MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO
NACIONAL
DIRETORIA DO SISTEMA
PENITENCIÁRIO NACIONAL
SUPERVISÃO
COMPETÊNCIA DO DEPEN
ACERCA DOS
COORDENAÇÃO
ESTABELECIMENTOS PENAIS
FEDERAIS
ADMINISTRAÇÃO
FINALIDADE DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS FEDERAIS - promover a execução administrativa das medidas
restritivas de liberdade dos presos.
PODE ABRIGAR - presos provisórios ou condenados, cuja inclusão se justifique no interesse da segurança pública
ou do próprio preso. Pode abrigar também presos, provisórios ou condenados, sujeitos ao regime disciplinar
diferenciado.
ALOJAMENTO - Os presos condenados não manterão contato com os presos provisórios e serão alojados em alas
separadas.
SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO - É uma sanção disciplinar.
COORDENAÇÃO-GERAL DE INFORMAÇÃO E
INTELIGÊNCIA PENITENCIÁRIA
ÓRGÃOS AUXILIARES DO
CORREGEDORIA-GERAL DO SISTEMA PENITENCIÁRIO
SISTEMA PENITENCIÁRIO
FEDERAL
FEDERAL
OUVIDORIA
COORDENAÇÃO-GERAL DE TRATAMENTO
PENITENCIÁRIO E SAÚDE
PROCEDIMENTOS DE INCLUSÃO
FASES DA EXECUÇÃO
ADMINISTRATIVA DA PENA AVALIAÇÃO PELA COMISSÃO TÉCNICA DE
CLASSIFICAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO
PROCESSO DA EXECUÇÃO DA PENA
MATERIAL
JURÍDICA
EDUCACIONAL
ASSISTÊNCIAS
SOCIAL
PSICOLÓGICA
RELIGIOSA
OBS: A LEP não prevê a assistência psicológica, mas nada impede que seja prestada nos termos da norma em comento.
ASSISTÊNCIA FORMA
ASSISTÊNCIA AO EGRESSO - A assistência ao egresso consiste na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida
em liberdade.
LIBERADO PELO PRAZO DE UM ANO A CONTAR DA SAÍDA DO
DEFINITIVO ESTABELECIMENTO PENAL
EGRESSOS
LIBERADO
DURANTE O PERÍODO DE PROVA
CONDICIONAL
O egresso somente obterá a prestação assistencial no Estado ou no Distrito Federal onde residam,
comprovadamente, seus familiares.
ELOGIOS
REGIME DISCIPLINAR
ASSISTIR A SESSÕES DE CINEMA , TEATRO, SHOWS E OUTRAS
ORDINÁRIO
ATIVIDADES SOCIOCULTURAIS, EM ÉPOCAS ESPECIAIS, FORA DO
HORÁRIO NORMAL
PODERÃO SER ACRESCIDAS, PELO DIRETOR DO ESTABELECIMENTO PENAL FEDERAL, OUTRAS REGALIAS DE FORMA PROGRESSIVA,
ACOMPANHANDO AS DIVERSAS FASES DE CUMPRIMENTO DA PENA.
DEDICAÇÃO AO TRABALHO
RECOMPENSAS
MOTIVAR A BOA CONDUTA
DESENVOLVER OS SENTIDOS DE
OBJETIVOS
RESPONSABILIDADE
Ao preso condenado ou provisório incluso no Sistema Penitenciário Federal serão assegurados todos os direitos não
atingidos pela sentença ou pela lei.
Os artigos 37 e 38 tratam, respectivamente, dos direitos e deveres. O caminho mais seguro é não os confundir :p
DAS FALTAS DISCIPLINARES - As faltas disciplinares, segundo sua natureza, classificam-se em:
LEVES
CLASSIFICAÇÃO DAS
MÉDIAS
FALTAS DISCIPLINARES
GRAVES
III - utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de forma diversa para a qual recebeu;
II - fugir;
II - fabricar, fornecer ou ter consigo objeto ou material cuja posse seja proibida em
ato normativo do Departamento Penitenciário Nacional;
III - desviar ou ocultar objetos cuja guarda lhe tenha sido confiada;
O preso que concorrer para o cometimento da falta disciplinar incidirá nas sanções cominadas à
sua culpabilidade.
DIRETOR DO
SANÇÕES DISCIPLINARES REFERENTES ÀS
ESTABELECIMENTO, OUVIDO
FALTAS MÉDIAS E LEVES
O CONSELHO DISCIPLINAR
APLICAÇÃO DE
SANÇÕES
AUTORIDADE JUDICIAL (JUIZ/ SANÇÕES DISCIPLINARES REFERENTES ÀS
MAGISTRADO) FALTAS GRAVES
APLICAÇÃO GRAU
Diretor Leve e Média Advertência e Repreensão
Suspensão ou restrição de direitos
Juiz Grave Isolamento
Inclusão no RDD
DAS MEDIDAS CAUTELARES ADMINISTRATIVAS - O diretor do estabelecimento penal federal poderá determinar
em ato motivado, como medida cautelar administrativa, o isolamento preventivo do preso, por período não
superior a dez dias.
Caso posteriormente seja definido como sanção o isolamento, os dias de isolamento preventivo serão descontados.
Não poderá atuar como encarregado ou secretário, em qualquer ato do procedimento, amigo íntimo ou desafeto,
parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive, cônjuge,
companheiro ou qualquer integrante do núcleo familiar do denunciante ou do acusado.
