UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

FRANCISCO ALFONSO D’OLIVEIRA BRAZ

SEGURAÇA E BEM ESTAR DO TRABALHADOR

UMA DISCUSSÃO SOBRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS 6 E 14

Juiz de Fora
2021
1 – Introdução 2
2 – Objetivos 3
3 – Norma regulamentadora 6 4
4 - Norma regulamentadora 14 5
5 - A importância da segurança do trabalho 6
6 - O histórico da segurança do trabalho 7
7 – Conclusão 8
Referências 9
1 - Introdução
A norma regulamentadora 6 garante para o trabalhador segurança no trabalho por meio
do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), além disso estabelece as
obrigações do empregador e empregado para com o uso, fornecimento e cuidados com
esses equipamentos. Já a norma regulamentadora 14 garante um ambiente de trabalho
salubre e seguro para o trabalhador estabelecendo as regras de construção de fornos
industriais e instalações adjacentes.
Destaca-se com isso, a importância da segurança e bem estar do funcionário além da
preocupação que os órgãos reguladores e empregadores estão tendo com a mão de obra,
que está diretamente ligada com a qualidade da produção e do lucro.
2 - Objetivos
Este trabalho tem o objetivo de comentar sobre as nr6 e nr14, destacar alguns pontos
de maior relevância e promover uma discussão sobre elas e a preocupação com segurança
e bem estar dos trabalhadores, além de fazer um breve paralelo com a evolução da
segurança do trabalho.
3 - Norma regulamentadora 6
A nr6 estabelece obrigações para empregador e funcionário para o uso, fornecimento
e manutenção dos EPIs, com o objetivo de preservar a segurança e bem estar dos
trabalhadores.
Segundo essa norma cabe ao empregador fornecer os equipamentos de segurança
individuais, bem como fazer sua manutenção e troca quando necessário. Vale ressaltar
que é garantido pela norma que tais equipamentos devem ser fornecidos gratuitamente e
não podem ser descontados do salário do trabalhador. Também é encargo da empresa dar
o treinamento e conscientização aos funcionários acerca do uso correto desses
equipamentos além de fiscalizar sobre o uso correto e a condição do EPI.
Para o funcionário cabe a obrigação de usar corretamente o equipamento de segurança
durante o expediente de trabalho, além de se responsabilizar pela conservação e
comunicar ao empregador qualquer alteração que os torne impróprio para uso.
A norma estabelece como EPI: “todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho”. Esses equipamentos só podem ser vendidos se
obtiverem o Certificado de Aprovação, emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Imagem 1: exemplos de EPIs para proteção dos olhos, das mãos dos pés e da cabeça.
4 - Norma regulamentadora 14
A nr14 estabelece condições para a instalação de fornos industriais, com o objetivo
de proteger o funcionário de acidentes e também de situações insalubres de serviço.
Fornos industriais são ambientes de grande calor, presença de gases nocivos à saúde, além
do excesso de ruídos. Para amenizar tais situações a norma estabelece que fornos devem
ser instalados em locais adequados, oferecendo o máximo de segurança e conforto aos
trabalhadores além de serem construídos, obrigatoriamente, de maneira solida e com
materiais refratários, para que o calor não torne o ambiente prejudicial ao funcionário.
Há também uma preocupação com a emissão das substâncias gasosas, sendo assim, a
norma dita que os fornos devem ter chaminé dimensionada para a livre saída dos gases
queimados. Além disso, há também a preocupação de que fornos que utilizam
combustível gasoso e liquido devem ter sistema de proteção a fim de evitar acidentes com
explosões.

