Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
EAD
LOCAÇÃO E
ADMINISTRAÇÃO
DE IMÓVEIS
LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
DE IMÓVEIS
INTRODUÇÃO
O contrato imobiliário mais celebrado no Brasil é o de locação de imóvel urbano.
Os procedimentos pertinentes à locação estão dispostos na Lei nº 8.245 de 18 de outubro de 1991, co-
mumente conhecida por “Lei do Inquilinato”.
A Lei do Inquilinato, ao longo do tempo sofreu algumas alterações por inserções realizadas pela Lei
nº 10.931 de 2004, que dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias e pela Lei nº
11.196 de 2005, que altera dispositivos sobre os fundos de investimento para garantia de locação imobiliária.
Os artigos 53 e 63 da Lei do Inquilinato também receberam nova redação pela Lei nº 9.256 de 1996; e para
aperfeiçoar as regras e procedimentos sobre locação de imóvel urbano, a Lei do Inquilinato recebeu nova
redação pela Lei nº 12.112 de 2009. Por fim, a Lei nº 12.744 de 2012 incrementou a Lei do Inquilinato para
dispor sobre a locação nos contratos de construção ajustada. Esses são os contratos conhecidos por “built
to suit”.
No passado, em 1934 foi emitido um decreto regulando aspectos da locação e em 1979 foi emitida uma
Lei do Inquilinato, que recebeu nova redação em 1985 e em janeiro de 1991. Mas foi em outubro de 1991
que surge a Lei do Inquilinato atualmente vigente. Ainda que se fizessem contratos de locação há séculos no
Brasil, foi somente a partir de 1934 que os legisladores entenderam a necessidade de legislar a tal respeito e
foi em 1991 que essa Lei ficou mais ampla e abrangente para a realidade atual.
IMPORTANTE!
Muitas vezes nos valemos daquilo que estiver estabelecido no Código Civil e no Có-
digo de Processo Civil, conforme estabelece o artigo 79 da própria Lei do Inquilinato.
Conteúdo da apostila: Serão abordados os ele- riamente envolva duas partes, o Locador e o Locatá-
mentos fundamentais da locação, seja no que diz rio, para que haja essa transação sendo intermedia-
respeito ao que importa para uma intermediação, da pelo Corretor de Imóveis, é necessária a obtenção
seja ao que importa para a administração de con- dessas duas partes, bem como a celebração de um
tratos de locação, o que comumente é chamado no contrato. O Locador é aquele que detém o direito de
mercado de administração imobiliária ou administra- dispor de um imóvel.
ção de imóveis.
Locador é aquele que detém o direito de dispor
Em se tratando de locação, tudo começa na cap- de um imóvel
tação do imóvel e do cliente. Na maioria das vezes, o locador é o próprio
Uma vez que a locação de um imóvel obrigato- proprietário.
Qual parte pode usar os serviços de um corretor cípio da intermediação. Somente na concretização
de imóveis? dessa intermediação do contrato de locação é que
O corretor de imóveis pode ser contratado por o corretor de imóveis terá o direito aos seus honorá-
qualquer uma dessas partes. Na verdade, quando rios. Caso o corretor de imóveis esteja atuando numa
uma dessas partes contrata um corretor de imóveis, imobiliária, é nesse momento que a imobiliária terá
compete a ele buscar a outra parte. Esse é o prin- direito ao seu faturamento.
Quem pode ser locador? o seu uso em conformidade com a vida urbana
Na maioria das vezes, o locador é o proprietário e as necessidades urbanas, seja para residência,
do imóvel, mas nem sempre é assim. Eventualmente, comércio ou indústria. A destinação que se dá ao
quem tem o direito de dispor do imóvel não é o pro- imóvel é que determina sua urbanidade. O imó-
prietário, mas sim um usufrutuário. vel que seja destinado às atividades rurais, como
plantação ou criação de animais, por exemplo,
Usufrutuário é quem usufrui algo ou usufrui de mesmo que esteja dentro do perímetro urbano
algo. É quem tem o direito dos frutos. No mercado das cidades não se sujeitam às regras da Lei nº
imobiliário, é quem usufrui do imóvel, ou seja, quem 8.245 de 1991, mas, ao Código Civil e legislações
tem o direito daquilo que provém desse imóvel. Nes- específicas, como o Estatuto da Terra, por exem-
te caso, a propriedade do imóvel continua sendo do plo. Isso tem que ficar bem claro!
seu proprietário, mas quem o usufrui pode ser outra
pessoa a quem esse proprietário transmitiu o direito. A Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 dispõe
Essa outra pessoa é o usufrutuário. especificamente sobre as LOCAÇÕES DOS IMÓVEIS
URBANOS e os procedimentos a elas pertinentes.
Ao captar um imóvel para ser locado, é impor-
tante verificar quem tem o direito de ser seu locador. Então, captar o imóvel, exige verificar se o imó-
Caso contrário, teremos problemas na celebração do vel, para o nosso contexto, seja um imóvel urbano,
contrato de locação. captar o locador, exige verificar se a pessoa de nosso
contato tenha o direito de locar esse imóvel.
Deve-se Captar Imóvel Urbano!
Contrato de locação de imóvel urbano so- Quem pode ser Locatário?
mente pode ser celebrado com imóveis que te- Essencialmente devemos verificar se a pessoa
nham destinação urbana. Para efeito da Lei nº tem condições de honrar com o valor do aluguel.
8.245 de 1991, imóvel urbano é aquele que tenha Simples assim.
Definição jurídica do que é uma locação: O as- Então, no mercado imobiliário, Locação de imó-
sunto é tratado pela Lei do Inquilinato. Contudo, a vel urbano é a entrega do direito de uso de um bem
locação de imóvel urbano também está prevista no imóvel urbano, temporariamente, por prazo deter-
Código Civil, Lei nº 10.406 de 2002, em especial em minado ou não, mediante o pagamento de aluguel.
seu Capítulo 5 que trata da locação de coisas, o qual
se estende do artigo 565 ao artigo 578. A definição Se o bem for entregue, mas não houver essa con-
de locação está clara no artigo 565. traprestação, ou seja, sem que haja a necessidade do
pagamento do aluguel, então não estaríamos falando
Artigo 565 do Código Civil, Lei nº 10.406 de 2002: de contrato de locação, mas sim de um contrato de
Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder comodato ou ainda outra espécie de contrato, mas
à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo que não seria de locação.
de coisa não fungível, mediante certa retribuição.
Qual a diferença entre locação e empréstimo?
