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Handbook Transmissão
Samuel Rocha
Studium Telecom
1ª Edição
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Eng. Telecomunicações Samuel Rocha, 1954-
Handbook Transmissão
ISBN 978-85-908626-0-4
Rio de Janeiro, Studium Telecom, 2007
Studium Telecom
www.studiumtelecom.com
Caixa Postal 3454 – Rio de Janeiro – R.J. – 20010-970
Pedidos para rocha@studiumtelecom.com
ISBN 978-85-9086260-0-4
Impresso no Brasil
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Prefácio da 1° Edição
Agradeço aos amigos e colaboradores o incentivo da 1°Edição deste livro, que tem como
propósito auxiliar a Radioamadores, estudantes e Profissionais de Telecomunicações a compreen-
der os avanços através da História, os princípios básicos da radiotransmissão desde seus primór-
dios, com circuitos básicos para quem deseja construir o seu primeiro transmissor de radiação
restrita, o qual não exige licença para operação. Aprenda a realizar corretamente diversas medidas
em transmissores e como evitar interferências prejudiciais em outros Serviços de Telecomunica-
ções.
Todas as contribuições ao texto serão bem recebidas, em caso de alguma dúvida ou su-
gestão solicito entrar em contato diretamente com o autor através do e-mail:
rocha@studiumtelecom.com.
-Antenas e Propagação
-Radiointerferência- Causas e Soluções
-Ingresso no Radioamadorismo
-Tecnologia de Televisão Analógica e Digital
-Áudio Valvulado – Construção e Manutenção de Amplificadores Valvulados
-Radio Recepção
-Acústica e Sonorização
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SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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13. Notas
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Várias descobertas foram responsáveis pelo avanço e evolução das telecomunicações até
os dias de hoje, cada um dos inventores relacionados levaram a descoberta do “rádio” e
contribuíram gradualmente para o nosso progresso atual:
Maxwell lecionava física na Universidade de Cambridge e lançou em 1873 uma teoria des-
crevendo o eletromagnetismo e as ondas eletromagnéticas, diferentes entre si pelo com-
primento de onda. Maxwell estabeleceu as principais características das vibrações das
ondas eletromagnéticas através das expressões matemáticas conhecidas como as “equa-
ções de Maxwell”.
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Hertz, físico alemão, demonstrou em 1885, a existência na prática da energia prevista por
Maxwell sob a forma de ondas eletromagnéticas. Estas ondas passaram a ser denomina-
das de “ondas hertzianas”. Hertz usou como gerador das oscilações eletromagnéticas uma
bobina de Ruhmkorff e como receptor um anel com duas bobinas separadas em 0,2 mm
entre si, confirmando experimentalmente, as previsões de Maxwell sobre as propriedades
de propagação das ondas, como reflexão, refração e polarização. Em seu laboratório,
Hertz determinou a velocidade de propagação e a comprimento das ondas eletromagnéti-
cas geradas por seu aparelho. A velocidade de propagação encontrada por Hertz foi de
300.000 km/s e a longitude de onda de 0,5 a 3 metros. Seus aparelhos representam em
forma embrionária um transmissor e um receptor de oscilações eletromagnéticas.
EDUARDO BRANLY
Branly, físico francês, foi o criador em 1890 do “Coesor”, o primeiro detector das oscila-
ções eletromagnéticas, de sensibilidade suficiente para permitir a construção dos primei-
ros receptores de ondas eletromagnéticas, de grande aplicação prática no futuro.
Físico inglês que construiu o tubo de raios catódicos de dois eletrodos em 1892 e previu a
possibilidade de emprego das ondas eletromagnéticas para transmissão de sinais.
NICOLAS TESLA
Outro físico, porém iugoslavo, teve a idéia de construir em 1893 geradores rotativos que
forneciam correntes de alta frequência com grande potência, que ligados a antenas de até
50 metros de altura, transmitiam em telegrafia para grandes distâncias. Tesla criou o co-
nhecido transmissor de centelha. As bobinas inventadas e outras idéias de Tesla foram
utilizadas mais tarde por Marconi em seus transmissores.
Físico inglês realizou suas próprias experiências com dispositivos usados para transmitir e
receber sinais a várias dezenas de metros em 1894.
ALEXANDRE POPOV
Físico russo que realizou as primeiras demonstrações públicas em 7 de maio de 1895 com
seu transmissor e receptor, utilizando o “coesor” de Branly. No ano seguinte, numa confe-
rência pública, recebeu o primeiro radiograma transmitido por seu assistente que se en-
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GUGLIELMO MARCONI
No mesmo ano de 1895, na Itália, o jovem Guglielmo Marconi, de 21 anos de idade, discí-
pulo do professor de física Augusto Righi ficou conhecido no mundo científico por suas
experiências com as ondas hertzianas, aperfeiçoando os aparelhos usados por Hertz. Mar-
coni e Righi também chegaram a aplicar em suas experiências o “coesor” de Branly e os
aparelhos semelhantes usados pelo professor Popov.
Em 1896, Marconi chegou a Londres onde requereu uma patente do transmissor e recep-
tor de rádio. No ano seguinte seguiu, seguiu para Nova York onde repetiu com êxito a
mesma manobra. No ano de 1901, Marconi enviou sinais com a letra “S” da Inglaterra
para os Estados Unidos. Ainda em Londres, foi fundada com sua ativa participação, a
Companhia Marconi, com o fim de explorar comercialmente todas as patentes. A referida
empresa, sendo uma organização exclusivamente comercial, fundada com fins lucrativos,
possibilitou um rápido aproveitamento do novo sistema, popularizando e divulgando o
interesse pelas radiocomunicações. Neste sentido, não deve ser negado o mérito a Mar-
coni pelas suas pesquisas e desenvolvimento na engenharia, sua visão e oportunismo co-
mercial que lhe garantiu sucesso e fama. Em 1943, a Suprema Corte dos U.S.A. após gran-
de disputa, deu ganho de causa a Nikola Tesla sobre patentes do rádio devido as suas des-
crições nas patentes anteriores.
