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Universidade dos Açores

Faculdade de Economia e Gestão

Contabilidade de Operações Especiais

NCRF 27
INSTRUMENTOS FINANCEIRSOS

Ponta Delgada, 11 de Junho de 2021

Docente: Gisela Baptista

Discente: Neuza Fernandes


Universidade dos Açores

Faculdade de Economia e Gestão

Índice
I. Introdução .......................................................................................................................3

II. A Norma da CNC ...........................................................................................................4

III. NCRF 27 – Instrumentos Financeiros ...........................................................................4

1. Objetivo ..................................................................................................................................................... 4
2. Âmbito ...................................................................................................................................................... 5
3. Definições .................................................................................................................................................. 5
4. Reconhecimento .......................................................................................................................................... 7
5. Mensuração................................................................................................................................................ 8
3. Imparidade ............................................................................................................................................... 13
4. Desreconhecimento .................................................................................................................................... 15
5. Contabilização de Cobertura ...................................................................................................................... 15
IV. Casos Práticos................................................................................................................18

Exercício 1...................................................................................................................................................... 18
Exercício 2...................................................................................................................................................... 19
Exercício 3...................................................................................................................................................... 20
V. Conclusão......................................................................................................................22

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I. Introdução
O presente trabalho foi elaborado no âmbito a disciplina de Contabilidade e Operações Especiais e
estuda a NCRF 27 – Instrumentos Financeiros.

Dos temas propostos para a elaboração do trabalho, a escolha recaiu sobre essa norma, de forma a
aprofundar os meus conhecimentos, dado ser a que mais dificuldades de compreensão me apresentava,
sendo uma boa forma reforçar os conhecimentos.

O trabalho é dividido em três principais capítulos, nomeadamente, Capítulo II – A Norma da CNC,


Capítulo III – NCRF 27 – Instrumentos Financeiros e o Capítulo IV – Casos Práticos.

No Capítulo II iremos abordar a origem da NCRF, nomeadamente o objetivo da sua criação.

O Capítulo III – NCRF 27 – Instrumentos Financeiros estará dividido em oito partes, nomeadamente
o objetivo da norma, o seu âmbito, as principais definições para a compreensão da norma, o
Reconhecimento de Instrumentos Financeiros, a Mensuração, as Imparidades, o Desreconhecimento e
a Contabilização de Cobertura.

Para uma melhor compreensão da aplicação da norma foi criado um Capítulo IV – Casos Práticos, onde
serão resolvidos três exercícios de aplicação, utilizando os vários métodos de mensuração dos
Instrumentos Financeiros.

Para a elaboração do trabalho foi utilizado o SNC – Explicado de João Rodrigues (7.ª Edição) e o sítio
da internet da Comissão de Normalização Contabilística.

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II. A Norma da CNC


A Comissão Normativa Contabilística (CNC), relativamente aos instrumentos financeiros emitiu a
NCRF 27, que tem por base a IAS 32 (Instrumentos Financeiros: Divulgações e Apresentação), a IAS
39 (Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e a IFRS 7 (Instrumentos Financeiros –
Divulgações).

O principal objetivo da criação da NCRF 27 foi simplificar as disposições aplicáveis aos instrumentos
financeiros, uma vez que a IAS 39 é uma norma altamente complexa. No entanto caso a entidade opte
por aplicar integralmente a IAS 39, a IAS 32 e a IFRS 7, não necessita de aplicar a NCRF 27.

IAS 39
IAS 32 IFRS 7

NCRF
27

III. NCRF 27 – Instrumentos Financeiros


O conceito de instrumento financeiro é muito amplo, no entanto pode afirmar-se que todas as entidades
possuem instrumentos financeiros, os quais podem estar representados por ativos financeiros (contas a
receber, ações, obrigações, entre outros), por passivos financeiros (empréstimos bancários ou
obrigacionistas, emissão de ações preferenciais, etc.), por instrumentos de capital próprio ou
instrumentos derivados para cobertura do risco cambial, de taxa de juro, do preço de matérias-primas,
entre outros.

1. Objetivo
O objetivo desta norma é o de prescrever o tratamento contabilístico dos instrumentos financeiros e
respetivos requisitos de apresentação.

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2. Âmbito
Esta norma deve ser aplicada no reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros, no
entanto aplica-se a todos os instrumentos financeiros com exceção:

a) Dos investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos;


b) Dos direitos e obrigações no âmbito de um plano de benefícios aos empregados;
c) Dos contratos de seguros;
d) Das locações.

3. Definições
Instrumento Financeiro: é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um
passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade.

