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NOÇÕES DE GESTÃO

PÚBLICA

UNIDADE 2
ÍNDICE
TÓPICOS PÁGINA

APRESENTAÇÃO 3
1. A ESTRUTURA DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO 4
1.1 Direitos políticos 4
1.2 Partidos políticos 9
2. ARRECADAÇÃO PÚBLICA 17
2.1 Arrecadação/receita pública 17
2.2 Arrecadação tributária 19
3. PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO 23
3.1 Noções de planejamento orçamentário 23
4. GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS 28
4.1 Gestão financeira 28
4.2 A administração de gastos 30
BIBLIOGRAFIA 33
Boas-vindas!

Nesta Segunda Unidade da Disciplina Noções de Gestão Pública, você aprenderá


sobre Estrutura da Sistema Político Brasileiro, Arrecadação Pública, Planejamento
Orçamentário e Gestão de Recursos Financeiros.

Tenha um bom estudo!

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1. ESTRUTURA DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO

1.1 DIREITOS POLÍTICOS


Obviamente que a história dos direitos políticos no mundo possui uma gama de alterações,
com variados tipos, formas e sistemas, numa crescente evolução de tempos em tempos.
Aqui no Brasil, pode-se afirmar que o formato atual foi alcançado com sangue, suor e lágrimas
(parafraseando Winston Churchil).
O que se tem no momento, é fundamentado no estado democrático de direito previsto no art.
1º da Constituição Federal vigente, visando à manutenção da soberania popular.
Vejamos o texto fundamental, constante dos arts. 14, 15 e 16 da Constituição Federal de 1988:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

II - facultativos para:
a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o


período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;


IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e

Senador;

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b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito

Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,

Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;


d) dezoito anos para Vereador.

§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade
para exercício de mandato considerado vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se
dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II -
incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus

efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos

termos do art. 5º, VIII;


V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência.

E deste capítulo sobre os direitos políticos na CF, podemos extrair as seguintes conclusões:

INSTRUMENTOS POLÍTICOS
1º VOTO:
- Direito (o povo escolhe sem intermediário...).
- Secreto (é sigiloso, ninguém sabe em quem).
- Universal (para ricos, pobres, mulheres...)
- Periódico (de tempo em tempo...vitalício não).
Obs: Cláusula pétrea – Art. 60, §4º, II, da CF (não pode ser retirado da Constituição Federal):

2º PLEBISCITO:
- Iniciativa do Congresso Nacional.
- Forma e Sistema de Governo.
- Pergunta para o povo e, se houver concordância, faz a LEI.

3º REFERENDO:
- Iniciativa do Congresso Nacional.
- Exemplo: Desarmamento.
- Faz a lei, depois pergunta para o povo se concorda com sua aplicação.
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4º INICIATIVA POPULAR:
- O povo poderá propor a criação de leis.
Previsto no art. 14 da Constituição Federal (inciso III), a Iniciativa Popular é estendida aos
Municípios, pelo inciso XIII, do art. 29:

"[...] iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município,


da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por
cento do eleitorado"

No entanto, atualmente tem se discutido a possibilidade da Iniciativa Popular em Projetos de


Emendas à Lei Orgânica Municipal. A matéria é desafiadora e suscita controvérsias.
Dependerá de análise da LOM, se existe previsão definida, sobre a lista de matérias de
iniciativa exclusiva e indelegável do Poder Legislativo local.
Contudo, a doutrina e a jurisprudência são conflitantes nos seguintes pontos:
• Se aplicado o princípio da simetria, não poderá haver iniciativa popular em projeto de
emenda à lei orgânica, pois na esfera federal isso não é permitido. Aliás, nem a Carta Magna previu
participação popular em projetos de Emenda à Lei Orgânica Municipal, mas limitou-a aos projetos de lei.
Vejamos o inciso XIII, do art. 29:
"[...] iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município,
da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por
cento do eleitorado"
• Se a iniciativa popular pode apresentar projeto com matéria de iniciativa reservada.

Quem pode ser votado? (Condições de Elegibilidade: art. 14, §3º)


• A nacionalidade brasileira (cargos que possam assumir a presidência da República);
• O pleno exercício dos direitos políticos;
• O alistamento eleitoral;
• O domicílio eleitoral na circunscrição;
• A filiação partidária;
• A idade mínima de:
– Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

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– Trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
– Vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;
– Dezoito anos para Vereador.
Quem não pode ser votado? (Inelegibilidade)
Conforme preconiza o art. 14...
[...]
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
[...]
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade
para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.

Ressaltando que a Lei Complementar 64/90 (Lei das Inelegibilidades) atendeu essa
determinação constitucional, fixando outros casos que levam à inelegibilidade, que é a condição impeditiva
de ser votado.

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Direito à Reeleição
Conforme dispõe o art. 14...
[...]
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.

1.2 PARTIDOS POLÍTICOS


Conceito de Partido Político
A expressão se refere à: “Um partido político é um grupo organizado formal e legalmente
constituído, com base em formas voluntárias de participação, em uma associação orientada para
influenciar ou ocupar o poder político em um país determinado [grifos nossos]” (VIANA,2003).
Ainda inexistem partidos políticos organizados a nível mundial.