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Em 3 de junho de 1900 o cientista e Padre Landell de Moura realizou uma bem sucedida
experiência de transmitir a voz humana, a uma distância de cerca de 8 km, em São Paulo,
através da modulação de um feixe luminoso na presença da imprensa. Esses inventos fo-
ram patenteados na época, porém Landell posteriormente foi convencido pela Igreja a
não continuar com seus experimentos. É creditada a Marconi em 1895 a comunicação
através do emprego da telegrafia utilizando o Código Morse, mas não a fonia, como Lan-
dell realizou anteriormente com êxito, por isso é considerado pelos Radioamadores o Pa-
trono das Telecomunicações.
Aparelho destinado à transmissão fonética à distância, com fio e sem fio através do espaço, da terra e do
elemento aquoso
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Para quem está acostumado a Internet, Telefonia Celular e TV a Cabo e não acompanhou
o início das primeiras transmissões comerciais, incluo como ilustração uma história inte-
ressante de um grande amigo meu, já falecido, Elias do Amaral, um dos primeiros radioa-
madores brasileiros, que operou como BZ 1 IV,BZ 1 IC, PY1 MS e posteriormente PY1 AEB,
um verdadeiro radioamador pioneiro.
“Elias do Amaral Souza nasceu em 28 de junho de 1910 e começou a se interessar por ele-
tricidade desde pequeno. Aos cinco ou seis anos já fazia ligações de lâmpadas e pilhas
secas. Suas primeiras experiências com rádio foram com 11 anos apenas.Nesse ano, cur-
sava o Ginásio Anglo Brasileiro, onde o apertado regime de segunda a sábado proporcio-
nava folgas somente aos domingos, caso as notas não fossem inferiores a oito. Esse casa-
rão ficava onde hoje é o Hotel Sheraton, em Copacabana. Nas aulas de Física, Elias repara-
va que o professor sempre pedia aos alunos folhas de estanho. O material da doação era
destinado à fabricação de capacitores, segundo foi descoberto mais tarde.
Um dia, olhando para a direção da praia, Elias divisou um fio sobre o refeitório separado
por dois isoladores com um fio de descida. Estranhando a ausência do outro condutor de
energia, tomou coragem e perguntou ao professor de Física o que significava aquilo. O
mestre explicou-lhe que se tratava simplesmente de uma antena preparada para receber
os sinais de um transmissor que seria instalado no Corcovado para irradiar programas du-
rante a grande exposição do Centenário da Independência. Explicando-lhe sucintamente o
mágico processo, o professor convidou-o para ouvir o rádio galena no Laboratório de Físi-
ca. Após descobrir o ponto na pedra de galena detetora, passou-lhe os fones, e o menino
Elias, deslumbrado, ouviu pela primeira vez aquele encantador som, que atravessava o
espaço, penetrava em um simples pedaço de fio levando música sem nenhuma bateria ou
energia para funcionar!
Conversando com o pai na sua casa em Petrópolis, ele ganhou um livro prático em francês
chamado “Construa você mesmo um receptor de Telegrafia sem Fio”, do Abade Th. More-
aux. Elias devorou o didático livro que continha esquemas de galena, receptores desde
uma até quatro válvulas e resolveu montar o seu próprio galena, adquirindo o detetor
pronto e confeccionando a bobina conforme as instruções do livro. Mas, seu rádio nada
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captou, pois a estação montada por americanos no Corcovado possuía apenas 500 Watts
e não podia ser recebida por um rádio galena em Petrópolis!
Em São Paulo já existia a Rádio Cultura, mas logo depois, a Repartição Geral dos Correios,
instalou no Rio um transmissor da Western Electric com uma antena com cerca de 500
metros localizado entre o morro da Urca e o morro em frente, com o fio descendo verti-
calmente na direção da estação dos bondinhos, onde ficava o transmissor. Essa estação,
com prefixo SPC, cheia de estática e ruído, foi finalmente, recebida em Petrópolis por Eli-
as!
Um trem parte de Petrópolis às seis e dez da manhã. Nele encontramos um jovem de de-
zesseis anos com mais de 100000 réis no bolso com a permissão de comprar uma válvula
para o seu primeiro rádio. Às 7h50 chega ao Rio. Após as aulas preparatórias para o exame
vestibular da Politécnica, Elias adquire a tão desejada UV-199 com cálculos complexos de
descontos de 30 mais 5 por cento sobre cento e trinta e cinco mil reis, segundo o vende-
dor Oliveira, dando o valor de 89775 réis. Nesse mesmo dia, à noite vamos encontrar Elias
ouvindo a SPE, através do Regenerativo Tuska. Elias explicou-me que o segredo desse rá-
dio era a válvula pequena UV-199, que consumia 1,5 Volt e apenas 0,06 Ampere para o
filamento e 22,5 Volt para a alimentação de placa. O rádio utilizava uma bobina fixa e ou-
tra bobina interna (tickler) e conseguia receber a rádio SPE, que transmitia de 4 horas da
tarde até 9 horas da noite e a do Corcovado, que transmitiu somente durante a exposição
de 1922. Essa escuta diária sacrificava bastante os ouvidos, pois a estática em Petrópolis
era grande. A técnica na época recomendava empregar uma antena mais comprida possí-
vel e como o terreno na Rua Alberto Torres permitia, Elias tinha mais de 100 metros de
antena!
Para testar um rádio galena sem a presença das estações, seu amigo José Luis Novaes des-
cobriu um método singular! Colocava areia nos trilhos do bonde, que passava em frente
ao seu QTH na Rua Piabanha e quando se ouvia o ruído provocado pelo mau contato das
rodas no trilho era porque o detector do galena estava no ponto exato! Após o Ginásio
Pinto Ferreira de Petrópolis, já com dezesseis anos e Elias cursa o exame preparatório pa-
ra a Escola Politécnica. Sucessivos circuitos de rádio Neutrodino, Autodino e Superhete-
rodino foram experimentados pelo Elias, melhorando sempre sua estação.
