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Saúde da Mulher e

Atenção Básica

Especialização Saúde da Família – 2019


MS Alessandra Carvalho.
Câncer de Mama e
Colo do Útero
Câncer
A palavra câncer vem do grego karkínos, que quer dizer caranguejo ,
(em referência à proliferação de células cancerosas no organismo
(metástase), que se espalham pelo corpo de forma semelhante às
patas e pinças do caranguejo que irradiam do seu cefalotórax). Foi
utilizada pela primeira vez por Hipócrates, o pai da medicina, que
viveu entre 460 e 377 a.C.

O câncer não é uma doença nova. O fato de ter sido detectado em


múmias egípcias comprova que ele já comprometia o homem há mais
de 3 mil anos antes de Cristo.

Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de


100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de
células , que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos.
Câncer
 Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito
agressivas e incontroláveis, determinando a formação de
tumores malignos, que podem espalhar-se para outras
regiões do corpo.
 As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou
internas ao organismo, estando inter-relacionadas.
 De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados
a fatores ambientais.
 Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar
câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar
câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia.
 Outros estão em estudo, como alguns componentes dos
alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente
desconhecidos.
Câncer
 O envelhecimento traz mudanças nas células que
aumentam a sua suscetibilidade à transformação
maligna. Isso, somado ao fato das células dos idosos
terem sido expostas por mais tempo aos diferentes
fatores de risco para câncer, explica em parte, o porquê o
câncer ser mais frequente nestes indivíduos.
 Os fatores de risco ambientais de câncer são
denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses
fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das
células.
 O surgimento do câncer depende da intensidade e
duração da exposição das células aos agentes causadores
de câncer.
Câncer
Câncer
Câncer de Mama

 É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no


mundo e no Brasil, depois do de pele, respondendo por cerca de 28%
dos casos novos a cada ano.
 Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma
rápida, outros, não. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o
prognóstico é relativamente bom.
 Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua
incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.
 Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países
desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
 O câncer de mama também acomete homens, porém é raro,
representando apenas 1% do total de casos da doença.
Câncer de Mama
 No Brasil, as taxas de mortalidade por
câncer de mama continuam elevadas,
muito provavelmente porque a doença
ainda é diagnosticada em estágios
avançados.
 Na população mundial, a sobrevida
média após cinco anos é de 61%.

 Estimativa de novos casos: 59.700


(2018 - INCA)
 Número de mortes: 15.593, sendo
15.403 mulheres e 187 homens (2018 -
Atlas de Mortalidade por Câncer).
Câncer de Mama

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados


com a adoção de hábitos saudáveis:

Praticar atividade física;


Alimentar-se de forma saudável;
Manter o peso corporal adequado;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
Amamentar
Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e
terapias de reposição hormonal.
O Câncer de Mama

 Sintomas mais comuns de câncer de mama:


 Nódulo, geralmente indolor, duro e irregular (há tumores que são de
consistência branda, globosos e bem definidos);
 Edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea;
 Dor;
 Inversão do mamilo;
 Hiperemia;
 Descamação ou ulceração do mamilo;
 Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.
 A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo
ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos;
 Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
Câncer de Mama
 Início provável: Nódulo
Indolor;
Com limite impreciso;
Superfície irregular;
Aderido ao tecido vizinho;
Com microcalcificações pleomórficas;
Câncer de Mama
 Carcinoma de Paget:
Prurido papilar
Unilateral
Erosão papilar
Sangramento papilar
Câncer de Mama
 Carcinoma Inflamatório:
Hiperemia em toda a superfície mamária;
Endurecimento da mama;
Edema;
Indolor;
Geralmente sem nódulo palpável;
Linfonodos axilares freqüentes;
Câncer de Mama
 Carcinoma Oculto
Linfonodo axilar de
consistência dura;
Linfonodo axilar aderido;
Linfonodo axilar
volumoso;
Ausência de tumor
mamário, tanto ao exame
físico como aos exames
de imagem.
Câncer de Mama

 Diagnóstico Clínico
 Auto-exame;

