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Revista ENAF Science Volume 5, número 1, abril de 2010 - Órgão de divulgação científica do 48º ENAF - ISSN: 1809-2926
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PÔSTERES......................................................................................... 161
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ARTIGOS
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNOSTICO DE OBESIDADE AINDA NA INFÂNCIA EM
ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE CASA BRANCA.
Bossi Jaqueline¹
Braz Sergio Henrique²
¹ Discente Unip;
² Doscente Unip;
RESUMO
Este artigo mostra o percentual de gordura (%G) de crianças de 1ª a 4ª série, de uma
escola particular de Casa Branca, com intuito de avaliar a composição corporal dos
alunos e mostrar para os pais, autoridades e responsáveis pelos cidadãos mirim e infantil
a importância de diagnosticar a obesidade ainda na infância como forma de prevenção de
doenças e evitando um tratamento tardio; e também colaborar com o acervo bibliográfico
nacional, referente a esse tema, pois na bibliografia a maior parte dos estudos é em
populações estrangeiras.
Palavras Chave: obesidade, escolares, saúde infantil.
INTRODUÇÃO
A obesidade pode ser considerada uma alteração metabólica mais antiga já relatada, em
monografias do século XVII (OLIVEIRA et al., 2003).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade uma doença que atingem
tantos os países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento, sendo assim,
considerada uma epidemia mundial, é uma doença crônica (SOTELO et al., 2004) e
multifatorial, onde o estilo de vida sedentário, a informatização e automatização do
trabalho, muitas horas em frente à TV e a falta de estimulo para brincadeiras infantis, vem
diminuindo as atividades e o desenvolvimento motor da criança (BETTI e ZULIANI, 2002;
MELLO et al., 2004), alimentação não apropriada com valor nutricional rico em gorduras e
em alimentos de alta densidade energética (SILVA e MALINA, 2003; MORAIS et al.,
2007), estudiosos da nutrição perceberam que um desenvolvimento antecipado e essas
mudanças alimentares podem trazer resultados negativos permanentes e que no decorrer
do crescimento podem desenvolver alterações metabólicas graves que associados a
fatores genéticos e ambientais acarretam um obesidade futura (LEMOS et al., 2007).
Mas influenciada por esses fatores, e ainda, genética, sociedade, nível de atividade física;
a obesidade pode ser desenvolvida em qualquer idade (GIUGLIANO e CARNEIRO,
2003), é um mau que tem que ser combatido, pois as doenças influenciadas pela
obesidade são também muito preocupantes, ela está diretamente relacionada a
alterações metabólicas, como dislipidemia, hipertensão, intolerância a glicose, fator de
risco para diabetes melitus tipo II e doenças cardiovasculares (OLIVEIRA e FISBERG,
2003; RIBEIRO et al., 2006), a aterosclerose, que é o acumulo de colesterol na camada
intima das artérias, tem inicio na infância (MELLO et al., 2004) e além dos fatores físicos,
os distúrbios psicossociais, depressão, isolamento e baixa auto estima são comuns em
crianças obesas (LEMOS et al., 2007; RODRIGUES et al., 2008; LUIZ et al., 2005).
Em 1989, cerca de um milhão e meio de crianças com idade menor que 10 anos eram
obesos, com a prevalência de 2,5% a 8,0%, em famílias de menor e maior renda,
respectivamente, e a maior em meninas nas regiões Sul e Sudestes. (ZAMAIA e
MORAES, 2008; SOTELO et al., 2004) e em São Paulo uma prevalência de obesidade de
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PROCEDIMENTOS
As medidas foram realizadas no período da manhã, no horário normal das aulas, e todas
as medidas foram feitas pelo mesmo avaliador. Foram usadas as aulas de Educação
Física, as crianças foram colocadas sentadas, e foi explicado o procedimento das
medidas e o motivo da avaliação, e em grupos de 5 crianças elas forma medidas na
ordem de altura, peso e as dobras cutâneas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 2 mostra a média do percentual de gordura (%G) para o gênero masculino dentro
da faixa etária avaliada.
Tabela 2: média do %G e desvio padrão para meninos segundo grupo etário.
5 - 6 anos 7 -8 anos 9 – 10 anos 11 -12 anos
N 6 14 22 1
Média %G e 20,63% ± 19,38% ± 22,35%± 12,26%
desvio padrão 3,83 4,75 6,795
N 12 17 11 2
Na tabela e gráfico 5 podemos observar que o gênero masculino está em todas as faixas
etárias com média maior que o gênero masculino, o que diverge da literatura que diz que
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RESUMO
INTRODUÇÃO
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MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram deste estudo onze voluntários do sexo masculino, com idades entre 19 e 39
anos, praticantes de musculação. Estes foram divididos em dois grupos, Grupo Treinado
(GT) composto por cinco voluntários praticantes de musculação há mais de oito meses e
Grupo Iniciante (GI) composto por seis voluntários que iniciaram um programa de
musculação há menos de seis meses. Ambos os grupos realizaram treinos de hipertrofia
na musculação com três a quatro séries de oito a doze repetições, com intervalos de
descanso entre 1 minuto e 1 minuto e meio entre as séries, com freqüência semanal
mínima de três vezes.
A coleta de sangue foi realizada no Laboratório de Análises Clínicas da Santa Casa
Saúde da cidade de São João da Boa Vista - SP, seguindo todos os cuidados de higiene
e assepsia. As amostras foram coletadas 24 horas após o treino de hipertrofia proposto.
Os resultados foram apresentados com média erro padrão da média (EPM) para
conduzir as análises estatísticas. Para a análise dos dados utilizou o programa Instat
Graph Pad Prisma, onde foi aceito para o nível de significância valor menor que 0,05.
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RESULTADOS
Foi utilizado o método cinético para dosagem de CK. Este método consiste em avaliar a
atividade total desta enzima (MARTINEZ-AMAT, 2005). Os valores de referência para
dosagem total de soro ou plasma em homens são de 38 a 174 U/L a 37º (CREATINA
KINASE, 2008).
Os voluntários compuseram uma amostra heterogênea em relação à idade e aos níveis
séricos de CK, como está demonstrado na TABELA abaixo.
DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
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Tadeu Paccagnella
Mestre em Psicologia na Faculdade de Psicologia (USP/RP)
Acadêmico e coordenador da Educador Físico, COC-RP/SP
Resumo
A terapia antirretroviral age aumentando a sobrevida das pessoas que vivem com
HIV/aids, não sendo capaz de erradicar a infecção, com necessidade da manutenção
prolongada deste regime terapêutico, levando a diversos efeitos colaterais, como a
síndrome da lipodistrofia, que se caracteriza pela má distribuição da gordura corporal,
através da lipoatrofia e lipohipertrofia, podendo apresentar uma ou ambas manifestações,
além de desordens metabólicas que ocorrem. O estudo teve como objetivo utilizar o
treinamento resistido como recurso terapêutico na síndrome; no qual foi composto por 6
pessoas, de ambos os sexos, portadoras do vírus e que fazem uso da terapia
antirretroviral. Foram realizadas avaliações antropométricas (dobras cutâneas e
perimetria) antes e após 60 sessões de treinamento, verificando alterações na distribuição
da gordura e com isso melhora da harmonia corporal. Os resultados mostram que o
estudo conseguiu melhorar o quadro da lipohipertrofia, além de não obter evolução da
síndrome durante o estudo.
Introdução
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Materiais e Métodos
A amostra foi composta por 6 indivíduos, portadores do vírus HIV/aids, que fazem uso do
HAART e sofrem com a SL, de ambos os sexos e com média de idade de 41,1±11,3
anos.
Após aprovação do comitê de ética da UNAERP, a assinatura do termo de consentimento
livre e esclarecido e os atestados médicos liberatórios em mãos, foram realizadas
avaliações antropométricas (dobras cutâneas e perimetria) em todos os indivíduos no
início e no final de um programa de TR, realizado num período de 60 sessões (5 meses)
com freqüência semanal de 3 dias, sendo todas as segundas, quartas e sextas, as dobras
cutâneas verificaram a composição corporal antes e depois da atividade proposta, sendo
mensurados os seguintes pontos: subescapular, suprailíacca, tricipital, bicipital, axilar
média, abdominal, coxa e panturrilha. Já a perimetria verificada antes e depois da
atividade proposta, teve o intuito de observar a proporção e harmonia corporal,
mensurando: ombros, tórax, abdome, braços relaxados, braços fletidos, antebraços,
quadril, coxas e panturrilhas.
Para determinar a intensidade de treinamento, foi utilizado o teste de uma repetição
máxima (1RM) que é considerado pelo Colégio Americano de Medicina Desportiva (2002)
como parâmetro para se determinar carga de trabalho, os exercícios foram escolhidos de
acordo com o objetivo e as necessidades dos indivíduos, realizando 6 sessões de
adaptação com 3 séries de 15 repetições com 40% da sua carga máxima, após esse
período se realizou 12 sessões de evolução com 3 séries de 15 repetições com 50% da
carga máxima, seguido por 42 sessões do período especifico, com 3 séries de 12
repetições de 70 a 80% da sua carga máxima.
Os seguintes aparelhos foram utilizados para o estudo: cross over, estação de aparelhos,
barras, anilhas, caneleiras, colchonetes, fita métrica e adipômetro.
Os dados obtidos foram submetidos ao teste t Student p<0,05.
Resultados
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Na perimetria de tronco não houve uma diferença significativa, o que se verificou é que no
ombro houve um aumento no perímetro, que era 107,1±11,4cm passando a ser
108±10,8cm, no tórax era de 95,5±10,7cm passando para 95,1±8,7cm, já nos perímetros
da cintura e do abdômen onde se caracteriza a lipohipertrofia (aumento de gordura na
região abdominal) não houve diminuição significativa, na cintura era 86,1±11,4cm
passando a ser de 85,5±10,5cm, no abdômen era de 85,5±12,7cm e passou a ser de
84,7±10,6cm (TABELA 2).
Nos membros superiores não houve variação significativa, o que se pode observar foi um
pequeno aumento nas medias realizadas. No braço direito, era 28,2±5cm passando para
29±4,9cm, no braço esquerdo 27,6±4,6 cm e passou a ser 28±4,4cm, no braço direito
contraído se manteve no 30,1±5,3cm, já no braço esquerdo contraído antes do era
29,7±5,4cm passando a ser 30±4,9cm, no antebraço direito tinha 25,2±3cm e passou a
ser 25,5±3,2cm já no antebraço esquerdo antes se tinha 24,7±2,8cm passando para
25±3,2cm (TABELA 2).
As medidas de perimetria de membros inferiores não obtiveram diferença significativa, os
resultados mostram pequeno aumento na circunferência da coxa direita que antes do
treinamento era de 48,2±6,7cm e passou a ser de 48,3±6,6cm e na coxa esquerda era de
47,9±6cm antes do treinamento e 48±5,6cm após, já a panturrilha direita era de
33,1±4,2cm antes do treinamento diminuiu de maneira não significativa para 32,8±4cm e
a panturrilha esquerda tinha como medida de circunferência antes do treinamento
33,2±3,9cm e após passou a ser de 33,1±3,8cm, já o quadril também teve uma
diminuição na sua perimetria de maneira não significativa, onde antes do treinamento era
de 92,1±11,2cm passou a ser de 91,2±9,8cm após o treinamento (TABELA 2).
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* t student – p<0,05
Discussão
Dos dados obtidos o único que se mostrou significativo estatisticamente, foi os de dobras
cutâneas na região do tronco, que de maneira positiva diminuiu o acumulo de gordura na
região, no qual ocorre a lipohipertrofia (acumulo de gordura). Já os outros pontos
antropométricos (dobras cutâneas e perimetria) medidos não obtiveram variação
significativa, em contra partida isso significa que não se obteve manifestação da SL
durante o estudo proposto.
Estudos realizados apontam que o TR promove alterações na SL, porém acredita-se
serem necessários maiores estudos sobre o tema, devido às alterações apresentadas,
que podem ser influenciadas por fatores além da atividade física, como os hábitos
nutricionais e o uso de fármacos não controlados (ACM´S, 2002; BAE ET AL, 2001;
BAIROS ET AL, 2002; BURATTINI ET AL, 2008; DORAN, 2001; PACCAGNELLA, 2002,
2007; MEDEIROS, 2006).
Conclusão
Conclui-se que programas de treinamento resistido, podem ser utilizados como recuso
terapêutico no tratamento da SL, utilizando protocolos de treinamentos periodizados de
acordo com o objetivo e as necessidades dos indivíduos. Com o treinamento proposto
conseguiu-se melhorar o quadro da lipohipertrofia que caracteriza o aumento da gordura
central. Além do mais, os resultados mostraram que durante o estudo, não se obteve
piora nos quadros da síndrome apresentada por essa população.
Pouco se sabe sobre os benefícios da atividade física para pessoas que vivem com
HIV/aids, busca de novos estudos são de suma importância, pois irão contribuir de
maneira que faça da atividade física uma alternativa no tratamento desses indivíduos,
conseguindo melhoras no seu bem estar físico, clínico e psico-social, levando
conseqüentemente a melhoras na qualidade de vida.
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HENRIQUE MIGUEL
Educador Físico – UNIFAE/ Especialista em Treinamento Desportivo – UNIFMU/
Mestrando em Motricidade Humana - UCA / Técnico Desportivo da Prefeitura Municipal
de Aguaí
prof.henriquemiguel@yahoo.com.br
MARCELO FRANCISCO RODRIGUES
Educador Físico – UNIFAE/ Especialista em Treinamento Desportivo – UNIFMU/
Professor da Prefeitura Municipal de Aguaí
SÍLVIO CÉSAR DOS SANTOS SOUZA
Educador Físico – ESEFM/ Pedagogo – FACHA/ Docente da Faculdade de Ciências
Humanas de Aguaí
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Amostra
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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N. Freq. (%)
Deca-Durabolin® 6 19
Durateston® 9 27
Deca-Durabolin® Durateston® 17 54
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19 a 24 a Acima
Até 18 30 a 35
23 29 de 35
anos anos
anos anos anos
N % N % N % N ¨% N %
Deca-Durabolin® 1 50 3 25 1 14 1 18 0 0
Durateston® 1 50 3 25 1 14 2 33 2 40
Deca-Durabolin® e
0 0 6 50 5 72 3 49 3 60
Durateston®
4. CONCLUSÃO
Nota-se com o conteúdo deste trabalho que o consumo de anabolizantes no interior das
academias se torna cada dia mais uma constante em nosso meio. A facilidade de se
adquirir tais substâncias em estabelecimentos ou através de terceiros, juntamente com a
busca do corpo perfeito a qualquer custo, leva muitos indivíduos à utilização destes. As
drogas mais utilizadas, com certeza por sua facilidade e seu preço acessível, bem como
sua fácil aplicação e manipulação são a Deca-Durabolin® (Decanoato de Nandrolona) e a
Durateston® (Decanoato de Testosterona), encontradas em farmácias como repositores
hormonais relacionados a determinadas doenças. Desta forma, é necessário que
tenhamos a consciência de que projetos de esclarecimento contra estas substâncias
devam ser mais difundidos pelos planos municipais, estaduais e federais. A utilização de
EAA tem se tornado um modismo que aumenta em proporção aos seus riscos para a
sociedade, sendo que o empirismo e a falta de informações permitem tal processo.
REFERÊNCIAS
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DIFERENTES POSIÇÕES
HENRIQUE MIGUEL
Educador Físico – UNIFAE/ Especialista em Treinamento Desportivo – UNIFMU/
Mestrando em Motricidade Humana - UCA / Técnico Desportivo da Prefeitura Municipal
de Aguaí
prof.henriquemiguel@yahoo.com.br
MARCUS VINÍCIUS DE ALMEIDA CAMPOS
Educador Físico – UNAERP/ Especialista em Nutrição HCFMRP – USP/ Técnico
Desportivo da Prefeitura Municipal de Aguaí
RESUMO
O Futsal tem se tornado todos os dias, uma das modalidades mais praticadas do Brasil.
Desta forma, o presente estudo buscou visualizar diferenças do VO2max entre os jogadores
de distintas posições da modalidade. Foram analisados 18 atletas da equipe
DERLA/Aguaí e Futsal, com média de idade 17,2±0,4 anos, 164±41 cm de estatura,
68,9±7,9 kg de massa corpórea, IMC de 22,8±1,6, 15,3±2,06 de percentual de gordura
corporal e VO2 de 41,6±3,6 (ml.kg.min-1). Utilizou-se para a avaliação do VO2, o protocolo
de 2400 metros, juntamente com a aferição do peso, da altura, percentual de gordura
corporal e índice e massa corpórea. Estatisticamente usou-se o modelo descritivo simples
através da ANOVA One Way. Após a realização dos testes em todos os jogadores, o
tratamento estatístico não encontrou nenhuma diferença significativa na variável avaliada,
o que ressalta que mais estudos nesta temática deverão ser realizados para benefício da
ciência do treinamento da referida modalidade.
1. INTRODUÇÃO
O Futsal surgiu no Uruguai e rapidamente foi trazido ao Brasil pela proximidade do país
vizinho. Logo, este se tornou um dos esportes mais difundidos e praticados dentro dos
clubes, agremiações e até mesmo em momentos de tempo ócio. Tal fato deu à
modalidade uma estrutura completamente nacionalizada e uma imagem que se atrela aos
laços da cultura brasileira. Pelo pouco espaço necessário para sua prática e o menor
número de jogadores necessários ao exercício da modalidade, muitos autores já relatam
que o Futsal em alguns anos se tornará tão praticado, ou superará o número de adeptos
do Futebol ((FIGUEIRÊDO, 1996; LUCENA, 1994).
Surgindo como esporte amador, o Futsal não demorou a se tornar uma modalidade de
alto-rendimento. Tal fato fez com que os atletas, antes apenas amadores, conseguissem
sua profissionalização, bem como as agremiações, times e clubes, que passaram a se
tornar empresas pagando salários aos seus empregados do esporte. (SANTANA, 1996).
A profissionalização aumentou o número de competições e o número de nações que
passaram a praticar a modalidade. Vários atletas começaram a ser exportados para
outros países, difundindo ainda mais a modalidade pelo mundo. Este fato proporcionou a
criação de ligas regionais, estaduais e nacionais, campeonatos continentais de seleções
e clubes, bem como o campeonato mundial da modalidade, que nos anos 90 passou à
tutela da FIFA, onde o Brasil é o maior vencedor com seis conquistas (BRUNORO e
AFIF,1997.
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É uma modalidade de constante confronto entre as equipes que disputam uma partida,
redobrando a atenção de todos os jogadores envolvidos num contexto de constante
ataque e defesa (GARGANTA, 2002).
Como modalidade esportiva, é classificada por ter caráter intermitente, variando de
situações de intensidade alta com períodos e momentos de curta recuperação.
(CORRADINE e TOLEDO, 2007). Desta forma é difícil o conhecimento com exatidão das
exigências físicas, fisiológicas e energéticas que necessitam os jogadores durante a
realização da atividade, sobretudo com a imprevisibilidade da partida e do adversário que
se vai enfrentar (GARCIA, 2004).