Origem
Na Grécia e Roma antigas, dava-se o nome de partido a um grupo de seguidores de uma ideia,
doutrina ou pessoa. Mas foi só na Inglaterra, no século XVIII, que se criaram pela primeira vez, instituições
de direito privado, com o objetivo de congregar partidários de uma ideia política: o partido Whig e o
partido Tory.
De fato, a ideia de organizar e dividir os políticos em partidos se alastrou muito, no mundo
todo, a partir da segunda metade do século XVIII, e, sobretudo, depois da revolução francesa e da
independência dos Estados Unidos.
Até porque, a partir daí, a própria percepção da natureza da comunidade política se transforma
dramaticamente.

Partidos Políticos no Brasil


Oficialmente, os partidos políticos já existem no Brasil há mais de cento e sessenta anos. Nesse
tempo, surgiram mais de duzentos.
Porém, muitos deles não duraram muito...

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No Brasil, não existem partidos centenários, como é comum, por exemplo, nos Estados Unidos,
onde os democratas (desde 1790) e os republicanos (desde 1837) alternam-se no poder.
Motivo: inconstância da vida política brasileira (mudança de regimes-revoluções, dentre
outros).
Mudanças bruscas
- Implantação da República, em 1889, que sepultou os partidos monarquistas;
- Revolução de 1930, que desativou os partidos republicanos “carcomidos”;
- Estado Novo (1937-1945) o qual vedou a existência de partidos;
- Regime Militar de 1964 que confinou os partidos num quadro de ferro.

Partidos no império
O historiador José Murilo de Carvalho foi enfático em dizer que “até 1837 não se podia falar em
partidos políticos no Brasil”.
O primeiro programa partidário foi redigido em 1864 (pelo Partido Progressista).

Partidos na República Velha


Assinado por Quintino Bocaiúva, do Manifesto Republicano em Itú, São Paulo, em 03 de
dezembro de 1870, surgiu o PRP (Partido Republicano Paulista).
Após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, surgiram partidos regionais
(Partido Republicano Paulista, Partido Republicano Mineiro, e assim por diante) e federais (os Partidos
Republicanos Federais/ Liberais e Conservadores).
Com a ascensão do coronelismo e suas práticas, as eleições passaram a refletir o poder do
caciquismo, sendo que a maioria delas resultava de manipulações ou de arranjos prévios feitos entre os
chefes políticos de cada estado.
Como eram os funcionários do governo que controlavam os procedimentos eleitorais e faziam
à contagem dos votos, em cada estado brasileiro uma máquina político-eleitoral - composta pelo coronel,
pelo cabo-eleitoral e pelo curral eleitoral - foi montada com a função básica de garantir resultados
satisfatórios ao grupo governante. Esta prática feria o principio básico do sistema republicano que se
assenta no princípio da rotatividade dos cargos e das funções, visto que as oposições estavam impedidas,
pelo processo eleitoral legal, de substituírem o grupo dominante.

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Daí explodir a violência política (caso do Movimento Tenentista, de 1922-1927, da Revolução de
1923 no Rio Grande do Sul, ou o da Revolta da Princesa na Paraíba, em 1928).

Partidos ideológicos
Depois da Primeira Guerra Mundial, ficou a influencia do comunismo (sociedade igualitária, sem
divisão de classes, propriedades e produção são comuns a todos) e o fascismo (comando por grupos
autoritários).
Em 1922, foi fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB), liderado por Luís Carlos Prestes. Dez
anos depois, em 1932, foi à vez da fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), inspirada no Movimento
Fascista italiano e no Movimento da Falange espanhola, comandada pelo chefe Plínio Salgado.
Ambos os partidos, em momentos diferentes, tentaram depor o regime de Getúlio Vargas por
meio de um golpe. O PCB foi o principal articulador da frente denominada ANL (Aliança Nacional
Libertadora).
A ANL foi responsável pela fracassada Intentona Comunista, de 27 de novembro de 1935. A ABI
assaltou o Palácio da Guanabara, em 12 de maio de 1938, para derrubar o governo do Estado Novo que os
excluíra do poder. Colocados na ilegalidade pelo decreto de 02 de dezembro de 1937, somente retornaram
à vida política ao final da Segunda Guerra Mundial. O PCB ainda teve uma pálida atuação no Governo
Goulart (1961-64), e os ex-integralistas, acobertados pela sigla do PRP (Partido da Representação Popular),
fizeram sua última aparição na ditadura do Presidente Médici (1969-1973).

Os partidos da república redemocratizada (1945- 1965)


Totalmente proibidos durante o Estado Novo (1937-1945), os partidos políticos somente foram
novamente legalizados em 1945. É certo dizer que a vida política brasileira entre 1945 e 1964, foi
polarizada entre os partidos getulistas (PSD e PTB) e o principal partido antigetulista (a UDN).
Por conseguinte, mesmo depois da morte de Vargas, em 24 de agosto de 1954, a sua
personalidade continuou pairando sobre a sociedade brasileira por mais dez anos.
PSD (Partido Social-Democrático), formado por lideranças rurais e por altos funcionários
estatais.
PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), lideranças sindicais e os operários fabris em geral. UDN
(União Democrática Nacional), burguesia e a classe média urbana, favorável ao capital estrangeiro e à
iniciativa privada.
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Coube à UDN o papel de ser a principal promotora das impugnações das vitórias eleitorais da
coligação PSD-PTB (1950, 1955), bem como a maior instigadora das tentativas de golpes militares que se
sucederam até a vitória em 1964.

