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ELETRICIDADE

E
MAGNETISMO

MSc. Ramon Alves dos Santos


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O QUE ESPERAMOS PARA 2021 EM ELETROMAGNETISMO?

Conteúdo Programático (Metas):


- Noções básicas de Eletricidade;
- Elestrostática;
- Magnetostática;
- Eletromagnetismo;

Dinâmica das aulas (remoto):


- Momento 1: Fundamentação teórica;
- Momento II: Experimentos simulados e projetos.
TIPOS DE MATERIAIS

Condutores: materiais com 1 a 3 elétrons na camada de valência, são fracamente ligados ao núcleo do elemento do
qual são compostos, tendo facilidade de ganhar ou ceder elétrons.

Semicondutores: materiais com 4 elétrons na camada de valência, são ligados ao núcleo do elemento de forma
intermediária, podendo ter dificuldade ou facilidade de ceder/ganhar elétrons dependendo das condições as quais são
postos.

Isolantes:: materiais com 5 a 8 elétrons na camada de valência, altamente ligados ao núcleo do elemento do qual
são compostos, tendo dificuldade de ganhar ou ceder elétrons.
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS CONDUTORES

Condutividade: capacidade de transportar cargas elétricas com facilidade, mediante a aplicação de uma diferença de
potencial entre dois pontos. Comumente apresentada em (S/m) dada pela equação:
𝑙
𝜎=
𝑅. 𝐴

Resistividade: é a propriedade do material que expressa a maior o menor facilidade do material se opor a passagem de
corrente elétrica. Pode ser expressa como o inverso da condutividade do material.
1
𝜌=
𝜎

Resistência elétrica: é a grandeza que expressa a capacidade de um elemento se opor a passagem de corrente elétrica.
Dada em ohms [Ω].
𝜌𝑙 𝑙
𝑅 = 𝑉/𝐼 = =
𝐴 𝜎𝐴
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ISOLANTES

Rigidez dielétrica: capacidade do material se opor a uma descarga elétrica. Está propriedade comumente indica a
capacidade do material resistir sem perder suas propriedades físicas, químicas ou mecânicas a descargas elétricas.

Observação: todo material isolante, pode ter seu comportamento alterado, passando a conduzir corrente elétrica,
seja ele, um isolante do tipo líquido, sólido ou gasoso. Esse fenômeno ocorre devido ao rompimento da rigidez
dielétrica do material, ionizando suas partículas.
ELEMENTOS BÁSICOS DE UM CIRCUITO ELÉTRICO

Condutores: elemento básico de um circuito elétrico os quais apresentam a função de interligar o circuito elétrico comumente
apresentam um valor de resistência elétrica. Pode ser apresentada em formato de um componente especifico como um Resistor, como pode
ser apresentada de forma intrínseca aos condutores do circuito por meio de uma Resistência Elétrica associada.

Carga: é um consumidor no circuito elétrico, tendo uma função específica, podendo realizar a conversão de diferentes tipos de energia.
Exemplos: motores, lâmpadas, resistências, etc.

Fonte de tensão: é a fonte geradora de energia do circuito, a qual apresenta comumente a diferença entre dois potenciais. Pode ser
apresentada em forma contínua (pilhas, baterias, etc) como em forma alternada (alimentação residencial).

Corrente elétrica: é o fluxo ordenado de elétrons, estabelecido por meio de uma diferença de potencial, a qual fará com que haja uma
migração pela região com excesso de elétrons da fonte para a região com falta de elétrons. Esse fluxo de elétrons ordenados circulará por
meio dos condutores do circuito.

Instrumentos de controle: são elementos que permitem o acionamento controlado de cargas elétricas, permitindo o controle da fonte
de energia elétrica. São eles: chaves, relés, interruptores, etc.
REVISÃO FATORES

Essencialmente as grandezas vinculas a circuitos elétricos, são comumente representadas em escalas contidas no
Sistema Internacional de Unidades. Abaixo podemos relembrar as principais fatores associados.
1ª LEI DE OHM

É uma lei postulada pelo físico inglês Georg Simon Ohm, a qual estabelece relação entre os três elementos básicos
do circuito tensão/ddp (V), resistência elétrica (R) e corrente elétrica (I).

