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Analgésicos de Ação Periférica

Prof. Dr. Claudio Maranhão Pereira


ANALGÉSICOS

Qual o melhor analgésico?


Qual a função dos analgésicos?

Como é desencadeada a dor?


Qual a associação do surgimento da dor
com o processo inflamatório?
AGRESSÃO LIPOXIGENASE

ÁCIDO
LEUCOTRIENOS
ARAQUIDÔNICO PG
ENDOPERIÓXIDOS PGI
TXA
CÉLULA
CICLOXIGENASE 2

CALOR
VASO RUBOR
FOSFOLIPÍDEOS TUMOR
EXSUDATO
DOR
FOSFOLIPASE A2
PERDA DE FUNÇÃO
COX 3
ENZIMAS MASTÓCITOS
S.N.C.

DOR
HISTAMINA

NOCICEPTOR
OMS - Escada Analgésica
severa

moderada Opióides Fortes


Morfina
leve AINES Fentanyl
Opióides Fracos: Metadona
Paracetamol Oxicodona
Codeína, Tramadol
Dipirona

NÃO OPIÓIDES OPIÓIDES


OPIÓIDE FRACOS FORTES

Adapted from World Health Organization. Cancer Pain Relief, with a Guide to Opioid Availability. 1996
Manejo Seqüencial de dor

Analgésicos
Não-opióides

Associação de
analgésicos não-opióides
e opióides

Analgésicos
Opióides
Classificação dos Analgésicos Não-opióides
DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO:
Ácido Acetilsalicílico
Diflunisal (derivado do aas - não disponível comercialmente no BR. Ex.: Dorbid®)
Derivados não-acetilados: trissalicilato de colina e magnésio, salicilato de Na,
salsalato, ác.salilsalicílico.
DERIVADO DO PARA-AMINOFENOL:
Paracetamol
DERIVADO DA PIRAZOLONA:
Dipirona
Medicamentos destes
3 grupos
Eficácia clínica semelhante
Tem ação antipirética
Modo de ação não totalmente esclarecido
Meia vida curta (4 horas) necessitam de doses de
repetição frequentes
FOUSP

PRINCIPAIS DROGAS ANALGÉSICAS


(ação antitérmica)

SUBS. QUÍMICA ESP. FARMAC. AÇÃO

PARACETAMOL POUCO INIBIDOR DAS


TYLENOL®
PGL PRÓ INFLAMATÓRIAS
( COX 2)
AGE BEM EM PGE2 (snc)

NOVALGINA® DIMINUEM ESTADO DE


DIPIRONA ®
ANADOR HIPERALGESIA NOS
MAGNOPYROL ® NOCICEPTORES
( terminações nervosas livres)

® A.A.S.
SALICILATOS ®
( AAS ) BUFERIN

INIBIDORA DA
CLONIXINATO DE CICLOXIGENASE
LISINA DOLAMINR
Paracetamol
• Analgésico de eleição
• Não apresenta ação anti-inflamatória

Vantagens:
✓ Não causa irritação Gástrica
✓ Não causa inibição plaquetária

• Não usar em hepatopatas


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Derivados do Para-aminofenol

PARACETAMOL – ACETAMINOFEN
Analgésico/Antipirético
SEM ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA – fraco inibidor das
prostaglandinas pró-inflamatórias
Absorção: rápida por VO
Metabolização: Hepática
Ligação a proteínas plasmáticas <40%
Meia-vida: 2 a 4 horas.
Excreção: Renal
Praticamente sem efeitos colaterais nas doses usuais.
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PARACETAMOL
Doses: 500 mg Intervalos: 4/4 hs
Dose Máxima: 4 g diários.(>6g – toxicidade)
Dose hepatotóxica: 10 – 15 g
DL: 20 – 25 g
Crianças: 10 mg/Kg
Não exceder 5 tomadas/dia
Superdosagem: Dano Hepático Grave
Necrose Tubular Renal
Coma hipoglicêmico
⇨ O risco de superdosagem é maior se administrado com
álcool.
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PARACETAMOL

