Você está na página 1de 116

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

GABRIEL LINHARES BALDO

PROJETO DE UM ELEVADOR HIDRÁULICO

SÃO LEOPOLDO
2017
Gabriel Linhares Baldo

PROJETO DE UM ELEVADOR HIDRÁULICO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de Engenheiro
Mecânico pela Universidade do Vale do
Rio dos Sinos – UNISINOS.

Orientador: Prof. MS. Daniel Faistauer

São Leopoldo
2017
AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família por sempre me passar confiança durante todo o


curso e principalmente neste trabalho de conclusão.
A empresa Hyundai Elevadores, pela oportunidade de experiência profissional
na área de elevadores residenciais, além de suporte técnico e materiais. Também
agradeço a empresa Parker Hannifin, pelos conhecimentos em sistemas e
componentes hidráulicos.
Ao meu orientador Ms. Daniel Faistauer, por aceitar a minha proposta, me
ajudando a desenvolver o sistema, o cilindro e os cálculos hidráulicos. Além de
acompanhar a monografia e a escrita. Sempre demonstrando as melhores formas de
realizar o projeto.
Ao professor Fabiando Brites por me passar mais conhecimentos de
funcionamentos e fabricação de elevadores. Também agradeço ao professor
Nederson da Silva por me ajudar nos cálculos de estrutura do elevador e
dimensionamento dos cordões de solda.
Aos ex-colegas e amigos Dionel Schwars e Túlio Charão pelo auxilio na
formatação do trabalho além de contribuir com seus conhecimentos de
dimensionamento de estruturas.
Agradeço a Unisinos pelos laboratórios de informática, pela demonstração de
um elevador hidráulico existente na universidade, além da contribuição de todos os
funcionários que me auxiliaram quando necessário.
RESUMO

Os elevadores hidráulicos oferecem muita comodidade e segurança, pois são


muitas as situações em que se tornam necessários às pessoas. Este trabalho tem
por objetivo desenvolver o projeto de um elevador hidráulico de ação indireta para
projetos que não preveem ou não previam casa de máquinas. Neste modelo, não
precisa enterrar o cilindro hidráulico no poço e pode atender a um número maior de
paradas. O trabalho traz um estudo de equipamentos hidráulicos e suas definições.
São apresentados conceitos e modelos de elevadores presentes no mercado, além
dos requisitos de projeto para um elevador hidráulico. Logo após é desenvolvido o
sistema hidráulico e o dimensionamento do atuador. Também é projetada a estrutura
de sustentação da cabine do elevador, dimensionando e justificando as escolhas
das vigas, do dispositivo de içamento da cabine, além dos dimensionamentos dos
cordões de solda. E por último são justificadas as escolhas dos cabos de tração e as
polias de movimentação.

Palavras-chave: Elevador Hidráulico. Sistema Hidráulico. Estrutura do Elevador.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Força exercida num cilindro hidráulico ..................................................... 20


