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VIA AÉREA: MANAUS, ALTAMIRA, MACAPÁ. JI-PARANA, PORTOVELHO. RIO BRANCO. SANTARÉM. BOA VISTA. S1NOP. ALTA FLORESTA.

ACRESCENTAR 30% (TRINTA POR CcNTOt AO PREÇO DE CAPA


COMBATES AÉREOS

A vitória final
A 14 de junho de 1982, a guarnição nas Malvinas rendia-se
aos britânicos. O regime militar argentino começava a ruir.
Às vésperas do desembarque nas Malvi- nas (Falkland Sound). Protegido pela es- atingida por uma bomba e afundou, pro-
nas, os britânicos não tinham dúvidas curidão, o primeiro barco com tropas che- vocando a morte de 22 tripulantes; o An-
quanto à determinação da força aérea que gou à praia de Port San Carlos. Quando trim também foi atingido por uma bomba
teriam de enfrentar, assim que lançassem as defesas, afinal, reagiram, os navios bri- que não explodiu.
o ataque decisivo. tânicos iniciaram o bombardeio, dando co- Naquele dia, quase metade dos 5.000 ho-
Um desembarque em terreno hostil é bertura aos helicópteros que transportavam mens da Marinha Real e das tropas de pá-
sempre uma operação de alto risco. Nas equipamentos até a praia. ra-quedistas conseguiu desembarcar. Os ar-
Malvinas, a insuficiente cobertura aérea Ao nascer do dia, era evidente que o de- gentinos calculavam ter perdido dezessete
tornava-o ainda mais difícil: os Harrier e sembarque não constituía uma manobra di- aeronaves, até o momento em que sua
Sea Harrier deveriam dividir suas atenções, versionista: a Força Aérea com bases nas guarnição abandonou as posições em tor-
na tentativa de proteger tanto os navios da ilhas e no continente recebeu ordens para no de San Carlos Water. As perdas britâ-
força-tarefa quanto as embarcações dire- atacar. Os pilotos argentinos deveriam voar nicas incluíam um Harrier, três helicópte-
tamente envolvidas no estabelecimento de a grande altitude para poupar combustível, ros destruídos e dois danificados.
uma cabeça-de-praia. e depois quase roçar as ondas para não se- Na noite seguinte, o grande navio de car-
Os britânicos decidiram investir por San rem captados pelo radar. reira Canberra deitou âncora na baía de
Carlos Water, um braço de mar que se bi- Desde as 9 h os Skyhawk e os Pucará ar- San Carlos e começou a desembarcar as
furca depois de penetrar pela Malvina do gentinos realizavam uma série de passagens forças de ataque restantes. Por alguma ra-
Leste. Dali poderiam atingir tanto Port San arrojadas, enquanto os Mirage tentavam zão obscura, a Força Aérea argentina não
Carlos, ao norte, quanto a povoação de protegê-los dos Sea Harrier. Nas praias, os atacou: era desperdiçada a única oportu-
San Carlos, mais ao sul. O local era aces- britânicos esforçavam-se para dispor seus nidade de desfechar um golpe decisivo con-
sível a embarcações de maior porte e ofe- mísseis Rapier na linha costeira, e os des- tra a força-tarefa. Ao entardecer, a cabeça-
recia alguma proteção contra o mau tem- tróieres, fragatas e qualquer embarcação de-praia havia sido estabelecida.
po. Ainda mais importante, as colinas que com pelo menos uma metralhadora er-
rodeavam as praias dificultariam a apro- guiam uma barreira de fogo contra as ae-
ximação dos aviões argentinos. ronaves argentinas. IAI Dagger ataca um navio auxiliar da
Na noite de 20 de maio, unidades da for- Na cabeça-de-praia, mísseis superfície- Marinha britânica, em San Carlos
ça-tarefa entraram no estreito das Malvi- ar cruzavam os céus. A fragata Ardent foi Water, carregado de munição.
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Aermacchi M.B.339, da 1. "
Esquadrilha, 4." Esquadra,
Comando de Aviação Naval.
., .; „; : Esta aeronave foi pouco
utilizada na Guerra das
Malvinas, apesar de superior
em quase todos os aspectos
aos FMA IA 58 Púcaro.

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Voando baixo, os pilotos argentinos gentina. Várias formações de Skyhawk lan-


surgiam de trás das colinas e atacavam çaram-se sobre o destróier Coventry e o
na primeira passagem, sem escolha atingiram com no mínimo duas bombas,
prévia do alvo. fazendo-o afundar.
Logo após, pelo menos dois Dassault Su-
No dia 23, os argentinos retomaram o per Étendard, transportando mísseis Exo-
ataque. Tiveram sete aeronaves destruídas, cet, atacaram o Atlantic Conveyor. O bar-
mas castigaram duramente a fragata An- co levava para as ilhas uma importante car-
telope, atingida por uma bomba que não ga de helicópteros de grande fundo Boeing
explodiu. Na noite seguinte, oAntelope foi Vertol Chinook, seis helicópteros Westland
abandonado. A bomba explodiria ao ser Wessex, equipamentos e motores de reser-
desarmada, matando um oficial e provo- va para os Harrier. Um dos mísseis se per-
cando um incêndio que resultou no afun- deu, mas o outro acertou o alvo, matando
damento da embarcação. do«e homens e deixando o navio em cha-
A 24 de maio, os Skyhawk e os Mirage mas. Afundaria alguns dias depois, levan-
voltaram ao ataque. Muitas vezes lança- do consigo quase toda a carga.
vam suas bombas de uma altura inferior A perda de praticamente todos os Chi-
a quinze metros; em seguida, metralhavam nook não impediu os britânicos de obte-
as forças britânicas na cabeça-de-praia e rem um importante êxito estratégico: a Sequência tomada através da câmara
voltavam a suas bases no continente. consolidação de suas posições em terra. A automática de um Sea Harrier armado
27 de maio, começaram a forçar a saída da com mísseis Sidewinder. No alto, o
Os maiores êxitos da aviação seriam ob-
cabeça-de-praia. No dia seguinte, 650 ho- míssil parte contra o objetivo — no
tidos a 25 de maio, data nacional da Ar-
mens do 2.° Batalhão, do Regimento de caso, um Mirage. Aeima, o avião
Pára-Quedistas atacaram e capturaram explode ao ser atingido.
Darwin e Goose Green, aprisionando cer-
ca de 1.500 soldados argentinos. Na pista
de pouso foram encontrados vários Puca- Num dos picos do centro da ilha, os ar-
rá equipados para transportar bombas de gentinos haviam estabelecido um posto de
napalm — uma arma que, até onde se sa- radar. A 30 de maio e 2 de junho, o posto
be, nunca foi utilizada na Guerra das foi atacado com mísseis disparados por um
Malvinas. Avro Vulcan proveniente da ilha da Ascen-
O plano de ataque a Port Stanley desen- são. No decorrer do dia, até onde permi-
volveu-se num amplo movimento em for- tiam as condições climáticas cada vez pio-
ma de pinça. As vanguardas eram os des- res, os Harrier continuavam a atacar a pista
O único Chinook do Esquadrão 18 da tacamentos de fuzileiros navais e pára-que- de pouso de Port Stanley: havia suspeitas
RAF, remanescente do afundamento do distas. Os primeiros avançariam rumo ao de que os Lockheed C-130 argentinos uti-
Atlantic Conveyor, foi muito útil no norte e ao leste; os pára-quedistas segui- lizavam o aeroporto para transportar ali-
estabelecimento da cabeça-de-praia. riam para o sul. mentos e equipamentos durante a noite. A
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COMBATES AÉREOS
O avião de maior poder
destrutivo da Força Aérea
argentina era o A-4P
Skyhawk, em geral armado ^
com bombas de 454 kg. ^H

McDonnell Douglas A-4Q


Skyhawk da Marinha
argentina, baseado no
Veinticinco de Mayo. Estes
aviões pouco diferiam dos
A-4P da Força Aérea.

