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Economia Matemática II - Cálculo Integral

P. Ferreira

Dept. Economia, UMinho

Autumn2010

P. Ferreira (Dept. Economia, UMinho) EMII - Cálculo Integral Autumn2010 1 / 41


1 Cálculo Integral
Primitivas
Propriedades das Primitivas
Primitivas imediatas
Exercícios - Primitivas imediatas
Primitivação por partes
Exercícios - Primitivação por partes
Integral Inde…nido
Propriedades do integral inde…nido
Exercícios - Integrais imediatos
Integração por substituição ou mudança de variável
Exercícios
Integração por partes
Exercícios
Integral de…nido
Propriedades do integral de…nido
Teorema do valor médio para integrais de…nidos
Teorema fundamental do cálculo integral
Cálculo de integrais de…nidos por substituição
Exercícios - Integrais de…nidos
Aplicação do integral de…nido ao cálculo de áreas
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Cálculo Integral Primitivas

Integrais Impróprios
Exercícios
Integrais múltiplos
Exercícios

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - De…nição

Diz-se que z(x ) é UMA primitiva de f (x ) no intervalo [a, b ] se em


todos os pontos desse intervalo a derivada de z(x ) for igual a f (x )
Advém da de…nição que as seguintes são equivalentes:
z(x ) é uma primitiva de f (x )
a derivada de z(x ) é f (x )
z0 (x ) = f (x )
Exemplos
1 Determinar a primitiva de f (x ) = x 2

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - De…nição

Diz-se que z(x ) é UMA primitiva de f (x ) no intervalo [a, b ] se em


todos os pontos desse intervalo a derivada de z(x ) for igual a f (x )
Advém da de…nição que as seguintes são equivalentes:
z(x ) é uma primitiva de f (x )
a derivada de z(x ) é f (x )
z0 (x ) = f (x )
Exemplos
1 Determinar a primitiva de f (x ) = x 2
0
1 z(x ) = x3 x3 = x 2 , no intervalo ] ∞, +∞[
3 3

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - De…nição

Diz-se que z(x ) é UMA primitiva de f (x ) no intervalo [a, b ] se em


todos os pontos desse intervalo a derivada de z(x ) for igual a f (x )
Advém da de…nição que as seguintes são equivalentes:
z(x ) é uma primitiva de f (x )
a derivada de z(x ) é f (x )
z0 (x ) = f (x )
Exemplos
1 Determinar a primitiva de f (x ) = x 2
0
1 z(x ) = x3 x3 = x 2 , no intervalo ] ∞, +∞[
3 3
2 Determinar a primitiva de f (x ) = e x

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - De…nição

Diz-se que z(x ) é UMA primitiva de f (x ) no intervalo [a, b ] se em


todos os pontos desse intervalo a derivada de z(x ) for igual a f (x )
Advém da de…nição que as seguintes são equivalentes:
z(x ) é uma primitiva de f (x )
a derivada de z(x ) é f (x )
z0 (x ) = f (x )
Exemplos
1 Determinar a primitiva de f (x ) = x 2
0
1 z(x ) = x3 x3 = x 2 , no intervalo ] ∞, +∞[
3 3
2 Determinar a primitiva de f (x ) = e x
1 z(x ) = e x (e x )0 = e x , no intervalo ] ∞, +∞[

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas (ctd.)

Quando não se diz qual o intervalo em que se quer calcular a


primitiva, subentende-se que este intervalo é aquele em que a função
está de…nida (domínio). A primitiva também tem que estar de…nida
nesse domínio.

Note-se que se diz que uma função f (x ) admite "uma primitiva".


Isto implica que a função pode ter mais do que uma primitiva.
Atente-se no Exemplo 2., também são primitivas de f (x ) = e x :

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas (ctd.)

Quando não se diz qual o intervalo em que se quer calcular a


primitiva, subentende-se que este intervalo é aquele em que a função
está de…nida (domínio). A primitiva também tem que estar de…nida
nesse domínio.

Note-se que se diz que uma função f (x ) admite "uma primitiva".


Isto implica que a função pode ter mais do que uma primitiva.
Atente-se no Exemplo 2., também são primitivas de f (x ) = e x :
G (x ) = e x + 1 ; (e x + 1) 0 = e x

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas (ctd.)

Quando não se diz qual o intervalo em que se quer calcular a


primitiva, subentende-se que este intervalo é aquele em que a função
está de…nida (domínio). A primitiva também tem que estar de…nida
nesse domínio.

