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4 DESENVOLVIMENTO

4.1 RELATO DA REGÊNCIA/OBSERVAÇÃO

O estágio supervisionado é dividido em alguns momentos, sendo eles:


primeiro contato com a escola, período de observação, planejamento, regência e
relatório de estágio. Com relação ao período de observação, que é uma das
atividades deste trabalho, pode-se dizer que é a base para conhecer a escola, turma
e assim realizar o planejamento e a regência de acordo com as especificidades da
mesma, pois

antes de se fazer qualquer plano, é preciso saber para quem se vai fazê-lo,
quais são as possibilidades de dar certo e as condições que se tem para
executá-lo. Não adianta fazer planejamento bonito, bem feito, mas que não
pode ser executado ou que não traz resultados proveitosos. É preciso
conhecer a realidade (KARLING, 1991, p.306).

Deste modo, as aulas de observação e de regência devem ter um caráter


investigativo, buscando compreender o contexto de aprendizagem, pois segundo a
Barreiro; Gebran (2006, p. 92) “o hábito e a capacidade de observar permitem que o
professor planeje adequadamente o trabalho educativo, avalie quando ele deve ser
mudado e em que sentido, de modo a construir conhecimentos, competências e
habilidades, extensivos aos alunos da escola”, visando, assim, o aprendizado do
aluno.
Para iniciar este estágio, estive na instituição de ensino CEJA João da Silva
Ramos , no dia 16/04/2018 para entrar em contato com a direção da Instituição e
pedir que esta assinasse a documentação do estágio, fui muito bem recebida pelo
diretor Francisco Wellington Mesquita de Albuquerque, e deixamos tudo
encaminhado. Nesse mesmo dia comecei a observação geral do espaço físico da
escola.
Como já foi relatado o estágio de observação e regência iniciou-se no dia 16
de abril de 2018 e terminou no dia 21 de maio de 2018. Durante esse período, tive a
oportunidade de observar e regenciar as aulas de Literatura na turma do 1º ano A
do Ensino Médio, composta por 20 alunos, sendo doze mulheres e oito homens, da
referida escola citada acima, sob a regência da Professora Espª Josina do
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Nascimento de Araújo, onde fui muito bem recepcionada pela professora e alunos,
em seguida me apresentei aos alunos e esclareci o motivo da minha permanência
constante com eles. A partir de então, a professora regente passou a me
supervisionar durante o estágio de observação e regência, com a pretensão de
entender os procedimentos realizados por ela nas aulas de Literatura que já no
primeiro dia de observação pude perceber e refletir sobre a importância do exercício
da docência para a educação nos dias atuais. E assim entender que é preciso ter
compromisso e dedicação para desenvolver uma metodologia de ensino que
envolva o aluno no processo ensino-aprendizagem que tenha significado para sua
vida.
Na aula a professora escreveu no quadro branco sobre funções de linguagem.
E fez um conograma dos próximos assuntos a serem trabalhados nas próximas
aulas, o Trovadorismo e o Humanismo. Em seguida fez a chamada de presença e
encerrou a aula.
As relações professor/aluno, aluno/professor são respeitosas; inclusive a
relação aluno/aluno. Com isso, o ambiente é totalmente propício ao processo de
ensino- aprendizagem. Os alunos atendem às solicitações da professora, e são
interessados pelo conteúdo. E através de perguntas/respostas, demonstram
compreender a aula. A turma é formada por alunos bastante participativos e
responsáveis.
Ao entrar na sala da turma do 1º ano me apresentei e comuniquei aos alunos
que iria dar sete aulas de regência para eles durante alguns dias. No começo
entreguei os envelopes rosa com nomes de figuras de linguagem, e azul com o
conceito e exemplos. A proposta era montar um jogo de perguntas e respostas.
Dessa forma eles reconheceriam a função das figuras de linguagem na construção
de sentidos dos textos além de conhecer as principais figuras de linguagem. Busquei
despertar interesse pela leitura a partir da curiosidade de desvendar os jogos e
redes de palavras. Utilizando jogos e brincadeiras os alunos ficaram mais
entrosados brincando e aprendendo para que a aula se tornasse mais divertida e
menos monótona. Notei que eles participaram da aula, mas teve uns alunos que não
interagiram muito, mas consegui apresentar e concluir todo o plano feito para aula.
Durante a aula eu recorri a métodos dinâmicos e criativos no intuito de
estimular e motivar os alunos a participarem ativamente das atividades, construindo
em sala de aula um ambiente propício à troca de conhecimentos e experiências.
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Numa outra aula trouxe para os alunos uma cantiga de amor de Pero Garcia
Burgalês. A cantiga era desconhecida pelos alunos. Expliquei sobre a figura de
linguagem antítese e pedi para reconhecer o emprego da figura de linguagem em
uma canção trovadoresca analisando e reconhecendo as funções da antítese no
texto. Depois de fazer a leitura da canção já citada, escrevi no quadro o vocabulário
da mesma. Explicando sentido da expressão "ser atento". E destaquei as situações
contraditórias que, segundo o texto (2ª estrofe), o amor e a fidelidade terão de
passar. Exemplo: "Ao seu pesar ou seu contentamento". Notar que a antítese
aproxima, ao longo do texto, ideias opostas, mas sem criar entre elas uma unidade,
como no caso de "riso e pranto" (2ª estrofe).

4.2 PLANOS DE AULA

Segundo período letivo de 17/04 a 28/06/2018

CONTEÚDO QUANTIDADE DE CARGA HORÁRIA TOTAL


AULA

A natureza das mensagens e


as figuras de linguagem, Estilos 04h
de Época

Trovadorismo: as cantigas
líricas, as cantigas satíricas, as 06h 20 h/a
canções modernas

Trovadorismo: os cancioneiros,
a prosa medieval 05h

Humanismo- a historiografia de
Fernão, a poesia palaciana- 05h
Leitura e análise da obra de Gil
Vicente
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aulas expositivas e dialogadas;


• Trabalhos em grupos/ e ou individuais;
• Dramatizações de situações cotidianas;
• Análise e interpretação de filmes e músicas;
• Leitura, análise e interpretação de textos variados;
• Confecção de cartazes, folders e dicionários;
• Produção de textos diversos;
• Pesquisas;
• Seminários;
• Campanhas;
• Debates.

RECURSOS

• Quadro branco e pincel;


• TV e video;
• Projetor de imagens;
• Livro-texto;
• Dicionários;
• Jornais e revistas;
• Paradidáticos;
• Computador;
• Internet.
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AVALIAÇÃO

O processo avaliativo será dinamizado a partir da concepção de Avaliação


Formativa, a qual implica em refletir sobre os objetivos que se pretende atingir com
cada etapa e com todo o percurso da aprendizagem – o que necessariamente
envolverá acompanhar o processo de ensino e provavelmente realizar ajustes ou
mudanças ao longo dele. Finalmente, implica observar também os resultados a que
se chegou ao final do percurso. Há, ainda, que superar a visão que circunscreve a
avaliação a um ou alguns momentos isolados, considerando-a parte efetiva do
processo de ensino e aprendizagem. A avaliação formativa pressupõe a inclusão e,
dessa forma o único e principal objetivo da avaliação formativa é o de ajudar o aluno
a aprender e a progredir rumo aos objetivos propostos. Serão consideradas que as
situações de aprendizagem são também situações de avaliação.

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