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Bahia
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bacharelado em Ciências Exatas E Tecnológicas
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Profa. Dra. Mariana Pinheiro Gomes da Silva (Orientadora)
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Juarez dos Santos Azevedo
________________________________________________________________
Prof. Dr. Danilo de Jesus Ferreira
Agradecimentos
À minha mãe Noemi e meu pai Inácio por terem colocado meus sonhos acima
dos sonhos deles, por todo amor, carinho e investimento financeiro para que
tudo se realizasse.
Agradeço a todos que me ajudaram mesmo que de forma indireta com uma
palavra de apoio me trazendo paz e calmaria, em especial a alguns amigos
como: Karan, Zaira, Sabrina, Karla, Amanda, Allana, Gabriel, Junior e
Bruna.
1 Algumas Definições 4
1.1 Medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Semi-Normas e Normas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 σ-Álgebras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Funções Mensuráveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.5 A Integral das Funções Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.5.1 Funções Vetoriais ou Complexas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.6 A integral de Lebesgue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.6.1 Integral de Funções Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.6.2 Integral de Funções Mensuráveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.6.3 Integral de Funções Mensuráveis Positivas . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.7 Espaços Lp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.7.1 O Espaço L∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.7.2 Os Espaços Lp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.7.3 Funções Convexas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2 Desigualdades 13
2.1 Desigualdade de Young . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Desigualdade de Hölder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 Desigualdade de Minkovski . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1
Introdução
Estas equações são muito estudadas na matemática como por exemplo equações
integrais do tipo Hammerstein e Volterra onde surge frequentemente em aplicações em en-
genharia, economia e fı́sica matemática.
Para obter soluções destas equações estudamos alguns conceitos da Análise Funcio-
nal, que é uma parte da matemática que estuda espaços de funções e se destaca por desempe-
nhar papéis importantes nos mais diversos ramos da Matemática como Análise Não-Linear,
EDP’s, Otimização, Teoria do Controle e Teoria dos Espaços de Banach. Entre os espaços
importantes da Análise Funcional encontram-se os Espaços Lp , que são espaços vetoriais
normados com caracterı́sticas importantes, as quais veremos durante o decorrer do trabalho.
O texto foi dividido em três capı́tulos. Começamos com algumas definições como me-
didas, integral das funções simples, semi-normas e normas, σ-Álgebra, Funções Mensuráveis,
Funções Convexas e Espaços Lp . Essas definições são utilizadas para facilitar o entendimento
do conteúdo abordado. Assim, vamos falar de equações funcionais-integrais e mostrar que
sob determinadas condições somos capazes de mostrar a existência e unicidade de soluções
em espaços Lp para tais equações.
No capı́tulo 2 foram abordadas e demonstradas algumas desigualdades, como por
exemplo: a desigualdade de Young, que recebe este nome em homenagem ao matemático
inglês William Henry Young. Tal desigualdade é muito utilizada no estabelecimento de
estimativas com normas em aplicações na teoria das EDPs não lineares, e para ajudar na
demonstração da desigualdade de Hölder, que também está presente neste trabalho. Essa
2
3
Algumas Definições
Neste capı́tulo iremos estudar algumas definições como medidas, integral de funções
simples, semi-normas e normas, σ-Álgebras e funções mensuráveis. Veremos também algumas
das propriedades de funções convexas, onde mais adiante serão utilizadas para demonstrar
as desigualdades de Young, Hölder e Minkovski.
1.1 Medidas
Neste tópico veremos a ideia de medidas, semi-anel e anel. Vamos considerar no
texto Ω como um conjunto qualquer.
1. ∅ ∈ S;
2. se S1 e S2 ∈ S então S1 ∩ S2 ∈ S;
m
P
3. se S0 ⊆ S estão em S então existem Sj ∈ S disjuntos tais que S −S0 = Sj , m < +∞.
j=1
4
5
Definição 1.2. Chamamos de medida finitamente aditiva a qualquer função µ definida num
semi-anel S, tal que µ(∅) = 0 e
Pm Pm
µ(S) = j=1 µ(Sj ) quando S = j=1 Sj para Sj e S ∈ S, m < ∞.