Ativo financeiro: é qualquer ativo que seja:

a) Dinheiro;
b) Um instrumento de capital próprio de uma outra entidade;
c) Um direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro de outra entidade, ou de
trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outras condições que sejam potencialmente
favoráveis para a entidade;
d) Um contrato que seja ou possa ser liquidado em instrumentos de capital próprio da própria
entidade e que seja um não derivado para o qual a entidade esteja, ou possa estar, obrigada a
receber um número variável de instrumentos de capital próprio da própria entidade ou um
derivado que seja, ou possa ser, liquidado de forma diferente da troca de uma quantia fixa de
dinheiro ou outro ativo financeiro por um número fixo de instrumentos de capital próprio da
própria entidade.

Exemplos de ativos financeiros


•Contas a receber
•Ações
•Obrigações
•etc.

Passivo financeiro: é qualquer passivo que seja:

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a) Uma obrigação contratual de entregar dinheiro ou outro ativo financeiro a uma outra entidade,
ou de trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outras entidades em condições que
sejam potencialmente desfavoráveis para a entidade;
b) Um contrato que seja, ou possa ser, liquidado em instrumentos de capital próprio da própria
entidade e que seja:
i. Um não derivado para o qual a entidade esteja, ou possa estar, obrigada a entregar um
número variável de instrumentos de capital próprio da própria entidade;
ii. Um derivado que seja, ou possa ser, liquidado de forma diferente da troca de uma
quantia fixa em dinheiro ou outro ativo financeiro por um número fixo de instrumentos
de capital próprio da própria entidade.

Exemplos de passivos financeiros


•Empréstimos Bancários;
•Empréstimos Obrigacionistas;
•Emissão de ações preferenciais
•etc

Instrumento de Capital Próprio: é qualquer contrato que evidencie um interesse residual nos ativos de
uma entidade, após dedução de todos os seus passivos.

Justo Valor: é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo ser liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que não exista relacionamento entre elas.

Derivado: é um instrumento financeiro ou outro contrato com todas as três caraterísticas seguintes:

a) O seu valor altera-se em resposta à alteração numa específica taxa de juro, preço de instrumentos
financeiros, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, notação de
crédito ou índice de crédito ou outra variável, desde que, no caso de uma variável não financeira,
a variável não seja específica de uma das partes do contrato (por vezes denominada “subjacente”);
b) Não requer qualquer investimento líquido inicial ou requer investimento inferior ao que seria
exigido para outros tipos de contrato- que se esperaria que tivessem uma resposta semelhante às
alterações nos fatores de mercado;
c) É liquidado numa data futura.

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Custo amortizado de um ativo financeiro ou de um passivo financeiro: é o montante pela qual o ativo
financeiro ou o passivo financeiro é mensurado no momento do reconhecimento inicial, menos os
reembolsos de capital, mais ou menos amortização cumulativa – usando o método do custo efetivo – de
qualquer diferença entre o montante inicial e o montante na maturidade, e menos qualquer redução
(diretamente, ou por meio de uso de uma conta de abatimento) relacionada com imparidade ou
incobrabilidade.

Método do juro efetivo: é um método de calcular o custo amortizado de um ativo financeiro ou de um


passivo financeiro e de imputar o rendimento dos juros ou o gasto dos juros.

Custo de transação: são custos incrementais que sejam diretamente atribuíveis à aquisição, emissão ou
alienação de um ativo financeiro ou de um passivo financeiro. Um custo incremental é aquele que não
seria incorrido se a entidade não tivesse adquirido, emitido ou alienado o instrumento financeiro.

Compromisso firme: é um acordo vinculativo para a troca de uma quantidade especificada de recursos,
a um preço especificado, numa data ou datas futuras especificadas.

Desreconhecimento: é a remoção do balanço de uma entidade de um ativo/passivo financeiro


anteriormente reconhecido.

Item coberto: é um ativo, passivo, compromisso firme, transação futura altamente provável ou
investimento liquido numa unidade operacional estrangeira que expõe a entidade ao risco de alteração
no justo valor ou nos fluxos de caixa futuros, e foi designado como estando coberto.

Instrumento de cobertura: é um derivado designado ou (apenas para uma cobertura do risco de


alterações nas taxas de câmbio de moeda estrangeira) um ativo financeiro não derivado designado ou
um passivo financeiro não derivado cujo justo valor ou fluxos de caixa se espera que compensem as
alterações no justo valor ou em fluxos de caixa de um elemento coberto.