Note-se que se diz que uma função f (x ) admite "uma primitiva".


Isto implica que a função pode ter mais do que uma primitiva.
Atente-se no Exemplo 2., também são primitivas de f (x ) = e x :
G (x ) = e x + 1 ; (e x + 1) 0 = e x
H (x ) = e x 5 ; (e x 5) 0 = e x

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas (ctd.)

Quando não se diz qual o intervalo em que se quer calcular a


primitiva, subentende-se que este intervalo é aquele em que a função
está de…nida (domínio). A primitiva também tem que estar de…nida
nesse domínio.

Note-se que se diz que uma função f (x ) admite "uma primitiva".


Isto implica que a função pode ter mais do que uma primitiva.
Atente-se no Exemplo 2., também são primitivas de f (x ) = e x :
G (x ) = e x + 1 ; (e x + 1) 0 = e x
H (x ) = e x 5 ; (e x 5) 0 = e x
Em geral, z(x ) = e x + k, com k constante arbitrária, é uma
primitiva de f (x ) = e x no intervalo ] ∞, +∞[ .

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - Teorema
Teorema - Se z(x ) e G (x ) são duas primitivas de f (x ) no intervalo
[a, b ] então a sua diferença é uma constante
As considerações precedentes mostram que, uma vez encontrada uma
primitiva de certa função num intervalo I , seja z(x ), a expressão
geral das primitivas de f (x ) nesse intervalo é:
z(x ) + k, com k constante arbitrária
Será utilizada a seguinte notação: P (f (x )) representa uma primitiva
de f (x ) no domínio de f (x )

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - Teorema
Teorema - Se z(x ) e G (x ) são duas primitivas de f (x ) no intervalo
[a, b ] então a sua diferença é uma constante
As considerações precedentes mostram que, uma vez encontrada uma
primitiva de certa função num intervalo I , seja z(x ), a expressão
geral das primitivas de f (x ) nesse intervalo é:
z(x ) + k, com k constante arbitrária
Será utilizada a seguinte notação: P (f (x )) representa uma primitiva
de f (x ) no domínio de f (x )
Note-se que ter P (f (x )) = z(x ) não traduz uma relação de
igualdade pois tem-se

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - Teorema
Teorema - Se z(x ) e G (x ) são duas primitivas de f (x ) no intervalo
[a, b ] então a sua diferença é uma constante
As considerações precedentes mostram que, uma vez encontrada uma
primitiva de certa função num intervalo I , seja z(x ), a expressão
geral das primitivas de f (x ) nesse intervalo é:
z(x ) + k, com k constante arbitrária
Será utilizada a seguinte notação: P (f (x )) representa uma primitiva
de f (x ) no domínio de f (x )
Note-se que ter P (f (x )) = z(x ) não traduz uma relação de
igualdade pois tem-se
P (f (x )) = z(x )

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - Teorema
Teorema - Se z(x ) e G (x ) são duas primitivas de f (x ) no intervalo
[a, b ] então a sua diferença é uma constante
As considerações precedentes mostram que, uma vez encontrada uma
primitiva de certa função num intervalo I , seja z(x ), a expressão
geral das primitivas de f (x ) nesse intervalo é:
z(x ) + k, com k constante arbitrária
Será utilizada a seguinte notação: P (f (x )) representa uma primitiva
de f (x ) no domínio de f (x )
Note-se que ter P (f (x )) = z(x ) não traduz uma relação de
igualdade pois tem-se
P (f (x )) = z(x )
P (f (x )) = z(x ) + k, k 6= 0

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas - Teorema
Teorema - Se z(x ) e G (x ) são duas primitivas de f (x ) no intervalo
[a, b ] então a sua diferença é uma constante
As considerações precedentes mostram que, uma vez encontrada uma
primitiva de certa função num intervalo I , seja z(x ), a expressão
geral das primitivas de f (x ) nesse intervalo é:
z(x ) + k, com k constante arbitrária
Será utilizada a seguinte notação: P (f (x )) representa uma primitiva
de f (x ) no domínio de f (x )
Note-se que ter P (f (x )) = z(x ) não traduz uma relação de
igualdade pois tem-se
P (f (x )) = z(x )
P (f (x )) = z(x ) + k, k 6= 0
e, portanto, ser-se-ia levado a dizer que z(x ) = z(x ) + k, o que não
é verdade: P (f (x )) = z(x ) apenas quer dizer que z(x ) é uma das
primitivas de f (x )
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Cálculo Integral Primitivas