O bipartidarismo no regime militar


Destruído o sistema partidário democrático existente desde 1945, o regime militar, a partir de
1965, com o Ato I-2, somente permitiram a existência de duas associações políticas nacionais, nenhuma
delas podendo usar a palavra “partido”.
ARENA (Aliança Renovadora Nacional), base de sustentação civil do regime militar, formada
majoritariamente pela UDN e egressos do PSD, e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), com a
função de fazer uma oposição bem-comportada que fosse tolerável ao regime.
Da mesma forma, que na República Velha recorria-se à Comissão de Verificação dos Poderes do
Congresso para afastar opositores inconvenientes, o regime militar adotou o sistema de cassações de
mandatos para livrar-se dos seus adversários (foram 4.682 os que perderam seus direitos políticos).

O Multipartidarismo da Nova República


Em 1974, a oposição teve relevante vitória eleitoral, e começou a forçar a política da “abertura
lenta e gradual”. Em 1984, aconteceu a Campanha das Diretas-Já. Toda a oposição se uniu.
No lugar da extinta ARENA surgiram o PFL (Partido da Frente Liberal) e PPB (Partido Popular
Brasileiro). Do MDB emergiram o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) o PSDB (Partido
Social-Democrático Brasileiro), o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), o PDT (Partido Democrático
Trabalhista), e o PT (Partido dos Trabalhadores).
Outros partidos foram criados (multipartidarismo), existindo atualmente mais de 30 (trinta)
partidos ativos no país, segundo registros do TSE-Tribunal Superior Eleitoral.
Vide tabela de partidos registrados atualmente no Brasil:
https://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/registrados-no-tse

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Partidos Políticos: Representação e Governabilidade
Representação:
• Levar ao poder as vontades das classes representadas;
• Programas políticos;
• Ideias e ideais;
• Princípios.

Governabilidade:
• Estabilidade política;
• Bom governo das coisas;
• Desígnios de governo;
• Administração pública.
Muitos governantes abriram (e abrem) mão da representatividade, para manter a
governabilidade. Essa estratégia de sobrevivência adotada por muitos políticos de vulto, de evitar crises
políticas graves que pudessem enfraquecer de modo irreparável o poder das elites. Por isto, os partidos
políticos passaram a ter pouca confiança por parte da população brasileira em geral. Daí, haver uma
preferência dos eleitores por indivíduos, por homens confiáveis, por “salvadores”, mas não por programas
partidários ou ideológicos.

Regras partidárias
A Constituição Federal de 1988 rege sobre os partidos, anunciando a liberdade de criação e
funcionamento, porém, impondo regras e critérios em consonância com a legislação pátria,
para que eles existam dentro de parâmetros que não firam demais direitos e liberdades:
“Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
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§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da
lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três
por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos
válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.”

E para as minúcias regulamentares, o Legislativo Federal aprovou a Lei nº 9.096 (Lei dos
Partidos Políticos), em 1995, definindo, entre outros, os seguintes rumos:
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição
Federal.
Parágrafo único. O partido político não se equipara às entidades para estatais.
(incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
14
[...]
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento.
§ 1º. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e coligações autonomia
para definir o cronograma das atividades eleitorais de campanha e executá-lo
em qualquer dia e horário, observados os limites estabelecidos em lei.
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 2º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir o prazo de
duração dos mandatos dos membros dos seus órgãos partidários permanentes
ou provisórios.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 3º O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá
ser de até 8 (oito) anos.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 4º Exaurido o prazo de vigência de um órgão partidário, ficam vedados a
extinção automática do órgão e o cancelamento de sua inscrição no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres.
[...]
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
[...]
Art. 13º. Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as Casas
Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada
eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por
cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos
em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois por cento do
total de cada um deles. (Vide Adins nºs 1.351-3 e 1.354-8)
[...]
Art. 18º. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao
respectivo partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições,
majoritárias ou proporcionais.
[...]
15
Art. 24º. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido deve
subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e
às diretrizes estabelecidas pelos órgãos de direção partidários, na forma do
estatuto.
[...]
Art. 26º. Perde automaticamente a função ou cargo que exerça, na respectiva
Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar
o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.
[...]
Art. 38º. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário) é constituído por:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral

e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter

permanente ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos

bancários diretamente na conta do Fundo Partidário;


IV - dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao

número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da


proposta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco centavos de real, em
valores de agosto de 1995.
[...]
Art. 41-A. Do total do Fundo Partidário:
I - 5% (cinco por cento) serão destacados para entrega, em partes iguais, a

todos os partidos que atendam aos requisitos constitucionais de acesso aos


recursos do Fundo Partidário; e (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos partidos na

proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados. (Incluído pela Lei nº 12.875, de 2013) (Vide ADI-5105)
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas as
mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses.