28 de maio, o fogo antiaéreo abateu dois


Sea Harrier próximo a Port Stanley; os pi-
lotos foram resgatados do mar.
A 2 de junho, a maior parte da artilha-
ria ocupava a região alta, de onde se avis-
tava Port Stanley. No sul, o avanço fora
mais lento. Para completar o cerco, qui-
nhentos homens foram transportados, à
luz do dia, nas embarcações Sir Galahad
e Sir Tristan. Antes que o Sir Galahad pu-
desse desembarcar as tropas, surgiram vá-
rios Skyhawk carregados de bombas, que
acertaram os dois barcos. Nenhum deles
afundou na hora, mas, apesar das opera-
ções de resgate por helicóptero, cinquenta
homens morreram no Sir Galahad, a maio-
ria pertencente aos Welsh Guards. O siste-
ma de cobertura dos mísseis Rapier mos-
trou-se impraticável nas péssimas condi- Uma embarcação inglesa afundou e o Ply- Um Sea Harrier pousa no convés do
ções de tempo, e os Sea Harrier estavam mouth foi danificado por uma bomba. Intrepid. No final dos combates, os
longe demais para intervir. Um Vulcan, provavelmente em rota pa- aviões britânicos operavam nas demais
Enquanto prosseguia, dia e noite, o ra a ilha da Ascensão, sofreu danos em sua embarcações da frota.
bombardeio aéreo contra Port Stanley, os sonda de reabastecimento e desviou-se pa-
aviões argentinos ainda faziam vítimas. ra o Brasil. Foi liberado somente depois de Quedistas, fuzileiros da Marinha Real,
desarmado pelas autoridades. A n de ju- Scots Guards, Welsh Guards e Gurkhas,
Vista de San Carlos Water no final de nho um Exocet lançado da praia atingiu o sob o comando do major-general Jeremy
maio. Em primeiro plano, os destroços Glamorgan, registrando-se a perda de tre- Moore. Após cerca de 36 horas de comba-
do Antelope; ao fundo, dois navios de ze homens e de seu helicóptero Wessex. te acirrado, a resistência argentina come-
desembarque logístico, uma fragata e A 13 de junho começou o ataque final çou a se desintegrar. Na tarde do dia se-
um helicóptero Wessex. dos 6.000 homens do Regimento de Pára- guinte, as posições-chaves de Mount Tum-

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COMBATES AÉREOS
Quase todos os Púcaro
foram destruídos ainda
no solo, por ataques
dos Sea Harrier.

Os FMA IA 58 Pucará
voavam até as Malvinas com
reservatórios externos. Esses
tanques ejetáveis recebiam
então napalm, mas não
chegaram a ser utilizados
durante os combates. ""<• "'•'• UW

Um Sea King da Marinha socorre


sobreviventes do Sir Galahad. Os
pilotos usavam o deslocamento de ar
dos rotores para afastar as balsas e, em
seguida, recolhiam os homens. Três
pilotos foram condecorados por
heroísmo durante a ação de resgate-