DA INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO - Vamos falar das "fases" do procedimento. Incialmente, marque quais
são:
FEITA PELO SERVIDOR QUE PRESENCIAR OU TOMAR
CONHECIMENTO DO FATO
COMUNICAÇÃO
REDIGIDO NO ATO, CONSTANDO TAMBÉM NO LIVRO DO
PLANTÃO
INTERROGATÓRIO DO PRESO
SILÊNCIO DO ACUSADO
NÃO PODE SER INTERPRETADO EM PREJUÍZO DA DEFESA
AUDIÊNCIA
NOS CASOS EM QUE O PRESO NÃO ESTIVER EM
ISOLAMENTO PREVENTIVO E DIANTE DA COMPLEXIDADE
DO CASO , A DEFESA FINAL PODERÁ SER SUBSTITUÍDA PELA
APRESENTAÇÃO DE CONTESTAÇÃO ESCRITA
CONTESTAÇÃO ESCRITA
AUTORIDADE CONCEDERÁ PRAZO HÁBIL,
IMPRORROGÁVEL
DESIGNAÇÃO DE
SOMENTE SE O PRESO COMPARECER SEM ADVOGADO
DEFENSOR
TESTEMUNHAS
SALVO QUANDO A PARTE INTERESSADA SE
COMPROMETER EM PROVIDENCIAR O COMPARECIMENTO
DESTAS.
APÓS ENCERRADAS AS FASES DE INSTRUÇÃO E DEFESA
DECISÃO
PODEM SER DETERMINADAS PELO DIRETOR ANTES DE
DILIGÊNCIAS
PROFERIR A DECISÃO FINAL
SUSPENSÃO OU RESTRIÇÃO DE
FACE A
DIREITOS
REPREENSÃO
RECURSO
PRAZO 5 DIAS
FACE A ADVERTÊNCIA
RECONSIDERAÇÃO
PRAZO 48 HORAS
REABILITAÇÃO DA CONDUTA - O preso terá os seguintes prazos para reabilitação da conduta, a partir do término
do cumprimento da sanção disciplinar:
03 MESES FALTAS DE NATUREZA LEVE
REABILITAÇÃO
DA CONDUTA 12 MESES FALTAS DE NATUREZA GRAVE
ATENÇÃO! O cometimento da falta disciplinar de qualquer natureza durante o período de reabilitação acarretará a
imediata anulação do tempo de reabilitação até então cumprido.
Com a prática de nova falta disciplinar, exigir-se-á novo tempo para reabilitação, que deverá ser somado ao tempo
estabelecido para a falta anterior.
RECURSO - Por fim, caberá recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de cinco dias, dirigido à diretoria do
Sistema Penitenciário Federal, contra decisão que atestar conduta.
DOS MEIOS DE COERÇÃO - Quando for necessário o uso, os servidores e funcionários que recorrerem ao uso da
força, limitar-se-ão a utilizar a mínima necessária, devendo informar imediatamente ao diretor do
estabelecimento penal federal sobre o incidente.
QUANDO FOREM INEVITÁVEIS PARA PROTEGER A VIDA
HUMANA E PARA O CONTROLE DA ORDEM E DA DISCIPLINA
É PERMITIDO
DENÚNCIA DE TORTURA, LESÃO CORPORAL, MAUS-TRATOS - O diretor do estabelecimento penal federal, nos
casos de denúncia de tortura, lesão corporal, maus-tratos ou outras ocorrências de natureza similar, deve, tão logo
tome conhecimento do fato, providenciar, sem prejuízo da tramitação do adequado procedimento para apuração dos
fatos:
I - instauração imediata de adequado procedimento apuratório;
DA ENTREVISTA COM ADVOGADO - As entrevistas com advogado deverão ser previamente agendadas, mediante
requerimento, escrito ou oral, à direção do estabelecimento penal federal, que designará imediatamente data e
horário para o atendimento reservado, dentro dos dez dias subsequentes.
ENTREVISTA
SERÁ FEITA IMEDIATAMENTE DATA E HORÁRIO DENTRO DOS
COM DESIGNAÇÃO
10 DIAS SUBSEQUENTES
ADVOGADO
COMPROVADA A URGÊNCIA, A DIREÇÃO DEVERÁ, DE
URGÊNCIAS
IMEDIATO, AUTORIZAR A ENTREVISTA.
DAS REVISTAS - A revista consiste no exame de pessoas e bens que venham a ter acesso ao estabelecimento
penal federal, com a finalidade de detectar objetos, produtos ou substâncias não permitidos pela administração.
DAS VISITAS - As visitas têm a finalidade de preservar e estreitar as relações do preso com a sociedade,
principalmente com sua família, parentes e companheiros.
PRESERVAR E ESTREITAR AS RELAÇÕES DO PRESO COM A
FINALIDADE SOCIEDADE, PRINCIPALMENTE COM SUA FAMÍLIA, PARENTES E
COMPANHEIROS
VISITAS
3 HORAS
DURAÇÃO
NO REGIME DE RDD SÃO 2 HORAS
DO TRABALHO E DO CONTATO EXTERNO - Todo preso, salvo as exceções legais, deverá submeter-se ao
trabalho, respeitadas suas condições individuais, habilidades e restrições de ordem de segurança e disciplina.
• Será obrigatória a implantação de rotinas de trabalho aos presos em regime disciplinar diferenciado,
desde que não comprometa a ordem e a disciplina do estabelecimento penal federal.
O contato externo é requisito primordial no processo de reinserção social do preso, que não deve ser privado da
comunicação com o mundo exterior na forma adequada e por intermédio de recurso permitido pela administração,
preservada a ordem e a disciplina do estabelecimento penal federal.
A correspondência escrita entre o preso e seus familiares e afins será efetuada pelas vias regulamentares. A troca
de correspondência não poderá ser restringida ou suspensa a título de sanção disciplinar.
