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SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO

Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro – PROJETO RESEB -


1994-2004

•A Reforma foi alicerçada em uma série de ações simultâneas;


• Desverticalização do setor – transparência dos agentes:

• Geração - Concessão ou autorização por usina;


• Distribuição - Concessão por município, equilíbrio econômico-financeiro
assegurado;
• Transmisão - acesso livre para todos os agentes, serviço público regulado;
• Comercialização - autorização para estabelecimento;

• Estabelecimento de orgão regulador entre os agentes - ANEEL –


Agência Nacional de Energia Elétrica - extinguiu DNAEE.
SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO

• CONSTITUIÇÃO DE OPERADOR DO SISTEMA ELÉTRICO


INDEPENDENTE – ONS.
• Operador Nacional do Sistema. Extinguiu GCOI e CCON;

•ESTABELECIMENTO DE AMBIENTE TRANSPARENTE DE


COMERCIALIZAÇÃO – MAE, hoje CCEE, Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica. Extinguiu coordenação ELB;

•DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL - MME – Ministério das


Minas e Energia – Poder Concedente;

•MUDANÇA NO ENFOQUE DE PLANEJAMENTO - MERCADO


RESOLVE – RACIONAMENTO – CRIAÇÃO DA EPE – Empresa de
Pesquisa Energético – Extinto o GCPS desde 1998.
Estrutura do Sistema Elétrico de Potência

RELAÇÕES TÉCNICAS

ONS Distribuidoras

CONTROLE Cons. Livres

CONTRATOS - MEDIDO Comercializadoras

CCEE
RELAÇÕES COMERCIAIS
• CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO
DE ENERGIA ELÉTRICA
• Resolução Normativa Nº 414/2010

• DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDOR DE


ENERGIA ELÉTRICA
• Atualizada até a REN 499/2012
Resolução Normativa Nº 414/2010

• CATEGORIAS
• PONTO DE ENTREGA
• FATURAMENTO
• INDICADORES
• PRAZOS
• DIREITOS E DEVERES
INDICADORES

• DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade


Consumidora): indica o número de horas que, em
média, as unidades consumidoras de determinado
conjunto ficaram sem energia elétrica durante um
determinado período: mensal, trimestral ou anual;

• FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por


Unidade Consumidora): indica quantas vezes, em
média, as unidades consumidoras de determinado
conjunto sofreram interrupção;
INDICADORES

• DIC (Duração de Interrupção Individual por Unidade


Consumidora):quantidade de horas que o consumidor
ficou sem energia elétrica;
• FIC (Frequência de Interrupção Individual por Unidade
Consumidora): quantidade de interrupções que o
consumidor experimentou no período de apuração
(mensal, trimestral ou anual);
• DMIC (Duração Máxima de Interrupção Contínua por
Unidade Consumidora): indica o número de horas da
maior interrupção experimentada pelo consumidor no
período de apuração.
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
Restrições:
Não é permitido paralelismo de geradores particulares com
a rede da Concessionária;
Não é permitida alteração da potência instalada, sem
análise da Concessionária;

Suspensão:
Fraude de consumo,interligação clandestina, falta de
segurança das instalações e violação dos lacres.
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM
TENSÃO PRIMÁRIA

Carga superior a 75kW e demanda igual ou inferior a


2500kW => TENSÃO PRIMÁRIA

Caso a demanda for superior a 2500kW até 5000kW a


Concessionária irá analisar a viabilidade em distribuição
primária ou tensão de subtransmissão (69kV, 130kV ou
34,5kV).
PERÍODOS TARIFÁRIOS

• período seco: período de 7 (sete) ciclos de faturamento


consecutivos, referente aos meses de maio a novembro;
• período úmido: período de 5 (cinco) ciclos de
faturamento consecutivos, referente aos meses de
dezembro de um ano a abril do ano seguinte;
• HORÁRIO DE PONTA: 18:00 as 21:00 DEFINIÇÃO
ANEEL
TARIFA AZUL