 Exame físico:
Inspeção
Palpação dos linfonodos
Palpação da mama
Expressão
Câncer de Mama
Câncer de mama
 Diagnóstico complementar
 Mamografia
Para análise de lesão existente;
Para análise do restante da mama e da contra lateral;
Pré cirurgia estética;
Pós cirurgia estética;
Câncer de Mama

 Diagnóstico complementar:
 Mamografia
Acima de 35 anos;
Aos 30 anos quando houver
antecedente familiar;
Após os 40 anos anual.
Câncer de Mama
Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das Doenças
Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil:

Rastreamento
Ampliar o acesso à mamografia de rastreamento para mulheres de 50
a 69 anos.

Qualidade da Mamografia
Implementar o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia.

Diagnóstico Precoce
Estruturar serviços especializados para o diagnóstico das lesões
mamárias.
Garantir o acesso das mulheres com lesões suspeitas ao imediato
esclarecimento diagnóstico.
O Câncer de Mama
Capacitação Profissional:

Capacitar profissionais da Atenção Básica e Secundária à Saúde


para a detecção precoce.

Capacitar a rede básica para promoção, prevenção e diagnóstico


precoce das neoplasias mais prevalentes, agilizando o acesso aos
centros de tratamento.

Capacitar a rede básica para cuidados paliativos e


acompanhamento conjunto com os centros de tratamento.

Informação:

Produzir informações epidemiológicas e aperfeiçoar os sistemas de


informação e vigilância do câncer.
O Câncer de Mama

Carcinoma Avançado
Câncer de Mama
 Tratamento:
Cirúrgico
Quimioterápico
Radioterápico
Hormonioterápico
Câncer de Mama
 Tratamento Radioterápico
Em cirurgias conservadoras;
Tumores com 05 cm ou mais;
Margens cirúrgicas comprometidas ou exíguas;
Pele comprometida;
Invasão extra capsular de linfonodo;
Tumores G III;
Dissecção inadequada com menos de 10 linfonodos;
Acima de 04 linfonodos comprometidos por neoplasia.
Câncer de Colo Uterino
Câncer de Colo Uterino
 O câncer de colo uterino é um tumor que acomete a porção inferior
do útero, chamada colo ou cérvix.
 Este câncer é altamente prevalente na população feminina. No
mundo,ocupa o segundo lugar no “ranking” dos cânceres
femininos, só perdendo para neoplasia mamária.
 No Brasil está em terceiro lugar, segundo dados de 2017 do
Instituto Nacional do Câncer (INCA), perdendo para mama,
intestino (colon e reto), com taxa de incidência de 15 novos casos
em 100.000 mulheres ao ano.
 A mortalidade pode chegar a 5 casos em 100.000 ao ano.
Câncer de Colo Uterino
 O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, é causado
pela infecção persistente por alguns tipos (chamados oncogênicos)
do Papilomavírus Humano - HPV.
 A infecção genital por este vírus é muito frequente e não causa
doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem
ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer,
Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame
preventivo (conhecido também como Papanicolaou), e são curáveis
na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a realização
periódica deste exame.
Câncer de Colo Uterino
 É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do
câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de
mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou na sua
capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de
1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva
(estágio mais agressivo da doença).
 Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer,
chamada in situ. É um tipo de tumor que apresenta uma história
longa desde suas lesões iniciais até atingir o câncer, com cerca de 10
a 20 anos.
 Se diagnosticado precocemente, principalmente nas lesões iniciais
ou pré-cancerosas (intraepiteliais), pode ser curado em 100% dos
casos
 Estimativas de novos casos: 16.370 (2018 - INCA)
 Número de mortes: 5.430(2013-SIM)
Câncer de Colo Uterino
 O HPV é um tipo de vírus bastante comum na população. A maioria
das mulheres será exposta a este agente durante suas vidas sexuais,
porém a infecção é de forma transitória, onde o próprio organismo
tem a capacidade de eliminar o vírus num período que varia de seis
meses até dois anos.
 Mesmo que ocorra o desenvolvimento de alguma lesão, o próprio
sistema imunológico pode “curar”, sem nenhum tratamento. Em cerca
de 10% dos casos, onde a imunidade não conseguiu reagir à presença
do vírus, pode ocorrer a persistência da infecção, com evolução para
lesões de maior gravidade. Aí nesta situação é necessário o tratamento
das lesões, com a remoção da porção acometida do colo do útero.
Câncer de Colo Uterino
 Existem mais de 150 tipos de HPV, cerca de 40 são habitantes da região
genital e 15 são mais agressivos, chamados oncogênicos (cancerígenos).
 Os HPV não agressivos, ou não oncogênicos, ocasionam as verrugas
genitais, ou condilomas, que são lesões benignas sem risco de evolução
para câncer.
Câncer de Colo Uterino
Tratamento
 O tratamento destas verrugas (HPV) pode ser feito por meio de
medicamentos locais que destroem ou estimulam a imunidade, ou a
retirada cirúrgica.
 Uso de pomadas e de soluções aplicadas pelo médico em consultório;
 Cirurgias de cauterização (laser) realizadas de tempos em tempos pelo
médico.
 O ácido tricloroacético (ATA) a 70 e a 90%;
 Podofilina a 15%, em solução alcoólica, devem ser aplicados pelo
médico 1 vez por semana;
 Pomada Podofilotoxina a 0.15%, deve ser aplicada pela própria
pessoa 2 vezes ao dia.
Câncer de Colo Uterino
Tratamento
 O tratamento contra o HPV é demorado e pode ser
dispendioso, mas é a única forma de vencer a
doença e diminuir o risco de câncer em homens e
em mulheres.
 Cada caso deve ser avaliado e orientado por um
médico. Entre os tratamentos mais comuns para o
câncer do colo do útero estão a cirurgia e a
radioterapia.
 O tipo de tratamento dependerá do estadiamento
da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais,
como idade e desejo de ter filhos.
Câncer de Colo Uterino
As lesões pré-cancerosas provocadas pelos vírus cancerígenos no colo
uterino são chamadas de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) e são
divididas em : Grau I, II e III.