Definição 1.4. Um conjunto X ⊂ R tem medida nula se para todo > 0 existe uma coleção
S ∞
P
enumerável de intervalos abertos Ij para todo j ∈ N tais que X ⊂ Ij e |Ij | < .
j∈N j=0
1. kvk ≥ 0
2. kv + wk ≤ kvk + kwk
3. krvk = |r|kvk, ∀r ∈ R
Uma norma é qualquer semi-norma tal que kvk = 0 se, e somente se v = 0. Um espaço
vetorial semi-normado ou normado é um espaço vetorial com uma semi-norma ou norma
fixada respectivamente.
Nos espaços normados define-se a distância entre v e w ∈ V como kv − wk.
Um subespaço vetorial de V é um conjunto W ⊆ V tal que se w1 e w2 ∈ W então w1 +w2 ∈ W
e rw1 ∈ W para todo r ∈ R.
Um espaço vetorial normado e completo (quando toda sequência de Cauchy converge) é
denominado Espaço de Banach.
6
1.3 σ-Álgebras
Uma σ-álgebra em Ω é uma coleção A de subconjuntos de Ω tal que ∅ ∈ A e tal
∞
An e Acn ∈ A.
S
que dados An ∈ A então
n=1
Um espaço de medida é (Ω, A, µ), onde Ω é um conjunto, A é uma σ-álgebra em Ω e
µ : A 7→ [0, ∞] é uma medida σ-aditiva.
Definição 1.5. No que se segue Λ é a σ- álgebra de Lebesgue para µ : S → [0, ∞). Dizemos
que f : Ω → Rm ou C é uma função integrável quando suas componentes fj : Ω → R
são integráveis. Neste caso definimos a integral de f , I(f ) = (I(f1 ), ..., I(fm )) ∈ Rm ou
respectivamente I(f ) = I(f1 ) + if (f2 ) ∈ C.
Definição 1.6. Seja f : A → R uma função simples e a1 , ...ak > 0 tal que k < ∞
k
Z k
X
P
f: ai XAi ; então f (x)dx = ai µ(Ai )
i=1 A i=1
Teorema 1.7. Sejam A um conjunto mensurável e f : A → [0, +∞] uma função mensurável.
Existe uma sequência crescente de funções simples positivas f1 ≤ f2 ≤ ... ≤ fk ≤ ... com
supfk = f tal que k ∈ N.
o que justifica a seguinte definição: seja g : A → [0, +∞] uma função mensurável, então
escrevemos
Z Z Z
g= g(x)dx = sup{ f |f ∈ S+ , f ≤ g} ∈ [0, ∞]
A A A
8
Finalmente, como uma função mensurável qualquer f pode ser escrita como diferença de sua
parte positiva f+ e de sua parte negativa f− , definimos
Z Z Z
f = f+ − f−
1.7 Espaços Lp
Neste tópico estudaremos algumas propriedades do espaço Lp , que são espaços nor-
mados tais que seus pontos são sequências de números reais ou complexos. Assumiremos
(Ω, A0 , µ) como um espaço de medida.
Definição 1.8 (q.t.p.). Para um dado conjunto Γ ⊂ Ω, diremos que uma propriedade vale
q.t.p. (quase todo ponto) em Λ quando tal propriedade for válida em todos os pontos de Γ,
exceto num subconjunto de Γ de medida nula.
1.7.1 O Espaço L∞
Para f ∈ L∞ definimos
kf k∞ = inf{r ≤ 0| |f | ≥ r q.t.p}
Obtemos uma semi-norma nesses espaços L1 . Isto significa que dados f e g ∈ L1 e c escalar
(isto é, c ∈ R), então f + g ∈ L1 , cf ∈ L1 , kf + gk1 ≤ kf k1 + kgk1 e kcf k1 = |c| kf k1
1.7.2 Os Espaços Lp
Lp = {cls(f )|f ∈ Lp }
onde
cls(f ) = {g ∈ Lp |g = f q.t.p}
Definição 1.16. Seja p ∈ [1, +∞] seja (Ω, A0 , µ) um espaço de medida e seja V = Rm ou
C. Definimos Lp = Lp (Ω, A0 , µ, V ) como
R
{f : Ω → V | f é A’-mensurável e Ω
|f |p dµ < +∞}
R
Para f ∈ Lp definimos kf kp = ( Ω |f |p dµ)1/p .
