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EXCELENTÍSSIMO JUIZ...

(juízo competente para apreciar a demanda


proposta)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE


BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. INCAPACIDADE TOTAL E
PERMANENTE PARA O TRABALHO.

PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – indicar


se há união estável), (profissão), portador(a) do
documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., e-
mail…, residente e domiciliado(a) na rua.., bairro..,
cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência
propor a presente

AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO

contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL


(INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do
seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro...,
cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.

1. FATOS

1
A Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão que torna a
Parte Autora incapaz permanente para o trabalho), desde... (data do inicio da
incapacidade laborativa), o que a torna incapaz de trabalhar e prover o seu
sustento e de sua família.

Diante do seu quadro clínico, postulou, em... (data do requerimento


administrativo do benefício), a concessão do benefício assistencial, o qual
restou indeferido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, sob o argumento
de que estava capaz para a vida independente e para o trabalho.

Entretanto, como fazem prova os documentos anexados com a presente ação judicial,
bem como os demais a serem produzidos no decorrer do processo, a Parte Autora faz jus ao
benefício previdenciário indeferido, razão pela qual busca o Poder Judiciário para ver seu direito
reconhecido.

2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO

A Constituição Federal instituiu o benefício assistencial à pessoa


portadora de deficiência nos seguintes termos:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente da contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida
por sua família, conforme dispuser a lei.
(Grifou-se)

A Lei n.º 8.742, de 7 de dezembro de 1993, veio a regular a


matéria, merecendo transcrição o caput e os parágrafos 1º a 3º do art. 20, in
verbis:

Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um)


salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso
com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios
de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua
família.
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput, entende-se como família o
conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei n. 8.213, de 24 de
julho de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada
pela Lei n. 9.720, de 30.11.1998)

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§ 2º Para efeito de concessão deste benefício, a pessoa portadora de
deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o
trabalho.
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa
portadora de deficiência ou idosa cuja renda mensal per capita seja
inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
(...)

A redação do art. 20 da Lei n.º 8.742, de 7 de dezembro de 1993,


acima mencionado, foi alterada pela Lei n.º 12.435, de 06-07-2011,
passando a apresentar, a partir de então, o seguinte teor:

Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um


salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios
de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua
família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo
requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um
deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e
enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o
mesmo teto.
§ 2o Para efeito de concessão deste benefício, considera-se:
I - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimentos de longo
prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas;
II - impedimentos de longo prazo: aqueles que incapacitam a pessoa
com deficiência para a vida independente e para o trabalho pelo
prazo mínimo de 2 (dois) anos.
§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com
deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja
inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo.

Portanto, o direito ao benefício assistencial ao deficiente pressupõe


o preenchimento dos seguintes requisitos: a) condição de deficiente
(incapacidade para o trabalho e para a vida independente, consoante a
redação original do art. 20 da LOAS, ou aquela pessoa que tem
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas, consoante a redação atual do referido dispositivo); e b)
situação de risco social (estado de miserabilidade, hipossuficiência
econômica ou situação de desamparo).

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Em relação ao critério para aferição da miserabilidade, este resta
configurado conforme as seguintes informações socioeconômicas:

Dados sobre o grupo familiar:

1. Número de componentes do
grupo familiar, com seus
respectivos nomes:
2. Renda mensal líquida de
cada membro do grupo
familiar:
3. Renda mensal líquida do
grupo familiar:
Dados sobre as condições socioeconômicas do grupo familiar:

1. Residência própria (sim ou


não) Em caso de locação,
indicar o valor do aluguel.
2. Situação da residência:
3. Situação dos móveis que
guarnecem a residência:
4. Despesas com água e luz:
5. Despesas com alimentação:
6. Despesas com vestuário:
7. Despesas com saúde:

Da análise das informações socioeconômicas nota-se que a Parte


Autora vive em situação de risco social e não possui renda suficiente para
atender suas necessidades básicas.

No que toca à incapacidade da Parte Autora, algumas


considerações merecem ser feitas.