Nota-se claramente que o Futsal, em função da natureza de suas ações motoras, visa
deslocamentos variados, paradas bruscas e repentinas, acelerações e desacelerações,
saídas rápidas, trocas de direção em alta velocidade, juntamente com as ações de
fundamentos que cercam todo o âmbito da modalidade (passar, finalizar, fintar, driblar,
entre outras). Entretanto, não devemos esquecer que o desempenho de um jogador de
Futsal, é diretamente proporcional com sua capacidade de força e com o desenvolvimento
de suas capacidades físicas determinantes (resistência aeróbia e anaeróbia, coordenação
e velocidade) que sempre sofrem ajustes funcionais e morfológicos seguindo os princípios
exigidos pela modalidade (CORRADINE e TOLEDO, 2007).
Desta maneira, a avaliação física dos atletas do Futsal vem sendo cada vez mais
detalhada com o intuito de auxiliar na preparação física, técnica e tática, levando o atleta
à sua melhor forma, sendo aproveitado da maneira mais correta possível por sua
comissão técnica. Uma das avaliações mais corriqueiras realizadas pelos profissionais da
preparação física da modalidade em questão, é a avaliação do VO 2máx dos atletas. O
consumo máximo de oxigênio pode ser definido como o maior volume de oxigênio
captado por um determinado intervalo de tempo, seguindo a respiração do ar atmosférico
durante a realização de algum exercício (BARROS NETO, TEBEXRENI e TAMBEIRO,
2001). Nos desportos o VO2 tem se tornado uma ferramenta de grande importância na
predição da performance do atleta, sendo empregada principalmente para avaliar a
capacidade respiratória dos atletas (SILVA, et. all, 1998).
Garcia (2004) informa em uma de suas pesquisas com o Futsal que, uma partida pode ter
duração aproximada de 75 a 90 minutos, onde 54% deste tempo, é o resultado da soma
de todas as pausas efetuadas entre os intervalos de jogo e 46% do tempo restante
corresponde a soma de todos os intervalos de jogo em que a bola está sendo jogada.
Além disso, o Futsal demanda de um grande trabalho neuro-muscular, devido a enorme
quantidade de ações técnicas realizadas durante todo o tempo de realização da partida,
assim como as permanentes trocas de ritmo e intensidade. Neste contexto, observa-se
aproximadamente uma média de 670 ações diferentes e consecutivas em intensidades
variadas (correr, caminhar, corrida em velocidade, conduzir a bola, finalizar) durante a
partida.
Observamos dentro de tal situação que o sistema energético ATP-CP, tem participação
freqüente no abastecimento dos esforços breves de intensidade alta, alternado
permanentemente com o sistema energético aeróbio, participante das ações energéticas
de baixa intensidade (McARDLE, KATCH e KATCH, 1998). O sistema anaeróbio lático
participa quando os tempos das ações de alta intensidade tenham duração prolongada
(maior que 15 segundos). Seguindo esta linha de raciocínio, um atleta de Futsal percorre
durante a partida 3200 a 3400 metros, dos quais 57% são percorridos em intensidade alta
e 43% são realizados em baixas intensidades. Um jogador se mantém em contato com a
bola em média dois minutos e vinte segundos, o que mostra como é importante o trabalho
voltado para a técnica dentro da periodização do treinamento. É necessário que no pouco
tempo que esteja com a bola em seu domínio, saiba o que e como fazer da maneira mais
proveitosa para a equipe. Mediante tais elucidações, notamos a razão do Futsal ser uma
modalidade tão dinâmica que exige alto grau de preparo físico dos atletas que o praticam
(BELLO JUNIOR, 1998; GARCIA, 2004).A rápida troca de posições no Futsal torna a
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Amostra
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Média ± DP
Idade (anos) 17,2±0,4
Estatura (cm) 164±41
Massa Corpórea (kg) 68,9±7,9
IMC 22,8±1,6
Percentual de gordura corporal (%) 15,3±2,06
VO2máximo (ml.kg.min-1) 41,6±3,6
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A análise estatística de tal variável não encontrou diferença significativa entre o consumo
máximo de oxigênio entre os quatro grupos de jogadores da equipe (p<0,05). A ausência
destas diferenças significativas no consumo máximo de oxigênio entre as posições do
Futsal, corrobora com os dados observados por Bicalho et al. (2007).
Essa similaridade pode ter sido acarretada pelas próprias características da modalidade
em questão, pois, todos seus atletas, apesar de ocupar nomenclaturas de posições que
exercem durante uma partida, estão em constante rodízio com efetivas trocas de
posições, onde tal atleta deve desempenhar outras funções várias vezes durante o jogo e
com maestria, o que potencializa seu aporte fisiológico (SANTANA, 2006).
Comparando os grupos específicos em pares, também não encontramos diferença
significativa dentro da análise estatística (p<0,05).
Desta forma, o Futsal se mostra ser uma modalidade com constante troca de posições, o
que leva seus atletas a uma generalização dos fatores fisiológicos, na questão principal, o
consumo máximo de oxigênio. Tal fato não pode ser visto da mesma forma quando
jogadores de Futsal são comparados com jogadores de Futebol, pois estes últimos,
possuem valores maiores de VO2máx pelo componente aeróbico da modalidade citada
(CHAMARI et al., 2004).
4. CONCLUSÃO
Conclui-se com o presente trabalho que, pelo Futsal ser uma modalidade onde seus
atletas estão em constantes trocas de posição, o consumo máximo de oxigênio
comparado entre os grupos de atletas das quatro posições da modalidade (goleiros, fixos,
alas e pivôs) não possui diferença estatística significativa. Também não houve diferença
significativa quando comparados em pares entre si.
Desta maneira, é importante ressaltar que novas pesquisas devem ser realizadas com o
intuito de englobar cientificamente tal proposta estudo, para que a modalidade continue
crescendo tanto no âmbito de conquistas, quanto no ramo da ciência do treinamento.
REFERÊNCIAS
BELLO JUNIOR, N. A ciência do esporte aplicada ao futsal. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
BRUNORO, J. C; AFIF, A. Futebol 100% Profissional. Editora Gente, São Paulo, SP,
1997.
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MARINS, J.C.B; GIANNICHI, R.S. Avaliação & Prescrição de Atividade Física. 2.ed.
Shape Editora, Rio de Janeiro - RJ, 1998.
TOLEDO N.; CORRADINE, T.V. Modelo das cargas concentradas de força no futsal. In:
OLIVEIRA, P.R. (Org.). Periodização contemporânea do treinamento desportivo: modelo
das cargas concentradas de força e sua aplicação nos jogos desportivos (basquetebol,
futebol de campo, futsal, voleibol) e lutas (judô). São Paulo: Phorte, 2007, p. 117-157.
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Carolina de Carvalho Andrade¹, Luciana Moreira Maciel¹, Diogo Dias Silva¹, Alessandro
de Olivera²
¹ Discente do curso de Educação Física da UFSJ
² Docente da UFSJ
E-mail para correspondência: alessandro@ufsj.edu.br
RESUMO
INTRODUÇÃO
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Tal situação para Negrão e Barreto (2005) decorre do fato do diabetes ser uma patologia
pouco sintomática e assim muitas vezes o paciente somente vem a conhecer o
diagnostico 10 anos após o inicio da doença. Além disso, o censo verificou que 22,3% dos
diabéticos pesquisados não realizavam nenhum tipo de tratamento.
Ressalta-se, porem, a importância de se controlar a doença visto que estudos
randomizados em diabéticos mostraram claramente uma redução das complicações
oriundas de um bom controle metabólico (BRASIL, 2002).
De acordo com o American College os Sports Medicine – ACSM (1997) a atividade física
tem importância fundamental na promoção da saúde e principalmente no combate ao
crescimento do DM tipo 2, visto que o mesmo encontra-se fortemente relacionado com a
obesidade e baixos níveis de atividade física.
McArdle, Katch e Katch (2003) afirmam que a falta de atividade física regular e a
obesidade, particularmente a distribuição da gordura nos segmentos superiores do corpo
são os principais riscos para o desenvolvimento do diabetes tipo 2 em adultos e crianças.
Indivíduos que praticam exercícios moderados regularmente tendem, segundo Colberg
(2003) a correr menos riscos de vir a desenvolver problemas de saúde como DM tipo 2,
obesidade, hipertensão, certos tipos de câncer e outros distúrbios metabólicos. No
entanto, Pollock e Wilmore (1993) salientam que os benefícios da atividade física estão
diretamente relacionados com a prática de atividades físicas realizadas durante toda a
vida.
O exercício é uma recomendação primaria para o diabético tipo 2, para auxiliar no
controle da obesidade e da glicemia. Pesquisa realizada por Canché e Gonzalez (2005)
em Monterrey, México corroboram com tal afirmação. No referido estudo, adultos
diabéticos tipo 2, foram submetidos a sessões de exercícios de resistência muscular,
duas vezes na semana, durante uma hora. Verificou-se que esse tipo de intervenção é
capaz de ajudar de forma eficiente no controle glicêmico de diabéticos do tipo 2.
Dessa forma, diante do crescimento e desenvolvimento do diabetes e devido a grande
importância na atividade física no controle e prevenção da referida doença, o propósito do
seguinte estudo foi mensurar o nível de atividade física e o índice de massa corporal
(IMC) de pacientes diabéticos tipo 2 inscritos no Programa Saúde da Família no bairro
Guarda – Mor no município de São João Del Rei (MG).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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RESULTADOS
Dos 30 pacientes analisados, foi possível verificar de acordo com os dados obtidos na
amostra, que apenas 13,3% (n=4) dos voluntários apresentam IMC normal e 86,7%
(n=26) da população esta acima do peso recomendado pela OMS.
De acordo, com o questionário utilizado o IPAQ – versão curta, 17 pacientes foram
classificados como ativos, 5 como irregularmente ativo e apenas 8 foram considerados
sedentários. Portanto, 56,67% (n=17) dos indivíduos praticavam atividades físicas
regularmente.
Em relação aos pacientes do sexo feminino, 100% das mulheres encontram-se acima do
peso ideal, porém, 52,6% (n=10) são consideradas ativas.
Já em relação aos pacientes do sexo masculino, 36,4 (n=4) dos homens apresentam IMC
normal, 63,7% (n=7) encontram acima do peso ideal. Em relação ao nível de atividade
física desenvolvida, os homens foram classificados: 63,64% são ativos, 27,27% (n=3) são
irregularmente ativos e 9,09 (n=1) são sedentários.
DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DULLIUS J., Diabetes mellitus: Saúde, Educação, Atividades Físicas. Brasília/DF: Editora
UnB, 2007
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SILVA, C. A da; LIMA, W. C. de. Efeito benéfico do exercício físico no controle metabólico
do diabetes mellitus tipo 2 a curto prazo. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e
Metabologia, são Paulo, v. 46, n.5, p. 550-556, 2002.
World Health Organization (WHO). Diabetes programme. 2007. Disponível em: <
http://www.who.int/diabetes/en/> . Acesso em: 20 nov. 2007.
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RESUMO
INTRODUÇÃO
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MATERIAIS E MÉTODOS
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medida era dado um intervalo de 2 minutos, até serem realizadas 3 medidas em ambos
os membros. O instrumento utilizado para coletar as medidas foi um dinamômetro de
preensão palmar da marca JAMAR, modelo PC 5032p, com mensuração de valores em
libras. Para análise estatística foi utilizado programa Excel (versão 2007), e programas
estatístico “GraphPad InStat versão 3.05.
RESULTADOS
A tabela 1, mostra a média individual de cada atleta de jiu-jitsu, além da média geral onde
obtiveram valores de 120 ± 18,71 libras para o membro superior direito e para o membro
superior esquerdo de 115 ± 11,51 libras.
Tabela 1- Valores da média de cada atleta, média de membro superior direito e esquerdo
e desvio padrão da força de preensão palmar no jiu-jitsu.
Tabela 2- Valores da média de cada atleta, média de membro superior direito e esquerdo
e desvio padrão da força de preensão palmar na natação.
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DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Os resultados observados indicam que no jiu-jitsu houve uma maior prevalência da força
de preensão palmar em relação aos nadadores. Sendo o jiu-jitsu um esporte com
metabolismo anaeróbio, seu trabalho é voltado para ganho de força pela própria
biomecânica do esporte. A prevalência de força no membro superior direito ocorre pela
própria característica de cada atleta, pois todos eram destros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SILVA, I. O. et al. Analise da força de preensão manual e tração lombar nos atletas de
natação da Univangélica. Revista Cientifica JOPEF, 6º Fórum Internacional de Qualidade
de vida e Saúde, Curitiba, vol. 1, nº 2, 2007.
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RESUMO
Este estudo teve como objetivo verificar o desenvolvimento motor de pré-escolares na
faixa etária de 5 anos e 5 anos e 11 meses, relacionando a idade cronológica com a idade
motora obtida em cada componente avaliado. A avaliação motora utilizada foi a Escala de
Desenvolvimento Motor (EDM) proposta por Rosa Neto (2002), que envolve provas
motoras específicas por idade como: motricidade fina, motricidade global, equilíbrio,
esquema corporal, organização espacial e organização temporal. Para atender ao objetivo
foi feita uma relação da idade cronológica, com as idades motoras obtidas em cada prova.
Os resultados mostraram que quanto maior a idade cronológica, maiores os valores do
componente motricidade global e organização espacial. Já o esquema corporal não
correlacionou com nenhuma variável, pois todos os valores foram iguais. Conclui-se que
cada componente específico da motricidade possui formas diferenciadas, o que
caracteriza o desenvolvimento motor como um processo dinâmico.
INTRODUÇÃO
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MATERIAIS E MÉTODOS
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RESULTADO E DISCUSSÃO
85
82,5
80
77,5
75
72,5
IM2
70
67,5
65
62,5
60
57,5
55
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72
Idade Cronológica
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Na figura 2, nota-se também que quanto maior a idade cronológica IC maior e o valor do
componente referente à organização espacial (IM5).
74
72
70
68
IM5
66
64
62
60
58
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72
Idade Cronológica
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CONCLUSÃO
A partir dos resultados deste estudo, nota-se que houve relação da idade
cronológica com os componentes motricidade global e organização espacial. Ao que se
refere ao esquema corporal, este foi o componente que obteve maior déficit em relação às
outras áreas avaliadas. Portanto pode-se concluir que a evolução de cada componente
especifico da motricidade apresenta formas diferenciadas, caracterizando o
desenvolvimento motor como um processo dinâmico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRIPPA, L.R.; SOUZA, J.M.de.; SIMONI, S.; ROCCA, R.D. Avaliação motora de pré-
escolares que praticam atividades recreativas. Revista da Educação Física/UEM,
Maringá, v.14, n.2, p.13-20, set.2003.
SILVEIRA, C.R.A.; GOBBI, L.T.B.; CAETANO, M.J.D.; ROSSI, A.C.S.; CANDIDO, R.P.
Avaliação motora de pré-escolares: relação entre idade motora e idade cronológica.
Efdeportes - Revista Digital, Buenos Aires, ano. 10, n.83, abril 2005. Disponível em
http://www.efdeportes.com. Acesso em 20 de jul. 2009.
SOARES, A.S.; ALMEIDA, M.C.R.de. Nível maturacional dos padrões motores básicos do
chutar e impulsão vertical em crianças de 7/8anos. Movimentum-Revista digital de
Educação Física, Ipatinga: Unileste-MG, v.1, n.1, ago./dez. 2006.
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RESUMO
O futsal é uma modalidade acíclica, cujo s esforços são sustentados por um sistema
energético misto, tendo o carboidrato participação fundamental neste processo. Portanto,
com o objetivo de verificar a influencia da suplementação de maltodextrina em atletas de
futsal durante uma partida, 10 atletas foram subdivididos em 3 grupos, controle, placebo e
maltodextrina e tiveram suas respectivas glicemias mensuradas antes e após a partida,
observou-se então uma tendência no aumento da glicemia dos atletas de todos os
grupos, sendo que não verificamos variação estatística entre os grupos; nos permitindo
afirmar que a simples suplementação não é um recurso ergogênico nutricional, sendo
necessário uma intervenção mais ampla para a obtenção de resultados.
INTRODUÇÃO
O futsal é uma modalidade desportiva acíclica, caracterizado por esforços intermitentes
de extensão variada e de periodicidade aleatória; que acarretam em um alto gasto
energético, bem como uma elevada solicitação metabólica e neuromuscular do praticante
(BARROS NETO; GUERRA, 2004).
Segundo Medina (2002), a demanda energética de uma partida de futsal é sustentada por
um sistema energético misto (aeróbio-anaeróbio), com solicitação muscular dinâmica
geral, sendo que a recuperação de tais solicitações é incompleta; realizada de maneira
ativa e passiva, e com duração variada.
O glicogênio muscular e a glicose sanguínea contribuem principalmente para a energia
total, necessária durante o exercício de alta intensidade; onde a demanda de energia é
suprida pelo metabolismo anaeróbio, sofrendo a molécula de glicose proveniente dos
carboidratos uma série de reações químicas num processo denominado glicólise; que
libera energia suficiente para a ressintese de 2 ATP, formando duas moléculas de ácido
piurúvico por molécula de glicose; uma grande parcela do glicogênio muscular é
rapidamente convertida em lactato; nos exercícios anaeróbios de curta duração e
intensidade máxima, um único sprint de seis segundos pode levar a uma diminuição de
16% dos estoques de glicogênio muscular (MAUGHAN, 2002; GHORAYEB; BARROS,
2001).
Além de estar diretamente ligados a produção de energia durante exercícios intensos, o
glicogênio muscular e a glicose sanguinea são fundamentais nos primeiros minutos do
exercício moderado, quando o suprimento de oxigênio não consegue atender as
demandas do metabolismo aeróbio; entretanto, tanto o glicogênio muscular, como a
glicose sanguínea encontram-se em quantidade limitada no corpo, tendo em média um
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METODOLOGIA
2.1 Amostra
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Este estudo transversal, contou com a participação de 10 atletas, do sexo masculino, com
idade média de 17,2 anos; 176cm de altura e 76kg de massa corpórea. Todos os atletas
são integrantes da categoria Sub-18 da equipe de futsal do Departamento de Esportes
Recreação e Lazer (DERLA) da Prefeitura Municipal de Aguaí, sendo que os mesmos
representam o DERLA em competições regionais. Os atletas envolvidos na pesquisa
realizam 3 treinamentos semanais, distribuídos em treinamentos técnico, tático e físico.
Antes de iniciar a pesquisa, todos os atletas e responsáveis foram previamente
informados sobre os riscos e benefícios do estudo e os pais ou responsáveis assinaram
um termo de consentimento, concordando com a participação de seus dependentes no
estudo.