bledown, Mount William e Wireless Rid-


ge estavam em poder dos britânicos. Dez
horas depois o general Menéndez, gover-
nador militar das Malvinas, assinava a ren-
dição. Encerravam-se os 74 dias de ocupa-
ção argentina do arquipélago, uma aven-
tura que teve um custo enorme para os dois
países — em termos de vidas e de dinheiro B;,S«:-..v---
— e condenou irremediavelmente o regime
militar argentino. gou o reexame dessa estratégia, evidencian- Perdas britânicas conhecidas, durante
Antes da Guerra das Malvinas, a Grã- do a necessidade — apesar da política bri- a campanha nas Malvinas
Bretanha cortava drasticamente os gastos tânica de descolonização sistemática, em-
com defesa, em favor de uma estratégia preendida nas décadas de 50 e 60 — de se 22 de abril: dois Wessex HU Mk 25 de maio: destruído um Lynx
voltada para armas nucleares aperfeiçoa- possuir meios de deslocamento de tropas 5seriamente
(XT464 e XT473) são
danificados por
HAS.Mk 2 (XZ242) no Coventry,
próximo a Pebble Island.
acidentes causados pelas más
das. O desencadeamento do conflito obri- em âmbito mundial. A longo prazo, o pon- condições atmosféricas, durante 27 de maio: o fogo antiaéreo
abate um Harrier GR.Mk 3 do
to central do planejamento estratégico bri- aSul.reocupação da Geórgia do Esquadrão n.° 1 (caça) da RAF
próximo a Goose Green; o piloto
Apêndice à guerra: em meio ao caos e tânico será relativo ao custo de manuten- 423(ZA411)
de abril: um Sea King HC.Mk
amerissa próximo ao
escapa à captura e retorna; um
Scout AH.Mk 1 (XT629) do
desolação, um Hercules da RAF ção de forças em locais distantes, sem men- Hermes, cerca de 3.200 km a
nordeste das Malvinas; não
3CBAS é derrubado em Goose
Green durante voo; três Chinook
aproxima-se da pista em Stanley, após o cionar a questão referente à necessidade de houve ação inimiga. HC.Mk 1 (ZA706, ZA716 e
ZA719) do Esquadrão n.° 18 da
fim das hostilidades. Em primeiro 4 de maio: um Sea Harrier
contínua modernização de armamentos e FRS.Mk 1 (XZ450) é abatido por RAF, seis Wessex HU.Mk 5
(XS476, XS480, XS483, XS495
plano, várias aeronaves argentinas sistemas convencionais, aptos a serem uti- fogo de terra ao voar sobre
Goose Green. O piloto morreu. XS499 e XS512) do Esquadrão
n.° 847 e um Lynx HAS.Mk 2
semidestruídas abandonadas. lizados em qualquer tipo de confronto. 6 de maio: perdern-se dois Sea
Harrier FRS.Mk 1 (XZ452 e
(XZ700) se perdem quando o -
Atlantic Conveyor afunda,
XZ453), devido às más atingido por um míssil Exocet.
condições atmosféricas, quando 28 de maio: dois Sea Harrier
em patrulha sobre o mar; não FRS.Mk 1 (XS456 e ZA174) são
houve ação inimiga. atingidos por fogo de terra,
17 de maio: um Sea King próximo a Port Stanley, e
-HC.Mk 4 (ZA290) do Esquadrão forçados a amerissar perto da
n.° 846 faz pouso de força-tarefa; os pilotos são
emergência no Chile, sendo resgatados.
destruído pela tripulação. 5 de junho: um Gazelle AH.Mk
18 de maio: um Sea King 1, do Esquadrão n.° 656, cai na
HAS.Mk do Esquadrão n.° 826 é Malvina do Oeste.
abatido por fogo de armas 12 de junho: um Wessex
navais. HAS.Mk 3 (XM837) é destruído
quando um míssil Exocet,
21 de maio: um Harrier GR.Mk 3 lançado da praia, atinge o
do Esquadrão n.° 1 (caça) da Glamorgan.
RAF é abatido por fogo de terra
ao sobrevoar Goose Green (o Perderam-se quatro Harrier
piloto, ferido, foi capturado); um Gr.Mk 3 (XZ963, XZ972, XZ989 e
Lynx HAS.Mk 2 (XZ251) acaba XZ998), todos do Esquadrão n "
destruído quando uma bomba 1 (caça) da RAF. Todos estão
atinge o Ardent; um Sea King incluídos nos detalhes acima. O
HC Mk 5 (ZA294) do Esquadrão último ficou seriamente
n.° 826 cai no mar depois que danificado numa aterrissagem
um albatroz colidiu corn o rotor de em Goose Green, após a
cauda (morre o pessoal do SÃS)- captura dessa localidade.
dois Gazelle AH.Mk 1 (XX402 e Um Lynx HAS.Mk 2 (XZ736)
XX411) do 3CBAS são abatidos sofreu danos por uma bomba
por fogo de armas de pequeno que não explodiu, a bordo do
porte em San Carlos; um Broadsword, em maio.
Gazelle AH.Mk 1 (XX412) fica Um Scout AH.Mk 1 (XR628)
danificado por fogo de armas caiu no mar em Fitzroy, no
em San Carlos; um Wessex início de junho, após falha no
HAS.Mk 3 (XP142), a bordo do rotor de cauda.
Antrim, é danificado pelo fogo Um Sea King HAS.Mk 5
de canhão dos A-4. (ZA128) teve de amerissar, em
12 de maio, após falha no
24 de maio: um Sea Harrier motor, sendo posteriormente
FRS.Mk 1 (ZA142}cai ao resgatado com danos de
decolar do Hermes. categoria 4.
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Guerra aérea
no Vietnâ
A mais sofisticada tecnologia aérea do mundo conseguiu
apenas prolongar a agonia do regime sul-vietnamita.
Em julho de 1954, um acordo internacio- Indochina. Os combates, embora acirra- tentativa de impedir a vitória do Vietminh.
nal assinado em Genebra formalizou a di- dos, limitavam-se à infantaria. Em termos Mas era tarde demais: a 7 de maio de 1954,
visão da colónia francesa da Indochina em de equipamento aéreo, os recursos do Viet- esgotadas as munições, rendia-se a guarni-
quatro países: Vietnâ do Norte, Vietnâ do minh praticamente inexistiam; do lado ção de Dien Bien Phu. A Indochina fran-
Sul, Laos e Camboja. Era a consequência francês, incluíam uma miscelânea de apa- cesa deixava de existir.
imediata da derrota dos franceses em Dien relhos remanescentes da Segunda Guerra
Bien Phu, onde a rendição de seiscentos ve- Mundial. Estes compreendiam desde anti- Teoria dos dominós
teranos da Legião Estrangeira, cercados pe- gos aviões japoneses (caças Kawasaki Ki-43 No momento da assinatura dos acordos de
las divisões da Liga Revolucionária para a e aviões de ataque tático Ki-55) até mode- Genebra, o Vietnâ do Norte já tinha um
Independência do Vietnâ (mais conhecida los mais conhecidos das forças aéreas alia- governo comunista, sob a liderança de Ho
como "Vietminh"), marcou o término do das: Spitfire, Hurricane, F6F Hellcat, F8F Chi Minh. O presidente Eisenhower predi-
domínio francês na região. Bearcat, Mosquito, P-51 Mustang etc. zia que os outros Estados da Indochina,
Fundada em 1941 por Ho Chi Mi nh, a Li- Apesar da superioridade francesa em diante da pressão comunista, "cairiam co-
ga iniciara a resistência contra a ocupação material, logo se tornou evidente que suas mo uma fileira de dominós".
japonesa do Vietnâ, na Segunda Guerra tropas não resistiriam por muito tempo.
Mundial. Após a derrota japonesa, pros- Cogitou-se, inclusive, de uma intervenção Curiosamente, um avião americano que
seguiu na luta contra o projeto francês do direta dos EUA ou da Grã-Bretanha. se mostrou eficiente no Vietnâ foi o
restabelecimento da ordem colonial. Os americanos chegaram a utilizar aviões obsoleto Skyraider A-l, com motor a
De 1946 a 1954, guerrilheiros do Viet- de transporte C-119 para abastecer às es- pistão. Na foto, um A-1E explode seu
minh e tropas coloniais enfrentaram-se na condidas as tropas francesas, numa última alvo com uma bomba de fósforo.
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ça (Bearcat e aviões de transporte C-47), sou a projetar e adaptar aeronaves às no-
além de remanescentes americanos da vas condições requeridas: boa visibilidade,
Guerra da Coreia (Cessna L-19 Bird Dog versatilidade no transporte (cargas, armas,
e helicópteros Sikorsky H-19). feridos), capacidade de voar rente ao solo
Em maio de 1959, quando o Vietnã do a baixa velocidade e de operar em pistas
Norte declarou abertamente seu objetivo de curtas e irregulares.
reunificar o país pela força, o Sul já vivia Simultaneamente, as Forças Armadas
em clima de guerra civil, com as operações criavam organismos especiais para estudo
cada vez mais frequentes da guerrilha viet- e desenvolvimento de técnicas de combate
congue. A resposta americana consistiu no antiguerrilha, como o Centro de Guerra
O navegador de um F-4B Phantom II envio de mais assessores militares e aviões Aérea Especial, em Eglin, na Flórida.
do Kitty Hawk é ejetado. O piloto ao Vietnã. A partir de setembro de 1960, Com a eleição do presidente Kennedy em
também saltou momentos depois. os sulistas receberam 25 Douglas AD-6 1961, o processo foi acelerado. O novo go-
Skyraider e onze helicópteros Sikorsky verno admitia abertamente o envolvimen-
H-34 Choctaw. to de forças americanas no Vietnã do Sul.
No Vietnã do Sul, o governo instável de Washington logo percebeu que o com-
Ngo Dinh Diem mantinha-se à custa da as- bate à guerrilha exigia uma reformulação A chegada americana
sessoria militar francesa e americana. A total dos conceitos vigentes, tanto a nível Em 5 de outubro de 1961, entrava em ati-
Força Aérea do Vietnã do Sul compunha- tático quanto em relação aos equipamen- vidade na Base Aérea de Tan Son Nhut,
se de aeronaves antes pertencentes à Fran- tos. A indústria aeronáutica americana pas- próximo a Saigon, a primeira unidade es-