 NIC I - representa lesão com comportamento benigno e em geral não requer


tratamento, pois regride espontaneamente na maioria das vezes.
 NIC II - considerada de gravidade intermediária, em adolescentes tem
comportamento benigno com altas taxas de regressão. Já na mulher de mais
idade, em geral a partir dos 24 anos requer tratamento que pode ser por
destruição (cauterização ou vaporização) ou retirada (excisão).
 NIC III - é a real lesão precursora do câncer e requer sempre tratamento, por
excisão. As taxas de cura são altas, com baixo risco de recidiva.
 Já no câncer de colo uterino, ocorre aparecimento de lesões com destruição
ou formação de tumor, que tem como extensão direta a vagina, paramétrios
(tecidos ao redor do colo), bexiga e reto.
Câncer de Colo Uterino
Os fatores de risco
 Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) – Mulheres com
lesões pré-cancerosas e o câncer :
 Início sexual precoce – Mulheres que iniciam a vida sexual muito
jovens apresentam maior risco de exposição ao HPV, com diversas
infecções repetidas. Também a adolescente apresenta o colo
uterino juvenil, o que favorece a penetração do vírus.
 Multiplicidade de parceiros sexuais – Há risco de infecções
múltiplas pelos HPV, bem como outros agentes infecciosos que
podem interferir na resposta imunológica à presença do vírus.
 Fumo – O tabaco é absorvido pelo pulmão e disseminado na
corrente sanguínea, sendo eliminado no muco do colo uterino. Este
tabaco provoca danos à célula do colo e tem efeito de baixar a
imunidade local, dificultando a eliminação do vírus.
Câncer de Colo Uterino
Os fatores de risco
 Imunossupressão – Doenças que interfiram diretamente no sistema
imunológico, como o HIV, hepatites, diabetes, uso de corticóides,
transplantadas de órgãos, tem comportamento ruim frente à infecção por
HPV. Mesmo que as lesões tenham tratamento adequado, é comum a
recidiva, com maior risco de evolução para câncer e em geral em período
mais curto.
 Desnutrição – A falta de alimentos ricos em betacarotenos, presentes em
vegetais amarelos e verdes (mamão, cenoura, couve, brócolis), interfere
com a imunidade, levando a persistência da infecção pelo HPV.
 Uso de contraceptivos hormonais – Tem interferência na imunidade,
quando em altas doses de hormônios utilizados por longos períodos,
acima de 5 anos.
 Baixo nível socioeconômico – Este fator está ligado à falta de acesso aos
exames preventivos, bem como à falta de assistência médica frente aos
casos de infecções genitais.
 Infecção por Chlamydia trachomatis – doença sexualmente transmissível
causada por uma bactéria e costuma não ocasionar sintomas na maioria
das mulheres infectadas. Quando está associada ao HPV, interfere na
eliminação da infecção viral, ocasionando maior risco para câncer.
Câncer de Colo Uterino
 Sinais e Sintomas Inicial

