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Fundamentos
da abertura à
vida
Sejam todas bem vindas a essa masterclass sobre os
fundamentos da abertura à vida! Antes de tudo eu queria
falar com vocês o que não é a abertura à vida, o que não é.
Abertura à vida não é número de filhos, não é fulano tem
sete filhos, ciclano tem nove filhos, fulano tem onze filhos
e não é ter filho todo ano, um atrás do outro, isso não tem
nada a ver com abertura à vida.
O sacerdócio não é um
sacramento de serviço gente?
O padre não se ordena para
poder servir os fiéis, servir a
igreja, ministrar os
sacramentos? O casal se casa
também para servir à igreja e
servir à sociedade. E como ele
serve à sociedade e a igreja?
Tendo filhos e educando esses
filhos.
É dessa família que saem os futuros engenheiros, os médicos,
os músicos, os professores, os bombeiros, enfim, é da família
que saem os futuros profissionais e é da família que saem as
vocações, então porque está servindo à sociedade - base da
família - está servindo a igreja com as vocações. É da família
que saem novos padres, as freiras, os celibatários, os
missionários, todos esses tiveram uma família e saíram do
seio de uma família.
E isso assim, isso tinha que ser muito claro na cabeça das
pessoas e era, até 1930 era, era normal para as pessoas
casarem e terem filhos, não existia nada alarmante
quando uma mulher aparecia com um filho no braço e
outro na barriga e outro pequenininho, ninguém se
incomodava com isso, porque era o normal.
E aí quando os protestante abriram a brecha para essa
anticoncepção, já com advento da pílula, o que
acontece? Concílio Vaticano II acontece, a pílula
também começou a ser colocada no mercado e aí
começou a bagunça. Os especialistas, os alarmistas de
superpopulação começaram a pressionar a igreja pra
que ela se posicionasse e abrisse uma brecha para os
fiéis católicos usarem a pílula, no caso. E foi uma
pressão muito grande em cima de João XXIII, na época
o papa era João XIII, ele estava à frente do Concílio
Vaticano II.
Então não tinha pra quê ficar fazendo uso de método natural,
só que eu só fui entender isso do quarto filho em diante, por
que do primeiro para o segundo eu usava, e do segundo para o
terceiro eu ainda usei um pouco, graças a Deus que a Catarina
veio e já me tirou isso.
Então eu tinha essa ideia de manipulação do método
natural, o que é você manipular o método natural? É você
ter tanta ciência de como o seu corpo acontece, como o seu
corpo trabalha, você aplica o método numa eficiência tão
grande, que ele se torna também um contraceptivo
também. Você usa um método natural respeitando o corpo
dos esposos, mas com uma mentalidade totalmente
contraceptiva, uma mentalidade que não é de espaçamento,
é uma mentalidade de não quero ter filho agora e você não
tem nenhum motivo justo para aquilo e você está fazendo
uso do método natural.
Por que você não vai ter filhos? Porque a gente passou um
aperto, a casa está pequena. Gente, desde quando a minha
casa está pequena? Acho que desde o quinto filho, desde o
quinto filho que a minha casa está pequena e isso nunca foi
motivo, porque eu não acho que seja um motivo justo,
porque ainda dá pra colocar as crianças direitinho, nós não
estamos pecando com o cuidado com as crianças, nesse
sentido, então ainda não é um motivo.
E quando for um motivo, um motivo justo sério eu vou
saber. Por isso que é preciso a gente ter uma consciência
reta a respeito disso, o que é uma consciência reta? Por isso
que existem os documentos, por isso que é de suma
importância a gente ler os documentos, pra poder ir
moldando essa consciência, quando a gente molda a
consciência a gente vai saber se na minha circunstância eu
preciso do uso, de um método pra um espaçamento ou não.
E aí vamos, eu queria ler um pouquinho pra vocês aqui, esse
livro aqui ele é assim quase que um dever gravíssimo pra
vocês todas, todos lerem, chama O amor que dá vida.
Muita gente deve ter lido, muita gente deve conhecer, esse
livro ele tem tudo sobre abertura à vida está aqui. Ela
conseguiu assim, pegar todas as coisas e colocar aqui, desde
do que tem escrito nas encíclicas até a sagrada escritura,
tudo, ela conseguiu fazer um apanhado e mais a história
pessoal dela. Então, tem uma parte aqui que eu queria ler
pra vocês, ela começa contando do testemunho dela, esse
testemunho da Kimberly. Ela chega no Scott e pergunta:
Scott quantos filhos você quer ter? Aí ele fala assim que ele
quer ter filhos, mas não muito, não demasiados. Ela já fica
meio assim, aí eu vou casar com um homem que ele é
daquele povo crescimento zero de população. Ai ela
pergunta pra ele: quantos são não demasiados? Aí ele
responde: penso que não poderíamos passar de cinco ou
seis. Aí ela responde: sim, é melhor que a gente não passe de
cinco ou seis.