Os porta-aviões da Marinha americana no Sudeste Asiático


As primeiras incursões sobre o L Um Vought F-8E Crusader
Vietnã do Norte foram realizadas pousa na Base Aérea de Da Nang.
pelas aeronaves da Marinha. Esta, 2. O alerta antecipado da frota
com suas ilhas flutuantes, ficava a cargo dos Grumman E-1B
posicionava-se melhor que a Força Tracers.
Aérea. Os Rockwell RA-5C e 3. Um Vought F-8 Crusader ataca
Douglas RA-3B forneciam dados alvos no delta do Mekong.
para determinação de alvos. A 4. Pilotos dirigem-se para seus
Marinha enviava então seus aviões em mais uma missão.
Douglas A-1 para interdições a
média distância, e os Grumman 5. Bombas de 227 kg Snakeye são
A-6 em ataques de longo raio de levadas para municiar um F-8
ação, monitorados pelos Grumman Crusader a bordo do Constellation.
E-l e E-2, de alerta antecipado; a 6. Muitas das missões de ataque
força de ataque recebia apoio de eram controladas pelos radares dos
navegação dos Douglas EA-3B, próprios porta-aviões.
que seguiam junto. Alguns 7. Douglas A-4 Skyhawk pronto
Lockheed EC-121 auxiliavam na para decolar do John F. Kennedy.
comunicação de longo alcance, e 8. Um Rockwell RA-5C Vigilante
os Vought F-8 e McDonnell F-4 parte do Forrestal para mais uma
davam cobertura sobre o alvo. longa missão de reconhecimento.

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McDonnelI Douglas F-4B Phantom 2234
O F-4B era o único avião
da Marinha americana no
Sudeste asiático capaz de
empreender missões de
ataque ao solo e combates
envolvendo mísseis ar-ar.

pecialmente preparada para atuar no Viet- equipados com câmaras; além dos aviões Alvos difíceis
nã: um posto móvel de informação e con- de transporte tático (os Douglas SC-47; os Apesar de disporem de armamentos ultra-
trole. Mais trinta aviões T-28 chegaram ao Fairchild C-123 Provider; e os helicópte- sofisticados, nunca os EUA se envolveram
país: a precária Força Aérea do Vietnã do ros Vertol H-21 Shawnee). numa guerra tão difícil. Mesmo após o des-
Sul ganhava reforços. No início de 1962, havia também seis ae- folhamento, o inimigo continuava invisí-
No entanto, a grande novidade ficava ronaves C-123 ocupadas em vaporizar des- vel: não se avistavam concentrações de tro-
por conta das aeronaves antiguerrilha: folhantes químicos para destruir a cober- pas, de equipamentos ou de veículos. Se-
Douglas RB-26 Invader (adaptação do mo- tura vegetal da selva, principal camuflagem quer havia indústrias ou outros alvos es-
delo A-26); North American T-28D de trei- dos vietcongues. Era a Operação Ranch tratégicos para bombardear.
namento, adaptados para ataque; caças su- Hand, a primeira de uma série que susci- Em contrapartida, o poderio combina-
persônicos McDonnelI RF-101C Voodoo, taria fortes protestos nos EUA. do da guerrilha vietcongue e das tropas ré-
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truindo alguns B-57 e danificando as ba-
ses de Pleiku (recém-ampliada) e Camp
Holloway. Também foi atacado um hotel
de oficiais americanos em Saigon.
A retaliação americana consistiu em
acionar a operação Flaming Dart (dardo
flamejante), primeiro ataque aéreo plane-
jado para execução a partir de bases ter-
restres. A incursão foi cancelada devido às
péssimas condições do tempo, mas alguns
aparelhos conseguiram decolar dos porta-
aviões Coral Sea, Ranger e Hancock. Seus
O apoio dos B-26 franceses não ataques atingiram duramente dois grandes
conseguiu impedir a derrota da acampamentos do Exército norte-
guarnição de Dien Bien Phu. vietnamita em Dong Hoi e Vit Thuu.
No dia seguinte, o Vietcongue respondeu
com um ataque à base de Soe Trang e a um
guiares do Exército norte-vietnamita se es- acampamento de soldados, infligindo gran-
tendia por toda parte. des perdas ao Exército americano. Estabe-
Em agosto, lanchas torpedeiras do Viet- lecia-se um padrão que se repetiria por oi-
congue atacaram em pleno dia os navios to anos seguidos, mobilizando aeronaves
Maddox e Turner Joy, na baía de Tonkin. (e defesas antiaéreas) cada vez mais efica-
Informado pelo rádio, o porta-aviões 77- zes e mortíferas. Fairchild C-123 Provider em Tan Son
conderoga lançou quatro caças F-8E Cru- A escalada acabou por estender-se ao Nhut, prontos para mais uma missão de
sader, armados de canhões, que afundaram território do Laos, utilizado pelos vietcon- desfolhamento da selva vietnamita.
uma das lanchas. gues como base de operações, pois conta-
Dias depois, os americanos iniciaram vam com o apoio do Pathet Lao, partido
uma ampla ofensiva: aviões A-1 e A-4 Sky- de esquerda do país. Os EUA forneceram
raider do Ticonderoga e do Constellation a seus aliados aviões de treinamento avan- lização das decisões em Washington. Isso
atacaram embarcações, bases e reservató- çado (os T-28) e de ataque, além de desfe- levou à perda total de autonomia das uni-
rios de combustível norte-vietnamitas. charem uma campanha aérea (chamada dades combatentes no Vietnã. Estas foram
O confronto na baía de Tonkin levou o "Barrell Roll") em apoio às tropas ter- praticamente impedidas, por exemplo, de
Congresso americano a aprovar medidas restres. recorrer aos bombardeiros estratégicos pa-
drásticas, dando ao presidente Johnson si- ra os ataques aéreos ao Norte. A grande
nal verde para intensificar a participação A Operação Rolling Thunder maioria dos reides foi efetuada por aviões
americana no Vietnã. Milhões de dólares táticos: F-100, F-4, F-104, F-105 e, no iní-
foram destinados à ampliação e moderni- Em março de 1965, os EUA davam início cio de 1968, F - l l l .
zação das bases aéreas em Bien Hoa, Da a um novo plano, batizado de Rolling Havia também restrições impedindo ata-
Nang, U-Tapao e Udorn, capacitando-as Thunder (sucessão de trovões). A operação ques aéreos acima do paralelo 19. Desse
a receber aeronaves ainda mais modernas: previa assaltos-relâmpago a posições inimi- modo eram excluídos todos os centros ur-
bombardeiros Martin B-57, caças táticos gas, de forma contínua, porém em locais banos norte-vietnamitas, incluindo Hanói,
F-100 Super Sabre e interceptadores F-102 e horas inesperados. A intenção era dissua- e inúmeros alvos de valor estratégico: di-
Delta Dagger. dir os norte-vietnamitas de combaterem no ques, pistas de pouso e bases lançadoras de
Vietnã do Sul. No entanto, uma série de mísseis superfície-ar, instaladas pela Chi-
Dardo flamejante problemas frustraria o projeto e levaria na e União Soviética. Por motivos políti-
Por volta do Natal de 1964, os vietcongues à suspensão, em 1968, da guerra aérea. cos, evitava-se qualquer ação que pudesse
desfecharam fulminantes ataques, des- O primeiro fator limitante foi a centra- envolver os representantes desses países e
acarretar um confronto direto com o blo-
co comunista.
Enquanto isso, a guerra prosseguia.
Apesar de todo o aparato tecnológico, os
soldados americanos consumiam-se inutil-
mente, combatendo num clima hostil, ata-
cando objetivos sem qualquer validade prá-
tica e sob uma coordenação deficiente pa-
ra alcançar a meta mais óbvia em qualquer
guerra: vencer.

