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NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
CFPSA
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UFCD 3315 - NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
UFCD 3315
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
3315 GE 00
CFPSA
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O SEC TOR ALIMENTAR
- 2010 -
UFCD 3315 - NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
FICHATÉCNICA
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MANUAL
UFCD 3315 - NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
TODOS OS DIREITOS DESTA PUBLICAÇÃO RESERVADOS POR CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O SECTOR
ALIMENTAR.
ÉPROIBIDAAREPRODUÇÃO,TOTALOUPARCIAL,DAPRESENTEPUBLICAÇÃOSEMAUTORIZAÇÃOPRÉVIAEPORESCRITO
DO CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O SECTOR ALIMENTAR.
ÍNDICE
1. Introdução 07
2. Nutrição e Alimentação 09
2.1. Conceitos: alimentação, nutrição e nutriente 09
2.2. Funções da alimentação 10
3. Constituintes alimentares 12
3.1. Proteínas 12
3.2. Hidratos de carbono 13
3.3. Lípidos 15
3.4. Vitaminas 18
3.5. Sais Minerais 20
3.6. Água 22
3.7. Fibras 23
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4. Metabolismo 25
4.1. Funções do aparelho digestivo 25
4.2. Processo digestivo 26
6. Alimentação Equilibrada 35
6.1. Regras para uma alimentação saudável 35
6.2. Principais erros alimentares 36
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6.3. Necessidades diárias de nutrientes 38
6.4. Alimentação racional 42
6.5. Regras para elaboração de ementas 44
7. Tipos de dietas 45
7.1. Dieta de emagrecimento/hipocalórica 45
7.2. Alimentação da criança 48
7.3. Alimentação do idoso 49
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HÁBITOS ALIMENTARES
Podemos definir hábitos alimentares de uma população como o que essa população come. Como come,
quanto come e onde come! A importância desses hábitos é manifesta para a saúde! É por via deles que o
organismo ingere os alimentos de que necessita.
Hoje começa-se, cada vez mais, a aprender a distinguir um bom de um mau hábito alimentar. Simultaneamente,
entende-se que um indivíduo com hábitos alimentares inadequados não consegue tirar partido, nem permite
o desenvolvimento, da totalidade das suas capacidades físicas e intelectuais.
Além disso, o facto de se conhecer, cada vez melhor, a composição dos alimentos e os efeitos dos seus
componentes no organismo permite identificar os hábitos alimentares mais favoráveis, bem como aqueles
que são capazes de potenciar doenças graves.
Existe uma relação directa entre os hábitos alimentares de uma população e os alimentos que se encontram
mais disponíveis na região onde essa população habita. Assim, não é por acaso que, por exemplo em Portugal,
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A agricultura de cada região está dependente do clima, logo, podemos afirmar que é o clima o principal
factor que determina os hábitos alimentares. E até se pode considerar que durante muito tempo, esse foi
não só o principal como talvez o único factor determinante dos hábitos alimentares.
Mas, nos nossos dias, esta regra alterou-se completamente. Na sociedade tecnológica e de consumo em que
vivemos, os hábitos alimentares são determinados:
- pelas novas tecnologias (como a zootecnia, a aquacultura, os novos sistemas de irrigação, a engenharia
genética, etc.), que permitem desafiar as regras do clima mais adverso e plantar em quase toda a parte
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todas as culturas e mesmo produzir, em condições artificiais, o que naturalmente seria impossível;
- pelos transportes, que permitem que a todos os cantos do mundo cheguem todos os produtos do
mundo;
- pela publicidade, que, geralmente, nos tenta convencer não do que é melhor para comermos, mas antes
do que devemos comer para que grandes interesses económicos possam tornar-se mais rentáveis;
- pela educação, quer através de programas dos sistemas de ensino, quer dos meios de informação, que
nos ensinam a escolher os melhores hábitos alimentares;
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- pelo poder económico, que, ao definir o poder de compra, limita o acesso aos alimentos de acordo com
o seu preço;
Os hábitos alimentares dos portugueses estão a mudar e tendem a virar as costas à sua tradição
mediterrânica. Consomem-se mais calorias do que se gasta e, no ano de 2025, metade da população europeia
poderá sofrer de excesso de peso.
Entre 1990 e 2002, o grupo dos alimentos que registou maior crescimento do consumo per capita foi o
dos leites e derivados (+41%), seguido do grupo da carne e ovos (+32%), salientando assim o aumento no
consumo de produtos de origem animal.
Com aumentos mais moderados surgem os grupos dos frutos e produtos hortícolas (+8%) e dos óleos e
gorduras vegetais (+8%). O grupo dos cereais, arroz, leguminosas e batata, apresentou um decréscimo de
consumo per capita de 12%, para o mesmo período.
Esta evolução permite concluir que os hábitos alimentares dos portugueses tendem cada vez mais a afastar-
se da dieta tipo mediterrânica, com um aumento do consumo de produtos de origem animal muito superior
ao dos de origem vegetal.
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Alimentação e Nutrição
2.1. CONCEITOS
Os alimentos são indispensáveis para a vida, pois fornecem ao organismo quer energia quer substâncias
químicas necessárias para a formação, crescimento e reconstrução dos tecidos.
