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PARA VOCÊ
DOMINAR UM
CONTROLADOR
Marcos Roberto Cavini
ÍNDICE
4
introdução................................................................
PASSO 4: programe!............................................16
considerações finais........................................... 20
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
To d a s a s i n f o r m a ç õ e s c o n t i d a s n e s t e g u i a s ã o p r o v e n i e n t e s d e
experiências e aprendizado pessoais no ramo de elétrica e automação ao longo
de vários anos. Embora eu tenha me esforçado ao máximo para garantir a
precisão e a mais alta qualidade dessas informações e acredito que toda a
teoria e prática aqui ensinados sejam altamente efetivos para qualquer
pessoa desde que implementados corretamente, não existe qualquer garantia
de qualquer resultado, eu não me responsabilizo pela a implementação do leitor.
Sua situação e/ou condição particular pode não se adequar perfeitamente aos
métodos e técnicas ensinados neste guia. Assim, você deverá utilizar e ajustar
as informações deste guia de acordo com a sua situação e necessidades.
DIREITOS AUTORAIS
Este guia está protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos sobre o
guia são reservados. Você não tem permissão para vender este guia nem para
copiar/reproduzir o conteúdo do guia em sites, blogs, jornais ou quaisquer outros
veículos de distribuição e mídia. Qualquer tipo de violação dos direitos autorais
estará sujeita a ações legais.
Introdução
O
controlador lógico programável (CLP) surgiu na década de 70 para atender à
necessidade de automação da indústria automobilística americana a fim de
substituir os painéis eletromecânicos de comando, que frequentemente, eram
modificados para atender a fabricação de novos modelos de veículos. Muitas vezes,
novos painéis deveriam ser projetados ou adquiridos para atender as linhas de fabricação,
o que demandava tempo e os tornava economicamente inviáveis.
O que é o CLP?
O Controlador Lógico Programável ou CLP é um computador que executa funções
específicas através de um programa criado por um ser humano. Podemos dizer que é um
computador com competências diferentes com relação a um computador comum que
utilizamos no dia a dia, o qual serve para acessar a internet, fazer impressões, gravar
vídeos, etc.
A diferença é que no CLP, a entrada de dados não é feita através de teclado, mas sim por
dispositivos ligados ao campo, que podem ser sensores ou botões de comando, através
de módulos de entrada.
A saída de dados, por sua vez, é apresentada através de módulos de saída que
comandam no campo: solenóides, contatores, válvulas e sinalizadores.
CPU MÓDULOS
Memória Memória Entrada Dispositivos
Terminal de Processador Executiva de Dados do
Programação
Saídas Campo
Fonte de Alimentação
É o cérebro do CLP. Todas as decisões para o controle de uma máquina ou processo são
processadas pela CPU.
Ela coleta os dados enviados pelos módulos de entrada, executa seu processamento de
acordo com o programa do usuário (aplicativo) e os envia para os módulos de saída.
Memória executiva
São gravados os programas responsáveis por todas as funções e operações que podem
ser executados pelo CLP, tais como:
A memória de "status" dos módulos de entrada/saída são do tipo RAM, pois tem seus
dados constantemente alterados.
A CPU, após ter efetuado a leitura de todas as entradas, armazena o estado lógico das
mesmas em uma área denominada tabela-imagem de entradas.
Uma vez memorizado os estados lógicos das entradas, o programa processará essas
informações e os resultados serão armazenados na área denominada tabela-imagem das
saídas.
Modo programa
Modo monitor
Modo execução ou supervisão
Em offline o CLP pode estar ou não em operação, pois o programa que estiver sendo
desenvolvido no TP não será transferido para o CLP durante o seu desenvolvimento.
A condição online, o TP executa alterações de dados ou instruções diretamente na
memória do processador com o CLP em operação. Assim que cada linha é criada ou
alterada, o CLP executa-a a partir da próxima varredura.
