Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Kant diz que ser livre é ser autônomo, isto, é dar a si mesmo as regras a
serem seguidas racionalmente. Para Jean-Paul Sartre, a liberdade é a
condição ontológica do ser humano. O homem é, antes de tudo, livre. O
homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para
definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo.
No livro “A sociedade do espetáculo” (1997), Guy Debord, ao criticar a
sociedade de consumo e o mercado, afirma que a liberdade de escolha é
uma liberdade ilusória, pois escolher é sempre optar entre duas ou mais
coisas prontas, isto é, pré-determinadas por outros. Uma sociedade como a
capitalista, onde a única liberdade que existe socialmente é a liberdade de
escolher qual mercadoria consumir, impede que os indivíduos sejam livres
na sua vida cotidiana. A vida cotidiana na sociedade capitalista, segundo
Debord, se divide em tempo de trabalho e tempo de lazer. Assim, a
sociedade da mercadoria faz da passividade (escolher, consumir) a
liberdade ilusória que se deve buscar a todo o custo, enquanto que, de fato,
como seres ativos, práticos (no trabalho, na produção), somos não livres.
De maneira geral, a liberdade de indivíduos ou grupos sempre sugere, ou
tem a possibilidade de implicar, a limitação da liberdade de outros.
Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade eram princípios que vinham sendo cultivados pelo
Iluminismo ao longo do século XVII e XVIII. Na França, em específico, destacam-se os escritos de
François Monthe-Fénelon, escritor e pedagogo francês crítico do absolutismo, defensor dos princípios de
liberdade e igualdade. Destaca-se Robespierre, advogado e líder político, que em 1790 propôs escrever esse
lema no uniforme da Guarda Nacional. Antes e ao longo da Revolução Francesa esse lema variou de forma:
“liberdade e união”, “união, força e virtude”, “liberdade, segurança e propriedade”, “liberdade, unidade e
igualdade”, entre outros. Em geral, todas essas variações cultivavam ideais iluministas. No entanto,
“liberdade, igualdade e fraternidade” foi o lema que permaneceu, inclusive na Constituição Francesa de
1848.
O HISTÓRICO DA LIBERDADE DE
EXPRESSÃO NO BRASIL ATÉ A
CONSTITUIÇÃO DE 1988
No Brasil colonial não se cogitava dessa liberdade, devido à opressão e
controle exercidos por Portugal. Naquela época, a difusão de novas ideias
políticas no Brasil não era desejada.
Quer saber mais sobre a música? Veja o vídeo de Gilberto Gil, um de seus
compositores, explicando a história dessa
canção: https://www.youtube.com/watch?v=8CnSiaP-jL4.
As informações eram censuradas principalmente quando se tratavam de
manifestações contrárias à ditadura, pois impedir a disseminação de
pensamentos divergentes era uma forma de garantir a manutenção dos
militares no poder, evitando qualquer oposição.
Pedro pode compor músicas, porém não pode divulgá-las sem antes receber
uma autorização do Governo para isso. Isso significa que, ao enviar a letra da
canção para os órgãos de censura, as autoridades podem determinar que ele
exclua qualquer trecho que possa, por exemplo, ser interpretado como uma
crítica a quem está no poder.
Bruna é uma pessoa extremamente exposta a riscos. Seu trabalho, que é dar
visibilidade às atividades da administração pública, principalmente apontando
irregularidades, é muito visado pelo Estado, pois, em uma sociedade sem
liberdade de expressão, o Estado raramente permite que façam críticas à sua
atuação.
A discriminação, por qualquer que seja o motivo (raça, cor, gênero, origem,
classe social, religião, etc.), fere diversos direitos fundamentais assegurados
na Constituição de 1988. A liberdade de expressão, assim como outros direitos
fundamentais dos cidadãos, deve, portanto, ser sempre sopesada com os
demais direitos constitucionalmente garantidos e nunca utilizada como um
direito absoluto e superior a qualquer outro.
Portanto, como se vê, a liberdade de expressão pode ser limitada por outros
direitos fundamentais, além de sofrer algumas restrições específicas, por meio
de leis e regulamentações do Estado.
A liberdade de imprensa