Então farei parte do Quadro de Pessoal do MJ? Pois, é isso que se afirma no artigo primeiro:
Art. 1o Fica criada no Quadro de Pessoal do Ministério da Justiça a Carreira de Agente Penitenciário
Federal, composta por quinhentos cargos efetivos de Agente Penitenciário Federal.
ATENDIMENTO
VIGILÂNCIA
TÉCNICA
E ATIVIDADES
ADMINISTRATIVA
RELACIONADAS DE NATUREZA
APOIO
DO PROVIMENTO INICIAL
O concurso público de que trata o caput deste artigo poderá ser organizado em 2 ou mais fases, incluindo curso
de formação, conforme disposto no edital do certame, observando-se que:
PROVA ESCRITA
DA CAPACITAÇÃO
O Ministro de Estado da Justiça estabelecerá programa de capacitação para os servidores ocupantes do cargo de
Agente Penitenciário Federal (leia-se AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PENAL)
Mas aqui também temos uma ressalva. A lei n. Lei nº13.327/2016 alterou a nomenclatura da carreira:
ANTIGO ATUAL
CARGO Especialista em Assistência Penitenciária Especialista Federal em Assistência à Execução Penal
CARREIRA Especialista em Assistência Penitenciária Especialista Federal em Assistência à Execução Penal
ANTIGO ATUAL
CARGO Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária Técnico Federal de Apoio à Execução Penal
CARREIRA Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária Técnico Federal de Apoio à Execução Penal
DA ESTRUTURA REMUNERATÓRIA - Os vencimentos dos titulares dos cargos integrantes das Carreiras de que trata
o art. 117 desta Lei terão a seguinte composição:
I - Vencimento Básico; e
DA EVOLUÇÃO NA CARREIRA
DICA: O tempo de experiência sempre aumenta de 5 em 5 anos e é igual para ambas as carreiras.
CARREIRA DE AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PENAL - Agora, vejamos a composição dos vencimentos da
carreira de agente.
Vencimento Básico
Recebe
Gratificação de Desempenho de Atividade de Agente
Penitenciário Federal - GDAPEF
Vencimentos cargo
de agente Gratificação de Atividade Penitenciária
Federal
A promoção às classes do cargo de Agente Federal de Execução Penal observará os seguintes requisitos:
GRATIFICAÇÕES
Mister destacarmos que as gratificações (GDAPEN e a GDAPEF) serão pagas com observância dos seguintes limites:
Para fins de cálculo, a pontuação referente à GDAPEN e à GDAPEF terá a seguinte distribuição:
até 20% serão atribuídos em função dos resultados obtidos na avaliação de desempenho individual
até 80% serão atribuídos em função dos resultados obtidos na avaliação de desempenho institucional
NÃO ACUMULAÇÃO DE VANTAGENS - A GDAPEN e a GDAPEF não servirão de base de cálculo para quaisquer outros
benefícios ou vantagens.
OUTROS REQUISITOS - Nos termos do Art. 134, os titulares dos cargos de provimento efetivo de Especialista
em Assistência Penitenciária e de Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária de que trata o art. 117 desta
Lei e de Agente Federal de Execução Penal de que trata o art. 122 desta Lei QUE NÃO SE ENCONTRAREM EM
EXERCÍCIO NOS ESTABELECIMENTOS PENAIS E DE INTERNAMENTO FEDERAIS, integrantes da estrutura do
Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, somente farão jus à GDAPEN ou à GDAPEF quando:
cedidos para órgãos ou entidades da União distintos dos indicados nos incisos I
e II do caput e investidos em cargos de natureza especial ou em comissão do
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) níveis 6, 5 ou 4, ou
equivalentes, situação na qual perceberão a respectiva gratificação calculada
com base no resultado da avaliação institucional do período.
O quantitativo total de cargos de provimento efetivo de Agente Federal de Execução Penal passa a ser de 1.600
cargos.
DA REDISTRIBUIÇÃO
Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de
pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC.
Mas, não se anime! Tal instrumento é vedado aos integrantes da carreira em estudo.
Art. 138. É vedada a aplicação do instituto da redistribuição aos servidores integrantes das Carreiras de
Especialista em Assistência Penitenciária, Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária e de Agente
Penitenciário Federal.
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Segundo o Art. 139, o desenvolvimento do servidor nas Carreiras de Especialista em Assistência Penitenciária, Técnico
de Apoio à Assistência Penitenciária e Agente Federal de Execução Penal ocorrerá mediante progressão funcional e
promoção.
COMPETÊNCIA E QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
AVALIAÇÕES PERIÓDICAS - Os titulares dos cargos de Especialista em Assistência Penitenciária, Técnico de Apoio
à Assistência Penitenciária e Agente Federal de Execução Penal serão submetidos, periodicamente, às avaliações
de desempenho que permitam avaliar a atuação do servidor no exercício do cargo e no âmbito de sua área
de responsabilidade ou especialidade, conforme disposto na legislação em vigor aplicável aos servidores públicos
federais e em normas específicas a serem estabelecidas em ato do Ministro da Justiça (Art. 142).
JORNADA DE TRABALHO - A jornada de trabalho dos integrantes das Carreiras de Especialista em Assistência
Penitenciária, Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária e Agente Federal de Execução Penal é de 40 horas
semanais.
Nos casos aos quais se aplique o regime de trabalho por plantões, a jornada de trabalho dos integrantes das Carreiras
de Especialista em Assistência Penitenciária, Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária e Agente Penitenciário Federal
será de até 192 horas mensais.
A lei n. 11.671/2008 dispõe sobre a inclusão de presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima e
a transferência de presos de outros estabelecimentos para aqueles obedecerão ao disposto nesta Lei.
Art. 2º A atividade jurisdicional de execução penal nos estabelecimentos penais federais será desenvolvida
pelo juízo federal da seção ou subseção judiciária em que estiver localizado o estabelecimento
penal federal de segurança máxima ao qual for recolhido o preso.