Juridicamente, uma locação é a cessão de uso e Artigo 579 do Código Civil, Lei nº 10.406 de 2002:
gozo de coisa não fungível, por tempo determinado O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não
ou não, mediante certa retribuição. fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
Entendendo: A palavra “coisa” que é usada no A Locação exige uma retribuição e o Comodato não.
sentido de expressar tudo aquilo que exista, seja de
forma real ou abstrata, mas que possa ser alvo de O Código Civil estabelece que no comodato
apropriação, ou seja, que alguém possa ter. No nosso perfaz-se com a tradição do objeto. O termo “tra-
caso, estamos falando dos bens imóveis, sejam edifi- dição” é a ação ou efeito de transmitir, de fazer
cados ou apenas terrenos. “Fungível” quer dizer um uma transferência. Portanto dizer que o comodato
bem móvel que se gasta pela utilização e que pode perfaz-se com a tradição do objeto, significa dizer
ser substituído por outro de mesma espécie ou mes- que há a necessidade de que haja a entrega efetiva
ma natureza. Se fungível é um bem móvel, então, da coisa emprestada.
não fungível é um bem imóvel. E quanto à “certa re-
tribuição”, quer-se dizer a contrapartida que é dada Então, em ambos os casos, na locação ou no co-
pelo uso dessa coisa. No caso de locação de imóveis modato, a coisa infungível deve ser efetivamente en-
o mais comum é o aluguel em forma pecuniária, ou tregue à outra pessoa, num dos casos mediante uma
seja, em dinheiro. retribuição e no outro caso gratuitamente.
Na Locação: No Comodato:
Segundo o Código Civil, tutor, em resumo, é O imóvel objeto do comodato deve ser usado
aquele que se responsabiliza pelo tutelado. Tutelado como residência do comodatário pelo prazo que vi-
é uma pessoa menor de idade que, segundo o arti- gorar seus estudos em curso de Pós-graduação. Isso
go 1.728 tenha seus pais falecidos, julgados ausentes significa que, neste exemplo, apenas para ilustrar o
ou que perderam o poder familiar. Segundo os arti- conceito, dispensando quaisquer outros dispositivos
gos 1.740 e 1.741 o tutor deve dirigir ao tutelado a jurídicos e eventuais interpretações, se o comodatá-
educação, deve defendê-lo e prestar-lhe alimentos, rio terminar um curso de pós-graduação e imediata-
assim como administrar os bens do tutelado, em pro- mente iniciar outro curso também de pós-graduação,
veito do tutelado. os seus estudos em curso de Pós-graduação continu-
am vigentes e, portanto, o contrato também. O co-
Já o Curador é a pessoa que, segundo os limites modante não pode suspender o uso e gozo da coisa
determinados jurídica e legalmente, cuide dos inte- emprestada antes de terminado o prazo determi-
resses de alguém que não possa licitamente adminis- nado de seu uso, a não ser que o comodante tenha
trá-los. Isso inclui administrar-lhe os bens. alguma necessidade imprevista e urgente, mas se, e
somente se, reconhecida pelo juiz.
Portanto, tanto o curador quanto o tutor admi-
nistram os bens de outra pessoa. Ambos adminis- Artigo 582 do Código Civil, Lei nº 10.406 de
tram bens de outra pessoa e somente poderiam ser 2002: O comodatário é obrigado a conservar, como
comodantes ou tornar essa outra pessoa um como- se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo
dante se tiverem autorização especial para tanto. usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza
dela, sob pena de responder por perdas e danos. O
Artigo 581 do Código Civil, Lei nº 10.406 de comodatário constituído em mora, além de por ela
2002: Se o comodato não tiver prazo convencional, responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa
presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedi- que for arbitrado pelo comodante.
do; não podendo o comodante, salvo necessidade
imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspen- Este artigo estabelece 4 coisas bem interessan-
der o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo tes a favor do comodante:
o prazo convencional, ou o que se determine pelo
uso outorgado. 1. O comodatário é obrigado a conservar o que
lhe foi emprestado, nas mesmas condições de como
O prazo do comodato, portanto, é aquele que essa a coisa fosse sua.
for especificado no contrato de comodato. Mas se 2. O comodatário somente pode usar o que lhe
isso não for especificado, então, o prazo do como- foi emprestado de acordo com o contrato ou com a
dato é aquele que seja necessário para o completo especificidade da sua natureza.
uso daquilo que tenha sido emprestado. O contrato 3. Se o comodatário usar o que lhe foi empres-
de comodato não é solene, ou seja, não exige esta tado de forma diferente da estabelecida no contra-
ou aquela formalidade legal, podendo, portanto, ser to ou de forma distinta da natureza daquilo que lhe
redigido de forma livre. Assim sendo, poderia, até foi emprestado, sofrerá a pena de responder por
mesmo, ser feito oralmente. Contudo, por cautela, perdas e danos.
obviamente é conveniente que seja estipulado por 4. O comodatário constituído em mora, ou seja,
escrito. Supondo, então, apenas como exemplo, que para o período de tempo que se prolongar após o
num contrato de comodato, esteja estabelecido que prazo de encerramento do comodato, sem que tenha
o presente contrato tem como OBJETO, a transferên- devolvido ao comodante o que lhe foi emprestado,
cia, pelo COMODANTE ao COMODATÁRIO, dos direi- então, continua respondendo por ela e deverá pagar
tos de uso e gozo do imóvel residencial X, o qual de- aluguel ao comodante até o momento que lhe res-
verá ser utilizado para o fim específico de residência tituir o que lhe foi emprestado. Esse aluguel deverá
do comodatário pelo prazo que vigorar seus estudos ser arbitrado pelo comodante e, portanto, sempre se
em curso de Pós-graduação. Supondo ainda que, por sugere que seja estabelecido no contrato de como-
TERCEIRA TURMA
DIREITO CIVIL.
CONTRATO DE COMODATO.
Quem cede o imóvel ao outro Quem obtém o direito de uso e gozo do imóvel
Contrato de
LOCADOR LOCATÁRIO
LOCAÇÃO
Contrato de
SUBLOCAÇÃO SUBLOCADOR SUBLOCATÁRIO
Todas essas relações jurídicas que podem ser estabelecidas diretamente com o inquilino, ou seja, com o
devem ter a autorização
Todas essas do locador.
relações jurídicas que podem ser estabelecidas diretamente
com o inquilino, ou seja, com o locatário, devem ter a autorização do locador.
EXEMPLOSDE
EXEMPLOS DECLÁUSULA
CLÁUSULA VETANDO
VETANDO SUBLOCAÇÃO
SUBLOCA- consentimento
E AFINS EMprévio e por escrito
CONTRATO do locador.
