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TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo

O TOC caracteriza-se pela presença de obsessões e/ou compulsões.


Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e
persistentes, experimentados como intrusivos, que causam acentuada
ansiedade ou desconforto, interferem nas atividades diárias, nas relações
interpessoais ou ocupam boa parte do tempo do indivíduo.
Em razão da ansiedade que acompanha as obsessões, o indivíduo com TOC é
compelido a neutralizá-las por meio das compulsões, das compulsões mentais,
das evitações e da hipervigilância.
Compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais voluntários e
intencionais que a pessoa é compelida a executar com a finalidade de
neutralizar os medos que acompanham as obsessões e de reduzir ou eliminar
as possíveis ameaças imaginadas. Impedem, entretanto, a exposição e a
eliminação dos medos por meio de seu enfrentamento e reforçam o TOC pelo
alívio passageiro que provocam.
Neutralizações são estratégias menos repetitivas e estereotipadas que os
rituais, geralmente encobertas, destinadas a reduzir a ameaça ou o desconforto
associado às obsessões. As mais comuns consistem em substituir uma
imagem ou um pensamento “ruim” por outros “bons”, repassar memórias dos
fatos em busca de certeza, argumentar mentalmente e solicitar garantias para
as outras pessoas.
A hipervigilância contribui para a proeminência e a persistência das
obsessões.
A sensação de nojo sem que necessariamente haja um medo de contaminação
subjacente pode induzir à realização de rituais como lavagens ou trocas
repetidas de roupas e evitações.
Fenômenos sensoriais, entre eles as experiências sensoriais do tipo just right e
not just right ou incompletude, podem preceder as compulsões.
O TOC é um transtorno heterogêneo. Análises fatoriais identificaram de quatro
a seis fatores ou dimensões independentes:
1) contaminação/lavagens;
2) dúvidas e verificações;
3) simetria, exatidão, ordem, sequência e alinhamento;
4) obsessões de conteúdo violento, sexual ou blasfemo;
5) acumulação compulsiva.

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