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Álvaro Freire, BZ1 IB, de Niterói, Humberto, BZ1 IA, em Nilópolis,BZ1 ID o Novaes e BZ1 IC,
o próprio Elias.Mais tarde, depois de uma Convenção Internacional em 1928 nos U.S.A., o
prefixo do Brasil passou a SB (S de South America e B de Brazil).A licença para estação de
radioamador custava 200000 réis por ano.
As férias de Elias eram passadas em São Paulo com seus primos, dentre eles o 2 AY, Samu-
el Toledo, que o acompanhava na visita ao 2AU, e o 2AR, Arthur Reis, que tinha uma esta-
ção bem simples de CW, única modalidade utilizada na época.Seu primeiro transmissor,
recorda Elias, foi montado em 1927, sobre uma armação de madeira, segundo o equipa-
mento do 2 AR, Arthur Reis, e utilizava uma válvula UX-210 em um circuito auto-oscilante,
com saída de 7,5 Watts, alimentado pela rede de 127 VCA diretamente na placa, sem reti-
ficador nem filtro, provocando um ronco que lembrava o avião italiano Caprone da época.
O Novaes usava um receptor com circuito Reinartz e um transmissor com uma válvula UX-
210 com 500 Volts com uma corrente de 400 mA, com 80 Watts na faixa de 35 metros. O
ondâmetro de absorção era usado para verificar a frequência transmitida.
Elias gentilmente me presenteou com uma válvula UV-201A e a bobina utilizada em seu
primeiro transmissor. O fio de cobre utilizado é chato, diferente dos usuais. Naquele tem-
po os transformadores inter-etapa casadores de impedância dos receptores queimavam
com frequência devido à oxidação, pois o fio utilizado era muito fino (#40 a
#45),obrigando a trocar a cada 6 meses. Os fones eram “aproveitados” da Light, mas a
impedância era muito baixa, cerca de 200 ohms.
Em 1924, Elias já possuía uma permissão para fazer e instalar uma antena para fins recrea-
tivos na rua Ypiranga 1152, Petrópolis. A sua primeira licença de radioamador constava a
faixa de 33 a 36 metros, potência do transmissor declarada de 7,5 W, utilizando um osci-
lador Hartley indutivo, licença pela qual Elias pagou os anos de 1927 e 1928. Posterior-
mente, em 1937, substituíram seu prefixo para PY 1 MS e mais tarde para PY 1 AEB, que
permaneceu por toda a sua vida de radioamador.”
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onde β representa o índice de modulação, que define a FM faixa estreita ou faixa larga,
que determina a largura do canal ocupado.
Ao modular uma onda em frequência (FM), provocamos variações na sua fase, assim co-
mo ao modular uma onda em fase (PM) causamos respectivas variações na sua frequên-
cia.
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Exemplo: Para um desvio máximo de ± 15 kHz e uma frequência de modulação máxima de 3 kHz, o
índice de modulação será de 15/3=5
Na modulação por amplitude os sinais são modulados por uma variação da ampli-
tude na onda portadora, porém a frequência da portadora é constante e sua tolerância é
de no máximo ± 10 Hz.
As emissões em AM não ultrapassam a faixa de 5 kHz, limitando assim, a fidelidade
e reprodução de música. Os transmissores utilizados nas Estações de Radiodifusão em
Onda Médias possuem baixa eficiência devido ao desperdício da energia empregada na
portadora onde a emissão ocupa uma faixa de 10 kHz. Os principais fatores de degradação
de uma portadora modulada são aqueles que alteram sua amplitude de forma indesejável
tal como o ruído térmico ou a distorção não-linear. Como a modulação em amplitude está
diretamente relacionada com a amplitude do sinal modulado, tanto o ruído térmico como
a distorção não-linear são fatores que influenciam negativamente na qualidade do sinal
demodulado.
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Muito utilizada por radioamadores em contatos à longa distância (DX), esta modali-
dade de transmissão possui maior eficiência e economia de ocupação do canal, pois a
informação ocupa apenas uma das bandas adjacentes à portadora, que também é su-
primida. Sob condições adversas de propagação, uma transmissão em SSB transmite
com maiores condições que o AM-DSB ou FM a informação desejada. A portadora só
aparece quando tem informação de áudio presente. A faixa lateral inferior é denomi-
nada LSB e a superior USB, ocupando uma faixa do espectro de apenas 3 a 4 kHz.Como
o ruído presente na recepção é proporcional a banda ocupada do sinal, o AM-SSB tem
metade do ruído presente em relação ao AM-DSB. Os processadores de áudio (speech
processor) são eficientes em SSB, pois aumentam o nível médio da modulação e, con-
sequentemente, a potência de saída de RF. Os receptores são complexos e os trans-
missores com circuitos simples, observe a economia do espectro e a eficiência na utili-
zação de apenas umas das bandas laterais. No exemplo a seguir, é mostrado um es-
pectro de um transmissor em 1 MHz, modulado com um tom senoidal fixo em 1 kHz
na faixa lateral inferior (LSB).
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A faixa de ondas médias (MF) é utilizada nas emissões locais, em ondas terrestres. Ela
está presente na maioria dos receptores portáteis de AM. A faixa de ondas curtas (HF) é
ocupada com vários tipos de serviços. Como ela é extensa, muitos receptores normal-
mente a dividem no mínimo em duas: SW-l e SW-2 (SW = Short Wave.= onda curta). As
ondas curtas se utilizam a onda celeste e são empregadas nas emissões de alcance mun-
dial. A faixa de VHF, de 88 a 108 MHz, ficou reservada para emissoras de radiodifusão em
FM.