 Leucorréia espessa, abundante de cor branca e forte odor, pouco frequente,


mas possível, pode ser um sinal de câncer no colo uterino;
 Leucorréia e/ou sangramento espontâneo após a relação sexual;

 Sinais e Sintomas Avançado


Os mesmos descritos acima e:
 Dor contínua na região pélvica;
 Dores nas costas;
 Formigamento e edema em MMII;
 Trombose venosa em MMII;
 Hematuria;
 Disuria;
 Obstrução da bexiga;
 Obstrução dos intestinos;
 Melena;
Câncer de Colo Uterino
Estadiamento do Câncer De Colo Uterino.
( Tipo de tumor, taxa de crescimento e a extensão da doença)
 Estádio I
Câncer localizado no colo do útero, independente de seu tamanho.
 Estádio II
O câncer se espalha além do colo uterino, mas não chega até a
parede óssea da pelve. O câncer envolve a vagina, mas não seu terço
inferior ( saída).
 Estádio III
O câncer se estende até a parede óssea da pelve e/ou envolve o
terço inferior de vagina.
 Estádio IV
O câncer se estende para locais distantes (metástases) ou envolve a
bexiga ou intestino baixo.
Exame de Papanicolaou
É um método laboratorial simples e barato, desenvolvido
pelo médico grego Geórgios Papanicolaou(1883-1962),
considerado o pai da citopatologia; que indica a presença
de lesões neoplásicas ou pré-neoplásicas (antecedem o
surgimento do câncer); e alguns processos de outra
natureza (parasitas, processos inflamatórios, etc).
Exame de Papanicolaou
Papanicolau pode ser utilizado para pesquisar não só a
existência de alterações celulares malignas ou pré
malignas, mas também para pesquisar a presença do
vírus HPV e várias outras infecções ginecológicas, tais
como:
 Gardnerella
 Tricomoníase
 Candidíase
 Gonorreia
 Sífilis
 Clamídia
Exame de Papanicolaou
Câncer de Colo Uterino
Colos Alterados

Ectopia Pólipo Prolapso

DIU
Linha de Cuidado
Vacinação contra o HPV no
SUS
Objetivos

 Proporcionar o acesso gratuito à vacina quadrivalente


contra o HPV;

 Vacinar as adolescentes de 9 a 13 anos de idade com a


vacina contra o HPV reduzindo a chance de câncer de colo
de útero, vulvar e vagina, as verrugas anogenitais e infecções
causadas pelo papilomavírus humano;

 Levar a saúde preventiva às escolas estimulando e


oportunizando o diálogo entre jovens, pais e escola sobre
o tema sexualidade, com enfoque na qualidade de vida;

 Reduzir a longo prazo a mortalidade por câncer do colo de


Útero.
Motivos para vacinarmos nossas filhas
 8 a cada 10 mulheres serão infectadas com algum tipo de
HPV em algum momento da vida;
 No mundo a cada 2 minutos uma mulher perde a luta
contra o câncer do colo de útero;
 Os meninos serão protegidos indiretamente com a
vacinação do sexo feminino – IMUNIDADE DE REBANHO
 Estudos de avaliação do impacto, após a implantação da
vacina quadrivalente, demonstram uma redução drástica
na transmissão do HPV entre homens.
VACINA QUADRIVALENTE DO HPV