Incluindo as missões rápidas especiais, o


F-100 totalizou mais de trezentas mil
incursões sobre o Vietnã, número que
acaba superando o desempenho dos
dezesseis mil P-51 empregados durante
a Segunda Guerra Mundial. Aqui, um
Sabre modelo D decola da base aérea
de Phan Rang.
20
AERONAVES FAMOSAS

iG-21,
o caça soviético
Concebido exclusivamente como aeronave de combate, o
MiG-21 é hoje operado por quarenta forças aéreas.
Muitos consideram o MiG-21 "Fishbed" um avião inferior, em a empresa Sukhoi. Durante a década de 50, ambas desenvolve-
termos de sensores e armamento, a seus competidores imediatos, ram cerca de 24 protótipos.
o Lockheed F-104 Starfighter e o Dassault Mirage III. No entan- Em 1955, surgiu o E-50, o primeiro da nova família. Sua tur-
to, o aparelho soviético mereceu o programa de produção mais bina (única) era uma versão mais potente das instaladas nos pro-
extenso de toda a história da aviação. Em termos numéricos, é tótipos birreatores. Dispunha também de um foguete graças ao
o avião de combate mais importante da atualidade. qual o piloto de provas V. P. Vasin atingiu a velocidade de 2.460
As origens do MiG-21 remontam a uma especificação da For- km/h, muito superior à de qualquer caça em 1955. Logo em se-
ça Aérea soviética, no início de 1954, para o projeto de um caça guida, dois protótipos totalmente reelaborados satisfizeram as exi-
que incorporasse as lições da Guerra da Coreia, recém-concluída. gências quanto ao desempenho aéreo.
O aparelho seria destinado ao combate aéreo diurno, a exemplo O E-2A tinha asas com 55° de enflechamento; o E-5, ampla
do que ocorrera com o MiG-15, desenvolvido após a Segunda asa em delta, com ângulo de 57° no bordo de ataque. Ambos pos-
Guerra Mundial. No entanto, se a capacidade de bombardeio e suíam tomadas de ar simples no nariz, com difusores cónicos,
ataque ao solo constituía parte importante do MiG-15, no MiG-21 grandes aletas ventrais, inclinadas, de cada lado, na parte poste-
buscava-se, acima de tudo, o desempenho em voo. Os engenhei- rior da fuselagem, e aletas de direcionamento do fluxo de ar so-
ros soviéticos concentraram-se em duas formas: a de acentuado
enflechamento (de 57 a 60°) e a delta (de 50 a 55°), combinadas,
nos dois casos, a estabilizadores vertical e horizontal também en- O MÍG-21MF "Fishbed-J" na codificação da OTAN.
flechados. Tais configurações foram exaustivamente pesquisadas Acredita-se que tenha sido a primeira versão a receber o
nos escritórios de projetos da Mikoyan-Gurevich e de sua rival, turbojato Tumansky R-13, mais potente e compacto.

13
AERONAVES FAMOSAS
MÍG-21PF "Fishbed-D" com
camuflagem e insígnias da
Força Aérea da República
Árabe do Egito.

MiG Type 77 (MÍG-21FL)


indiano. Os dois triângulos
indicam as cargas explosivas
do assento e da capota. Os
aviônicos são soviéticos.

Pelo menos sete versões do


MiG-21 foram produzidas
sob licença pela Hindustan
Aerospace. Este exemplar
camuflado é um MÍG-21FL,
conhecido na índia como
MiG Type 77.

Nomenclatura do MiG-21 MF
36 Cintos de segurança 71 Roda principal (recolhida)
bre as asas (duas de cada lado no modelo de asa enflechada e três 1
2
Tubo Pitot estático
Sensor de arfagem 37 Trava da capota 72 Contorno da bifurcação
3 Sensor de guinada 38 Painel de chaves da direita 73 Hastes de controle na parte
no de asa delta). Os dois foram mostrados em 1956, na feira aé- 4 Difusor cónico de entrada de
ar de três posições
39 Carenagem do espelho
retrovisor
superior da fuselagem
74 Face do compressor
rea de Tushino, em Moscou, no Dia da Aviação. Receberam da 5 Antena de radar de busca e
localização "Spin Scan"
40
41
Capota articulada à direita
Apoio de cabeça do assento
75 Tanque de óleo
76 Módulo de aviônica
OTAN os codinomes "Faceplate" e "Fishbed", respectivamente. 6
7
Slot da camada-limite
Entrada de ar do motor 42
ejetável
Compartimento de
77 Acessórios do motor
78 Turbina Tumansky R-13 (6.600
Durante três anos, o Ocidente ignorou qual modelo fora esco- 8
9
Radar "Spin Scan"
Saída interior da camada-limite 43
equipamento eletrônico
Hastes de controle
kg de empuxo com
reaquecimento pleno)
44 Ar-condicionado 79 Junta de desmontagem da
lhido para produção. Acreditava-se que o "Faceplate" entrara 10
11
Antenas
Portas da roda dianteira 45 Porta de alívio de sucção fuselagem, para transporte
12 Perna e amortecedores da 46 Bifurcação da entrada de ar 80 Entrada de ar
em serviço, mas que a asa em delta havia sido abandonada. Na 13
roda dianteira
Roda direcionai do nariz
47
48
Carenagem da raiz da asa
Pontos de união asa/fuselagem
81 Controle da superfície da
cauda
verdade, ocorrera o contrário: a linha do E-2A fora encerrada 14
15
Amortecedor antitrepidação
Acesso ao compartimento de 49
(quatro)
Anéis estruturais da fuselagem
82 Unidade de "sentimento
artificial"
e o E-5 evoluíra para o E-6. Esse aparelho recebeu um turbojato 16
equipamento eletrônico
Sensor de altitude
*. 50
51
Estruturas intermediárias
Tanque de combustível
83 Conexão da superfície de
controle da cauda
duplo Tumansky e sofreu aperfeiçoamentos aerodinâmicos, en- 17 Compartimento da roda do
nariz 52
principal da fuselagem
Compartimento de rádio RSIU
84 Acumulador hidráulico
85 Motor do ajuste da cauda
18 Portinhola de acesso 53 Entrada de ar auxiliar 86 Placa de fixação do tirante do
tre eles a quase total eliminação das aletas verticais e ventrais. 19 Eixo de retração da roda do 54 Tanque de combustível leme
nariz inteiriço da borda de ataque 87 Conexão do leme
Daí surgiu a série É-66, de pesquisa e quebra de recordes. Em 20
21
Bifurcação da entrada de ar
Compartimento de
55 Suporte exterior direito de
armamento
88 Articulação de controle do
leme
16 de setembro de 1960, o E-66 pilotado por Konstantin Kokki- 22
equipamento eletrônico
Equipamento eletrônico
56
57
Construção externa da asa
Luz de navegação direita
89 Estrutura do leme
90 Painel do bordo de ataque
naki atingiu 2.149 km/h. A 28 de abril de 1961, Georgi Mosso- 23
24
Bifurcação da entrada de ar
Saída superior da camada-
58 Antena embutida no bordo de
ataque
91 Acesso ao cabo do rádio
92 Detector magnético
lov chegou a 34.714 m de altitude num E-66A impulsionado por 25
limite
Sonda de pressão dinâmica
59
60
Aleta da asa
Atuador de controle do aileron
93 Tirante principal do leme
94 RSIU (rádio de combate em
61 Aileron direito VHF) — placa da antena
foguete. No mesmo ano, Aleksandr Fedotov atingiu a velocida- 26
para "q"
Pára-brisa semi-elíptico de 62 Carenagem do atuador do 95 Antenas VHF/UHF
vidro à prova de bala flape 96 Antenas IFF
de de 2.401 km/h pilotando um E-166 — aparelho bem diferen- 27 Suporte da mira 63 Flape de extensão da asa
direita
97 Luz de formação
98 Radar de aviso da cauda
28 Lâmpada fixa
te, que lembrava um barril — num circuito de 100 km. Em 1962, 29
30
Tela de radar
Manche (com compensador
64 Estrutura da asa
multilongarinas
99 Luz de navegação de ré
100 Abertura para o combustível
o E-166 quebraria novos recordes: Mossolov pilotou-o a 2.681 longitudinal e dois botões de
disparo)
65 Tanque principal da asa,
inteiriço
101 Leme
102 Articulação do leme
km/h, e Piotr Ostapenko conduziu-o a 22.670 m de altitude, em 31
32
Pedais do leme
Controles sob o piso
66 Estrutura do trem de
aterragem/ponto de articulação
103 Carenagem do
pára-quedas de freio
67 Perna da roda direita 104 Compartimento do
voo continuado (o voo do E-66A fora de impulso, de curta dura- 33 Assento ejetável KM-1 de duas
posições zero-zero 68 Compartimento de pára-quedas de freio
34 Painel de instrumentos equipamento auxiliar 105 Bocal do jato de geometria
ção). E, mais importante, a série E-6 entrou em produção, com esquerdo 69 Tanques de combustível da
fuselagem n. 03 2 e 3
variável
106 Instalação do
35 Alavanca do trem de
a designação operacional de. MiG-21. aterragem 70 Carenagem exterior da roda pós-combustor