Alimentação é o conjunto de actividades realizadas pelo homem desde que adquire substâncias para seu
consumo – consumidas directamente ou modificadas através de preparação culinária – até ao momento em
que as ingere, mastiga e deglute.
Trata-se de um processo consciente e voluntário, a partir do qual começa a nutrição que, pelo contrário,
não é mais que uma série de processos inconscientes e involuntários que transformam os alimentos em
substâncias químicas mais simples. Estas absorvem-se no intestino e são transportadas até aos tecidos
onde serão metabolizadas.
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Assim, alimentação e nutrição não são sinónimos. Não é igual ingerir alimentos para satisfazer o apetite do
que administrar ao organismo substâncias químicas necessárias para a manutenção da saúde e da eficácia
física.
- completa na sua composição, com ingestão diária de todos os nutrientes e na quantidade mínima
necessária;
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cooperar no tratamento de certa doenças e assegurar o crescimento e desenvolvimento normal das
crianças.
Alimentos são todos aqueles produtos sólidos ou líquidos que na sua forma natural ou depois de terem
sofrido uma transformação culinária, são ingeridos pelo organismo humano dando-lhe os elementos
necessários para a nutrição.
Nutrientes são os componentes dos alimentos que os seres vivos utilizam para desenvolver as suas funções
vitais.
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Alimentação e Nutrição
As quantidades de nutrientes dependem dos alimentos que compõem a dieta e da sua proporção. Se
pretendemos manter a saúde do nosso organismos, devemos conhecer as suas necessidades assim como
o aspecto nutricional dos alimentos para analisar se a nossa alimentação é correcta ou necessita de ser
modificada.
A alimentação é o factor que mais interfere na saúde e na duração da vida, no entanto, quando ingerimos
alimentos raramente pensamos no que estes fornecem ao organismo.
As células, tecidos, órgãos e restantes estruturas do nosso organismo realizam diversas actividades. As
reacções químicas celulares, a circulação do sangue ou, até mesmo, um simples grito não se processariam
se não dispuséssemos de energia.
Para obter essa energia, o nosso organismo tem de “gastar” certos constituintes que, deste modo, funcionam
como “combustível”. Se não fossem repostos, esgotar-se-iam e com eles a energia de que necessitamos
para realizar as actividades vitais.
- Fornecem energia
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Os alimentos fornecem o “combustível” que proporciona a energia necessária à vida, ao trabalho e ao
Uma grande percentagem da energia libertada pelos alimentos no processo de digestão é usada para manter
a temperatura corporal. O Homem é um animal homeotérmico, isto é, com temperatura corporal constante,
precisando de gastar energia para manter a sua temperatura estável, principalmente nos meses frios.
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Alimentação e Nutrição
- Fornecem matéria-prima
Os alimentos fornecem as matérias-primas das quais o organismo retira o que necessita para o seu
crescimento e manutenção. O fornecimento de matérias-primas é particularmente importante nos primeiros
anos de vida de um indivíduo (infância e adolescência), quando o organismo se encontra em formação.
Os alimentos mais ricos nestes componentes são, por exemplo, peixe, carne, ovos, queijo, leite, iogurte e
feijões.
Os alimentos fornecem diversas substâncias que intervêm em várias reacções e processos que tornam
possível o bom funcionamento do organismo. É o caso das vitaminas e dos sais minerais que regulam as
reacções do organismo e evitam o aparecimento de doenças. Estas substâncias encontram-se numa enorme
variedade de alimentos, como legumes e frutas.
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Constituintes Alimentares
3.1. PROTEÍNAS
A palavra proteína deriva do grego e significa “o primeiro”. Em alimentação, é o mesmo que dizer fundamental
para a vida.
As proteínas são substâncias orgânicas que contêm azoto, carbono, oxigénio e hidrogénio e fazem parte
da composição de todos os alimentos, excepto das gorduras e açúcar. São indispensáveis para a vida
biológica.
Todo o ser vivo, do mais simples ao mais diferenciado e complexo, depende das proteínas para a sua
organização e funcionamento.
São compostos muito complexos e muito diferentes uns dos outros, formados por cadeias de aminoácidos
(longas e curtas). Estes aminoácidos são a unidade estrutural das proteínas.
Aminoácidos indispensáveis:
- triptofano
- lisina
- metionina
- valina
- leucina
- isoleucina
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- fenilalanina
- treonina
- arginina
Devido à incapacidade humana de sintetizar todos os aminoácidos, a qualidade das proteínas alimentares
resulta dos aminoácidos que contêm, da sua quantidade e da proporção entre eles. Assim, as proteínas
alimentares podem classificar-se como:
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Constituintes Alimentares
- Completas e equilibradas;
- Completas e desequilibradas;
- Incompletas.
Para uma alimentação saudável, devemos consumir diferentes tipos de proteínas, quer de origem vegetal, quer
de origem animal, de modo a obtermos todos os aminoácidos essenciais e nas quantidades adequadas.
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Figura 1
Alimentos ricos em proteínas.
- Estruturais;
- Transporte;
- Reguladoras;
- Protectoras;
- Contracção;
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- Proteínas de armazenamento;
Os hidratos de carbono são compostos orgânicos não azotados, que se encontram em pequena quantidade
nos alimentos animais (lactose do leite, glicogénio da carne e peixe) e na quase totalidade em produtos
vegetais (cereais, leguminosas, açúcar, tubérculos, produtos hortícolas, frutos).