Avaliação Dietética
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A avaliação do consumo alimentar foi realizada por meio de um registro alimentar de três
dias, sendo os daods fornecidos pelos atletas avaliados com o auxilio do software
AVANUTRI, versão 3.0.9; onde verificou-se o total de calorias ingeridas, a participação
dos macronutrientes no total calórico e a adequação dos micronutrientes.
Avaliação da Glicemia
A mensuração da glicemia foi realizada com o auxilio do aparelho Accu-Check Active,
sendo a determinação da glicemia realizada por fotometria de reflexão em sangue de
capilar fresco; em intervalo de 10 a 600mg/dl (0,6 a 33,3mmol/l). O volume de sangue
coletado variou de 1 a 2µl.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em relação à ingestão de nutrientes, observou-se que os atletas ingerem em média
2.368kcal por dia, distribuídas conforme a tabela abaixo.
Carboidrato 52,3
Lipídeo 38,4
Proteína 9,3
Estes valores estão em desacordo ao preconizado pelo ACSM (2000), que sugere a
participação dos carboidratos em 55% a 60% do valor calórico total da dieta, ainda
observamos um excesso de ingesta de lipídeos, que não deveria ultrapassar 30% do valor
calórico total da dieta.
Em relação a ingestão de micronutrientes, foi observada ingestão insuficiente de
vitaminas do complexo B, vitaminas estas fundamentais no metabolismo de carboidratos.
Os atletas do grupo controle tiveram um aumento de 12,5mg/dl na glicemia mensurada,
quando comparado os períodos pré e pós jogo; os atletas do grupo placebo apresentaram
aumento 14,75mg/dl em igual período do grupo descrito anteriormente, e os atletas do
grupo maltodextrina apresentaram aumento de 26mg/dl na glicemia. Entretanto, quando
avaliados estatisticamente pelo teste t student, tais aumentos não foram considerados
significativos (Tabela 2).
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Controle 12,5
Placebo 14,8
Maltodextrina 24,3
CONCLUSÕES
De acordo com os resultados, pode se concluir que a simples suplementação de
maltodextrina no período pré exercício não afeta a glicemia de atletas, que independente
da suplementação, tendem a ter um aumento da glicemia.
Portanto a adequação de estratégias nutricionais ergogênicas devem ir além da
suplementação isolada, que se mostra uma estratégia superficial; pois inadequações na
dieta do atleta pode fazer com que a maltodextrina seja utilizada apenas para compensar
desequilíbrios na ingestão de carboidratos, ou até mesmo ter sua absorção e utilização
prejudicada devido a falta de nutrientes chaves para o metabolismo de carboidratos.
REFERÊNCIAS
BARROS NETO, T.L.; GUERRA, I. Ciencia do Futebol. São Paulo: Manole, 2004.
BURKE, L.M. Energy Needs of Athletes. Can. J. Appl. Physiol. 26: 202-219. 2001.
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Resumo
Trabalho sobre Educação Física que discorre sobre os efeitos benéficos que aulas de
alongamento e flexibilidade promovem como método auxiliar no controle de estresse,
contribuindo para a difusão de uma forma de aplicação da Educação Física que trará
benefícios físicos e mentais. Traz uma pesquisa de campo em que foram aplicados testes
do tipo "antes e depois com dois grupos" com o objetivo de mensurar o nível de estresse
no primeiro momento e após ter submetido os integrantes do grupo experimental a
aplicação das técnicas propostas. Constata que no grupo experimental ocorreu uma
estabilização no nível de estresse ao reduzir as tensões musculares através de um
processo adaptativo, atingindo resultados satisfatórios. Realizou-se, de forma
complementar, uma pesquisa bibliográfica abordando os conceitos de alongamento e
flexibilidade, suas características, técnicas e os benefícios que proporciona, e os
conceitos de estresse e as reações provocadas e influências na vida do indivíduo.
Palavras chaves: alongamento, flexibilidade e estresse.
Abstract
Work on Physical Education that discusses the benefits that classes promote stretching
and flexibility as a method to control stress, contributing to the spread of a form of
implementation of Physical Education which will benefit physically and mentally. Brings a
field in which they were applied tests "before and after the two groups" in order to gauge
the level of stress at first and after obtaining the members of the experimental application
of the proposed techniques. Notes that in the experimental group was a stabilization in the
level of stress by reducing muscle tension through an adaptive process, achieving
satisfactory results. Took place in a complementary manner, a literature search addressing
the concepts of stretching and flexibility, characteristics, techniques and the benefits it
provides and the concepts of stress and reactions to and influences the individual's life.
Keywords: stretch, flexibility and stress.
Introdução
O estresse da vida moderna provoca efeitos físicos, psicológicos e emocionais que se
intensificam a medida que cresce o envolvimento das pessoas nas preocupações diárias
resultantes do desenvolvimento global. Acreditar que o indivíduo tenha de conviver com o
estresse sem lhe fornecer alternativas para aprender a controlá-lo, seria deixar essa
pessoa transformar-se numa "fábrica de tensões", onde quanto mais situações
estressantes se envolvam, maior o nível de estresse e vice-versa. O policial militar
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90 70
80
60
70
60 50
50 40
40 Controle Controle
30 30
Experimental Experim ental
20 20
10
10
0
Ausência Presença 0
Estresse Estresse Leve Elevada
Ausência de
Elevada
Presença
Estresse
17%
Presença
Estresse
Estresse 11,1 Leve
Ausência de Estresse 12% Leve
Presença de Média Leve
Ausência
Presença de Estresse
Ausência
Estresse 22,2 Leve
66,7
Média Média
53
47 Média
Estresse Estresse Elevada
83% 88%
Elevada
Após dois meses de treinamento os dois grupos foram novamente submetidos aos
mesmos testes, obtendo-se os seguintes resultados:
a) GC: 1. Dados obtidos através do ISE: 47,0% dos sujeitos - ausência de estresse;
53,0% dos sujeitos - presença de estresse: fase de resistência - 29,4% com
manifestações psicológicas e 11,8% com manifestações físicas. fase de exaustão -
11,8%. 2. Dados obtidos através da ERS: Leve - 29,4%; Média - 47,1%; Elevada - 23,5%
b) GE: 1. Dados obtidos através do ISE: 88,2% dos sujeitos - ausência de estresse;
11,8% dos sujeitos - presença de estresse: fase de resistência - com manifestações
físicas. 2. Dados obtidos através da ERS: Leve - 58,8%; Média - 29,4%; Elevada - 11,8%
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100 60
80 50
60 40
Controle 30 Controle
40
Experim ental 20 Experim ental
20
10
0
Ausência Presença 0
Estresse Estresse Leve Elevada
Elevada Elevada
Presença Leve 11,8
Estresse 29,4
Ausência de Estresse 12% Ausência de Estresse Leve Leve
Presença Ausência 23,5
Estresse Estresse
53% Presença de Estresse Média Leve Média
47% Média
Ausência 29,4 58,8
Estresse Presença de Estresse Elevada Elevada
88%
Média
47,1
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RESUMO
O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos de um programa de estabilização
lombopélvica em um indivíduo sedentário, portador de lombalgia crônica não específica, e
descrever suas reações fisiológicas e psicológicas, assim como conseguir conscientizar
os pacientes lombálgicos sobre a importância de um programa de exercícios físicos
associados à estabilização lombar, para melhora na qualidade de vida. Para atingir tal
objetivo, foi utilizado um questionário de incapacidade, específico para dor lombar,
questionário Roland-Morris. A intensidade da queixa dolorosa foi avaliada pelas escalas
numérica e visual analógica. Observou-se que o indivíduo que concluiu o programa de
estabilização lombar apresentou melhoras significativas nos domínios para capacidade
funcional, na avaliação pelas escalas numéricas e analógicas da dor e questionário RM.
Não foram observados ganhos estatisticamente significantes nos domínios aspectos
sociais, emocionais e saúde mental.
INTRODUÇÃO
A dor na região lombar ou lombalgia vem assumindo na sociedade contemporânea,
proporções de uma verdadeira epidemia, com os conseqüentes custos sociais e
econômicos. A melhor compreensão da fisiopatologia e multiplicidade dos aspectos da
dor crônica, o reconhecimento da incapacidade funcional gerada pela lombalgia e os
custos da exclusão destes pacientes do ciclo produtivo possibilitaram a aplicação de uma
abordagem diagnóstica e terapêutica diferenciada e progressivamente mais complexa e
abrangente. (GREVE 1998)
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MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo analisou um adulto, do sexo masculino, sedentário, com idade de 25
anos portador de lombalgia crônica não-específica. O indivíduo foi informado
detalhadamente sobre os procedimentos utilizados e concordou em participar de maneira
voluntária do estudo. O estudo foi realizado durante o período de 08 a 19 de Junho de
2009, e mediante o estudo de campo, somente foi seleto um indivíduo com histórico de
lombalgia crônica não-específica. A pesquisa foi realizada no Município de Barbacena -
MG, na clínica Pró-Fisio, situada na av. Pereira Teixeira, 482 lj 11, Bairro Centro –
Barbacena-MG.
Os instrumentos usados para essa análise incluem avaliação funcional pelo questionário
Roland-Morris (RM), e escalas numéricas e analógicas visuais da intensidade da dor. O
instrumento de avaliação de incapacidade funcional, específico para dor lombar.
È atribuído um ponto a cada frase assinalada, sendo o resultado a somatória desses
pontos. Quanto maior a pontuação final, maior será a incapacidade do indivíduo. A
pontuação mínima é zero e representa nenhum impacto da dor sobre a pessoa, o valor
máximo é 24, indicativo de incapacidade funcional total. Não há direcionamento de
atenção aos aspectos psicossociais englobados na lombalgia (TSUKIMOTO et al.,
2006).Na escala numérica zero é a ausência de dor e dez é a dor insuportável, e
supostamente, a dor leve é de 1 a 3, a moderada de 4 a 6, a forte de 7 a 9.
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Procedimentos
O indivíduo selecionado foi submetido a um programa de treinamento dividido em quatro
etapas:
Exercícios de estabilização pélvica: o indivíduo deveria se apoiar sobre uma superfície
firme na altura do seu peito e alternar flexão de pernas estabilizando a região pélvica
nessa posição. O indivíduo foi submetido a 3 séries de 15 repetições com descanso entre
as mesmas de aproximadamente 1 minuto.
Exercício para fortalecimento de multífido: o indivíduo sentado sobre uma bola suíça,
deveria contrair o abdômen e manter a coluna vertebral em uma posição ereta, resistindo
às oscilações executados pelas pesquisadoras contra a bola. O indivíduo foi submetido a
3 séries de 15 repetições com descanso entre as mesmas de aproximadamente 1 minuto.
Exercícios de extensão lombar: o indivíduo deitado em decúbito ventral alterna extensão
de ombro e quadril, enquanto é mantida uma posição neutra da região lombar. O
indivíduo executou 3 séries de 15 repetições com descanso entre as mesmas de
aproximadamente 1 minuto.
Exercício para fortalecimento de transverso: com o indivíduo deitado em decúbito dorsal
coloca-se uma bolsa de ar (Esfigmomanômetro), debaixo da região lombar do corpo do
mesmo. Pede-se para que o indivíduo inspire profundamente contraindo o abdômen o
máximo possível, repetindo o movimento por 10 vezes.
Durante a execução dos exercícios o indivíduo era estimulado verbalmente pelas
pesquisadores, e questionado sobre o algum possível desconforto. As sessões foram
realizadas em dias alternados, sendo três vezes por semana, no período de duas
semanas, totalizando 6 sessões. Ao final das mesmas, o indivíduo respondeu novamente
as escalas de percepção da dor para confirmar o resultado encontrado pelo estudo.
RESULTADO
O paciente apresentou melhoras progressivas nas dores lombares durante as seis
sessões fisioterapeuticas. Durante as sessões os pesquisadores indagaram o paciente a
todo tempo para saber melhor o tipo da dor, e onde aplicar na escala. Na 1ª e 2ª sessão,
o indivíduo relatou dor forte e contínua durante e pós-treinamento, na 3ª e 4ª sessão o
individuo informou uma dor moderada no momento dos exercícios propostos sem
agravamento da mesma. Nas duas últimas sessões (5ª e 6ª), o indivíduo relatou uma
significativa melhora da dor lombar sentindo um leve desconforto.
10
9 1ª e 2ª sessão - Dor
8 forte e continua -
7 Durante e pós
6 tratamento.
5 3ª e 4ª sessão - Dor
4 Moderada
3
2
1 5ª e 6ª sessão - Dor
0 leve
1
DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
Através dos resultados obtidos foi possível concluir que o aumento da amostra de
pacientes com lombalgia crônica é essencial para saber como as variáveis realmente se
comportam. Pois de acordo com a bibliografia consultada, tanto fatores psicossociais
quanto funcionais, possuem uma forte associação com lombalgia. O desenvolvimento de
um estudo com indivíduos lombálgicos do sexo feminino assim como o aumento do grupo
estudado, é recomendado para melhores resultados. Pois a complexidade do tema
evidenciado por sua abrangência e profundidade, não nos permitiu nesse trabalho buscar
esgota-lo e atingir conclusões mais direcionadas para criar subsídios concretos na
introdução de um programa de exercícios para tratamento e prevenção da lombalgia,
associado às atividades físicas mais comuns e consequentemente a uma significativa
melhora na qualidade de vida.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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RESUMO
INTRODUÇÃO
Quando o ser humano é visto apenas no seu campo físico é chamado de visão
unidimensional, infelizmente, nesse tipo de visão se preocupa apenas com músculos,
tecidos, funções, tempo de recuperação dentre outros fatores. Muitas vezes é esquecido
que o ser humano além do corpo físico possui um corpo espiritual e possui sentimentos
que não deveriam ser colocados em segundo plano. É preciso interrogar um pouco mais,
para que nossa visão do homem evolua, buscando um conhecimento além do campo
físico.1
O presente estudo tenta esclarecer um desses sentimentos ou força que os humanos são
capazes de gerar. Este sentimento deve ser aproveitado para obter melhores resultados
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MATERIAIS E METODOS
O estudo é do tipo original com delineamento exploratório realizado no Hospital São
Vicente de Paula de Ubá - MG.
Amostra
A amostra constou de 5 pacientes com idade media de 59,6, sendo 3, do gênero
masculino e 2, do gênero feminino. Como critérios de inclusão foram adotados pacientes
em tratamento fisioterapêutico com um número maior ou igual a dez sessões, maiores de
dezoito anos, bom nível cognitivo e sem diagnósticos de alterações psicológicas como,
por exemplo, depressão, escolaridade maior ou a quinta serie do ensino fundamental,
quando do gênero feminino somente mulheres pós-menopausa. Como critério de
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Instrumentos
Para avaliação do grau de motivação dos pacientes foi utilizada a escala de motivação
personalizada que permite avaliar a disposição do individuo após a realização da
intervenção fisioterapêutica.
A escala de motivação foi criada por Martins3 da Universidade Federal de Santa Catarina
e constam de faces desenhada sendo uma face neutra três faces desmotivadas e três
faces motivadas, (anexo 1).
Os instrumentos utilizados para motivação dos pacientes foi o vídeo clipe motivador, um
note book positivo com processador intel celeron -560, memória de 2Gb, HD 160 GB,
gravado de dvd e cd, caixa de som e câmera integrada.
Procedimentos
Foi aplicada a escala de motivação antes e depois do paciente assistir o vídeo, antes da
sessão de fisioterapia. O vídeo teve duração de 4 min e 20seg para avaliar os efeitos da
motivação.
O vídeo de motivação constou de um depoimento multidisciplinar sobre a lesão do
Ronaldo “fenômeno” e sua eficiente recuperação e superação da lesão ligamentar no
joelho. O vídeo é motivador no aspecto de incentivar o paciente á recuperação após uma
lesão ou patologia complicada. O vídeo foi criado pela (A.B.A) associação brasileira de
anunciantes e adaptado a uma apresentação de slides criado por Claudecir de Souza
Santana.
Analise estatística
Para analise dos dados foi utilizada uma analise descritiva do nível de motivação dos
pacientes antes e após intervenção fisioterapêutica.
Na análise estatística das médias da escala de motivação pelo teste t-student pareado,
observou-se um t-calculado de 2,98 e t-tabelado de 2,78, com 5% de significância e 4
graus de liberdade.
RESULTADOS
É possível identificar os escores da escala de motivação antes e depois do vídeo. Onde
em três pacientes foi identificado 2 níveis de melhora, na motivação após o vídeo, em um
paciente ocorreu apenas 1 nível e no ultimo paciente apresentou 6 níveis de melhora da
motivação após o vídeo (gráfico 1). Através da análise estatística da escala de motivação
pelo teste t-student pareado o t-calculado foi de 2,98 e o t-tabelado de 2,78, com 5% de
significância e 4 graus de liberdade.
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8
7
6 paciente
antes do
5
escores
video
paciente
4
depois do
3 video
2
1
0
1- 2- 3- 4- 5-
av- av - av - av - av -
dv dv dv dv dv
pacientes antes e depois
do video
A análise da média do escore de motivação dos homens e das mulheres demonstrou que
as mulheres apresentaram uma média de 4 níveis de melhora da motivação , enquanto os
homens apresentaram uma média de 1,6, demonstrada no gráfico 2.
25
20
escores de motivação
homens e
15 mulhes antes
homens e
10 mulheres
depois
5
0
1 2
1-home m x 2-mulhe r
DISCUSSÃO
Através da análise dos resultados foi possível identificar uma melhora significante da
motivação nos pacientes estudados. Onde o t-calculado de 2,98 é maior que o t-tabelado
de 2,78 da análise do teste t-student pareado. A motivação e os estados de ânimos são
processos psicológicos importantes e relevantes no tratamento e treinamento de
indivíduos onde os mesmos promovem atenção, percepção, memória e controle
emocional durante a atividade desempenhada. 11
Os resultados demonstraram que as mulheres apresentaram melhoras mais significantes
da motivação em relação aos homens. As mulheres elevaram sua motivação em 4 níveis
e os homens em apenas 1,6. Estes dados estão de acordo com brody e hall 13 onde os
mesmos identificaram que as mulheres expressam mais emoções e são mais afetuosas
que os homens.
Desta forma, vale ressaltar que o conhecimento acerca dos aspectos psicológicos é
escasso e que é de extrema importância o conhecimento a respeito deste conteúdo, pois
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CONCLUSÃO
Conclui-se que os estímulos audiovisuais podem beneficiar o tratamento fisioterapêutico,
melhorando a auto-estima, a motivação e o bem estar dos pacientes estudados.
Recomenda-se a realização deste estudo com uma amostra maior, com outros vídeos de
motivação e maior tempo de duração da pesquisa para concretização dos resultados.
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Resumo
A fibromialgia é uma síndrome reumática de etiologia desconhecida, caracterizada por dor
musculoesquelética difusa que acomete mais mulheres, causando limitações à
capacidade funcional podendo interferir na qualidade de vida. O objetivo do presente
trabalho foi avaliar a qualidade de vida e depressão em pacientes com fibromialgia.