A Força Aérea soviética recebeu os primeiros MiG-21 no in-


verno de 1957-58. Era um avião muito simples, com turbojato
R-ll, tanque para 2.340 litros de combustível e dois canhões de
30 mm. Pouco depois recebeu um par de mísseis ar-ar K-13A
(AA-2 "Atoll") com orientação infravermelha, instalados sob as
asas. Entre suas características constavam servocontroles dos pla-
nos móveis, empenagem inteiriça com pontas antiflutter (antivi-
bração), radar de orientação de tiro (instalado no difusor cónico
do nariz), flapes de área variável e a curiosa capota integrada ao
pára-brisa, articulada na frente e ejetável juntamente com o as-
sento. O cockpit era pressurizado. O equipamento eletrônico in-
cluía VOR (VHFomnidirectional range, rádio de alta frequência
de alcance multidirecional) e ADF (automatic direction finding,
indicador automático de direção) e instrumentos do tipo Tacan
(tactical air navigation, navegação aérea tática) com determina-
ção da distância, e mira e radar de aviso de cauda. Não havia
depósitos de bombas: o MiG-21 continuava a ser um caça de com-
14
As insígnias no nariz e no
leme indicam que este
MÍG-21R pertence à Força
Aérea tcheca. O casulo
ventral contém equipamento
multissensor de 1502
reconhecimento.

Atualmente a Força Aérea


iugoslava opera cerca de cem
MiG-21 de fabricação
soviética, fornecidos
completos, inclusive com
mísseis ar-ar AA-2
717 "Advanced Atoll".

MÍG-21MF da Força Aérea


tcheca armado com módulo
de canhões, tanque ventral,
casulos lança-foguetes e
mísseis ar-ar.

107 Entrada de refrigeração do 124 Pnnto para cavalete 138 Suporte de arr
pós-combustor 125 Solenóide de liberação do ATO esquerdo
108 Carenagern da articulação do (suporte frontal) 139 Fuso lança-foguetes UV-16-57
leme 126 Luz de aterragem sob a asa 140 Roda principal esquerda
109 Cilindros atuadores do escape 127 Suporte do alojamento ventraf 141 Seção da porta exterior da
110 Tubo de torque do leme 128 Porta da roda principal junto à roda principal
111 Profundor com movimento fuselagem 142 Perna da roda principal
integral 129 Tampa de junção 143 Articulação de controle de
112 Contrapeso anti-flulter 130 Canhão duplo GSh-23 de 23 aileron
113 Entrada de ar mm 144 Ponto de articulação da roda
114 Suporte do 131 Carenagem dos canos do 145 Tanque principal inteiriço da
pós-queimador canhão asa
115 Carenagem fixa da raiz do 132 Placa defletora de fragmentos 146 Carenagem do atuador do
profundor 133 Tanque suplementar ventral flape
116 Junta longitudinal ejetável 147 Aileron esquerdo
117 Duto externo (hidráulica do 134 Freio aerodinâmico dianteiro 148 Atuador de comando do aileror
escape) esquerdo (estendido) 149 Construção da asa externa
118 Aleta ventral 135 Tanque de combustível 150 Luz de navegação esquerda
119 Trilho de alinhamento do motor inteiriço do bordo de ataque 151 Suporte de armamento exterior
120 Escape ATO 136 Haste de recolhimento do trem esquerdo
121 Fixação do ATO de aterragem 152 Míssil ar-ar infravermelho
122 Conjunto do módulo ATO 137 Hastes de controle do aileron "Advanced AtoII"
123 Freio aerodinâmico ventral no bordo de ataque 153 Aleta da asa
(recolhido) 154 Antena do rádio-altímetro

15
AERONAVES FAMOSAS

MiG-21bis
Características
Tipo Caça-bombardeiro monoplace
Propulsão Um turbojato Tumansky R-25 de 7.500 kg de empuxo,
dotado de pós-queimadores.
Desempenho Velocidade máxima (sem carga) a grande altitude,
2.230 km/h; razão de subida (com meio tanque e dois mísseis ar-ar
"Atoll"), 17.680 m/min; alcance (com tanque interno, a grande
altitude), cerca de 1.160 km.
Pesos Vazio, cerca de 5.200 kg; em decolagem normal, 7.960 kg.
Dimensões Envergadura, 7,15 m; comprimento (incluindo a haste do
nariz) 15,76 m; altura 4,10 m; área alar 23,00 m2.
Armamento Um canhão de 23 mm de cano duplo GSh-23, com
duzentos projéteis; quatro suportes nas asas para as versões radar
ou infravermelho dos mísseis ar-ar "Atoll" ou "Advanced Atoll",
bombas (duas de 500 kg e duas de 250 kg), casulos lança-foguetes
ou outras cargas, inc'uindo tanques suplementares ejetáveis de 490
litros.