Utilizando como exemplo Catanduvas, que fica no Paraná, a jurisdição será a do TRF-4, uma vez que é o juízo federal
em que a referida unidade está localizada.
Mas preste bastante atenção: o juízo federal da seção/subseção fica competente para cuidar da execução penal.
Vamos lembrar o que diz a LEP: A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão
criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.
Estou falando isso para não confundir! Mas confundir com o que?
Se um indivíduo for julgado e processado no Paraná e for recolhido a Penitenciária Federal, ele pode ir para qualquer
uma delas ou necessariamente para a do Paraná?
Em tese, por ir para qualquer uma delas. Aí se ele for lá para Mossoró, por exemplo, é o juízo da seção/subseção do
TRF-5 que vai ficar responsável pela execução penal do apenado.
Art. 2º Parágrafo único. O juízo federal de execução penal será competente para as ações de natureza
penal que tenham por objeto fatos ou incidentes relacionados à execução da pena ou infrações
penais ocorridas no estabelecimento penal federal.
Traduzindo: Será de competência da JF a apuração de faltas cometidas dentro dos presídios federais.
§ 1º A execução penal da pena privativa de liberdade, no período em que durar a transferência, ficará
a cargo do juízo federal competente.
interesse da segurança
pública
Medida se justifique
segurança do próprio
Inclusão em estabelecimentos preso
penais federais de segurança
máxima
condenado
Pode
provisório
Você pode ler de "cabo a rabo" a Lei 11671 mas não vai encontrar que hipóteses são essas que "justifiquem" a inclusão.
Para a inclusão ou transferência, o preso deverá possuir, ao menos, uma das seguintes características:
ter praticado crime que coloque em risco a sua integridade física no ambiente prisional de
origem;
ser réu colaborador ou delator premiado, desde que essa condição represente risco à sua
integridade física no ambiente prisional de origem; ou
Ah! a inclusão em estabelecimento penal federal de segurança máxima é sempre em REGIME FECHADO e de
SEGURANÇA MÁXIMA.
§ 1º A inclusão em estabelecimento penal federal de segurança máxima, no atendimento do interesse da
segurança pública, será em regime fechado de segurança máxima, [...]
Não há progressão de regime nas penitenciárias federais. Sendo o caso, o DEPEN providenciará a transferência para
o local indicado para o cumprimento do novo regime.
Na sequência, a lei fala das características do cumprimento da pena. Como a LEP e o Decreto 6.049 tem "disposições
parecidas", quero que você as compare e fique atento em uma possível questão de prova:
Lei n. 11.671/2008
I - recolhimento em cela individual;
II - visita do cônjuge, do companheiro, de parentes e de amigos somente em dias determinados, por
meio virtual ou no parlatório, com o máximo de 2 (duas) pessoas por vez, além de eventuais crianças,
separados por vidro e comunicação por meio de interfone, com filmagem e gravações;
III - banho de sol de até 2 (duas) horas diárias
IV - monitoramento de todos os meios de comunicação, inclusive de correspondência escrita.
A regra, como visto, é a em parlatório separados por vidro e comunicação por meio de interfone, com
filmagem e gravações.
Inclusive, os estabelecimentos penais federais de segurança máxima deverão dispor de monitoramento de áudio e
vídeo no parlatório e nas áreas comuns, para fins de preservação da ordem interna e da segurança pública.
Por outro lado, é vedado seu uso nas celas e no atendimento advocatício, salvo expressa autorização judicial
em contrário.
As gravações obtidas não podem ser utilizadas como prova pela prova de crime ANTERIOR a inclusão do detento no
sistema penitenciário federal. Mas.... para infrações penais decorrentes do cumprimento e futuros é possível.
Configura crime de VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL revelação do monitoramento de áudio e vídeo supracitadas.
§ 5º Configura o crime do art. 325 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a
violação ao disposto no § 2º deste artigo.
Cabe à DPU prestar assistência jurídica ao preso QUE NÃO CONSTITUA DEFENSOR e esteja nos estabelecimentos
penais federais de segurança máxima.
LEGITIMADOS PARA REQUER TRANFERÊNCIA
São legitimados para requerer o processo de transferência, cujo início se dá com a admissibilidade pelo juiz da
origem da necessidade da transferência do preso para estabelecimento penal federal de segurança máxima, a
autoridade administrativa, o Ministério Público e o próprio preso.
Próprio preso
Instruídos os autos do processo de transferência, serão ouvidos, no prazo de 5 (cinco) dias cada, quando não
requerentes, a autoridade administrativa, o Ministério Público e a defesa, bem como o Departamento
Penitenciário Nacional – DEPEN, a quem é facultado indicar o estabelecimento penal federal mais adequado.
Na hipótese de imprescindibilidade de diligências complementares, o juiz federal ouvirá, no prazo de 5 (cinco) dias,
o Ministério Público Federal e a defesa e, em seguida, decidirá acerca da transferência no mesmo prazo.
Bem professor, parece que é um tanto demorado isso. E nos casos de urgência/extrema necessidade?
§ 6º Havendo extrema necessidade, o juiz federal poderá autorizar a imediata transferência do preso e,
após a instrução dos autos, na forma do § 2º deste artigo, decidir pela manutenção ou revogação da medida
adotada.
Admitida a transferência:
Admitida a
transferência
será suficiente a carta precatória remetida pelo juízo de
origem, devidamente instruída, para que o juízo federal
preso provisório
competente dê início à fiscalização da prisão no
estabelecimento penal federal de segurança máxima.
A decisão que admitir o preso no estabelecimento penal federal de segurança máxima indicará o
período de permanência.