É basicamente estruturada pela equação abaixo:


𝑉 = 𝑅. 𝐼 [𝑉 − 𝑉𝑜𝑙𝑡]

Pode se desdobrar de forma que seja capaz calcular a corrente e resistência elétrica como já vimos anteriormente:
𝑉
𝑅 = [Ω − 𝑂ℎ𝑚]
𝐼
𝑉
𝐼 = [𝐴 − 𝐴𝑚𝑝é𝑟𝑒]
𝑅
2ª LEI DE OHM

A Segunda Lei de Ohm corresponde aos fatores que interferem na resistência elétrica. Essa lei estabelece que a
resistência depende da espessura e comprimento do condutor e do material de que ele é constituído, indicando
ainda que é diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a sua espessura.

𝜌𝑙
𝑅= [Ω − 𝑂ℎ𝑚]
𝑆
POTÊNCIA ELÉTRICA (ATIVA)
Potência de forma essencial mensura a parcela de trabalho consumido por unidade de tempo, ou seja, é uma taxa que
mensura a quantidade de energia consumida num espaço de tempo.

Podendo dependendo dos elementos do circuito elétrico também ser perdida e não aproveitada em sua totalidade.

Em algumas situações a perda de energia por efeito Joule tem função previamente planejada no caso de aquecedores
elétricos, secadores de cabelo, chuveiros elétricos entre outros.

Essencialmente a potência elétrica pode ser mensurada pela equação:

2
𝑉
𝑃 = 𝑉. 𝐼 = 𝑅. 𝐼 2 = [𝑊]
𝑅
RELAÇÃO ENTRE POTÊNCIA MECÂNICA E ELÉTRICA

É a potência disponível para realização de trabalho na ponta do eixo de motores, existindo correlação com a
potência elétrica. Em muitos sistemas esse nível de potência pode ser relevante como em acoplamentos em
geradores, os quais, em muitas situações possuem motores a combustão em parte do sistema.

Relação com eletricidade:


1 CV = 736 W
1 HP = 746 W
ENERGIA ELÉTRICA CONSUMIDA
Energia elétrica consumida, mensura a quantidade de energia consumida ao longo do tempo.

Exemplo:

Em nossas casas ao pagar por uma conta, pagamos e energia consumida ao longo do período de um mês. Ou seja,
cada aparelho consumiu uma determinada potência em um espaço de tempo e totalizando os trinta dias teremos a
energia consumida em todo o mês.

Equacionamento:

𝐸 = 𝑃. Δ𝑡
TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS – CIRCUITO SÉRIE

Circuito Série: é caracterizado pelos componentes serem circundados com a mesma corrente elétrica.

A corrente convencionada irá do sentido de maior potencial para o menor potencial.


TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS – CIRCUITO SÉRIE

O circuito série pode ser representado essencialmente por um valor de resistência equivalente associado (Req).

O valor da resistência equivalente pode ser dados pelo somatório das resistências em série do circuito.

O valor da corrente total a qual circula pelo circuito pode ser dado pela divisão do valor da fonte de alimentação
pelo valor de resistência total.

𝑅𝑒𝑞 = σ𝑛𝑖=1 𝑅𝑖

𝐼𝑇 =𝑉
𝑅𝑒𝑞
TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS – CIRCUITO PARALELO

Circuito Paralelo: é caracterizado pelos componentes serem submetidos a mesma diferença de potencial.

A corrente se dividirá entre os ramos do circuito.


TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS – CIRCUITO PARALELO

O circuito paralelo também pode ser simplificado e representado em função de um único valor de resistência. Para
tal temos que o inverso do valor da Req será igual ao somatório dos inversos das resistências presentes no circuito.

Podendo a corrente em cada um dos ramos ser calculada pela divisão do valor de tensão da fonte de alimentação
pelo valor de resistência do ramo.

1/𝑅𝑒𝑞 = ෍ 1/𝑅𝑖
𝑖=1

𝐼𝑖 = 𝑉/𝑅𝑖
TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS – CIRCUITO MISTO

São circuitos os quais envolvem tanto parte do circuito em série, como parte do circuito em paralelo, sendo
comumente a forma mais utilizada em aplicações práticas.
ELETROSTÁTICA – CARGA ELÉTRICA

A carga elétrica é uma propriedade intrínseca das partículas fundamentais de que é feita a matéria.
Possuindo cada átomo cargas positivas prótons e cargas negativas elétrons.