Participaram desse estudo oito pacientes que foram avaliados com a utilização de uma
ficha pré-elaborada contendo Escala Analógica Visual da Dor (EVA), Questionário sobre o
Impacto da Fibromialgia (FIQ), o Medical Outcome Short Form Health Survey (SF-36)
para medir a qualidade de vida e o Inventário de Depressão de Beck. Pode-se observar a
partir do SF-36 que os pacientes mantêm uma qualidade de vida de regular a boa, não
atingindo a excelência, com uma média de 79,125 pontos. Na Escala do Inventário de
Depressão de Beck os pacientes apresentaram uma média de 28,625, que corresponde a
uma depressão de moderada a grave.
Palavras-chave: fibromialgia, qualidade de vida, depressão.
Introdução
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Vários estudos têm utilizado o Inventário de Depressão de Beck para avaliar efeitos do
tratamento em pacientes com fibromialgia por ser o instrumento mais sensível para avaliá-
la. (SANTOS et al., 2006).
Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida, o grau de dor dos tender
points e o quadro depressivo dos pacientes afetados pela fibromialgia.
Materiais e métodos
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Resultados
O estudo foi composto por 8 pacientes, sendo 7 do sexo feminino e 1 do sexo masculino,
com idade entre 38 e 68 anos.
Na avaliação inicial dos pontos dolorosos através da palpação e escala analógica visual
da dor, os pacientes apresentaram queixa em todos os pontos de dor, sendo os de maior
prevalência o grande trocanter, seguido de trapézio, segunda costela, epicôndilo lateral e
joelho demonstrado no gráfico 1.
Gráfico 1 – Dados da Escala Analógica Visual da Dor (EVA). Guaxupé - MG, 2010.
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Discussão
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foi de 79 pontos o que, de acordo com BURCKHARDT et al. (1991), considera casos
severos aqueles que apresentam valores acima de 70 pontos.
De acordo com Sarzi-Puttini et al. (2004) a SF-36 é um instrumento que possibilita medir
estados de saúde e resultados do ponto de vista do paciente, sendo esta traduzida em
diversos idiomas. Os resultados da SF-36 obtiveram pontuação média de 79,125 e de
acordo com Martinez et al, (1999), quanto mais baixo a pontuação pior a qualidade de
vida. Ainda no estudo comparativo de Martinez et al. (1999), entre pacientes
fibromiálgicos e indivíduos sadios realizado notou-se que a fibromialgia causa um impacto
negativo importante na qualidade de vida dos indivíduos.
Na Escala do Inventário de depressão de Beck apenas 2 pacientes apresentaram
depressão leve a moderada, 2 apresentaram depressão moderada a grave e o restante
depressão grave, dados também encontrados no estudo de Di Benetto et al. (1998) e
relatado no estudo de Santos et al. (2006).
Conclusão
O estudo em questão torna a corroborar que a FM afeta com maior predominância o sexo
feminino, dentre os pacientes 87,5% eram do sexo feminino e somente 12,5% do sexo
masculino. E pode-se observar que estes pacientes, tanto do sexo feminino quanto do
sexo masculino, têm uma qualidade de vida prejudicada devido a síndrome, no qual, os
níveis de qualidade de vida variaram de regular a bom, não atingindo a excelência.
Destacando que a FM ocasiona um grande impacto na vida destes indivíduos levando a
quadros de depressão de moderado a grave.
Referências
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Revista ENAF Science Volume 5, número 1, abril de 2010 - Órgão de divulgação científica do 48º ENAF - ISSN: 1809-2926
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RESUMO
Analisou-se a antropometria e a aptidão física de 138 policiais militares do 42º BPM/M.
Em 2008, o 42º BPM/M apresentou 57,2% de Policiais com o IMC acima dos padrões
normais, de acordo com a OMS. Há um grande número de Policiais com sobrepeso e
obesos, principalmente entre os que desempenham serviços operacionais. Analisadas a
freqüência com que realizam exercícios físicos, chegou-se ao índice de 98% de
sedentários, segundo as orientações do American College Sports of Medicine. Os Testes
de Aptidão Física realizados no ano de 2007 foram analisados e observou-se que 72,4%
dos policiais realizaram os testes, sendo 29,7% destes foram reprovados. Dos
reprovados, 85% pertenciam ao serviço operacional e, desse total, 93% apresentavam
sobrepeso ou obesidade. Concluiu-se que há necessidade de incentivo a prática regular
de exercícios físicos, para manutenção da saúde e melhora da aptidão física, em
decorrência das peculiaridades da função Policial Militar.
INTRODUÇÃO
O policiamento ou patrulhamento, em particular, tem sido considerado uma das atividades
profissionais mais estressantes. Brown e Campbell (1990) e Brown e Fielding (1993)
citam como exemplos de agentes estressores associados ao policiamento: a organização
complexa e burocrática da estrutura organizacional dos departamentos de polícia; a
pequena comunicação entre divisões; a rigidez de política e procedimentos e a
sobrecarga de trabalho.
Sardinas et al. (1986) acreditam a mortalidade de bombeiros e de policiais seja maior que
a encontrada em outros grupos de trabalhadores, dada à exposição daqueles a fatores de
risco que incluem condições locais únicas, variações no tempo e, a mais importante, o
comprometimento de sua saúde diante do desgaste profissional.
Esses pesquisadores compararam as mortes por isquemia cardíaca entre policiais e
bombeiros às da população masculina de Connecticut, EUA, pesquisando certidões de
óbitos, durante o período de 1960 a 1978, e encontraram índices de mortalidade de
policiais e de bombeiros maiores que os encontrados em outros trabalhadores.
A literatura médica até recentemente não apresentava dados epidemiológicos
consistentes a respeito do impacto da atividade física sobre a saúde. Em 1995, Blair e
colaboradores publicaram um estudo no qual realizaram o acompanhamento de 8.900
mulheres por 10 anos. Estes autores demonstraram que o fator mais relevante na
mortalidade geral foi a baixa aptidão física, superando todos os demais principais fatores
de risco, inclusive o tabagismo. Os benefícios da atividade física têm sido comprovados
em ambos os sexos (Leitão et al., 2000).
A saúde e a qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela
prática regular de atividade física. O sedentarismo é condição indesejável e representa
risco para a saúde e redução na qualidade de vida e, conseqüentemente, nos serviços
prestados pelos trabalhadores (Carvalho et al., 1996).
O serviço policial constitui importante instrumento do Estado na preservação da Ordem
Pública e faz parte de uma categoria considerada estressante e desgastante para o
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indivíduo que o exerce. É uma profissão que trata com fatores de risco e envolve as
capacidades físicas e psicológicas, fatores estes que, se a pessoa não possuir o mínimo
de preparo no âmbito de corpo e mente, pode trazer sérias complicações tanto no
desempenho funcional quanto no pessoal. E é neste ponto que a atividade física entra
para desempenhar um papel fundamental visando trazer resultados reais e visíveis
(Ferreira, 2005).
Dessa forma, a Polícia Militar do Estado de São Paulo instituiu o Teste de Aptidão Física
(TAF). Este exame é composto por testes físicos destinados a selecionar candidatos para
ingresso na PMESP, avaliar a aptidão física de policiais militares para freqüentarem
cursos ou estágios dentro ou fora da PMESP, e ainda avaliar o nível de condicionamento
físico do contingente policial-militar anualmente (PMESP, 2002).
MATERIAIS e MÉTODOS
Um questionário de anamnese foi aplicado a 138 Policiais Militares do Estado de São
Paulo, de ambos os sexos, com idade média de 29 anos, pertencentes ao efetivo do 42º
Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, situado na cidade de Osasco/SP. Estes Policiais
desempenhavam funções administrativas e operacionais nos períodos diurno e noturno.
Os dados foram colhidos no período do dia 15 a 26 de dezembro de 2008.
Foram analisados ainda os Testes de Aptidão Física aplicados pela Corporação no ano
de 2007, especificamente dos 138 analisados. Os testes são padronizados pelo Programa
Padrão de Treinamento nº4, normatizado e publicado no Boletim Geral 143/2002, da
Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O teste leva em consideração, o sexo e a idade dos avaliados, bem como condições
iniciais de saúde, ou seja, caso o avaliado apresente lesões em membros superiores ou
inferiores, um Teste de Aptidão Física diferenciado poderá ser aplicado. No presente
trabalho analisou-se apenas aqueles que realizaram os testes convencionais que devem
ser aplicados anualmente ao efetivo da Corporação, intitulado de Teste de Aptidão Física
3 (TAF-3), composto por apoio sobre o solo (Policiais com 36 anos ou mais e Policiais do
sexo feminino), barra fixa (abaixo de 36 anos), abdominal remador, corrida de 50 metros e
corrida de 12 minutos.
RESULTADOS
Abaixo a análise dos Policiais Militares de acordo com a função exercida:
Baseado no perfil dos avaliados, o Índice de Massa Corpórea é um índice com grande
validade, pois os policiais não se enquadram no perfil de atletas ou pessoas com uma
grande quantidade de massa muscular ou ainda crianças e adolescentes (Lima, 2004).
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Tabela 1: Análise dos Policiais Militares avaliados de acordo com a função predominante
e a realização ou não do TAF
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Aptos 70 23,73
Inaptos 30 28,67
DISCUSSÃO
Os questionários de avaliação foram aplicados propositalmente em sua grande maioria
em Policiais Militares que desempenham funções operacionais, visando a uma análise
detalhada do perfil do Policial Militar que atende constantemente à comunidade de
Osasco.
Nota-se que o Índice de Massa Corpórea dos avaliados encontra-se com um número
excessivo de Policiais Militares em condições acima das estabelecidas como normais, de
acordo com a tabela de classificação da Organização Mundial de Saúde, pois apenas
42,75% dos avaliados encontram-se dentro dos padrões normais de classificação.
Estudo realizado pelo Ministério da Saúde (2009) observou que os brasileiros estão mais
obesos. Através do IMC, o Ministério da Saúde verificou que na média, os brasileiros
estão com IMC médio de 24,7 para mulheres e 24,6 para homens (Pinho, 2009).
A pesquisa aponta ainda que, em 1974, o IMC médio da população brasileira era de 22,4
para homens e 23,1 para mulheres. Diante disso, o Ministério da Saúde conclui que o
país está diante de uma grande mudança no perfil antropométrico da população, em
decorrência da má alimentação e das práticas de exercícios físicos cada vez menores
(Pinho, 2009).
Existem diversos estudos apontando elevados índices de morbi-mortalidade por doenças
circulatórias entre policiais. Williams et al. (1987), estudando policiais da cidade de
Omaha, Nebraska, nos EUA, notaram um elevado número de policiais com fatores de
risco para doenças circulatórias. Dos 171 policiais masculinos pesquisados, 76% eram
hipercolesterolêmicos, 16% hipertensos, 22% tabagistas, 60% apresentaram obesidade
ou sobrepeso e 26% apresentavam excesso de triglicérides no sangue.
Um fator também relevante na análise dos dados obtidos é o número exorbitante de
Policiais Militares obesos, principalmente entre aqueles que desempenham funções
operacionais. Assim, dentre os 57,25% dos Policias Militares com o IMC acima do
recomendado pela OMS, temos 56,90% com sobrepeso e 49,10% de obesos. Desse
valor, pertencem ao serviço operacional 80% daqueles que apresentam sobrepeso e
64,1% dos obesos, tendo como média 77,2% de Policiais Militares acima dos padrões
normais executando funções exclusivamente operacionais.
Merino et al. (2005), analisando o Índice de Massa Corpórea de Policiais Militares
paulistas, apuraram que, dentre os 523 do sexo masculino, 59,3% estavam com peso
acima do normal e 14,5% eram obesos. Já dentre os 222 do sexo feminino, 41,0%
estavam com peso acima do normal e 15,3% eram obesos.
Merino e Roldan (2002) estudaram a ocorrência de dislipidemia em 45 Tenentes Coronéis
e Majores da PMESP que freqüentaram o Curso Superior de Polícia entre 2000 e 2001, e
verificaram a prevalência de 34,9% em hipercolesterolemia, 31,7% em alta concentração
de LDL e 20,9% em hipertrigliceridemia nos pesquisados.
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É válido ressaltar que dentre os avaliados, dos 38 Policiais Militares que não realizaram
os testes de aptidão física no ano de 2007, 19 não o fizeram por não terem realizado a
inspeção anual de saúde e 19 por apresentarem lesões diversas, destacando-se
principalmente dores nos joelhos e coluna.
Sabe-se da obrigatoriedade da realização dos exames anuais. Os Policiais Militares que
não realizam os exames anuais correm sérios riscos de serem possuidores de doenças
silenciosas como hipertensão arterial, hipercolesterolemia, LDL elevado, dentre outras
doenças.
Outro fator de grande importância avaliado foi a prática regular de exercícios físicos. No
questionário aplicado verificou-se que 49% dos Policiais Militares não realizam nenhum
tipo de exercício físico.
Segundo pesquisa do Ministério da Saúde (2009), 29,2% dos adultos das capitais não
realizavam nenhuma atividade física nos três meses anteriores (Pinho, 2009).
Dessa forma, analisando-se os índices gerais e dos Policiais Militares, verifica-se que o
índice de sedentários entre os Policiais Militares está com níveis acima daqueles
representados pela população geral de todo o país.
Os governos, em seus diferentes níveis, as instituições profissionais e científicas e os
meios de comunicação devem considerar o sedentarismo como um problema endêmico
de saúde pública, divulgando esse tipo de informação e implementando programas para a
prática orientada de exercício físico (Leitão et al., 2000).
De acordo com os dados apresentados anteriormente, dos 138 avaliados, 100 realizaram
os Testes de Aptidão Física, sendo que 70% destes obtiveram a nota mínima para serem
considerados aptos.
Dentre os 30% que não obtiveram a nota mínima no TAF, 93% apresentavam IMC acima
do normal. Desta maneira, estes Policiais avaliados enquadram-se dentro da classificação
de sobrepeso e obesidade. O IMC médio desse grupo foi de 28,67. Isso demonstra que
diversos Policiais Militares inaptos estão com uma média próxima da classificação de
obesos.
Diante de tais informações verificou-se o IMC dos aptos no TAF, chegando-se a uma
média de 23,73.
Analisando-se individualmente o IMC dos aptos, contatou-se que há um percentual
significativo de Policiais Militares com sobrepeso. Dos 70 Policiais Militares aptos, 20
(28,57%) estão classificados como apresentando sobrepeso. Porém, nota-se que o IMC
desses avaliados está próximo aos padrões normais, ou seja, com uma média próxima de
24,9.
No grupo, observou-se ainda que dois Policiais Militares considerados obesos pela
classificação dada pelo IMC estavam entre os aptos. Nota-se que tal número representa
apenas 2,85%, sendo um número não significativo estatisticamente.
Sardinas et al. (1986) acreditam que bombeiros e policiais são saudáveis quando
comparados com a população geral e com a maioria de outras ocupações, como
resultado da seleção no recrutamento, da efetivação no trabalho e da aposentadoria.
Por outro lado, Pollock et al. (1978) contrapõem-se à tese de Sardinas et al. (1986), uma
vez que, em sua pesquisa com 50 policiais sadios, que apresentavam idade entre 36 e 52
anos, e trabalhavam na região de Dallas, nos EUA, apresentaram piores resultados do
que a população de sedentários residentes na mesma região quanto à aptidão
cardiovascular, à capacidade para o trabalho, à composição corporal e à lipidemia.
Dessa forma, considerando que o sedentarismo já é visto como fator de risco primário
para as doenças cardiovasculares, sendo identificada sua prevalência, torna-se
fundamental a identificação dos determinantes da atividade física, para em seguida serem
propostos modelos teóricos para incentivar a adoção e manutenção da prática de
atividades físicas (Pitanga, 2002).
Inúmeras são as alternativas e possibilidades de melhoria da saúde do policial, e todas
elas possuem um forte pilar de sustentação: os indivíduos promotores de saúde, que
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PINHO, A. Brasileiro está mais alto e mais gordo. Folha de São Paulo. 20nov09, saúde,
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nOME:iDADE: sEXO: m f
uNIDADE:cIA/sEÇÃO:
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RESUMO
Os músculos agem de forma individual, mediante conexões por todo o corpo no interior de
faixas de fáscias integradas funcionalmente. A fáscia muscular é distribuída ao longo de
linhas delimitadas: linhas superficiais anteriores (LSA), e linhas superficiais posteriores
(LSP). O objetivo é compreender as alterações posturais e da atividade muscular no
paciente com lesão do ligamento cruzado anterior (LCA). Participou do estudo um
paciente de 40 anos e lesão de 6 anos, este foi submetido a uma avaliação postural, e a 5
sessões de eletromiografia, seguindo um protocolo (Repouso (RP) e deslocamento peso
bilateral (DPD e DPE) no membro inferior direito (MID) e esquerdo (MIE), sendo 3x de 10
seg.. Houve uma diminuição da ativação muscular do membro lesado, gerando
mecanismos compensadores de outros grupos musculares ou estruturas corporais. As
mudanças no potencial da ação muscular do membro lesado podem ser classificadas em
uma desordem neuromuscular ou desordem compensatória.
PALAVRAS CHAVE: LCA, Trilhos Anatômicos, Eletromiografia
INTRODUÇÃO
Por mais que os músculos possam agir de forma individual, eles também atuam mediante
conexões por todo o corpo no interior de faixas de fáscias integradas funcionalmente
(BIENFAIT, 1999). Segundo MYERS, 2003 a biomecânica da fascia muscular pode ser
definida através da tração, tensão, fixação, compensações e a maioria dos movimentos
são distribuídos ao longo de linhas delimitadas, sendo elas: linhas superficiais anteriores
(LSA) (Vasto Medial, Vasto lateral, Reto Femural, Tibial anterior), e superficiais
posteriores (LSP) (Eretor da espinha, Longuíssimo, Multifído, Semi-tendinoso, Bíceps
Femoral, Gatrocnemio medial e lateral, Sóleo. Os trilhos anatômicos originaram-se da
experiência de anatomistas que ensinavam anatomia miofascial, fundamentando-se
desde 1930 onde anatomistas alemães já demonstravam interligações musculares.
Publicações chinesas semelhantes aos realizados pelos alemães traziam mais
fundamentações sobre os trilhos. Em 1986 um biólogo escreveu a primeira literatura
extensa sobre o assunto enaltecendo a primeira linha muscular chamada de linha espiral.