Propriedades das primitivas

1 Propriedade 1
Sendo z1 (x ), ..., zm (x ) primitivas de f1 (x ), ..., fm (x ) no intervalo I
então z(x ) = z1 (x ) + ... + zm (x ) é uma primitiva de
f (x ) = f1 (x ) + ... + fm (x ) nesse mesmo intervalo
Esta propriedade corresponde ao chamado método de primitivação por
decomposição que simbolicamente se escreve

P [f1 (x ) + ... + fm (x )] = P (f1 (x )) + ... + P (fm (x ))

2 Propriedade 2
Sendo z(x ) uma primitiva de f (x ) no intervalo I e a uma constante,
az(x ) é uma primitiva de af (x ) nesse mesmo intervalo
Esta propriedade pode escrever-se em termos simbólicos:

P (af (x )) = aP (f (x ))

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Cálculo Integral Primitivas

Exemplos

x4 x2
1 P (x 3 + x + 1) = P (x 3 ) + P (x ) + P (1) = 4 + 2 +x

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Cálculo Integral Primitivas

Exemplos

4 2
1 P (x 3 + x + 1) = P (x 3 ) + P (x ) + P (1) = x4 + x2 + x
h i
2 P x (x1+1 ) = P x1 x + 1
1 = ln jx j ln jx + 1j = ln jxj+
xj
1j
Note que:

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Cálculo Integral Primitivas

Exemplos

4 2
1 P (x 3 + x + 1) = P (x 3 ) + P (x ) + P (1) = x4 + x2 + x
h i
2 P x (x1+1 ) = P x1 x + 1
1 = ln jx j ln jx + 1j = ln jxj+
xj
1j
Note que:
1 P 1 = ln x, no intervalo ]0, +∞[
x

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Cálculo Integral Primitivas

Exemplos

4 2
1 P (x 3 + x + 1) = P (x 3 ) + P (x ) + P (1) = x4 + x2 + x
h i
2 P x (x1+1 ) = P x1 x + 1
1 = ln jx j ln jx + 1j = ln jxj+
xj
1j
Note que:
1 P 1 = ln x, no intervalo ]0, +∞[
x
2 P 1 = ln( x ), no intervalo ] ∞, 0[
x

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Cálculo Integral Primitivas

Exemplos

4 2
1 P (x 3 + x + 1) = P (x 3 ) + P (x ) + P (1) = x4 + x2 + x
h i
2 P x (x1+1 ) = P x1 x + 1
1 = ln jx j ln jx + 1j = ln jxj+
xj
1j
Note que:
1 P 1 = ln x, no intervalo ]0, +∞[
x
2 P 1 = ln( x ), no intervalo ] ∞, 0[
x
3 P 1 = ln jx j, no intervalo ] ∞, 0[ [ ]0, +∞[
x

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Cálculo Integral Primitivas

Exemplos

4 2
1 P (x 3 + x + 1) = P (x 3 ) + P (x ) + P (1) = x4 + x2 + x
h i
2 P x (x1+1 ) = P x1 x + 1
1 = ln jx j ln jx + 1j = ln jxj+
xj
1j
Note que:
1 P 1 = ln x, no intervalo ]0, +∞[
x
2 P 1 = ln( x ), no intervalo ] ∞, 0[
x
3 P 1 = ln jx j, no intervalo ] ∞, 0[ [ ]0, +∞[
x
3 P (3e x ) = 3P (e x ) = 3e x

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Cálculo Integral Primitivas

Exemplos

4 2
1 P (x 3 + x + 1) = P (x 3 ) + P (x ) + P (1) = x4 + x2 + x
h i
2 P x (x1+1 ) = P x1 x + 1
1 = ln jx j ln jx + 1j = ln jxj+
xj
1j
Note que:
1 P 1 = ln x, no intervalo ]0, +∞[
x
2 P 1 = ln( x ), no intervalo ] ∞, 0[
x
3 P 1 = ln jx j, no intervalo ] ∞, 0[ [ ]0, +∞[
x
3 P (3e x ) = 3P (e x ) = 3e x
4 P x3 + x 2 3x = 3P ( x1 ) + P (x 2 ) 3P (x ) =
3 2 3
= 3 ln jx j + x3 3 x2 = 3 ln jx j x3 3 2
2x

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas imediatas

Algumas primitivas são imediatas, i.e., reconhece-se a função a


primitivar como sendo a derivada de uma outra função, que será a
primitiva
Algumas expressões gerais de primitivas de funções (em cada fórmula k
representa uma constante arbitrária):
f (x ) α +1 x α +1
P (f (x )α f 0 (x )) = α +1 ; P (x α ) = α +1 +k , α 6= 1