• I - para a demanda de potência (kW):


• a) uma tarifa para horário de ponta (R$/kW); e
• b) uma tarifa para horário fora de ponta (R$/kW).
• II - para o consumo de energia (MWh):
• a) uma tarifa para horário de ponta em período úmido
(R$/MWh);
• b) uma tarifa para horário fora de ponta em período
úmido (R$/MWh);
• c) uma tarifa para horário de ponta em período seco
(R$/MWh); e
• d) uma tarifa para horário fora de ponta em período seco
(R$/MWh).
TARIFA VERDE

• I – tarifa única para a demanda de potência (R$/kW); e


• II – para o consumo de energia (MWh):
• a) uma tarifa para o posto tarifário ponta em período
úmido (R$/MWh);
• b) uma tarifa para o posto tarifário fora de ponta em
período úmido (R$/
• MWh);
• c) uma tarifa para o posto tarifário de ponta em período
seco (R$/
• MWh); e
• d) uma tarifa
• FATOR DE POTÊNCIA
Geração

Transmissão

Distribuição
ENERGIA
• Na natureza nada se perde e nada se cria tudo se
transforma
• Exitem várias fontes de energia
TÉRMICA EÓLICA SOLAR NUCLEAR

HIDRÁULICA MECÂNICA
• Energia hidráulica em potencial
• Exemplo de transformação de energia
• Transformada em energia mecânica na turbina
• O gerador transforma energia mecânica em energia
elétrica
• Energia elétrica colocada a disposição
Correntes Trifásicas
A CORRENTE ALTERNADA É
GERADA EM GRANDE ESCALA
A BAIXO CUSTO
OS GERADORES USADOS SÃO
TRIFÁSICOS

POSSUEM TRÊS GRUPOS DE


BOBINAS
A ENERGIA É GERADA ATRAVÉS
DA INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

A CADA GRUPO DE BOBINA


CHAMAMOS DE FASE
DEVIDO A SUA DISPOSIÇÃO
FÍSICA CADA GRUPO DE BOBINA
GERA ENERGIA ELÉTRICA EM
MOMENTOS DISTINTOS
PROVOCANDO UM DEFASAMENTO
ENTRE AS TENSÕES

A VA
A
B VB
B
VC
C C
INTERLIGANDO UMA DAS
EXTREMIDADES DE CADA GRUPO DE BOBINA ENTRE SI, OBTEREMOS O
CONDUTOR NEUTRO

Neutro
A

C
AS EXTREMIDADES RESTANTES FORMAM AS FASES

Neutro
A
Fase A

B Fase B

C Fase C
N
A
B
C

VAN = 127 V 127 V

V
N
A
B
C

VAN = 127 V 127 V

VBN = 127 V
V
N
A
B
C

VAN = 127 V 127 V

VBN = 127 V

VCN = 127 V
V
N
A
B
C

VAN = 127 V 220 V UAB = 220 V

VBN = 127 V

VCN = 127 V
V
N
A
B
C

VAN = 127 V 220 V UAB = 220 V

VBN = 127 V UAC = 220 V

VCN = 127 V
V
N
A
B
C

VAN = 127 V 220 V UAB = 220 V

VBN = 127 V UAC = 220 V

VCN = 127 V
V UBC = 220 V
ENTRE FASE E NEUTRO (Vfn)
TENSÃO SIMPLES

ENTRE FASE E FASE (Vff)


TENSÃO COMPOSTA
A TENSÃO FASE/FASE É √3
VEZES MAIOR QUE A TENSÃO
FASE/NEUTRO
U = 1,73 x V
U
V=
1,73
CIRCUITO ESTRELA
A
QUANDO AS CARGAS