DE LOCAÇÃO:
ÇÃO E AFINS EM CONTRATO DE LOCAÇÃO:
Referente ao parágrafo primeiro do citado artigo
Exemplo 1, no caso geral de locação: 13, se o locatário apresenta ao locador um pedido de
Exemplo 1, no caso geral de locação:
“O LOCATÁRIO não poderá sublocar, transferir ou autorização para sublocação, ou mesmo para um em-
ceder o imóvel, sendo nulo de pleno direito qualquer préstimo, o fato de o locador permanecer em silên-
“O LOCATÁRIO não poderá sublocar, transferir ou ceder o imóvel, sendo nulo de pleno direito qualquer a
ato praticado com este fim sem o consentimento cio não caracterizará sua permissão. Contudo, o pa-
praticado
prévio com este
e por escrito fim sem o consentimento prévio
do LOCADOR.” e por
rágrafo escritoestabelece
segundo do LOCADOR.”
um prazo de 30 dias para
a manifestação de oposição do locador. Esse prazo
Exemplo 2, no caso específico de locação para fins residenciais:
Exemplo 2, no caso específico de locação para somente existe no caso de o locatário apresentar seu
fins residenciais: pedido por escrito ao locador. Portanto, uma vez que
“O LOCATÁRIO declara, que o imóvel ora locado, o locador tenha sido expressamente notificado pelo
destina-se única e exclusivamente para o seu uso locatário a respeito da sublocação ou empréstimo
residencial e de sua família, sendo expressamen- do imóvel locado, o locador tem 30 dias para mani-
te proibido sublocar, transferir ou ceder o imóvel, festação sua oposição, caso contrário, caracteriza-se
sendo nulo de pleno direito qualquer ato praticado aceitação tácita ou anuência tácita, ou seja, aceite ou
com este fim sem o consentimento prévio e por es- consentimento percebido apesar de não declarado.
crito do LOCADOR.” Em outras palavras, um aceite subentendido.
Artigo 565 do Código Civil, Lei nº 10.406 de do REAL e os critérios para conversão das obrigações
2002: Na locação de coisas, uma das partes se para o REAL. Essa lei é conhecida como a lei que ins-
obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou tituiu o Sistema Monetário Brasileiro, e implantou o
não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante “Real” como moeda brasileira. Interessa-nos o artigo
certa retribuição. 28 dessa lei, especificamente o parágrafo 1º e as alí-
neas 3 e 4 do parágrafo 3º.
O aluguel é a retribuição de uma das partes,
pelo uso e gozo de coisa não fungível a esta cedida Trechos do Artigo 28 da Lei nº 9.069 de 29 de
pela outra parte, por tempo determinado ou não, junho de 1995 – Lei do Sistema Monetário Brasileiro:
numa locação. Nos contratos celebrados ou convertidos em REAL
com cláusula de correção monetária por índices de
Conforme o artigo 566 do Código Civil, o locador preço ou por índice que reflita a variação ponderada
é obrigado a entregar ao locatário a coisa alugada, dos custos dos insumos utilizados, a periodicidade de
com suas pertenças, em estado de servir ao uso a aplicação dessas cláusulas será anual.
que se destina, e a mantê-la nesse estado, pelo tem- § 1º É nula de pleno direito e não surtirá nenhum
po do contrato, salvo cláusula expressa em contrário, efeito cláusula de correção monetária cuja periodici-
bem como a garantir-lhe, durante o tempo do contra- dade seja inferior a um ano.
to, o uso pacífico da coisa. § 3º A periodicidade de que trata o caput deste
artigo será contada a partir:
Conforme o artigo 569 do Código Civil, o loca- III - da contratação, no caso de obrigações con-
tário é obrigado a servir-se da coisa alugada para os traídas após 1º de julho de 1994; e
usos convencionados ou presumidos, conforme a IV - do último reajuste no caso de contratos de
natureza dela e as circunstâncias, bem como tratá-la locação residencial.
com o mesmo cuidado como se sua fosse; a pagar
pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em Portanto, num contrato de locação de imóvel, o
falta de ajuste, segundo o costume do lugar; a levar prazo mínimo para haver o reajuste é de 1 ano.
ao conhecimento do locador as turbações de tercei-
ros, que se pretendam fundadas em direito; tanto Mas, conforme a alínea 4 do parágrafo 3º desse
quanto a restituir a coisa, finda a locação, no estado artigo 28 Lei do Sistema Monetário Brasileiro, essa
em que a recebeu, salvas as deteriorações naturais regra de reajuste somente se torna obrigatória no
ao uso regular. caso de contratos de locação residencial.
Prazo de Locação:
É comum que um contrato de locação tenha prazo de 30 meses. Contudo,
ainda que isso possa ser um padrão de mercado, a Lei do Inquilinato permite
que sejam celebrados contratos de locação com qualquer prazo.
Em resumo, os cônjuges das partes assinam o § 2º Nas hipóteses dos incisos III e IV, o re-
contrato juntamente com as partes, dando anu- tomante deverá comprovar ser proprietário, pro-
ência. Mas, não é muito comum encontrar con- missário comprador ou promissário cessionário,
tratos de locação com prazo tão grande. Como em caráter irrevogável, com imissão na posse
mencionado anteriormente, o prazo mais comum do imóvel e título registrado junto à matrícula
é de 30 meses. do mesmo.
O contrato de locação pode ser ajustado por Exemplo: Uma locação com prazo de 1 ano (12
qualquer prazo. Mas, existem algumas diferenças meses). Uma pessoa decidiu fazer um curso de pós-
para os contratos de locação com prazo inferior a -graduação em outra cidade e, por isso, aluga um
30 meses. imóvel para residir pelo tempo do curso. Apesar de
terminado o curso, a pessoa decide fazer outro curso
Artigo 47 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de e, portanto, não desocupa o imóvel. O locador fica
1991 – Lei do Inquilinato: Quando ajustada verbal- tranquilo quanto a isso e, portanto, não pede o imó-
mente ou por escrito e como prazo inferior a trinta vel. Portanto, o contrato foi automaticamente pror-
meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorro- rogado por prazo indeterminado. Contudo, depois de
ga-se automaticamente, por prazo indeterminado, 10 meses da prorrogação (1 ano e 10 meses após a
somente podendo ser retomado o imóvel: assinatura do contrato de locação), o locador, deseja
I - Nos casos do art. 9º; reaver o imóvel. Este artigo 47 da Lei do Inquilinato
II - em decorrência de extinção do contrato de lista as condições para que o imóvel possa ser reto-
trabalho, se a ocupação do imóvel pelo locatário re- mado neste caso.
lacionada com o seu emprego;
III - se for pedido para uso próprio, de seu côn- A primeira condição (inciso I), cita o artigo 9º da Lei
juge ou companheiro, ou para uso residencial de as- do Inquilinato: A locação também poderá ser desfeita:
cendente ou descendente que não disponha, assim I - por mútuo acordo;
como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel resi- II - em decorrência da prática de infração legal ou
dencial próprio; contratual;
IV - se for pedido para demolição e edificação III - em decorrência da falta de pagamento do
licenciada ou para a realização de obras aprovadas aluguel e demais encargos;
pelo Poder Público, que aumentem a área construí- IV - para a realização de reparações urgentes deter-
da, em, no mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel minadas pelo Poder Público, que não possam ser nor-
for destinado a exploração de hotel ou pensão, em malmente executadas com a permanência do locatário
cinquenta por cento; no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti-las.
