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Curso: Engenharia Civil Disciplina: Cálculo Numérico

Professor: Claudio Iavorski Turno: M ( ) N ( X )


Aluno(a): ISABELLA FONTANA SOARES R.A.:
Período/Módulo: Data: 19/04/2021

VALOR DA PROVA: 5,0 NOTA DA PROVA NOTA DO TRABALHO

AVALIAÇÂO 1º BIMESTRE X 2º BIMESTRE EXAME/RECUPERAÇÃO FINAL 2ª CHAMADA

Orientações

1 Antes de começar a prova, preencha todos os campos do cabeçalho.


2 Leia com atenção cada uma das questões. A interpretação faz parte da avaliação.
3 A prova pode ser feita a lápis, mas respostas finais e conclusivas devem estar a caneta azul ou preta. Não é permitido o uso de corretivos de qualquer natureza (tinta branca, líquida ou
em fita e similares).
4 Elabore respostas completas, apresentando argumentos e explicações que demonstrem seu conhecimento e competências em relação ao enunciado na questão.
5 Responda às questões nas folhas anexas. Não utilize folhas que não contenham o timbre do UNICURITIBA, salvo por orientação do professor.
6 Redija com clareza e objetividade. As anotações entre as linhas ou nas margens da folha serão desconsideradas.
7 Releia suas respostas antes de devolver a prova.
8 Simplifique a expressão do resultado final o máximo possível para receber nota integral.

Questões de prova

Sabe-se que os métodos analíticos vistos durante o


ensino médio e em disciplinas da graduação, como
Cálculo Diferencial e Integral, são limitados quando o
assunto é encontrar raízes de funções. Pode-se contar na
mão os poucos tipos de funções que métodos analíticos
dão conta. Na função 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 + 𝐥𝐧⁡(𝒙), por exemplo,
cujo gráfico está plotado ao lado, só é possível encontrar
a raiz por métodos numéricos. Com base nisso, responda
os itens 1 e 2.

1. Encontre a raiz da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + ln 𝑥 no


intervalo de 0,5 a 1,5 com um erro menor do que 10−2
pelo método da bisseção. Registre os resultados
obtidos em cada iteração, dando destaque para a
resposta final (arredonde com 5 casas decimais). (valor:
1,5)

Para resolver a questão foi criado um sistema no excel, onde o start se dá pelos dois valores de entrada (“chutes”) de
0,5 e 1,5 propostos pelo exercício. A função f(x) é testada para os dois valores, criando uma condição para gerar novos
“chutes” para o sistema, até chegar à aproximação desejada com um erro menor que 10-2. Abaixo é possível ver a
tabela que contém as colunas de “VALOR 1 e 2” que representam a aproximação do sistema a cada iteração, o número
de iterações, assim como a f(x) aplicada a cada valor referente, sendo f(x) x^2+ln(x). A última coluna é a do erro, que
confere se o valor absoluto entre a média dos dois valores de aproximação da iteração é menor que 10-2.

erro menor
que 10-2
Iteração VALOR 1 MÉDIA VALOR 2 f(x1) f(x2) 0,0100
1 0,500000 1,000000 1,500000 -0,443147 2,655465 0,5
2 0,500000 0,750000 1,000000 -0,443147 1,000000 0,25
3 0,500000 0,625000 0,750000 -0,443147 0,274818 0,125
4 0,500000 0,562500 0,625000 -0,443147 -0,079379 0,0625
5 0,562500 0,593750 0,625000 -0,258958 -0,079379 0,03125
6 0,593750 0,609375 0,625000 -0,168758 -0,079379 0,015625
7 0,609375 0,617188 0,625000 -0,123984 -0,079379 0,0078125
8 0,617188 0,621094 0,625000 -0,101662 -0,079379 0,00390625
9 0,621094 0,623047 0,625000 -0,090516 -0,079379 0,00195313
10 0,623047 0,624023 0,625000 -0,084946 -0,079379 0,00097656
11 0,624023 0,624512 0,625000 -0,082162 -0,079379 0,00048828
12 0,624512 0,624756 0,625000 -0,080770 -0,079379 0,00024414
13 0,624756 0,624878 0,625000 -0,080074 -0,079379 0,00012207
14 0,624878 0,624939 0,625000 -0,079727 -0,079379 6,1035E-05
15 0,624939 0,624969 0,625000 -0,079553 -0,079379 3,0518E-05
16 0,624969 0,624985 0,625000 -0,079466 -0,079379 1,5259E-05
17 0,624985 0,624992 0,625000 -0,079422 -0,079379 7,6294E-06

O sistema começa calculando a f(x) de cada valor, 0,5 e 1,5, verificando se o valor encontrado resulta em um erro
desejável. Se não, ele encontra um novo intervalo de aproximação, de acordo com os resultados anteriores das f(x), e
repetindo o processo enquanto for necessário. Para realizar a questão de “loop” em uma linguagem de programação
como o Python e o VBA, tal repetição se daria pelo comando “While”.

Na sétima iteração o resultado da função foi igual a 0,61712.


2. Agora encontre a raiz de 𝑓(𝑥) por outro método: o da secante (das cordas), sendo 0,5 e 1,5 os valores de 𝑥0 e 𝑥1 ,
respectivamente. Onde o erro deve ser menor ou igual a 10−3 . Registre os resultados obtidos em cada iteração, dando
destaque para a resposta final (arredonde os valores com 5 casas decimais). (valor: 1,0).