O excesso de cargas elétricas em qualquer objeto raramente pode ser observado porque a maioria dos
objetos contém quantidades iguais dos dois tipos de cargas.

Quando existe igualdade de cargas elétricas, dizemos que o objeto é eletricamente neutro. Quando
existe um desequilibro dizemos que o objeto está eletricamente carregado.
FORÇA DE ATRAÇÃO E REPULSÃO

Objetos eletricamente carregados interagem exercendo força sobre outros objetos.

Quando temos objetos com excesso de cargas opostas existe o fenômeno da geração
de uma força de atração.

Com objetos com excesso de cargas iguais existe o fenômeno da geração e uma força
de repulsão.

A atração e repulsão entre corpos eletricamente carregados têm muitas aplicações


industriais, como a pintura eletrostática, a impressão a laser, processos de zincagem,
entre outros.
LEI DE COULOMB

A lei de Coulomb expressa em termos matemáticos a expressão da força eletrostática (ou força elétrica)
entre duas cargas. O termo eletrostática é usado para expressar o fato da velocidade relativa entre as
cargas é nula ou muito pequena, ou seja, não existe movimento relativo entre as cargas.

Tanto a força de atração ou repulsão pode ser calculada por meio da lei de Coulomb, chamada dessa
forma em homenagem a Charles-Augustin de Coulomb, que a propôs em, 1785, com base em
experimentos de laboratório. A lei é postulada por:

𝑞1 𝑞2
𝐹 = 𝑘 2 𝑟Ƹ
𝑟
LEI DE COULOMB

A lei é postulada por:

𝑞1 𝑞2
𝐹 = 𝑘 2 𝑟Ƹ
𝑟
, onde:

1
𝑘=
4𝜋𝜀
No ar ou vácuo temos que ε (permissividade relativa) é:
10−9
𝜀=
36𝜋
REVISÃO VETORES

Notação Vetorial

Devemos diferenciar grandezas vetoriais de grandezas escalares, uma vez que, respectivamente, uma possuirá
módulo, direção e sentido e a outra apenas módulo.

A direção em vetores é indicada por meio do vetor unitário, obtém-se este dividindo o vetor pelo seu módulo:

, onde A e |A|:
REVISÃO VETORES

Álgebra Vetorial

Soma e subtração de vetores:

Propriedades associativa, comutativa e distributiva são validas:


REVISÃO VETORES
Álgebra Vetorial

Produto escalar:

Produto vetorial:
CAMPO ELETROSTÁTICO

O campo elétrico é um campo vetorial, já que consiste em uma distribuição de vetores, um


para cada ponto de uma região em torno de um objeto eletricamente carregado.

Campo eletrostático pode ser definido como:

, assim descrevemos o módulo com campo elétrico E no ponto P como E=F/q0 e a orientação
de E é a da força que age sobre a carga de prova.
CAMPO ELETROSTÁTICO

Embora a definição de campo elétrico, utilize uma carga de prova para realizar
sua definição o campo elétrico, o campo existe independentemente da carga
de prova.

A relação entre linhas de campo e vetores de campo elétrico é a seguinte: (1)


em qualquer ponto, a orientação de uma linha de campo é a orientação do
campo elétrico E, (2) o módulo de E é proporcional a quantidade de linhas de
campo por unidade de área, assim E tem valores elevados onde se tem linhas
de campo mais próximas.
CAMPO ELÉTRICO PRODUZIDO POR UMA CARGA

É descrito pela equação:

Caso tenha a influência de mais de uma carga, somam-se os efeitos:


UMA CARGA PONTUAL EM UM CAMPO ELÉTRICO

Quando temos o processo contrário, ou seja, uma partícula eletricamente carregada em um campo elétrico produzido
por cargas estacionárias, existe o surgimento de uma força sobre essa carga descrita por:

, em que q é a carga da partícula (incluindo o sinal) e E é o campo elétrico produzido pelas outras cargas na posição da
partícula.
MAGNETISMO E NATUREZA