Segundo o Art. 10, a inclusão de preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima será excepcional e
por prazo determinado.
Ademais, o período de permanência será de até 3 anos, renovável por iguais períodos, quando solicitado
motivadamente pelo juízo de origem, observados os requisitos da transferência, e se persistirem os motivos que a
determinaram.
• Decorrido o prazo, sem que seja feito, imediatamente após seu decurso, pedido de renovação da
permanência do preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima, ficará o juízo de origem
obrigado a receber o preso no estabelecimento penal sob sua jurisdição.
• Tendo havido pedido de renovação, o preso, recolhido no estabelecimento federal em que estiver,
aguardará que o juízo federal profira decisão.
• Aceita a renovação, o preso permanecerá no estabelecimento federal de segurança máxima em que estiver,
retroagindo o termo inicial do prazo ao dia seguinte ao término do prazo anterior.
• Rejeitada a renovação, o juízo de origem poderá suscitar o conflito de competência, que o tribunal apreciará
em caráter prioritário.
Art. 1º. As assistências prestadas ao preso do sistema penitenciário federal consistem em ações destinadas
a atender as suas necessidades básicas, conforme os mandamentos da lei de execução penal e afins, e
ofertar oportunidades para melhorar a sua capacidade de reintegração na sociedade.
oferta de alimentação
vestuário
roupas de cama
Assistência Material
material de higiene
pessoal e da cela
outras porventura
necessárias
lanche da manhã
almoço
Alimentação do
preso
lanche da tarde
jantar
ceia
Será fornecido ao preso, água potável em quantidade suficiente para o seu sustento.
Cada refeição deverá ser servida no turno previsto para o seu consumo.
Será fornecida alimentação diferenciada ao preso que apresentar restrições alimentares, conforme
prescrições médicas, relacionadas ao quadro clínico do interno, ou por questões religiosas ou culturais.
Os contratos de fornecimento de alimentação deverão prever o preparo de cardápio especial nos dias
definidos pela Portaria 486/2010 do SPF, para comemoração da Páscoa, do Dia dos Pais e Natal, bem
como para os casos de alimentação diferenciada por conta de restrições alimentares.
As alimentações especiais para os dias de visitas serão entregues aos presos sem visita em suas
respectivas celas, e aos que tiverem visita no pátio de visita.
Aí você imagina Catanduvas que fica aqui no Sul do mundo (eu moro em Cascavel, ao lado, então posso
falar :p). O inverno aqui é "soda"!
Por isso, quando, devido às condições climáticas do local da penitenciária, o preso necessitar de
vestuário específico deverá receber:
01 touca
01 par de luvas
01 casaco de lã
Vestuário específico por
conta das condições
climáticas
02 agasalhos de moletom
02 calças de moletom
02 cobertores
Art. 6º. O preso será responsabilizado disciplinarmente pela má utilização dos materiais recebidos.
E quem administra?
Art. 7º. Compete ao serviço administrativo coordenar a entrega dos materiais constantes nos artigos 4º e
5º, seus incisos e parágrafos, bem como monitorar o uso dos mesmos, comunicando ao diretor da
penitenciária federal as irregularidades observadas pelos demais servidores que têm contato direto com os
presos, cujos apontamentos deverão ser encaminhados à chefia desse serviço.
Vimos no Decreto n. 6.049/2007 que o preso não pode ter objetos "estranhos" em cela sob pena de falta
disciplinar.
material didático entregue pelo estabelecimento penal federal, para uso nos horários e
locais estabelecidos
Destaco que essa lista é exemplificativa, ou seja, um rol não exaustivo, uma vez que é possível que o
Diretor do estabelecimento permita outros itens.
Art. 8°. § 1º. A critério do diretor do estabelecimento penal federal e mediante decisão motivada em
requerimento fundamentado, poderá ser autorizado que o preso tenha consigo objetos ou materiais não
previstos nos incisos I a VIII deste artigo.
O DEPEN tem a seguinte estrutura organizacional:
SERVIÇO DE ASSUNTOS
INSTITUCIONAIS - SAI
ESTRUTURA GABINETE - DIVISÃO DE GESTÃO PROCESSUAL -
GABDEPEN DIGEPRO
DEPEN
SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL -
(PARTE I) SECOM
DIVISÃO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA - DIOF
A) COORDENAÇÃO DE ORÇAMENTO,
DIVISÃO DE CONTABILIDADE E
FINANÇAS, PLANEJAMENTO E CONTROLE -
CONTROLE - DICOC
COFIPLAC
2
4
No entanto, temos a parte II:
1. COORDENAÇÃO DE ANÁLISE E
1.1. DIVISÃO DE FORMALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
ACOMPANHAMENTO DE INSTRUMENTOS DE
DE INSTRUMENTOS DE REPASSE - DIFIR.
D) COORDENAÇÃO-GERAL DE GESTÃO DE REPASSE - COAIR:
INSTRUMENTOS DE REPASSE - CGGIR:
F) COORDENAÇÃO-GERAL DE PROMOÇÃO DA
2. COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE - COECE;
CIDADANIA:
B) COORDENAÇÃO-GERAL DE CLASSIFICAÇÃO,
1. DIVISÃO DE CLASSIFICAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO
MOVIMENTAÇÃO E SEGURANÇA PENITENCIÁRIA -
PENITENCIÁRIA - DCMP
CGCMSP
VII - DIRETORIA DO SISTEMA
PENITENCIÁRIO FEDERAL - DISPF
C) COORDENAÇÃO-GERAL DE INTELIGÊNCIA 1. DIVISÃO DE INTELIGÊNCIA E
PENITENCIÁRIA - CGIN: CONTRAINTELIGÊNCIA - DINC;
PORTARIA Nº 65/2019
2 - COMPOSIÇÃO DA FTIP
Art. 2º A FTIP será composta por agentes federais de execução penal, agentes penitenciários estaduais e
do Distrito Federal, na forma dos Acordos ou Convênios de Cooperação Federativa do Ministério da
Justiça e Segurança Pública celebrados com os Estados e com o Distrito Federal.