Figura 2 – Relação de pressão em um reservatório cheio de fluido.......................... 20
Figura 3 - Alavanca hidráulica ................................................................................... 22
Figura 4 - Ilustração de um cilindro hidráulico ........................................................... 25
Figura 5 – Bomba hidráulica...................................................................................... 27
Figura 6 – Filtro hidráulico ......................................................................................... 28
Figura 7 – Motor elétrico ........................................................................................... 28
Figura 8 – Válvula de controle direcional .................................................................. 29
Figura 9 – Válvula reguladora de pressão ................................................................. 30
Figura 10 - Primeiro elevador hidráulico de segurança ............................................. 32
Figura 11 Primeiro elevador movido a motor elétrico ................................................ 33
Figura 12 – Componentes de um elevador hidráulico ............................................... 34
Figura 13 – Elevador Elétrico com engrenagem ....................................................... 38
Figura 14 – Elevador elétrico sem engrenagem ........................................................ 39
Figura 15 – Elevador elétrico sem casa de máquina ................................................. 40
Figura 16 – Elevador hidráulico com atuador central ................................................ 41
Figura 17 - Elevador Hidráulico com ação indireta .................................................... 42
Figura 18 - Polia móvel ............................................................................................. 44
Figura 19 - Polia fixa ................................................................................................. 44
Figura 20 - Flambagem em uma coluna de Euler ..................................................... 45
Figura 21 – Viga simples em flexão pura .................................................................. 46
Figura 22 – Viga engastada sofrendo um momento fletor ......................................... 47
Figura 23 – Freio de ação instantâneo com efeito amortecido .................................. 48
Figura 24 – Freio de segurança progressivo ............................................................. 48
Figura 25 – Fluxograma da metodologia ................................................................... 50
Figura 26 – Circuito Hidráulico. (1) filtro de sucção (2) motor elétrico (3) bomba
hidráulica (4) válvula limitadora de pressão (5) válvula de retenção (6) válvula
direcional (7) válvula reguladora de fluxo (8) reservatório (9) tomada de pressão (10)
tomada de tanque ..................................................................................................... 51
Figura 27 – Atuador para ascensor hidráulico ........................................................... 55
Figura 28 – Cilindro telescópico para ascensores hidráulicos ................................... 56
Figura 29 - Desenho esquemático do elevador ......................................................... 57
Figura 30 – Polia em V múltipla................................................................................. 59
Figura 31 – Representação da polia móvel sofrendo tração ..................................... 61
Figura 32 - Circuito hidráulico do elevador ................................................................ 66
Figura 33 – Cilindro hidráulico com amortecimento .................................................. 69
Figura 34 - Estrutura da cabine ................................................................................. 70
Figura 35 - Projeto da estrutura de sustentação ....................................................... 71
Figura 36 - Aplicação dos cordões de solda ............................................................. 80
Figura 37 - Comprimento dos cordões com dimensões em (mm) ............................. 81
Figura 38 - Catálogo de motores WEG IV polos ....................................................... 97
Figura 39 – Tubulações hidráulicas comerciais......................................................... 97
Figura 40 – Página de catálogo com as características técnicas da bomba de
palhetas selecionada ................................................................................................. 98
Figura 41 – Página de catálogo com as características técnicas do filtro de retorno 99
Figura 42 – Página de catálogo com as características técnicas da válvula
reguladora de fluxo .................................................................................................. 100
Figura 43 - Página de catálogo com as características técnicas da válvula de
retenção para o cilindro hidráulico........................................................................... 101
Figura 44 – Página de catálogo com as características técnicas da válvula
reguladora de pressão ............................................................................................ 102
Figura 45 – Página de catálogo com as características técnicas da válvula de
retenção selecionada .............................................................................................. 103
Figura 46 – Página de catálogo com as características técnicas do manômetro de
tubo bourdon ........................................................................................................... 104
Figura 47 – Página de catálogo com as características técnicas do reservatório
hidráulico selecionado ............................................................................................. 105
Figura 48 - Página de catálogo com as características técnicas da válvula direcional
selecionada ............................................................................................................. 106
Figura 49 – Continuação do catálogo com as características técnicas da válvula
direcional selecionada ............................................................................................. 107
Figura 50 – Catálogo com as características técnicas dos cabos de elevadores.... 108
Figura 51 - Catálogo com as características técnicas de polias para elevadores ... 109
Figura 52 - Catálogo com as características técnicas de cilindros hidráulicos do
modelo Mobil ........................................................................................................... 110
Figura 53 - Catálogo com as características técnicas de cilindros com flange
quadrado ................................................................................................................. 110
Figura 54 - Catálogo com as características técnicas de perfil de viga “U” ............. 111
Figura 55 - Catálogo com as características técnicas das propriedades mecânicas
dos materiais ........................................................................................................... 111
Figura 56 - Catálogo com as características técnicas da válvula de queda ............ 112
Figura 57 - Catálogo com as características técnicas do olhal de içamento para
cargas ..................................................................................................................... 113
Figura 58 - Catálogo com as características técnicas da válvula isoladora de
manômetro .............................................................................................................. 114
Figura 59 - Catálogo com as características técnicas do visor de nível do reservatório
................................................................................................................................ 115
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Quadro de polias .................................................................................... 43