4. Reconhecimento
De acordo com a NCRF 27, devemos reconhecer um ativo financeiro, um passivo financeiro ou um
instrumento de capital próprio, quando a entidade se torna uma parte das disposições contratuais do
instrumento.

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Uma entidade deve reconhecer instrumentos de capital próprio no capital próprio quando a entidade
emite tais instrumentos e os subscritores fiquem obrigados a pagar dinheiro ou entregar qualquer outro
recurso em troca dos referidos instrumentos de capital próprio. Se os instrumentos de capital próprio
forem emitidos antes dos recursos serem proporcionados a entidade deve apresentar a quantia a receber
como ativo.

Se uma entidade adquirir ou readquirir os seus próprios instrumentos de capital próprio, esses
instrumentos (“quotas/ações próprias”) devem ser reconhecidos como dedução ao capital próprio. A
quantia a reconhecer deve ser o justo valor da retribuição paga pelos respetivos instrumentos de capital
próprio. Uma entidade não deve reconhecer qualquer ganho ou perda na demonstração de resultados
decorrente de qualquer compra, venda, emissão ou cancelamento de ações próprias.

No caso de a entidade emitente ficar obrigada ou sujeita a uma obrigação de entregar dinheiro, ou
qualquer outro ativo, por contrapartida de instrumentos de capital próprio emitidos pela entidade, o
valor presente da quantia a pagar deverá ser inscrito no passivo por contrapartida de capital próprio.
Caso cesse tal obrigação e não seja concretizado o referido pagamento, a entidade deverá reverter a
quantia escrita no passivo por contrapartida do capital próprio.

5. Mensuração
5.1 Mensuração inicial de ativos e passivos financeiros

Quando um ativo ou um passivo financeiro é inicialmente reconhecido, uma entidade deve mensurá-lo
pelo seu justo valor. A NCRF refere que os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à
aquisição do ativo financeiro ou à emissão do passivo financeiro devem ser incluídos no justo valor, no
caso dos ativos e passivos financeiros cuja mensuração subsequente não seja inferior ao justo valor.

5.2 Mensuração subsequente de ativos e passivos financeiros

A NCRF refere que, após o reconhecimento inicial, uma entidade deve mensurar, em cada ano de relato,
todos os ativos pelo justo valor, sendo que as alterações de justo valor devem ser reconhecidas na
demonstração de resultado. Excetuam-se:

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 Instrumentos de capital próprio de uma entidade que não sejam negociados


publicamente e cujo justo valor não possa ser obtido de forma fiável. Neste caso são
mensurados ao custo menos perdas por imparidades;
 Contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liquidados em
base líquida, aplicando-se também a mensuração pelo custo menos perdas por
imparidades;
 Ativos financeiros que a entidade designe, no seu reconhecimento inicial, para ser
mensurados ao custo amortizado – utilizando para efeito a taxa de juro efetiva menos
qualquer perda por imparidade;
 Ativos financeiros não derivados a serem detidos até à maturidade, os quais devem ser
mensurados ao custo amortizado.

No caso dos passivos financeiros, após o reconhecimento inicial, em cada data de relato, devem ser
mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo, exceto quanto a passivos
financeiros classificados como detidos para negociação, os quais devem ser mensurados pelos justo valor
com as alterações de justo valor reconhecidas na demonstração de resultados.

 Passivo financeiro detido para negociação: um passivo financeiro é classificado como detido
para negociação se:
o For incorrido principalmente para a finalidade de recomprar num prazo muito próximo;
o Fizer parte, aquando o reconhecimento inicial, de uma carteira de instrumentos
financeiros identificados, que são geridos em conjunto e para os quais exista evidência
de terem recentemente proporcionado lucros reais;
o For derivado (exceto se for um instrumento de cobertura designado e eficaz).

Assim, os ativos e passivos financeiros devem ser mensurados:

Mensuração de Ativos e Passivos Financeiros

- Ao custo ou custo amortizado, menos qualquer


perda por imparidade

- Ao justo valor, com as alterações de justo valor a


serem reconhecidas na demonstração de resultados.

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Segundo a NCRF 27, não se deve alterar a política de mensuração subsequente de ativos e passivos
financeiros enquanto tal instrumento for detido, seja para passar a usar o modelo do justo valor seja para
deixar de usar esse modelo.

No entanto as entidades poderão ter de deixar de aplicar o modelo de justo valor a instrumentos de
capital próprio, se deixar de estar disponível uma mensuração fiável do justo valor desse instrumento.
Nestas situações a NCRF refere que a quantia escriturada (justo valor) torna-se, à data da transação, a
quantia de custo para efeitos de adoção do modelo de custo amortizado.