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Constituintes Alimentares
Constituem a principal fonte de energia do organismo, a mais fácil de obter e a mais barata da alimentação
humana corrente.
Figura 2
Alimentos ricos em hidratos de carbono (glícidos).
São os compostos orgânicos mais abundantes na terra e geralmente encontram-se divididos em:
- Monossacarídeos – são absorvidos tal e qual, sem sofrerem efeito de digestão (absorção rápida).
- Oligossacarídeos – são açúcares que podem conter até dez resíduos de monossacarídeos. Quando
formado por dois monossacarídeos são designados por dissacarídeos.
Um homem adulto de 20 anos, com trabalho médio, necessita, por dia, cerca de: 70/80g de proteínas; 70/80g
de carbono):
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de gorduras e 450g de hidratos de carbono.
São as seguintes razões que justificam a necessidade de grandes quantidades deste nutriente (hif«dratos
1- É o que mais facilmente se digere (a sua digestão começa na boca, ao passo que a das proteínas e
gorduras só se inicia a partir do estômago);
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3 – Requerendo-se grandes quantidades de vários alimentos para fornecer os HC precisos para um dia de
alimentação racional, é evidente que ajudam a encher o estômago e portanto a “tirar” a fome (de certo
modo, evitam que se coma mais do que o necessário);
4 – Os alimentos que contêm HC levam também ao organismo uma série de vitaminas essenciais à vida e um
grande número de sais minerais, bem como uma substância extraordinariamente importante, a celulose
– conhecida também com os nomes de “fibra”, “substância de balastro”, “plantix”, etc.;
5 – Sendo de fácil digestão, são aqueles que mais rapidamente se absorvem e que mais facilmente fornecem
energia;
6 – Os hidratos de carbono combinam-se no fígado com metabolitos, toxinas, etc., que são mais facilmente
eliminados do corpo humano (excretados);
7 – São o principal alimento do cérebro, assim, em caso de carência aguda de HC (coma hipoglicémio), o
cérebro pode ficar definitivamente lesado se a situação for muito prolongada.
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Nem todos os hidratos de carbono são de igual qualidade. Os melhores são aqueles que se digerem
lentamente, como os existentes no pão, no arroz, nas massas, no feijão, no grão, na soja, nas hortaliças,
etc.
Os Lípidos são conhecidos vulgarmente como gorduras. São compostos orgânicos compostos principalmente
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por carbono, oxigénio e hidrogénio.
O grupo dos lípidos é composto por diversas substâncias com diferentes estruturas e propriedades, nele
estão incluídas:
- Fosfo e glicolípidos;
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Constituintes Alimentares
Figura 3
Alimentos ricos em lípidos (gorduras).
Mais de 90% da nossa ingestão de lípidos é feita sob a forma de triglicéridos. São os mais abundantes e
depositam-se em alguns tecidos animais e orgãos de algumas plantas.
- dieta;
Os ácidos gordos são a unidade estrutural das gorduras podendo ser designados por:
- ω3;
- ω6.
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Existem dois tipos de ácidos gordos polinsaturados que são essenciais diariamente ao nosso organismo
porque não somos capazes de os fabricar, tendo que os adquirir através da alimentação:
Está provado que estes dois tipos de gorduras realmente ajudam a baixar o nível de triglicéridos (gordura no
sangue). Outro ponto a favor é que eles diminuem a viscosidade sanguínea diminuindo o risco de enfarte.
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Constituintes Alimentares
Dos esteróis faz parte o colesterol, que deve estar presente no sangue numa concentração não superior a
200mg/dl. Existe particularmente na carne de vaca, pele e gorduras de aves, nos ovos e nas vísceras. Não
existe em produtos de origem vegetal.
A gordura acumula-se debaixo da pele e serve de camada isolante contra o frio e almofada
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A gordura acumula-se também entre os vários órgãos – por exemplo, entre o estômago, o fígado,
o pâncreas, os intestinos, etc. – serve de suporte aos mesmos, mantendo-se numa posição normal
e, em caso de quedas ou choques, protege-os em certa medida.
As gorduras dos alimentos são os veículos que levam ao organismo as vitaminas chamadas
“lipossoluveis” (A, D, E, K).
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Desempenham um papel plástico para a estética corporal;
Pela acção da culinária, as gorduras, na sua grande maioria, alteram-se: as boas vão-se
transformando no todo ou em parte em gorduras más, e estas e as más iniciais acabam por dar
compostos tóxicos, muito principalmente quando cozinhadas a altas temperaturas e durante muito
tempo.
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Constituintes Alimentares
Temperatura limite
Gorduras Emprego Fritura
que deve utilizar
Grelhados, estufados,
Óleo de amendoim 180ºC Sim
assados, temperos
Grelhados, estufados,
Azeite 200ºC Sim
assados, temperos
Óleo de amendoim +
160ºC – 170ºC Estufados, asssados, temperos Com reserva
girassol
Quadro 2
Lista de utilização de gorduras
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3.4. VITAMINAS
Contudo, a maioria das vitaminas não pode ser fabricada pelo nosso corpo devendo ser ingerida nos
alimentos. Excepto a vitamina D que é produzida pela pele através da exposição solar.