Na natureza podemos observar a forma natural do magnetismo, por meio de imãs naturais, ou seja, pedras
normalmente vulcânicas as quais possuem propriedades de atração magnética de objetos metálicos constituídos por
ferro, níquel e cobalto. Ao redor destes imãs cria-se uma região de influência magnética devido ao campo magnético,
que é constituído de linhas de campo as quais vão do polo norte ao sul do imã.
ELETROMAGNETISMO
Ao passo que observamos imãs na natureza, encontramos em diversas aplicações industriais, imãs artificiais ou
eletroímãs. Estes por sua vez, são constituídos por circuitos os quais comumente possuem, um núcleo ferromagnético e
um enrolamento metálico isolado, no qual, alimentado, circula corrente elétrica. Com a circulação de corrente elétrica
ocorre a produção de fluxo elétrico criando uma região de influência e os efeitos de atração e repulsão como em imãs
naturais.
FLUXO

Fluxo elétrico (𝜙) pode ser definido como um conjunto de linhas de campo dado em Wb (Weber) concatenado em
uma superfície.

𝑊𝑏
Comumente o fluxo é calculado por meio da relação da densidade de fluxo magnético, B (apresentada, em ou 𝑇) , o
𝑚2
qual é a uma grandeza vetorial e a superfície o qual está sofrendo uma indução magnética.

𝜙 = 𝐵. 𝐴Ԧ
𝜙 = 𝐵. 𝐴. cos 𝜃
PROPRIEDADE MATERIAIS MAGNÉTICOS

A permeabilidade magnética de um material, é a propriedade que define a capacidade deste material concatenar fluxo
magnético.A permeabilidade magnética de um material é dada por meio da equação:
𝜇 = 𝜇𝑅 . 𝜇0
𝑇.𝑚 𝐻
𝜇0 : núcleo de ar ou vácuo - 4𝜋. 10−7 𝑜𝑢
𝐴 𝑚

𝜇𝑅 : a permeabilidade relativa do material (adimensional) com relação ao ar ou vácuo.


𝜇: a permeabilidade magnética do material a ser calculado.

A permeabilidade de um material é extremamente importante uma vez que com ela podemos calcular a densidade de
fluxo magnético, por:
𝐵 = 𝜇. 𝐻
TIPOS DE MATERIAIS MAGNÉTICOS

Materiais Ferromagnéticos: imantam-se fortemente se colocados na presença de um campo magnético. São substâncias
ferromagnéticas somente o ferro, o cobalto, o níquel e as ligas que são formadas por essas substâncias. Permeabilidade
relativa entre 50 e 3000.

Materiais Paramagnéticos: São materiais que possuem elétrons desemparelhados e que, na presença de um campo
magnético, alinham-se, fazendo surgir um ímã que tem a capacidade de provocar um leve aumento na intensidade do
valor do campo magnético em um ponto qualquer. Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs. São materiais
paramagnéticos: o alumínio, o magnésio, o sulfato de cobre, entre outros. Permeabilidade relativa igual a 1.

Materiais Diamagnéticos: colocados na presença de um campo magnético, têm seus ímãs elementares orientados no
sentido contrário ao sentido do campo magnético aplicado, apresentando um efeito de dispersão. São substâncias
diamagnéticas: o bismuto, o cobre, a prata, o chumbo, entre outros. Permeabilidade relativa inferior a 1.
CIRCUITOS MAGNÉTICOS

São circuitos cujo comportamento é regido por equações análogas as de um circuito elétrico.
Frequentemente, no projeto de máquinas elétricas e transformadores utiliza-se modelos baseados em
circuitos magnéticos, que descrevem o comportamento das máquinas para simplificar o processo.
CIRCUITOS MAGNÉTICOS CORRELAÇÕES COM CIRCUITOS ELÉTRICOS
CIRCUITOS ELÉTRICOS CIRCUITOS MAGNÉTICOS
Tensão [V] Corrente [A]
Campo Elétrico (E) [V/m] Campo Magnético (H) [A/m]
Densidade de Fluxo Elétrico (D) [C/m2] Densidade de Fluxo Magnético (B) [T ou Wb/m2]
𝐷 = 𝜀𝐸 𝐵 = 𝜇𝐻
𝜀0 = 8,85. 10−12 𝐹/𝑚 𝜇0 = 4𝜋. 10−7 𝐻/𝑚
(permissividade elétrica) (permeabilidade magnética)
Lei de Gauss Lei de Ampere