B
ESTÃO LIGADAS

C ENTRE FASE E NEUTRO

N
CIRCUITO ESTRELA
EQUILIBRADO
R1
1A
A A
R2
1A

B A
R3 R1= R2= R3
1A
C A
0A
N A
COM TRÊS CARGAS IGUAIS EM UM
CIRCUITO ESTRELA, NÃO CIRCULA
CORRENTE NO CONDUTOR NEUTRO

ASSIM PODEMOS ELIMINAR O


CONDUTOR NEUTRO
SEM PREJUÍZO PARA AS CARGAS
CIRCUITO ESTRELA
DESEQUILIBRADO
R1
3A
A A
R2
2A

B A
R3 R1= R2= R3
1A
C A
1,73 A

N A
NO CONDUTOR NEUTRO HÁ UMA
CORRENTE QUANDO AS CARGAS
SÃO DIFERENTES

NÃO PODEMOS RETIRAR O NEUTRO

•A FASE MENOS CARREGADA SOFRERÁ UMA


SOBRETENSÃO

•A FASE MAIS CARREGADA SOFRERÁ UMA


SUBTENSÃO
R1
Subtensão
A
R2

B R1= R2= R3

R3
Sobretensão
C
NOS SISTEMAS ELÉTRICOS USAMOS
O ATERRAMENTO
DO CONDUTOR NEUTRO

NO CASO DE INTERRUPÇÃO DO
NEUTRO, ESTE GARANTE O
RETORNO DA CORRENTE PARA
A TERRA
CIRCUITO TRIÂNGULO
(DELTA)
FA

FB AS CARGAS
ESTÃO LIGADAS
ENTRE FASES
FC EM UM CIRCUITO
TRIFÁSICO

FA

FB

FC
TRANSFORMADORES

• Com eles, podemos transportar a mesma potência com


uma corrente mais baixa, diminuindo as perdas

• com eles, podemos transportar a mesma potência com


uma corrente mais baixa, diminuindo as perdas
• Podemos ainda abaixar a tensão para valores mais
seguros para que possa ser utilizada

• com eles, podemos transportar a mesma potência com


uma corrente menor, diminuindo as perdas
• Os transformadores só funcionam com corrente
alternada

• nos transformadores observamos fios de entrada e de


saída
• OS FIOS DE ENTRADA: PRIMÁRIA

• OS FIOS DE SAÍDA: SECUNDÁRIA


• Os transformadores transformam valores de tensão e
corrente
• ELEVAR A TENSÃO
• E
• ABAIXAR A CORRENTE
10 A 5A

110 V TRANSFORMADOR 220 V

PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
• ABAIXAR A TENSÃO
• E
• ELEVAR A CORRENTE
5A 10 A

220 V TRANSFORMADOR 110 V

PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
Transformador monofásico
Os transformadores monofásicos possuem

Um núcleo de ferro

Enrolamentos (primário e secundário)

Isolamento entre os enrolamentos

e núcleo
Enrolamento Enrolamento
Primário Núcleo Secundário

Isolamento
Prim. Sec.

• Alimentando a bobina primária com c.a., produz um


campo magnético alternado.
• As linhas de força são conduzidas pelo
• Núcleo que submete a bobina secundária a ação deste
campo
Prim. Sec.

• O campo magnético variável induz uma corrente elétrica


na bobina secundária
Elevador de tensão

• Mais espiras no secundário que no primário

SECUNDÁRIO
PRIMÁRIO

V1 = 50 V V1 = 100 V

600 Esp
1.200 Esp
Abaixador de tensão

• Mais espiras no primário que no secundário

SECUNDÁRIO
PRIMÁRIO

V1 = 100 V V1 = 50 V

1.200 Esp
600 Esp
Verificamos

V1 = Tensão primária

V2 = Tensão secundária
N1 = Número de espiras do primário
N2 = Número de espiras do secundário
Exemplo

• Um trafo com:

• 550 Espiras no primário

• 1.100 Espiras no secundário


V1 N1
• Tensão no secundário – 110V =
V2 N2
• Tensão no primário – ?
Transformador trifásico