'• ,
'
'

16
Este MiG-21bis (codinome
OTAN, "Fishbed-N") é
padrão de muitas centenas de
caças-bombardeiros diurnos
da Força Aérea soviética. Só
esses aparelhos igualariam,
em termos numéricos, todos
os caças da OTAN na
Europa ocidental. Suas
características mais recentes
incluem, além da nova
turbina R-25, aleta dorsal
mais larga, módulo interno
de canhões, sensores de
arfagem e guinada ligados ao
comando de disparos, antena
sob o nariz e mísseis AA-2
"Atoll".

17
AERONAVES FAMOSAS
bate aéreo. Mas o peso excessivo desses modelos iniciais não ra- usaram-no, a partir dessa época, em operações de ataque ao solo
ro obrigava à remoção de um dos canhões. com tanques suplementares e bombas (duas de 500 kg e mais duas
Por volta de 1959, com reatores mais potentes, o MÍG-21F de 250 kg, num total de 1.500 kg, o que exige boas pistas). Ou-
"Fishbed" superou seus problemas de peso. Além disso, o au- tras características introduzidas: assento ejetável KM-1 zero-zero,
mento da corda da asa no bordo de ataque deu-lhe maior estabi- sensor de ângulo de ataque numa carenagem à esquerda do nariz
lidade lateral em números Mach elevados. Os primeiros MÍG-21F e uma instalação interna para o GP-9 (só com os canos visíveis
exportados destinaram-se à Finlândia e países do Pacto de Var- por baixo da fuselagem).
sóvia. Também foram construídos sob licença pela Tchecoslová- No final dos anos 60, o MiG-21 R (Reconhecimento) "Fishbed-
quia e índia e, sem licença, pela China. Seus pontos positivos eram H" trazia um alojamento ventral contendo câmaras oblíquas e
a excelente maneabilidade e a velocidade Mach 2. Entre os as- apontadas para a frente, varredura infravermelha e, por vezes,
pectos negativos estavam o alcance e autonomia limitados, a au- combustível e sensores adicionais. Os últimos modelos do
sência de radar para todas as condições climáticas e o armamen- MiG-21 R e vários subtipos de caça eram equipados com um sen-
to precário, com dois mísseis ar-ar que só acertavam alvos que sor semi-interno, num casulo sob a nacele, e receptáculos de ECM
lhes deixassem uma esteira bem quente e bem à sua frente. Np (electronic counter-measures, contramedidas eletrônicas) nas pon-
entanto, o MÍG-21F logo recebeu um tanque ejetável de 490 li- tas das asas; já foram vistos aparelhos da Força Aérea soviética
tros e outros armamentos, a exemplo dos casulos (pods) para abri- dotados de casulos multissensores e de ECM nos suportes das asas
gar 16 foguetes de 57 mm que substituiriam os mísseis. e antenas extras sob carenagem na fuselagem e na deriva. A de-
signação MiG-21 M serviu para cobrir uma ampla categoria de
Novo radar aparelhos exportados para a índia, ou lá construídos. No final
Em 1960 surgiu o MÍG-21PF (Interceptador Aperfeiçoado) dos anos 60, a Mikoyan criou um protótipo para testar em voo
"Fishbed-D", com radar e combustível extra. O radar R1L "Spin o formato das asas do avião comercial Tu-144, da Tupolev. Foi
Scan-A" (varredura circular-A) teve sua antena instalada no co-
ne difusor da fuselagem dianteira, ampliada para possibilitar o
controle do fluxo de ar no duto de entrada. A capacidade de com- MÍG-21F, de 1963, ainda em operação na Força Aérea
bustível subiu para 2.800 litros, pela adição de pequena carena- finlandesa. Seu equipamento de navegação para qualquer
gem atrás do cockpit. As condições de pouso em terreno irregu- condição meteorológica é limitado.
lar melhoraram muito com a instalação de pneus de baixa pres-
são, cujo tamanho maior resultou em saliências na raiz das asas.
Os canhões foram removidos para permitir a instalação de freios
aerodinâmicos maiores e mais simples, e a antena sob o nariz pas-
sou para a parte superior.
No decorrer da década de 60, o MÍG-21PF recebeu numerosas
modificações. A primeira consistiu num aumento da corda da asa
no bordo de ataque. O pára-quedas de frenagem foi alojado sob
o leme. Colocaram-se foguetes auxiliares de decolagem ATO (as-
sisted take-off, decolagem assistida) junto às raízes das asas. E
houve também uma versão especial para operar em pistas curtas,
o MÍG-21SPS, com flapes aumentados.
Todos os MiG-21 dessa época (1965) receberam um escape do
jato com bordas alongadas em cima e embaixo. Um protótipo
experimental STOL (short take-off and vertical landing, decola-
gem em espaço reduzido e aterrissagem vertical) apresentava um
compartimento no meio da fuselagem com dois jatos de decola-
gem, um à frente do outro, uma grande porta dorsal articulada
e aletas defletoras sob os bocais. Seu código na OTAN era
"Fishbed-G". Outro protótipo STOL com jatos auxiliares de de-
colagem, de 1967, que recebeu o codinome "Faithless" no Oci-
dente, vinha equipado com radar interceptador completo.
Os últimos MÍG-21PF, em geral designados MÍG-21FL nas ver-
sões de exportação e fabricação sob licença, introduziram o pro-
pulsor R-11F2S-300, mais potente, e uma excelente arma, o mó-
dulo de canhão GP-9. Preso sob a fuselagem, o GP-9 acomoda
dois canhões GSH-23 (normalmente inseparáveis e vistos como
um só) de cano duplo, com 23 mm e munição para 200 disparos.
O módulo, bem aerodinâmico, é de grande eficiência em opera-
ções ar-ar e ar-terra, dotado de sistema de mira de precisão, para
detecção e previsão. Em meados da década de 60, o radar da sé-
rie era o R2L "Spin Scan-B" (varredura circular-B), com melhor
definição e alcance.

Outras versões
Veio a seguir o MÍG-21PFM "Fishbed-F" com várias alterações,
entre as quais um pára-brisa fixo convencional e articulações da
capota abrindo à direita. O MÍG-21PFMA "Fishbed-J"
distinguia-se por uma aleta dorsal ampliada e dois suportes adi-
cionais sob as asas, dando maior capacidade para tanques extras
de combustível e armamento. Muitos compradores do MiG-21
18
O MÍG-21MF de um
regimento de caças baseado
no Distrito Militar de Kiev.
A insígnia no nariz distingue
unidades com elevado padrão ,.* , : -

de eficiência operacional.

A Luftstreitkràfte (da Força


Aérea da República
Democrática Alemã) deve ter
quatro regimentos de caça
equipados com MÍG-21MF
como o da esquerda.

Camuflagem tricolor egípcia.