Ação : atua como analgésico e têm atuação no centro hipotalâmico –


atua mais em PG do SNC-antipirético o que explica seu forte efeito
antipirético. O mecanismo de ação analgésico ainda não está bem
estabelecido.
Marca comercial e apresentação: e.g Tylenol ®; sol.gotas 100 mg/ml,
200mg/ml, comprimidos de 500 e 750 mg
Contra-indicações: hipersensibilidade a droga e alcoolismo
(hepatotoxicidade mesmo em doses terapêuticas)
Precauções: uso em crianças
✓ De acordo com o Ministério da Saúde, o uso do paracetamol
em pacientes com dengue e com doença hepática “pode ser
realizado de forma segura sem agravamento do quadro”

✓ Paracetamol - uma droga com potencial hepatotóxico


significativo
✓ O vírus do Dengue é um Flavivirus, portanto do mesmo
gênero do vírus da hepatite C e da febre amarela, que também
são hepatotrópicos
Dipirona
➢Dipirona Sódica: Novalgina
➢Dipirona magnésica: Magnopirol

➢Uso restrito em vários países


Causa depressão medular: LEUCOPENIA
TROMBOCITOPENIA
ANEMIA APLÁSICA
Dipirona
Polêmica:
É um fármaco amplamente utilizado em parte
Europa, na América Latina e na Ásia, embora
tenha sido banido ou restrito em alguns países,
como os Estados Unidos.
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Derivado da Pirazolona
DIPIRONA (Novalgina©, Baralgin©)
Analgésico/Antitérmico
Sem efeito antiinflamatório nas doses usuais.
Absorção/Metabolização/Excreção = anteriores
USO ABOLIDO EM DIVERSOS PAÍSES DEVIDO A SEUS EFEITOS
COLATERAIS GRAVES.
Apresentação em formas injetáveis
Atua no nociceptor sensibilizado deprimindo sua atividade
(diminuição da hiperalgesia persistente) – bloqueio da
entrada de cálcio e diminuição dos níveis de AMPc nas
terminações nervosas livres
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DIPIRONA (Metamizol)
Apresentação: comprim, supositório, injetável
Dose: 500 mg/comp.; 500 mg/ml.
Dose máx.: 4g/dia

Efeitos colaterais:
Reações de hipersensibilidade
Agranulocitose/aplasia medular (0,8 - 23,7%)
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DIPIRONA

Precauções
Seu uso deve ser evitado nos primeiros três meses e nas
últimas seis semanas de gestação, e mesmo fora destes
períodos deve ser administrado a gestantes só em casos
de absoluta necessidade
Em pacientes com distúrbios hematopoéticos, somente
deve ser administrado em casos de absoluta necessidade
e sob controle médico, da mesma forma em pacientes
com menos de 3 meses ou com menos de 5 kg
Ácido acetilsalicílico
• Analgésico – anti-inflamatório (pequena)

• Síndrome de Reye – lesões cerebrais e


hepaticas

• Antiagregante Plaquetário
• Irritante gástrico
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AAS
Analgésico eficaz em quase todo tipo de dor de dente
aguda.
Estudos do alívio da dor após exodontia terceiros molares
mostraram que AAS na dose de 650 mg é significativamente
mais eficaz do que a codeína, numa dose de 60 mg, para o
alívio da dor pós-operatória.
Problema: curva dose-resposta achatada – se não houver
efeito com 650 a 1000 mg, o aumento da dose produzirá
pouco benefício.
Nessa dose máxima, o AAS a cada 4 horas é muito eficaz
para a maioria das condições odontológicas com dor.
• Prostaglandina: Secreção do muco gástrico
Atuam na perfusão renal

• Tromboxanos: agregação plaquetária

Efeitos colaterais: Úlceras gástricas


Problemas renais
Sangramentos
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Salicilatos x Gravidez
Atravessa livremente a placenta.
S/ efeitos teratogênicos em baixas doses
Outros efeitos: Aumento mortalidade perinatal
>Gestação prolongada (redução das PGs que
iniciam as contrações uterinas)
>Partos Complicados
>Anemia
>Hemorragia anteparto e pós-parto