Agentes Federais de Execução
Penal - Policial Penal Federal
COMPOSIÇÃO
Agentes Penitenciários Estaduais e
do Distrito Federal – Policiais
Penais
3 - COMPETÊNCIA DA FTIP
Art. 3º Compete à FTIP:
I - as atividades e serviços de guarda, vigilância e custódia de presos; e
II - as atividades de inteligência de segurança pública que tenham relação com o sistema prisional.
PORTARIA Nº 157/2019
Disciplina o procedimento de visita social aos presos nos estabelecimentos penais federais de segurança
máxima e dá outras providências.
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art.
37, inciso XVII da Medida Provisória nº 870, de 1º de janeiro de 2019; tendo em vista o disposto no
parágrafo único do art. 41, da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 - Lei de Execução Penal, no Decreto
nº 6.049, de 27 de fevereiro de 2007, e no Decreto nº 6.877, de 18 de junho de 2009; e considerando a
recomendação do Conselho Nacional de Justiça de observância das Regras Mínimas das Nações Unidas
para o Tratamento de Reclusos - Regras de Nelson Mandela, que dispõem na Regra 58 que aos reclusos
devem ser autorizados, sob a necessária supervisão, a comunicação periódica com as suas famílias e com
amigos; resolve
11 - ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR
Art. 8º Ao diretor do estabelecimento penal federal incumbe:
I - ratificar a interrupção ou suspensão da visita social efetivada por servidor, nos termos do art. 6º,
observado o disposto no art. 94 do Anexo do Decreto nº 6.049, de 2007; e
II - suspender, em ato motivado, as visitas de todos os presos por até quinze dias, prorrogável uma única
vez por até igual período, na hipótese de rebelião, nos termos do art. 53 do Anexo do Decreto nº 6.049,
de 2007.
ratificar a interrupção ou suspensão da visita social efetivada por
servidor, nos termos do art. 6º, observado o disposto no art. 94 do
Anexo do Decreto nº 6.049, de 2007
AO DIRETOR DO ESTABELECIMENTO PENAL
FEDERAL INCUMBE
suspender, em ato motivado, as visitas de todos os presos por até quinze
dias, prorrogável uma única vez por até igual período, na hipótese de
rebelião, nos termos do art. 53 do Anexo do Decreto nº 6.049, de 2007.
§ 1º No caso do inciso I, havendo indício da interrupção ou suspensão da visita ter sido motivada por falta
do próprio preso, será instaurado procedimento de apuração de faltas disciplinares, na forma do Título X
do Capítulo I do Anexo do Decreto nº 6.049, de 2007.
§ 2º No caso do inciso II, a suspensão das visitas deverá ser comunicada imediatamente à Diretoria do
Sistema Penitenciário Federal e ao Juiz responsável pelo estabelecimento penal federal.
Art. 9º. Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor-Geral do Departamento Penitenciário Nacional.
Art. 10. As visitas íntimas continuam reguladas pela Portaria nº 718, de 28 de agosto de 2017, do
Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Art. 11. Ficam revogadas:
I - a Portaria nº 10, de 4 de agosto de 2017, da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal; e
II - a Portaria nº 54, de 4 de fevereiro de 2016, do Departamento Penitenciário Nacional.
Art. 12. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
SUMÁRIO
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7210/1984 ....................................................................................... 3
FINALIDADES: Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal ....................................................... 3
Reintegração do sentenciado ao convívio social (ressocialização). ....................................................... 3
EXAME CRIMINOLÓGICO ....................................................................................................................... 5
IDENTIFICAÇÃO DE PERFIL GENÉTICO .................................................................................................... 7
MODALIDADE NOVA DE FALTA GRAVE .................................................................................................. 8
TIPOS DE ASSISTÊNCIAS ......................................................................................................................... 8
TRABALHO DO PRESO ............................................................................................................................ 9
DEVERES E DIREITOS DO PRESO ........................................................................................................... 13
DA DISCIPLINA ...................................................................................................................................... 17
FALTA DISCIPLINAR .............................................................................................................................. 18
SANÇÃO DISCIPLINAR: ESPÉCIES .......................................................................................................... 20
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO .................................................................................................. 21
HIPÓTESES DE CABIMENTO DO RDD .................................................................................................... 23
Órgãos da Execução Penal (ART.61 DA LEP) ........................................................................................ 26
Da Direção e do Pessoal dos Estabelecimentos Penais ........................................................................ 27
Da Penitenciária ................................................................................................................................... 29
Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar ............................................................................................ 30
Da Casa do Albergado .......................................................................................................................... 30
Do Centro de Observação .................................................................................................................... 30
Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ............................................................................ 31
Da Cadeia Pública ................................................................................................................................. 31
Dos Regimes ......................................................................................................................................... 32
Das Autorizações de Saída ................................................................................................................... 34
LIVRAMENTO CONDICIONAL ................................................................................................................ 38
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7210/1984
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.
1 – Propiciar meios para que a sentença seja integralmente cumprida
Efetivar as finalidades da retribuição e prevenção da pena
“Sentença”: abrange a sentença condenatória e absolutória imprópria (medida de segurança).
abrange a sentença
condenatória e absolutória
imprópria (medida de
segurança)
sentença
EXECUÇÃO
OBJETIVO efetivar as disposições decisão criminal
PENAL
Antes Depois
Elaborar programa individualizador da pena Elaborar programa individualizador da pena privativa de
liberdade
EXAME CRIMINOLÓGICO
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido
a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com
vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento
da pena privativa de liberdade em regime semiaberto.
regime semiaberto
SÚMULA 439 DO STJ - Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que
em decisão motivada.