5.3 Mensuração inicial e subsequente de i nstrumentos de capital próprio e de


instrumentos compostos

De acordo com a NCRF 27 uma entidade deve mensurar os instrumentos de capitais próprios emitidos,
pelo dinheiro recebido ou pelo justo valor dos recursos recebidos ou a receber.

Se o pagamento for diferido (capital social subscrito e não realizado) e o valor temporal do dinheiro for
significativo, a mensuração inicial deve ser o valor presente da quantia a receber.

Todos os custos associados à emissão de instrumentos de capital próprio devem ser deduzidos à quantia
inscrita no respetivo capital próprio.

Os instrumentos compostos são instrumentos que são simultaneamente de dívida e de capital próprio,
como por exemplo as obrigações com warrant e obrigações convertíveis em ações.

Na emissão de instrumentos compostos, a entidade deve alocar a quantia recebida entre as respetivas
componentes, sendo que para isso deve determinar a quantia da componente do passivo financeiro
como sendo o justo valor do passivo financeiro similar que não tenha associado nenhuma componente
de capital próprio. A quantia remanescente constituirá a mensuração inicial da componente de capital
próprio.

Uma entidade não deve reverter a quantia imputada ao capital próprio em qualquer período
subsequente.

Em período subsequente à emissão, a entidade deve reconhecer sistematicamente qualquer diferença


entre a componente de passivo e a quantia nominal a pagar, à data da maturidade, como gastos de juro
utilizando o método da taxa de juro efetiva.

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5.4 Mensuração ao custo ou custo amortizado menos perdas por imparidades

Segundo a NCRF 27, devem-se mensurar os seguintes instrumentos financeiros ao custo ou custo
amortizado, menos eventuais perdas por imparidade:

a) Instrumentos financeiros:
i. À vista ou com maturidade definida;
ii. Cujos retornos para o seu detentor sejam de montante fixo, de taxa de juro fixa durante
a vida do instrumento financeiro ou de taxa variável que seja indexante típico de mercado
para operações de financiamento (ex: Euribor) ou que inclua um spread sobre esse mesmo
indexante;
iii. Que não contenham nenhuma cláusula contratual que possa resultar para o seu detentor
em perda do valor nominal e do juro acumulado (excluindo-se os casos típicos de risco
de crédito);
b) Contratos para conceder ou contrair empréstimos que:
i. Não possam ser negociados numa base líquida;
ii. Quando executados, espera-se que reúnam as condições para reconhecimento ao custo
ou ao custo amortizado, menos perdas por imparidade;
iii. A entidade designe, no momento do reconhecimento inicial, para serem mensurados ao
custo, menos perdas por imparidade.
c) Investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam negociados publicamente e
cujo justo valor não possa ser obtido com fiabilidade e derivados que estejam ligados a e devam
ser liquidados pela entrega de tais instrumentos de capital próprio não cotados, os quais devem
ser mensurados pelo custo menos perdas por imparidade.

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Exemplos instrumentos financeiros mensurados ao custo ou custo amortizado


•Clientes e outras contas a receber ou a pagar, bem como empréstimos bancários;
•Investimentos em obrigações convertíveis;
•Derivados sobre investimentos de capital próprio cujo justo valor não possa ser mensurado
fiavelmente;
•Contas a receber ou a pagar em moeda diferente do euro;
•Empréstimos a subsidiárias ou associadas;
•Instrumentos de dívida que sejam imediatamente exigíveis se o emitente incumprir o pagamento
de juro ou de amortização de divida.

5.5 Mensuração ao justo valor

Os instrumentos financeiros que não sejam mensurados ao custo ou custo amortizado devem ser
mensurados ao justo valor. Na mensuração inicial do ativo ou passivo financeiro, os custos de transação
não devem ser incluídos, sendo assim levados diretamente para resultados do exercício.

Exemplos instrumentos financeiros mensurados justo valor


•Investimentos em instrumentos de capital próprio com cotações divulgadas publicamente;
•Instrumentos de dívida perpétua ou obrigações convertíveis;
•Derivados, com exceção dos derivados que sejam sobre instrumentos de capital próprio
mensurados ao custo ou custo amortizado ou que fixem uma taxa de câmbio de uma conta a
receber ou a pagar;
•Ativos financeiros ou passivos financeiro classificados como detidos para negociação.

O justo valor reflete a qualidade de crédito de investimento. A existência de cotações de preços


publicadas num mercado ativo é a melhor evidência do justo valor e, quando elas existem, são usadas
para mensurar o ativo financeiro ou o passivo financeiro.