A Constituição Federal, ao instituir o benefício, remete sua


regulação à lei (conforme dispuser a lei, parte final do inciso V do art. 203).
No entanto, conquanto seja atribuído à lei regular, concretizar, conformar,
configurar ou organizar o direito à percepção do benefício da pessoa
portadora de deficiência que não tenha condições de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, não pode, nesse desiderato,
estabelecer um conceito restritivo de deficiência, por várias razões.

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Em primeiro lugar, da análise da norma constitucional, consta o
comando de que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, o
que demonstra inequivocamente a intenção constitucional de ampliação do
conjunto de beneficiários da assistência social. Em linha de consequência,
tal dispositivo (caput do art. 203) serve como princípio hermenêutico ou, se
se preferir, como linha orientadora na interpretação dos demais dispositivos
relativos à assistência social, entre os quais o do inciso V do mesmo artigo.
Daí podemos inferir uma primeira conclusão, a de que se deve interpretar a
locução pessoa portadora de deficiência (inciso V do art. 203) em um sentido
amplo, jamais restritivo.

Em segundo, em sua importante missão de integrar a norma


constitucional, não dispõe o legislador de liberdade plena. Ao revés, está
limitado pelos preceitos da própria norma constitucional, sob pena de, a não
ser assim, esvaziá-la de conteúdo. Nesse sentido, o ensinamento de José
Joaquim Gomes Canotilho:

Em alguns casos, as remissões constitucionais para as leis significa


abertamente a concretização da constituição segundo as leis.
Todavia, este reenvio aberto não implica arbítrio legislativo de
conformação, pois sempre se terá de admitir que o cerne da
regulamentação legal é determinado materialmente, de forma
expressa ou implícita, por princípios recebidos na lei constitucional".
(Constituição dirigente e vinculação do legislador: contributo para a
compreensão das normas constitucionais programáticas. Coimbra
Editora, 1994, reimpressão, p. 485).

Nesse sentido, a Constituição limita o legislador, "as suas leis


devem ater-se a esse norte, sobretudo ao dos direitos fundamentais e das
normas restantes fixadas na Constituição" (KLAUS STERN, O Juiz e a
Aplicação do Direito, in Direito Constitucional - Estudos em Homenagem a
Paulo Bonavides, Eros Roberto Grau e Willis Santiago Guerra Filho (Org.),
Malheiros Editores, São Paulo, 2001, p. 515).

Em terceiro, trata-se aqui de um direito fundamental, não só


porque o art. 6º da Constituição Federal inclui entre os direitos sociais a
assistência aos desamparados, mas principalmente porque o art. 203, inciso
V, consagra expressa e cristalinamente a garantia (rectius: o direito) de um
salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que se

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encontre em situação de desamparo. Pois bem, no âmbito das normas
constitucionais definidoras de direitos fundamentais, pode-se afirmar a
existência de uma eficácia vinculante reforçada para todos os poderes
públicos, inclusive o legislador (INGO WOLFGANG SARLET, A Eficácia dos
Direitos Fundamentais, Livraria do Advogado, Porto Alegre, 1998). O citado
autor, a respeito, assim ensina:

Neste contexto, cumpre referir a paradigmática e multicitada


formulação de Krüger, no sentido de que hoje não há mais falar em
direitos fundamentais na medida da lei, mas, sim, em leis apenas na
medida dos direitos fundamentais, o que - de acordo com Gomes
Canotilho - traduz de forma plástica a mutação operada nas relações
entre a lei e os direitos fundamentais. De pronto, verifica-se que a
vinculação aos direitos fundamentais significa para o legislador uma
limitação material de sua liberdade de conformação no âmbito de
sua atividade regulamentadora e concretizadora. Para além disso, a
norma contida no art. 5º, § 1º, da CF gera, a toda evidência, uma
limitação das possibilidades de intervenção restritiva do legislador no
âmbito de proteção dos direitos fundamentais. Se, por um lado,
apenas o legislador se encontra autorizado a estabelecer restrições
aos direitos fundamentais, por outro, ele próprio encontra-se
vinculado a eles, podendo mesmo afirmar-se que o art. 5º, § 1º, da
CF traz em seu bojo uma inequívoca proibição de leis contrárias aos
direitos fundamentais, gerando a sindicabilidade não apenas do ato
de edição normativa, mas também de seu resultado, atividade, por
sua vez, atribuída à Jurisdição Constitucional. Isto significa, em
última ratio, que a lei não pode mais definir autonomamente (isto é,
de forma independente da Constituição) o conteúdo dos direitos
fundamentais, o qual, pelo contrário, deverá ser extraído
exclusivamente das próprias normas constitucionais que os
consagram.