• Com três trafos monofásicos


• Construimos 1 trafo trifásico
Observem as ligações

F1 F1

F2
F2

F3
F3
Juntando os três

F1 F1

F2
F2

F3
F3
• Juntando os três
• Temos um trifásico

F1 F1
F2
F2
F3
F3
NA DISTRIBUIÇÃO SÃO LIGADOS
F1 F1
PRIMÁRIO
F2
TRIÂNGULO F2

SECUNDÁRIO F3
F3
ESTRELA
TC’s e TP’s
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL (TP)
FUNÇÃO

REDUZIR A TENSÃO A VALORES


CONVENIENTES PARA
• MEDIÇÃO
• PROTEÇÃO
LIGAÇÃO
TP

V = 100 V RTP = 120


PARALELO COM
O CIRCUITO

v
A LEITURA DO VOLTÍMETRO
DEVERÁ SER MULTIPLICADA
PELA RELAÇÃO DO TP (RTP)

V = 100 V RTP = 120


V = 100 V RTP = 120
V = 100 V RTP = 120
PRIMÁRIO

SECUNDÁRIO
V = 100 X 120 =12.000 V

LIGAÇÃO
TP

V = 100 V RTP = 120


PARALELO COM
O CIRCUITO

v
TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)
FUNÇÃO
REDUZIR A CORRENTE A VALORES
CONVENIENTES PARA

• MEDIÇÃO
• PROTEÇÃO
EXEMPLO DE TC
ALICATE VOLT-AMPERÍMETRO
• O PRIMÁRIO É O PRÓPRIO
CONDUTOR

• O SECUNDÁRIO ESTÁ ENROLADO EM


TORNO DA GARRA
LIGAÇÃO TC
RTC = 40
SÉRIE COM I=5A
O CONDUTOR

O SECUNDÁRIO DO TC A
SEMPRE DEVERÁ
ESTAR CURTO-CIRCUITADO
A LEITURA DO AMPERÍMETRO
DEVERÁ SER MULTIPLICADA
PELA RELAÇÃO DO TC (RTC)

I=5A RTC = 40
I = 5 A RTC = 40
I = 200 A RTC = 40
PRIMÁRIO

SECUNDÁRIO
PRIMÁRIO

SECUNDÁRIO
Transformadores
Arcos elétricos
Diferença de potencial
Ruptura dielétrica
Descarga elétrica
Há enorme liberação de energia térmica
e o meio isolante fica ionizado

Conseqüências mais comuns:

Queimaduras Quedas

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Arcos elétricos
É uma das fontes de energia térmica mais fortes
geradas no Planeta.
A temperatura de um arco elétrico A temperatura de um
chega a 20.000ºC ou mais arco elétrico de uma
e libera energia térmica (calor), descarga atmosférica
mecânica (deslocamento de ar) (raio) chega a atingir
e acústica (som). 30.000ºC.

Só perde para a energia nuclear: em 06/08/1945, a bomba


atômica lançada em Hiroshima, no Japão, pelos Estados Unidos,
tinha 20 megatons (equivalente à força destruidora de
20 milhões de toneladas de dinamite), pesava 4 toneladas,
e atingiu em seu ponto de impacto a temperatura de 300.000ºC).
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Arcos elétricos
Numa simples chave ou interruptor elétrico
Inércia:
É tendência de um
corpo em manter-se na
condição em que se
encontra.
MOVIMENTO
INERCIAL
DOS ELÉTRONS

Elétrons “saltam” pelo


meio dielétrico em
direção ao potencial
oposto.
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Arcos elétricos
Medidas que Garantam Proteção Contra Arcos
Elétricos
Usar Dispositivos de Abertura em Carga
Usar Sistemas de Intertravamento
Usar Barreiras Robustas ao Invés de Telas

Usar Relés de Sobrecorrentes

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Relé de Proteção

Finalidade, proteger um determinado circuito ou equipamento


elétrico contra condições anormais (defeitos) de operação.

Em caso de anormalidade onde o valor limite destas grandezas (pré-


ajustadas no relé) é ultrapassado, o relé opera, e envia um comando
de desligamento. Desligando o circuito, ocorrendo a interrupção
automática da fonte de energia.