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas imediatas

Algumas primitivas são imediatas, i.e., reconhece-se a função a


primitivar como sendo a derivada de uma outra função, que será a
primitiva
Algumas expressões gerais de primitivas de funções (em cada fórmula k
representa uma constante arbitrária):
f (x ) α +1 x α +1
P (f (x )α f 0 (x )) = α +1 ; P (x α ) = α +1 +k , α 6= 1
f 0 (x )
P f (x )
= ln jf (x )j + k ; P ( x1 ) = ln jx j + k

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas imediatas

Algumas primitivas são imediatas, i.e., reconhece-se a função a


primitivar como sendo a derivada de uma outra função, que será a
primitiva
Algumas expressões gerais de primitivas de funções (em cada fórmula k
representa uma constante arbitrária):
f (x ) α +1 x α +1
P (f (x )α f 0 (x )) = α +1 ; P (x α ) = α +1 +k , α 6= 1
f 0 (x )
P f (x )
= ln jf (x )j + k ; P ( x1 ) = ln jx j + k
P ( f 0 ( x ) e f (x ) ) = e f (x ) + k ; P (e x ) = e x + k

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas imediatas

Algumas primitivas são imediatas, i.e., reconhece-se a função a


primitivar como sendo a derivada de uma outra função, que será a
primitiva
Algumas expressões gerais de primitivas de funções (em cada fórmula k
representa uma constante arbitrária):
f (x ) α +1 x α +1
P (f (x )α f 0 (x )) = α +1 ; P (x α ) = α +1 +k , α 6= 1
f 0 (x )
P f (x )
= ln jf (x )j + k ; P ( x1 ) = ln jx j + k
P ( f 0 ( x ) e f (x ) ) = e f (x ) + k ; P (e x ) = e x + k
P (xe x ) = xe x ex + k

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas imediatas

Algumas primitivas são imediatas, i.e., reconhece-se a função a


primitivar como sendo a derivada de uma outra função, que será a
primitiva
Algumas expressões gerais de primitivas de funções (em cada fórmula k
representa uma constante arbitrária):
f (x ) α +1 x α +1
P (f (x )α f 0 (x )) = α +1 ; P (x α ) = α +1 +k , α 6= 1
f 0 (x )
P f (x )
= ln jf (x )j + k ; P ( x1 ) = ln jx j + k
P ( f 0 ( x ) e f (x ) ) = e f (x ) + k ; P (e x ) = e x + k
P (xe x ) = xe x ex + k
P (ln jx j) = x ln jx j x +k

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas imediatas

Algumas primitivas são imediatas, i.e., reconhece-se a função a


primitivar como sendo a derivada de uma outra função, que será a
primitiva
Algumas expressões gerais de primitivas de funções (em cada fórmula k
representa uma constante arbitrária):
f (x ) α +1 x α +1
P (f (x )α f 0 (x )) = α +1 ; P (x α ) = α +1 +k , α 6= 1
f 0 (x )
P f (x )
= ln jf (x )j + k ; P ( x1 ) = ln jx j + k
P ( f 0 ( x ) e f (x ) ) = e f (x ) + k ; P (e x ) = e x + k
P (xe x ) = xe x ex + k
P (ln jx j) = x ln jx j x +k
P (af (x ) f 0 (x ) ln a) = af (x ) + k

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Cálculo Integral Primitivas

Primitivas imediatas

Algumas primitivas são imediatas, i.e., reconhece-se a função a


primitivar como sendo a derivada de uma outra função, que será a
primitiva
Algumas expressões gerais de primitivas de funções (em cada fórmula k
representa uma constante arbitrária):
f (x ) α +1 x α +1
P (f (x )α f 0 (x )) = α +1 ; P (x α ) = α +1 +k , α 6= 1
f 0 (x )
P f (x )
= ln jf (x )j + k ; P ( x1 ) = ln jx j + k
P ( f 0 ( x ) e f (x ) ) = e f (x ) + k ; P (e x ) = e x + k
P (xe x ) = xe x ex + k
P (ln jx j) = x ln jx j x +k
P (af (x ) f 0 (x ) ln a) = af (x ) + k
ax
P (ax ) = ln a +k ,a > 0
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Cálculo Integral Primitivas

