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PÚBLICA
UNIDADE 2
ÍNDICE
TÓPICOS PÁGINA
APRESENTAÇÃO 3
1. A ESTRUTURA DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO 4
1.1 Direitos políticos 4
1.2 Partidos políticos 9
2. ARRECADAÇÃO PÚBLICA 17
2.1 Arrecadação/receita pública 17
2.2 Arrecadação tributária 19
3. PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO 23
3.1 Noções de planejamento orçamentário 23
4. GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS 28
4.1 Gestão financeira 28
4.2 A administração de gastos 30
BIBLIOGRAFIA 33
Boas-vindas!
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1. ESTRUTURA DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
Senador;
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b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência.
E deste capítulo sobre os direitos políticos na CF, podemos extrair as seguintes conclusões:
INSTRUMENTOS POLÍTICOS
1º VOTO:
- Direito (o povo escolhe sem intermediário...).
- Secreto (é sigiloso, ninguém sabe em quem).
- Universal (para ricos, pobres, mulheres...)
- Periódico (de tempo em tempo...vitalício não).
Obs: Cláusula pétrea – Art. 60, §4º, II, da CF (não pode ser retirado da Constituição Federal):
2º PLEBISCITO:
- Iniciativa do Congresso Nacional.
- Forma e Sistema de Governo.
- Pergunta para o povo e, se houver concordância, faz a LEI.
3º REFERENDO:
- Iniciativa do Congresso Nacional.
- Exemplo: Desarmamento.
- Faz a lei, depois pergunta para o povo se concorda com sua aplicação.
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4º INICIATIVA POPULAR:
- O povo poderá propor a criação de leis.
Previsto no art. 14 da Constituição Federal (inciso III), a Iniciativa Popular é estendida aos
Municípios, pelo inciso XIII, do art. 29:
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– Trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
– Vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;
– Dezoito anos para Vereador.
Quem não pode ser votado? (Inelegibilidade)
Conforme preconiza o art. 14...
[...]
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
[...]
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade
para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
Ressaltando que a Lei Complementar 64/90 (Lei das Inelegibilidades) atendeu essa
determinação constitucional, fixando outros casos que levam à inelegibilidade, que é a condição impeditiva
de ser votado.
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Direito à Reeleição
Conforme dispõe o art. 14...
[...]
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.
Origem
Na Grécia e Roma antigas, dava-se o nome de partido a um grupo de seguidores de uma ideia,
doutrina ou pessoa. Mas foi só na Inglaterra, no século XVIII, que se criaram pela primeira vez, instituições
de direito privado, com o objetivo de congregar partidários de uma ideia política: o partido Whig e o
partido Tory.
De fato, a ideia de organizar e dividir os políticos em partidos se alastrou muito, no mundo
todo, a partir da segunda metade do século XVIII, e, sobretudo, depois da revolução francesa e da
independência dos Estados Unidos.
Até porque, a partir daí, a própria percepção da natureza da comunidade política se transforma
dramaticamente.
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No Brasil, não existem partidos centenários, como é comum, por exemplo, nos Estados Unidos,
onde os democratas (desde 1790) e os republicanos (desde 1837) alternam-se no poder.
Motivo: inconstância da vida política brasileira (mudança de regimes-revoluções, dentre
outros).
Mudanças bruscas
- Implantação da República, em 1889, que sepultou os partidos monarquistas;
- Revolução de 1930, que desativou os partidos republicanos “carcomidos”;
- Estado Novo (1937-1945) o qual vedou a existência de partidos;
- Regime Militar de 1964 que confinou os partidos num quadro de ferro.
Partidos no império
O historiador José Murilo de Carvalho foi enfático em dizer que “até 1837 não se podia falar em
partidos políticos no Brasil”.
O primeiro programa partidário foi redigido em 1864 (pelo Partido Progressista).
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Daí explodir a violência política (caso do Movimento Tenentista, de 1922-1927, da Revolução de
1923 no Rio Grande do Sul, ou o da Revolta da Princesa na Paraíba, em 1928).
Partidos ideológicos
Depois da Primeira Guerra Mundial, ficou a influencia do comunismo (sociedade igualitária, sem
divisão de classes, propriedades e produção são comuns a todos) e o fascismo (comando por grupos
autoritários).