E aí ela vai conversar com o pai dela, que era pastor protestante e o
pai dela já indica pra que ela, qual método contraceptivo que ela
vai usar no casamento e ela já diz que a pílula e tudo bem ela inicia
o casamento dela usando pílula. Ambos, ela e o marido eram
protestantes. Acontece que ela foi fazer um trabalho, no curso que
ela fazia e escolheu o tema da abertura à vida, não da abertura à
vida, mas da contracepção. Ela escolheu o tema da contracepção e
foi estudar esse tema e quando ela foi estudar, ela bateu de cara de
que: as igrejas protestantes, elas aceitavam a anticoncepção e
única igreja que não aceitava era a igreja católica.
Mas a vida não pode ser estéril, a vida de um casal que não tem
filhos biológicos também não pode ser estéril e mesmo esse
casal que não teve filhos biológicos é um casal aberto à vida, por
que é um casal aberto à vida? Porque é um casal que casou e
nunca usou nenhum meio contraceptivo para poder evitar
filhos, vocês estão entendendo porque abertura à vida não tem a
ver com número de filhos? Aí você me pergunta assim: Tati, mas
aonde está falando assim mesmo, aonde que está falando do
documento que a gente não pode usar nada, então vamos lá.
Catecismo da igreja católica, vocês podem pegar o catecismo da
igreja católica, anotem aí, parágrafo 2360, a partir do parágrafo
2360 o catecismo vai falar do amor dos esposos, a partir desse
parágrafo ele vai destrinchar, vai falar da fidelidade, vai falar de
um monte de coisa e a partir do parágrafo 2366 ele vai falar da
fecundidade no matrimônio. Quando ele fala da fecundidade no
matrimônio, ele vai falar da questão de não poder usar meios
ilícitos, então ele vai falar:
Às vezes tem
crianças que
estudam na escola os
pais vão ter que
estudar em casa,
ajudar a
complementar essa
instrução que eles
recebem na escola,
então tem tudo isso.
E quando o casal tem um motivo justo, um motivo de saúde,
um motivo vamos dizer, financeiro que está beirando meio
que a miséria, aí é hora de espaçar. Aí a paternidade
responsável desse casal é realmente buscar o espaçamento e
usar aquele espaçamento com responsabilidade, pra poder
não fazer vim uma nova criança naquele momento e quando
as coisas melhorarem, aí sim um novo nascimento.
Então a nenê fez dois meses, três meses e nada, isso só foi se
agravando. Então foi chegando um tempo que eu fui tendo
problemas de dores musculares, eu tinha muitas dores no
braço a ponto de eu não conseguir carregar nada, porque eu
sentia dor desde a hora que eu acordava até a hora que eu ia
dormir, tinha dia que doía tanto que queimava meus braços e
eu andava com meus braços só assim porque eu não
conseguia nem segurar nada, até o fato de mexer os meus
braços, eles doíam, queimava tudo aqui, doía, era como eu
sentisse que tivesse hematomas por todo meu braço e todas
as minhas costas. E aí eu fui diagnosticada, estava como
fibromialgia e depressão, e eu vivia apática, eu tinha quatro
filhos na época, a bebê era novinha, era a Bárbara, eu vivia
apática, não conseguia mais cuidar das crianças, o meu
marido teve que reduzir a carga de trabalho dele muito, ele
teve que ficar mais em casa, ele teve que fazer comida,
arrumar a casa, dar banho nas crianças, porque tinha dia que
eu simplesmente não conseguia nem ao menos levantar da
cama e não era preguiça, era realmente doença, eu estava
assim, era como se nada fizesse sentido pra mim mais, eu
vivia num estado vegetativo.
Eu fiquei mais ou menos uns três a quatro meses assim, até
começar com uma medicação pra começar a fazer efeito,
pra começar... Nessa época, eu entendi o que era um
motivo justo, porque aí a Bárbara foi crescendo, seis meses,
sete meses, oito meses, foi começando a caminhar e eu
ainda tentando sair daquela doença, então eu olhava as
crianças e pensava: será que um dia eu vou ser aquela mãe
novamente? Será que um dia eu vou dar conta de dar
banho nos meus filhos, de fazer comida, de manter a casa
em ordem, de ter alegria, de estar com eles, de estar feliz,
eu não via saída para aquilo.