Súmula Vinculante 26
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o
juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990,
sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame
criminológico.
dolosamente
TIPOS DE ASSISTÊNCIAS
DA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO
Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo
de 2 (dois) meses.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado,
por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
CONCEITO DE EGRESSO
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
II - o liberado condicional, durante o período de prova.
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho.
o liberado definitivo, pelo
prazo de 1 (um) ano a contar
TIPOSDE DA ASSISTÊNCIA AO da saída do estabelecimento
ASSISTÊNCIAS EGRESSO
o liberado condicional,
durante o período de prova.
O serviço de
assistência social
colaborará com o
egresso para a obtenção
de trabalho
TRABALHO DO PRESO
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.
DO TRABALHO INTERNO
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões
e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as
necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado.
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões
de turismo.
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com
descanso nos domingos e feriados.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços
de conservação e manutenção do estabelecimento penal.
entidades privadas
DEVERES DO
execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas
PRESO
DIREITOS DO PRESO
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos
presos provisórios.
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição tempo do para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que
compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de
informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade
judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) – Busca evitar a hipertrofia da punição
(atentar para os arts,12 e 13 da resolução 113 do CNJ).
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV ( não são direitos absolutos) poderão ser
suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
alimentação suficiente e vestuário
Previdência Social
constituição de pecúlio
DIREITOS DO
proteção contra qualquer forma de sensacionalismo
PRESO
chamamento nominal
DA DISCIPLINA
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das
autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de
direitos e o preso provisório.
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado.
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
Não haverá falta nem sanção
disciplinar sem expressa e anterior
previsão legal ou regulamentar
As sanções não poderão colocar em
perigo a integridade física e moral do
condenado
DA DISCIPLINA
É vedado o emprego de cela escura
FALTA DISCIPLINAR
Classificam-se em:
Leve
FALTA
Média
DISCIPLINAR
Grave
fugir
inobservar os deveres
Obs1.: Prevalece no STJ a posse de “CHIPS” de aparelho de telefone celular caracteriza falta grave,
interpretação teleológica do art.50, VII, abrangendo quaisquer componentes do aparelho de
comunicação.
Obs2.: O STJ vem entendo qua a posse de droga para consumo próprio configura falta grave é também a
posição do STF.
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório.
Súmula 526 - O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime
doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no
processo penal instaurado para apuração do fato. (Súmula 526, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
13/05/2015, DJe 18/05/2015)
Súmula 533 - Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é
imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional,
assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado.
(Súmula 533, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015).
Súmula 534 - A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de
cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. (Súmula 534, TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015)
Súmula 535 - A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto.
(Súmula 535, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015)
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Art. 53. Constituem sanções disciplinares (Elas estão em ordem crescente de rigorismo):
I - advertência verbal;
II - repreensão;
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único);
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento
coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003).
advertência verbal
repreensão
CONSTITUEM SANÇÕES
suspensão ou restrição de direitos
DISCIPLINARES
CARACTERÍSTICAS:
PACOTE ANTICRIME – LEI 13964/2019
ANTES DEPOIS
1) Duração máxima de 360 dias, ou seja, até 360 I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem
dias. prejuízo de repetição da sanção por nova falta
grave de mesma espécie; (Redação dada pela
2) Recolhimento em cela individual
Lei nº 13.964, de 2019)
Atenção: para o art.45, § 1º e 2º, da LEP.
II - recolhimento em cela individual; (Redação
3) Visitas semanais de 2 pessoas, com duração de dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
2 horas (sem contar as crianças.
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez,
4) Banho de sol de duas horas diárias a serem realizadas em instalações equipadas para
impedir o contato físico e a passagem de objetos,
por pessoa da família ou, no caso de terceiro,
autorizado judicialmente, com duração de 2
(duas) horas; (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)
Atenção: sem prejuízo da sanção disciplinar, o preso responderá penalmente pelo crime doloso praticado
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão
da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal,
ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
2003)
2) ART.52,§ 1º, I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da
sociedade; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ART.52, § 1º: O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou
condenados, nacionais ou estrangeiros: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
3) ART.52,§ 1º, II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer
título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática
de falta grave. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
REQUISITOS
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou
da sociedade; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados
também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura
do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento
penitenciário. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
"Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
IMPORTANTE: O RDD SÓ PODE SER DETERMINADO PELO JUIZ.
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme
regulamento, assegurado o direito de defesa.
Parágrafo único. A decisão será motivada.
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de
até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da
averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792,
de 2003)
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será
computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
2003)
o Juízo da Execução
o Ministério Público
o Conselho Penitenciário
ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO
PENAL
os Departamentos Penitenciários
o Patronato
o Conselho da Comunidade
a Defensoria Pública
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado.
§ 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: (Redação dada pela
Lei nº 13.167, de 2015)
I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela
Lei nº 13.167, de 2015)
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos incisos I e
II. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará em
dependência separada.
§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: (Incluído pela Lei
nº 13.167, de 2015)
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das previstas
nos incisos I, II e III. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
§ 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os
demais presos ficará segregado em local próprio. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
DA PENITENCIÁRIA
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado.
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir
Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime
fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 10.792, de 2003)
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e
lavatório.
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento
térmico adequado à existência humana;
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da letra
a, do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas:
a) a seleção adequada dos presos;
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena.
DA CASA DO ALBERGADO
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime
aberto, e da pena de limitação de fim de semana.