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2 ARRECADAÇÃO PÚBLICA

2.1 A ARRECADAÇÃO/RECEITA PÚBLICA


Por certo que o Estado depende de recursos financeiros, para o seu próprio funcionamento e
para a oferta de serviços públicos à população. Com isso, arrecada de diversas formas, nos termos da lei.
A principal fonte de arrecadação (receita) do setor público é o recebimento de obrigações
tributárias impostas à sociedade, cujas espécies e demais regras serão esclarecidas na sequência.
Todavia, arrecada recursos financeiros de outras fontes, além dos tributos.
No sentido técnico contábil, a arrecadação no setor público é denominada como receita. E no
sentido amplo, receita tem como sinônimos entrada ou ingresso.
Porém, no Manual de Procedimentos Aplicado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios
(2005), elaborado e publicado pelos Ministérios da Fazenda, o conceito de receita pública é explicado
como sendo:
[...] todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder
público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura
das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário
constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às
despesas públicas.

Por sua vez, a Lei 4.320/64, que regula a Contabilidade Pública, divide a receita em dois tipos
distintos:
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:
Receitas Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas - tributária, de contribuições,
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie,
de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, destinado a atender despesas classificáveis em

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Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
Pode ser classificada também como receita orçamentária e extra orçamentária (cauções,
fianças, depósitos para garantia, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não
reclamados, operações de crédito por antecipação de receita-ARO e outras operações assemelhadas).

Figura 1 - MUZY, Leonardo. Noções de orçamento público. Disponível em:< http://slideplayer.com.br/


slide/3198889/>. Acesso em: 17 nov.2017.

A realização da receita pública possui estágios: previsão, lançamento, arrecadação e


recolhimento.
E na contabilização da receita pública aplica-se a forma analítica e sintética.

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2.2 A ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA
Principal fonte de receita pública atualmente é a arrecadação tributária, que possui complexo
regramento legal e regulamentar.
Segundo preconiza Ricardo Alexandre (2009): “Tributo é a obrigação imposta às pessoas físicas
e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes.”
Por sua vez, dispõe o Código Tributário Nacional – CTN (Lei 5.172/66): “Art. 3º - Tributo é toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Resumindo, uma das precípuas funções do Estado é a prestação de serviços públicos; tal
prestação exige recursos humanos e materiais; isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro
para pagar por estes recursos.
Tributo é vulgarmente chamado por imposto, embora tecnicamente este seja mera espécie
dentre as modalidades de tributos. Ou seja, tributo é o gênero, enquanto que imposto é uma de suas
espécies.
Tributo é o nome que se dá para vários tipos de exigência estatal em dinheiro, desmembrando-
se em:
Imposto - são os tributos que compreendem a contribuição monetária, que os poderes
públicos exigem da sociedade para atendimento de serviços não específicos. É a modalidade de tributo
cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativamente ao contribuinte.
Taxas - é o tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, tendo como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Contribuições - desmembradas em 2 tipos basicamente, podem ser cobradas em contrapartida
a um investimento do Estado e sentido diretamente pelo contribuinte (melhorias, iluminação) ou para uma
atuação genérica mas com destinação exclusiva para a área que ela se fundamentou (social, intervenção
no domínio econômico, interesse de categorias profissionais).

19
Empréstimo Compulsório (só a União) - Sua criação, cobrança e arrecadação têm previsão
constitucional nos arts. 145 e 156, só pode ocorrer em situações excepcionais, e serve atender às despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência.
E ainda é possível que o Estado (União Estados Membros, Distrito Federal e Municípios) possa
arrecadar recursos não tributários, como heranças, alienações, aluguéis, indenizações, dentre outros.
Aliás, estão excluídas do conceito de tributo todas as obrigações que resultem de aplicação de
pena ou sanção (multa de trânsito, por exemplo).
Desta forma, os tributos sempre são obrigações que resultam de um fato regular ocorrido (fato
gerador).
O sujeito ativo do direito tributário é o Estado, por meio de seus entes (União, Estados,
Municípios e DF), e o sujeito passivo é toda pessoa física ou jurídica que tenha obrigação de pagar tributos
(Contribuinte).
Por certo que enquanto área estatal e ramo do direito, as regras tributárias são fundamentadas
em princípios insculpidos pela Constituição Federal.