Quadro 2 - Dimensionamento hidráulico para um elevador para oito pessoas ......... 52
Quadro 3 - Capacidade de passageiros de elevador ................................................ 53
Quadro 4 - Lista de componentes ............................................................................. 65
8
LISTA DE SIGLAS

NM267:2001 Norma Mercosur – Elevadores hidráulicos de

passageiros

NB14/1986 Norma - Projeto e execução de estrutura de

aço de edifício
9
LISTA DE SÍMBOLOS

s Segundos ( )

N Newton ( )

m Metros ( )

V m
Velocidade  
 s² 

l Litros (l)

J Joules (J)

H Altura (m)

F Força (kgF)

G m
Aceleração da gravidade  
 s² 

P  kgf 
Pressão na câmara  
 cm² 

M Massa (kg)

Em Energia mecânica (J)

Ec Energia cinética (J)

Ep Energia potencial (J)

V Volume deslocado (l)

T Tempo [min]

Q Vazão [l/min]

Qa Vazão de avanço (l/min)


10
Qr Vazão de recuo (l/min)

Va Velocidade de avanço [mm/min]

Aa Área de avanço [cm²]

Ar Área de retorno [cm²]

De Diâmetro do êmbolo [cm]

Dh Diâmetro da haste [cm]

Fa Força de avanço [kgf]

Fr Força de retorno [kgf]

Coeficiente de segurança

T Tração axial no cabo [N]

Pcr Peso Crítico (N)

I Momento de inércia ( )

Le Comprimento do curso do cilindro

K Raio de giração

As Área da secção (m²)

Va Velocidade de avanço (cm/s)

Vr Velocidade de retorno (cm/s)

Pot Potência do motor elétrico (cv)

Dv Deslocamento volumétrico da bomba


(cm³/rev)

dt Diâmetro da tubulação (mm)

Ix Momento de inércia em relação ao eixo x


( )
11
q Carga distribuída (N/m)

L Comprimento da viga (m)

xviga Distância ao eixo baricentrico em relação


ao eixo x da viga (cm)

yviga Distância ao eixo baricentrico em relação


ao eixo y da viga (cm)

σtração Tensão de tração (MPa)

σcisalhamento Tensão de cisalhamento (MPa)

σflexão Tensão de flexão (MPa)

Mmáx Momento máximo (kg/m)

σtangencial Tensão de tangencial (MPa)

Aviga Área da viga (cm²)

Sy Tensão de escoamento sob tração (MPa)

Sys Tensão de escoamento sob cisalhamento


(MPa)

Sut Tensão de ruptura sob torção (MPa)

Kp Coeficiente para aperto com lubrificação

dn Diâmetro nominal do parafuso (mm)

Tap Torque de aperto do parafuso (Nm)

Fi Força de pré-carga (N)

hc Altura do cordão de solda (mm)

bc Base do cordão de solda (mm)

dc Comprimento do cordão de solda (mm)


12
y Distância ao eixo baricentro do cordão
(m)

σadmtração Tensão admissível de tração (MPa)

σadmcisalhamento Tensão admissível de cisalhamento


(MPa)

Iu Segundo momento de área unitário (mm³)

vt Velocidade do óleo na tubulação (m/s)

Lf Comprimento de flambagem (cm)

Atub Área da tubulação (m²)

At Área de tração do parafuso (mm²)