Proposição 1.18. Uma função ϕ : J → R é convexa se e somente se para todos r1 < m < r2
em J vale
Prova.
i) Se r1 < m < r2 então pelo Teorema do Valor Médio existem ζ1 e ζ2 , r1 < ζ1 < m < ζ2 <
ϕ(m)−ϕ(r1 ) ϕ(r2 )−ϕ(m)
r2 tais que m−r1
= ϕ0 (ζ1 ) e r2 −m
= ϕ0 (ζ2 ). Então ζ1 < ζ2 , logo ϕ0 (ζ1 ) ≤ ϕ0 (ζ2 )
portante vale a expressão 1.1 e isso prova que ϕ é convexa.
Desigualdades
ap bq
ab ≤ p
+ q
13
14
1
Fazendo x1 = ap , x2 = bq , α1 = p
e α2 = 1q , temos:
p bq
ln( ap + q
) ≥ 1
p
ln(ap ) + 1q ln(bq ) = ln(ab)
0 ≤ f (x)g(x) ≤ f (x)kgk∞
Z Z
f g dµ ≤ f kgk∞ dµ
Z Ω Ω Z
f g dµ ≤ kgk∞ f dµ (2.1)
Ω Ω
Z Z
p 1/p
Mas, sabemos que ( f dµ) = ( |f |p dµ)1/p , pois f ≥ 0 Multiplicando por
Ω Ω
kgk∞ , temos:
Z Z
p 1/p
kgk∞ ( f dµ) ≤ kgk∞ ( |f |p dµ)1/p
Ω Ω
kf + gkp ≤ kf kp + kgkp
16
|f + g|1 = |f |1 + |g|1
Para p = +∞ sabemos pela Proposição 1.11 que |f (x)| ≤ ||g||∞ , assim pela desi-
gualdade triangular
|f (x) + g(x)| ≤ |f (x)| + |g(x)|,
Portanto f + g ∈ L∞ e ||f + g||∞ ≤ ||f ||∞ + ||g||∞ . Para 1 < p < +∞, temos
|f + g| ≤ |f | + |g|. Elevando a desigualdade a p:
Aplicando a integral: Z Z
p
|f + g| du ≤ (|f | + |g|)p du
Ω Ω
Z Z
p p−1
(f (x) + g(x)) dµ ≤ 2 ( f (x)p + g(x)p dµ)
Ω Ω
logo
Z Z Z
p p−1
(f (x) + g(x)) dµ ≤ 2 ( f (x) dµ + g(x)p dµ)
p
Ω Ω Ω
kf + gkp ≤ kf kp + kgkp
Capı́tulo 3
Neste capı́tulo veremos a ideia principal de alguns teoremas, onde temos uma
equação envolvendo integral. Vamos mostrar que para essa equação existe solução no espaço
Lp e é única.
Z 1
y(t) = f t, r k(t, s)g(s, y(s))ds , t ∈ [0, 1], r > 0, (3.1)
0
iii) existe uma função não-negativa integrável à Lebesgue m : [0, 1] → R tal que |f (t, x)| ≤
m(t), para todos (t, x) ∈ [0, 1] × R.
18
19
(A2) O núcleo k(t, s) é mensurável e pertence ao espaço Lp ([0, 1]) para todo t ∈ [0, 1].
1 1
|g(s, y(s))| ≤ a0 (s) + b0 |y(s)|p/q , a0 ∈ Lq ([0, 1]), b0 > 0 e + = 1.
p q
Prova. A princı́pio note que kg(s, y(s))kq < ∞. De fato, pela condição (A3),
temos
q
|g(s, y(s))|q ≤ a0 (t) + b0 |y(s)|p/q
e, portanto,
Z 1 1q Z 1 1q
q p/q q
kg(s, y(s))kq = |g(s, y(s))| ds ≤ a0 (s) + b0 |y(s)| ds .