A necessidade de o legislador definir o conteúdo dos direitos


fundamentais de forma vinculada com o sentido objetivo da norma
constitucional é ressaltada pela doutrina mesmo nos casos, como o
presente, em que a Constituição remete à lei a regulamentação ou
concretização do direito fundamental. Nesse sentido, o ensinamento de Jorge
Miranda:

Mesmo quando a Constituição parece devolver para a lei a


regulamentação de certos direitos ou institutos (...), o legislador não
é livre de lhe emprestar qualquer conteúdo; a norma legislativa
(insistimos) tem, na perspectiva global da Constituição, de possuir
um sentido que seja compatível ou conforme com o sentido objetivo
da norma constitucional. Fórmulas como "nos termos da lei (...) ou
equivalentes apenas podem indiciar que se trata de normas
constitucionais não exequíveis por si mesmas" (Manual de Direito
Constitucional, Tomo IV - Direitos Fundamentais, Coimbra Editora,
Coimbra, 1993, pp. 280-1).

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Por fim, a impossibilidade de a lei estabelecer um conceito
restritivo de deficiência é reforçada em razão de um dos objetivos
constitucionais que devem servir de base à organização da seguridade social,
o de universalidade da cobertura e do atendimento (Constituição Federal,
art. 194, parágrafo único, inciso I). Ora, caso exigisse-se que para perceber o
benefício assistencial deveria a pessoa ser portadora de deficiência que a
incapacitasse não só para o exercício de atividade laboral, como para todos
os atos da vida, a pessoa que se subsumisse na primeira hipótese
(deficiência incapacitante para o trabalho) mas não na segunda (deficiência
incapacitante para todos os atos da vida) ficaria completamente desprotegida
da seguridade social - pois, evidentemente, não teria condições de ser
segurado da previdência social -, em afronta ao princípio da dignidade da
pessoa humana (CF, art. 1º, III), ao objetivo da seguridade social de
universalidade da cobertura e do atendimento (CF, art. 194, parágrafo único,
I) e à ampla garantia de prestação da assistência social (CF, art. 203, caput).

Por todo o exposto, a exigência, para a percepção do benefício, de


ser a pessoa incapaz para a vida independente, se entendida como
incapacidade para todos os atos da vida, não se encontra na Constituição.
Ao contrário, tal exigência contraria o sentido da norma constitucional, seja
considerada em si, seja em sintonia com os demais princípios e objetivos
constitucionais acima analisados. Se aquela fosse a interpretação para a
locução incapacitada para a vida independente, constante do art. 20, § 2º,
da Lei n.º 8.742/93, o legislador teria esvaziado indevidamente o conteúdo
material do direito fundamental da pessoa portadora de deficiência,
deixando fora do seu âmbito uma ampla gama de pessoas portadoras de
deficiência incapacitante para o trabalho, e, em consequência, incorreria em
inconstitucionalidade.

Assim, a incapacidade para a vida independente a que se refere a


Lei n.º 8.742/93, na redação original, deve ser interpretada de forma a
garantir o benefício assistencial a uma maior gama possível de pessoas
portadoras de deficiência.

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Nesse sentido, a incapacidade para a vida independente (a) não
exige que a pessoa possua uma vida vegetativa ou que seja incapaz de
locomover-se; (b) não significa incapacidade para as atividades básicas do
ser humano, tais como alimentar-se, fazer a higiene e vestir-se sozinho; (c)
não impõe a incapacidade de expressar-se ou de comunicar-se; e (d) não
pressupõe dependência total de terceiros.