Em 1922, foi fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB), liderado por Luís Carlos Prestes. Dez
anos depois, em 1932, foi à vez da fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), inspirada no Movimento
Fascista italiano e no Movimento da Falange espanhola, comandada pelo chefe Plínio Salgado.
Ambos os partidos, em momentos diferentes, tentaram depor o regime de Getúlio Vargas por
meio de um golpe. O PCB foi o principal articulador da frente denominada ANL (Aliança Nacional
Libertadora).
A ANL foi responsável pela fracassada Intentona Comunista, de 27 de novembro de 1935. A ABI
assaltou o Palácio da Guanabara, em 12 de maio de 1938, para derrubar o governo do Estado Novo que os
excluíra do poder. Colocados na ilegalidade pelo decreto de 02 de dezembro de 1937, somente retornaram
à vida política ao final da Segunda Guerra Mundial. O PCB ainda teve uma pálida atuação no Governo
Goulart (1961-64), e os ex-integralistas, acobertados pela sigla do PRP (Partido da Representação Popular),
fizeram sua última aparição na ditadura do Presidente Médici (1969-1973).
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Partidos Políticos: Representação e Governabilidade
Representação:
• Levar ao poder as vontades das classes representadas;
• Programas políticos;
• Ideias e ideais;
• Princípios.
Governabilidade:
• Estabilidade política;
• Bom governo das coisas;
• Desígnios de governo;
• Administração pública.
Muitos governantes abriram (e abrem) mão da representatividade, para manter a
governabilidade. Essa estratégia de sobrevivência adotada por muitos políticos de vulto, de evitar crises
políticas graves que pudessem enfraquecer de modo irreparável o poder das elites. Por isto, os partidos
políticos passaram a ter pouca confiança por parte da população brasileira em geral. Daí, haver uma
preferência dos eleitores por indivíduos, por homens confiáveis, por “salvadores”, mas não por programas
partidários ou ideológicos.
Regras partidárias
A Constituição Federal de 1988 rege sobre os partidos, anunciando a liberdade de criação e
funcionamento, porém, impondo regras e critérios em consonância com a legislação pátria,
para que eles existam dentro de parâmetros que não firam demais direitos e liberdades:
“Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
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§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da
lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três
por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos
válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.”
E para as minúcias regulamentares, o Legislativo Federal aprovou a Lei nº 9.096 (Lei dos
Partidos Políticos), em 1995, definindo, entre outros, os seguintes rumos:
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição
Federal.
Parágrafo único. O partido político não se equipara às entidades para estatais.
(incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
14
[...]
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento.
§ 1º. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e coligações autonomia
para definir o cronograma das atividades eleitorais de campanha e executá-lo
em qualquer dia e horário, observados os limites estabelecidos em lei.
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 2º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir o prazo de
duração dos mandatos dos membros dos seus órgãos partidários permanentes
ou provisórios.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 3º O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá
ser de até 8 (oito) anos.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 4º Exaurido o prazo de vigência de um órgão partidário, ficam vedados a
extinção automática do órgão e o cancelamento de sua inscrição no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres.
[...]
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
[...]
Art. 13º. Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as Casas
Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada
eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por
cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos
em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois por cento do
total de cada um deles. (Vide Adins nºs 1.351-3 e 1.354-8)
[...]
Art. 18º. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao
respectivo partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições,
majoritárias ou proporcionais.
[...]
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Art. 24º. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido deve
subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e
às diretrizes estabelecidas pelos órgãos de direção partidários, na forma do
estatuto.
[...]
Art. 26º. Perde automaticamente a função ou cargo que exerça, na respectiva
Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar
o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.
[...]
Art. 38º. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário) é constituído por:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral
e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter
permanente ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos
proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados. (Incluído pela Lei nº 12.875, de 2013) (Vide ADI-5105)
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas as
mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses.
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2 ARRECADAÇÃO PÚBLICA
Por sua vez, a Lei 4.320/64, que regula a Contabilidade Pública, divide a receita em dois tipos
distintos:
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:
Receitas Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas - tributária, de contribuições,
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie,
de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, destinado a atender despesas classificáveis em
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Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
Pode ser classificada também como receita orçamentária e extra orçamentária (cauções,
fianças, depósitos para garantia, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não
reclamados, operações de crédito por antecipação de receita-ARO e outras operações assemelhadas).