V - se a vigência ininterrupta da locação ultrapas-
sar cinco anos. Retomando o exemplo do aluno da pós-gradua-
§ 1º Na hipótese do inciso III, a necessidade de- ção, o contrato de locação tinha prazo de 1 ano, foi
verá ser judicialmente demonstrada, se: prorrogado automaticamente, já se passaram 10 me-
a) O retomante, alegando necessidade de usar o ses e o locador somente poderá reaver seu imóvel na
imóvel, estiver ocupando, com a mesma finalidade, existência de uma dessas condições. Imaginando que:
outro de sua propriedade situado na mesma locali-
dade ou, residindo ou utilizando imóvel alheio, já ti- 1. o imóvel está em bom estado de conservação
ver retomado o imóvel anteriormente; e, portanto, não necessite de reforma urgente;
b) o ascendente ou descendente, beneficiário da 2. que não há nenhuma demanda do Poder Público;
retomada, residir em imóvel próprio. 3. que o locatário paga o aluguel e tenha con-
16 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total deste material.
duta lícita; Então, o locador somente conseguirá reaver
4. que o imóvel não se tornará um hotel seu imóvel se provar a necessidade de uso como
nem pensão; sua residência ou de um familiar próximo. Caso
5. que não haverá a extinção do contrato de tra- contrário, terá que esperar mais 3 anos e 2 me-
balho do locatário, visto que neste exemplo, o locatá- ses, para completar os 5 anos de vigência ininter-
rio não trabalha, só estuda; rupta da locação.
Se cada uma destas multas tiver fundamento Limite de multa moratória se estabelece pelo ar-
específico próprio, torna-se possível a cumulação tigo 412 do Código Civil.
das multas, ou seja, a aplicação de ambas conjunta-
mente. Mas, a cumulação só pode existir no caso de Artigo 412 do Código Civil, Lei nº 10.406 de 2002:
acumular a multa moratória com a multa compensa- O valor da cominação imposta na cláusula penal não
tória, uma vez que a finalidade e a natureza de cada pode exceder o da obrigação principal.
uma se diferenciam e se estipulam em cláusulas pe-
nais respectivas. De maneira nenhuma pode haver No caso da multa moratório referente ao aluguel,
dupla penalização para o mesmo fato, ou seja, não a obrigação principal é o próprio aluguel. Portanto,
se cumula penalidades cujo objetivo seja o mesmo. essa multa não poderia exceder o valor do aluguel.
Cláusula penal moratória: Artigo 413 do Código Civil, Lei nº 10.406 de 2002:
CÓDIGO CIVIL – Lei nº 10.406 de 2002 - Art. 406: A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo
Quando os juros moratórios não forem convencio- juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em
nados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando parte, ou se o montante da penalidade for manifes-
provierem de determinação da lei, serão fixados se- tamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a
gundo a taxa que estiver em vigor para a mora do finalidade do negócio.
pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
A prática tem demonstrado que multas morató-
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – Lei nº 5.172, rias entre 10% e 20% são consideradas adequadas.
Código Civil, Lei nº 10.406 de 2002: Artigo 415 do Código Civil, Lei nº 10.406 de
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os 2002: Para exigir a pena convencional, não é neces-
devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na sário que o credor alegue prejuízo.
pena; mas esta só se poderá demandar integralmen-
te do culpado, respondendo cada um dos outros so- Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao
mente pela sua quota. previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir
indenização suplementar se assim não foi conven-
Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada cionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo
a ação regressiva contra aquele que deu causa à apli- da indenização, competindo ao credor provar o pre-
cação da pena. juízo excedente.
Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só A parte lesada não precisa alegar prejuízo, bastan-
incorre na pena o devedor ou o herdeiro do de- do apenas que se prove o descumprimento da obriga-
vedor que a infringir, e proporcionalmente à sua ção que figure na cláusula penal. Em adição, o parágrafo
parte na obrigação. único deixa claro que não se pode haver dupla pena-
lização, ou seja, havendo a compensação previamen-
Cada uma das partes pode ser constituída de te estabelecida pela cláusula penal, não se pode pedir
mais de uma pessoa. Podemos, dessa forma, por adicionalmente indenização suplementar. Contudo, no
exemplo, ter como locador, um casal, e como loca- caso de inexistência do estabelecimento de multa con-
tário, outro casal. Dessa forma, na cláusula penal, tratual, pode-se recorrer ao Judiciário para que seja es-
teremos uma pluralidade de devedores, assim como tipulada uma indenização por perdas e danos.
Garantias Locatícias
R E S O L V E:
5.3. pelo locatário, contra apresentação da quitação, pelo locador, das obrigações do
primeiro no contrato que deu origem ao depósito;
5.4. pelo locatário ou pelo locador devidamente autorizado por sentença judicial
transitada em julgado.
Presidente
Artigo 1.428 do Código Civil, Lei nº 10.406 de O artigo 42 da Lei do Inquilinato aborda situação
2002: É nula a cláusula que autoriza o credor pignora- em caso de contrato de locação que não se estabele-
tício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da ça nenhuma modalidade de garantia e a locação para
garantia, se a dívida não for paga no vencimento. temporada tem 3 artigos específicos na Lei do Inquili-
nato. Desconsiderando essas situações, num contrato
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o de- de locação que seja definida alguma das 4 modalida-
vedor dar a coisa em pagamento da dívida. des de garantias locatícias elencadas no seu artigo 37,
é proibido que o locador exija o pagamento antecipado
Artigo 20 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de de aluguel. Dessa forma, caso aquilo que deveria ser
1991 – Lei do Inquilinato: Salvo as hipóteses do art. percebido como caução em dinheiro, se for confundido
42 e da locação para temporada, o locador não poderá com aluguel antecipado poderá resultar em uma série
exigir o pagamento antecipado do aluguel. de problemas ao locador.
O artigo 37 da Lei do Inquilinato distingue a fian- 2002: Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante
ça em duas modalidades: satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• FIANÇA: modalidade de garantia locatícia que
se estabelece quando uma terceira pessoa natural ou Aquele que assume a responsabilidade da fian-
jurídica, diferente do locador e do locatário, se res- ça é o fiador, já o locatário, sendo a pessoa a favor
ponsabiliza pelo pagamento do aluguel, se o inquili- da qual se prestou fiança, é o afiançado. Antes de
no não o realizar. tudo, é importante distinguir a diferença entre fia-
dor e avalista, sendo o avalista a pessoa que dá aval.