2.2.1 PRINCÍPIOS DA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA


Os Princípios são os vetores das normas, desmembrando-se em:
Princípio da legalidade: art. 5º, II e art. 150, I, da CF - ninguém será obrigado a fazer ou deixar
de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
Princípio da Anterioridade: art. 150, III, b, da CF - a lei que cria ou aumenta tributo, ao entrar
em vigor, fica com sua eficácia suspensa até o início do próximo exercício financeiro,
quando incidirá e produzirá todos os seus efeitos no mundo jurídico (não adia a cobrança e sim
suspende a eficácia, não há incidência).
Princípio da Segurança Jurídica (ou irretroatividade): art. 150, III, a, da CF - só produzem
efeitos para o futuro, salvo se para beneficiar o contribuinte.
Princípio da Isonomia: art. 150, II, da CF - tratamento igual a contribuintes que se encontrem
em situação equivalente.
Princípio da Capacidade Contributiva: art. 145, § 1º, da CF - tratar os desiguais de modo
desigual, exigindo o tributo de acordo com as possibilidades de cada um.
Princípio da Vedação de Efeitos Confiscatórios: art. 150, IV, da CF - o tributo deve ser razoável,
não podendo ser tão oneroso que chegue a representar um verdadeiro confisco.
20
Princípio da Imunidade Recíproca das Esferas Públicas: art. 150 VI, a, da CF - União, Estados,
Distrito Federal e Municípios não podem instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviço, uns dos
outros.
Princípio da Imunidade de Tráfego: art. 150, V, da CF e art. 9º, III, do CTN - proibição de limitar
o tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas ou bens (com exceção do pedágio de via conservada
pelo poder público).
Princípio da Uniformidade Nacional: art. 151, I, da CF - o tributo da União deve ser igual em
todo território nacional, sem distinção entre os Entes federativos.
Princípio da Vedação de Distinção em razão de procedência ou destino: art. 152, da CF -
Estados, DF e Município estão proibidos de estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Princípio da Não-cumulatividade: princípio aplicável no IPI e ICMS, para compensação em
operações atuais com anteriores.
Princípio da Tipicidade: o tributo só incide no caso de fato ou situação típica que esteja
descrita em lei.
No sistema de arrecadação tributária formalizada na Constituição Federal do Brasil, existe o
que se chama de repartição das receitas tributárias, pela qual os entes federativos (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios) entrelaçam legitimidades e competências para a
instituição, fiscalização e arrecadação dos tributos.
Entretanto, para tornar mais prática à arrecadação, bem como, para propiciar a distribuição
proporcional dos recursos arrecadados entre os entes, a Carta Maior brasileira fixou formas e regras para
a repartição do resultado.
Utilizando-se o exemplo do Imposto de Renda, apesar dele ser um tributo arrecadado pela
União Federal, o montante é distribuído com os Estados, Municípios e Distrito Federal, pois é no território
de cada um deles que o contribuinte gerou a renda, e será em cada um deles que o cidadão exigirá
serviços públicos.
Ficando com uma cota obviamente, para a União, para a manutenção e sustentáculo de suas
obrigações nacionais.
O crédito tributário, oriundo de obrigações lançadas pelo Estado e não adimplidas pelo
contribuinte, deve ser inscrito em dívida ativa fiscal, após terem se esgotado todos os prazos fixados para o
seu pagamento pela lei ou por decisão final prolatada em processo regular.
21
A certidão de inscrição da dívida ativa fiscal é considerada como título de crédito, dando ao
ente respectivo o direito de cobrar judicialmente o montante, pela ação denominada execução fiscal.

Figura 2 - GARCIA, Rosangela. .O que é crédito tributário? Disponível em:


< http://pt.slideshare.net/RosangelaGarcia/suspenso-da-exigibilidade-do-crdito-tributrio-ibet>.Acesso em: 17 nov.2016.

22
3 PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO - PPA – LDO - LOA

3.1 NOÇÕES DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO


Planejar as finanças é um princípio aplicável tanto à iniciativa privada quanto ao setor público.
Na verdade, a partir das finanças pessoais, é aconselhável que se planeje, sob pena de acontecer
descontrole e descompasso entre os recebimentos e gastos.
Na Gestão Pública, tem ainda a questão da efetividade e resolutividade, pois mesmo que o
administrador público atue com probidade e eficiência nas realizações, tais realizações precisam alcançar o
interesse público.
É a população quem sustenta o governo e suas ações, por meio dos tributos e outras formas de
arrecadação pública, para receberem o bem estar social.

Ou seja:
Além de gastar bem, o setor público deve observar se aquele gasto é o mais adequado dentre
todos os imaginados, para o fim específico. E analisar, também, se aquele fim específico é relevante e
prioritário.
Pensando assim, o legislador foi evoluindo nas regras obrigatórias aos gestores públicos, para
exigir-lhes o planejamento das receitas e despesas, vinculadas a um orçamento prévio. Por isto, como dito
anteriormente, a Administração Pública está vinculada ao “Princípio do Planejamento”. E esse
planejamento deverá ser prévio, de um ano para o outro. De cada gasto, centavo por centavo.
E para planejar os gastos, por óbvio que deverá iniciar com o planejamento das entradas
financeiras (arrecadação-receita), mensurando como e quanto irá arrecadar no exercício seguinte.
Com isso, a espinha dorsal do orçamento público, ou seja, a sustentação principal do
planejamento orçamentário é formada pelo binômio, denominado receita-despesa.
Atualmente no Brasil, os 4 (quatro) entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) estão submetidos orçamentariamente ao trio de leis específicas, que vinculam de onde virão e
para onde vão as entradas financeiras, e a aplicação dos recursos financeiros públicos.
E seguindo as regras contábeis, cada ente da federação elabora um desmembramento no
orçamento próprio, para a manutenção dos 03 (três) poderes naquela esfera: Executivo, Legislativo e
Judiciário.
Definindo igualmente, o volume da arrecadação e dos gastos, tanto na forma geral quanto na
forma específica (individual) a cada tipo.
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São eles:
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual
(LOA). Cada uma delas possui forma própria, mas todos estão entrelaçados, de maneira a completar-se.
O PPA é o planejamento de 04 (quatro) anos; a LDO e a LOA apontam os rumos sempre para o
próximo exercício (por ano).
A fundamentação jurídica (base legal) para a legislação orçamentária está na Lei 4.320/64 (arts.
2º a 8º e 22 a 33), na Constituição Federal de 1988 (art. 57 e do 165 a 169), na LRF - Lei de
Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000, art. 4º e 48), no Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001, art. 44),
na NBCT 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, e na Legislação de cada ente
federativo.