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2.2 A ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA
Principal fonte de receita pública atualmente é a arrecadação tributária, que possui complexo
regramento legal e regulamentar.
Segundo preconiza Ricardo Alexandre (2009): “Tributo é a obrigação imposta às pessoas físicas
e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes.”
Por sua vez, dispõe o Código Tributário Nacional – CTN (Lei 5.172/66): “Art. 3º - Tributo é toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Resumindo, uma das precípuas funções do Estado é a prestação de serviços públicos; tal
prestação exige recursos humanos e materiais; isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro
para pagar por estes recursos.
Tributo é vulgarmente chamado por imposto, embora tecnicamente este seja mera espécie
dentre as modalidades de tributos. Ou seja, tributo é o gênero, enquanto que imposto é uma de suas
espécies.
Tributo é o nome que se dá para vários tipos de exigência estatal em dinheiro, desmembrando-
se em:
Imposto - são os tributos que compreendem a contribuição monetária, que os poderes
públicos exigem da sociedade para atendimento de serviços não específicos. É a modalidade de tributo
cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativamente ao contribuinte.
Taxas - é o tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, tendo como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Contribuições - desmembradas em 2 tipos basicamente, podem ser cobradas em contrapartida
a um investimento do Estado e sentido diretamente pelo contribuinte (melhorias, iluminação) ou para uma
atuação genérica mas com destinação exclusiva para a área que ela se fundamentou (social, intervenção
no domínio econômico, interesse de categorias profissionais).
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Empréstimo Compulsório (só a União) - Sua criação, cobrança e arrecadação têm previsão
constitucional nos arts. 145 e 156, só pode ocorrer em situações excepcionais, e serve atender às despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência.
E ainda é possível que o Estado (União Estados Membros, Distrito Federal e Municípios) possa
arrecadar recursos não tributários, como heranças, alienações, aluguéis, indenizações, dentre outros.
Aliás, estão excluídas do conceito de tributo todas as obrigações que resultem de aplicação de
pena ou sanção (multa de trânsito, por exemplo).
Desta forma, os tributos sempre são obrigações que resultam de um fato regular ocorrido (fato
gerador).
O sujeito ativo do direito tributário é o Estado, por meio de seus entes (União, Estados,
Municípios e DF), e o sujeito passivo é toda pessoa física ou jurídica que tenha obrigação de pagar tributos
(Contribuinte).
Por certo que enquanto área estatal e ramo do direito, as regras tributárias são fundamentadas
em princípios insculpidos pela Constituição Federal.
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3 PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO - PPA – LDO - LOA
Ou seja:
Além de gastar bem, o setor público deve observar se aquele gasto é o mais adequado dentre
todos os imaginados, para o fim específico. E analisar, também, se aquele fim específico é relevante e
prioritário.
Pensando assim, o legislador foi evoluindo nas regras obrigatórias aos gestores públicos, para
exigir-lhes o planejamento das receitas e despesas, vinculadas a um orçamento prévio. Por isto, como dito
anteriormente, a Administração Pública está vinculada ao “Princípio do Planejamento”. E esse
planejamento deverá ser prévio, de um ano para o outro. De cada gasto, centavo por centavo.
E para planejar os gastos, por óbvio que deverá iniciar com o planejamento das entradas
financeiras (arrecadação-receita), mensurando como e quanto irá arrecadar no exercício seguinte.
Com isso, a espinha dorsal do orçamento público, ou seja, a sustentação principal do
planejamento orçamentário é formada pelo binômio, denominado receita-despesa.
Atualmente no Brasil, os 4 (quatro) entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) estão submetidos orçamentariamente ao trio de leis específicas, que vinculam de onde virão e
para onde vão as entradas financeiras, e a aplicação dos recursos financeiros públicos.
E seguindo as regras contábeis, cada ente da federação elabora um desmembramento no
orçamento próprio, para a manutenção dos 03 (três) poderes naquela esfera: Executivo, Legislativo e
Judiciário.
Definindo igualmente, o volume da arrecadação e dos gastos, tanto na forma geral quanto na
forma específica (individual) a cada tipo.
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São eles:
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual
(LOA). Cada uma delas possui forma própria, mas todos estão entrelaçados, de maneira a completar-se.