A imediata operação do relé irá evitar, ou pelo menos minimizar,


grandes danos às pessoas e ao sistema elétrico.

Os relés podem ser classificados: instantâneo ou temporizado.


DISJUNTOR

• Dispositivo de manobra e proteção que permite a


abertura ou fechamento de circuitos de potência em
quaisquer condições de operação, normal e anormal,
manual (manobra) ou automática (proteção).
Valores de Placa

• Tensão nominal em Vca;


• Nível de isolamento;
• Freqüência nominal de operação
• Corrente nominal de operação.
• Tempo de interrupção em ciclos: 3-8 ciclos em 60 Hz.
Acionamento de um disjuntor

• O relé fecha seu contato


quando a corrente no
secundário do TC é
superior a nominal. Nesse
intervalo a bobina de
abertura do disjuntor está
sendo energizada por
uma fonte auxiliar e vai
mandar abrir o disjuntor.
Princípios de interrupção da corrente elétrica

• A operação de qualquer interruptor se faz separando os


seus respectivos contatos.
• Durante esta separação, em virtude da energia
armazenada no circuito, há o surgimento do arco
elétrico, o qual precisa ser prontamente eliminado, sob
pena de conseqüências danosas ao sistema.
• O arco formado, dessa forma, torna-se agora o meio de
continuidade do circuito mencionado.
Tipos comuns de disjuntores

• Disjuntor a sopro magnético;


• Disjuntor a óleo;
• Disjuntor a vácuo;
• Disjuntor a ar comprimido;
• Disjuntor a SF6 (Hexafluoreto de enxofre).
Disjuntor a sopro magnético

• Geralmente utilizados em média tensão 24 kV.


• Nesse tipo de disjuntor os contatos abrem-se no ar,
empurrando o arco voltaico para dentro das câmaras de
extinção, onde ocorre a interrupção do mesmo.
• Geralmente são montados em pequenos cubículos.
Disjuntor a óleo

• Possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo de


óleo sobre o arco.
• Geralmente utiliza-se óleo mineral, devido as suas
destacadas características de isolante e extintor, foi
usado desde os primeiros tempos na fabricação de
disjuntores.
Disjuntor a óleo

• Dentre os disjuntores a óleo tem-se:


A grande volume de óleo (GVO);
A pequeno volume de óleo (PVO);
Disjuntor (GVO)

• Possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo de


óleo sobre o arco.
• São geralmente utilizados em média e alta tensão até
230kV.
• Possuem grande capacidade de ruptura em curto-
circuitos.
Disjuntor (PVO)

• Cobrem em média tensão, praticamente, toda a gama de


capacidades de ruptura de 63kA.
• No nível de 138kV a sua capacidade de ruptura por câmara está
limitada a um máximo de 20kA, o que equivale a dizer que para
maiores correntes de curto – circuito, (31,5; 40 e 50kA), deve-se
empregar varias câmaras em série com o uso obrigatório de
capacitores de equalização e acionamento mais possante.
Disjuntor a vácuo

• Ausência de meio extintor gasoso ou líquido.


• O vácuo apresenta excelentes propriedades dielétricas, portanto a
extinção do arco será de forma mais rápida.
• A erosão de contato é mínima devido à curta duração do arco;
• Praticamente não requerem manutenção, possuindo uma vida
extremamente longa em termos de números de operações a plena
carga e em curto – circuito
Disjuntores a ar comprimido

• As suas características de rapidez de operação


(abertura e fecho) aliadas às boas propriedades
extintoras e isolantes do ar comprimido, bem como a
segurança de um meio extintor não inflamável, quando
comparado ao óleo, garantem uma posição de destaque
a estes disjuntores nos níveis alta tensão.
• Tem como desvantagem o alto custo do sistema de
geração de ar comprimido e uso de silenciadores
quando instalados próximos a residências.
Disjuntor a SF6

• SF6 é um gás incolor, inodoro, não inflamável, estável e


inerte até cerca de 5000°C comportando-se como um
gás nobre.
• Utilizado para tensões de ordem maior ou igual que AT.