PPA – Plano Plurianual


O próprio nome já indica que se trata de um plano que atravessa o período de um ano:
plurianual. É o chamado planejamento em médio prazo. É a primeira das leis orçamentárias, aprovada no
primeiro ano do mandato do Executivo, para viger a partir do segundo ano, por um período de 04 (quatro)
anos.
Ou seja:
No início do mandato (no 1º exercício), o gestor eleito para a chefia do Poder Executivo
(prefeito, nos municípios) está obrigado a cumprir o PPA aprovado no mandato an- terior. A partir do
segundo ano do mandato, o ente passa a cumprir o PPA renovado, até finalizar seu mandato. Mas o
próximo gestor dará continuidade naquele mesmo PPA por mais um ano..., e assim sucessivamente.

As duas principais razões são:


a) Planejar por um período maior que um ano, para melhor viabilizar as realizações.
b) Evitar que no início de outro mandato, sejam interrompidos projetos e obras planejadas
pelo antecessor.

E os objetivos do Plano Plurianual são:


• Definir a orientação estratégica do governo, metas, prioridades e resultados esperados;
• Organizar as ações em programas;
• Estabelecer relação entre os Programas e a orientação estratégica de governo;
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• Nortear a alocação de recursos nos orçamentos anuais;

• Definir responsabilidades para o gerenciamento e monitoramento dos programas – avaliar


resultados obtidos;
• Integrar ações desenvolvidas pela União, Estado e Município;
• Estimular parcerias público-privadas (fontes de recursos);
• Dar transparência à aplicação dos recursos e resultados obtidos.

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias


Por certo que o planejamento orçamentário expresso no PPA, não detalha com minúcias a
execução, mas apenas estabelece metas, objetivos e diretrizes.
É como se na vida particular das famílias, fossem definidas as finanças, resolvendo-se, por
exemplo, entre elas, a meta de aplicar parte das entradas em alimentação, nos próximos 04 (quatro) anos.
Sem se discriminar em quais e quantos itens, em cada um dos anos.
Resumindo, o PPA serve de vetor para as demais leis orçamentárias (LDO e LOA). Com isso, a
próxima na ordem de aprovação é a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, que ampliará a discussão
sobre a aplicabilidade do PPA, distribuindo as metas, objetivos e diretrizes em cada um dos exercícios.
Exemplo: Se no PPA foi escolhido como meta construir uma escola (nos próximos 04 anos), a
LDO de um dos exercícios abrangidos por ele definirá quando deverá ser implementada aquela ação: no 1º,
2º, 3º ou 4º ano. Sendo assim, a LDO funciona como um instrumento norteador da elaboração e execução
do orçamento (LOA-Lei Orçamentária Anual). Ela indica, inclusive, a metodologia que se utilizará na
elaboração da proposta orçamentária anual (LOA), apontando para que se observe a satisfação das
necessidades públicas e o equilíbrio entre a receita e a despesa.
Nela, na LDO, deverão estar contidas as Metas e os Riscos Fiscais, com advertências formais
sobre situações capazes de afetar as contas públicas, e respectivas providências a serem tomadas.
Em suma, a LDO compreenderá:
• As metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente;
• Orientações para elaboração da lei orçamentária anual;
• As disposições relativas às despesas do ente público com pessoal e encargos sociais;
• A organização e a estrutura dos orçamentos;
• As disposições sobre as alterações na Legislação Tributária própria;
4
• As disposições sobre o equilíbrio entre receitas e despesas;

• As disposições sobre o critério e forma de limitação de empenhos;


• Deverá estabelecer independentemente de outras disposições legais, condições e
exigências específicas para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
• As normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com os recursos dos orçamentos;
• Os demonstrativos de Metas Fiscais e de Riscos Fiscais;
• As disposições gerais.

LOA – Lei Orçamentária Anual


Por outro lado, a LOA – Lei Orçamentária Anual deverá conter um planejamento detalhado,
prevendo a arrecadação e os gastos por itens contábeis, denominados de rubricas. Com isso, abre-se a
chamada dotação orçamentária, indicando o registro pormenorizado de cada valor arrecadado e cada
despesa realizada, de forma individualizada.
A Lei Orçamentária Anual verifica as metas previstas no PPA e na LDO, aplicáveis para aquele
determinado exercício financeiro, e esmiúça as informações, apontando “de onde vem e para onde vai “os
valores financeiros geridos pelo ente público respectivo”“.
Voltando aos exemplos práticos comparativos com as despesas pessoais ou familiares, pode-se
dizer que o PPA previu gasto de R$1.000,00 com alimentação; a LDO decidiu gastar R$300,00 no próximo
ano; e a LOA distribuiu esse valor nos itens que se gastaria: R$50,00 de arroz, R$50,00 de feijão, R$20,00
de macarrão, R$10 de óleo de cozinha, R$5,00 com sal, dentre outros.