O PPA é o planejamento de 04 (quatro) anos; a LDO e a LOA apontam os rumos sempre para o
próximo exercício (por ano).
A fundamentação jurídica (base legal) para a legislação orçamentária está na Lei 4.320/64 (arts.
2º a 8º e 22 a 33), na Constituição Federal de 1988 (art. 57 e do 165 a 169), na LRF - Lei de
Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000, art. 4º e 48), no Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001, art. 44),
na NBCT 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, e na Legislação de cada ente
federativo.
Acesse : https://www.youtube.com/watch?v=z0PoLMrvcjQ
4
4. GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS
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E para organização, registro e controle dos gastos (saídas), a gestão financeira está
condicionada a cumprir etapas da despesa, nesses procedimentos abaixo, conforme explicação detalhada
no capítulo específico sobre a Contabilidade Pública.
• Fixação;
• Programação;
• Licitação;
• Empenho;
• Liquidação;
• Suprimento;
• Pagamento.
Para fechar o ciclo geral da gestão financeira no setor público, ela está submetida à prestação
de contas aos órgãos competentes do controle externo.
Seguindo a evolução social humana, sobretudo após a identificação da figura do estado
moderno (povo, território, governo e soberania), a exigência de os governantes ou particulares dar
satisfação aos contribuintes sobre o uso e aplicação dos recursos públicos (financeiros e de bens) tem
crescido mais e mais.
Já na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada e aceita por muitos povos na
era da Revolução Francesa (1789), consta essa exigência: “Art. 15 – A Sociedade tem o Direito de pedir
conta a todo agente público de sua administração. ”
E a Constituição Federal do Brasil de 1988 determina que:
Art. 70...
[...]
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Ademais, em cada área desta, ampliam-se rapidamente as demandas por novos atendimentos
e cuidados do Estado, em razão da escalada de novidades sociais e globais.
Como é o caso da educação e saúde, que embora possuam indicações constitucionais para os
8
gastos mínimos de cada ente federativo, exigem mais investimentos, expandindo assustadoramente esses
limites, especialmente no âmbito dos Municípios.
Mas é totalmente cabível, relevante e viável, a luta pela melhoria na administração dos gastos
públicos. Inclusive, numa recente inovação na contabilidade pública, está sendo implantada em todas as
esferas de governo a gestão de custos, que é o começo da estrada para a eficiente gerencia dos gastos
públicos.
A despeito de estar prevista desde 1964 na Lei da Contabilidade Pública (art. 85 da Lei nº
4.320/64), até então, a gestão de custos não é realidade na maioria dos órgãos públicos. Porém, pelo que
se imagina, em muito breve ela estará integralmente implementada, pois os órgãos de controle da
administração pública (interno: dentro do próprio órgão, para controle preventivo; externo: legislativo,
tribunais de contas, ministério público e judiciário) estão exigindo implantação e funcionamento.
A base legal está também na LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar
101/2000) que determinou a implantação de um sistema de custos que permita a avaliação de resultados,
de desempenhos e o acompanhamento das gestões orçamentária, financeira e patrimonial (art. 50, § 3º).
Exigiu ainda, que a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá dispor sobre “[...] normas
relativas ao controle de custos e à avaliação de resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos” (art. 4, Inciso I, letra “e”).
E mais recentemente, o CFC - Conselho Federal de Contabilidade editou a Resolução nº
1.366/11, aprovando a NBC – Norma Brasileira de Contabilidade T 16.11 e exigindo a implantação do
Sistema de Informações de Custos do Setor Públicos.
Na gestão de custos, o órgão público planeja seus gastos, analisando a mais eficiente e
econômica medida para sanar aquela necessidade, uma a uma. Com isso, imagina-se que muito se
avançará na gestão de gastos. Mas além dela, outras iniciativas estão sendo implantadas para igualmente
aprimorar a aplicação dos recursos públicos.
O satisfatório funcionamento das instituições de controle interno e externo, verdadeiros
vetores de prevenção, eficiente fiscalização e exemplar responsabilização, purifica o desvio do dinheiro
público (por falhas ou má-fé), resultando no correto direcionamento do gasto. A participação do povo nos
atos de governo são, de idêntica forma, elementar instrumento de otimização dos gastos.
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