• SEGURO DE FIANÇA LOCATÍCIA: modalidade No aval a responsabilidade é solidária, ou seja, tanto
de garantia locatícia que consiste em um valor acer- o devedor quanto o avalista são responsáveis pelo
tado por operadoras de seguro, de modo que, na montante integral da dívida. Na prática, no aval, não
ocorrência do sinistro, a empresa repassa ao proprie- existe preferência de ordem, de modo que o credor
tário os valores contratualmente segurados. No mer- pode executar qualquer uma das partes. Já na fian-
cado de seguro, sinistro é o prejuízo sofrido pelo item ça a responsabilidade é subsidiária, ou seja, o fiador
segurado. No caso do seguro-fiança nos contratos de somente será acionado caso o devedor principal não
locação, o sinistro é o não pagamento do aluguel. cumpra a obrigação. Para os contratos de locação
não existe a figura do avalista, mas sim do fiador, em
Artigo 818 do Código Civil, Lei nº 10.406 de respeito ao artigo 37 da Lei do Inquilinato.
Em resumo, a fiança prestada no contrato de lo- Súmula nº 332 do STJ – Superior Tribunal de Justiça:
cação sem que haja a anuência do cônjuge do fia- A fiança prestada sem autorização de um dos cônju-
dor é nula. ges implica a ineficácia total da garantia.
Embargante: Locador
Assim sendo, demonstrado que a garantia foi prestada pelo casal, o óbito do cônjuge
varão, no caso, não extinguiu a fiança, persistindo seus efeitos em relação à embargada,
conforme assinalado na primeira decisão, que negou provimento ao recurso especial.
Artigo 37 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de terminada obrigação por meio de um bem móvel
1991 – Lei do Inquilinato: Parágrafo único. É vedada, ou imóvel.
sob pena de nulidade, mais de uma das modalidades • Garantia fidejussória: prestada por pessoas, e
de garantia num mesmo contrato de locação. não por bens.
Artigo 43 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de Dentre as garantias locatícias, temos como ga-
1991 – Lei do Inquilinato: Constitui contravenção pe- rantias reais o seguro de fiança locatícia e a cessão
nal, punível com prisão simples de cinco dias a seis me- fiduciária de quotas de fundo de investimento, en-
ses ou multa de três a doze meses do valor do último quanto que a fiança é uma garantia fidejussória. Já
aluguel atualizado, revertida em favor do locatário: a caução, pode ser real ou fidejussória. O termo fi-
I - exigir, por motivo de locação ou sublocação, quan- dejussória é vem do latim FIDEJUSSORIUS, formado
tia ou valor além do aluguel e encargos permitidos; pelos termos FIDES, que significa “fé”, e JUBERE que
II - exigir, por motivo de locação ou sublocação, quer dizer “ato de garantir”.
mais de uma modalidade de garantia num mesmo
contrato de locação; ATENÇÃO! Numa locação, se o locador solicitar a
garantia fidejussória, um fiador, e exigir do fiador có-
Diferença entre garantia real e garantia fidejussória: pia da matrícula do imóvel de sua propriedade, vin-
• Garantia real: garante o cumprimento de de- culando esse imóvel no contrato de locação e aver-
Aquilo que foi julgado é aquilo que finalizou o Código Civil, Lei nº 10.406 de 2002:
julgamento e, portanto, é uma decisão final. Enfim, Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da
transitado significa que a coisa transitou, ou seja, que dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide,
percorreu por um caminho, ou ainda que sofreu uma que sejam primeiro executados os bens do devedor.
transição para algo. Então, transitado em julgado é
aquilo que transitou em julgamento finalizado. “Sen- Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício
tença judicial transitada em julgado” é a decisão fi- de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear
nal dada por um juiz encerrando o julgamento e que, bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e
portanto, não cabe mais nenhum recurso. desembargados, quantos bastem para solver o débito.
EXECUTANDO A GARANTIA LOCATÍCIA DE CAU- Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
ÇÃO: O locador somente poderá obter o item caucio- I - se ele o renunciou expressamente;
nado mediante sentença judicial transitada em julga- II - se se obrigou como principal pagador, ou de-
do. Para o locador poder obter o item caucionado no vedor solidário;
contrato de locação, devido à inadimplência do loca- III - se o devedor for insolvente, ou falido.
tário, ele deverá ingressar uma ação judicial. Depois
de todo o processo judicial, de posse da sentença, o A questão, portanto, reside no tal benefício de
locador poderá obter o item caucionado. Se for um ordem, pelo qual se estabelece a sequência da co-
bem móvel, ele deverá se dirigir ao cartório de títulos brança da dívida primeiramente ao locatário e, ape-
e documentos onde foi feito o registro e apresentar nas se este não a honrar ou não puder honrá-la,
a sentença para obter a propriedade desse bem, as- somente então, é que o locador poderá cobrar essa
sim como deverá se dirigir a outras instituições de- dívida do fiador. Se o locatário for comprovadamente
pendendo do bem caucionado. Se for um carro, por insolvente ou falido, obviamente que o fiador pode-
exemplo, ele deverá se dirigir ao Detran para fazer a rá ser cobrado diretamente. Afora essa condição, a
transferência da propriedade do veículo. Se o veículo questão do benefício de ordem é respondida pelo
já estiver em sua posse, bastará adequar o documen- que esteja estabelecido no contrato de locação que
Análise do locatário
O potencial de sucesso de uma boa locação é, Corretores de imóveis devem realizar uma análise
fundamentalmente, determinado pela adequada bem criteriosa de quem pretende ser locatário e infor-
análise do locatário. mar tudo a esse respeito ao locador. Isso é essencial.
EMENTA
RECORRENTE: A Imobiliária
RECORRIDO: o Locador
1. (...) não cabe à imobiliária que agiu diligentemente a responsabilidade pelo paga-
mento de aluguéis, cotas condominiais ou tributos inadimplidos pelo locatário - res-
salvadas as hipóteses de previsão contratual nesse sentido -, porquanto ausente sua
culpa, elemento imprescindível em sede de responsabilidade civil subjetiva.
3. A recorrente é parte legítima para figurar no polo passivo da presente demanda, uma
vez que a pretensão veiculada na petição inicial não diz respeito à mera cobrança de
alugueres atrasados, mas à responsabilização civil da imobiliária pelo descumprimento
do contrato. No caso concreto, o Tribunal a quo consignou a efetiva existência de falha
na aprovação do cadastro do locatário e do fiador, uma vez que a renda auferida por
eles não alcançava o patamar mínimo exigido contratualmente, resultando na frustra-
ção da execução que visava à cobrança dos alugueres e débitos relativos às cotas con-
dominiais e tributos inadimplidos.