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Atualmente literaturas englobando este assunto são escassas, trazendo apenas um livro
nomeado Trilhos anatômicos descritos por Myers onde estes estudos se unem e
fundamentam-se suas linhas musculares. (MYERS, 2003)
Os trilhos anatômicos levam a hipótese de que os músculos atuam não apenas
individualmente, mas mediante conexões por todo o corpo no interior de faixas de fáscias
integradas funcionalmente. Elas compõem-se de tecido conjuntivo e tem a função
biomecânica de tração, fixação, compensações e a maioria dos movimentos são
distribuídos ao longo dessas linhas. (MYERS, 2003)
Fatarelli et al. (2004) demonstra que há vários fatores de riscos que predispõem os
indivíduos á lesão do LCA. Entre eles destacam-se os anatômicos, os neuromusculares e
os biomecânicos. Os anatômicos demonstram uma teoria em relação ao formato e o
tamanho das estruturas ósseas e ligamentares, sendo possíveis fatores predisponentes à
lesão do LCA. O mesmo autor demonstra uma analise sendo que nela fora observado
indivíduos com histórico familiar de lesão bi-lateral de LCA, os pacientes apresentavam
aumento na largura do côndilo femural lateral quando comparados com o grupo controle,
chegando a conclusão que pessoas com histórico familiar de lesão do LCA tem uma
maior predisposição a futuras lesões, comparado ao grupo controle.
Os fatores biomecânicos estão relacionados à mudanças em pequenos movimentos
translacionais e em movimentos amplos e rotacionais do joelho e quadril. Enfim os fatores
neuromusculares são caracterizados por três tipos: capacidade proprioceptiva (acredita-
se que após a lesão a articulação perde esta capacidade), resposta reflexa da
musculatura (a musculatura começa apresentar desalinhamento do tempo de reação após
estímulos) e o ultimo grupo sendo ele ordem de recrutamento (esse relacionado com
alterações nos padrões da ativação de cada musculatura). (FATARELLI et al., 2004).
As lesões de LCA geralmente acontecem quando o joelho esta com rotação interna e
extensão total em cadeia cinemática fechada, neste ponto o ligamento está totalmente
tenso. (FATARELLI et al., 2004). Com uma força exacerbada nessa posição pode gerar
lesões do ligamento. Segundo o próprio autor as lesões de LCA estão relacionada em
70% dos casos, por mecanismo de trauma.
Desta forma os trilhos anatômicos nos mostram uma nova perspectiva nunca vista antes,
sendo que estes trabalhos buscam englobar, não apenas analisando a avaliação postural
convencional, mas sim intervindo em uma fisioterapia multidisciplinar buscando relatar as
alterações dos pacientes de lesão de LCA visto pela postura e condições da biomecânica
muscular. O objetivo desse estudo é compreender as alterações posturais no paciente
com lesão do ligamento cruzado anterior, não reparada (há seis anos), através da análise
eletromiográfica e interligando os meridianos miofasciais em um sentido global do corpo
com as linhas superficiais anteriores e posteriores, dos trilhos anatômicos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participou do estudo um paciente, com queixa de lesão rotacional do joelho direito com
idade de 40 (quarenta) anos e tempo de lesão de 6 (seis) anos não reparada. Este foi
submetido à uma avaliação postural, através de um protocolo de avaliação
fisioterapeutica global e da escala de New York. Logo após foi submetido a 5 sessões de
análise eletromiografica, com o seguinte protocolo (Repouso (RP) em pé 3x de 10
segundo e Deslocamento de Peso bilateral (DPD e DPE) 3x de 10 segundos). Os grupos
musculares avaliados, foram selecionados através da compreensão dos Trilhos
anatômicos, seguindo a seguinte ordem: linhas superficiais anteriores (Vasto Medial,
Vasto lateral, Reto Femural, Tibial anterior) e superficiais posteriores (Eretor da espinha,
Longuíssimo, Multifído, Semi-tendinoso, Bíceps Femoral, Gatrocnemio medial e lateral,
Sóleo). Todos os eletroldos foram posicionados em ambos os membros inferiores (MID,
MIE). Foi utilizado um Eletromiógrafo EMG system Brasil modelo 810-C de 8 canais com
taxa de amostragem de 2000hz aterrado e com isolamento de rede elétrica, acoplado a
um computador Intel Pentium Dual Core de 1 Gb de memória HD de 80 Gb. O sistema de
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RESULTADOS
Na Linha superficial posterior através do protocolo estabelecido obteve-se os seguintes
dados (Valor p 0,0023). (Tabela 01):
MID- RP MID- DPD MID- DPE MIE- RP MIE- DPD MIE- DPE
21,31± 12,92 42,87± 38,76 54,99± 40,12 31,12± 24,36 54,63± 26,33 49,41± 23,33
Na Linha superficial anterior obteve-se os seguintes dados (Valor p 0,036). (Tabela 02):
MID- RP MID- DPD MID- DPE MIE- RP MIE- DPD MIE- DPE
6,52± 1,93 132,78± 31,93 31,79± 4,67 14,85± 4,89 36,90± 10,53 111,86± 38,03
Representação gráfica do
potencial de ação muscular em
distintas atividades.
150
100
50
0
RP DPD DPE
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Com os resultados obtidos pela avaliação postural pela técnica de avaliação de New York,
a pontuação da vista posterior foi quantificada sendo 28 pontos e na vista de perfil de 19
pontos, totalizando 47 pontos.
O teste de força muscular, segundo MAGEE, 2005 demonstra uma visível alteração no
grau de força do membro inferior direito em relação ao esquerdo (Tabela 04):
Tabela 04: Dados da avaliação do limiar de força muscular segundo MAGEE, 2005.
DISCUSSÃO
De acordo com os trilhos anatômicos, todos os nossos músculos têm sido analisados
como se fossem unidades separadas dentro do corpo. A idéia de que existem unidades
separadas como os bíceps, psoas, o latíssimo do dorso é tão incisiva, que é difícil pensar
de outra forma. Mas, na verdade todo o tecido muscular está incorporado em uma rede
fascial única, onipresente da matriz extracelular (ECM). As fibras da ECM, especialmente
na miofascia onde as forças de tração são regulares e fortes, estão dispostas ao longo do
mesmo "grão", como as fibras musculares. O músculo pode acabar no ponto de fixação,
mas a fáscia continua ao longo de seu caminho através da ECM , ligando-se a outros
músculos em cadeias. Os conceitos de Trilhos Anatômicos mapeiam estes conjuntos de
interligações fasciais pelo corpo, seguindo o tecido muscular e a fáscia muscular para ver
estas ligações. Especialmente no hábito postural e/ou seqüelas de longo prazo de uma
lesão, a tensão se comunica ao longo destas linhas longitudinais de um músculo para
outro. Esta visão leva a novas estratégias para a resolução de problemas a longo prazo,
trabalhando no padrão de tensão, a alguma distância do local da lesão ou dor. (MYERS,
2003).
Williams et al., 2004 observaram, através da eletromiografia de superfície (SEMG),
diminuição na ativação muscular voluntária do músculo Quadríceps em indivíduos com
lesão do LCA comparados com indivíduos sem lesão durante realização de exercícios
estáticos e dinâmicos. Posteriormente, os mesmos autores verificaram fraqueza e atrofia
significativa do músculo quadríceps em indivíduos com lesão unilateral do LCA,
comparando os membros lesado e contralateral e falha na ativação voluntária em ambos
os grupos.
A lesão e a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho têm sido
associadas a mudanças neuromusculares, como por exemplo diminuição da
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propriocepção, alteração nos reflexos musculares iniciados pelo LCA, diminuição da força
muscular do quadríceps e alterações na marcha (HOGERVORST, 1998).
Especificamente, a lesão do LCA, de forma sutil ou marcante, parece alterar a
performance em tarefas diárias, como por exemplo o andar e, mais especificamente, a
manutenção do equilíbrio em pé, principalmente em situações que exigem o apoio
monopodal sobre o membro lesado. Tais alterações na performance dessas tarefas
parecem ser decorrentes da redução de informações sensoriais, fornecidas pelos
mecanorreceptores presentes no LCA, os quais são danificados pela lesão e/ou
reconstrução desse ligamento. (BONFIM, 2003).
CONCLUSÃO
Através deste estudo, pode-se concluir que a diminuição da ativação muscular do
membro lesado, diagnosticado pela eletromiografia, gera mecanismos compensadores de
outros grupos musculares ou estruturas corporais, visto que através dos trilhos
anatômicos o equilíbrio postural é dado pela harmonia entre as duas linhas, sendo que
um desequilibrio de uma destas linhas a biomecânica corporal sofre complicações
significativas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Resumo
Os princípios biomecânicos do jiu-jítsu visam beneficiar a força muscular do praticante,
invalidando a do oponente ou até mesmo utilizar as valências físicas deste contra a ele
próprio. Resultante vetorial e distribuição de massa no momento correto são princípios
que são utilizados nos golpes de forma a comprimir, imobilizar, deitar a abaixo,
hiperextender, torcer as articulações dos adversários, neutralizar ataques e estrangular. O
tênis por sua vez estrutura-se no desenvolvimento físico e mental daqueles que a
praticam. Pressupõe-se de atributos motores básicos de força, rapidez, resistência e
destreza. Este esporte baseia-se na imprevisibilidade, pois devemos levar em conta
duração dos pontos em cada game, duração do jogo, condições climáticas e a influencia
nos aspectos fisiológicos do oponente que são variáveis. Estes esportes tem gerado um
grande interesse pelo aprimoramento das técnicas esportivas. Ela liga-se intimamente
com a flexibilidade e a postura, visto que um dano nestas estruturas pode haver grandes
prejuízos. Este trabalho busca demonstrar a relação da flexibilidade em que é gerada com
cada especificidade esportiva, comprovando qual teria um menor prejuízo a saúde e a
atuação do atleta. Este trabalho teve a participação total de 30 atletas que foram divididos
em dois grupos, o primeiro grupo (G1) era composto por 15 atletas de Jiu-jitsu do Centro
Universitário Claretiano de Batatais. Foi utilizado como critério de inclusão lutadores que
treinavam no mínimo a 7 meses. O segundo grupo (G2) era constituído por 15 tenistas
amadores que treinavam de 5 meses a 3 anos. Eles foram coletados durante o Circuito
Passaredo de Tênis realizado no segundo semestre de 2009 na 1º etapa que foi realizado
na cidade Ribeirão Preto. Os dois grupos apresentavam uma homogeneidade em estatura
e massa corporal, continham uma faixa etária de 15 a 21 anos, e todos eram do sexo
masculino. Os atletas após serem cientes da pesquisa e do termo de consentimento,
assim como tiveram suas dúvidas sanadas, assim como dos seus responsáveis. Foram
submetidos a uma de flexibilidade da cadeia posterior utilizando o Banco de Wells. Nesta
avaliação pedia-se que o atleta realizasse 3 medidas e dela era pega aquela de maior
valor. Posteriormente os dados foram tabulados no Excel 2007, filtrado suas faixa etárias,
peso e a altura, para uma amostra mais homogênea. Para os dados estatísticos utilizou-
se o programa GraphPad InStat (versão 3.05). No G1 obteve na avaliação da flexibilidade
de cadeia posterior destes atletas demonstrada uma media de 20,660± 1,77cm, com
33,33% indivíduos classificados com uma condição de flexibilidade regular, 66,66% fraco.
No grupo G2 foi constatado uma media de flexibilidade de 18,30± 1,42cm, sendo que
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15,33% mostrou uma condição muscular regular e 86,66% fracos. Conclui-se que os
tenistas tendem a gerar uma maior perda da flexibilidade, comprovado devido
probabilidade de gerar mais microtraumas, desta forma ainda pode-se concluir que devido
a esta perda considerável de flexibilidade os atletas apresentam alterações posturais que
podem futuramente estar sendo um fator desencadeador para patologias posturais,
tendinopatias, doenças degenerativas entre outras. Prejudicando desta forma a saúde
destes atletas.
Palavras-Chaves: Jiu-Jitsu, Flexibilidade, Postura.
Introdução
Segundo TAKITO; et al (2003), o jiu-jítsu é um esporte que a graduação e a massa
corporal dos atletas interferem e suas categorias.Os princípios biomecânicos da luta
visam beneficiar a força muscular do praticante, invalidando a do oponente ou até mesmo
utilizar as valências físicas deste contra a ele próprio. Resultante vetorial e distribuição de
massa no momento correto são princípios utilizados nos golpes de forma a comprimir,
imobilizar, deitar a abaixo, hiperextender, torcer as articulações dos adversários,
neutralizarem ataques e estrangular seus adversários. (PADILHA, 2005)
As lutas segundo Del Vecchio (2006) são classificadas como acíclicas, pois os atletas
utilizam de diferentes seqüências de movimentos e manifestações de capacidade
biomotoras. Um dos princípios do jiu-jítsu é utilizar golpes que constituem alavancas
mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força muscular
consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções
das técnicas.
Essa modalidade exige um conjunto amplo de movimentos motores complexos
caracterizados pelo nível de desenvolvimento da capacidade de aplicar esforços
explosivos, possuindo certa variedade de adaptação às condições variáveis de
competição. Ao mesmo tempo, é apropriado um alto nível de desenvolvimento da
capacidade de resistir à fadiga sem a diminuição da eficácia das ações técnicas e táticas
e dos métodos. (VERKHOSHANSKY, 2000).
O tênis por sua vez, segundo Deutscher (1979) estrutura-se no desenvolvimento físico e
mental daqueles que a praticam. Envolve movimentos físicos de vários outros esportes,
tais como correr, saltar e arremessar. Para tanto o tênis pressupõe os atributos motores
básicos de força, rapidez, resistência e destreza. Alem disso, o tenista deve resolver
problemas de técnica e estratégia. Visto ainda que este esporte baseia-se na
imprevisibilidade, pois devemos levar em conta duração dos pontos em cada game,
duração do jogo, condições climáticas e a influencia nos aspectos fisiológicos do
oponente que são variáveis. Kovacs (2006).
Segundo Franken (2007) junto com estes esportes a evolução na modalidade de alto
rendimento, tem surgido um grande interesse pelo aprimoramento das técnicas esportivas
e tem sido enfocado bastante durante as sessões de treinamento. A técnica ainda esta
ligada intimamente com a flexibilidade e a postura do esportista, visto que um dano nestas
estruturas pode haver grandes prejuízos, limitando assim o atleta a ter um melhor
desempenho junto com a flexibilidade.
Passou a estudar a flexibilidade de forma sistemática apenas a partir da segunda metade
do século XX, como um componente extraordinário da aptidão física referenciada à saúde
e a atuação. Para uma boa qualidade de vida, atualmente é necessário níveis mínimos de
amplitude articular. A flexibilidade pode ser determinada, de forma operacional, como uma
“... qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular,
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15 23 Fraco
19 9 Fraco
18 11 Fraco
24 0 Fraco
Media 20.660 ±1.722 -
Discussão
Este trabalho nós demonstra uma flexibilidade reduzida nos atletas de tenis comparado
com a dos jiu-jitsu, isto pode ser justificado por Taylor (1990) onde comprova que baixos
índices de flexibilidade podem estar coligados a problemas posturais, aumento de tensões
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Conclusão
Conclui-se que os tenistas tendem a gerar uma maior perda da flexibilidade, comprovado
devido probabilidade de gerar mais microtraumas, desta forma ainda pode-se concluir que
devido a esta perda considerável de flexibilidade os atletas apresentam alterações
posturais que podem futuramente estar sendo um fator desencadeador para patologias
posturais, tendinopatias, doenças degenerativas entre outras. Prejudicando desta forma a
saúde destes atletas.
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apresentada ao Curso de Fisioterapia da Faculdade Universidade do Sul de Santa
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Resumo
Na natação, a técnica desempenha um papel importante dentre os fatores que
determinam o desempenho. Desta forma ela apóia-se nos aspectos biomecânicos,
antropométricos e fisiológicos. A postura corporal por outro lado apresenta-se como a
posição que o corpo adota no espaço e a relação direta de suas partes com a linha do
centro de gravidade. Quando ocorrem desequilíbrios musculares, tende a gerar
movimentos corporais menos efetivos, ainda o organismo se reorganiza em cadeias de
compensação procurando uma resposta adaptativa a esta desarmonia. Autores
demonstram por outro lado que os mecanismos de lesões nos atletas de natação em sua
maioria ocorrem por meio de movimentos repetitivos. Desta forma este estudo apóia-se
na tentativa de demonstrar e comparar o padrão postural com incidência de lesão, a fim
de traçar uma relação e determinar se as alterações posturais que podem influenciar
negativamente no desempenho do atleta e tenderia a desencadear lesões. Para este
estudo foram selecionados 22 atletas de natação de ambos os sexos com idade entre 10
a 17 anos que treinavam no mínimo a 6 meses e no máximo a 3 anos, esses atletas
foram captados durante a realização da 3º Copa CCFB de Natação. Os atletas
participaram de 2 etapas de avaliação. A primeira etapa consistia em uma avaliação
postural global segundo a escala de New York, os pacientes em trajes de competição,
eram levados a um ambiente apropriado constituído de um ambiente calmo, fora do
ambiente de competição, depois do termino do aquecimento. Após a primeira etapa, o
atleta era requisitado a responder um questionário adaptado pelos próprios autores tendo
como base o protocolo de Petri (2002) aplicado a tenistas de mesa. Posteriormente os
dados foram organizados no Excel 2007, dispondo sua base estatística pelo programa
GraphPad InStat ( versão: 3.05). Após os dados serem filtrados e analisados, os atletas
apresentavam uma media de alterações posturais, que foram considerados alterações
moderadas contendo 53,49 pontos, utilizando como base o score da escala de New-York.
Já os índices de lesões destes atletas demonstraram ser desacerbadamente baixos,
contendo uma incidência de 13,63% no grupo avaliado, onde a articulação mais atingida
eram as dos ombros e joelhos com 18,57%, demonstraram ainda que na articulação do
ombro a causa da lesão era tendinite em todos os casos. Já as articulações: cervical,
cotovelo, punho, lombar e tornozelo com 4,64%. Desta forma pode-se concluir que a
biomecânica do nado tende a gerar alterações posturais que não são correlacionada com
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a incidência de lesão, visto que, o nado utiliza-se de cadeia cinemática aberta diminuindo
a sobrecarga no momento do nado. Porem devido a esta peculiaridade do nado, contendo
uma biomecânica diferenciada surge uma grande brecha para patologias do tipo over-
user, visto que, as articulações mais afetadas são relacionadas no ombro devido seu
grande eixo de movimento e joelho provido da sua grande exigência de transferência do
torque, utilizando demasiadamente movimentações repetitivas.
Palavras-Chaves: Natação, Alterações Posturais, Incidência de Lesões
Introdução
Na antiguidade, segundo Corrêa (2003), saber nadar era mais uma arma de que o
homem dispunha para sobreviver. Os povos antigos (assírios, egípcios, fenícios,
ameríndios, etc.), eram exímios nadadores. Hoje a natação destaca-se por ser uma
atividade múltipla utilizada tanto para competições, lazer ou para fins terapêuticos e
preventivos. Com a evolução no esporte de alto rendimento, iniciou um maior interesse
dos profissionais pelo aprimoramento das técnicas desportivas. Em diversas modalidades,
a técnica ocupa, cada vez mais, espaço durante as sessões de treinamento. Na natação,
a técnica desempenha um papel muito importante dentre os fatores que determinam o
desempenho. (FRANKEN, 2007)
Franken (2007) ainda demonstra os fatores determinantes na natação que seriam
relacionados aos aspectos biomecânicos, antropométricos e fisiológicos. Dentre os
aspectos biomecânicos, destacam-se aqueles relacionados à cinética e à cinemática do
nado: freqüência de ciclos (FC), “definido como o número de ciclos de braçadas por
unidade de tempo e a distância (em metros) percorrido a cada ciclo (DC)”. FC e DC
foram, e continuam sendo, amplamente discutidos por pesquisadores e treinadores de
natação. Segundo Farinatti (2003) o desempenho de nadadores também pode depender
significativamente de sua potência aeróbia máxima.