Exercícios - Primitivas Imediatas


Para cada uma das funções seguintes, determine uma primitiva nos
respectivos intervalos de de…nição:
1 f (x ) = 3x 2 (determine também a particular primitiva que se anula
para x = 1);
2 f (x ) = e 3x +3 ;
3x
3 f (x ) = 1 +x 2
;
2
4 f (x ) = (xp+ 1)e (x +1 ) ;
5 f (x ) = x 3 1 + x 2 (determine também a primitiva particular que se
anula para x = 0);
6 f (x ) = x1 ln2 x (determine também a primitiva particular que se
anula para x = 1);
7 f (x ) = x +x1 ln x (determine também a primitiva particular que se
anula para x = 1);
8 f (x ) = 2x (x1 1 ) .
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Cálculo Integral Primitivas

Primitivação por partes

Sejam u e v duas funções deriváveis de x. Então:

P (uv 0 ) = uv P (vu 0 ) + k
i.e.,
P (uv 0 ) = uP (v 0 ) P (P (v 0 ) u 0 ) + k

Esta técnica de primitivação supõe que a função a primitivar se pode


escrever como um produto de dois factores (uv 0 ) em que é mais fácil
calcular a primitiva de v 0 e do produto (vu 0 ) do que a primitiva da função
original.

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Cálculo Integral Primitivas

Exercícios - Primitivação por partes

Determine, por partes, primitivas para cada uma das seguintes funções:

p
1 f (x ) = x x + 1;
2 f (x ) = ln x;
3 f (x ) = x 2 e x ;
4 f (x ) = x 4 ln x;
5 f (x ) = ln2 x;

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

De…nição

R
O integral inde…nido de uma função f (x ) representa-se por f (x )dx
e tem-se que
R
f (x )dx = fz(x ) + c : c 2 Rg

dF (x )
sse dx = z0 (x ) = f (x )
R
Isto signi…ca que f (x )dx é o conjunto de todas as primitivas de
f (x )
R
O símbolo é o sinal de integral; f (x ) é a função a integrar; c é a
constante de integração e o símbolo dx indica que x é a variável em
relação à qual se está a integrar ou variável de integração
Pode
R utilizar-se
R qualquer outra letra para a variável de integração:
f (t )dt; f (u )du, etc. dão origem ao mesmo integral inde…nido

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exemplo: Z
4 3
4x 2 dx = x +c
3

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exemplo: Z
4 3
x +c4x 2 dx =
3
Como consequências imediatas da de…nição de integral inde…nido
temos que:

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exemplo: Z
4 3
4x 2 dx =
x +c
3
Como consequências imediatas da de…nição de integral inde…nido
temos que:
R 0
( f (x )dx ) = f (x ), pois (z(x ) + c )0 = f (x )

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exemplo: Z
4 3
4x 2 dx =
x +c
3
Como consequências imediatas da de…nição de integral inde…nido
temos que:
R 0
( f (x )dx ) = f (x ), pois (z(x ) + c )0 = f (x )
R 0 df (x )
f (x )dx = f (x ) + c, pois ( dx = f 0 (x ) ) então: (f (x ) + c ) é a
expressão geral das primitivas de f 0 (x )

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Propriedades

São as mesmas que as propriedades das primitivas


Teorema - o integral inde…nido da soma algébrica de duas ou mais
função é igual à soma algébrica dos seus integrais inde…nidos
Z Z Z
[f1 (x ) + ... + fm (x )] dx = f1 (x )dx + ... + fm (x )dx

Teorema - pode retirar-se um factor cosntante para fora do sinal de


integral, ou seja, com a 2 R constante, então
Z Z
af (x )dx = a f (x )dx

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exercícios - Integrais imediatos


Calcule os seguintes integrais inde…nidos
Z
1 5a2 x 6 dx
Z
2 6x 2 + 8x + 3 dx
Z
3 x (x + a) (x + b ) dx
Z
2
4 a + by 3 dy
Z
5 dx
p
n x
Z
1 n
6 (nx ) n dx
Z
p p
7 x +1 x x + 1 dx
Z 3
2 2
8 a3 x3 dx

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Integração por substituição ou mudança de variável

Suponhamos que estamos na situação em que se pretende calcular


uma primitiva por substituição
Muitas vezes, nesta situação, ou o que é equivalente, quando se
pretende calcular um integral inde…nido, é preferível escolher a
mudança de variável sob a forma t = ϕ(x ) em vez de x = ϕ(t )
Isto acontece sempre que a função a integrar seja um produto de dois
factores em que um dos factores é a derivada de uma expressão que
entra no outro factor