A LOA divide-se em 3 orçamentos:


Orçamento fiscal: gastos com pessoal, custeio da máquina pública, planejamento e execução
de obras, aquisição de equipamentos, material permanente, dentre outros.
Orçamento de investimentos: indicado no inciso II, §5º, art. 165 da Constituição Federal como
sendo para “o investimento das empresas em que a União direta ou indretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto”, é também aplicado pelos outros entes federativos na finalidade de
construção de obras, por exemplo.
Orçamento de seguridade social: abrange a previdência social, a assistência social e a saúde
pública.
4
Na elaboração da Lei Orçamentária, é importante observar as seguintes premissas:
• Orçamento visto como instrumento de viabilização do planejamento do governo;
• Acompanhamento das despesas que constituem obrigações constitucionais e legais, nos
termos do art. 9º, § 2º, da LRF;
• Ênfase na análise da finalidade do gasto da Administração Pública, transformando o
orçamento em instrumento efetivo de programação, de modo a possibilitar a implantação da avaliação das
ações;
• Atualização das projeções de receita e de execução das despesas e de elaboração da
proposta orçamentária, com o intuito de se atingir as metas fiscais fixadas na LDO;
• Elaboração do projeto e execução da LOA, realizadas de modo a evidenciar a transparência
da gestão fiscal, permitindo o amplo acesso da sociedade;
• Avaliação da execução orçamentária com o objetivo de subsidiar a elaboração da proposta
orçamentária, com base em relatórios gerenciais, conferindo racionalidade ao processo;
• Ciclo orçamentário desenvolvido como processo contínuo de análise e decisão ao longo de
todo o exercício.
Por regra, o projeto de lei da proposta orçamentária é desenvolvido pelo Poder Executivo, no
âmbito dos setores de Planejamento e de Finanças, mas com relevante envolvimento dos demais setores
de gestão, articulando-se as tarefas por cronogramas e etapas.
E por obediência aos ditames constitucionais, as leis orçamentárias devem nascer por meio do
processo legislativo, por aprovação dos parlamentares.

Acesse : https://www.youtube.com/watch?v=z0PoLMrvcjQ

4
4. GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS

4.1 A GESTÃO FINANCEIRA


Os recursos financeiros administrados pelos governos brasileiros nos entes federativos são de
elevado vulto. Para se ter uma ideia, somente a União administrou mais de 4 (quatro) trilhões de reais em
2019 (vide http://www.portaltransparencia.gov.br/orcamento), resultantes, é claro, das receitas
arrecadadas, tanto tributárias quanto não tributárias. Juntando com os demais entes (26 estados, DF e
5.568 municípios), imaginemos o tamanho dos gastos.
Em princípio, vale ressaltar que cada ente federativo e cada um dos 3 poderes, possuem
autonomia e independência para gerir suas próprias verbas (receitas).
Obedecendo, por lógico, as regras aplicáveis individualmente tanto para entrada (receita)
quanto para a saída (despesa) desses recursos.
Pode se afirmar que a gestão financeira no setor público brasileiro está fundamentada na Lei
da Contabilidade Pública (4.320/64) e na LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000).
Num emaranhado de regramentos, a gestão financeira tem seu início com a verificação da
existência de dotação orçamentária. Isto é obrigatório para recebimento de recursos e para saída de
recursos. Cada centavo que sai do erário (tesouro público: o dinheiro que o governo possui para gastar)
precisa estar previsto desde o exercício (do ano civil) anterior, na respectiva lei orçamentária.
Os procedimentos orçamentários, aplicáveis à gestão financeira, possuem a seguinte estrutura:
planejamento, controle, transparência e responsabilização (SCARPIN; SLOMSKI, 2005, p.23-39).
E ainda, perseguirem a eficiência e eficácia na utilização dos recursos públicos (AMARAL, P. F.;
MARINO JUNIOR, J.; BONACIM, C. A. G.,2008, p.1-15)
Segundo a doutrina sobre o tema, a gestão financeira controla e opera o ciclo que vai do
orçamento, passa pela contabilidade, chegando à auditoria (fiscalização, prestação de contas...).

5
E para organização, registro e controle dos gastos (saídas), a gestão financeira está
condicionada a cumprir etapas da despesa, nesses procedimentos abaixo, conforme explicação detalhada
no capítulo específico sobre a Contabilidade Pública.
• Fixação;
• Programação;
• Licitação;
• Empenho;
• Liquidação;
• Suprimento;
• Pagamento.

Para fechar o ciclo geral da gestão financeira no setor público, ela está submetida à prestação
de contas aos órgãos competentes do controle externo.
Seguindo a evolução social humana, sobretudo após a identificação da figura do estado
moderno (povo, território, governo e soberania), a exigência de os governantes ou particulares dar
satisfação aos contribuintes sobre o uso e aplicação dos recursos públicos (financeiros e de bens) tem
crescido mais e mais.
Já na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada e aceita por muitos povos na
era da Revolução Francesa (1789), consta essa exigência: “Art. 15 – A Sociedade tem o Direito de pedir
conta a todo agente público de sua administração. ”
E a Constituição Federal do Brasil de 1988 determina que:

Art. 70...
[...]
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Todavia, com o avanço da democracia, a transparência pública atualmente possibilita o


acompanhamento da gestão financeira pública pela população, pelos meios modernos e eficientes de
comunicação.
É de se considerar que a Constituição Federal prevê desde 1988 o direito à informação nos
6
órgãos públicos (art.5º, XXXIII) e publicidade como princípio básico da Administração Pública (art. 37,
caput).
Entretanto, apenas com o advento da Lei da Transparência (LC 131/2009) e da Lei de
Acesso à Informação (12.527/2011), foi de fato que se conseguiu os 2 tipos de transparência
pública:
• Ativa (o poder público é obrigado a divulgar); e
• Passiva (o cidadão pode pedir o que for de seu interesse pessoal ou de interesse coletivo).