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- Hidrossolúveis – solúveis na água, não se acumulam sob a forma de reserva e todas as porções ou
excesso de reserva são rejeitadas através da urina.
- Lipossolúveis – solúveis na gordura, são absorvidas no intestino com o auxílio de sais biliares.
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Figura5
Alimentos ricos em vitaminas e exemplos de avitaminoses.
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Os minerais são substâncias que o nosso organismo necessita em quantidades muito reduzidas, mas que
nem por isso deixam de ser importantes, quer pelas diversas funções que realizam, quer por só serem
acessíveis através da alimentação, pois tal como as vitaminas não são sintetizados pelo organismo.
SAIS MINERAIS
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nervosas;
raquitismo
Fígado, rim, coração,
Indispensável na formação do sangue; gema de ovo, espargo,
Ferro actua como veiculador do oxigénio para Anemia leguminosas, cereais
todo o organismo integrais, verduras, nozes,
frutos secos, azeitonas
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Constituintes Alimentares
SAIS MINERAIS
Frutas cítricas,
Actua na formação dos tecidos, ossos
Provoca extrema leguminosas, gema
e dentes; ajuda a metabolizar os
Magnésio sensibilidade ao frio e de ovo, salsa, agrião,
hidratos de carbono; controla a
ao calor espinafre, cebola, tomate,
excitabilidade neuro muscular
mel
A necessidade de flúor é
muito pequena; ele é
Forma os ossos e os dentes; previne recomendado apenas Agrião, alho, aveia, brócolos,
Flúor dilatação das veias, cálculo da para gestantes e para beterraba, cebola, couve-
vesícula e paralisia crianças durante a flor, maçã, trigo integral
formação da segunda
dentição
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músculos; ajuda na respiração dos Diminui a produção de
Carnes, fígado, peixe, ovo,
Zinco tecidos; participa no metabolismo hormonas masculinos
leguminosas, nozes
das proteínas e hidratos de e favorece a diabetes
carbono.
Quadro 3
Alimentos ricos em sais minerais. As suas funções e as consequências de uma alimentação pobre em sais minerais.
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3.6. ÁGUA
Embora não forneça energia, nem tenha funções plásticas ela é necessária para o bom funcionamento do
organismo.
- Estabilizadora da temperatura;
Através da urina, cada um de nós pode ter uma ideia aproximada do seu bom ou mau nível de hidratação,
quanto mais clara melhor.
Também na formação das fezes a presença de água é necessária de modo a prevenir a obstipação e o
aparecimento de doenças no intestino grosso.
A eliminação de produtos em excesso no sangue, e por isso tóxicos, fica comprometida se a quantidade de
água existente não for a necessária. Outro factor importante a salientar é o facto de o organismo estar
constantemente a perder água através da urina, fezes, respiração e transpiração. Um bom método de
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consumir água é através de chás e sumos de fruta naturais.
Figura 6
Água
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3.7. FIBRAS
As fibras pertencem ao grupo dos hidratos de carbono e pelo facto de não serem absorvidas pelo organismo,
não são consideradas nutrientes.
Os componentes de fibra dietética de importância para o homem são: celulose, hemicelulose, lenhina,
pectinas, gomas, mucilagens, ceras e outros.
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Figura 7
Alimentos ricos em hidratos de carbono (glícidos)
Energéticos;
Plásticos;
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Os Nutrientes agrupam-se em três categorias:
Reguladores ou protectores.
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• Energéticos
Os que produzem energia que é utilizada para o funcionamento das células, tecidos e órgãos, síntese de
novas substâncias, realização de trabalho e manutenção da temperatura do corpo.
- hidratos de carbono;
- gorduras;
• Plásticos
São os responsáveis pela formação de substâncias químicas essenciais para a formação das estruturas das
células e tecidos.
• Reguladores ou protectores
Não fornecem energia, nem desempenham um papel evidente na formação de estruturas orgânicas, mas são
indispensáveis nos processos metabólicos, sob a forma de enzimas, electrólitos e outros bio-reguladores.
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- Vitaminas;
- Minerais;
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Metabolismo
Metabolismo
Conjunto de processos mecânicos e químicos que se realizam num tubo, que se inicia na boca e termina no
ânus – Tubo digestivo – com o objectivo de decompor os alimentos em nutrientes para serem absorvidos
ao nível intestinal.
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Figura 8
Aparelho digestivo
Absorção;
Excreção;
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Armazenamento dos resíduos;
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Metabolismo
À medida que os alimentos são mastigados forma-se uma bola, a qual tem o nome de BOLO ALIMENTAR.
O BOLO ALIMENTAR “desce” pelo esófago, sendo o canal que serve de transporte do mesmo, através de
contracções musculares, até ao estômago.
Quando o BOLO ALIMENTAR chega ao estômago, o mesmo entra através da cárdia aberta.
Para que o BOLO ALIMENTAR se misture com os sucos gástricos, é necessário existir os movimentos
peristálticos, ou seja as contracções musculares das paredes do estômago.
Com a acção dos sucos gástricos, o BOLO ALIMENTAR é transformado num líquido espesso QUIMO
Figura 9
Estômago em processo de digestão
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O QUIMO passa para o duodeno (1ª porção do intestino delgado) que recebe as secreções do pâncreas
necessário para digerir os alimentos, de modo a realizar-se a absorção intestinal. Recebe também secreções
do fígado realiza a síntese das proteínas, produz a bílis transportada através dos canais biliares, e faz a
excreção de substâncias lipossolúveis.