Conclusão: Não deve ser utilizado em gestantes, ou


quando usado, suspenso antes da época prevista para o
parto.
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Salicilatos – Contra-indicações
Doença Ulcerosa Péptica / Gastrite (sangramento oculto)
Distúrbios coagulação: Hemofilia, defic. Vitamina K
Uso de Anticoagulantes Orais (relativa)
Doença Hepática Grave
Uso cauteloso:
➢ Em crianças e jovens, com viroses (influenza, varicela) pelo risco da
S. Reye.
➢ Asmáticos (< PG – broncodilatadores; > leucotrienos -
broncoconstritores)
➢ Portadores de Gota (compete secreção do ac. úrico pelo túbulo
proximal)
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SÍNDROME DE REYE
A Síndrome de Reye pode ser definida como sendo uma síndrome de
encefalopatia aguda e degeneração gordurosa das vísceras que tende a
seguir uma infecção aguda causada por vírus.
Acomete, principalmente, pacientes de até 18 anos de idade, mas
também pode ocorrer em adultos.
Existem evidências consideráveis implicando o uso dos salicilatos
(exemplo: AAS) como fator importante na lesão hepática grave e na
encefalopatia da Síndrome de Reye. Alguns pesquisadores têm
sugerido que o AAS e a doença viral possam atuar juntas, lesando as
mitocôndrias, talvez, preferencialmente, nos indivíduos predispostos
por fatores genéticos. O uso dos salicilatos nas crianças ou adolescentes
com varicela ou gripe é contra-indicado.
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AAS – Posologia
Dose: mínima 500 mg Máx.: 1300 mg
Dose necessária p/ uma boa ação anti-inflamatória: 4 a 5 g dia
Intervalo: 4/4 hs (1/2 vida 2,5 hs)
Início ação: 30 minutos
Pico ação: 1 hora
Crianças: 10 a 20 mg/ kg peso
Máximo: 3.600 mg/24 hs
ASSOCIAÇÃO ANALGÉSICOS PERIFÉRICOS
ANALGÉSICOS AÇÃO CENTRAL

NOME GENÉRICO APRESENTAÇÃO ESPEC. FARM. POSOLOGIA

ADULTOS
1 comp. 4/4 hs
CODEÍNA 30mg
cpr
TYLEX® CRIANÇAS
PARACETAMOL 500mg CONTRA INDICADO

ADULTOS
CLORIDRATO DE TRAMADOL
ULTRACET® 1 a 2 comp. 4 a 6 hs
37,5 mg cpr
CRIANÇAS
PARACETAMOL 325mg CONTRA INDICADO

RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL


RECEITA CARBONADA ORIGINAL RETIDO
FOUSP/Adde
COPIA COM PACIENTE
ANALGÉSICOS ASSOCIADOS
À RELAXANTES MUSCULARES
NOME GENÉRICO ESP.FARMAC.
DIPIRONA (300 mg)
ORFENADRINA (35 mg) DORFLEX®
CAFEÍNA (50 mg)

PARACETAMOL (300 mg)


OXIFENBUTAZONA ( 75 mg) MIOFLEX®`
CARISOPRODOL ( 150 mg)

PARACETAMOL (300 mg)


DICLOFENACO SÓDICO (50 mg) TANDRILAX®
CARISOPRODOL (125 mg)
CAFEÍNA ( 30 mg)

DIPIRONA ( 250 mg)


CARISOPRODOL ( 250 mg) +COMPLEXO B MIONEVRIX ®

FOUSP
OUTROS GRUPOS NO MERCADO

ANALGÉSICOS em associação

LISADORR
DIPIRONA
PROMETAZINA ( antihist/ sedativo)
ADIFENINA (espasmolítico)
cpr- 1 a 2 cpr 6/6 horas
gotas-1,5 a 3 ml( 30 a 60 gotas de 6/6 hs)
Inj. 1 amp IM 6/6 hs

NEOSALDINAR
DIPIRONA
CLORIDRATO ISOMETEPTENO (espasmolítico)
CAFEINA
drg- 1 a 2 drg 6/6 horas
gotas-1,5 a 3 ml( 30 a 60 gotas de 6/6 hs)
OUTROS GRUPOS NO MERCADO

ANALGÉSICO para tratamento em curto prazo


da dor moderada a grave ou seja

na dor aguda e inicial da dor cronica

TORAGESICR
CETOROLACO DE TROMETAMINA

Cpr sub lingual 10 mg - 2 cpr em dose unica ou 1 cpr 6/6 horas

Nao ultrapassar 40 mg dia


O tratamento total não deve superar o periodo de 5 dias

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