Após a verificação de compatibilidade orçamentária, vem o planejamento individualizado da


despesa. Esta, tão criticada pela população, haja vista que em muitos momentos a ação do Estado
(governo) não coincide com o bom resultado, faltando eficácia e efetividade dos gastos e custos aplicados.
Nesse planejamento, entendemos que, além dos instrumentos usuais (pesquisas, estudos, projetos, dentre
outros), o sistema de informações de custos possa ser excelente ferramenta para a boa gestão financeira
nos órgãos públicos, tratado no item a seguir.

4.2 A ADMINISTRAÇÃO DE GASTOS


Por certo que esse elevado volume financeiro ainda não é o suficiente para cobrir todos os
gastos públicos, forçando os gestores a não realizar certos atos, ações, serviços ou obras. Em alguns casos,
o exercício financeiro (um ano civil, de 1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme indica a Lei 4.320/64, no
art. 34) deixa restos a pagar ou déficit, demonstrando a insuficiência de recursos no período, para
satisfazer as despesas realizadas.
Além da Lei da Contabilidade Pública (nº 4.320/64), a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal (LC
101/2000), também pune os responsáveis, em regra, quando ocorrem gastos maiores do que a
arrecadação. No entanto, o controle dos gastos continua sendo um grande desafio para os
administradores públicos, por ser o caminho mais apontado, como
solução para diversos entraves no país. Além da eliminação das irregularidades e desvios de
verbas, uma gestão eficiente poderá promover melhores resultados em benefício da população, e ainda
possibilitar a redução da carga tributária.
Por certo que outras atitudes e medidas devem também ser tomadas, como por exemplo, a
redução do tamanho do Estado, que assumiu nos últimos tempos muita responsabilidade social e
encargos, que por óbvio exigem cada vez mais recursos financeiros para implementação.
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Para se ter uma ideia, a Portaria 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento
e Gestão (MOG) do Governo Federal, estabeleceu 28 funções de governo que devem ser utilizadas para
classificar o gasto público.
Quadro 1: As vinte e oito funções de governo que devem ser utilizadas para classificar o gasto
público.

Fonte: Próprio autor

Ademais, em cada área desta, ampliam-se rapidamente as demandas por novos atendimentos
e cuidados do Estado, em razão da escalada de novidades sociais e globais.
Como é o caso da educação e saúde, que embora possuam indicações constitucionais para os

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gastos mínimos de cada ente federativo, exigem mais investimentos, expandindo assustadoramente esses
limites, especialmente no âmbito dos Municípios.

Mas é totalmente cabível, relevante e viável, a luta pela melhoria na administração dos gastos
públicos. Inclusive, numa recente inovação na contabilidade pública, está sendo implantada em todas as
esferas de governo a gestão de custos, que é o começo da estrada para a eficiente gerencia dos gastos
públicos.
A despeito de estar prevista desde 1964 na Lei da Contabilidade Pública (art. 85 da Lei nº
4.320/64), até então, a gestão de custos não é realidade na maioria dos órgãos públicos. Porém, pelo que
se imagina, em muito breve ela estará integralmente implementada, pois os órgãos de controle da
administração pública (interno: dentro do próprio órgão, para controle preventivo; externo: legislativo,
tribunais de contas, ministério público e judiciário) estão exigindo implantação e funcionamento.
A base legal está também na LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar
101/2000) que determinou a implantação de um sistema de custos que permita a avaliação de resultados,
de desempenhos e o acompanhamento das gestões orçamentária, financeira e patrimonial (art. 50, § 3º).
Exigiu ainda, que a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá dispor sobre “[...] normas
relativas ao controle de custos e à avaliação de resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos” (art. 4, Inciso I, letra “e”).
E mais recentemente, o CFC - Conselho Federal de Contabilidade editou a Resolução nº
1.366/11, aprovando a NBC – Norma Brasileira de Contabilidade T 16.11 e exigindo a implantação do
Sistema de Informações de Custos do Setor Públicos.
Na gestão de custos, o órgão público planeja seus gastos, analisando a mais eficiente e
econômica medida para sanar aquela necessidade, uma a uma. Com isso, imagina-se que muito se
avançará na gestão de gastos. Mas além dela, outras iniciativas estão sendo implantadas para igualmente
aprimorar a aplicação dos recursos públicos.
O satisfatório funcionamento das instituições de controle interno e externo, verdadeiros
vetores de prevenção, eficiente fiscalização e exemplar responsabilização, purifica o desvio do dinheiro
público (por falhas ou má-fé), resultando no correto direcionamento do gasto. A participação do povo nos
atos de governo são, de idêntica forma, elementar instrumento de otimização dos gastos.

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prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8987cons.htm>. Acesso em: 25 out.2016.

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Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências.
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