Eficácia de 98,8% contra o


câncer de colo de útero

Objetivo é vacinar 80% da população- alvo

A vacinação contra o HPV é uma prevenção do câncer do colo do


útero. A vacina não substitui a realização do exame preventivo, o
Papanicolau ou o uso de preservativos
Brasil vai incluir
meninos na vacinação
contra HPV
Inclusão de 3,6 milhões
de meninos em 2017
Ano População-alvo
2017 Meninos de 12 e 13 anos
2018 Meninos de 11 e 12 anos Meta é vacinar
2019 Meninos de 10 e 11 anos 80%
2020 Meninos de 9 e 10 anos
Esquema vacinal:
2 doses, com intervalo de 6 meses

 Também passarão a ser vacinados meninos e homens


de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids: 99,5 mil

 Esse grupo deverá tomar 3 doses, com intervalo de 2 e 6


meses após a 1ª dose. Necessário prescrição médica.
Esquema Estendido

 É constituído na aplicação de 2 doses, com


intervalo de 6 meses
 É um esquema efetivo e seguro
 Com base em estudos de imunogenicidade o
esquema de 2 doses (0, 6) tem eficácia
equivalente ao esquema de 3 doses (0, 1-2, 6),
desde que a vacinação tenha iniciado antes dos
15 anos de idade)
MMWR 2016;65(49):1405-8
Meninas de 9 a 14 anos de idade
 Não vacinada: aplicar uma dose e agendar a segunda
dose com intervalo de 6 meses
 Vacinada com uma dose: aplicar uma segunda dose
com intervalo de 6 meses
 A menina que recebeu duas doses da vacina HPV na
clínica privada (Bivalente ou Quadrivalente) no
esquema 0, 1-2, ou seja com intervalo entre 1 e 2
meses, e na impossibilidade de continuar a vacinação
no mesmo local, aplicar a terceira dose 6 meses após a
primeira. Se recebeu apenas uma dose no serviço
privado, aplicar a segunda dose com intervalo de 6
meses

Atenção !!! A menina nascida a partir de 1 de março de 2.001, que


recebeu apenas uma dose até 14 anos, 11 meses e 29 dias, poderá
receber uma segunda dose com intervalo mínimo de 6 meses
Resumo

• Vacina HPV
• Meninos: 12 a 13 anos de idade
• Meninas: 9 a 14 anos de idade
• Esquema estendido: duas doses com intervalo
de 6 meses

• Vacina Meningocócica C
• Meninos e Meninas : 12 a 13 anos
• Aplicar apenas uma dose
Climatério e Menopausa
 Síndrome do Climatério –O climatério é o
período de transição em que a mulher passa da
fase reprodutiva para a fase não-reprodutiva.
vem acompanhado de um conjunto de sinais e
sintomas que surgem antes e depois da
menopausa, causados, principalmente, pelas
variações hormonais típicas desse período, e
que podem ocasionar uma série de flutuações
no ciclo menstrual, interferindo no bem estar
da mulher.
 Nessa fase de transição, é comum que as menstruações
fiquem mais espaçadas. Por isso, a menopausa só é
“diagnosticada” após a mulher passar pelo menos 12
meses sem menstruar

 Essa alteração ocorre devido a uma diminuição dos


hormônios produzidos pelos ovários levando ao fim da
fase reprodutiva da mulher e ocorre entre os 50 e 54 anos;
é independente de fatores tais como: raça, paridade,
peso, altura e época de instalação da menarca.