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Pára-Raio
Pára-Raio

• Dispositivo utilizado para proteger componentes de uma


subestação de uma descarga atmosférica.
Seccionadoras
Chave Seccionadora

• É um dispositivo mecânico capaz de abrir ou fechar


circuitos.
• Quando está fechada existe a circulação de corrente
pelo circuito.
• Quando esta aberta possui uma distância de isolamento
que garante que não haverá passagem de corrente no
circuito.
Chave Seccionadora
Religadores
Definição

• É um dispositivo interruptor auto-controlado com


capacidade para:
Detectar condições de sobrecorrente;
Interromper o circuito se a sobrecorrente persiste por um tempo pré-
especificado;
Automaticamente religar para reenergizar a linha;
Bloquear depois de completada a seqüência de operação para o qual foi
programado.
Definição

• Como o nome sugere, um religador, automaticamente


religa após a abertura, restaurando a continuidade do
circuito mediante faltas de natureza temporária ou
interrompendo o circuito mediante falta permanente.
Princípio e funcionamento

• Opera quando detecta correntes de curto-circuito, desligando e


religando automaticamente os circuitos um número pré-
determinado de vezes.
• Os contatos são mantidos abertos durante determinado tempo,
chamado tempo de religamento, após o qual se fecham
automaticamente para reenergização da linha.
• Se, com o fechamento dos contatos, a corrente de falta persistir, a
seqüência abertura/fechamento é repetida até três vezes
consecutivas e, após a quarta abertura, os contatos ficam abertos e
travados.
• O novo fechamento só poderá ser manual.
Religadores

• A prática comum de uso de religadores automáticos


pelas concessionárias de energia elétrica tem redu-zido
a duração das interrupções de patamares de 1h para
menos de 1 min, acarretando em benefícios para as
concessionárias quanto aos valores de seus indicadores
de continuidade.
• Os religadores podem ser instalados quer em SE de
distribuição ou em circuitos de distribuição, basicamente
em circuitos radiais.
Religadores

• Normalmente os religadores são projetados para ter


uma seqüência de religamento de no mínimo uma até
quatro operações e ao fim da seqüência completa a
abertura final bloqueará a seqüência.
Seqüência de operação

• Caso seja escolhido seqüência típica de quatro disparos


e três religamentos:
Uma rápida ou instantânea (1I) e três retardadas ou temporizadas (3T);
Duas rápidas (2I) e duas retardadas (2T);
Três rápidas (3I) e uma retardada (1T);
Todas rápidas (4I);
Todas retardadas (4T);
Exemplo de um religamento
CHAVE FUSÍVEL

Dispositivo destinado para a


proteção de trechos de rede
ou equipamentos contra
eventuais sobrecorrentes e
para manobras de
interrupção energizadas ou
isolação de ramais ou
equipamentos.
RELIGADOR AUTOMÁTICO

Equipamento de proteção e
manobra utilizado para eliminar
interrupções no sistema de
distribuição de energia elétrica,
devido às condições transitórias
de sobre-corrente.
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
DE ENERGIA ELÉTRICA
• Ao conjunto de equipamentos e das instalações para a
geração e transmissão de grandes blocos de energia
dá-se o nome de Sistema Elétrico de Potência.

• Há 3 fases entre a geração da energia elétrica e o


consumo de energia:
Produção
Transmissão
Distribuição
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• Tipos de usinas brasileiras:
Hidroelétricas (cerca de 74,7%);
Termoelétricas(carvão ou óleo);
Nuclear (urânio enriquecido);
Outros tipos de combustíveis alternativos como
biomassas (bagaço de cana, casca de amêndoa do
caju, óleo de mamona), turbinas movidas a gás, centrais
solares e aproveitamento dos ventos (eólicas) e das
marés, etc.
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• Os geradores de eletricidade necessitam de energia
mecânica(energia cinética) para fazerem girar rotores
das turbinas, nos quais estão acoplados, no mesmo
eixo, os rotores dos geradores de eletricidade.
• Uma turbina hidráulica ou térmica é montado no mesmo
eixo de um gerador síncrono.
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• CUSTO DE ENERGIA COMPREENDE:
Custo da usina;
Custo de operação;
Custo de manutenção;
Custo de transmissão;
Custo de perdas de potência.