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Para concentrar a energia da onda na direção desejada são usadas antenas com
dipolos horizontais, acrescidos de elementos diretores e refletores e não mais um simples
monopolo. Podem ser construídos de fios, estendidos entre altos postes ou finas torres e
isolados deles. No caso da antena dipolo, o condutor irradiante é interrompido no meio,
para ser ligado à linha de transmissão, a qual conduz a energia de radiofrequência do
transmissor. O seu comprimento de um dipolo é dimensionado em função da frequência
de transmissão. Imagine que a frequência da emissora seja de 20 MHz. Como λ = v/f, te-
mos 300 / 20 = 15 m. Se o dipolo for do tipo um λ, o comprimento total é de 15 m. Se for
do tipo λ/2, o comprimento será de 7,5 m. Com a correta orientação deste dipolo, na
transmissão distante, pode-se receber, por exemplo, programações das estações em on-
da curta da Europa, da China ou de qualquer parte do mundo.
A energia que vai do transmissor à antena caminha sobre uma linha de transmis-
são. Geralmente, na base das torres ou dipolos se coloca uma caixa de sintonia, que aco-
plam a RF evitando reflexões desta energia. Elas fazem com que a energia seja transferi-
da, realizando um casamento entre a linha de transmissão e a antena. A programação das
emissoras de radiodifusão é feita nos estúdios. Sob o aspecto da transmissão, no estúdio
se encontram os ambientes dos locutores com microfones, cujos sinais seguem para uma
mesa de som. Nesta mesa os sinais são equalizados e podem ser misturados com sinais
de música ou outras fontes. O estúdio também pode receber sinais de reportagens exter-
nas que chegam via rádio (link) ou linha telefônica privada, como no caso de eventos es-
portivos, ou via sistemas de telecomunicações interurbanos ou internacionais.
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A distorção linear presente no módulo das funções de transferência dos circuitos que
compõem tanto o modulador como o demodulador FM não é significativa, visto que o
sinal FM não contém informação em sua amplitude, entretanto, a distorção linear presen-
te na fase das funções de transferência pode alterar o sinal demodulado. A análise mate-
mática deste tipo de distorção é muito complicada para que se tenham resultados de sim-
ples aplicação prática. Desta forma, resta como alternativa a análise qualitativa, ou seja,
quanto menor a distorção linear na fase da função de transferência, menos distorcido será
o sinal demodulado.
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A modulação FM é imune à distorção não-linear, uma vez que é utilizado limitador e de-
tetor de fase para a demodulação. Esta característica permite o máximo aproveitamento
do amplificador de potência do modulador, o qual não é necessariamente um amplifica-
dor linear.
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Simples e com ótima performance, projeto de TX para ligação na linha telefônica em experiências.
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Esse transmissor não requer licença devido a sua baixa potência (inferior a 100 mW)
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Transmissor de FM com potência de saída de 80 mW, de radiação restrita, alcance de cerca de 100 metros
dependendo das condições do terreno
Modulador Estéreo
A parte de radiofrequência (RF) consiste em um oscilador alimentado por uma tensão es-
tabilizada e um estágio separador. A frequência de saída (88-108 MHz) é ajustada pelo
capacitor C1. O varicap BA138 é responsável pela modulação em FM e o ajuste por C8.
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Especificações:
Voltagem: 9 a 12 VDC, consumo de corrente: 8 mA
Indutores:
L1: 3 voltas, núcleo de ar com diâmetro 5mm, fio de diâmetro de 1mm cobre com uma
derivação a partir de um comprimento de 12 mm, medido do terminal do terra.
L2: 2 voltas, núcleo de ar com diâmetro 5mm, fio de diâmetro de 1.5mm
RFC1-3: 5 voltas, ferroxcube de 6 furos, fio de cobre fino.
Os sinais emitidos devem ser modulados em amplitude, com ambas as faixas late-
rais e a portadora. Eles devem ser mantidos com índice de modulação o mais elevado
possível, sem, contudo, ultrapassar o valor de 1 nos picos negativos e de 1,25 nos picos
positivos. Em qualquer condição de funcionamento da emissora, os picos positivos cuja
repetição é freqüente (acima de 15 por minuto) deverão ter um valor percentual de, pelo
menos, 85%.
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a) a onda transmitida pelo sistema estereofônico deve atender aos limites estabelecidos
na
Tabela 4.8.1.
b) o sistema de transmissão estereofônico é de Modulação em Amplitude, em Quadratura
Compatível (C-QUAM);
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Handbook Transmissão – S. Rocha
c) o canal principal (soma do sinal esquerdo com o sinal direito), L + R deve modular a por-
tadora em amplitude. Sob todas as condições de modulação em amplitude, no sistema
estereofônico, o índice de modulação em amplitude não deve exceder o valor de 1 nos
picos negativos;
d) somente o sinal esquerdo (ou somente o sinal direito), separadamente, sob todas as
condições de modulação, no sistema estereofônico, não deve exceder o índice de modu-
lação de valor 1 nos picos negativos;
e) o canal estereofônico (diferença entre o sinal esquerdo e o sinal direito), L - R, deve
modular a portadora em fase, em quadratura, com faixas laterais compatíveis;
f) a máxima modulação angular nos picos negativos do sinal esquerdo ou direito, cada um
na ausência do outro, não deve exceder a 1,25 radianos;
g) um pico de modulação de fase de +/- 0,785 radianos pelo canal estereofônico (L – R),
na ausência do canal principal (L + R) e do sinal piloto, representa o índice de modulação 1
do canal estereofônico;
h) o sinal composto deve conter um tom piloto de 25 Hz, que module a portadora em fa-
se, com pico de +/- 0,05 radianos, que corresponde a 5% da modulação do canal quando
nenhuma outra modulação estiver presente. O nível de injeção do tom piloto deve ser de
5% com tolerância de 1 %;
i) a diafonia no canal principal, causada pelo sinal do canal estereofônico, deve estar pelo
menos, 30 dB abaixo do nível correspondente a 75% de modulação, para sinais de áudio
de 50 a 7.500 Hz;
j) a diafonia no canal estereofônico, causada pelo sinal do canal principal, deve estar. pelo
menos, 30 dB abaixo do nível correspondente a 75% de modulação, para sinais de áudio
de 50 a 7.500 Hz.