A postura corporal segundo Monsolto (2007) apresenta-se como a posição que o corpo
adota no espaço e a relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.
Pode ser definida como estado de equilíbrio entre os músculos e ossos com capacidade
de proteger as demais estruturas do corpo humano dos traumatismos, seja na posição
ereta, sentado ou em decúbito. A padronização do que seria uma boa postura é difícil de
ser estabelecida, pois existe uma dependência entre postura e individualidade
determinada por uma relação particular de suas estruturas corporais. A melhor postura
que deve ser adotada por um indivíduo é aquela que preenche todas as necessidades
mecânicas do seu corpo e também que possibilite o indivíduo manter uma posição ereta
com o mínimo esforço muscular, permitindo opor-se contra as forças externas, que lhe dê
equilíbrio na realização do movimento e que lute contra a ação da gravidade.
(MONSOLTO, 2007)
O desequilíbrio muscular, por sua vez, é uma desordem do sistema músculo-esquelético;
os movimentos corporais resultam de cadeias musculares e, quando há alterações
posturais, o organismo se reorganiza em cadeias de compensação procurando uma
resposta adaptativa a esta desarmonia. No desporto os desequilíbrios músculos-
esqueléticos tendem a gerar uma perda da eficiência no atleta provido de uma exigência
inadequada das cadeias musculares. (Junior et. al., 2004).
Voltando-se as lesões a exposição constante a modalidades esportivas diversas em
quaisquer níveis de performance, por si, constitui-se situação de risco para ocorrência de
lesões. Os fatores causais para lesões têm sido caracterizados no âmbito biomecânico.
Os mecanismos de lesões nos atletas de natação em sua maioria ocorrem por meio de
movimentos repetitivos. Neste caso pode-se inferir que o treinamento, em si,
considerando volume de trabalho ou intensidade de esforço, representa um fator causal
importante. O treinamento também é descrito como fator de risco para lesões. Contudo,
destacam a relação entre longos períodos de treinamento e o curto tempo de recuperação
entre treinos resultando em vulnerabilidade dos atletas a traumas por over-use. (Aguiar,
2009).
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Para Conte (2002) Lesão Desportiva é qualquer lesão ocasionada durante a execução de
atividades motoras, em recreação ou competição. Garrick (2001), por sua vez, a define
como acometimento que provoca o afastamento do atleta por, no mínimo, uma unidade
de treinamento, jogo, competição ou partida. O conceito que mais se aproxima da
realidade de campo para os envolvidos com as diversas práticas atléticas foi proposto por
Bennell (1996) e também adotado em outros estudos, que as define como qualquer dor
ou afecção músculo-esquelético resultante de treinamento e competições esportivas que
foram suficientes para causar alterações no treinamento normal do atleta, seja na forma,
duração, intensidade ou freqüência. (Aguiar, 2009).
Desta forma este estudo apóia-se na tentativa de demonstrar e comparar o padrão
postural com incidência de lesão, a fim de traçar uma relação e determinar se as
alterações posturais alem de influenciar negativamente no desempenho do atleta tenderia
a desencadear lesões nós atletas de natação.
Metodologia
Para este estudo foram selecionados 22 atletas de natação de ambos os sexos com idade
entre 10 a 17 anos, esses atletas foram captados durante a realização da 3º Copa CCFB
de Natação que ocorreu no mês de outubro em 2009 na cidade de Batatais. Foi utilizado
como critério de inclusão atletas que treinavam no mínimo a 6 meses e no máximo a 3
anos, assim como atletas que apresentavam um biótipo similar ao restante do grupo. Os
atletas após serem cientes do Termo de Consentimento e terem suas duvidas sanadas,
participaram em 2 etapas de avaliação.
A primeira etapa consistia em uma avaliação postural global realizada pela escala de New
York, os pacientes com trajes de competição (sunga e maiô), eram levados a um
ambiente apropriado constituído de um ambiente calmo, fora do ambiente de competição,
após o aquecimento do atleta, então pedia-se para o paciente permanecer em 4 perfis:
Anterior, Posterior e Laterais bilateralmente. A posição anterior era utilizada apenas para
fins de confirmação dos achados, já que na escala utiliza-se apenas lateral e posterior.
Ainda o examinador não foi substituído em nem um dos pontos da coleta diminuindo
assim viés inter-examinador.
Após a primeira etapa, os atletas eram requisitados a responder um questionário
adaptado pelos próprios autores tendo como base o protocolo de Petri (2002) aplicado a
tenistas de mesa. Desta forma o questionário apresentava perguntas relacionadas ao
histórico de lesões destacando-se: ciclo de braçadas, tempo de treino, tempo de pratica
esportiva não competitiva, tempo de pratica esportiva competitiva, se trabalhavam,
realizavam mais algum esporte, quantidade de torneios disputados durante o ano,
quantidade de torneio disputados durante sua pratica competitiva, índice de lesões e tipo
de tratamento utilizado para sanar o problema, assim como, o tempo de afastamento da
pratica devido a lesão.
Após a coleta dos dados, ocorreu a organização deles no Excel 2007 e os dados
estatísticos eram realizados pelo programa GraphPad InStat ( versão: 3.05).
Resultados
Após os dados serem filtrados e analisados, os atletas apresentavam uma media de
alterações posturais, (tabela 1), considerados com alterações moderadas, contendo 53,49
pontos, utilizando como base o score da escala de New-York (tabela 2).
Alterações Posturais Score
Inclinação de Cabeça 94
Inclinação de Ombro 90
Escoliose 96
Inclinação de Quadril 102
Pé Rodado 88
Desabamento do Pé 63
Anteriorização da Cabeça 78
Ângulo Esterno 100
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Rotação da Escapula 98
Hipercisofe 106
Retificação Torácica 82
Anteriorização do Quadril 92
Hiperlordose 88
Tabela 1- Alterações Posturais, segundo Escala de New-York
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Resumo
O jiu-jítsu é uma modalidade que apóia seus princípios biomecânicos na otimização da
força muscular do praticante, anulando a do oponente ou até mesmo utilizar as valências
físicas deste contra ele próprio. Entretanto com a evolução do esporte de alto rendimento,
tem gerado um interesse de profissionais pelo aprimoramento das técnicas desportivas. A
técnica ainda esta relacionado com a postura e a flexibilidade do atleta visto que uma
perda destas podem acarretar condições posturais que impossibilitaria o atleta a ter a
melhor performance. Este trabalho tente a demonstrar e comparar a flexibilidade e a
postura de atletas do jiu-jítsu para realizar uma correlação entre adaptações posturais e
flexibilidade, para poder evitar um dos acarretadores de perda do rendimento no atleta.
Buscou-se 25 atletas de jiu-jítsu do Centro Universitário Claretiano de Batatais. Que
apresentavam idade media de 23.2± 1.535 anos, todos do sexo masculino que já
treinavam no mínimo a 7 meses, contendo um porte físico semelhante, mostrando uma
homogeneidade na coleta. Após os indivíduos serem selecionados, cientes sobre o que
seria realizado e terem assinado o termo de consentimento livre, foram submetidos a 2
tipos de avaliação fisioterapeutica que continham 3 etapas. A primeira contou com
achados posturais derivando de uma avaliação postural global utilizando um protocolo
determinado pelos próprios pesquisadores, onde era definido as alterações por cada
articulação dos membros apendiculares e coluna. Os indivíduos eram submetidos ainda a
uma sessão fotográfica obtendo um registro das seguintes posições: Anterior, Posterior e
Lateral bilateralmente, a fim de confirmar os achados do examinador posteriormente. A
segunda avaliação contemplou-se por avaliação da flexibilidade da cadeia posterior dos
atletas, utilizando o Banco de Wells. Nesta avaliação pedia-se que o atleta realiza-se 3
medidas e dela era utilizada aquela de maior valor. Após estas avaliações os dados foram
tabulados no Excel 2007, selecionados, separando a faixa etária, peso e altura dos
indivíduos, para uma amostra mais homogênea. Os dados estatísticos foram realizados
pelo programa GraphPad InStat (versão 3.05). Os dados obtidos da avaliação na
flexibilidade de cadeia posterior destes atletas demonstram uma media de 20,660± 1,772,
com 36% indivíduos classificados com uma condição de flexibilidade regular, 60% fraco e
4% bom. Na avaliação postural, foram verificadas alterações significativas, sendo 89,47%
com alterações na coluna lombar com prevalência de 78,94% de hiperlordose, 84,21%
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Discussão
Assim pode-se observar uma relação entre as alterações posturais com a perda de
flexibilidade, isto justifica-se juntamente com Taylor (1990) onde demonstra que baixos
índices de flexibilidade podem estar associados a problemas posturais, algias, níveis de
lesões, diminuição da vascularização local, aparecimento das adesões, e aumento de
tensões neuromusculares. Vindo de encontro com o trabalho proposto onde demonstra
que alterações posturais em cadeia posterior e assim como uma flexibilidade regular
foram detectadas. Contudo ainda pode ser observado segundo zito (1983), que
demonstra as alterações posturais dos atletas ocorrendo devido ao treinamento intenso e
repetitivo de uma modalidade esportiva, proporcionando a hipertrofia muscular e a
diminuição da flexibilidade, causando desequilíbrio entre a musculatura agonista e
antagonista, favorecendo a instalação de alterações posturais.
Atentando ao fato de lesões que podem gerar alterações posturais, vê-se que Segundo
Carpeggiani (2004) o local anatômico mais freqüentemente acometido por lesões, foi o
joelho (27%), diferindo dos resultados encontrados em trabalhos focados no judô,
modalidade esportiva que mais se aproxima do jiu-jítsu, apontaram o ombro como região
anatômica mais lesada (72,13%).
Ainda vemos uma preocupação voltada à saúde dos atletas, pois segundo Araújo (1998)
evidencia também a necessidade do treinamento da flexibilidade em diferentes faixas
etárias em função das perdas de amplitude em diversas articulações, podendo afetar
negativamente a saúde na qualidade de vida. Confirmado por Alter (1996) que relaciona a
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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Segundo Rizzola Neto (2003), o voleibol foi o esporte que mais modificou suas regras
sem modificar sua estrutura de jogo. Com o passar do tempo foi se moldando à medida
que os interesses comerciais se acharam necessários, fazendo dele hoje, um dos
esportes mais praticados e assistidos no mundo. A plasticidade e a constante passagem
de situações entre defesa e ataque, despertam um enorme interesse do público, levando
a uma grande atividade econômica dentro de nosso país. O voleibol se tornou um dos
jogos esportivos mais praticados no mundo com mais de 200 milhões de jogadores. Esse
fator se dá pelo esporte requerer uma quantia mínima de implementos e uma variável
situação nos níveis de habilidades. (TILMAN et all, 2004) Como relata Marchi Júnior
(2001), a passagem do amadorismo para o profissionalismo, e, consequentemente para a
espetacularização da modalidade, fez com que houvesse um número grande de novos
adeptos a este esporte, aumentando o interesse da mídia em comprar direitos de imagem
e uma enorme busca pela audiência televisiva.
Tais situações fizeram com que a modalidade evoluísse em todos seus âmbitos
competitivos. Profissionais e atletas eram cada vez mais postos a prova, e o treinamento
passou a ser fundamental para que essa espetacularização fosse observada com bons
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olhos para torcedores, meros espectadores e até mesmo, os donos dos direitos de
transmissão dos jogos. Isso não ocorreu apenas com o voleibol. Quanto mais rendimento
um atleta conseguia em determinado esporte, mais ele ajudaria sua equipe, deixando o
espetáculo muito mais belo, atraindo cada vez maiores massas para dentro de um estádio
ou até mesmo de um ginásio. O atleta precisaria estar sempre em ótimas condições,
muito bem preparado para desempenhar o papel que lhe era atribuído dentro da
modalidade em que exercera sua profissão. Certamente, com o estalar da modalidade, o
profissionalismo dos atletas se tornou uma forma grande de renda para as equipes antes
ditas como amadoras, fazendo com que o trabalho propriamente dito com os atletas, até
mesmo nas categorias de base, fossem levados a um âmbito totalmente atípico
(GUIMARÃES e MATTA, 2004). Com certeza, como citado acima, foi a modalidade
coletiva que mais sofreu modificações em suas regras desde sua invenção, passando a
dar a cada atleta, uma condição específica dentro das posições em que atuam,
distribuindo tarefas para o bom rendimento da equipe. Observando tais situações, os
autores deste estudo tomaram por base estas circunstâncias para desenvolver uma
abordagem de trabalho para preparação física de levantadores de alto-rendimento,
através de uma longa pesquisa bibliográfica dos maiores autores sobre o assunto.
O treinamento físico se realiza para o aprimoramento das capacidades motoras,
melhorando o nível de desempenho em atividades musculares específicas. Barbanti
(1996, p.52) relata que “o treinamento físico é uma repetição sistemática de movimentos
que produzem reflexos de adaptação morfológica e funcional, com o objetivo de aumentar
o rendimento num determinado espaço de tempo”. Estudos sobre a preparação específica
de determinado atleta são muito raros na literatura, principalmente em um esporte que
vem desenvolvendo seu interesse maior há poucos anos, fazendo com que isso se torne
um ponto fundamental de interesse dos autores deste estudo. Para Borsari (1996), os
atletas do voleibol, com a evolução atual do jogo, foram obrigados a se tornarem
jogadores mais atléticos, com movimentos que exigem muita velocidade e violência,
sempre enfocando a habilidade,. Hoje, devem ter uma estatura privilegiada, facilitando
seus ataques e bloqueios. Segundo Bizzochi (2004), com as mudanças para as regras
atuais, o jogo passou a se tornar mais dinâmico, e as partidas quase nunca passam de
uma hora e meia de duração, assim, o metabolismo predominante para a atividade
realizada é composta por estímulos anaeróbios, ou seja, de máxima intensidade e curta
duração.
Conseqüentemente essa evolução do esporte, proporcionou a equipe de Voleibol de São
João da Boa Vista a investir firmemente, pois os resultados regionais que obtiveram foram
muito satisfatórios e a comissão técnica, viu-se obrigada a procurar novos métodos de
treinamento, inclusive a parte física, onde recebe uma atenção especial o qual é um dos
fatores primordiais para o sucesso da equipe.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Amostra
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Impulsão Vertical
Material:
- Fita métrica fixada verticalmente na parede, de maneira descente, onde a marca zero
deve ficar no ponto mais alto da parede.
- Pó de giz
- Cadeira
Procedimentos
O avaliado deve estar em pé, de lado para a parede, com os braços estendidos acima da
cabeça. Nessa posição, deve marcar com pó de giz o ponto alto que posso alcançar. Em
seguida, deve fazer pequena flexão de pernas e saltar, marcando com a ponta dos dedos
o ponto mais alto atingido. Devem ser realizadas três tentativas. Para determinar a
impulsão, deve-se subtrair o valor inicial do maior valor alcançado durante as tentativas.
Exemplo: o avaliado na posição inicial toca o ponto 100 da fita métrica. Durante a série de
saltos atinge 65,66 e 64. Como a fita está no sentido descendente, a melhor marca é 64.
Para obter o resultado, deve-se efetuar 100 – 64 = 36. Esse valor corresponde a impulsão
vertical em centímetros.
Impulsão Horizontal
- Fita métrica
- Pó de giz
Procedimentos
O avaliado deve estar com os pés paralelos, no ponto de partida. Ao sinal do avaliador,
deve saltar no sentido horizontal, tentando alcançar o ponto mais distante possível. É
permitida a movimentação livre de braços e tronco. São realizadas três tentativas,
registrando-se a marca na parte posterior do pé, sendo considerada a maior distancia
alcançada.
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As médias das variáveis pré e pós-treinamento foram descritas por média aritmética e
desvio padrão e foram comparadas pelo teste t de Student para amostras dependentes,
com nível de significância de p<0,05.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – valores de média aritmética (X), desvio padrão (SD) referente á comparação
das variáveis antropométricas antes e após um programa de treinamento de força.
4. CONCLUSÃO
Podemos concluir nesse trabalho, que a preparação física se faz cada vez mais
importante no Voleibol, esse sendo um diferencial predominante na busca do alto nível de
resultados, e que ficou evidente a evolução física da equipe, levando em conta ser a
primeira vez que a questão física tem uma relevância, porém isso abre discussões para
novos pressupostos e também para novas pesquisas e elaboração dos treinamentos
físicos da equipe. Os resultados dos testes mostraram uma diferença significativa na
impulsão horizontal e impulsão vertical, levando a crer que os trabalhos físicos foram
benéficos para os membros inferiores, já o teste de agilidade mostrou um valor não
significativo, nos mostrando assim que os trabalhos de agilidade não surtiram um efeito
tão aparente, sendo que agilidade é um dos fatores determinantes no voleibol já que se
trata de um esporte dinâmico e ágil. Partindo desse pressuposto, novos treinamentos
deverão ser elaborados visando aumentar ainda mais esses resultados, buscando a
excelência dos resultados.
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REFERÊNCIAS
RIZOLA NETO, A. Uma proposta de preparação para equipes jovens de voleibol feminino.
2003. 114p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação Física. Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2003..
PITANGA, J.F. Testes, Medidas e Avaliações em Educação Física,3ª ed. São Paulo,
Phorte, 2004.
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Com o passar dos anos o idoso perde o diálogo harmonioso com o seu corpo e sofre
modificações que alteram os aspectos biológicos, funcionais, psíquicos e sociais. Estas
alterações podem causar certo declínio na capacidade funcional do idoso, limitando sua
independência e conseqüentemente sua qualidade de vida. Esta pesquisa tem por
finalidade demonstrar a possibilidade de avaliação da flexibilidade, componente de
extrema importância para a saúde humana, em 16 pessoas de melhor idade, do sexo
feminino dos municípios de Bom Sucesso e São João Del rei. Através do teste de sentar e
alcançar do banco de adaptado, a fim de atender os diferentes biótipos existentes e
avaliar a amplitude total de flexibilidade. Percebe-se necessidade de novos estudos antes
de afirmar a eficácia dos métodos ativo e passivo. Entretanto, esta pesquisa comprovou
que ambos os grupos melhoraram seu desempenho de flexibilidade.
