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Susane Barros
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Flávia Rosa
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Especificamente aqueles que “apresentem necessidades educacionais especiais e
requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e social, recursos,
ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como adaptações curriculares tão significativas
que a escola comum não consiga prover”.
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utilizado no discurso político. Impulsionaram essas mudanças o que foi
estabelecido pelo artigo 9º do Decreto nº 6.253 2007a),que garantiu a
possibilidade dos sistemas educacionais receberem pela dupla matrícula
dos estudantes com necessidades educacionais especiais que estivessem
matriculados na escola regular da rede pública e que frequentassem no
contra turno o atendimento educacional especializado, a partir de 1o de
janeiro de 2010. (BRASIL, 2007a)
Além disso, o Decreto nº 6.571 dispôs em seu artigo 3o que o Ministério
da Educação prestaria apoio técnico e financeiro às ações voltadas à oferta
do atendimento educacional especializado. Assim, os sistemas públicos co
meçaram a receber mais recursos (financeiros e materiais), ou seja, além da
dupla matrícula, também houve doação de equipamentos para a composição
das recém criadas “salas de recursos multifuncionais”. (BRASIL, 2008)
Entretanto, as mudanças propostas na política não eram consensuais e
pressões de grupos organizados acabaram por impulsionar novas mudanças
na legislação. O Decreto nº 6.571 de 2008 foi revogado no final de 2011 ao
ser aprovado o Decreto no 7.611 em 17 de novembro de 2011, o qual dispõe
“sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá
outras providências”. (BRASIL, 2011) Este decreto em seu §1o estabeleceu
que seriam consideradas, para a educação especial, as matrículas na rede
regular de ensino, em classes comuns ou em classes especiais de escolas
regulares, e em escolas especiais ou especializadas, demarcando novamente
a possibilidade de escolarização de alunos com necessidades educacionais
especiais em outros espaços além da escola regular.
O artigo 2º definiu que a “educação especial” deveria garantir os servi
ços de apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que pudessem
obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, trans
tornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Aqui
se percebe que o conceito de “educação especial” se amplia, englobando
inclusive o AEE. O § 1º define que os serviços de (apoio especializado)
serão denominados como AEE, que compreende “o conjunto de ativida
des, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e
continuamente” para:
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BRASIL,
Gráfico 2 – Distribuição das SRM nas esferas administrativas
Conclusões
Como vimos o termo AEE apareceu pela primeira vez no país na Cons
tituição e a partir daí tem se tentado construir significados para balizar
sua implementação conforme o que preconiza a política nacional. Primei
ramente parecia que ele substituiria o termo “educação especial” como
esses conceitos fossem antônimos. Posteriormente eles foram compreen
didos como sinônimos, e usados de modo intercambiável. Num terceiro
momento o conceito de AEE parece se confundir com o serviço de apoio
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