b) Classe B - é a estação destinada a prover cobertura regional das zonas urbana e subur-
bana e rurais de um ou mais centros populacionais contíguos contidos em sua área de
serviço primária, estando protegida contra interferências objetáveis nesta área. Seu cam-
po característico mínimo é de 295 mV/m e sua potência máxima diurna ou noturna é de
50 kW:
c) Classe C - é a estação destinada a prover cobertura local das zonas urbana e suburbana
de um centro populacional contidas em sua área de serviço primária, estando protegida
contra interferências objetáveis nesta área. Seu campo característico mínimo é 280
mV/m. Quando instaladas na Zona de Ruído 1, a potência máxima diurna e noturna é de 1
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Válvulas triodos de transmissão 811A E 813A utilizadas como válvulas excitadoras ou diretamente nos
estágios de saída, sendo empregadas em amplificadores lineares
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O cristal é escolhido na frequência fundamental entre 530 kHz and 1.7 MHz, fun-
cionando melhor nas frequências mais altas acima de 800 kHz para maior alcance. Escolha
uma frequência onde não exista estação operando na faixa de Ondas Médias.
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O acoplador sem o ultimo capacitor é dito em “L”, enquanto a configuração em “PI” consiste na
utilização de dois capacitores variáveis
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A medida deve ser realizada com uma carga de impedância conhecida, 50 Ohms,
pois a antena pode apresentar valor diferente da carga, fornecendo um valor diferente do
valor de potência RMS nominal a 50 ohms. Em caso de transmissores de AM, a potência
de saída pode ser estimada multiplicando a tensão pela corrente do estágio final de saída
de RF e descontando a eficiência do sistema, dado obtido no manual do transmissor, ge-
ralmente de 70 a 80 %. Nas fotos acima, temos cerca de 10 kV e quase 3 Amperes de cor-
rente no estagio final, como uma eficiência de 80%, teríamos 24 kW de saída. À noite a
redução de potência nos transmissores de Ondas médias é obrigatória, comutando-se
para o transmissor auxiliar devido à propagação nessa faixa melhorar a noite e alcançar
maiores distâncias.
TRANSMISSOR
SAÍDA DA
ANTENA CARGA FANTASMA
50 OHMS ou antena
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A Potência RMS (Root Mean Square) é a potência dissipada na carga, ou o valor efetivo de
uma tensão ou corrente média ao longo do tempo de transmissão, ignorando o pico.Na
pratica, consideramos a equivalência de Potência PEP (Watts) = 2 x Potência RMS (Watts)
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naquela direção. Desta forma, um transmissor de 200 kW ERP pode ser um transmissor
com 40 kW acoplado a uma antena com ganho igual a 5, descontadas as perdas na linha
de transmissão. Quando a antena é isotrópica, utilizamos a potência denominada de EIRP.
5.3.1 Transmissor AM
5.3.2 Transmissor FM
TRANSMISSOR CARGA
FANTASMA
50 OHMS
SAIDA
SAIDA DA ATENUADA
ANTENA
ESPECTRO
Frequencímetro ou Analisador de Espectro
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LINHA TX OU ANTENA
TRANSMISSOR
TANQUE
FINAL FREQUENCÍMETRO OU
ANALISADOR
ESPECTRO ESPECTRO
SPECTRUM ANALYZER
FREQUENCÍMETRO OU
ANALISADOR
EEEESPECESPECTRO
Método indireto por indução na bobina do tanque final, linha de transmissão, filtro de harmônicos
ou por captação da antena
Atenção: Observar o nível de sinal na entrada de 50 Ohms do instrumento para não danificar o
atenuador de entrada! Exemplo: No frequencímetro Digital MFJ-886, Faixa: 1 MHz - 3 GHz, nível
de sinal máximo é de 15 dBm.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
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* Observar que o nível excessivo do sinal no compressor de áudio aplicado no transmissor poderá
ocasionar largura de banda excessiva, com a produção de espúrios fora da banda autorizada, po-
dendo ocasionar interferência prejudicial em outros serviços.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
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6. Linhas de transmissão
Uma linha de transmissão ideal seria sem resistência, que não irradiasse e que pos-
suísse a mesma impedância característica do que a antena, para total transferência da
potência do transmissor à antena. Sabemos que diversos fatores influenciam a impedân-
cia de uma antena, tais como: altura do solo, objetos metálicos e antenas próximas, influ-
ência da resistividade do solo, vegetação, que reflete ou absorve a R.F..Em uma torre
composta de diversas antenas, a menor deverá ficar mais alta do que as antenas menores.
6.1 Baluns
Como uma antena dipolo é uma estrutura balanceada, onde cada condutor tem o
mesmo potencial, utilizamos um casador denominado balun ( balanced/unbalanced) para
adaptar uma linha desbalanceada (cabo coaxial) até a antena. Seu comprimento (L) é cal-
culado como um submúltiplo de λ e multiplicado pelo fator de velocidade do cabo, que
varia de 0,66 até 0,82 conforme o material que constitui o cabo (para o RG-58U comum, o
fator é 0,66 enquanto para o cabo com revestimento celular é 0,81). Os baluns podem
atuar como transformadores com relação de 1:1; 1:4; etc. A impedância característica de
um dipolo de meia onda é próxima de 75 e de um dipolo dobrado é de 300 devido a
seu comprimento físico. Conforme a figura acima, caso seja utilizado um cabo coaxial de
75 ohms, deverá ser empregado um balun 4:1 para transformar a impedância para 300
ohms ( ou 200 para 50 ). As perdas inseridas pelo balun são inferiores a 0.5dB e po-
dem ser fabricados pelo amador utilizando um núcleo de ferrite toroidal ou com o próprio
cabo coaxial.