ABSTRACT
Over the years the elderly lose the harmonious dialogue with your body and undergoes
changes which alter the biological aspects, functional, psychological and social. These
changes may cause some decline in functional capacity of the elderly, limiting their
independence and consequently their quality of life. This research is to demonstrate the
possibility of assessing the flexibility, component of extreme importance to human health in
16 people with better age, sex female of the municipalities of Bom Sucesso and São João
del Rei, through the sit and reach test of the bank of wells, upgraded, in order to meet the
different biotypes exist and to evaluate the full range of flexibility. Realizes the need for
new research before you say the effectiveness of the method assets and liabilities.
However this research showed that both groups improved their performace for flexibility.
Words keys: 3ª age, flexibility, bank of Wells
INTRODUÇÃO
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REVISÃO DE LITERATURA
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METODOLOGIA
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Excelente 22 cm ao mais
Bom Entre 19 e 21 cm
Médio Entre 14 e 18 cm
Regular Entre 12 e 13 cm
Fraco 11 cm ou menos
RESULTADOS e DISCUSSÃO
MÉTODO ATIVO
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Indivíduo Alteração(%)
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1 100
2 30,76923077
Bom
3 Sucesso (ativo)
15,38461538
teste1 teste2 Metodo Ativo
4 4,761904762
4
5 8-4
13
6 17
66,66666667 30
Alongamento (cm)
7
13 0
15
25
821 7,142857143
22
20
25 24 1º Teste
15
3 5 2º Teste
10
11 11
5
14 15
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Individuos
Media 13 14,625
Porcentagem de Melhora na media
12,5
Desv. Pad. 7,502381 6,523309852
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teste1 teste2
35
5 11
24 21 30
10 17
Alongamento (cm)
25
9 10
20 1º Teste
28 28
15 2º Teste
26 30
21 28 10
18 17 5
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Individuos
Indivíduo Alteração(%)
1 120
2 -12,5
3 70
4 11,11111111 FIGURA 2 – QUADROS E GRÁFICO DO TESTE DE
5 0 FLEXIBILIDADE – GRUPO PASSIVO
6 15,38461538
7 33,33333333 Os testes realizados nos municípios de Bom Sucesso e São
8 -5,555555556 João Del Rei, avaliaram dezesseis pessoas do sexo feminino,
com idades variando entre 58 e 79 anos. A classificação da
flexibilidade, medida no banco de Wells, depois de um mês de treinamentos, apresentou o
método passivo uma melhora das médias de 14,89% em relação ao método ativo
(12,5%), conforme demonstrado mediante as figuras acima:
As estatísticas apresentadas acima referem-se a pessoas que não praticavam atividades
físicas com um índice médio de flexibilidade. No entanto, treinadas duas vezes por
semana, durante um mês, melhoraram seu desempenho, demonstrando que apesar da
perda natural de força muscular com o envelhecimento as atividades físicas podem
melhorar a flexibilidade, componente de extrema importância para vida e independente.
De uma forma geral, o processo de envelhecimento envolve uma perda progressiva das
aptidões funcionais do organismo (ALVES et al. citado por FARINATTI E LOPES, 2004),
sendo que, do ponto de vista fisiológico, algumas degenerações comuns a esse processo
envolvem diminuição de força e resistência muscular, amplitude articular, perda de massa
corporal magra, redução da flexibilidade (LEITE, citado por FARINATTI E LOPES, 2004).
Além disso, a teoria de WEINEK citado por Guadagnine e Olivoto (2004), esclarece que
um treinamento causa adaptações energéticas metabólicas que em contraposição as
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CONCLUSÃO
Os testes de “sentar e alcançar” realizados nos municípios de Bom Sucesso e São João
Del Rei com idosos do grupo da Melhor Idade que não praticavam atividades físicas
comprovaram que embora o método passivo em termos percentuais seja mais eficiente
para ganho de flexibilidade, os resultados não são conclusivos devidos primeiros a
valores próximos das porcentagens e segundo, ao pequeno número de participantes.
Sugere-se que mais pesquisas sejam executadas antes de se afirmar que um ou outro
método seja mais eficaz. Mas, o dado mais importante da pesquisa, é que ambos os
grupos tiveram uma melhora na que tange a flexibilidade. Mesmo que alguns integrantes
tenham regredido no teste a maioria obteve melhoras. Sabendo-se que a flexibilidade na
melhor idade é componente da qualidade de vida, acredita-se que ambos os métodos
obtiveram sucesso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R.V.; MOTA, J.; Costa, M.C; Alves, J.G.B. Aptidão física relacionada à saúde de
idosos: influência da hidroginástica Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.10, n1,
p.31-37, 2004
GONÇALVES AK. Novo ritmo da terceira idade. Pesquisa Fapesp; 67: p. 68. 2001.
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Resumo
Introdução
A importância do brincar dentro da escola é tão importante quanto o brincar fora dela,
facilitando que a criança tenha um desempenho de suas habilidades motoras através das
brincadeiras utilizando seu próprio corpo no espaço. A utilização de seu corpo na hora do
brincar aprimora o seu desempenho motor para as atividades de vida diária como o
sentar, o deitar, o rolar, engatinhar, levantar e ficar em pé até a marcha adequada e
movimentos finos como colocar um feijão dentro de uma garrafa (PIAGET, 1975).
Na atualidade, a criança é socialmente valorizada e sua assistência baseia-se em
algumas premissas bastante difundidas, embora nem sempre presentes em nossas
atitudes profissionais, tais como: a criança não é um adulto em miniatura, mas um ser em
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Resumo
Introdução
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Sendo o futebol moderno, dinâmico, com um jogador que quase não para em campo,
ele precisará de variáveis fisiológicas importantes para conseguir se destacar como:
eficiência no transporte de oxigênio, a boa capacidade de tolerar o exercício de longa
duração sem fadiga, ser veloz e ágil e ter boa habilidade motora (SILVA et al,2002).
E assim, as habilidades individuais, o sistema de jogo e o nível de desenvolvimento das
capacidades biomotoras podem estar contribuindo para o aumento do desempenho na
competição. Os futebolistas realizam esforços decisivos relacionado ao metabolismo
anaeróbico alático com uma pequena participação lática (CAMPEIZ et al,2006).
Partindo que o futebol é caracterizado pela realização de esforço de alta intensidade e
curta duração, sendo utilizados diferentes sistemas energéticos tanto o anaeróbio quanto
o aeróbio (BARROS, 2004). É necessário saber que a resistência aeróbia é caracterizada
através da capacidade de participar do jogo por um período de tempo prolongado, sem
que haja comprometimento na técnica. A resistência anaeróbia é a capacidade de
aceleração por um curto espaço de tempo para realizações de saltos, dribles e chutes ao
gol com o ritmo máximo de velocidade (WEINECK, 2004).
Por isso, a necessidade de conhecer se há uma intima relação entre a duas variáveis,
para que o técnico consiga desenvolver o seu trabalho,objetivando o crescimento do
jogador e maximizando o seu potencial.
O objetivo do presente estudo foi a correlação entre a velocidade média de corrida
durante o teste de Cooper com a velocidade média de corrida anaeróbia.
Materiais e Métodos
Resultado e Discussão
Para a análise estatística utilizamos a correlação de PEARSON entre as variáveis:
velocidade aeróbia e velocidade anaeróbia.
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3000
2800
2600
Velocidade aeróbia(m/s)
2400
2200
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Velocidade média(m/s)
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Contudo nas ações especificas do jogo, a produção de energia anaeróbia parece ser
determinante, principalmente na hora das finalizações e nos arranques, seja para conter
um adversário ou para sair com a bola em melhor condição, por isso é necessário que o
atleta seja trabalhado nos dois sistemas energéticos, estando apto para realizar o melhor
do seu desempenho.
O presente estudo mostra que há uma inversão nas duas fontes de energia, o mais rápido
no teste de Cooper (aeróbio) mostrou um pior resultado no de pique (anaeróbio), isto
pode estar relacionado com algumas hipóteses: melhor utilização da fibra de contração
lenta ou rápida, espaço do campo que o jogador atua ou até mesmo a falta de
condicionamento especifico para a fonte destacada.
Quem treina a resistência aeróbia de maneira exagerada torna-se lento devido às
adaptações metabólicas ocorrida nos músculos, isso para o futebol não é interessante,
pois prejudica assim algumas ações de saída explosiva, como o chute ao gol, salto ou
drible (LOPES, 2005).
Por outro lado, a pesquisa realizada, nos mostra que os atletas participantes do projeto
estavam em uma condição física aeróbia considerada boa, e tinham uma boa resistência
anaeróbia para os momentos de explosão, que são os momentos cruciais dos jogos.
Em concordância com o nosso trabalho Lopes 2005 cita que “O futebol exige um bom
condicionamento físico tanto na capacidade aeróbica quando na capacidade anaeróbia,
devido as suas características, com esforços ao longo do jogo de diferentes intensidades
e duração. Isso impõe que o jogador tenha bem desenvolvido as capacidades de força e
potência muscular, mas que também possua uma capacidade de recuperação eficiente e
resistência de fazer vários tiros curtos consecutivos, para que possa estar apto as funções
do jogo com o seu melhor rendimento.
Fica nítido a importância do treinador saber trabalhar os dois sistemas energéticos, pois o
jogador utiliza de forma constante estas variáveis, sendo que uma completa a outra.
Considerações Finais
Sem dúvida que a modalidade futebol precisa de meios mais sólidos para prescrever o
seu treinamento, tendo em vista o seu valor financeiro, emocional e cultural que
representa.
Fica claro que os jogadores exigem ao máximo do seu condicionamento durante uma
partida, este, por muitas vezes não consegue visualizar a situação de estresse que
impõem ao seu corpo.
Dentro do trabalho é possível visualizar as situações de jogo que os atletas são
submetidos, tendo que ter um bom condicionamento aeróbio para resistir os 90 minutos, e
um bom condicionamento anaeróbio para que nos momentos cruciais da partida ele
esteja no melhor do seu estado físico para conseguir realizar a técnica desejada.
Observa-se também a relação do condicionamento físico dos jogadores, que quanto
maior a velocidade anaeróbia menor a velocidade aeróbia. Este resultado pode ser listado
por três motivos: área de atuação no campo, tipo de fibra muscular predominante no
jogador e o treinamento realizado por ele.
Precisamos de um maior amparo científico para chegarmos a conclusões definitivas
sobre este assunto, mas é nítido que o trabalho especifico dentro desta modalidade
coletiva é a melhor maneira de se intervir com qualidade, suprindo assim as necessidade
individuais do atleta e colocando-o de maneira que possa realizar o seu melhor jogo.
Referências
BAGANHA, R.J.; MOREIRA, R.A.C. Relação entre força máxima e comprimento de
membros inferiores com a velocidade media da corrida em jogadores de futebol da
categoria infanto-juvenil. Movimento e percepção. Espírito Santo do Pinhal, SP, v.8, n. 11,
jul/dez 2007- ISSN 1679-8678.
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RESUMO
A dor lombar pode ser decorrente de vários fatores como posturas viciosas, alterações de
elementos estruturais, excesso de uso, ou até mesmo mau funcionamento de órgãos e ou
vísceras pélvicas. A acupuntura baseia-se em reconhecer o canal de energia afetado e
promover a estimulação deste canal. Este estudo teve como objetivo avaliar os resultados
da acupuntura através da EVA no controle da dor lombar, e a relação entre os meridianos
da bexiga e do vaso do governador com o plexo lombossacral. Foram tratados oito (8)
indivíduos, durante quatro semanas com um total de 12 sessões. Na avaliação antes e
após o programa de tratamento foi observada a diminuição da dor em todos os indivíduos
da amostra. Os dados obtidos neste trabalho confirmam a eficácia da acupuntura no
tratamento da dor lombar e a relação direta da ação de analgesia da acupuntura com a
arco reflexo somato-visceral e ou viscero- somático.
Palavras chave: Dor lombar, EVA, Acupuntura.
INTRODUÇÃO
A dor lombar pode ocorrer sem motivo aparente, mas geralmente é relacionada a algum
tipo de trauma com ou sem esforço. Pode ter origem em várias regiões tais como:
estruturas da própria coluna, estruturas viscerais, podendo ainda ter origem vascular ou
psicogênica. (LEMOS, et al, 2004). Pode ser classificada como estática, quando é
causada por má postura, ou seja, vinculada a um quadro postural, e cinética quando é
decorrente de uma biomecânica incorreta ou por sobrecargas cinéticas (COX 2002). São
classificadas como agudas quando duram até sete dias, subagudas quando duram de 7
dias a 3 meses e crônicas quando os sintomas duram mais de 3 meses (
MACHENELSOM 1996).
A dor é decorrente de forças excessivas, sejam internas ou externas. São consideradas
forças excessivas as atividades repetidas como extensão, flexão ou rotação de um
segmento corporal. E chamadas de perturbadoras as forças internas que enfraquecem a
função neuromusculoesquelética, portanto consideradas excessivas ou inadequadas,
entre elas a fadiga, o ódio, a depressão, a falta de atenção, a ansiedade, a falta de
treinamento e a distração que podem ser decorrentes de fatores psicogênicos e
psicossociais, como estresse e falta de motivação.
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num período de doze (12) sessões com diagnóstico clínico de dor lombar. O nível de dor
de cada paciente foi registrado através escala analógica de dor no início e final de cada
sessão.
MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo foi realizado na Clinica Multidisciplinar do Centro Universitário Claretiano, na
cidade de Batatais e contou com a participação de oito (8) voluntários, os critérios de
seleção considerados, incluíram indivíduos com diagnóstico clínico de dor lombar, que
não estivessem sendo submetidos a tratamento fisioterapêutico, embora continuassem o
tratamento clinico/medicamentoso, com idade entre 20 e 60 anos de ambos os sexos. O
nível de dor foi mensurado através da escala analógica de dor (EVA) no inicio e final de
cada sessão. O grupo foi submetido a tratamento com acupuntura onde foram utilizados
pontos dos meridianos da bexiga e vaso governador: B24 – B25 – B28 - B40- B60 e VG4.
Estes acupuntos foram selecionados em conformidade aos trajetos dos meridianos e o
plexo lombosacral.
Foram realizadas doze (12) sessões, três vezes por semana, com duração de 30 minutos
cada. Os pacientes foram posicionados em decúbito ventral, com a região lombar e
membros inferiores expostos, na seqüência foi feita assepsia das regiões com algodão
embebido em álcool 70%. Foram utilizadas onze (11) agulhas de aço inoxidável com
medidas de 25X40, da marca Dongbang- acupunture needle, As agulhas foram
estimuladas a cada 5 minutos com rotação para os dois lados (harmonizar). Para
preservar a integridade física dos voluntários que se submeteram ao estudo, todo o
material utilizado é descartável e a introdução das agulhas de acupuntura efetuada por
profissional acupunturista devidamente qualificado e sobre supervisão.
Todos os participantes foram devidamente esclarecidos quanto as técnicas a serem
utilizadas e o objetivo específico da pesquisa antes da aplicação das sessões, sendo que
para tanto, assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Todos os pacientes
foram orientados quanto aos cuidados que devem ter tanto postural, quanto nas suas
atividades de vida diária e receberam uma lista de orientações a serem seguidas no seu
dia a dia.
Os acupontos utilizados foram:
B- 24: Localização: Situa-se a 1,5 cun lateral à linha média, na horizontal abaixo do
processo espinhoso da 3ª vértebra lombar.
Indicação: Dor lombar, menstruações irregulares, hemorróidas, hemorragia uterina
disfuncional (YAMAMURA, 1993).
A agulha é inserida lateralmente ao processo espinhoso entre a 3ª e 4ª vértebras
lombares atingindo a raiz nervosa que se origina nesse segmento.
B- 25: Localização:Situa-se a 1,5 cun lateral à linha média, na horizontal traçada abaixo
do processo espinhoso da 4ª vértebra lombar.
Indicação: Disenteria, constipação intestinal, dor lombar, ciatalgia, paralisia de membros
inferiores, distensão abdominal, flatulência (YAMAMURA, 1993).
A agulha é inserida lateralmente ao processo espinhoso entre a 4ª e 5ª vértebras
lombares atingindo a raiz nervosa dessa região.
B- 28:Localização: Situa-se a 1,5 cun lateral à linha média, na horizontal traçada abaixo
pelo segundo forame sacro.
(Indicação: Patologias urogenitais, sacralgias, sacroileíte, ciática, diarréia, constipação
intestinal, glicosúria, retenção urinária YAMAMURA, 1993).
A agulha é inserida em direção ao 2º forame sacral atingindo a raiz nervosa de S2.
VG- 4: Localização: Situa-se na região lombar, entre os processos espinhosos das 2a e
3a vértebras lombares, ou se localiza no ponto oposto à cicatriz umbilical.
Indicações: Dor lombar, espermatorréia, impotência sexual, febre alta, cefaléia e zumbido,
endometrite, leucorréia, pés frios, enurese noturna, peritonite, mielite espinhal, nefrite,
seqüela de paralisia infantil (YAMAMURA, 1993).
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RESULTADOS
Foram submetidos a tratamento de acupuntura oito (8) indivíduos com dor lombar.
Foi aplicada a escala analógica visual da dor (EVA) antes do início da 1ª sessão e
após o término da mesma (Tabela 1).
Tabela 1
Paciente
1 2 3 4 5 6 7 8
s
Antes 8 8 6 4 9 9 8 1
Após 5 3 2 0 3 7 8 0
Tabela 1: Valores da EVA antes e após a 1ª sessão
Assim observou-se uma redução considerável na EVA em todos os indivíduos
(Figura 1).
Índice da EVA antes e após a 1ª sessão
9
8
7 Figura 1: Índice da EVA
6
5
antes e após a 1ª sessão
EVA
4 Antes
3 Após
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Indivíduos
No decorrer das doze (12) sessões de acupuntura foi observado através da média
da EVA de todos os indivíduos, antes e após cada sessão um decréscimo gradual
dos valores (Tabela 2) e (Figura 2).
Tabela 2
Sessõe
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª
s
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Antes 6,6 4,9 3,1 2,9 3,1 2,3 1,6 2 1,2 1,5 1,4 0,7
Após 3,5 2,2 1,7 0,9 1,4 0,6 0,7 1,1 0,7 0,4 0,6 0,2
Tabela 2: Média dos valores da EVA antes e após aplicação da acupuntura
7
6
5
EVA
4 Antes
3 Após
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Sessões
Figura 2: Média de
Em relação aos valores individuais foi valores da EVA antes e
confirmado ao término das doze (12) sessões de após a aplicação da
acupuntura a redução dos valores da EVA. acupuntura
Sendo que os valores da EVA demonstraram
ausência (valor zero) para sete (7) dos oito (8) indivíduos tratados.
Para o indivíduo número seis (6) houve uma redução para dois (2) demonstrando
também resultado satisfatório (Tabela 3) e (Figura 3).
Tabela 3
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8
Antes 8 8 6 4 9 9 8 1
Após 0 0 0 0 0 2 0 0
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9
8
7
6
5
EVA
4 1ª sessão
3
12ª sessão
2
1
0 Figura 3: Comparação dos
1 2 3 4 5 6 7 8
valores antes e após as 12
Indivíduos
sessões
DISCUSSÃO
Baseada na fisiopatologia da dor lombar, a inserção das agulhas de acupuntura em
pontos relacionados com as fibras do nervo espinhal pode interromper ou atenuar o
processo álgico (YAMAMURA, 1995).