Quando os preços correntes não estiverem disponíveis, o preço de transações recentes proporciona prova
do justo valor corrente, desde que não tenham ocorrido alterações significativas nas circunstâncias
económicas desde a data da transação.

Se não existir um mercado ativo, o justo valor é determinado usando a técnica de valorização
relativamente à qual os fatores (valor temporal do dinheiro, risco de crédito, taxas de câmbio, preços de

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mercadorias, preços de capital próprio, volatilidade, risco de pagamento antecipado e risco de renuncia
e custos de manutenção de ativo financeiro ou de um passivo financeiro) podem ser mensurados com
fiabilidade, porque vêm de mercados ativos.

5.3 Mensuração inicial e subsequente de instrumentos de capital próprio e de


instrumentos compostos

De acordo com a NCRF 27 uma entidade deve mensurar os instrumentos de capitais próprios emitidos,
pelo dinheiro recebido ou pelo justo valor dos recursos recebidos ou a receber.

Se o pagamento for diferido (capital social subscrito e não realizado) e o valor temporal do dinheiro for
significativo, a mensuração inicial deve ser o valor presente da quantia a receber.

Todos os custos associados à emissão de instrumentos de capital próprio devem ser deduzidos à quantia
inscrita no respetivo capital próprio.

Os instrumentos compostos são instrumentos que são simultaneamente de dívida e de capital próprio,
como por exemplo as obrigações com warrant e obrigações convertíveis em ações.

Na emissão de instrumentos compostos, a entidade deve alocar a quantia recebida entre as respetivas
componentes, sendo que para isso deve determinar a quantia da componente do passivo financeiro
como sendo o justo valor do passivo financeiro similar que não tenha associado nenhuma componente
de capital próprio. A quantia remanescente constituirá a mensuração inicial da componente de capital
próprio.

Uma entidade não deve reverter a quantia imputada ao capital próprio em qualquer período
subsequente.

Em período subsequente à emissão, a entidade deve reconhecer sistematicamente qualquer diferença


entre a componente de passivo e a quantia nominal a pagar, à data da maturidade, como gastos de juro
utilizando o método da taxa de juro efetiva.

3. Imparidade
6.1 Reconhecimento de Imparidades

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Uma entidade, em cada data do balanço, deve avaliar a imparidade de todos os ativos financeiros que
não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de
imparidade, a entidade deve reconhecer uma perda por imparidade na demonstração de resultados.

A NCRF 27 indica o que considera evidência objetiva de imparidade:

a) Significativa dificuldade financeira do emitente ou devedor;


b) Quebra contratual, tal como o não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou
amortização da dívida;
c) O credor, por razões económicas ou legais, relacionadas com a dificuldade financeira do devedor,
oferece ao devedor concessões que o credor de outro modo não consideraria;
d) Torne-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização
financeira;
e) O desaparecimento de um mercado ativo para o ativo financeiro devido a dificuldades
financeiras do devedor;
f) Informação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa dos
fluxos de caixa futuros de um grupo de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial,
embora a diminuição não possa ser- ainda identificada para um dado ativo financeiro individual
do grupo, tal como condições económicas, locais ou setoriais diversas.

6.2 Mensuração de perdas por imparidades

O montante da perda por imparidade deverá ser mensurado da seguinte forma:

a) Para ativos financeiros mensurados ao custo amortizado: a perda por imparidade é a diferença
entre a quantia escriturada e o valor atual dos fluxos de caixa estimados descontados à taxa de
juro efetiva original do ativo financeiro;
b) Para ativos financeiros mensurados ao custo: é a diferença entre a quantia escriturada e o valor
presente dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de retorno de mercado
corrente para um ativo financeiro semelhante.

6.3 Reversão de perdas por imparidades

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Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, se num período subsequente, a quantia de
perda por imparidade diminuir e tal diminuição possa estar objetivamente relacionada com um evento
ocorrido após o reconhecimento, a entidade deve reverter a imparidade anteriormente reconhecida. A
reversão não poderá resultar numa quantia escriturada do ativo financeiro que exceda aquilo que seria
o custo amortizado do referido ativo, caso a perda por imparidade não tiver sido anteriormente
reconhecida. A quantia da reversão deve ser reconhecida na demonstração de resultados.

Para os instrumentos de capital próprio é proibida a reversão.