A construção física da linha de transmissão faz com que ela tenha uma impedância
característica fixa, não dependente da frequência, sendo um dos fatores que determinam
o descasamento e a alta ROE. O outro fator é a impedância da terminação, característica
de cada tipo de antena, método de conexão e frequência de funcionamento, além de ou-
tros fatores. Se a impedância da antena for igual a da linha de transmissão, o casamento
será perfeito. Porém, o caso mais freqüente é o descasamento. Parte da energia será ab-
sorvida e irradiada pela antena e outra parte será refletida e retornará na direção do
transmissor. Mas o transmissor continua a mandar energia de R.F. para a antena, de modo
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Handbook Transmissão – S. Rocha
que teremos a linha de transmissão conduzindo energia nos dois sentidos. As tensões di-
retas e refletidas se combinam, produzindo ondas cujas cristas e depressões não se mo-
vem ao longo da linha, mas são fixas e, por isso, são chamadas ondas estacionárias. A re-
lação de ondas estacionárias é simplesmente a relação entre os valores máximos e míni-
mos de tensão ou corrente da onda estacionária. Representa, também, a relação de im-
pedância de carga – ZL, ou impedância da antena para a impedância característica da linha
– Z0
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Handbook Transmissão – S. Rocha
48
Handbook Transmissão – S. Rocha
Um transmissor não pode emitir sinais harmônicos e espúrios além dos permitidos
quando ligado em uma carga resistiva; para isso é conveniente verificar a correta sintonia
de todos os estágios. Isso é um fator importante para se evitar interferência prejudicial em
outros serviços de telecomunicações e em receptores próximos ( leia o capítulo 8.2).
8. Aterramento
Uma norma básica do aterramento elétrico é a IEC 200 dos Estados Unidos, segundo a
qual todos os aterramentos têm de estar interligados fisicamente, em toda a estrutura
física de uma cidade. Os cabos elétricos naquele país possuem três pólos: fase, neutro e
terra. Cada prédio novo que é construído deve interligar seu fio terra com os dos demais
criando uma Gaiola de Faraday, uma espécie de malha ou rede subterrânea que evita a
diferença de potencial no solo.
Se dois prédios vizinhos possuem aterramentos diferentes e não são interligados, um re-
gistra 5 ohms enquanto o outro tem 20 ohms, por exemplo, quando a descarga elétrica
bate no solo, retorna pelo fio-terra do prédio onde há menor resistência elétrica, com
todas as conseqüências como se o raio tivesse caído nesse outro prédio.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
1 - Localize um local onde possam ser enterradas as 3 hastes. De preferência, que seja
úmido e sem dificuldades para enterrar as hastes e o fio; não se esqueça de desligar a
chave geral ao lidar com os fios da tomada.
2 - Conecte o fio terra nas hastes ou haste e leve-o até a tomada sem emendas;
3 - Faça as conexões bem firmes com conectores apropriados;
4 - Faça uma medição com um multímetro para verificar que:
O valor da resistência do Terra-Neutro deve ser o menor valor quanto possível, enquanto
a resistência do fio Fase-Neutro deve ser igual ao Fase-Terra.
5 - Verifique a posição da fase e do neutro na tomada para não inverter na instalação.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Solução: Meça a atenuação de sinais harmônicos e espúrios e coloque um filtro passa bai-
xa ou ajuste esse filtro e os circuitos sintonizados na saída do transmissor de FM, caso
necessário. Reduza a potência do transmissor enquanto não é resolvido o problema.
ATENÇÂO:
Nunca opere um transmissor sem a respectiva licença! Além de causar interferências
prejudiciais em outras estações e outros Serviços de Telecomunicações, você estará su-
jeito a ter o equipamento lacrado pela Anatel e responder a um processo!
Serviço móvel, não aberto à correspondência pública, destinado ao uso próprio do execu-
tante, que utiliza sistema de radiocomunicação basicamente para operações do tipo des-
pacho nas faixas de radiofrequências de VHF e 460, 800 e 900 MHz (UHF);
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Serviço móvel, não aberto à correspondência pública, que utiliza sistema de radiocomuni-
cação basicamente para a realização de operações do tipo despacho nas faixas de radio-
frequências de 460, 800 e 900 MHz.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Segundo o Ministério das Comunicações, que concede a outorga e licença para esse Servi-
ço de radiodifusão sonora, em frequência modulada, de baixa potência, 25 Watts e cober-
tura restrita a um raio de 1 km a partir da antena transmissora. Podem explorar esse
serviço somente associações e fundações comunitárias sem fins lucrativos, com sede na
localidade da prestação do serviço. As estações de rádio comunitárias devem ter uma
programação pluralista, sem qualquer tipo de censura e devem ser abertas à expressão de
todos os habitantes da região atendida. Para o primeiro passo necessário à habilitação de
emissoras de radiodifusão comunitária, as entidades competentes para pleitear tal Servi-
ço, associações comunitárias e fundações também com essa finalidade, ambas sem fins
lucrativos, deverão fazer constar em seus respectivos estatutos o objetivo "executar o
Serviço de Radiodifusão Comunitária". Depois dessa providência, deverão as interessadas
retirar da página na Internet do Ministério das Comunicações o formulário de demonstra-
ção de interesse em instalar rádio comunitária e enviar para o seguinte endereço:
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Handbook Transmissão – S. Rocha
cos, sendo vetada a utilização para outros fins. O equipamento caseiro, montado pelo