Este MF é um aparelho de
reconhecimento. Além do
casulo externo, traz câmaras
no compartimento visível
atrás do trem dianteiro.
AERONAVES FAMOSAS

o MÍG-21A — mais conhecido como "Análogo" — que acom- MiG-21 com padrão de camuflagem da Força Aérea egípcia.
panhou o gigantesco supersônico em seu primeiro voo, em 31 de Só dois dos quatro suportes estão com armamento. Este caça
dezembro de 1968. teve importante participação nas guerras contra Israel.
Por volta de 1970, o caça padrão era o MÍG-21MF "Fishbed-
J". Dispunha de um turbojato R-13, intercambiável com o R-ll,
porém mais potente e mais leve. Um ano depois era amplamente Donell Douglas F-15 e GeneralJDynamics F-16. Os aperfeiçoamen-
usado o MÍG-21SMT "Fishbed-K", com carenagem dorsal am- tos prosseguem: há indícios de que os últimos modelos do
pliada para receber mais combustível. Equipamentos eletrônicos MiG-21 bis dispõem de instrumentação eletrônica ainda mais avan-
mais avançados foram instalados em associação com o K-13A çada, além de um evidente sensor de dados atmosféricos em "ar-
aperfeiçoado. Entre eles destaca-se o míssil ar-ar "Advanced co e flecha", na parte inferior do nariz.
Atoll", em duas versões: orientado por infravermelho ou radar. Paralelamente às variantes de caça, desenvolveram-se nume-
Os MiG-21 provavelmente levam alguns dos mísseis ar-superfície rosas versões de treinamento, com assentos duplos em tandem.
soviéticos de nova geração, mas os detalhes não são bem conhe- É o caso do MÍG-21U "Mongol", que corresponde, em linhas
cidos. Sua função continua centrada em combate aéreo. gerais, ao MiG-21 F. A maioria dispõe de periscópio retrátil para
Os subtipos mais recentes são os MiG-21 bis "Fishbed-L" e o instrutor no assento traseiro.
"Fishbed-N". Com uma carenagem dorsal ainda maior e capa- A produção total das variantes do MiG-21 deve estar bem aci-
cidade de combustível ampliada para 2.900 litros em sete tanques, ma das 10.000 unidades. Só na Força Aérea soviética estão em
essas versões trazem o novo turbojato R-25. Apesar do aumento serviço cerca de mil aparelhos de caça, trezentos de reconheci-
do peso bruto, são mais velozes e ascendem mais rápido que qual- mento e mais de trezentos de treinamento. Os usuários estrangei-
quer outra variante do MiG-21. Seu desempenho só encontra ri- ros são mais numerosos do que os de qualquer outro avião mili-
val nos aparelhos fundamentalmente novos, como os caças Mc- tar: cerca de quarenta forças aéreas.

Variantes do MiG-21 MÍG-21SMT "Fishbed K": desenvolvimento do


MiG-21 F, com carenagem dorsal de rnenor arrasto e
tanque interno maior; ECM opcionais nas pontas das
E-50, E-2A, E-5A e E-6: protótipos com diversos nariz colada na parte superior a partir de 1963, ano asas.
turbojatos dotados de pós-queimadores e motores-fo- do início de produção. Sofreu várias modificações: MiG-21bis "Fishbed-L": terceira geração (e
quete (no E-50}. aleta com corda maior, pára-quedas de frenagem MiG-21 PFM provavelmente última), com carenagem dorsal maior e
E-33: MiG-21 U de treinamento, usado para recordes reposicionado e módulo exterior de canhões GP-9 equipamento eleírõnico aperfeiçoado, equipado a
femininos da FAI. Codinome OTAN1 "Fishbed-E" MÍG-21PFMA "FÍshbed-J": polivalente, com quatro partir de 1975 com turbojato Tumansky R-25 de 7.500
E-66 e E-66A: MiG-21 modificado para quebrar suportes sob as asas, radar aperfeiçoado, assento kg de empuxo e com pós-queimadores.
recordes mundiais de velocidade e altitude (E-66A). ejetável zero-zero e carenagem dorsal maior, os MiG-21bis "Fishbed-N": versão definitiva do
E-66B: versão auxiliada por foguetes para estabelecei últimos modelos com módulo de canhões embutido. MiG-21bis com eletrônica rnais aperfeiçoada, indicada
recordes femininos de tempo e altura. pela antena de "arco e flecha" sob o nariz.
E-76: MiG-21 PF usado para estabelecer vários MÍG-21U "Mongol-A": versão biplace de treinamento
recordes de velocidade femininos. baseada no MiG-21 F. Os últimos modelos têm aleta
E-74, E-77 e E-88: modelos destinados à exportação. com mator corda e carenagem dorsal sem filete, mais
E-166: avião semelhante ao MiG-21, com nova profunda.
fuselagem e impulsor maior, para recordes mundiais
de velocidade e altitude contínuas. MiG-21 PF (série inicial) MiG-21 PFM A
MIG-21 "Fishbed-B": modelos originais e de pré-
produção de 1957. MÍG-21PF ou MiG-21PF(SPS): designação aplicada MIG-21M "Fishbed-J": basicamente similar ao
ao MiG-21 PF e a outros modelos posteriormente MJG-21PFMA, mas com turbojato Tumansky R-13-300
equipados com flapes de extensão (não-usados no (6.600 kg de empuxo, e pós-queimadores), defletores
modelo de exportação do MiG-21FL). de fragmentos, espelho retrovisor e outras alterações
introduzidas pela índia em 1973.
MiG-2 W (série principal)
MIG-21MF "Fishbed-J": versão soviética de série do
MÍG-21M indiano, introduzida em 1970. MIG-21US "Mongol-B":versão biplace de treinamento
baseada no MÍG-21PFM, com previsão para flape de
extensão e periscópio retrátil para o instrutor.

MÍG-21FL: versão de exportação do modelo final


MiG-21 PF, dotado de um turbojato R-11-300 com
6.200 kg de empuxo e pós-queimadores, equipado MiG-21MF
com radar R-2L "Skip Spin-B" e previsão para módulo
de canhões GP-9, rnas sem previsão para SBS ou MÍG-21R "Flshbed H": variante de reconhecimento
ATO. em vários sub modelos, com receptáculo externo MiG-21 UM "Mongol-B": versão biplace de
rnultissensor, no suporte ventral ou módulo embutido treinamento baseada no MiG-21 MF, com turbina R-13
com três cãmaras'em lugar do módulo de canhões, e quatro suportes sob as asas.
localizado logo atras do trem dianteiro usualmente
com ECM nas pontas das asas.

M/G-21F (fabricação tcheca) MiG-2! PF (série final) MiG-2 W M

MIG-21 F "FIshbed-D": segundo modelo básico de MIG-21 PFM "Flshbed F": versão atualizada do "Análogo": MiG-21 equipado com asa de Tu-144, em
produção com turbojato R-11F (5.950 kg de empuxo e MÍG-21PF com turbojato R-11-300 de 6.200 kg de escala reduzida, para voos experimentais.
pós-queimadores), tanque interno de combustível empuxo e pós-queimadores, sistema eletrônicp MÍG-21R "Fishbed H": variante de reconhecimento "FIshbed-G": versão experimental STOL do
maior, tomada de ar ampliada e difusor central com aperfeiçoado, radar R2L, aleta com corda maior, do MiG-21 MF, com o mesmo equipamento do MiG-21 PFM, com dois jalos de decolagem na
radar R1L "Skip Spin A", pneus maiores, haste do capota articulada e pára-brisa fixo. MÍG-21R. fuselagem alongada.

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