Então tem esses três livros, tem esse aqui que é maravilhoso
também Amor e responsabilidade do papa João Paulo II, mas
na época era o cardeal Karol Wojtyla, tem esse livro aqui que
eu tenho carinho muito especial por esse livro, gosto
bastante, do padre Matheus Pigozzo Vida matrimonial, tem
esse e o Matrimônio cristão, são ambos dele, muito bom esses
livros; tem esse aqui Amor e casamento do Comarc Burke, ele
é um livro que vocês acham na quadrante, um livro que
também vai falar sobre abertura à vida, sobre filhos, tem o
livro 270 perguntas e respostas sobre amor e sexo do Dom
Rafael Lano Cifuentes e tem muitos livros, só esses aqui já dá
uma base de tudo que vocês quiserem saber sobre abertura à
vida, nesses livros aqui vocês já conseguem.
Tem o livro Sede fecundos, do padre Léo, acho que é só. Tem
muitos outros, mas acho que vai fazer uma confusão na
cabeça de vocês e vai virar mais do mesmo, esse aqui é o
principal que vocês precisam ler sobre abertura à vida vai
estar nesses livros aqui. Eu queria saber se vocês tem alguma
pergunta, agora estou disposta a responder as perguntas, se
tiver alguma, se ainda ficou meio turvo, motivos justos e
graves, abertura à vida, ter filhos, vou esperar um pouquinho,
vê se aparece alguma pergunta.
Vocês estão assistindo, como é que está? Esse aqui é mais
difícil, falar nessa modalidade que é um pouco mais difícil que
os comentários de vocês demoram aparecer aqui. Catecismo
gente, eu dei os parágrafos, 2360.
Cheguei aos quarenta e seis anos, não consigo mais ter filhos, a
saúde já está fraca, não consigo mais, seria a hora de pegar usar
os métodos naturais para evitar os filhos por tempo
indeterminado. Ou seja, não é aquele espaçamento de um filho
para o outro quando eu espaço e daqui um tempo eu vou deixar
de espaçar e vai vim um filho, não, geralmente já estou velha
demais para procriar por motivos de saúde, há riscos de saúde
e aí vou usar por tempo indeterminado os métodos naturais
pra poder não vir mais filhos. Quando já começa a ter riscos pra
mulher.
Participante: É importante e interessante ter conhecimento
sobre o MOB (Método de Ovulação Billings) ou não há
necessidade para quem é aberto à vida?
Mas isso não quer dizer que você não possa ter o conhecimento
do MOB, que pode te ajudar vê se você está com infecção, que
pode te ajudar ver que não está ovulando, estou tendo relação
sexual, não estou engravidando já tem alguns meses e se você
olhar seu gráfico você vai ver lá que você não está ovulando.
Então assim é interessante ter essa noção, não quer dizer que
você vai ter que ficar presa em gráficos, mas é interessante ter
a noção, por quê? Se eu não entendesse de MOB, quando eu
fiquei doente, eu não teria capacidade de aprender quando eu
estava doente, vocês entendem? Se eu não entendesse de MOB
na época que eu adoeci, eu não ia ter a capacidade de aprender
naquela época.
Não é falar assim: amor, você devia ser aberto à vida. Gente,
tem homem que vai tomar abuso desse termo. Vocês não tem
que falar: amor você devia ser aberto à vida. Não. Amor eu te
amo tanto, queria ter mais um filho contigo. Então é rezar,
rezar, rezar com afinco mesmo.
Participante: mesmo querendo ser aberta à vida é natural
que eu me assuste com a gravidez? Estou grávida do quinto
filho e tive medo quando soube que estava grávida
novamente, sinto que pequei por sentir medo.
Se você hoje teve uma observação que você não sabe que
está fértil ou não é continência, hoje você não tem que ter
nada até que você tenha certeza que está totalmente
infértil, até que você tenha certeza de como teu ciclo está.
Então assim, o que acontece na maioria das vezes que eu
vejo é por esse motivo, o motivo do casal é justo, mas não é
um motivo tão gravíssimo a ponto de que o casal tem que
se virar pra poder não acontecer uma nova gestação.
Porque no dia que é motivo de saúde mesmo, aí o bicho
pega, aí tem que fazer o método direitinho, anotar, ter
método auxiliar se for preciso, porque senão né. No meu
caso, eu uso quando eu precisei espaçar, eu usava o
método sintotérmico, eu não uso somente o billings, eu
uso o billings acompanhado com temperatura basal, que é
o que eu uso quando preciso realmente espaçar. Aí quando
não precisa eu não uso nada.