próprio radioamador é isento de homologação. Veja também a minha publicação Inicia-
ção ao Radioamadorismo que possui informações relativas ao assunto e uma coletânea
de questões e respectivas respostas para a Prova.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
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Handbook Transmissão – S. Rocha
- lasse D – Deverá ser maior de 10 anos, aprovado nos testes de Técnica e Ética O-
peracional e Legislação de Telecomunicações. Os radioamadores Classe D confor-
me prazo determinado no Regulamento do Serviço de Radioamador poderão con-
tinuar suas operações nas seguintes faixas de radiofrequências:
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Caso o interessado tenha domicílio fora de uma capital brasileira, poderá enviar o reque-
rimento preenchido e assinado, acompanhado de cópia da documentação necessária, pe-
los Correios, para a representação regional da Anatel, na capital do Estado de seu domicí-
lio.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Empresas que oferecem acesso à internet banda larga precisam de autorização da Anatel
para explorar o serviço de telecomunicações que irá suportar a conexão. Já para instalar
ou operar serviços de comunicação de dados dentro de uma instituição - quando a ativi-
dade de telecomunicações estiver restrita aos limites de uma mesma edificação ou pro-
priedade móvel ou imóvel - não há necessidade de concessão, permissão ou autorização
da Anatel.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
A tecnologia usada é o Spread Spectrum Carrier (portadora com espalhamento por fre-
quência), ou seja, os dados são enviados em várias frequências diferentes, o que permite
a reconstrução do sinal no receptor, apesar da interferência do ruído. O sinal mesmo com
distorções será identificado na outra ponta. A tecnologia PLC foi desenvolvida para permi-
tir o aproveitamento suplementar de uma rede de distribuição de energia elétrica para
prestação de serviços de dados e permitir a inclusão digital, nomeadamente banda larga,
perfilando-se como uma possível oferta alternativa já existindo em Porto Alegre uma ins-
talação de alguns quilômetros de comprimento para atender hospitais e escolas. Muitos
radioamadores têm reclamado nos USA a interferência provocada pelo PLC. Os equipa-
mentos mais recentes possuem a capacidade de receber o espectro e evitar a transmissão
sobre a frequência das portadoras detectadas. No Japão, porém, a tecnologia PLC só foi
liberada para uso dentro de residências, ou seja, uso indoor devido ao ruído propagado
pelas linhas de alimentação que pode afetar a recepção de sinais em ondas curtas e ou-
tros serviços de telecomunicações. Os fabricantes estão realizando testes e pesquisas e
empregando filtros nessas faixas de frequências do espectro radioelétrico para evitar tais
interferências.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Apenas o bom senso não é suficiente para inibir o uso em certos locais, e por este motivo,
bloqueadores e materiais especiais vêm sendo empregados para atenuar o nível de sinal e
dificultar o uso indevido ou não autorizado. Os primeiros testes com um Bloqueador de
Celular na cidade do Rio de Janeiro foram realizados pela Anatel em fevereiro de 2002. Foi
solicitada pelo Departamento de Sistema Penitenciário (Desipe) uma instalação piloto
para estudo de viabilidade técnica e testes com celulares de diversas operadoras. A dúvida
consistia se o bloqueador teria eficiência para bloquear o funcionamento de todo e qual-
quer telefone celular apenas no perímetro da unidade prisional e não prejudicaria o tráfe-
go telefônico fora dessa área, penalizando a população que utiliza o Serviço Móvel Pesso-
al. Como se sabe, os telefones móveis utilizam duas frequências simultâneas, em opera-
ção full-duplex para transmitir e receber. O transmissor do bloqueador interfere direta-
mente na frequência de recepção do telefone. Na modulação em frequência modulada -
FM - o maior sinal sobrepõe ao menor, diferentemente do modo de amplitude modulada
– AM, onde os sinais se somam e provocam batimento. É necessário que, em todos os
pontos, o sinal do bloqueador seja superior ao da Estação Rádio Base correspondente ao
sinal fornecido pela torre da estação rádio base da Operadora mais próxima instalada.
Fotos de bloqueadores portáteis modelo CPB-2000P. As unidades de baixa potência têm um al-
cance de apenas 9 m, enquanto unidades para uso em prisões podem alcançar de 1,6 km até 8
km.
Muitos executivos têm instalado nas salas de reunião de suas empresas esses equipamen-
tos, porém seu uso não é permitido no Brasil. Também não é permitido instalar amplifica-
dores de sinais, que podem interferir com o desempenho do Serviço Móvel Pessoal.
Oscilador controlado por voltagem – VCO - gera o sinal de RF que irá interferir na recep-
ção do telefone móvel.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Gerador de Ruído – Produz um sinal de saída aleatório em cada frequência especifica ne-
cessária para bloquear o sinal da rede de telefonia celular
61
Handbook Transmissão – S. Rocha
RADIODIFUSÃO SONORA EM
FREQUÊNCIA MODULADA
Afasta-
Nível
mento
(dB)
(kHz)
120 a 240 -25
88 a 108 MHz 2000 Hz 240 a 600 -35 10% 5% 5%
RADIODIFUSÃO DE SONS E
IMAGENS/ SERVIÇO ESPECIAL
DE REPETIÇÃO DE TELEVISÃO
VÍDEO(OU
NOMINAL
OU
500 Hz
OPERAÇÃO
Canais 2 a 13 e 14 a 83 vídeo/áudio
Ver tabela abaixo(**) ):2% 5% 5
(54 a 800 MHz) Ver observação
ÁUDIO:
abaixo(*)
10%A 12%
DA
NOMINAL
Estabilidade da frequência das portadoras
A estabilidade de frequência das portadoras e do oscilador local, quando o mesmo estiver sujeito a
variações de temperatura entre + 10° e + 50° C e de tensão de alimentação entre ± 15 % da tensão
nominal, deverá ser tal que mantenha a frequência de operação dentro de ± 500 Hz.