O QUIMO só passa para o duodeno, se for de dimensões reduzidas. Se for de dimensões superiores, o QUIMO
regressa ao estômago, e o processo desenrola-se novamente.
O QUIMO ao passar o duodeno, chega ao intestino delgado (constituído pelo duodeno, jejuno e íleo).
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Metabolismo
Enquanto atravessa o intestino delgado o QUIMO vai-se convertendo num líquido cada vez mais claro
QUILO.
O QUILO, serve para a alimentação das células, visto conter os alimentos muito esmigalhados.
O processo de absorção realiza-se através das vilosidades intestinais, que se encontram nas paredes do
intestino delgado, para absorver o QUILO.
As substâncias que não são absorvíveis, são transformadas numa pasta espessa, que não é digestível, e vai
para o intestino grosso.
No intestino grosso, acaba a digestão, porque só lá chega o que não é absorvido pelo organismo. É nesta
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parte do intestino que se elaboram as fezes fecais e se produz ao mesmo tempo a flora microbiana.
As fezes são expulsas com intervalos regulares através da região terminal do tubo digestivo ânus.
Após a digestão e absorção, os nutrientes estão prontos a ser utilizados pelas células do nosso organismo
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nomeadamente para obtenção de energia ATP – (adenosina trifosfato) e síntese de novas moléculas para
crescimento, renovação e/ou substituição das nossas células.
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Imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte
da alimentação diária.
Símbolo em forma de círculo que se divide em segmentos de diferentes tamanhos que se designam por
Grupos.
Figura11
Roda dos alimentos
O tamanho de cada sector indica-nos a proporção em que os vários grupos de alimentos devem entrar na
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nossa dieta diária.
A roda dos alimentos, elaborada no final da década de 70 por portugueses e para a realidade alimentar de
então, foi um instrumento inovador que viria mais tarde a ser seguido em diversos países. Passados 25
anos do seu lançamento, e depois de se ter tornado no material de educação alimentar mais utilizado em
Portugal, surgiu a oportunidade de se actualizar este instrumento.
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Surgiu assim a nova roda dos alimentos, que mantém o seu formato original, mas ao invés de cinco, passamos
a ter sete grupos de alimentos e a água, esse bem imprescindível à vida, ocupa o lugar central do círculo.
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Figura 12
Nova Roda dos Alimentos
A nova Roda dos alimentos é composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam
a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária e cujas porções
diárias recomendadas são as seguintes:
Fruta – 3 a 5 porções
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Cereais e derivados, tubérculos – 4 a 11 porções
Hortícolas – 3 a 5 porções
Lacticínios – 2 a 3 porções
Carnes, pescado e ovos – 1,5 a 4,5 porções
Leguminosas – 1 a 2 porções
Gorduras e óleos – 1 a 3 porções
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A água, está também representada no centro, pois faz parte da constituição de quase todos os alimentos, e
sendo imprescindível à vida, é fundamental que se beba em abundância diariamente.
Cada um dos grupos apresenta funções e características nutricionais específicas, pelo que todos eles devem
estar presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos entre si mas podendo e devendo os
alimentos que deles fazem parte ser regularmente substituídos uns pelos outros de modo a assegurar a
necessária variedade.
GRUPOS FUNÇÕES
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Quadro 4
Grupos e respectivas funções da Nova Roda dos Alimentos
É ainda dado destaque à importância da manutenção de um peso saudável e à prática de actividade física
moderada e regular.
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De uma forma simples são transmitidas as orientações para uma alimentação saudável…
… Equilibrada – comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor
quantidade dos que se encontram nos grupos de menor dimensão, de forma a ingerir o
número de porções recomendado;
… e variada – comer alimentos diferentes dentro de cada grupo variando diariamente, semanalmente e nas
diferentes épocas do ano.
Não possuindo um grupo próprio, a água assume a posição central na nova roda dos alimentos. Isto
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porque está representada em todos eles, pois faz parte da constituição de quase todos os alimentos. Por
ser um bem tão essencial à vida, recomenda-se o seu consumo diário na ordem dos 1,5 e 2 litros.
De uma forma simples e sucinta, a nova Roda dos Alimentos ensina-nos como manter uma alimentação
saudável, ou seja, completa, equilibrada e variada.
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Transição para a nova Pirâmide Alimentar
Símbolo de equilíbrio desde a antiguidade, a pirâmide passou a ser aculturada também por nutricionistas do
mundo inteiro, desde 1992, quando foi criada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA),
que resolveu usá-la como referência em programas de alimentação.
A pirâmide alimentar recomendava às pessoas que evitassem gorduras, mas que comessem bastante
alimentos ricos em hidratos de carbono, como pão, cereais em flocos, arroz e massas. O objectivo era
reduzir o consumo total de gordura saturada, que eleva os níveis do colesterol.
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Aparece com a base ampla formada por hidratos de carbono, como pães, arroz e massas. No andar acima,
seguem-se as frutas, legumes e verduras. Depois, para o consumo mais restrito encontram-se os lacticínios
(leite, queijo e iogurte) ao lado do grupo das carnes, frango, peixes, feijão e ovos. No topo da pirâmide, de
forma diminuta, estão as gorduras, doces e óleos. Estabelece-se desta forma uma dieta rica em hidratos de
carbono.