 O climatério precoce ocorre quando estes sintomas


surgem por volta dos 40 e 45 anos de idade. E quando ela
ocorre bem depois dos 50 anos, é considerada tardia.
 Menopausa é o ponto no tempo em que
cessam permanentemente as menstruações,
seguindo-se de uma perda da atividade
ovariana.
 Geralmente ocorre por volta dos 50 anos. Com
a chegada da menopausa, a mulher já não
pode mais engravidar de forma natural – é o
fim de seu tempo reprodutivo.
 Apesar de ser mais comum perto dos 50 anos,
é normal que a menopausa ocorra um pouco
mais cedo, aos 40. Antes disso, é precoce.
 Na maioria dos casos , a deficiência de hormônios ovarianos
(progesterona e estrogênios), começa a se manifestar antes da
última menstruação;
 Durante este período de transição da perimenopausa; a
produção de progesterona e posteriormente estradiol, diminuem
progressivamente.
 Nesta fase, quando os ovários não produzirem quantidades
suficientes de estrogênios , a mulher já apresenta os seus pri-
meiros sintomas de menopausa.
FASES:
 1. Pré-menopausa:
 aumento da frequência de ciclos anovulatórios;
 fase lútea inadequada;
 2. Pós-menopausa:
 insuficiência estrogênica progressiva e prolongada;
 distúrbios vasomotores;
 alteração do trofismo urogenital;
 alteração da pele;
 distúrbios psicológicos;
 alteração do metabolismo ósseo: osteoporose;
 alterações cardiovasculares.
Sintomas:
 ciclos menstruais irregulares;
 sudorese;
 ondas de calor repentinas;
falta de desejo sexual;
sudorese, formigamentos irritabilidade;
cansaço, ansiedade, choro fácil, tontura, palpitações.
Sintomas:
 esquecimento, tristeza, dor de cabeça, falta de
concentração;
 secura vaginal, dor nas relações;
 infecção urinária, dor nas articulações;
 incontinência urinária ao esforço;
 dor muscular, osteoporose, perda dentária;
 doenças cardiovasculares;
 distúrbios do sono, prejudicam a qualidade de vida e
inicia-se uma fase na qual todo o seu sistema biológico
está alterado.

Estes sintomas iniciam-se antes da última menstruação e


podem durar até 3 anos após essa ocorrência.
 Distúrbios vasomotores:
Correspondem a uma alteração do equilíbrio neurovegetativo, e
manifestam-se principalmente por :
a) ondas de calor na face e pescoço;
b) progridem para a porção superior do tórax, acompanhados de :
rubor , sudorese profusa e aumento súbito da frequência cardíaca;

Estes sintomas ocorrem freqüentemente durante a noite,


acordando várias vezes a paciente ocasionando distúrbios do
sono.
 As ondas de calor têm duração variável , de um ou mais minutos
, e sua freqüência pode chegar a 30 vezes ao dia;
 Têm uma duração média de 3 minutos;
 Podem ocorrer apenas umas poucas vezes por mês ou mais do
que 30 vezes por dia;
 Em 80% das mulheres persistem por, pelo menos e, em 20 % dos
casos , as ondas de calor persistem por mais de 5 anos ;
 Geralmente são desencadeados por um aumento na
temperatura ambiente de comida ou bebida e ansiedade ou
estresse;
 São mais comumente precedidos por atividades;
 Conclui-se que , os distúrbios vasomotores são os sintomas mais
importantes e freqüentes associados à menopausa.
Entre os sintomas de médio prazo incluem-se:
 atrofias cutâneas (rugas);
 atrofia vaginal (vaginites com dispareunia);
 Urinárias (infecção e incontinência urinária);
 alterações psicológicas (depressão, irritação, ansiedade,
nervosismo e perda da memória);
Entre os que se manifestam a longo prazo citam-se:
 alterações sobre os ossos (osteoporose);
 Alterações nos níveis de colesterol sanguíneo (aterosclerose).
Incontinência Urinária na Temática do Climatério