VOTO
(...) resta evidente que a empresa recorrente não exigiu do locatário ou do fiador
a demonstração efetiva da capacidade econômica para que fosse firmado o con-
Destaca-se, portanto, que num contrato de lo- e do fiador, o relator menciona ter havido desídia,
cação, ainda que a imobiliária, o corretor de imó- ou seja, a imobiliária se esquivou de qualquer es-
veis autônomo, esteja fazendo a administração forço físico e moral na realização da atividade de
desse contrato, não cabe a este a responsabilidade sua responsabilidade, em outras palavras, não
pelo pagamento de aluguéis, cotas condominiais teve a atenção ou o cuidado necessário. Enfim,
ou tributos inadimplidos pelo locatário. Por outro houve negligência na análise do locatário e do fia-
lado, cabe, sim, tanto à imobiliária quanto ao cor- dor. E, conforme manifestado no voto do relator,
retor de imóveis que esteja administrando o con- fica clara a responsabilidade da imobiliária pelos
trato de locação a responsabilidade pelos prejuízos danos sofridos pelo locador em razão da ausência
sofridos pelo locador quando estes não cumprem da capacidade econômica do locatário e do fiador
com os deveres oriundos da relação contratual de indicados pela imobiliária. Então, a imobiliária não
administração imobiliária. Neste caso apresenta- terá que pagar os alugueis atrasados, mas terá que
do, com relação aprovação cadastral do locatário indenizar o locador pelos danos sofridos.
Garantias Locatícias
Cada uma desses documentos, exige uma aná- que seja uma certidão atual, que não esteja vencida.
lise. Quanto ao RG, deve-se verificar se a foto é atu- A validade dessas certidões é de 90 dias da data de
al. Caso não seja, deve-se solicitar que atualize o RG sua emissão. Se a certidão apresentada tenha mais
ou, então, pode-se usar a CNH, a Carteira Nacional do que 90 dias, é necessário pedir que o proponen-
de Habilitação, que, devido à validade, normalmente te apresente certidão atualizada. A certidão de ca-
traz uma foto mais atual. Devem-se verificar todos os samento demonstra qual é o regime de bens dessa
dados que qualifiquem o proponente locatário como, união. Isso é fundamentalmente importante, pois
data de nascimento, naturalidade, nome do pai e da se o regime for de comunhão de bens, seja parcial
mãe. Também não se pode aceitar documentos que ou total, o cônjuge também deverá assinar o contra-
estejam manchados ou rasurados e, muito menos, to de locação como locador do imóvel. Nesse caso,
rasgados. Se o proponente for solteiro, deve-se pedir também é necessário que todos os documentos de
a Certidão de Nascimento e, caso contrário, a Cer- pessoa física também sejam requeridos do cônjuge.
tidão de Casamento com as devidas averbações no O Cadastro de Pessoa Física, CPF, é necessário, princi-
caso de divorciado ou viúvo. Deve-se certificar-se de palmente para que se possam fazer consultas impor-
O CNPJ é o número dessa empresa no Cadastro bre essa Pessoa Jurídica para qualifica-la adequada-
Nacional da Pessoa Jurídica e se faz necessário para mente no contrato e verificar sua situação cadastral.
realizar algumas importantes consultas. A primeira Também deve-se consultar instituições de análise de
delas é buscar esse número de CNPJ na Receita Fede- crédito, tais como SERASA e SPC. Também deve-se
ral e obter o Comprovante de Inscrição e de Situação obter certidões para verificar a situação da empresa.
Cadastral, no qual constam diversas informações so- A Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários
A vistoria do imóvel a ser locado é uma atividade do ou presumido, compatível com a natureza deste e
fundamental e deve, obrigatoriamente, estar presente com o fim a que se destina, devendo tratá-lo com o
no procedimento de locação. É na vistoria que se des- mesmo cuidado como se fosse seu;
creve de forma detalhada o imóvel a ser locado, suas III - restituir o imóvel, finda a locação, no estado
condições, estrutura, assim como todo e qualquer mó- em que o recebeu, salvo as deteriorações decorren-
vel, equipamento ou acabamento existente no imóvel. tes do seu uso normal;
IV - levar imediatamente ao conhecimento do lo-
Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 – Lei cador o surgimento de qualquer dano ou defeito cuja
do Inquilinato: reparação a este incumba, bem como as eventuais
Art. 22. O locador é obrigado a: turbações de terceiros;
I - entregar ao locatário o imóvel alugado em es- V - realizar a imediata reparação dos danos ve-
tado de servir ao uso a que se destina; rificados no imóvel, ou nas suas instalações, provo-
III - manter, durante a locação, a forma e o desti- cadas por si, seus dependentes, familiares, visitantes
no do imóvel; ou prepostos;
IV - responder pelos vícios ou defeitos anteriores VI - não modificar a forma interna ou externa
à locação; do imóvel sem o consentimento prévio e por escrito
V - fornecer ao locatário, caso este solicite, des- do locador;
crição minuciosa do estado do imóvel, quando de IX - permitir a vistoria do imóvel pelo locador ou
sua entrega, com expressa referência aos eventuais por seu mandatário, mediante combinação prévia de
defeitos existentes; dia e hora, bem como admitir que seja o mesmo visi-
(...) tado e examinado por terceiros, na hipótese prevista
Art. 23. O locatário é obrigado a: no art. 27;
II - servir-se do imóvel para o uso convenciona- (...)
Preferência na aquisição do imóvel locado: Se- Registro Fotográfico: Não há previsão legal que
gundo esse artigo 27 da Lei do Inquilinato, o locatá- obrigue uma vistoria ter registro fotográfico. Então,
rio tem preferência para adquirir o imóvel locado, em não é algo imprescindível. Por outro lado, a foto-
igualdade de condições ofertadas a terceiros. É por grafia de cada elemento descrito na vistoria amplia
isso que o locador deve dar conhecimento ao loca- a percepção dos dados da descrição, criando maior
tário dessa oferta de venda, de promessa de venda, compreensão e contextualização do que foi visto-
de cessão ou de promessa de cessão de direitos, ou riado. Portanto, em se tratando de impingir exce-
ainda, de dação em pagamento. O locador poderá dar lência na vistoria, poderíamos até dizer que seria
conhecimento disso ao locatário mediante notificação imprescindível. As fotos são elementos adicionais e
judicial, ou notificação extrajudicial ou qualquer outro opcionais, mas que incrementam a qualidade dos
meio de ciência, desde que seja inequívoca, como, por serviços prestados. Mas a presença das fotos não
exemplo, uma carta com aviso de recebimento. pode inibir as descrições, ou seja, a leitura do texto
deve ser suficiente para a compreensão das carac-
TERMO DE VISTORIA terísticas daquilo que foi vistoriado.