Figura 13
Antiga Pirâmide Alimentar
CFPSA
Alguns pesquisadores descobriram que o consumo elevado de hidratos de carbono refinados, como o pão
branco e o arroz branco, pode desequilibrar gravemente os níveis de glicose e insulina do corpo. Substituir
esses hidratos de carbono por gorduras saudáveis - mono ou poli-insaturadas - reduz, na verdade, o risco
de ter uma doença cardíaca.
Foi sugerida então pelo Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública, da Universidade de Harvard,
uma Nova Pirâmide Alimentar, que tem como base os exercícios físicos e o controlo de peso.
A base é ocupada pelos hidratos de carbono complexos na sua versão mais saudável, ou seja, integrais e
não refinados (é o caso do pão integral, dos cereais integrais, a massa e o arroz integral, etc., ricos em fibra)
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e pelas gorduras insaturadas (gorduras vegetais líquidas como o azeite e os óleos de girassol, milho, soja
e amendoim).
A fruta e os vegetais continuam a ocupar uma posição de destaque e o seu consumo deve ser abundante.
Quantidades moderadas de alimentos proteicos são encorajadas (com predominância para o peixe, as aves,
os ovos, as leguminosas e as oleaginosas, como as nozes, avelãs, etc.). A nova pirâmide recomenda que se
minimize o consumo de carnes vermelhas e manteiga, uma vez que as gorduras saturadas e/ou colesterol
presentes nestes alimentos estão implicados no aumento do risco de doença cardiovasculares.
O consumo de lacticínios deve ser limitado a uma ou duas doses diárias devido às gorduras saturadas
que contêm (na sua versão integral) e é encorajado o recurso a suplementos de cálcio em determinadas
3315 GE 00
Os hidratos de carbono refinados (pão branco, arroz branco, massa, batata e o açúcar, bem como os
produtos que o contêm) devem ser comidos muito ocasionalmente, passando para o topo da pirâmide. A
razão desta alteração prende-se com o facto destes alimentos possuírem hidratos de carbono que são
muito rapidamente decompostos em glucose (elevado índice glicémico), o que aumenta os níveis de açúcar
no sangue e, posteriormente, os níveis de insulina.
As gorduras trans (hidrogenadas) nem sequer aparecem na pirâmide uma vez que não têm lugar numa dieta
CFPSA
saudável. Assim, todos os alimentos que as contenham deverão ser evitados (margarinas e cremes vegetais
para barrar, produtos de pastelaria, bolos, bolachas e a grande maioria das refeições processadas prontas
a comer).
O consumo diário e moderado de álcool passa a fazer parte integrante de uma alimentação saudável (caso
não seja desaconselhado em condições especiais).
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Figura 14
Nova Pirâmide Alimentar
As duas pirâmides assemelham se bastante quanto à posição das verduras, legumes e das frutas, que
devem ser consumidas com entusiasmo.
Mais uma vez, chega-se à conclusão que uma dieta equilibrada não pode ter excesso nem deficiência de
alimentos. A grande novidade é o facto dos exercícios serem a base da nova Pirâmide.
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Alimentação Equilibrada
Os nutricionistas expressam os princípios da alimentação equilibrada em leis, essas leis são as seguintes:
Lei da Quantidade A dieta deve fornecer ao organismo a energia necessária para o seu funcionamento.
Em média um adulto consome 1500kcal para o metabolismo basal, as restantes
necessidades dependem da idade, clima, actividade etc.
Lei das Qualidade Os alimentos devem fornecer diariamente todas as substâncias indispensáveis. As
necessidades plásticas são satisfeitas principalmente por proteínas e lípidos, sendo
a água e os sais minerais igualmente importantes.
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Os nutrientes protectores são sobretudo vitaminas.
Lei da Harmonia A proporção dos diferentes constituintes da alimentação deve ser equilibrada e
harmoniosa.
Lei da Adequação Os alimentos e modo como são preparados devem ser adaptados a cada indivíduo e
às suas necessidades particulares. Refeições volumosas dilatam muito o estômago e
originam uma sobrecarga nutritiva que dificulta a digestão;
Ao longo do dia devemos fazer cinco refeições pequenas.
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Alimentação Equilibrada
Excesso
1. Excesso de sal – O consumo de sal situa-se em média no 15 gramas diários, sendo que os valores
recomendados não devem ultrapassar os 5 gramas. O sal que usamos para temperar a comida pode ser
substituído por ervas aromáticas que também tornam a comida saborosa sem no entanto a tornar perigosa.
O excesso de sal está associado à hipertensão arterial e às doenças cardiovasculares. Não devemos também
esquecer que os alimentos de charcutaria, alguns alimentos industrializados ou pré-cozinhados, os caldos
de carne e concentrados têm elevadas quantidades de sal.