𝑄 = ර 𝐷𝑑𝑆 ℱ = 𝐹𝑀𝑀 = 𝑁𝐼 = ර 𝐻𝑑𝑙

Potencial Elétrico Fluxo Magnético


𝑏
𝐽
𝑉𝑎𝑏 = න 𝐸𝑑𝑙 𝑜𝑢 𝑉 𝜙 = න 𝐵𝑑𝑆 [𝑊𝑏]
𝑎 𝐶

Capacitância Indutância
𝑄 𝑁𝜙
𝐶= 𝐹 𝐿= 𝐻
𝑉 𝐼
CIRCUITOS MAGNÉTICOS – ANALOGIA ENTRE CIRCUITOS

𝑽 ℱ
𝑰= 𝝓=
𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 ℛ𝟏 + ℛ𝟐
𝑙 𝑙
Resistência: R = 𝜎𝐴 Relutância: ℛ = 𝜇𝐴

Corrente, 𝐼 Fluxo, 𝜙
Tensão, 𝑉 Força Magneto Motriz (FMM), ℱ
Condutividade, 𝜎 Permeabilidade, 𝜇
CIRCUITOS MAGNÉTICOS – EQUAÇÃO BÁSICA

A lei básica que forma a geração de campo magnético por uma corrente é dada por meio da Lei de
Ampere.

𝐹𝑀𝑀 = 𝑁𝐼 = න 𝐻𝑑𝑙
CIRCUITOS MAGNÉTICOS – CIRCUITO BÁSICO

𝒍
ℛ=
𝝁𝑨
𝐹𝑀𝑀
𝐹𝑀𝑀 = ℛ𝜙 … 𝜙 = … 𝐹𝑀𝑀 = 𝑁𝐼

CIRCUITOS MAGNÉTICOS – FORMULÁRIO BASE

𝑭𝑴𝑴 = න 𝑯𝒅𝒍 = 𝑵𝑰

𝜙 = න 𝐵𝑑𝑆 = 𝐵𝑆 = 𝜇𝐻 = 𝜇0 𝜇𝑟 𝐻

𝑙
ℛ=
𝜇𝑆
EXEMPLO

Solução:
EXEMPLO
CURVA DE HISTERESE

Histerese é a propriedade que circuitos


eletromagnéticos tem de conservar suas
propriedades na ausência de um estimulo.

Na figura ao lado percebemos a relação entre duas


grandezas: o Campo Magnético (H) e a Densidade
de Fluxo Magnético (B).
CURVA DE HISTERESE

O 1º caminho simula a alimentação de um circuito


eletromagnético convencional, uma solenoide, com
uma corrente I, neste caso teremos o aumento do
campo e da densidade de fluxo até os seus valores
máximos.
Quando diminuímos o valor da corrente aplicada os
efeitos tendem a se conservar e a curva de histerese
volta pelo caminho 2º até uma densidade de fluxo
magnético residual Br.
CURVA DE HISTERESE

Para anular os efeitos dessa densidade de fluxo


magnético residual, ou Remanência, devemos
aumentar a corrente I porém em sentido contrário.
A circulação de corrente elétrica no sentido
contrário no solenoide produz uma intensidade de
campo magnético, capaz de anular a densidade de
fluxo magnético remanescente totalmente, sendo
esta identificada como Força Coerciva (Hc).
CURVA DE HISTERESE

Mantendo o aumento da corrente elétrica I no


sentido contrário, chegaremos aos mesmos valores
máximos em módulo para densidade de fluxo
magnético e campo magnético, respectivamente, -
Bmax e -Hmax.
Novamente se diminuirmos a corrente aplicada I,
haverá o mesmo processo de conservação das
propriedades magnéticas. Retornando o efeito pelo
caminho 3º.
CURVA DE HISTERESE

Dessa forma, se aplicarmos a um solenoide uma


corrente com sentido de circulação alterado, haverá
perdas de energia por aquecimento devido a
Histerese (=área interna da curva).

