos
diferentes.” O sistema dualista é baseado nas idéias
apresentadas por Triepel em 1899, que afirmavam que o Direito
Interno e Internacional eram diferentes, com vidas separadas e
independentes. Ele levantou isso, pois considerou que os dois
sistemas tinham fontes diferentes e regulavam diferentes
relações. Para ele, havia dois sistemas legais.
Neste sistema (que é o adotado no Brasil), o tratado para ter
eficácia na ordem jurídica interna deve ser recepcionado
(transposto, incorporado).
Fases do tratado:
Negociação (celebração do tratado): acontece entre os
chefes de estado, no entanto o chefe de estado pode
delegar a outra pessoa, através de uma Carta de
PlenosPoderes. Neste caso o representante que recebeu a
Carta de Plenos Poderes será o Agente Plenipotenciário.
Congresso Nacional: uma vez que o tratado foi celebrado,
será remetido ao Congresso Nacional que poderá aceitar
totalmente ou rejeitar partes do tratado (opor reservas
ao tratado) ou mesmo rejeitar totalmente, no entanto há
tratados que não admitem reservas. Quando o chefe de
estado não puder cumprir o tratado, ele deve rescindi-
lo (denúncia). Um tratado recepcionado e válido na
ordem jurídica interna pode ser denunciado se o
presidente assim achar necessário.
Ratificação do tratado: ratificar o tratado significa
confirmar o tratado perante as demais nações
estrangeiras que o país é signatário deste tratado. A
ratificação pode ser encaminhada pelo chefe de estado
ou pelo agente plenipotenciário. Estes têm liberdade de
agir neste caso (competência discricionária).
Promulgação e publicação do tratado: A promulgação
acontece por meio de decreto presidencial que trará
eficácia ao tratado perante a ordem jurídica interna. A
publicação acontece no Diário Oficial da União (D.O.U.).
Status do tratado: Após a recepção, o tratado terá
status de lei ordinária federal se não versar sobre
direitoshumanos, porém se o tratado versar sobre
direitoshumanos o tratado recepcionado terá status
supra legale status constitucional (tem o mesmo valor
de emenda constitucional).
Status constitucional: para o tratado adquirir status
constitucional, abre-se o prazo no Congresso Nacional
para os legitimados se manifestarem se querem que o
tratado seja discutido no rito das emendas (rito
complexo). Caso esta seja a escolha, o tratado ganhará
status constitucional. Os legitimados são: o presidente
da república, 1/3 de todos os deputados federais, 1/3
de todos os senadores e mais da metade das assembléias
legislativas (Art. I a II, CF).
Status supralegal: caso não haja manifestação pelos
legitimados, o status do tratado passa a ser supralegal.
Rito simples:
Há vários tipos de quorum para aprovação de matérias
e demais decisões da Casa. O mais comum é o de maioria simples,
exigido para aprovação de projetos de lei ordinária, de
resolução e de decreto legislativo, bem como de Medida
Provisória, que pode também ser aprovada por votação simbólica.
A maioria simples ou relativa é computada sobre o
total dos presentes.
A maioria absoluta está relacionada a 50% (do total)
+ próximo número inteiro, ou seja, arrendoda-se para cima.
Ainda existe a votação de 1/3 e 2/3.
Rito complexo:
A votação acontece nas duas casas legislativas. No
primeiro momento acontece a primeira votação na Câmara dos
Deputados, exigindo para aprovação 3/5 dos votos. Se aprovado
vai para segunda votação exigindo o mesmo quórum.
Aprovada na Câmara dos Deputados vai para o Senado
que votará também por duas vezes exigindo também o quórum de 3/5
para aprovação.
Aprovado nas duas casas vai para a promulgação do
Presidente da República e posterior publicação no D.O.U do
Decreto Legislativo assinado pelo presidente do Congresso
Nacional.
3.1. Garantias:
São instrumentos processuais para a proteção dos
direitos. As garantias são acessórias em relação ao direito: o
direito tem função material, as garantias têm função processual.
As garantias são classificadas de acordo com a
espécie: princípio garantia e remédios constitucionais.
5.3. Relatividade:
Os direitos fundamentais não são absolutos. Ao
contrário, são relativos: eles podem sofrer limitações e
restrições. É o caso da desapropriação que vai de encontro ao
direito de propriedade, no entanto em fase de resguardar o
interesse público (da sociedade) este direito fica prejudicado,
mas cabe ao proprietário uma indenização justa. A perda da
propriedade rural (art.243) decorrida de punição por trabalho
escravo ou plantio de drogas é outro exemplo.
Outro exemplo da relatividade dos direitos
fundamentais está relacionada com o aborto (art. 124, CP)
quepode ser terapêutico (a vida do nascituro será sacrifica em
favor da mãe – trata-se de ponderação), sentimental (relacionado
à gravidez por estupro onde a integridade física e psicológica
da gestante está acima da vida do nascituro) ou de interrupção
da gestação, onde impossibilidade de vida do nascituro está
acima do direito de vida do próprio nascituro).
5.4. Gratuidade:
Ninguém pode pagar para exercer um direito
fundamental, admitindo exceções.
5.5. Imprescritibilidade:
Os direitos fundamentais não se perdem com o tempo,
não prescrevem, uma vez que são sempre exercíveis e exercidos,
não sendo perdidos pela falta de uso (prescrição); tal regra não
é absoluta, existindo direitos que, eventualmente podem ser
atingidos pela prescrição, como é o caso da propriedade, que não
sendo exercida, poderá ser atingida pela usucapião.
5.6. Universalidade:
Todas as pessoas são titulares de direitos
fundamentais, simplesmente pelo fato de serem pessoas.
VI. Nacionalidade
11.3. Sufrágio:
O sufrágio é um direito material. O direito de votar
é a capacidade eleitoral ativa (alistabilidade).
O direito de ser votado é a capacidade
eleitoralpassiva (elegibilidade).
O direito de votar é facultativo para maiores de 16
anos e menores de 18 anos, os maiores de 70 anos e os
analfabetos. O alistamento é obrigatório para os estão fora
destas faixas de idade e que sejam alfabetizados.
XIII. Inelegibilidade
Estar nesta condição é ter um impedimento parcial do
exercício da cidadania.