O consumo excessivo de gorduras saturadas representa um elevado factor de risco no aumento das doenças
cardiovasculares que são a principal causa de morte na Europa. Assim devem ser preferidas as gorduras
mono e poli-insaturadas pois estas protegem os nossos vasos sanguíneos. O tratamento culinário dado às
gorduras é também muito importante, devendo sempre que possível o seu consumo efectuar-se em cru. Os
fritos devem ser reduzidos ao mínimo e respeitadas as seguintes regras:
CFPSA
- Usar azeite ou óleo de amendoim;
- Não deixar que o banho de fritura ultrapasse os 180ºC;
- Filtrar após cada utilização;
- Mudar o banho de fritura sempre que esteja escuro, que tenha espuma ou depois de cinco
ou seis utilizações;
- Nunca juntar óleo novo ao já usado.
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Alimentação Equilibrada
3. Excesso de açúcar – O aumento do consumo de alimentos ricos em açúcar tais como bolos, sobremesas
doces, rebuçados, chocolates e bebidas açucaradas provoca cárie dentária, obesidade
e diabetes, doenças que estão directamente relacionadas com as patologias
cardiovasculares. Assim no dia a dia os bolos devem ser substituídos por pão de
mistura, os refrigerantes por água e as sobremesas doces por fruta, estes são de
facto alimentos indispensáveis, deixando os outros reservados apenas aos dias de
festa.
4. Excesso de álcool – O consumo excessivo de álcool é tóxico para o fígado e para as células cerebrais
em desenvolvimento, estando directamente relacionado com a cirrose alcoólica, os
cancros do fígado e do estômago e ainda mau aproveitamento escolar de crianças
e jovens. É também causa de acidentes de viação, de trabalho e de problemas
familiares e sociais. Assim o consumo de bebidas alcoólicas deve ser interdito a
crianças e jovens (mesmo a pretexto de prova) e muito moderado nos adultos.
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5. Excesso de kilocalorias – Quando as necessidades calóricas são ultrapassadas, o excesso vai acumular-
-se sob a forma de gordura, surgindo a obesidade, que é quase sempre
resultado de um desequilíbrio entre a ingestão e os gastos. Devem-se fazer 5
ou 6 refeições por dia, com intervalos de mais ou menos três horas, evitando
assim os longos períodos de jejum que conduzem a grandes refeições.
Carência
1. Carência de leite e derivados – O leite, o queijo e o iogurte são alimentos indispensáveis; sendo os
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principais fornecedores de cálcio o seu consumo insuficiente leva ao
aparecimento de cárie dentária, raquitismo e osteoporose.
As necessidades para os diferentes grupos etários são as seguintes:
- Crianças pequenas – 0,6 l
- Crianças, jovens, adultos doentes ou convalescentes – 0,75 l
- Adultos – 0,5 l
- Idosos – 0,6 l
- Mulheres grávidas ou a amamentar – 1 l
O leite pode ser substituído por iogurte ou queijo de acordo com a
seguinte equivalência:
1 dl de leite = 125g de iogurte = 25g de queijo
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Alimentação Equilibrada
2. Carência de vegetais e fruta – os vegetais devem fazer parte das refeições, em sopas, saladas, cozidos ou
sob a forma de esparregados. A falta destes alimentos ricos em vitaminas,
minerais, fibra e água está na origem de muitos problemas intestinais
(obstipação, cancro do intestino grosso, apendicites, diverticulites). A
inclusão destes alimentos nas refeições diminui o consumo excessivo de
gorduras, proteínas e hidratos de carbono, cujas consequências são o
aumento das patologias cardiovasculares, renais, obesidade, diabetes,
etc. Duas ou três peças de fruta devem ser incluídas na nossa alimentação
diária.
3. Carência de água – O nosso corpo é constituído por 70% de água e as reacções químicas necessárias
ao bom funcionamento do organismo não se fazem sem água. Perdemos água pela
respiração, transpiração, urina e fezes; no entanto, para compensar todas estas
saídas de água apenas há uma entrada – a oral – que se faz pela água de constituição
dos alimentos, mas só isso não é suficiente. Assim, devemos beber um litro e meio
a dois litros de água por dia. Os sumos e os chás (quentes ou frios) também podem
fornecer uma parte da água necessária.
CFPSA
pessoa, individualmente, em função das suas características.
Idade;
Sexo;
Estatura;
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Alimentação Equilibrada
Actividade diária;
Gravidez;
Aleitamento;
Convalescença;
Tecnicamente essas necessidades nutricionais denominam-se como “ingestão diária recomendada” para
grupos de população homogénea e não são mais que as quantidades de nutrientes que se consideram
suficientes para a conservação da saúde de um indivíduo.
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Em repouso < 30
CFPSA
Actividade ligeira
Actividade média
Actividade intensa
Quadro 6
= 30
= 35
> 40
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Alimentação Equilibrada
Formula de Lorentz
CFPSA 40 a 50 anos
50 a 60 anos
60 a 70 anos
Quadro 7
Reduz 6%
Reduz 10%
Reduz 20%
40
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Alimentação Equilibrada
-5ºC +4,5%
0ºC +3%
5ºC +1%
10ºC -
15ºC -2,5%
20ºC -5%
25ºC -8%
30ºC -10%
Quadro 8
Ajustamento em relação à temperatura para o calculo das necessidades calóricas diárias.