• Sobre a edificação:
• Posição/situação da construção (isolada, geminada de um lado, geminada
dos dois lados, junto aos fundos, junto a uma lateral, junto às duas laterais,
ocupa todo o terreno);
• Posição em relação à rua (no mesmo nível, abaixo no nível, acima do nível);
• Uso (residencial, comercial, misto);
• Tipo do Imóvel (casa, apartamento, casa em condomínio);
• Posição (frente para que ponto cardeal);
• Estado de conservação (aparentemente novo, em bom estado, razoável, ne-
cessita acabamento, necessita reforma);
• Quantidade de pavimentos;
“built to suit”
[do idioma inglês. “Built” significa “construído”; “to” significa “para”; e “suit”
pode significar “servir”, “satisfazer”, “ajustar” ou “adequar”]
Trata-se de uma locação de um imóvel não resi- do da multa se a devolução do imóvel decorrer de
dencial que tenha sido edificado ou substancialmen- transferência, pelo seu empregador, privado ou pú-
te reformado para servir e atender às necessidades blico, para prestar serviços em localidades diversas
de um locatário específico. daquela do início do contrato, e se notificar, por es-
crito, o locador com prazo de, no mínimo, trinta dias
Este é o contrato de locação com construção de antecedência.
ajustada (também conhecido, no mercado, por con-
trato de locação por encomenda), regido pela Lei nº Art. 54-A da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de
12.744, de 19 de dezembro de 2012. 1991 – Lei do Inquilinato: Na locação não residencial
de imóvel urbano na qual o locador procede à prévia
Art. 4º da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 aquisição, construção ou substancial reforma, por si
– Lei do Inquilinato: Durante o prazo estipulado para mesmo ou por terceiros, do imóvel então especificado
a duração do contrato, não poderá o locador reaver o pelo pretendente à locação, a fim de que seja a este
imóvel alugado. Com exceção ao que estipula o § 2º locado por prazo determinado, prevalecerão as condi-
do art. 54-A, o locatário, todavia, poderá devolvê-lo, ções livremente pactuadas no contrato respectivo e as
pagando a multa pactuada, proporcional ao período disposições procedimentais previstas nesta Lei.
de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que § 1º Poderá ser convencionada a renúncia ao di-
for judicialmente estipulada. reito de revisão do valor dos aluguéis durante o prazo
de vigência do contrato de locação.
Parágrafo único. O locatário ficará dispensa- § 2º Em caso de denúncia antecipada do vínculo
• O contrato deve estabelece a realização da Multa por devolução: A multa pela devolução do
construção ou da substancial reforma do imóvel que imóvel pelo locatário ao locador também se difere
será locado. de uma locação convencional. Esta multa pode che-
• A locação deverá ser por prazo determinado. gar ao valor total da soma de todos os alugueis não
• O contrato deve estabelecer as condições da lo- pagos até a data de término do prazo da locação. Por
cação, as quais devem ser livremente pactuadas, con- exemplo: num contrato com prazo de 120 meses (10
siderando as disposições procedimentais previstas na anos), em que o locatário devolva o imóvel após o
Lei do Inquilinato, ou seja, como já vimos, entende-se pagamento do 12º aluguel (120 – 12 = 108). Se esti-
tudo aquilo que se institui quanto ao modo ou méto- ver estipulado no contrato, esse locatário deverá pa-
do pelo qual essa relação contratual é desenvolvida. gar uma multa equivalente ao valor de 108 alugueis.
Ação Renovatória
Art. 71 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de catário do imóvel ou de parte dele, serão citados
1991 – Lei do Inquilinato: Além dos demais requi- o sublocador e o locador, como litisconsortes, sal-
sitos exigidos no art. 282 do Código de Processo vo se, em virtude de locação originária ou reno-
Civil, a petição inicial da ação renovatória deverá vada, o sublocador dispuser de prazo que admita
ser instruída com: renovar a sublocação; na primeira hipótese, pro-
I - prova do preenchimento dos requisitos dos cedente a ação, o proprietário ficará diretamente
incisos I, II e III do art. 51; obrigado à renovação.
II - prova do exato cumprimento do contrato
em curso; Atenção! Em 16 de março de 2015 foi sancio-
III - prova da quitação dos impostos e taxas nada a Lei número 13.105, pela qual se estabelece
que incidiram sobre o imóvel e cujo pagamento o atual Código de Processo Civil, comumente cha-
lhe incumbia; mado somente de CPC. Segundo seu artigo 1.045,
IV - indicação clara e precisa das condições esse Código entra em vigor após decorrido um
oferecidas para a renovação da locação; ano da data de sua publicação oficial. Portanto,
V - indicação do fiador quando houver no contrato desde março de 2016 está em vigência o Código
a renovar e, quando não for o mesmo, com indicação de Processo Civil, que manteve alguns artigos do
do nome ou denominação completa, número de sua seu antecessor, alterou outros, suprimiu alguns e
inscrição no Ministério da Fazenda, endereço e, tra- criou novos artigos. Acontece que o citado arti-
tando-se de pessoa natural, a nacionalidade, o estado go 282 do Código de Processo Civil, atualmente
civil, a profissão e o número da carteira de identidade, se refere ao artigo 319, o qual estabelece o que
comprovando, desde logo, mesmo que não haja alte- deve ser indicado na petição inicial.
ração do fiador, a atual idoneidade financeira;
VI - prova de que o fiador do contrato ou o queArt. 71 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de
o substituir na renovação aceita os encargos da 1991 – Lei do Inquilinato: Além dos demais requi-
fiança, autorizado por seu cônjuge, se casado for;
sitos exigidos no art. 282 do Código de Processo
VII - prova, quando for o caso, de ser cessio-
Civil, a petição inicial da ação renovatória deverá
nário ou sucessor, em virtude de título oponível ser instruída com:
ao proprietário. I - prova do preenchimento dos requisitos dos
incisos I, II e III do art. 51;
Parágrafo único. Proposta a ação pelo sublo- II - prova do exato cumprimento do contrato
E na petição inicial deve-se incluir provas dis- Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 – Lei
so, bem como prova de que o contrato esteja sen- do Inquilinato:
do cumprido, prova de pagamento de impostos e Art. 73. Renovada a locação, as diferenças dos
taxas, descrição das condições para a renovação aluguéis vencidos serão executadas nos próprios
da locação, indicação do fiador, prova de que o autos da ação e pagas de uma só vez.
fiador aceita os encargos da fiança, bem como Art. 74. Não sendo renovada a locação, o juiz de-
a autorização do seu cônjuge. Se o locatário for terminará a expedição de mandado de despejo, que
cessionário ou sucessor também deverá apresen- conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupa-
tar provas disso. ção voluntária, se houver pedido na contestação.
Art. 75. Na hipótese do inciso III do art. 72, a sen-
Art. 72 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de tença fixará desde logo a indenização devida ao loca-
1991 – Lei do Inquilinato: A contestação do locador, tário em consequência da não prorrogação da locação,
além da defesa de direito que possa caber, ficará solidariamente devida pelo locador e o proponente.
adstrita, quanto à matéria de fato, ao seguinte:
I - não preencher o autor os requisitos esta- Atenção! Apresentar uma proposta qualquer de
belecidos nesta lei; um terceiro qualquer, só para impedir a renovação
II - não atender, a proposta do locatário, o va- da locação seria uma atitude ilícita é uma fraude.