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e
caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados
serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de
Observação.
DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis
referidos no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta
Lei.
DA CADEIA PÚBLICA
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios.
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia pública a fim de resguardar o interesse da
Administração da Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e
familiar.
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será instalado próximo de centro urbano,
observando-se na construção as exigências mínimas referidas no artigo 88 e seu parágrafo único desta
Lei.
PROGRESSÃO DE REGIME
REQUISITO
OBJETIVO
REQUISITO
SUBJETIVO
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para
regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (Redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa
ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com
violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou
equiparado, se for primário; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para
a prática de crime hediondo ou equiparado; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou
equiparado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado
com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão
de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas
vigentes. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência,
os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769,
de 2018)
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; (Incluído pela Lei nº 13.769, de
2018)
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; (Incluído pela Lei nº
13.769, de 2018)
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
V - não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício previsto no
§ 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas
previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo
para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem
do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964
** PROGRESSÃO “PER SALTUM” (POR SALTO)
Súmula n. 491 do STJ - É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.
DA PERMISSÃO DE SAÍDA
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios
poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos
seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).,
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra
o preso.
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da saída.
falecimento ou doença grave do cônjuge,
companheira, ascendente, descendente ou
irmão
regime fechado ou semi-
DA PERMISSÃO DE SAÍDA aberto e os presos
provisórios
necessidade de tratamento médico
DA SAÍDA TEMPORÁRIA
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para
saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I - visita à família;
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na
Comarca do Juízo da Execução;
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica
pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que cumpre
pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público
e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos:
I - comportamento adequado;
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se
reincidente;
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por
mais 4 (quatro) vezes durante o ano.
Parágrafo único. Quando se tratar de freqüência a curso profissionalizante, de instrução de 2º grau ou
superior, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes.
§ 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras
que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do
condenado: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante
o gozo do benefício; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - recolhimento à residência visitada, no período noturno; (Incluído pela Lei nº 12.258, de
2010)
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. (Incluído pela Lei
nº 12.258, de 2010)
§ 2o Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior,
o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades
discentes. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.258, de 2010)
§ 3o Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de
45 (quarenta e cinco) dias de intervalo entre uma e outra. (Incluído pela Lei nº 12.258, de
2010)
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido como
crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou revelar
baixo grau de aproveitamento do curso.
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída temporária dependerá da absolvição no processo penal,
do cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do merecimento do condenado.
DA REMIÇÃO
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho
ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de
2011).
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: (Redação dada pela Lei nº
12.433, de 2011)
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental,
médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no
mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma
presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades
educacionais competentes dos cursos frequentados. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de
2011)
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas
de forma a se compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a
beneficiar-se com a remição .(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que
certificada pelo órgão competente do sistema de educação. (Incluído pela Lei nº 12.433, de
2011)
§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte
do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. .(Incluído pela Lei nº
12.433, de 2011)
§ 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a
defesa. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado
o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração
disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os
efeitos. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro
de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho
ou das horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles. (Redação dada
pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 1o O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente,
por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento
escolar. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2o Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos. (Incluído pela Lei nº 12.433, de
2011)
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar falsamente prestação de
serviço para fim de instruir pedido de remição.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, presentes os requisitos
do artigo 83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e Conselho
Penitenciário.
REQUISITOS
REQUISITOS REQUISITOS
OBJETIVOS SUBEJTIVOS
REQUISITOS OBJETIVOS
➢ O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual
ou superior a 2 (dois) anos;
➢ tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
➢ cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver
bons antecedentes;
➢ cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
➢ cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não
for reincidente específico em crimes dessa natureza.
SÚMULA 715 STF - A PENA UNIFICADA PARA ATENDER AO LIMITE DE TRINTA ANOS DE CUMPRIMENTO,
DETERMINADO PELO ART. 75 DO CÓDIGO PENAL, NÃO É CONSIDERADA PARA A CONCESSÃO DE OUTROS
BENEFÍCIOS, COMO O LIVRAMENTO CONDICIONAL OU REGIME MAIS FAVORÁVEL DE EXECUÇÃO.
Súmula 441 STJ: “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional”.
REQUISITOS SUBJETIVOS
ART,83, III - comprovado: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) bom comportamento durante a execução da pena; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que
façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do
livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o
liberado não voltará a delinquir
CONDIÇÕES FACULTATIVAS
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e
de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não freqüentar determinados lugares.
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em
sentença irrecorrível: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
REVOGAÇÃO FACULTATIVA
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das
obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a
pena que não seja privativa de liberdade.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
EFEITOS DA REVOGAÇÃO
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação
resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em
que esteve solto o condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Revogado o livramento, não poderá ser
novamente concedido, e, salvo quando a
revogação resulta de condenação por outro
EFEITOS
crime anterior àquele benefício, não se
desconta na pena o tempo em que esteve
solto o condenado
REVOGAÇÃO
recolher-se à habitação em hora fixada
FACULTATIVA
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em
processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento.(Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não
passar em julgado a sentença em processo a que responde o
liberado, por crime cometido na vigência do livramento
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Se até o seu término o livramento não é revogado,
considera-se extinta a pena privativa de liberdade
MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: (Incluído pela
Lei nº 12.258, de 2010)
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
IV - determinar a prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o equipamento
eletrônico e dos seguintes deveres: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e
cumprir suas orientações; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de
monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a critério
do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
I - a regressão do regime; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - a revogação da autorização de saída temporária; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
VI - a revogação da prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar alguma
das medidas previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
a regressão do regime
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser revogada: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
I - quando se tornar desnecessária ou inadequada; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer
falta grave. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)