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O ESTIGMA ASSOCIADO ÀS DOENÇAS MENTAIS NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Na série ficcional A Anatomia de Grey, o cotidiano da equipe médica de um hospital em


Seattle é o foco da trama. Na nona temporada, após passarem por um acidente
traumático de avião, vários dos médicos se recusam a passar por tratamento psicológico,
alegando que não são loucos, mesmo sendo profissionais e orientados sobre como lidar
com estas situações. Demonstrando, assim, o preconceito acerca da saúde mental, que
é uma lamentável realidade no cotidiano dos brasileiros.
“O homem saudável é aquele que possui um estado mental e físico em perfeito
equilíbrio.”. A frase de Hipócrates, considerado pai da medicina, explica o conceito de
saúde, incluindo o bem-estar psíquico. Entretanto, os cidadãos brasileiros vêm há
diversas gerações excluindo-o desta ideia. Nossa população enxerga os problemas
psicológicos como sinônimo de frescura e insanidadade. Resultando em um enorme tabu
acerca do tema, vindo de todos os lados: pobres, ricos, jovens, idosos e até mesmo de
quem sofre de alguma doença mental. Diferentemente de um adoecimento físico, os
transtornos da mente não podem ser vistos pelo olhar humano. Porém, são sentidos com
pesar na alma de quem as têm.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 76% das pessoas que cometem suicídio em
nosso país são do sexo masculino, entre 15 a 24 anos de idade. Esse dado está
diretamente atrelado ao machismo. Devido ao fato de que os homens, desde muito cedo,
são ensinados a não demonstrarem sentimentos, segurarem o choro e se mostrarem
fortes independente da situação e de como o seu interior esteja, eles se fecham e sofrem
em particular, quando deveriam, na verdade, colocar para fora e procurar tratamento.
O acesso à ajuda psíquica é bastante reduzido no Brasil. Uma consulta ao psicólogo
custa, em média cem reais, o que é fora do orçamento de grande parte de nosso povo.
Cabe ao Ministério da Saúde e ao governo federal promoverem campanhas de
conscientização sobre saúde mental e criarem grupos de apoio na esfera pública, afim de
normalizar o assunto e garantir melhor atendimento aos que necessitam do mesmo.

YASMIN AYLA - TURMA B13

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