Art. 48 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 Em resumo, a locação para temporada é aquela cujo
– Lei do Inquilinato: Considera-se locação para tem- prazo de locação seja de até 90 dias, ou seja, 3 meses.
porada aquela destinada à residência temporária do
locatário, para prática de lazer, realização de cursos, Em locações para temporada, a vistoria ganha
tratamento de saúde, feitura de obras em seu imóvel, maior aspectos de importância, a tal ponto de se exi-
e outros fatos que decorrem tão-somente de deter- gido que conste no contrato.
minado tempo, e contratada por prazo não superior
a noventa dias, esteja ou não mobiliado o imóvel. Art. 49 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991
– Lei do Inquilinato: O locador poderá receber de
Parágrafo único. No caso de a locação envolver uma só vez e antecipadamente os aluguéis e encar-
imóvel mobiliado, constará do contrato, obrigatoria- gos, bem como exigir qualquer das modalidades de
mente, a descrição dos móveis e utensílios que o guar- garantia previstas no art. 37 para atender as demais
necem, bem como o estado em que se encontram. obrigações do contrato.
IMPORTANTE!
O prazo máximo de um contrato de locação para temporada é de 3 meses.
O locador pode exigir o pagamento de uma só vez e antecipadamente.
O valor total que o locatário deve pagar nesse tipo de locação é de 3 meses.
A critério do locador, é possível que se exija qualquer uma das garantias locatícias.
Atenção! De todas as locações que possam ser ce- no imóvel sem oposição do locador, após trinta dias
lebradas, a cobrança antecipada do aluguel somente essa locação passará a ser uma locação com prazo
pode acontecer se a locação não tiver garantia locatí- indeterminado e será tratada tal qual qualquer outra
cia ou se for uma locação para temporada. Nas demais locação residencial com prazo indeterminado. Isso
locações, cobrar o aluguel antecipadamente é uma significa que o aluguel não mais poderá ser cobrado
contravenção penal, punível com prisão e multa. antecipadamente, devendo ser cobrado no sexto dia
útil do mês seguinte ao vencido. E, além disso, o lo-
Art. 50 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de cador somente poderá restituir o imóvel após trinta
1991 – Lei do Inquilinato: Findo o prazo ajustado, meses, a não ser que ocorra uma das situações lista-
se o locatário permanecer no imóvel sem oposição das no artigo 47 da Lei do Inquilinato.
do locador por mais de trinta dias, presumir-se-á
prorrogada a locação por tempo indeterminado, não O artigo nono estabelece que a locação poderá ser
mais sendo exigível o pagamento antecipado do alu- desfeita por mútuo acordo; ou em decorrência da prá-
guel e dos encargos. tica de infração legal ou contratual; ou em decorrência
da falta de pagamento do aluguel e demais encargos;
Parágrafo único. Ocorrendo a prorrogação, o lo- ou ainda para a realização de reparações urgentes de-
cador somente poderá denunciar o contrato após terminadas pelo Poder Público, que não possam ser
trinta meses de seu início ou nas hipóteses do art. 47. normalmente executadas com a permanência do loca-
tário no imóvel ou, se ele puder permanecer no imó-
O contrato de locação para temporada tem pra- vel, mas se recusar a consentir essas reparações.
zo determinado, menor que 90 dias, podendo ser
qualquer quantidade de dias. Terminado o prazo Em resumo, a locação para temporada, se
estabelecido nesse contrato, o locatário deve resti- prorrogada, torna-se uma locação residencial com
tuir o imóvel ao locador. Caso o locatário permaneça prazo indeterminado, mas a retomada do imóvel
Sendo uma prestação de serviço, na hospedagem não existe essa relação de consumo e, portanto, resta
tem-se a figura do cliente, enquanto que na locação a inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor.
para temporada, tem-se o locatário. O cliente da hos- Na locação para temporada, o que se estabelece é uma
pedagem é consumidor de um serviço e pode se valer relação de contratual de bens, para a qual existe regra-
do Código de Defesa do Consumidor, Lei número 8.078, mento específico pela Lei número 8.245 de 1991, a Lei
de 1990. Por outro lado, na locação para temporada do Inquilinato, que regula a matéria.
No contexto jurídico, o termo AÇÃO se refere ao di- – Lei do Inquilinato: É lícito às partes fixar, de comum
reito subjetivo de demandar, ou seja, o direito que um acordo, novo valor para o aluguel, bem como inserir ou
sujeito tem de ingressar em juízo para obter do Poder modificar cláusula de reajuste.
Judiciário uma solução para toda e qualquer pretensão
ou conflito. Enfim, uma ação, juridicamente falando, é o Portanto, juntos, locador e locatário podem, de co-
meio para se obter um julgamento e uma sentença e, ob- mum acordo, ajustar o valor do aluguel. Se não conse-
viamente, depende de certos requisitos. guirem chegar a um acordo, tanto o locador, quanto o
locatário pode ingressar com ação revisional de aluguel.
Ação revisional de aluguel é um processo jurídico
com o objetivo de ajustar o valor do aluguel. Artigo 19 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de
Artigo 18 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 1991 – Lei do Inquilinato: Não havendo acordo, o lo-
Ação de Despejo
O termo AÇÃO, já conceituamos anteriormente, ciada ou para a realização de obras aprovadas pelo Po-
como sendo o direito do sujeito de obter do Poder Judi- der Público, que aumentem a área construída, em, no
ciário uma solução para uma pretensão ou conflito. Já o mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado a
termo DESPEJO significa o ato de despejar, ou seja, o ato exploração de hotel ou pensão, em cinquenta por cento;
de remover o que incomoda, ou o que seja um obstácu- V - se a vigência ininterrupta da locação ultra-
lo, ou ainda aquilo que seja inútil. No contexto jurídico, passar cinco anos.
portanto, a ação de despejo é a demanda ao judiciário
pela qual o proprietário de um imóvel pleiteia a desocu- Artigo 9º da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de
pação do imóvel pelo inquilino. 1991 – Lei do Inquilinato: A locação também pode-
rá ser desfeita:
Artigo 47 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 I - por mútuo acordo;
– Lei do Inquilinato: Quando ajustada verbalmente ou II - em decorrência da prática de infração legal
por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o ou contratual;
prazo estabelecido, a locação prorroga-se automatica- III - em decorrência da falta de pagamento do
mente, por prazo indeterminado, somente podendo ser aluguel e demais encargos;
retomado o imóvel: IV - para a realização de reparações urgentes deter-
I - Nos casos do art. 9º; minadas pelo Poder Público, que não possam ser nor-
II - em decorrência de extinção do contrato de traba- malmente executadas com a permanência do locatário
lho, se a ocupação do imóvel pelo locatário relacionada no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti-las.
com o seu emprego;
III - se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou Denúncia cheia para ação de despejo é aquela cuja
companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou justificativa apresente, pelo menos, um dos itens listados
descendente que não disponha, assim como seu cônjuge no artigo nono e no artigo 47 da Lei do Inquilinato.
ou companheiro, de imóvel residencial próprio;
IV - se for pedido para demolição e edificação licen- Denúncia é vazia é a quebra do contrato de loca-