Imagem 2: ambientes de forno industrial, exemplo de como o ambiente pode ser nocivo ao colaborador e a
importância do EPI nesse lugar.
5 - A importância da segurança do trabalho
As normas regulamentadoras explicadas, tem como fundamento a segurança do
trabalhador. Se preocupar com isso na atualidade significa, diretamente, o aumento da
produção e do lucro para a empresa.
O brasil ocupa o quarto lugar no ranking de países com mais acidentes de trabalho,
além de ocupar a segunda colocação dos países do G20 na mesma categoria, segundo a
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse dado assustador afasta
investidores no país. Acidentes fatais são irrecuperáveis e um desastre para as empresas
e para isso medidas como as NR 6 e 14, são uma segurança para o trabalhador.
Ao olhar a questão de gastos com acidentes de trabalho, fica claro que a prevenção
não é um gasto para a empresa, é um grande investimento a ser feito tendo em vista os
gastos com possíveis acidentes: multas e encargos, danos aos ativos empresariais,
paralisações na produção e ações judiciais. Além disso, esse investimento tem grandes
vantagens, como a motivação empregados e a valorização da imagem da empresa.

6 - O histórico da segurança do trabalho

Com o início da revolução industrial houve um marco na história do trabalho, grande
carga horária, podendo chegar a 16 horas, crianças e mulheres trabalhando, ambientes
extremamente insalubres, como consequência disso houve um grande número de
acidentes de trabalho e até mortes. Com isso houve o aparecimento das primeiras
organizações sindicais que reivindicavam por melhores condições de trabalho.
No Brasil, a industrialização veio um pouco mais tarde, no começo dos anos 30 junto
ao inicio da era Vargas, que já em 1943 criou a consolidação das leis do trabalho, CLT,
que trata de segurança e saúde do trabalho no título II, capítulo V do artigo 154 ao 201.
Além disso, outro marco importe para a segurança do trabalho foi a criação das normas
regulamentadoras, no ano de 1978.
Atualmente, há uma grande preocupação com os colaboradores, fatores como um novo
conceito de saúde (saúde física, social e mental), valorização da sociedade em empresas
sustentáveis, associando a continuidade dos negócios com a melhoria das condições de
trabalho e redução da carga horária mostram que há uma mudança nas relações das
empresas com os funcionários.
7 – Conclusão
As normas regulamentadoras são de grande importância para o ambiente industrial,
seja para dar segurança ao trabalhador e também ao empregador. Há uma recente
preocupação com a mão de obra em todos os setores de serviço, essa nova preocupação
tem como beneficio a segurança dos trabalhadores, a valorização da vida, o aumento do
bem estar do trabalhar e como consequência o aumento da produção e do lucro.
A sociedade, o poder público e as empresas tem grande responsabilidade para o futuro.
Ao trabalharem em novas ideias como essas, que valorizem o colaborador e aumente a
eficiência de trabalho, principalmente em países como o Brasil, que estão em
desenvolvimento e com grandes perspectivas de crescimento no futuro, haverá uma
grande redução de acidentes de trabalho, melhora da qualidade de vida do colaborador,
aumento da produção e do lucro e melhora das relações entre patrão e empregado.
Referências
BASÍLIO, Patrícia. Brasil é 2º país do G20 em mortalidade por acidentes no
trabalho. G1. Disponível em: https:<//www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-
br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-
no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-6-nr-6>. Acesso em: 1 nov. 2021.
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE
(Brasil). História Segurança do Trabalho. Santa Catarina: Equipe INBRAEP, 27 de
outubro de 2017. Disponível em: <https://inbraep.com.br/publicacoes/historia-
seguranca-do-trabalho/>. Acesso em: 1 de nov. 2021.
HALLAN, Wesley. NR 14: Resumo da Norma Atualizada dos Fornos. GetWet
segurança do trabalho. Disponível em:< https://www.getwet.com.br/nr-14-resumo/>.
Acesso em:1 nov. 2021.
LAPA, Reginaldo Pedreira. Saúde e Segurança no Trabalho é um custo ou
investimento? Segurança tem futuro. Disponível em:
<https://segurancatemfuturo.com.br/index.php/2016/10/10/saude-e-seguranca-no-
trabalho-e-um-custo-ou-investimento/>. Acesso em: 1 nov. 2021.
LIMA, Thomás. O que é NR 6 – EPIs. Sienge plataforma. Disponível em:
<https://www.sienge.com.br/blog/o-que-e-nr-6-epis/>. Acesso em: 1 nov. 2021.