𝑃 𝑊 = 10−7 . 𝑘. 𝐵𝑚𝑎𝑥 ∝ . 𝑓. 𝑣
CURVA DE HISTERESE

Onde em:
𝑃 𝑊 = 10−7 . 𝑘. 𝐵𝑚𝑎𝑥 ∝ . 𝑓. 𝑣
Temos que:
𝐵𝑚𝑎𝑥: Densidade de fluxo magnético induzida máxima em gauss (1 gauss=10^ − 4𝑇).
∝: 1,6 se Bmax<10 000 gauss (1T). Ou, 2 se Bmax>10 000 gauss (1T).
f: frequência em Hertz.
v: volume do núcleo em 𝑐𝑚3 .
k: constante de Steinmetz que depende do material.
GERAÇÃO ALTERNADA

Tensão alternada:
- Amplitude altera continuamente.
- Polaridade inverte periodicamente.
- Vp: máxima amplitude.
- Vpp: dobro da máxima amplitude se
houver simetria.
- Vm: média aritmética de todas as
amplitudes em 1 período. 𝑣 𝑡 = 𝑉𝑝. 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡)
- Vrms ou Vef: é o valor da onda que
corresponde a um valor contínuo CC que
produz a mesma potência em um resistor.
GERAÇÃO ALTERNADA

𝑑𝜙
𝑣𝑖𝑛𝑑 =𝑁
𝑑𝑡
GERAÇÃO ALTERNADA

𝜙 = 𝐵. 𝐴Ԧ

𝐴Ԧ = 𝐴. 𝑛

𝜙 = 𝐵 𝐴 𝑐𝑜𝑠𝜃
GERAÇÃO ALTERNADA
Frequência: pode ser definida como uma grandeza que indica o número de ocorrências em um
determinado intervalo de tempo, mensurada comumente em Hz, cps (ciclos por segundo) ou
rps (número de repetições por segundo).

Período: é o tempo necessário para ocorrer a repetição de um ciclo.

1
𝑇=
𝐹
2𝜋
𝑤= = 2𝜋𝑓
𝑇
, onde w: frequência angular ou pulsação em [rad/s].
GERAÇÃO ALTERNADA
Frequência: pode ser definida como uma grandeza que indica o número de ocorrências em um
determinado intervalo de tempo, mensurada comumente em Hz, cps (ciclos por segundo) ou
rps (número de repetições por segundo).

Período: é o tempo necessário para ocorrer a repetição de um ciclo.

1
𝑇=
𝐹
2𝜋
𝑤= = 2𝜋𝑓
𝑇
, onde w: frequência angular ou pulsação em [rad/s].
TRANSFORMADORES IDEAIS

Essencialmente é m transformador sem perdas com enrolamento de entrada e um enrolamento de saída.


Alimentado o primário com uma fonte CA que promove um fluxo magnético variável, que circula no
núcleo e induz no secundário uma tensão de origem alternada.
TRANSFORMADORES IDEAIS

V1-Tensão aplicada ao primário [V]


r1 – Resistência do circuito primário [Ω]
I1 – Corrente drenada na fonte (primária) [A]
E1 – Tensão induzida no enrolamento primário [V]
L1 – Indutância no circuito primário [H]
Φ1 – Componente de dispersão de fluxo do enrolamento primário [Wb]
Φm – Fluxo mútuo [Wb]
TRANSFORMADORES IDEAIS
Pelos estudos de Faraday e Lenz, temos que:
𝒅𝝓
𝒆 = −𝑵
𝒅𝒕
Dessa forma, a FEM induzida é diretamente proporcional
ao número de espiras.

Por conta disso, pode-se escrever as relações entre tensão e número de espiras entre
o enrolamento primário e secundário de transformadores ideais como:

𝑽𝟏 𝑵𝟏
=
𝑽𝟐 𝑵𝟐
TRANSFORMADORES IDEAIS
Entre a corrente I1 (que entra no lado primário do
transformador) e a corrente I2 (que sai do lado secundário do
transformador) existe uma relação:

𝑵𝟏𝑰𝟏 = 𝑵𝟐𝑰𝟐
.
𝑰𝟐 𝑵𝟏
=
𝑰𝟏 𝑵𝟐
Logo para transformadores ideais, podemos estabelecer uma relação entre número de espiras, tensão e
corrente. Esta relação entre estas medidas resultada no coeficiente 𝛼, que descreve a relação de espiras ou
relação de transformação.