4. Desreconhecimento
7.1 Desreconhecimento de ativos financeiros

De acordo com a NCRF 27 a entidade deve desreconhecer um ativo financeiro apenas quando:

a) Os diretos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do ativo financeiro expirem;


b) A entidade transfere para outra todos os riscos significativos e benefícios relacionados com o
ativo financeiro;
c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e benefícios relacionados com o ativo
financeiro, tenha transferido o controlo do ativo para uma outra parte e esta tenha a capacidade
prática de vender o ativo na sua totalidade a uma terceira parte não relacionada e a possibilidade
e exercício dessa capacidade unilateralmente sem necessidade de impor restrições adicionais à
transferência.

7.2 Desreconhecimento de passivos financeiros

Uma entidade deve desreconhecer um passivo financeiro, ou parte dele, apenas quando este se extinguir,
ou seja, quando a obrigação estabelecida no contrato seja liquidada, cancelada ou expire.

5. Contabilização de Cobertura
Uma entidade poderá designar uma relação de cobertura entre um instrumento de cobertura e
instrumento coberto de tal forma que se qualifique como contabilização da cobertura. Para a qualificação
da contabilização de cobertura, estabelecidas na NCRF 27, uma entidade deve cumprir com todas as
seguintes condições, para que o ganho e perda no instrumento de cobertura e no instrumento coberto
seja reconhecido na demonstração de resultados, simultaneamente:

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a) Designe e documente a relação de cobertura de tal forma que o risco coberto, o item de cobertura
e o item coberto estejam claramente identificados e que o risco do item coberto seja o risco para
que esteja a ser efetuada a cobertura com o instrumento de cobertura;
b) O risco a cobrir seja um dos seguintes riscos:
i. Risco de taxa de juro de um instrumento de dívida mensurado aso custo amortizado;
ii. Risco de câmbio num compromisso firme ou numa transação futura altamente provável;
iii. Exposição a risco de preço em ativos que sejam detidos ou abrangidos por um
compromisso firme ou uma transação futura altamente provável de compra ou de venda
de ativos que tenha preços de mercado determináveis;
iv. Exposição de risco cambial no investimento líquido numa unidade operacional
estrangeira;
c) A entidade espera que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa no item coberto, atribuíveis
ao risco que estava a ser coberto, compensará praticamente as alterações de justo valor ou fluxos
de caixa do instrumento de cobertura;
d) Uma transação futura que seja o objeto de cobertura tem de ser altamente provável.

8.1 Cobertura de risco de taxa de juro fixa ou de risco de preços de ativos detidos ou
abrangidos por um compromisso firme

Se a cobertura de risco for para fazer face a uma exposição a taxa de juro fixa de um instrumento de
dívida mensurado ao custo amortizado ou de risco de preço de ativos detidos ou abrangidos por um
compromisso firme, a entidade deve:

a) Reconhecer o instrumento de cobertura como um ativo ou passivo à data do balanço e as


alterações no justo valor na demonstração de resultados;
b) Reconhecer a alteração no justo valor do item coberto, relacionada com o risco coberto, na
demonstração de resultado e como ajustamento à quantia escriturada do item coberto.

Se o risco coberto for o risco de taxa de juro fixa de um ativo ou passivo mensurado ao custo amortizado,
a entidade deve reconhecer as liquidações periódicas no instrumento de cobertura, na demonstração de
resultados do período a que as liquidações dizem respeito.

A entidade deve descontinuar a contabilização da cobertura se:

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a) O instrumento de cobertura expirar, for vendido ou termine;


b) A cobertura deixe de satisfazer as condições para a contabilização de cobertura;
c) A entidade revogue a designação.

Segundo a NCRF 27, se a contabilização de cobertura for descontinuada e o instrumento coberto for
um ativo ou passivo mensurado ao custo amortizado que não seja desreconhecido, qualquer ganho ou
perda reconhecido como ajustamento ao valor contabilístico do ativo coberto deverá ser amortizado nos
resultados durante a vida remanescente do instrumento coberto, utilizando o método da taxa de juro
original efetiva.

8.2 Cobertura do risco de variabilidade da taxa de juro, risco cambial, risco de preço
de uma transação futura altamente provável ou risco cambial no investimento líquido
numa unidade operacional estrangeira

Se a cobertura de risco diz respeito à exposição à variabilidade na taxa de juro de um instrumento de


dívida mensurados ao custo amortizado, a entidade deve:

a) Reconhecer as alterações no justo valor do instrumento de cobertura diretamente em capital


próprio;
b) Subsequentemente, seve reconhecer as liquidações periódicas em base líquida na demonstração
de resultados no período em que as liquidações em base liquida ocorram.