Precedentes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região confortam


tal entendimento, como demonstra a ementa a seguir transcrita:

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. REQUISITOS. 1. O


direito ao benefício assistencial pressupõe o preenchimento dos
seguintes requisitos: a) condição de deficiente (incapacidade para o
trabalho e para a vida independente, de acordo com a redação
original do art. 20 da LOAS, ou impedimentos de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir a participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas, conforme redação atual do referido dispositivo) ou
idoso (neste caso, considerando-se, desde 1º de janeiro de 2004, a
idade de 65 anos); e b) situação de risco social (estado de
miserabilidade, hipossuficiência econômica ou situação de
desamparo) da parte autora e de sua família. 2. Atendidos os
pressupostos pela parte autora, é devido o benefício. (TRF4, AC
0016209-46.2015.404.9999, Quinta Turma, Relator José Antonio
Savaris, D.E. 15/02/2016, sem grifo no original)

Igualmente, aludida questão também é objeto da Súmula n. 29 da


Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, a qual
pacificou o entendimento de que a “incapacidade para a vida independente
não é só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas
também a impossibilita de prover ao próprio sustento”.

Na hipótese, a Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão


que torna a Parte Autora incapaz para o trabalho), impossibilitando o seu
retorno ao trabalho.

Também, in casu, não se pode perder de vista, o parecer técnico do


médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, esta
incapacitado(a) definitivamente para o trabalho. Tudo isto é o que se pode
extrair do laudo médico anexo.

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Atestado/ Laudo médico – Doutor... (nome do médico, especialidade e
número do CRM)
Conclusão:... (extrair do atestado/laudo médico o trecho que destaca
a incapacidade total e permanente para o trabalho)

Deste modo, existe à possibilidade de recebimento do benefício


assistencial àquele que está apenas incapaz de exercer atividade
remunerada e, via de consequência, de prover seu sustento.

Neste sentido:

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA


INEXISTENTE. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. INCAPACIDADE
COMPROVADA. CRITÉRIO ECONÔMICO.
INCONSTITUCIONALIDADE DO § 3º DO ART. 20 DA LEI Nº
8.742/1993. IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO. 1. Nas relações de
trato sucessivo quando ocorrer modificação no estado de fato ou de
direito é possível a renovação do pleito na via judicial. 2. A condição
de miserabilidade não constatada em ação anterior, pode vir a ser
identificada em novo processo, o que configura alteração na causa de
pedir remota, a afastar a coisa julgada. 3. Comprovada a
incapacidade, em razão de deficiência física e mental, para
realizar, sem auxílio permanente, os atos da vida civil, resulta
configurado um dos pressupostos à concessão do benefício
assistencial. 2. O Supremo Tribunal Federal, por maioria, ao
analisar os recursos extraordinários 567.985 e 580.963, ambos
submetidos à repercussão geral, reconheceu a inconstitucionalidade
do § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993 - LOAS, assim como do art.
34 da Lei 10.741/2003 - Estatuto do Idoso, com o que, caberá ao
magistrado aferir a situação de miserabilidade do grupo familiar no
caso concreto, a fim de concluir pela presença do pressuposto sócio-
econômico para o deferimento do benefício assistencial. 3. Provido o
apelo para julgar procedente o pedido de concessão do benefício
assistencial desde a data do requerimento administrativo, diante da
presença de circunstâncias específicas determinantes do grau de
miserabilidade que enseja o direito ao amparo. (TRF4, AC 0025763-
39.2014.404.9999, Quinta Turma, Relatora Taís Schilling Ferraz,
D.E. 26/06/2015, sem grifo no original).

Assim, configurada a incapacidade para o trabalho e para a vida


independente, o indeferimento do benefício previdenciário não encontra
suporte na legislação pátria, uma vez que a Parte Autora preenche todos os
requisitos necessários à concessão do benefício assistencial.

3. REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer:

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1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na
pessoa do seu representante legal, para que, querendo, responda a presente
demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;

2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte


Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família,
condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º
1.060/50;

3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS


para conceder o benefício de prestação continuada desde o requerimento
administrativo, bem como pagar as parcelas atrasadas, monetariamente
corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios,
ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;

4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS


para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;

5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova


admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante a
realização de perícia judicial, caso necessário, com médico especializado na
área... (indicar a especialidade médica do perito judicial de acordo com a
doença incapacitante da Parte Autora), a ser designado por Vossa Excelência.

6. Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de


conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.

Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)

Pede deferimento.

(Cidade e data)

(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)

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Rol de documentos:

...

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