O envelhecimento populacional é um fenômeno que vem ocorrendo em
escala global. Dados do IBGE (2018) mostram que, entre 2012 e 2017, houve no Brasil, um ganho de 4,8 milhões de novos idosos, superando a marca dos 30,2 milhões - um crescimento de 18% em 5 anos. Quando dizemos “novos idosos”, estamos falando em dados estatísticos e comportamentais.
Um importante percentual dessas pessoas com mais de 60 anos,
mesmo convivendo com algum tipo de problema de saúde, continua trabalhando e contribuindo financeiramente com o orçamento da casa. São indivíduos que não se sentem velhos, preocupam-se com sua aparência, praticam atividades físicas e gostam de viajar.
Sabemos que, no processo de envelhecimento, o declínio das funções
fisiológicas é inevitável, e a diminuição da audição é uma delas. Por falta de informação, ou até mesmo por não admitir a perda auditiva o idoso nem sempre busca solução para o problema. Nesse contexto, falar sobre a surdez e suas consequências é de fundamental importância, visto que a dificuldade em escutar provoca isolamento social, baixa na autoestima, sensação de inutilidade e, consequentemente, depressão.
Acredita-se que a falta de estímulo auditivo comprometa o
processamento de informações cognitivas. Pesquisas sobre esse assunto têm se intensificado e movimentado diversas discussões clínicas entre especialistas.
Surdo & Deficiente Auditivo – Qual a diferença?
O indivíduo é considerado deficiente auditivo quando perdeu
parcialmente a capacidade de ouvir, uni ou bilateralmente, de forma leve, moderada, grave ou severa. É considerado surdo quando possui redução profunda da audição.
A perda auditiva relacionada à idade é chamada de Presbiacusia.
Desenvolve-se de modo lento e gradativo e frequentemente não é percebida pelo indivíduo.
Como se prevenir? ▪ Manter as vacinas em dia e os cuidados com a saúde.
▪ Procurar ter vida tranquila e boa alimentação.
▪ Incluir na agenda consulta periódica com o especialista, principalmente
se existe história familiar para déficit auditivo.
▪ No trabalho, quando necessário, usar equipamento de proteção
individual (EPI), como os abafadores sonoros.
Referencia
MINAYO, M. C. S. O envelhecimento da população brasileira e os desafios para o setor saúde.
Editorial. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p. 208-209, fev. 2012.
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. 26 abr. 2018.