Se o risco coberto for:

1) A exposição ao risco de câmbio de uma transação futura altamente provável;


2) A exposição ao risco de preço de uma transação futura altamente provável;
3) O risco de câmbio no investimento líquido numa unidade operacional estrangeira;

A entidade deve reconhecer as alterações no justo valor do instrumento de cobertura diretamente no


capital próprio. O ganho ou perda reconhecido no capital próprio deve ser reclassificado de capital
próprio para a demonstração de resultados quando o item coberto esteja reconhecido na desmonstração
de resultados.

A entidade deve descontinuar a contabilização da cobertura se:

a) O instrumento coberto expirar, for vendido ou terminado;

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b) A cobertura deixe de satisfazer as condições para a contabilização de cobertura;


c) Na cobertura de uma transação futura, a transação deixar de ser altamente provável;
d) A entidade revogar a designação.

A NCRF 27 refere que, se não for mais expectável que a transação futura venha a ocorrer ou se o
instrumento de dívida coberto mensurado ao custo amortizado for desreconhecido, qualquer ganho ou
perda no instrumento de cobertura que tenha sido previamente reconhecido no capital próprio deverá
ser removido do capital próprio e reconhecido na demonstração de resultados.

IV. Casos Práticos


Os exercícios utilizados foram adaptados da bibliografia principal enunciada.

Exercício 1
Considere a emissão, em 2 de janeiro de N, de obrigações com as seguintes condições:

 Valor nominal: 50.000€  Valor de emissão: 47.209€


 Cupão anual: 8%  Custos de transação: 1.000€
 Maturidade: 5 anos  Taxa juro efetiva: 10%

Efetue os registos contabilísticos aplicáveis e indique o método de mensuração aplicável, justificando.

Resolução:
O método de mensuração aplicável é a mensuração ao custo amortizado, uma vez que, de acordo com o
parágrafo 12 da NCRF – 27, estamos perante um instrumento financeiro com maturidade definida.

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Maturidade Contabilização Observações Cálculos


D 12 - Depósitos à ordem 46 209 € 47 209€ - 1 000€
Ano N
02.01.N D 2521 - Emp. por Obrigações - desconto 3 791 € 50 000 - 46 209€
C 2521 - Emp. por Obrigações 50 000 €
Reconhecimento da emissão da obrigação pelo valor nominal no passivo
O desconto é apresentado como uma dedução ao valor em dívida
D 6911 - Juros de Financiamentos obtidos 4 621 € (47 209€ - 1 000€) * 10%
Ano N
31.12.N C 12 - Depósitos à ordem 4 000 € 50 000€ * 8%
C 2521 - Emp. por Obrigações - desconto 621 € 4 621€ - 4 000€
Valor da Obrigação 46 830 € Valor da Obrigação passa para 46 209€ + 6210€
D 6911 - Juros de Financiamentos obtidos 4 683 € 46 830 * 10%
Ano N + 1 C 12 - Depósitos à ordem 4 000 € 50 000€ * 8%
C 2521 - Emp. por Obrigações - desconto 683 € 4 683€ - 4 000€
Valor da Obrigação 47 513 € Valor da Obrigação passa para 46 830€ + 683€
D 6911 - Juros de Financiamentos obtidos 4 751 € 47 513€ * 10%
Ano N + 2 C 12 - Depósitos à ordem 4 000 € 50 000€ * 8%
C 2521 - Emp. por Obrigações - desconto 751 € 4 751€ - 4 000€
Valor da Obrigação 48 264 € Valor da Obrigação passa para 47 513€ + 751€
D 6911 - Juros de Financiamentos obtidos 4 826 € 48 264€ * 10%
Ano N + 3 C 12 - Depósitos à ordem 4 000 € 50 000€ * 8%
C 2521 - Emp. por Obrigações - desconto 826 € 4 826€ - 4 000€
Valor da Obrigação 49 091 € Valor da Obrigação passa para 48 264€ + 826€
D 6911 - Juros de Financiamentos obtidos 4 909 € 49 091€ * 10%
Ano N + 4 C 12 4 000 € 50 000€ * 8%
C 2521 - Emp. por Obrigações - desconto 909 € 4 909€ - 4 000€
Valor da Obrigação 50 000 € Valor da Obrigação passa para 49 091€ + 909€
C 2521 - Emp. por Obrigações - desconto 50 000 € 50 000€ * 8%
Ano N + 4
C 12 - Depósitos à ordem 50 000 € 4 909€ - 4 000€

O método de mensuração aplicável é a mensuração ao custo amortizado, uma vez que, de acordo com o
parágrafo 12 da NCRF – 27, estamos perante um instrumento financeiro com maturidade definida.