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

De facto, se tivermos o seguinte integral inde…nido:


Z
g (ψ(x ))ψ0 (x )dx

podemos efectuar a mudança de variável t = ψ(x ) e transformá-lo


num integral em t da seguinte forma:
Z Z
d ψ (x )
g (ψ(x )) dx = g (t )dt = G (t ) + c
dx
em que G (t ) é uma primitiva de g (t ). Repare-se que ao
d ψ (x )
substituirmos dx por dt estamos a tratar a derivada de ψ(x )
d ψ (x )
dx como se fosse um quociente
Esta técnica de integração é vantajosa sempre que o integral em t
seja fácil de calcular. É claro que, no …nal do exercício, se deverá
substituir t por ψ(x )

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exemplos:
1

Z
(ln x )2
dx =
x
Z
t3 (ln x )3
t 2 dt = +c = +c
3 3
dt 1 dx
t = ln x; dx = x () dt = x
2
Z p
3
x 7 6x 2 dx =
Z p Z
1 3 1
12x 7 6x 2 dx = t 1/3 dt =
12 12
1 3 4/3 3 4/3 1
t +c = t +c = (7 6x 2 )4/3 + c
12 4 48 16
dt
t=7 6x 2 ; dx = 12x () dt = 12xdx
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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exercícios

Calcule os seguintes integrais inde…nidos:


Z
1 4
1
x2
+ x
p
x
+ 2 dx;
Z
2 ln (1 x ) dx;
Z
3 e 5x + a5x dx;
Z
(a x b x )2
a x b x dx
4

Z
+1
xp
5
x
dx, fazendo x = t 2

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Integração por partes

Se u e v dorem duas funções deriváveis de x, sabe-se que:

d (uv ) = udv + vdu

integrando-se ambos os membros temos:


Z Z Z
d (uv ) = udv + vdu

ou seja, Z Z
uv = udv + vdu

Daqui retira-se que: Z Z


udv = uv vdu

esta é a fórmula da integração por partes

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exercícios - Integração por partes

Calcule, por partes, os seguintes integrais inde…nidos


Z
1 x ln xdx
Z
x
2
ex dx
Z
3 x2 x dx

Z
4 ln xdx
Z
5 x 2 e x dx

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exercícios - Integração por substituição

Calcule, por substituição, os seguintes integrais inde…nidos


Z p
1 2x + 7dx
Z
2 p 3x +6 dx
2x 2 +8x +3
Z
(ln x )2
x dx
3

Z
1
4
1 +e x dx

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Cálculo Integral Integral Inde…nido

Exercícios - Integrais inde…nidos


Calcule os seguintes integrais inde…nidos
Z
x
1 e a dx
Z
2
2 e 2x dx
Z
3 e x dx
3 +4e x
Z
4
(6x 7 )dx
3x 2 7x +11
Z
4 +2
5 y 3ey dy
Z
5
6 t t2 + 1 dt
Z
7
y 2 dy
(y 3 +5 )2
Z
1 +e 2x
8
ex dx

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Cálculo Integral Integral de…nido

Integrabilidade de funções contínuas

Teorema - se f (x ) é contínua em [a, b ] então f (x ) é integrável em [a, b ] .

Uma função contínua é sempre integrável. Uma função que não seja
contínua pode ou não ser integrável.
Mostra-se que se f (x ) é contínua e f (x ) 0 8x 2 [a, b ] e se S for
uma área da região delimitada pelo grá…co de f (x ), pelas rectas
x = a e x = b e pelo eixo ox então

Zb
S= f (x )dx
a

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Cálculo Integral Integral de…nido

Propriedades do integral de…nido

Teorema - se f (x ) é integrável em [a, b ] e k é um no real arbitrário


então kf (x ) é integrável em [a, b ] e

Zb Zb
kf (x )dx = k f (x )dx
a a

Teorema - se f (x ) e g (x ) são integráveis em [a, b ] então a função


f (x ) + g (x ) é integrável em [a, b ] e

Zb Zb Zb
[f (x ) + g (x )] dx = f (x )dx + g (x )dx
a a a

Este teorema pode ser estendido a um no …nito de f .