MENOR CUSTO
FINAL DE ENERGIA
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Análise de um programa de geração otimizado:
• Tipos de fontes disponíveis e sua localização;
• Inventários de bacias hídricas e definição da capacidade
de geração das fontes disponíveis;
• Dados de produção de combustíveis (carvão, óleo
diesel, gás natural);
• Custos de fontes de geração (operacionais e
combustíveis);
• Restrições (prazo de construção, capacidade de
produção industrial de equipamentos, de ordem
ambiental e de segurança)
• Custos de operação e manutenção;
• Custos globais.
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
2 tipos principais de fontes de energia elétrica:

USINAS HIDRÁULICAS USINAS TÉRMICAS (óleo,


• Alto custo inicial; carvão, nucleares ou gás).
• Baixo custo operação e • Menor custo inicial;
manutenção; • Maior custo operação e
• Produção de energia manutenção;
condicionada à hidrologia.
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• A tensão de saída dos geradores é ampliada a níveis
mais altos por meio de transformadores elevadores de
usina.
• Finalidade: viabilizar as transmissões a longa
distâncias, pois diminui-se a corrente elétrica e assim os
níveis de perdas joules e queda de tensão ao longo das
linhas de transmissão.
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Potência de algumas usinas hidrelétricas brasileiras

• USINA DE ITAIPU:......................12600MW
• USINA DE TUCURUÍ:....................8000MW
• USINA DE ILHA SOLTEIRA:............3444MW
• USINA DE P. AFONSO I-II-III-IV:.....2462MW
• USINA DE JUPIÁ:...........................1551MW
• USINA DE SERRA DA MESA:...........1275MW
• USINA DE FURNAS:........................1216MW
TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA
Definidos com base na função que exercem:
TRANSMISSÃO: redes que interligam a geração ao
centros de carga;
INTERCONEXÃO: interligação entre sistemas
independentes;
SUBTRANSMISSÃO: rede onde a distribuição não se
conecta a transmissão. Há estágio intermediário de
repartição da energia entre várias regiões.
DISTRIBUIÇÃO: rede que interliga a transmissão (ou
subtransmissão) aos pontos de consumo.
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Tensões usuais de transmissão adotados no Brasil em
corrente alternada:
138kV (AT – Alta tensão)
230kV (AT – Alta tensão)
345kV (EAT – Extra alta tensão)
440kV (EAT – Extra alta tensão)
500kV (EAT – Extra alta tensão)
765kV (UAT – Ultra alta tensão, acima de 750kV)
TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
CC ou CA
CA • CC
Constituído por geradores, • Na transmissão CC difere na
estações de elevação de presença das estações
tensão, LTs, estações conversoras CA/CC junto a
seccionadoras e estações subestação elevadora (para
transformadoras abaixadoras. retificação da corrente) e junto
à subestação abaixadora
(inversão da corrente) e
ausência de subestações
intermediárias abaixadoras ou
de seccionamento.
TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
CC ou CA • CC
CA
440kV CA (Ilha Solteira) Linhas de transmissão em CC
500kV CA (Paulo Afonso IV e é mais barata;
Tucuruí) Estações conversoras
750kV CA 60Hz (metade da possuem custo elevado;
Itaipu) Vantagem em sistemas com
freqüências diferentes ou
grandes distâncias.
600kV CC (Itaipu)
750kV CC (Rússia)
INTERCONEXÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
A interligação de sistemas é economicamente vantajosa
permitindo caminhos alternativos para o seu suprimento,
necessitando de menos unidades geradoras de reserva
para o atendimento de picos de cargas;
Fornece melhor aproveitamento das disponibilidades