De acordo com o método da secante:

Sendo assim, aplica-se a fórmula criando um sistema no Excel:

iteração x_n f(x_n) ERRO


1 0,5 -0,44315 -
2 1,5 2,655465 1
3 0,643015 -0,02812 0,856985
4 0,651995 -0,00262 0,00898
5 0,652918 -1,7E-06 0,000923
6 0,652919 -9,6E-11 5,99E-07
7 0,652919 0 3,4E-11
8 0,652919 0 0

Os números grifados em azul na planilha, 0,5 e 1,5, representam os valores de entrada para x_n e x_n+1. A fórmula
do método da secante na coluna no x_n depende da f(x_n) aplicada e é construída no formato abaixo:

Para o erro desejado, menor que 10-3, a iteração encontrada foi a quinta, que resultou em 0,652918.
3. Alguns números decimais finitos, quando escritos na forma binária, geram dízimas periódicas. É o caso do 𝑎 = 234,4 e do
𝑏 = 375,6. (valor: 1,0)
a) Escreva esses dois números, na forma binária, identificando o padrão da dízima periódica de cada um (o período).

Para essa questão, a cada linha abaixo da tabela, o número é divido por dois, o “resto” do número inteiro é
“descartado” ao lado do resultado marca-se “1” quando há sobra e “0” quando a divisão da exata. Depois
disso, une-se os número de baixo para cima formando o binário referente ao decimal. Qual o número decimal é
após a virgula, o procedimento é diferente: ao invés de dividir por 2, multiplica-se, e o valor unitário antes de
vírgula registra-se como parte do binário. A contagem nesse caso é de cima para baixo.

-Primeiramente converteu-se 234 em binário:

Div.
234 2
"Sobra" 0 117 2
0 ou 1 1 58 2
0 29 2
1 14 2
0 7 2
1 3 2
1 1 2
1 0

Num.
Binário= 1 1 1 0 1 0 1 0

- Após esse passo, converteu-se o 0,4 para binário:

Mult.
0,4 2
"Sobra" 0 0,8 2
0 ou 1 1 1,6 2
1 1,2 2
0 0,4 2
0 0,8 2
1 1,6 2
1 1,2 2
0 0,4
0
Num.
Binário= 0, 0 1 1 0 0 1 1 0 ...
É possível notar que a parte da multiplicação destacada, onde o resultado torna a ser 0,4, as multiplicações e
sobras passam a se repetir, gerando uma dízima periódica.

O numero 234,4 decimal em binário é representado da seguinte forma:

11101010,01100110...

- Para a questão b, o mesmo processo é feito para o número decimal 375:

Div.
375 2
"Sobra" 1 187 2
0 ou 1 1 93 2
1 46 2
0 23 2
1 11 2
1 5 2
1 2 2
0 1 2
1 0

Num.
Binário= 1 0 1 1 1 0 1 1 1

- Para o decimal 0,6:

Mult.
0,6 2
"Sobra" 1 1,2 2
0 ou 1 0 0,4 2
0 0,8 2
1 1,6 2
1 1,2 2
0 0,4 2
0 0,8 2
1 1,6

Num.
Binário= 0, 1 0 0 1 1 0 0 1 ...
É possível notar que a parte da multiplicação destacada, onde o resultado torna a ser 1,2, as multiplicações e
sobras passam a se repetir, gerando uma dízima periódica – a mesma que aparece no número decimal 0,4
convertido acima.

O numero 375,6 decimal em binário é representado da seguinte forma:

101110111,10011001...

b) Escreva na forma binária o resultado de 𝑎 + 𝑏.

- Somatório a+b=610 – convertendo o número para binário

Div.
610 2
"Sobra" 0 305 2
0 ou 1 1 152 2
0 76 2
0 38 2
0 19 2
1 9 2
1 4 2
0 2 2
0 1 2
1 0

Num.
Binário= 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0
4. Entre os métodos vistos em sala, o de Newton-Raphson (da tangente)
tem suas vantagens por convergir para a resposta de forma rápida, mas
como em todo método, alguns cuidados devem ser tomados. O gráfico
ao lado representa a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 3𝑥 a qual tem como
raízes 𝑥 ′ = −1, 𝑥 ′′ = 0 e 𝑥 ′′′ = 3. O gráfico também dá destaque
ao ponto B, máximo local da função (obs.: a abcissa de B não é -0,5) e
a reta tangente à curva, passando por B.

Ao tentar usar como “chute” inicial para 𝑥0 a abcissa de B, pelo método


de Newton-Raphson, o algoritmo não irá convergir para a resposta.
Justifique o motivo de forma clara e completa (pode usar texto e/ou
desenho para uma melhor explicação). (valor: 1,5)

O método de NR usa a tangente para encontrar a aproximação e ela (a


tangente) aponta o x mais prox da raiz para convergir.

Matematicamente, sabe-se que

Tg(ang)=f’(xo)

Tg(ang)=f(x0)/(x0-x1)

Sendo assim, é possível igualar essas funções, tendo que:

f’(xo) = f(x0)/(x0-x1)

simplificando esse cálculo, o método usa como base:

x(n+1)= x_n – f(x_n)/f’(x_n)


Quando se utiliza em um chute um ponto em que a derivada é zero (na abcissa do ponto B, por exemplo), a fórmula
recebe uma divisão por zero, tal divisão não é possível na matemática, ou seja, o método não irá convergir. Por conta
disso é necessário se atentar ao chute inicial dado, ele não pode estar no ponto ao próximo a pontos críticos, como
esse.
Boa prova!

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