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Cálculo Integral Integral de…nido

Teorema - se a < c < b e f (x ) é integrável tanto em [a, c ] como em


[c, b ] então f (x ) é integrável em [a, b ] e

Zb Zc Zb
f (x )dx = f (x )dx + f (x )dx
a a c

O teorema seguinte mostra que o teorema anterior pode ser


generalizado ao caso em que c não está necessariamente entre a e b.
Teorema - se f (x ) é integrável num intervalo fechado e se a, b e c
são três no s quaisquer desse intervalo, então

Zb Zc Zb
f (x )dx = f (x )dx + f (x )dx
a a c

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Cálculo Integral Integral de…nido

Teorema - se f (x ) é integrável em [a, b ] e se f (x ) 0 8x 2 [a, b ]


então,
Zb
f (x )dx 0
a

Corolário - se f (x ) e g (x ) são integráveis em [a, b ] e f (x ) g (x ),


8x 2 [a, b ] então,
Zb Zb
f (x )dx g (x )dx
a a

Pode demonstrar-se que o último teorema e o respectivo corolário são


válidos se substituirmos em cada um deles por > .

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Cálculo Integral Integral de…nido

Teorema do valor médio para integrais de…nidos

Se f (x ) é contínua num intervalo [a, b ] então existe um no c no


intervalo aberto ]a, b [ tal que

Zb
f (x )dx = f (c )(b a)
a

Nota: o ponto c 2 ]a, b [ não é necessariamente único. O que o


teorema nos diz é que existe pelo menos um c a veri…car a igualdade
do teorema.

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Cálculo Integral Integral de…nido

Interpretação geométrica quando f(x)>=0

O que o teorema nos diz é que 9 c tal que a área abaixo do grá…co de f (x )
entre a e b é igual à área do rectângulo delimitado pelas rectas y = f (c ), x = a
ex =b
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Cálculo Integral Integral de…nido

Teorema fundamental do cálculo integral


Teorema - seja f (x ) contínua num intervalo fechado [a, b ] :
1 Parte I Se a função G é de…nida por
Zb
G (x ) = f (x )dx
a

8x 2 [a, b ] então G é uma primitiva de f (x ) em [a, b ] .


2 Parte II se F (x ) é uma primitiva de f (x ) então
Zb
f (x )dx = [F (x )]ba = F (b ) F (a )
a

Este teorema além de mostrar que a função G (x ) é uma primitiva de


f (x ), mostra que o integral de…nido de a a b de f (x ) pode ser obtido
através de qualquer primitiva de f (x ) nesse intervalo.
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Cálculo Integral Integral de…nido

Cálculo de integrais de…nidos por substituição ou mudança


de variável

No cálculo de integrais de…nidos do tipo


Z b
g (ψ(x ))ψ0 (x )dx
a

em que se efectua uma mudança de variável na forma t = ψ(x ),


transforma-se o integral original num integral em t da seguinte forma:
Z b Z ψ (b )
d ψ (x )
g (ψ(x )) dx = g (t )dt = G (t ) + c
a dx ψ (a )

isto é, alteram-se também os limites de integração a e b para ψ(a) e


ψ(b ). (G (t ) é uma primitiva de g (t ))

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Cálculo Integral Integral de…nido

Exercícios - Integrais de…nidos


Calcule os seguintes integrais de…nidos
Z b
1 xdx
a
Z b
2 x 2 dx
a
Z b
3 x n dx
a
Z 1
4 e x dx
0
Z 3
5 pxdx
2 1 +x 2
Z 3
6 ln xdx, por partes
1
Z 2
(ln x )2
x dx, por substituição
7
1
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Cálculo Integral Integral de…nido

Exercícios

Calcule os seguintes integrais de…nidos


Z 2
1 x2 2x + 3 dx
1
Z 8 p
p
3
2 2x + x dx
0
Z 1 p
3 x x + 5dx
0
Z 1 2
4 x 3 e x dx
2
Z 1
2
x2
5
1 3x 3 +1
dx
2

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Cálculo Integral Aplicação do integral de…nido ao cálculo de áreas

Área entre duas curvas


Se f (x ) e g (x ) são contínuas no intervalo [a, b ] e f (x ) g (x ) 8x 2 [a, b ]
então a área A da região delimitada pelos grá…cos de f (x ), g (x ), x = a e
x = b é dada por
Zb
A= [f (x ) g (x )] dx
a

Interpretação geométrica quando f (x ) g (x ) 0

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Cálculo Integral Aplicação do integral de…nido ao cálculo de áreas

Se g (x ) = 0 8x 2 [a, b ] então o seu grá…co é o eixo ox

e tem-se
Zb
A= f (x )dx
a

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Cálculo Integral Aplicação do integral de…nido ao cálculo de áreas