O modo monitor permite que o usuário inspecione qualquer área da memória do
processador com o CLP em operação. Esse modo não permite alterações no conteúdo
do programa.
O modo de execução permite acessar as funções internas do terminal de
programação, assim como suas rotinas de operação. Nesse modo de operação é
possível alterar as funções do processador.
Módulos de entrada
A estrutura interna dos módulos de saída pode ser dividida em sete blocos principais:
6. Terminais para conexão dos dispositivos de campo - permitem a conexão física entre
os CLPs e os dispositivos de campo.
início
rotina de
inicialização
Sim
ok?
Não
varredura dos
módulos de
entrada
atualização da
tabela imagem
das entradas
execução dos
programas
atualização da
tabela imagem
de saída
transferência
dos dados da tabela
imagem de saída p/ os
módulos de saída
verificar o tempo
de varredura
"wdt"
tempo
<
200MS
"stop"
Sim
passo 3:
conheça a
linguagem ladder
Linguagem de Programação
Os CLPs, assim como os computadores, necessitam de um programa para seu
funcionamento. Como sabemos, um programa é uma lista de instruções que coordenam e
sequenciam as operações que o microprocessador deve executar.
O diagrama Ladder é a linguagem utilizada pela maioria dos CLPs. Ela foi a primeira que
surgiu para programação. Considerando que na época os técnicos e engenheiros
elétricos eram normalmente os encarregados na manutenção no chão de fábrica, a
linguagem Ladder deveria ser algo familiar para esses profissionais.
Assim ela foi desenvolvida com os mesmos conceito dos diagramas de comandos
elétricos que utilizam bobinas e contatos. A função principal de um programa em
linguagem Ladder é controlar o acionamento de saídas, dependendo da combinação
lógica dos contatos de entrada.
O diagrama de contatos Ladder é uma técnica adotada para descrever uma função lógica
utilizando contatos e relés. Sua notação é bastante simples. Um diagrama de contatos é
composto de duas barras verticais que representam os pólos positivos e negativos de uma
bateria.
Trilho de alimentação
. . . .
esquerdo
......
...
...
...
Fluxo de energia .
Trilho de alimentação
direito
Instruções em linguagem Ladder:
0 Não Não
1 Sim Sim
0 Não Sim
1 Sim Não
As entradas digitais são identificadas em sua grande maioria por I nos controladores
em sua grande maioria, mas em alguns modelos você encontrará as entradas
identificadas por E. É também identificado através de uma numeração sequencial que
inicia-se em zero, seu valor final depende da quantidade de placas de I/O ou do
modelo do controlador.
Saídas Digitais
Instrução END
END
passo 4:
programe!
Primeiro programa em Ladder
I0 O0
END
Exemplos:
1 0
( )
0
1 1
( )
1
2. Função "OR" (Ou)
Exemplo:
0
( )
1
I-1 O-1
0 1
0 1
1 0
1 0
Exemplos:
0
( )
1
1
( )
0
4. Função "NOR" (Não-Ou)
Exemplo:
1 1
( )
0
Exemplo:
0
( )
1
0
Considerações finais
O aumento da capacidade de processamento dos CLPs permitiu grandes avanços,
tornando possível a utilização de recursos vistos somente em aplicações de
computadores, como por exemplo, utilização de algoritmos de inteligência artificial, como
lógica Fuzzy, e até mesmo como servidores web, fazendo com que o CLP possa ser
acessado de qualquer parte do mundo por meio da internet.
Os CLPs são capazes de realizar processos que podem apresentar risco aos operadores
nas fabricas, ou processos que ocorrem em atmosferas de risco (concentração de gases
tóxicos, excesso no nível de decibéis, entre outros ambientes nocivos). Sua aplicação
também não se limita ao setor industrial, podendo naturalmente ser utilizado na
automação de prédios e residências com finalidade diversas, como controlar bombas de
água, iluminação programada, automação de sistemas de proteção de incêndio, controle
de acesso, e até mesmo gerenciamento de energia.
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