13
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA ....................................................................................... 15
1.2 DELIMITAÇÕES DO TRABALHO ....................................................................... 15
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 16
1.3.2 Objetivos específicos..................................................................................... 16
1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................ 16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 18
2.1 AUTOMAÇÃO ..................................................................................................... 18
2.1.1 Fluido............................................................................................................... 18
2.1.2 Hidráulica ........................................................................................................ 18
2.1.3 Pressão ........................................................................................................... 19
2.1.4 Transmissão e Conservação de Energia Hidráulica ................................... 21
2.1.5 Vazão ............................................................................................................... 22
2.2 COMPONENTES HIDRÁULICOS ....................................................................... 24
2.3 PRINCÍPIOS DE ELEVADORES ........................................................................ 30
2.3.1 Origem do elevador ........................................................................................ 31
2.3.2 Componentes de um elevador hidráulico .................................................... 33
2.3.3 Modelos de Elevadores .................................................................................. 37
2.4 SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR POLIAS ..................................................... 42
2.5 FLAMBAGEM ...................................................................................................... 44
2.6 TENSÕES EM VIGAS SUBMETIDAS À FLEXÃO PURA ................................... 46
2.7 FREIO DE SEGURANÇA .................................................................................... 47
2.8 NORMA MERCOSUR – NM267:2001 ................................................................. 49
2.9 NORMA NB14/1986 ............................................................................................ 49
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 50
3.1 SISTEMA HIDRÁULICO...................................................................................... 51
3.2 CILINDRO HIDRÁULICO DE ACIONAMENTO................................................... 54
3.3 CONCEITO MECÂNICO ..................................................................................... 57
3.4 ESTRUTURA DA CABINE .................................................................................. 58
3.5 SISTEMA DE TRASNMISSÃO MECÂNICA ........................................................ 58
14
4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ................................................................... 60
4.1PROJETO HIDRÁULICO ..................................................................................... 60
4.1.1 Circuito Hidráulico ......................................................................................... 64
4.1.2 Cilindro Hidráulico ......................................................................................... 68
4.2 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DE SUSTENTAÇÃO DA CABINE ...... 69
4.2.1 Dimensionamento dos cordões de solda ..................................................... 80
4.3 DIMENSIONAMENTO DOS CABOS DE TRAÇÃO E POLIAS ........................... 86
4.3.1 Cabos de tração ............................................................................................. 86
4.3.2 Polias ............................................................................................................... 87
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 88
5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................. 89
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 90
ANEXO A – MOTOR ELÉTRICO.............................................................................. 97
ANEXO B – TUBULAÇÃO HIDRÁULICA ................................................................ 97
ANEXO C – BOMBA DE PALHETA ......................................................................... 98
ANEXO D – FILTRO DE RETORNO ........................................................................ 99
ANEXO E – VÁLVULA REGULADORA DE FLUXO .............................................. 100
ANEXO F – VÁLVULA DE RETENÇÃO PARA CILINDRO HIDRÁULICO ............ 101
ANEXO G – VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO ........................................ 102
ANEXO H – VÁLVULA DE RETENÇÃO ................................................................ 103
ANEXO I – MANÔMETRO MEDIDOR DE PRESSÃO ........................................... 104
ANEXO J – RESERVATÓRIO HIDRÁULICO......................................................... 105
ANEXO K – VÁLVULA DIRECIONAL .................................................................... 106
ANEXO L – CABO DE MOVIMENTAÇÃO DO ELEVADOR .................................. 108
ANEXO M – POLIA DE MOVIMENTAÇÃO DO ELEVADOR ................................. 109
ANEXO N – CILINDRO HIDRÁULICO ................................................................... 110
ANEXO O – VIGA PERFIL U .................................................................................. 111
ANEXO P – PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAS ............................. 111
ANEXO Q – VÁLVULA DE QUEDA ....................................................................... 112
ANEXO R – OLHAL DE IÇAMENTO DA CABINE ................................................. 113
ANEXO S – VÁLVULA ISOLADORA DE MANÔMETRO ...................................... 114
ANEXO T – VISOR DE NÍVEL DO RESERVATÓRIO ............................................ 115
15
1 INTRODUÇÃO