Se f (x ) = 0 8x 2 [a, b ] então o seu grá…co é o eixo ox e g (x ) 0.Neste


caso, tem-se
Zb Zb
A= [0 g (x )] dx = g (x )dx
a a

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Cálculo Integral Integrais Impróprios

Integrais impróprios de 1a espécie


Nos integrais de…nidos, estavamos a supor que o intervalo de integração
[a, b ] R era limitado e também que f (x ) era limitada (assumia sempre
valore …nitos) neste intervalo.
Supondo que:

1 f (x ) está de…nida em [a, +∞[ e existe f (x )dx, 8 β 2 [a, +∞[
a
ou
Zb
2 f (x ) está de…nida em ] ∞, b ] e existe f (x )dx, 8α 2 ] ∞, b ]
α
ou ainda

3 f (x ) está de…nida em ] ∞, +∞[ e existe f (x )dx,
α
8α, β 2 ] ∞, +∞[
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Cálculo Integral Integrais Impróprios

Nestas condições:
De…na-se
Z∞
+ Zβ
1 f (x )dx = lim f (x )dx
β!+∞
a a
Zb Zb
2 f (x )dx = lim f (x )dx
α! ∞
∞ α
Z∞
+ Zc Zβ
3 f (x )dx = lim f (x )dx + lim f (x )dx, c 2 R
α! ∞ β!+∞
∞ a c

Z∞
+ Zb Z∞
+
Diz-se que os integrais f (x )dx, f (x )dx e f (x )dx existem ou
a ∞ ∞
que são convergentes quando existirem (…nitos) os limites indicados
Se algum dos limites não existir, o respectivo integral diz-se divergente
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Cálculo Integral Integrais Impróprios

Exercícios

Estudo a convergência dos seguintes integrais


Z∞
+
1 e x dx
Z∞
+
0 1
5. 3 dx
Z0 x2
1
2 e x dx
Z2
∞ dx
6. 4
Z∞
+ (x 5 ) 3
1 ∞
3
x2
dx
Z∞
+
1 x
7. dx
Z∞
+ (1 +x 2 )2
5x 2 dx ∞
4 xe

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Cálculo Integral Integrais múltiplos

Integrais múltiplos
Um integral múltiplo é um conjunto de integrais calculado em ordem
a n > 1 variáveis, e.g.
Z Z
... f (x1 , ..., xn ) dx1 ...dxn
Um integral de ordem n corresponde, em geral, a um volume
n-dimensional (i.e., conteúdo)
n = 2 corresponde a uma área
Num integral inde…nido a ordem em que os integrais são calculados
pode variar
Para integrais de…nidos, é necessário cuidado em transformar os
limites correctamente se a ordem for alterada
Um integral múltiplo de uma função f (x, y ) que primeiro é calculado
em ordem à variável y e depois calculado em ordem a x é escrito
Z x 2 Z y 2 (x ) Z x 2 Z y 2 (x )
f (x, y )dy dx = f (x, y )dydx
x1 y 1 (x ) x1 y 1 (x )
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Cálculo Integral Integrais múltiplos

Integrais múltiplos - Propriedades


ZZ ZZ ZZ
1 [f (x, y ) + g (x, y )] dxdy = f (x, y ) dxdy + g (x, y ) dxdy
ZDZ ZZ D D
2 k f (x, y ) dxdy = k f (x, y ) dxdy
D D
3 Se D é constituído por dois domínios parciais D1 e D2 , sem ponto
interior comum, então:
ZZ ZZ ZZ
f (x, y ) dxdy = f (x, y ) dxdy + f (x, y ) dxdy
D D1 D2

4 Teorema de Fubini: Se f (x, y ) for contínua no rectângulo de…nido


pela região D, D = (x, y ) 2 R2 : a x b ^ c y d , então:
ZZ Z bZ d Z dZ b
f (x, y ) dxdy = f (x, y ) dxdy = f (x, y ) dydx
a c c a
D

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Cálculo Integral Integrais múltiplos

Exercícios

Calcule os seguintes integrais múltiplos:


R2R3R1
1 2 0 (
1 8xyz )dzdxdy
R3R2
2
0 1
3x 2 + 3y 2 dxdy
R1 R3R2
3
1 1 1 (
2x + y 3z )dxdydz
R1R2
4
0 0
xy 2 dxdy
R1R2
5
0 2y
xy 2 dxdy
R1R x p
6
0 x2
160xy 3 dydx
R 1 R y 2 xy
7
0 0
y e dxdy
R1R1
8
0 1 y ( )
e y dxdy
R 1 R x2 2
9
0 0
x + y 2 dydx

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