Exercício 2
Uma empresa adquiriu em bolsa, no dia 30-06-N, um lote de 5.000 ações da Lda., Lda. a 1€ por ação,
tendo pago 200€ de despesas de compra. Em 30-09-N a empresa recebeu dividendos de 0,25€ por ação.
Efetue os lançamentos contabilísticos aplicáveis no ano N, de acordo com a NCRF, sabendo-se que a
cotação no final do ano era de 0,70€ por ação e que é intenção da empresa deter este investimento para
negociação.

Resolução:

NCRF 27 – Instrumentos Financeiros | Neuza Fernandes 19


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De acordo com a NCRF – 27, parágrafo 15, alínea c), devem ser mensurados ao justo valor, através de
resultados, os ativos financeiros detidos para negociação. De referir que na mensuração inicial de ativos
e passivos financeiros ao justo valor, os custos de transação não devem ser incluídos, sendo levados
diretamente para resultados.

Conta Débito Crédito Obs.


Pela Compra
1421 – Instr. Financ. detidos p/ negociação €5.000 5.000 ações x 1€
6863 – Gastos nos restantes Inv. Financ. €200
12 – Depósitos à ordem €5.200
Pelo recebimento dos dividendos
12 – Depósitos à ordem €1.250
0,25€ x 5.000 ações
7921 – Dividendos obtidos €1.250
No final do ano (valorização Justo valor)
662 – Perdas por redução justo valor €1.500
(1€ - 0,70€) x 5.000 ações
1421 – Instr. Financ. Detidos p/ negociação €1.500

Exercício 3
Uma entidade adquiriu, no dia 30-06-N, um lote de 5.000 ações da Lda., Lda. a 1€ cada. Não existe um
mercado ativo para as referidas ações. No ano de N+1, a Lda., Lda. entrou em processo de insolvência,
cujo desfecho se desconhece. Efetue os lançamentos contabilísticos aplicáveis no ano de N e N+1.

Resolução:

De acordo com a NCRF 27, estamos perante um instrumento financeiro que deve ser mensurado ao
custo menos perdas por imparidade - Parágrafo 11 alínea a): “Instrumentos de capital próprio de uma
entidade que não sejam negociados publicamente e cujo justo valor não possa ser obtido de forma fiável.
(…) devem ser mensurados ao custo menos perdas por imparidade.”

Conta Débito Crédito Obs.


Pela Compra
4141 – Inv. noutras empresas – Participações de
€ 5.000 5.000 ações x 1€
Capital

NCRF 27 – Instrumentos Financeiros | Neuza Fernandes 20


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12 – Depósitos à ordem € 5.000


No final do ano:
Não há lugar a qualquer lançamento, uma vez que não existe indicação de perdas irreversíveis
No final de N + 1
653 - Perdas por imparidade – Em Inv.
€ 5.000
Financeiros
419 - Perdas por imparidades acumuladas – Em
€ 5.000
Inv. Financeiros

Nota: Apesar de se desconhecer o desfecho do processo de insolvência, e tendo em conta os critérios de


prudência, teremos de ajustar a totalidade da perda:

NCRF 27 – Instrumentos Financeiros | Neuza Fernandes 21


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Faculdade de Economia e Gestão

V. Conclusão
Neste trabalho foi abordado a NCRF 27 - Instrumentos Financeiros, nomeadamente o seu
Enquadramento Contabilístico, o Reconhecimento e Classificação dos Instrumentos Financeiros, a
Mensuração e Aplicação Prática.

Relativamente aos instrumentos financeiros, concluiu-se que devemos reconhecer um ativo financeiro,
um passivo financeiro e um instrumento de capital próprio quando a entidade se torne parte das
disposições contratuais do instrumento.

É importante também salientar que os instrumentos financeiros devem ser mensurados ao Custo ou
Custo amortizado, menos qualquer perda por imparidade; ou ao Justo valor, com alterações de justo
valor a serem reconhecidas na demonstração de resultados.

Os objetivos propostos para a elaboração do presente trabalho foram alcançados uma vez que foram
abordadas todas as temáticas exigidas na elaboração do mesmo.

Com a elaboração desse trabalho foi possível aprofundar os conhecimentos sobre os Instrumentos
Financeiros, uma vez que me permitiu ficar a conhecer melhor a respetiva norma, os seus critérios de
reconhecimento, classificação e mensuração.

NCRF 27 – Instrumentos Financeiros | Neuza Fernandes 22

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