energéticas de determinadas regiões;
SUBTRANSMISSÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Tensões usuais de subtransmissão adotados no Brasil
em corrente alternada:
34,5kV
69kV
88kV
138kV
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
É subdividida em distribuição primária (MT) e distribuição
secundária (nível de uso residencial);
A distribuição primária é entregue à indústria, centros
comerciais, hospitais, etc.;
Níveis de tensões primárias:
3,8kV
6,6kV
11,9kV
13,8kV
34,5kV
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Níveis de tensões secundárias:
127/220V
115/230V
120/208V
220V
TENSÕES PARA GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E
DISTRIBUIÇÃO
TENSÕES PARA GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
SUBESTAÇÕES
SUBESTAÇÕES
FUNÇÕES DAS SUBESTAÇÕES
Basicamente temos as seguintes funções:
• Transformação: alteração dos níveis da tensão de modo a
adequá-lo as conveniências de transmissão, distribuição e
consumo.
• Regulação: regular os níveis de tensão de modo a mantê-
los nos limites aceitáveis e admissíveis.
• Chaveamento: conexão e desconexão de componentes do
sistema de transmissão ou distribuição, para orientar o
fluxo de energia e isolar partes com defeitos, mantendo a
continuidade no suprimento de energia elétrica.
FUNÇÕES DAS SUBESTAÇÕES
Algumas subestações, além das funções acima, possuem
uma quarta que e a de modificar as características originais
da energia elétrica. Estas subestações são denominadas de
conversoras e destinam-se a modificar a frequência ou a
corrente alternada para continua e vice-versa. Como
exemplo temos a subestação de Bateias que pertence a
Itaipu.
TIPOS DE SUBESTAÇÕES
• SE Interligadora: recebe duas ou mais redes elétricas para
transporte de energia para grandes centros consumidores.
• SE de Transmissão: recebe e transmite energia a centros
consumidores nas tensões de transmissão e/ou
subtransmissão.
• SE de Distribuição: destinada a abaixar a tensão ao nível
de distribuição e/ou subtransmissão de modo adequado
para utilização direta de consumidores.
• SE Industrial: recebe energia nas tensões de transmissão
ou subtransmissão e transforma para a tensão de
distribuição adequada para a utilização direta na industria.
TIPOS DE SUBESTAÇÕES
SUBESTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

1. Rede primária 7. Transformador de Corrente


2. Cabo de aterramento 8. Transformador de Tensão
3. Linhas/Barramentos 9. Transformador de Potência
4. Para-raios 10. Cubículo de Controle
5. Chave seccionadora 11. Grande/Cerca de Segurança
6. Disjuntor 12. Rede Secundária
GIS compacta com disjuntor, seccionadoras, chave de aterramento, TCs e TPS
LABORATÓRIO DE ALTA TENSÃO - AT1
Sistemas de Medição

C1

Zo Zo,Cc

Zo
C2 V2 osc.
C3
Sistemas de Medição - Dispositivo de Conversão
Calibração em Alta tensão com frequência industrial – 60 Hz
Calibração em Alta tensão com frequência industrial – 60 Hz
Calibração de Impulsos

• Forma de onda padrão para Impulso Atmosférico Pleno -


1,2 / 50 µs
Calibração de Impulsos

• Forma de onda padrão para Impulso de Manobra – 250 /


2500 µs
Calibração de Impulsos

• Gerador de impulsos

Re > Rd Vs >
Vm
Calibração de Impulsos

• Gerador de impulsos

Re > Rd Vs< >


Vm
Calibração de Impulsos
Calibração de Impulsos

Gerador com um estágio Gerador com três


estágios
Calibração de Impulsos

• Gerador com 10
estágios
LABORATÓRIO DE ALTA TENSÃO - AT1
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Laboratório de Alta Tensão

Corona Visual

Descarga disruptiva

Ensaio sob chuva


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