0 0
p p
Assim,
Z 1 1q Z 1 1q
kg(s, y(s))kq ≤ |a0 (s)|q ds + bq0 |y(s)|p ds ,
0 0
Agora vamos mostrar que se y ∈ Lp ([0, 1]) então Ay ∈ Lp ([0, 1]). De fato, para
y ∈ Lp ([0, 1]) e t ∈ [0, 1], temos
Z 1 p
p
|Ay(t)| = f t, k(t, s)g(s, y(s))ds
0
Z 1 p
≤ h1 (t) + b1 k(t, s)g(s, y(s))ds
0
20
R1
Vamos pegar o máximo entre h1 e |b1 0
k(t, s)g(s, y(s))ds|
Assim
Z 1
p Z 1 p
h1 (t) + b1 k(t, s)g(s, y(s))ds
≤ 2 max h1 (t), b1
k(t, s)g(s, y(s))ds
0
0Z 1 p
p p
= 2 max [h1 (t)] , b1 k(t, s)g(s, y(s))ds
Z 1 0 p
p
p p
≤ 2 [h1 (t)] + b1 |k(t, s)g(s, y(s))|ds .
0
Z 1
p
2p bp1
p p p
|Ay(t)| ≤ 2 [h1 (t)] +
k(t, s)g(s, y(s))ds
0
≤ 2p [h1 (t)]p + 2p bp1 N1p .
Finalmente, obtemos
Z 1
|A(y(t))|p dt ≤ 2p kh1 kpp + 2p bp1 N1p ,
0
Mas
Z
1
kh1 kp = ( |h1 |p dt) p
Z
kh1 kp = |h1 |p dt
p
Dessa forma
Z 1
|A(y(t))|p dt ≤ 2p kh1 kpp + 2p bp1 N1p < ∞
0
Teorema 3.2. Suponha que as condições (A1), (A2) e (A3) são satisfeitas. Além de assumir
que:
pq
onde a função não-negativa L pertence ao espaço L p−q ([0, 1]), onde q < p, e
Z 1 p−q
pq
pq
|L(s)| p−q ds ≤ M2 , M2 > 0. (3.3)
0
Prova. Para este método colocamos y0 (t) como uma função identicamente nula e
sucessivamente
Z 1
yn+1 (t) = f t, k(t, s)g(s, yn (s))ds , n = 0, 1, 2, 3, . . .. (3.4)
0
usando as condições (A1), (A2) e (A3). A partir disso, temos ky1 kp < ∞.
Usando a desigualdade de Hölder e condições (A1), (A2), (A3), (H1), (H2) e (H3),
obtemos, para n ≥ 1,
Z 1
|yn+1 (t) − yn (t)| ≤ M |k(t, s)||g(s, yn (s)) − g(s, yn−1 (s))|ds
0
Z 1
≤ M |k(t, s)|L(s)|yn (s) − yn−1 (s))|ds
0
Z 1 p1 Z 1 p−q
pq
Z 1 p1
pq
≤ M |k(t, s)|p ds |L(s)| p−q ds |yn (s) − yn−1 (s))|p ds .
0 0 0
Então Z 1
p
|yn+1 (t) − yn (t)| ≤ M [M1 (t)] p p
M2p p
|yn (s) − yn−1 (s))| ds . (3.6)
0
e sucessivamente
|yn+1 (t) − yn (t)|p ≤ M p [M1 (t)]p M2p Kp N (n−1)p ,
que é equivalente a
A expressão (3.7) mostra que a seguência (yn (t)) tomada pela série
y1 (t) + (y2 (t) − y1 (t)) + (y3 (t) − y2 (t)) + · · · + (yj+1 (t) − yj (t)) + · · ·
tem o majorante
Como essa série converge, podemos inferir que a sequência (yn (t)) converge para a solução
da equação (3.1).
Seguindo as ideias de ([2], [3] e [4]), nós iremos provar que a equação (3.1) tem
solução no espaço Lp ([0, 1]). Devemos assumir que as condições (A1), (A2), (A3), (H1),
(H2) e (H3) dos teoremas 3.1 e 3.2 são satisfeitas.
23
Seja ω : [0, 1] → R+ uma função contı́nua tal que ω(x) > 0, para todo x ∈ [0, 1].
Z x 1/p
−1 p
kukp,ω = sup ω (x) |u(s)| ds; x ∈ [0, 1] . (3.8)
0
Note que para ω ≡ 1 nós temos a norma clássica em Lp ([0, 1]). Além disso é
fácil verificar que a equação (3.8) define uma norma para qualquer função contı́nua positiva
ω : [0, 1] → R+ (ver [4]) e
c1 kukp ≤ kukp,ω ≤ c2 kukp , (3.9)
onde
1 1
c1 = (sup{ω(x) : x ∈ [0, 1]})− p e c2 = (inf{ω(x) : x ∈ [0, 1]})− p .