Caracteriza-se por ser uma condição de perda


involuntária de urina de maneira regular que
afeta a convivência social e profissional,
além de problemas higiênicos ;
Incontinência urinária é uma das desordens
mais frequentes entre as mulheres na pós-
menopausa;
A incidência é tanta que , nos EUA, onde
existem dados sobre o problema , a
incontinência urinária é considerada
problema de saúde pública.
Tratamento
 Reposição hormonal - mas ela só é indicada se os sintomas típicos dessa
fase incomodarem muito a mulher ou sua família;
 Dieta - rica em soja e pobre em doces e gorduras; a ingestão de
alimentos ricos em cálcio ajudam a mulher a alcançar um maior pico de
massa óssea na juventude, o que pode funcionar como uma espécie de
reserva para minimizar a osteoporose;
 Atividade física - pois ela irá liberar endorfinas promovendo o bem estar
e irá diminuir o risco de doenças cardiovasculares e ósseas. O
desenvolvimento e o agravamento da doença, que causa perda gradual
de massa óssea, aumentando o risco de fraturas, podem acontecer em
decorrência da menopausa
 Lazer
Para o diagnóstico do climatério deve-se observar os sinais e sintomas que a
mulher apresenta e pode-se realizar a dosagem hormonal para confirmá-lo.
Sexualidade no Climatério

 A sexualidade acompanha o ser humano por toda a sua


vida. Mas preconceitos sócio-culturais dificultam a
percepção da sexualidade na mulher climatérica e idosa.
 O corpo muda e é preciso mudar o comportamento, ter
sensibilidade e tranqüilidade para descobrir uma nova fase
da vida sexual.
Câncer e Legislação
 MS/GM Portaria 59 / 01 out 2015: Torna pública a decisão de aprovar as Diretrizes
Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no âmbito do Sistema
Único de Saúde - SUS.
 MS/GM Portaria 1220 / 03 jun 2014: Altera o art. 3º da Portaria nº 876/GM/MS, de
16 de maio de 2013, que dispõe sobre a aplicação da Lei nº 12.732, de 22 de
novembro de 2012, que versa a respeito do primeiro tratamento do paciente com
neoplasia maligna comprovada, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 MS/GM Portaria nº 140 / 27 fev 2014: Redefine os critérios e parâmetros para
organização,planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos
estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada em oncologia e
define as condições estruturais,de funcionamento e de recursos humanos para a
habilitação destes estabelecimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 MS/GM Portaria nº 189 / 31 jan 2014: Institui o Serviço de Referência para
Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo de Útero (SRC),
o Serviço de Referência para Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM) e os
respectivos incentivos financeiros de custeio e de investimento para a sua
implantação.
Câncer e Legislação
 MS/GM Portaria nº 3394 / 30 dez 2013: Institui o Sistema de Informação de
Câncer (SISCAN) no âmbito do Sistema Único de Saúde.

 MS/GM Portaria nº 2898 / 28 nov 2013: Atualiza o Programa Nacional de


Qualidade em Mamografia (PNQM). Anexos

 MS/GM Portaria nº 1253 / 12 nov 2013: Altera atributos de procedimentos na


Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais
Especiais do Sistema Único de Saúde.

 MS/GM Portaria nº 874 / 16 mai 2013: Institui a Política Nacional para a


Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas
com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Câncer e Legislação
 MS/GM Portaria nº 252 /19 fev 2013: Institui a Rede de Atenção à Saúde das
Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

 Lei nº 12.732 / 22 nov 2012: Dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com
neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início.

 MS/SAS Portaria nº 1228/ 30 out 2012: Regulamenta a habilitação para o Programa


de Mamografia Móvel, instituído pela Portaria n° 2.304/GM/MS, de 4 de outubro de
2012.

 MS/SAS Portaria nº 2304/ 04 out 2012: Institui o Programa de Mamografia Móvel


no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

 MS/GM Portaria nº 18 / 25 jul 2012: Incorpora o medicamento trastuzumabe no


Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento do câncer de mama localmente
avançado.
Câncer e Legislação
 MS/SAS Portaria nº 939 / 21 dez 2011: Altera o nome do procedimento
Exame anatomo-patológico para congelamento/parafina (exceto colo
uterino e mama peça cirúrgica.

 MS/GM Portaria nº 2.012 / 23 ago 2011: Estabelece recursos adicionais


para o fortalecimento das ações de rastreamento e diagnóstico precoce
dos cânceres do colo uterino e de mama.