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CFPSA
10g de proteínas = 40 Kcalorias � 1g de proteínas = 4 Kcalorias
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Alimentação Equilibrada
Exemplo:
2g * 4kcal = 8,0kcal
20g * 4kcal = 80,0kcal
Ideal 5 a 6 refeições
Horas % calorias
CFPSA
1- Pequeno-almoço ………………………………………7/8 …………..….. 15
2- Meio da manhã ………………………..…..………….. 10 ……………….. 12
3- Almoço ………………………………………….…….. 12/13 ….....………. 30
4- Lanche ………………………………………..…………. 16 ……….…….... 12
5- Jantar ………………………………………..………… 19/20 …………..… 25
6- Ceia ………………………………………………....……. 23 ……..……….… 6
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Alimentação Equilibrada
Lanche Jantar
CFPSA
Salada ou hortaliça cozida
1 peça de fruta
A quantidade de energia que o organismo necessita deve estar distribuída da seguinte forma:
- 25 a 30% Lípidos
- 10 a 15% Proteínas
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Alimentação Equilibrada
6.5. Ementas
- Evitar repetições;
CFPSA
- Ter em conta a época do ano;
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Tipos de Dieta
Hipocalórica
O ganho de reservas energéticas sob a forma de tecido adiposo só acontece quando a ingestão calórica
excede o dispêndio de energia. Este tipo de situação acontece quando prevalece o sedentarismo e uma
alimentação incorrecta.
- Exercício físico;
- Dieta hipocalórica;
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- Estabilidade emocional.
A forma mais fácil de definir a obesidade é através do Índice de massa corporal (IMC).
CFPSA
Obesidade
Excesso de peso
Peso saudável
Baixo peso
Quadro 10
IMC> 30
IMC> 25
IMC> 18,5
IMC <18,5
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Tipos de Dieta
- genéticos;
- alimentares;
- emocionais;
- culturais;
- sociais;
- mudanças de comportamento;
- doenças endócrinas;
- hábitos compulsivos;
- outros.
Doenças associadas:
- diabetes;
- hipertensão arterial;
CFPSA
- arteriosclerose (endurecimento das artérias);
- alterações do sono;
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Tipos de Dieta
- 7 horas
- Pequeno-almoço
- Meio manhã
- Almoço
- 1ª Merenda
- 2ª Merenda
- Jantar
- Ceia
- 7 horas:
1 copo leite magro sem açúcar
- Pequeno Almoço:
1 copo leite magro ou 1 iogurte magro (sem açúcar)
3315 GE 00
- Meio Manhã:
1 peça de fruta
- Almoço:
Sopa de legumes
Carne ou peixe magro
Arroz ou massa (3 colheres de sopa) ou 2 batatas pequenas
Meio prato de salada / hortaliça cozida
- Merenda:
- Jantar:
- Ceia:
CFPSA
Idêntica ao pequeno-almoço
Idêntica ao almoço
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Tipos de Dieta
Tipos de confecção:
- cozidos;
- grelhados;
Tipos de condimentos:
- alho;
- limão;
- ervas aromáticas;
Até aos 4 a 6 meses de vida a alimentação do recém-nascido deve ser única e exclusivamente de leite
materno o que confere ao bebé componentes nutricionais essenciais para o seu desenvolvimento além de
protecção imunológica.
Após esses 4 a 6 meses, deve ser introduzido, lenta e gradativamente, outros alimentos, até a retirada do
leite materno.
Aleitamento materno
-
CFPSA
Vantagens para a criança:
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Tipos de Dieta
- prático e higiénico;
A composição do leite materno varia ao longo do dia. O leite é suficiente e bom quando a criança tem um
aumento médio por mês de 750gr nos primeiros 4 meses e de 500gr por mês dos 4 aos 8 meses.
O ideal é começar com um caldo de legumes de modo a que a criança não se comece a habituar a sabores
doces como a papa.
Após a habituação à sopa de legumes introduz-se a papa de cereais não láctea e sem glúten.
Logo que a criança esteja adaptada ao caldo de legumes e à papa de cereais podem-se introduzir novos
alimentos.
Aos doze meses a criança deve fazer duas a três refeições de leite, duas de sopas de legumes com carne ou
peixe, duas sobremesas de fruta e uma papa de cereais ou de iogurte com fruta.
CFPSA
7.3. ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
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Tipos de Dieta
- Estado emocional;
- Saúde mental.
Diminui o Rendimento monetário Baixa ingestão de alimentos mais Caros (Carne, peixe,..)
CFPSA
Aumentam os problemas de dentição Dificuldade de mastigação
Quadro 11
Problemas e consequências da alimentação do idoso
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Tipos de Dieta
- carne;
- peixe;
- legumes;
- fruta.
- papas;
3315 GE 00
- doces;
- gorduras;
- suplementos “milagrosos”.
CFPSA
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Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
Domingues H., Batista J., Sobral M. (1994). O Homem e a Vida. Ciências Naturais. Texto Editora Lda., Lisboa.
Domingues H., Batista J., Sobral M. (1999). O Mistério da Vida. Ciências Naturais. Texto Editora Lda., Lisboa.
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Garrow J., James W., Ralph A. (2000). Human Nutrition and Dietetics, Tenth Edition, Churchill Livingstone.
Insel P., Turner R., Ross D. (2002) Nutrition. American Dietetic Association. Jones and Bartlett Publishers,
Sudbury, Massachusetts.
www.fda.gov
www.who.int
www.spcna.pt
www.gifs.com
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52
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