A hidráulica é utilizada em larga escala na indústria, tanto em acionamento de


máquinas como em dispositivos. Ela é utilizada desde aplicações mais simples,
como movimentar, dobrar e girar cargas, até aplicações mais complexas como
automação de equipamentos ou processos.
Devido a ter uma baixa inércia o movimento hidráulico permite uma rápida e
suave inversão de movimentos. Contudo, não ocorre o mesmo nos sistemas
mecânicos. Além disso os sistemas hidráulicos são autolubrificados, diferentemente
dos mecânicos e elétricos.
Apesar da hidráulica não ocupar em grande escala o mercado brasileiro de
elevadores residenciais, o modelo hidráulico é bastante utilizado nos continentes
europeus, asiáticos e norte americano. Segundo a secretaria da educação do
governo do Paraná, estes lugares sofrem com problemas sísmicos, assim o
contrapeso perto da cabina do elevador poderia colidir e ocasionar um grave
acidente. Este é um dos motivos pelo qual, nestas regiões, há em maior quantidade
prédios com poucos andares (SECRETÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ, 2017).

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA

Com base no estado da arte, foram encontrados alguns trabalhos na área.


Entretanto nenhuma fonte demonstra especificações técnicas de projeto mecânico,
hidráulico ou funcionamento. Este trabalho será desenvolvido um projeto de um
elevador hidráulico de ação indireta, programado para 4 paradas.

1.2 DELIMITAÇÕES DO TRABALHO

Este trabalho limita-se a um projeto de um elevador hidráulico de ação


indireta. Serão dimensionados o cilindro hidráulico, o sistema de movimentação, a
estrutura da cabine além de seu circuito hidráulico.

1.3 OBJETIVOS

Os objetivos dividem em: geral e específicos.


16
1.3.1 Objetivo geral

O presente trabalho tem intuito de desenvolver um elevador hidráulico para


uso residencial com possibilidade de suportar quatro passageiros simultaneamente.
Com um percurso total de 12,8 metros, contemplando 4 paradas.

1.3.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são:


a) projetar o sistema hidráulico;
b) especificar o cilindro hidráulico;
c) dimensionar a estrutura da cabine;
d) dimensionar os cabos e polias do elevador.

1.4 JUSTIFICATIVA

Este presente trabalho busca agregar à literatura um conjunto de


conhecimentos específicos para auxiliar em futuros desenvolvimentos de projetos de
elevadores hidráulicos de ação indireta. Tem metodologia voltada para o projeto do
sistema hidráulico, do sistema de transmissão mecânica, além da estrutura de
sustentação.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura deste trabalho está organizada da seguinte forma:


No capítulo 2 é feita a fundamentação teórica abordando sobre conceitos de
hidráulica, componentes hidráulicos, princípios de elevadores, modelos de
elevadores, sistema de transmissão de polias, conceito de flambagem, conceito de
vigas submetidas à flexão, freio de segurança e normas a serem seguidas.
No capítulo 3 estão descritos os requisitos para o projeto do sistema
hidráulico e dimensionamento do cilindro hidráulico, exigidos pela norma de
elevadores hidráulicos. Também estão descritos o conceito mecânico e estrutural do
projeto.
O capítulo 4 trata da montagem do sistema hidráulico e o dimensionamento
do atuador hidráulico. Também estão descritos os cálculos da estrutura de
17
sustentação da cabine, a seleção do dispositivo de içamento, além da seleção dos
cabos de tração e polias.
As conclusões finais são apresentadas no capítulo 5 e as sugestões de
trabalhos futuros no capítulo 6.
Nos anexos, estão as páginas de catálogos dos fabricantes dos componentes
utilizados no sistema hidráulico, além de catálogos das vigas, polias e cabos
utilizados no projeto.
18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão abordados conteúdos pertinentes ao conhecimento


adquirido para que possa executar a proposta do trabalho.