O esquema terapêutico da acupuntura baseia-se em reconhecer o canal de energia
afetado (ou raízes nervosas) e promover a estimulação do canal por meio da inserção e
manipulação de agulhas de acupuntura (YAMAMURA,1995). Dessa maneira, pode-se
explicar o efeito da inserção da agulha de acupuntura nos pontos correlacionados com as
fibras nervosas dos nervos espinhais plurissegmentares, localizadas nos pontos de
acupuntura dos membros superiores e inferiores, com efeito sobre a inervação da região
lombar( Somática e Visceral). Por outro lado, a inserção da agulha na região
paravertebral, no meridiano da bexiga, estimula também os nociceptores situados no
músculo multífido (LIANG,1992).
Yamamura,(1994), obteve melhora estatisticamente significante em 100% dos casos
como tratamento pela acupuntura, utilizando pontos de acupuntura locais (região lombar)
e pontos à distância relacionados aos nervos espinhais plurissegmentares.
Pesquisas realizadas com acupuntura em dor lombar vêm sendo desenvolvidas há
alguns anos e comprovam a redução de 50% das dores, definindo como satisfatório
o resultado de redução da dor nesses pacientes (LEMOS, 2004). Autores obtiveram
uma melhora de 42% na dor realizando sete aplicações de acupuntura em
portadores de dor lombar (NACHEMSON, 1994). Pesquisadores submeteram 82
pacientes com dor lombar ao tratamento com acupuntura (trinta sessões) e
obtiveram significativa melhora em todos os parâmetros estudados entre eles a dor
lombar (YAMAMURA, 1996)
A utilização da acupuntura buscando efeito analgésico vem sendo amplamente
questionada pela comunidade médica e científica. Mediante diversos trabalhos
realizados, evidencia-se que esta apresenta bons resultados para os pacientes
portadores de dores lombares (BRAVERMAN, 2003).
A ação analgésica da acupuntura pode ser explicada com base em três
mecanismos, bloqueio aferente segmentar, bloqueio descendente supra-espinhal,
mediante as vias piramidais (OLIVER, 1999) e ativação de processos analgésicos
endógenos (liberação de encefalinas e endorfinas) (ERNEST, 2001).
Além do alívio da dor, a produção aumentada de endorfinas pode dar a sensação de
satisfação (MA, 2006).
Embora os efeitos analgésicos da acupuntura sejam inquestionáveis, eles não
podem ser generalizados, uma vez que não se aplicam a todos os pacientes. Alguns
autores demonstram que apenas parte da amostra de pacientes tratados se
beneficia efetivamente com o alivio da dor após tratamento pela acupuntura
(ERNEST, 2001). Nesta pequena amostra todos pacientes se beneficiaram com
alívio da dor.
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CONCLUSÃO
Os dados obtidos neste trabalho confirmam a eficácia da acupuntura no tratamento
da dor lombar e a relação direta da ação de analgesia da acupuntura com a arco
reflexo somato-visceral e ou viscero- somático.
Porém, novos estudos são necessários para novas descobertas sobre os efeitos da
acupuntura e como ela pode contribuir para proporcionar ainda mais o bem-estar do
indivíduo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Resumo
Introdução
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desenvolvimento anormal do cérebro pode também estar relacionado com uma desordem
genética, e nestas circunstâncias, geralmente, observa-se outras alterações primárias
além da cerebral. Em muitas crianças, a lesão ocorre nos primeiros meses de gestação e
a causa é desconhecida.
A toxina botulínica é produzida pelo Clostridium botulinum e consiste, em uma mistura
complexa de proteínas que contêm a neurotoxina botulínica e várias proteínas não-
tóxicas. A neurotoxina botulínica consiste em uma cadeia pesada e em uma cadeia leve
ligadas junto por uma única ponte dissulfeto. Quando a toxina é injetada em um tecido
alvo, a cadeia pesada da neurotoxina botulínica se liga às estruturas da glicoproteína
encontradas especificamente em terminais colinérgicos do nervo. Esta ligação específica
é a razão para a seletividade elevada da toxina para sinapses colinérgicas. Após a
internalização, a cadeia leve da neurotoxina botulínica se liga com especificidade elevada
à proteína do complexo. Quando a toxina é injetada em um músculo estriado, a paresia
ocorre após dois a cinco dias e dura dois a três meses até que comece gradualmente a se
degradar. Quando os anticorpos vão de encontro à toxina, a duração da ação e a
extensão do efeito terapêutico máximo estão reduzidas geralmente após poucas
aplicações (falha parcial da terapia) antes da falha completa da terapia ocorrer
(DRESSLER, SABERI, BARBOSA, 2005).
Epidemiologia
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Tratamento
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A TBA liga-se ao terminal da placa motora. Há evidências de que a cadeia pesada seja a
responsável por esta ligação. A ligação acontece no nível dos receptores específicos
existentes na membrana da terminação nervosa. A cadeia pesada é neurotrópica, seletiva
para as terminações nervosas colinérgicas.
Uma vez no citoplasma da célula, a cadeia leve faz a quebra das proteínas de fusão,
impedindo assim a liberação da acetilcolina para a fenda sináptica. Esse processo produz
uma denervação química funcional, reduzindo a contração muscular de forma seletiva. A
propagação da potencial de ação, a despolarização do nervo terminal e os canais de Na +,
K+, e Ca2+ não são afetados pela toxina. A despolarização induz a um fluxo de cálcio e
momentaneamente há um aumento do cálcio intracelular, que induz a um release
sincrônico e a um potencial. A toxina reduz esse potencial a um simples estímulo.
A TBA não afeta diretamente a síntese ou o armazenamento da acetilcolina ou a
condução de sinais elétricos ao longo da fibra nervosa. Há evidências de que a
denervação química induzida pela toxina estimula o crescimento de brotamento axonais
laterais. Através destes brotamentos nervosos o tônus muscular é parcialmente
restaurado. Com o tempo há o restabelecimento das proteínas de fusão e a involução dos
brotamentos de modo que a junção neuromuscular se recupera.
A administração deste fármaco está limitada a músculos específicos em doses
controladas. Recomenda-se a injeção intramuscular. Injeções subcutâneas podem ser
indicadas em situações especiais.
Os efeitos da injeção podem ser sentidos entre o terceiro e o décimo dia após a aplicação
e duram em torno de seis semanas a seis meses, ocasião em que o paciente poderá ser
avaliado quanto à possibilidade de se recomendar uma nova aplicação em tempo devido.
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Métodos
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Resultados
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Flexão de
Joelho “D”
Passiva 26° 46° 60° 85°
Flexão de
Joelho “D”
Passiva 24° 50° 69° 94°
Conclusão
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Márcio Luiz de Almeida Bueno1 , Rafaela Silva Brício Rezende¹, Autran José da
Silva Jr2 , Arthur Paiva Neto2
1
Instituto Federal de Educação Ciência e Técnologia do sul de Minas/ Muzambinho/
Minas Gerais/ Brasil
2
Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé /LAPEHA /Guaxupé/ Minas
Gerais/ Brasil
marcio.bueno@eafmuz.gov.br
Resumo
Durante o processo de envelhecimento são observados declínios significativos nos
diferentes componentes da capacidade funcional (CF), em especial, nas expressões da
força muscular. A prática regular do treinamento de força tem se mostrado efetiva para
trazer vários benefícios à vida dos indivíduos idosos, auxiliando no aumento da
capacidade funcional, principalmente pelo aumento da força muscular causada pelo
treinamento com pesos. Logo, este estudo teve por objetivo identificar, por meio de uma
revisão bibliográfica, os relatos dos benefícios que o treinamento de força pode trazer
para os idosos. Pode-se observar que o treinamento de força retarda os processos
degenerativos que ocorrem durante o envelhecimento humano e auxilia para uma
melhoria na saúde e qualidade de vida dos idosos.
Unitermos: Treinamento de força - Envelhecimento - Força
Abstract
During the aging process are significant declines observed in the different components of
functional capacity (FC), in particular in terms of muscle strength. . The regular practice of
strength training has been shown to provide many benefits to the lives of the elderly,
helping to increase functional capacity, primarily by increasing muscle strength caused by
weight training soon, this study aimed to identify, for means of a literature review, studies
that report the benefits that strength training can bring to the elderly. It can be observed
with this review that strength training slows the degenerative processes that occur during
human aging and helps to improved health and quality of life for seniors.
Keywords: Strength training - Aging - Force
I INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o número de idosos cresceu significativamente, refletindo nos dias
atuais. Embora esse crescimento seja um importante indicativo da melhoria da qualidade
de vida, o processo de envelhecimento está relacionado a perdas importantes em
inúmeras capacidades físicas, as quais culminam, inevitavelmente, no declínio da
capacidade funcional e da independência do idoso (MATSUDO et al 2001).
O envelhecimento humano é conceituado como um processo dinâmico e
progressivo, no qual há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas
que determinam perda de capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente,
ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que
terminam por levá-lo a morte (PAPALÉO NETTO, 2001).
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II REVISÃO DE LITERATURA
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Hoje, a musculação está sendo prescrita por médicos que antes apenas sugeriam
caminhadas para a manutenção do condicionamento geral e emagrecimento. Os
benefícios do treino com pesos, em termos de saúde e qualidade de vida, igualam-se ou
mesmo superam os obtidos pelos jovens, ou seja, nunca é tarde para se iniciar um
programa de musculação. Também já se sabe que após os 30 anos, estima-se que a
perda de força seja de 1% por ano até os 60 anos, de 15% por década entre os 60 e os
70 anos e, daí em diante, 30% por década, (KRAEMER, FLECK e EVANS,1996).
Segundo HUNTER, MCCARTHY e BAMMAN (2004), se apenas uma forma de
exercício tiver que ser escolhida para promover melhoria na capacidade funcional de
idosos, o treinamento com pesos parece a melhor opção, se comparada aos exercícios
aeróbios. Essa opção se fundamenta na observação de que as principais atividades
cotidianas, presentes na vida de idosos, envolvem capacidades que são aprimoradas
durante a prática do treinamento com pesos.
Para UCHIDA et al (2003), o treinamento de força além da força e massa muscular,
também proporciona ao praticante freqüência cardíaca e pressão arterial menor em
repouso devido ao efeito do treinamento.
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III CONCLUSÃO
Os aspectos positivos e negativos da participação dos idosos em programas de
treinamento de força são similares aos da população mais jovem. Investigações cientificas
demonstram êxito do treinamento de força na população mais velha. O fortalecimento
muscular reflete em uma melhoria das atividades diárias e da qualidade de vida dos
idosos.
De acordo com o objetivo proposto nesta revisão, é possível concluir que através
do treinamento com peso, há uma melhora significativa na qualidade de vida dos
indivíduos idosos sendo muito benéfica para a saúde e tornando possível retardar os
processos degenerativos que ocorrem durante o envelhecimento humano.
IV REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PÔSTERES
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
RESUMO
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RESUMO
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RESUMO
A PCR é sem duvida a situação de maior urgência clinica hospitalar. Por se tratar de um
momento de risco iminente a vida, causa um grande estresse a vitima e aos profissionais
da saúde, já que as chances de sobrevivência do paciente estão vinculadas a
intervenções eficazes e rápidas tomadas de decisões. Apesar do conhecimento
desenvolvido e capacitação dos profissionais da saúde, muitas dificuldades vêm sendo
observadas no atendimento a PCR no meio hospitalar. Sendo o enfermeiro o primeiro a
diagnosticar a PCR e a iniciar as manobras de RCP, este deve estar preparado para
atender de forma rápida e segura, além de tomar decisões, afim preservar a vida do
paciente. Objetivo: pesquisa bibliográfica sobre o tema, observar e analisar os resultados
de publicações encontrados em bases de dados sobre o treinamento de enfermagem na
PCR. Metodologia: Pesquisa descritiva, com abordagem em estudo bibliográfico, com
aspectos quantitativos e retrospectivos. Resultados: Estudos demonstram que a maioria
dos enfermeiros tem dificuldades em diagnosticar corretamente uma PCR, bem como
tomar as condutas imediatas. Os resultados apontam um déficit de conhecimento em
identificar a PCR, as principais causas, e medicações utilizadas na PCR. Apesar dos
inúmeros treinamentos oferecidos a equipe de enfermagem, este conhecimento é
demonstrado em pesquisas, não permanecer por muito tempo, sendo necessária a
capacitação continua. Pesquisas desenvolvidas no ano de 2004 revelam que o
profissional enfermeiro se sente mais confiante em diagnosticar uma PCR e realizar as
manobras de RCP após o curso, mas com o passar do tempo, sentiam-se incapazes de
realizar as competências sem supervisão, reforçando assim a necessidade de
treinamento freqüente. Conclusão: É preciso evoluir muito em relação a trabalhos sobre
treinamento em PCR, e mais ainda em enfermagem, principalmente pelos trabalhos
encontrados serem recentes, e por existir um numero inexpressivo de publicações frente
à importância do assunto.
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RESUMO
A crise hipertensiva é definida como uma elevação abrupta da pressão arterial (PA), no
qual pode ser classificada como urgência ou emergência, e se diferem pela presença ou
não de dano agudo e progressivo aos órgãos-alvo. Habitualmente, a crise hipertensiva é
associada á pressões arteriais diastólicas superiores á 120 mmHg. Nas emergências, a
elevação da pressão arterial está associada à ocorrência de dano agudo ou progressivo
de órgãos-alvo, no sistema nervoso central, no sistema hematológico, no miocárdio e nos
rins. Nas urgências, o potencial de dano agudo ou progressivo de órgãos-alvo acaba
sendo grande e provável se a PA não for controlada. Durante o atendimento, deve-se
levar em consideração uma abordagem sistemática, inclusiva e rápida. O diagnóstico e
tratamento são realizados conforme a intensidade do quadro clínico, com o objetivo de
interromper o aumento ou surgimento de lesão de órgão-alvo. Os fármacos do tratamento
são baseados nos vasodilatadores diretos, ß-bloqueadores, antagonistas do cálcio,
inibidores da enzima conversora de angiotensina, agonista central e diuréticos. Em
relação à enfermagem, ainda há necessidade de mais estudos frente ao que o enfermeiro
(a) pode fazer frente a uma crise hipertensiva na ausência do médico, entretanto, cabe ao
enfermeiro (a), monitorar PA, observar alterações no nível de consciência, monitorar
sinais de congestão pulmonar, acompanhar exames laboratoriais, monitorar ECG e
efeitos adversos decorrentes de medicamentos. Este estudo qualitativo foi baseada em
uma revisão descritiva da literatura e teve por objetivo a identificação dos sinais, sintomas
e condutas do enfermeiro frente a um paciente em emergência hipertensiva, na ausência
médica. Os resultados mostram que há necessidade de mais trabalhos de enfermagem
pertinente ao tema, pois, ainda é escasso na literatura artigos que abordem função do
enfermeiro no atendimento à crise hipertensiva na ausência médica.
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CRISE HIPERTENSIVA
-Alteração da consciência -Papiledema -Dor isquêmica -Dor toráxica dorsal -Congestão Gestação
-Alteração campo visual -Exudatos -ECG: Alterações -Pulsos assimétricos pulmonar
-Sinais neurológicos focais -Hemorragias isquêmicas -Rx-Alargamento do -B3
-Rigidez de nuca (isolados) mediastino -Hipóxia
Nitroprussiato
de Sódio
Aval Neuro TC
crânio sem
contraste
(emergência)
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Revista ENAF Science Volume 5, número 1, abril de 2010 - Órgão de divulgação científica do 48º ENAF - ISSN: 1809-2926
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Algumas variáveis da aptidão física são marcadamente influenciadas pelas fases do ciclo
menstrual. Contudo, há pouca informação sobre eventuais modificações na flexibilidade.
O presente estudo procurou analisar o comportamento da flexibilidade durante as
diversas fases do ciclo menstrual sem precisar modificar a atual rotina das participantes.
Para realizar essa análise consideraram-se universitárias aparentemente saudáveis do
ponto de vista de hormônios sexuais e que diferiam apenas quanto à utilização ou não de
anovulatórios
hormonais, tem como objetivo verificar possíveis alterações de flexibilidade durante todo o
ciclo. O ciclo menstrual dura, em média, 28 dias, podendo ser dividido em três fases
distintas: folicular, ovulatória e lútea. Foram utilizadas como amostra 15 mulheres adultas
jovens, em que o grupo experimental era de mulheres que não faziam uso de
anticoncepcional oral e o grupo controle era constituído de mulheres que utilizavam algum
anticoncepcional oral há pelo menos um mês. Para a medição da flexibilidade foi utilizado
o Flexisteste no grupo experimental e o teste ANOVA ou teste t, no grupo controle. Em
ambos os grupos a medição foi feita por articulação, por movimento e sua variabilidade.
Analisando as articulações e os índices de variabilidade, não foram encontradas
diferenças significativas com as fases do ciclo menstrual, com a exceção do índice de
variabilidade distal-proximal entre as fases ovulatória e folicular no grupo experimental.
Porém não se pode concluir que definitivamente não há variações da flexibilidade durante
o ciclo menstrual, pois há a possibilidade de limitações do Flexiteste em identificar
mínimas variações, sendo necessário a realização de outros estudos.
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RESUMO
A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa crônica e progressiva do
sistema nervoso central que acomete principalmente, o sistema motor desencadeando
tremor, bradicinesia, rigidez e instabilidade postural que variam de acordo com evolução
da doença. O presente estudo tem como objetivo avaliar o equilíbrio, a mobilidade de
tronco e o risco de quedas em pacientes com Doença de Parkinson. Foram avaliados seis
idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou maior que 60 anos portadores dessa
doença. A pesquisa utilizou uma ficha de avaliação para coleta dos dados da anamnese,
uma escala para avaliação do equilíbrio corporal (escala de Berg), outra escala (Downton)
para avaliar risco de queda e o teste de Alcance Funcional para mensurar a mobilidade do
tronco e equilíbrio estático. A análise estatística utilizada foi o teste de correlação de
Pearson com nível de significância de 5% e 1%. Os resultados encontrados foram a
correlação entre o equilíbrio corporal e o risco de quedas com r de -0,8083, a correlação
entre a idade e o risco de quedas com r de 0,7394, a não correlação entre o alcance
funcional e o risco de quedas com r de – 0,3593 e o tempo de lesão com o risco de
quedas com r igual a -0,2292.Conclui-se que a diminuição do equilíbrio está diretamente
relacionada com o maior risco de quedas e que o teste de Alcance Funcional não permite
predizer sobre o risco de quedas entre a população estudada, uma vez que, este teste
avalia o equilíbrio estático e as quedas estão mais relacionadas com o equilíbrio
dinâmico.
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RESUMO
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RESUMO
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