 MS/GM Portaria nº 1.682 / 21 jul 2011: Institui o Grupo Coordenador


Nacional da Força-Tarefa para a Avaliação dos laboratórios de
citopatologia no âmbito do SUS.
 MS/MS Portaria nº 558 / 24 mar 2011: Constitui o Comitê Técnico Assessor
para acompanhamento da política de prevenção, diagnóstico e
tratamento dos cânceres de colo de útero e de mama.

 MS/SAS Portaria nº 1.856 / 12 jul 2010: Altera a Portaria 1183 e prorroga em


dezoito meses o financiamento dos exames de mamografia pelo FAEC.

 MS/SAS Portaria nº 1.183 / 03 jun 2009: Altera o procedimento mamografia


unilateral (02.04.03.003-0) e inclui o procedimento Mamografia Bilateral
para Rastreamento (02.04.03.018-8), com financiamento pelo FAEC.
Câncer e Legislação
 MS/SAS Portaria nº 779 / 31 dez 2008: Em vigor desde junho de 2009,
institui o Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA).

 Retificação Portaria MS/SAS nº 779 / 31 dez 2008: Vincula o


faturamento de procedimentos como mamografia bilateral e exame
citopatológico, entre outros, à prestação de informações de cadastro e
de laudo, descritas no manual gerencial do sistema.

 MS Portaria nº 2918 / 13 nov 2007: Exclui e altera procedimentos da


tabela SIA/SUS e SIH/SUS relativos ao controle do câncer de colo do
útero e de mama.
Referências
 [BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Departamento de
Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das
Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2011.

 GUERRERO, Verônica Guerra; BAEZ, Antonieta Fazzi; COFRE GONZALEZ, Carmen Gloria;
MINO GONZALEZ, Carmen Gloria. Monitoramento de fatores de risco modificáveis para
câncer de mama: uma obrigação dos profissionais de saúde. Revista Panamericana de
Salud Pública, Washington, 2017, v. 41, e80. Epub 08-Jun-2017.

 Nascimento, Simony Lira do et al. Complicações e condutas fisioterapêuticas após


cirurgia por câncer de mama: estudo retrospectivo. Fisioter. Pesqui., Set 2012, vol.19,
no.3, p.248- 255.

 Rossi, Leandra and Santos, Manoel Antônio dos Repercussões psicológicas do


adoecimento e tratamento em mulheres acometidas pelo câncer de mama. Psicol.
cienc. prof., Dez 2003, vol.23, no.4, p.32-41.
Referências

 Castro Filha, Jurema Gonçalves Lopes de et al. Influências do exercício físico na


qualidade de vida em dois grupos de pacientes com câncer de mama. Rev. Bras. Ciênc.
Esporte, Jun 2016, vol.38, no.2, p.107-114.
 http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/defin
ição.

 Tomazelli, Jeane Glaucia et al. Avaliação das ações de detecção precoce do câncer de
mama no Brasil por meio de indicadores de processo: estudo descritivo com dados do
Sismama, 2010- 2011. Epidemiol. Serv. Saúde, Mar 2017, vol.26, no.1, p.61-70.

 Traldi, Maria Cristina et al. Demora no diagnóstico de câncer de mama de mulheres


atendidas no Sistema Público de Saúde. Cad. saúde colet., Jun 2016, vol.24, no.2, p.185-
191. ISSN 1414- 462X · resumo em português | inglês · texto em português.
Tarefa
1) Sendo o Câncer de Mama o segundo tipo mais comum entre
as mulheres acima de 50 anos, que ações podemos
promover em nossas Unidades Básicas para sensibilizar essas
usuárias do SUS?
2) Com a estimativa de 16.370 novos casos em 2018, que ações
podemos proporcionar para detecção precoce de Câncer de
Colo Uterino?
3) Qual a relevância na vacinação de Adolescentes contra HPV?
4) Quais as orientações básicas que devemos realizar para as
mulheres que estão no início do climatério?

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