De (3.9) segue que Lp ([0, 1]) equipado com a norma k.kp,ω é um espaço de Banach,
uma vez que (Lp ([0, 1]), k.kp ) é um espaço de Banach.
Definimos ω : [0, 1] → R+ por
Rx
[M1 (s)]p ds
ω(x) = expλ 0 , (3.10)
Onde λ > 1 e Z 1
p 1
(M M2 ) . (M1 (t))p dt <
. (3.11)
0 λ
O próximo resultado será crucial para garantir a unicidade da solução para a equação
3.1.
Teorema 3.3. Assumiremos que as condições (A1), (A2), (A3), (H1), (H2) e (H3) dos
R
1
Teoremas 3.1 e 3.2 são satisfeitas. Então, o operador Ay(t) = f t, 0 k(t, s)g(s, y(s))ds é
uma contração em Lp ([0, 1]) com respeito a norma k.kp,ω , onde ω é definido em (3.10).
Prova. O Teorema 3.1 assegura que Ay ∈ Lp ([0, 1]). Pela desigualdade de Hölder,
nós temos:
Z 1 Z 1 p
p
|Ay1 (t) − Ay2 (t)| = f t,
k(t, s)g(s, y 1 (s))ds − f t, k(t, s)g(s, y 2 (s))ds
Z 10 Z 1 0 p
≤ M p k(t, s)g(s, y1 (s))ds − k(t, s)g(s, y2 (s))ds
Z0 1 0 p
p
≤ M |k(t, s)||g(s, y1 (s)) − g(s, y2 (s))|ds
Z0 1 p
p
≤ M |k(t, s)|L(s)|y1 (s) − y2 (s))|ds
0 !p Z
Z 1 Z 1 p−q
pq 1
pq
p p p
≤ M |k(t, s)| ds |L(s)| ds
p−q |y1 (s) − y2 (s))| ds .
0 0 0
24
Integrando os dois lados de (3.12) com respeito a t sobre [0, x], x ∈ [0, 1], e usando
(3.11), nós obtemos
Z x Z x Z 1
p p p
|Ay1 (t) − Ay2 (t)| dt ≤ (M M1 (t)M2 ) . |y1 (s) − y2 (s)| ds dt
0 Z0 x 0 Z 1
λ 0t [M1 (s)]p ds −λ 0t [M1 (s)]p ds
R R
p
= (M M1 (t)M2 ) exp . exp . |y1 (s) − y2 (s)|p
0 Z x 0
λ 0x [M1 (s)]p ds
R
p p p
≤ (M M2 ) .ky1 − y2 kp,ω . exp . (M1 (t)) dt
0
1 Rx p
≤ . expλ 0 [M1 (s)] ds .ky1 − y2 kpp,ω ,
λ
que implica Z 1
−λ
Rx
[M1 (s)]p ds 1
exp 0 |Ay1 (t) − Ay2 (t)|p dt ≤ ky1 − y2 kpp,ω .
0 λ
Portanto,
1
kAy1 (t) − Ay2 (t)kpp,ω ≤ ky1 − y2 kpp,ω ,
λ
De onde podemos concluir que
Teorema 3.4. Suponha que as condições (A1), (A2), (A3), (H1), (H2) e (H3) dos Teore-
mas 3.1 e 3.2 são cumpridas. Então a equação (3.1) tem uma única solução em Lp ([0, 1]),
que pode ser obtida como o limite de aproximações sucessivas.
Referências Bibliográficas
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Janeiro, 2009.
[4] Kwapisz, M.,Bielecki’s method, existence and uniqueness results for Volterra integral
equations in Lp space, J. Math. Anal. Appl., 154(2):403-416, 1991.
[5] Lima, Elon Lages Análise Real, Volume 2, Projeto Euclides, Impa. 2.ed. Rio de Janeiro,
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[6] Lima, Elon Lages Curso de Análise, Volume 1, Projeto Euclides, Impa. 13.ed. Rio de
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[7] Honig, Chaim S;A integral de Lebesgue e suas Aplicações, Impa. 1.ed. Rio de Janeiro,
1977.
25