𝑽𝟏 𝑵𝟏 𝑰𝟐 𝛼>1 – Transformador abaixador de tensão


= = =𝜶
𝑽𝟐 𝑵𝟐 𝑰𝟏 𝛼<1 – Transformador elevador de tensão
TRANSFORMADORES IDEAIS
A potência ativa de entrada (Pent) fornecida ao
transformador pelo circuito primário é dada
pela equação:

𝑷𝒆𝒏𝒕 = 𝑽𝒑 𝑰𝒑 cos 𝜃𝑝
.
A potência ativa de saída (Psaída) fornecida pelo circuito secundário do
transformador a sua carga é dada pela equação:
𝑷𝒔𝒂í𝒅𝒂 = 𝑽𝒔 𝑰𝒔 cos 𝜃𝑠
Como em um transformador ideal os ângulos entre tensão e corrente não são
afetados:
𝜃𝑝 = 𝜃𝑠 = 𝜃
TRANSFORMADORES IDEAIS
Por conta dos ângulos entre tensão e corrente não serem afetados, os enrolamentos primário e
secundário possuem o mesmo fator de potência. Dessa forma, a potência de saída de um
transformador é igual a sua potência de entrada.

𝑷𝒔𝒂í𝒅𝒂 = 𝑷𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 = 𝑽𝒑 𝑰𝒑 cos 𝜽 = 𝑉𝑠 𝐼𝑠 cos 𝜃 𝑊


.

A mesma relação aplica-se as potências reativa e aparente:

𝑸𝒔𝒂í𝒅𝒂 = 𝑸𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 = 𝑽𝒑 𝑰𝒑 sen 𝜽 = 𝑉𝑠 𝐼𝑠 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑉𝐴𝑅

𝑺𝒔𝒂í𝒅𝒂 = 𝑺𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 = 𝑽𝒑 𝑰𝒑 = 𝑽𝒔 𝑰𝒔 𝑽𝑨
TRANSFORMADORES IDEAIS

A impedância de um elemento de circuito essencialmente é definida como a razão


entre a tensão e corrente no dispositivo.

𝑽𝑳
𝒁𝑳 =
𝑰𝑳

Em transformadores de potência como os níveis de tensão e corrente, entre primário


e secundário, são alterados, automaticamente a razão entre estas grandezas também
e portanto a impedância aparente de um elemento.
TRANSFORMADORES IDEAIS
Analisando o circuito abaixo, pode-se constatar que: 𝑽𝒔
𝒁𝑳 =
𝑰𝒔
E que a impedância aparente do circuito
primário do transformador pode ser descrita
por:
′ 𝑽𝒑
𝒁𝑳 =
𝑰𝒑
Com as relações de tensão entre o primário e secundário do transformador, descritas
pelo coeficiente 𝛼, temos que, se 𝑉𝑝 = 𝛼𝑉𝑠 e 𝐼𝑝 = 𝐼𝑠 /𝛼, então a impedância aparente no
primário, pode ser descrita por:
′ 𝑽𝒑 𝜶𝑽𝒔 𝑽
𝟐 𝒔
𝒁𝑳 = = =𝜶
𝑰𝒑 𝑰𝒔 𝑰𝒔
𝜶
TRANSFORMADORES IDEAIS
Com a impedância aparente relacionando os níveis
de tensão no primário e secundário do
transformador, podemos concluir e estabelecer
uma relação entre a impedância da carga ZL e seu
valor aparente no circuito primário Z’, como
descrito abaixo:


′ 𝟐 𝒁𝑳
𝒁𝑳 = 𝜶 𝒁𝑳 𝜶𝟐 =
𝒁𝑳
Observa-se que para impedâncias a relação de transformação será quadrática.

Para análise de circuitos que contenham transformadores ideais, evidencia-se que a forma mais simples de
analisar os circuitos em relação as suas tensões e correntes, é substituir um dos lados do transformador por
um circuito equivalente com respectivos valores de impedância, tensão e corrente. Este processo como referir
ou refletir um lado do transformador ao outro.

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