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Reportagem Externa
Ordens Internas
200 Hz/MHz
Telecomando e Telemedição
50 Hz/MHz
26,10 a 26,48 MHz - Grupo A
42,54 a 42,98 MHz - Grupo B
SERVIÇOS AUXILIARES DE
RADIODIFUSÃO E
CORRELATOS
(continuação)
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Handbook Transmissão – S. Rocha
64
Handbook Transmissão – S. Rocha
40 Hz/MHz
SERVIÇO ESPECIAL DE
RADIOCHAMADA
(continuação)
15 Hz/MHz
Mo=
Faixa de 900 Mhz 15Hz/MHz 43 + 10 Log P ou 70 dB 10% 5% ---
Mo=P<=3W=15
Hz/MHz
65
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Subfaixa “A”
Estação Móvel
824 a 835 MHz
845 a 846,5 MHz
Estação Rádio-Base
869 a 880 MHz 0,00015%
890 a 891,5 MHz (Estação de
Base) 43 + 10 log P (W) 10% 30% 15
Subfaixa “B” 0,00025%
Estação Móvel (Estação móvel)
835 a 845 MHz
846,5 a 849 MHz
Estação Rádio-Base
880 a 890 MHz
891,5 a 894 MHz
SERVIÇO MÓVEL
AERONÁUTICO
20 Hz
2850 a 23350 kHz Móvel até 25 W 43 dB, s/ exceder 50 mW
= 50 Hz
43 + 10 Log P(W)
máx 80 dB ___ ___ ___
SERVIÇO DE RÁDIO DO
CIDADÃO
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Handbook Transmissão – S. Rocha
20 Hz
4000 a 23000 kHz + - 50 Hz
10Hz/MHz
para P até 5W
156 a 174 MHz 5 Hz/MHz -[43 + 10 Log P(W)]
para P acima de
5W
450 a 470 MHz 5 Hz/MHz
SERVIÇO DE RADIOAMADOR
Faixas para Classes
A, B e C
1.800 a 1.840 kHz - Classe C
Até 30 MHz:
1.840 a 1.850 kHz
-40 dB, sem exceder
3.500 a 3.635 kHz
50 mW
3.650 a 3.800 kHz
30 a 960 MHz:
7.000 a 7.150 kHz
-60 dB para P > 25 W
21.000 a 21.150 kHz
-40 dB para P < = 25 W,
28 a 28,3 MHz
sem exceder 25 mW ___ ___ ___
28,3 a 28,5 MHz
960 MHz a 17,7 GHz:
Faixas para Classes
-50 dB, sem exceder a 100
A, B, C e D
mW para transmissores de
50 a 54 MHz
P > 10 Watts
144 a 148 MHz
100 mW para transmisso-
220 a 225 MHz
res de
P < = 10 Watts
SERVIÇO DE RADIOAMADOR
(continuação)
Até 30 MHz:
430 a 440 MHz -40 dB, sem exceder
902 a 928 MHz 50 mW
Base secundária 30 a 960 MHz:
902 a 928 MHz -60 dB para P > 25 W
902 a 928 MHz -40 dB para P < = 25 W,
1240 a 1300 MHz sem exceder 25 mW ___ ___ ___
2300 a 2450 MHz 960 MHz a 17,7 GHz:
-50 dB, sem exceder a 100
mW para transmissores de
P > 10 Watts
100 mW para transmisso-
res de
P < = 10 Watts
ESTAÇÃO REPETIDORA NO
SERVIÇO RADIOAMADOR
28 a 29,7 MHz
50 a 54 MHz -40dB, sem exceder 50
50 Hz/MHz 10% 10% ___
144 a 148 MHz mW
220 a 225 MHz
SERVIÇO DE RÁDIO TAXI
Faixa de 26 MHz Est. Base/Móvel -60 dB (2º Harmônico) 10% 5% ___
67
Handbook Transmissão – S. Rocha
Est. Base/Móvel
Faixa de 33 MHz
15 Hz/MHz/
33,560 a 33,910 MHz
50 Hz/MHz
Est. Base/Móvel
Faixa de 34 MHz
15 Hz/MHz/ -[43 + 10 Log P(W)]
34,480 a 34,570 MHz
50 Hz/MHz
Est. Base/Móvel
Faixa de 33 MHz
15 Hz/MHz/
33,560 a 33,910 MHz
50 Hz/MHz
Est. Base/Móvel
Faixa de 34 MHz
15 Hz/MHz/
34,480 a 34,570 MHz
50 Hz/MHz
Est. Base/Móvel
Faixa de 173 MHz P <= 50W:
173,81 a 173,99 MHz
10Hz/MHz
P <=5W:
5 Hz/MHz
P <= 50W:
Faixa de 173 MHz
10Hz/MHz
173,81 a 173,99 MHz
P <=5W:
68
Handbook Transmissão – S. Rocha
5 Hz/MHz
P<= 50W:
Faixa de 240 MHz 7Hz/MHz
243,825 a 257,625 MHz P > 5W:
5 Hz/MHz
Faixa de 460 MHz
5 Hz/MHz
462,675 a 467,725 MHz
SERVIÇO LIMITADO PRIVADO
(VHF/UHF)
30 a 50 MHz +/ - 20 Hz/MHz
P>5W:+-5
Hz/MHz
148 a 174 MHz
P<5W+-
10Hz/MHz
P>5W:+-5
Hz/MHz
450 a 470 MHz
P<5W+-
7Hz/MHz
SERVIÇO LIMITADO PRIVADO
(HF/AM/SSB)
+ - 15 Hz/MHz
2 a 30 MHz
Obs.: Parâmetros válidos tam-
para estações 40dB,sem exceder a
bém para Serviços Limitados
móveis menor 50mW
Intinerantes.
ou igual a 25W
+/- 50Hz/MHz
Radio Digital:
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Espectro de Radiofrequências
Ondas Longas (Long Wave) • 30 - 300 kHz
150 - 280 KHz LW – Radiodifusão 2 000 m - 1 071 m
Rádio-farol, navegação
Ondas Médias (Medium Wave) • 300 - 3 000 kHz
530 - 1 710 KHz MW - Radiodifusão 565 m - 187 m
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Handbook Transmissão – S. Rocha
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Handbook Transmissão – S. Rocha
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Handbook Transmissão – S. Rocha
845-846,5 890-891,5
Banda B 835-845 880-890
846,5-849 891,5-894
Banda D 910-912,5 955-957,5
1710-1725 1805-1820
Banda E 912,5-915 957,5-960
1740-1755 1835-1850
Sub-faixas de Extensão 898,5-901 943,5-946
907,5-910 952,5-955
1725-1740 1820-1835
1775-1785 1870-1880
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Handbook Transmissão – S. Rocha
Sites da Internet:
www.thomson.com
www.anatel.gov.br
www.minicom.gov.br
www.rlandell.hpg.ig.com.br/antena.htm
www.anacom.com
www.ntia.doc.gov/osmhome/chp04chart.pdf
http://electronics.howstuffworks.com/
13. Notas
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