2.1 AUTOMAÇÃO

A automação iniciou nas linhas de montagem por volta de 1920. Com o


decorrer do tempo, o crescimento da área automotiva proporcionou avanços em
termos de qualidade e quantidade. Com isso, houve a necessidade de criar um novo
sistema que substituísse a mão-de-obra tradicional, criando os sistemas de
automação (WEISS, GASPARIN, SCHLING, 2011).
O avanço da automação está ligado à hidráulica, à pneumática e à
microeletrônica. Por deste avanço, surgiram os primeiros Controladores Lógicos
Programáveis (CLPs) que substituíram os dispositivos contatores e mecânicos.
Assim ocorreu um ganho no consumo de energia além de facilitar a manutenção das
máquinas instaladas (SILVEIRA, 2010).

2.1.1 Fluido

Pode ser definido como uma substância que deforma continuamente, capaz
de escoar por meio de uma força tangencial. Assumindo a forma do recipiente que o
contém (GOMES, 2012).
O conceito de fluidos envolve gases, líquidos e sólidos na qual os gases ao
preencherem um recipiente, não assumindo a forma do recipiente definida além de
serem comprenssíveis. Já os líquidos adquirem a forma do recipiente, volume
definido e tem como uma de suas principais características o seu comportamento
físico, no qual mostra uma variação de volume praticamente nula (GOMES, 2012).

2.1.2 Hidráulica

Palavra originada do Grego, derivada da união de hydra - água e aulos -


condução, identificando parte da física que procura estudar o comportamento dos
líquidos em movimento ou em repouso. Apresenta influência direta em variáveis
19
como pressão, vazão, temperatura, viscosidade, dentre outras, por meio da
conservação da energia, a regulagem e o controle do fluido (FIALHO, 2012).
Hidráulica é toda a lei e comportamentos relativos ao óleo ou outro fluido na
qual gera transmissão de energia nos mais variados segmentos. A hidráulica é o
estudo das características e o uso dos fluidos sobre pressão (PARKER HANNIFIN,
2011).

2.1.3 Pressão

Para compreender pressão, primeiro é importante entender os conceitos de


hidrostática (ciência que estuda os líquidos sob pressão-mecânica de fluido
estáticos, seguida de condições de equilíbrio dos fluídos) e hidrodinâmica (ciência
que estuda os líquidos em movimento, e mais precisamente de sua energia cinética)
(FIALHO, 2012).
Define-se pressão como sendo a força exercida pelo o fluido por unidade de
área do recipiente que há contém. As unidades mais utilizadas são atm, bar,
kgf/mm² e lb/in², embora a unidade do SI é dada em N/m² (MAGNO BATISTA
FERREIRA, 2016).
A pressão é encontrada por meio da equação abaixo (MOREIRA, 2012):

Sendo:
P é a pressão

F é a força em
A é a área em

A pressão manométrica é a diferença entre a pressão absoluta e a pressão


atmosférica. A pressão absoluta é medida relativamente ao vácuo absoluto. Sendo
aquela na qual o manômetro está apontando em sua escala quando o fluido exercer
uma força contra as paredes do reservatório. A figura 1 demonstra a força exercida
num cilindro hidráulico quando a pressão está sendo aplicada na área de avanço. Já
20
a figura 2 representa a medição de pressão, por meio de um manômetro, de um
reservatório cheio de fluído (FÊNIX, 2010).

Figura 1 – Força exercida num cilindro hidráulico

Fonte: FIALHO (2012).

Sendo:

Figura 2 – Relação de pressão em um reservatório cheio de fluido.

Fonte: FIALHO (2012).

Para o deslocamento de um cilindro hidráulico, de um motor hidráulico ou de


qualquer outro atuador, é necessária a transmissão da energia hidráulica em cinética
e potencial. Estes conceitos serão descritos no próximo item.
21
2.1.4 Transmissão e Conservação de Energia Hidráulica

Na hidráulica geralmente utilizam fluidos incompreensíveis o que


praticamente permite movimentação instantânea. Por meio de um líquido confinado
obtém-se transmissão de movimento multiplicando a força que foi aplicada
inicialmente (ANTONIO, 2012).
Enquanto não houver trocas de energia com o meio externo em um fluxo, a
energia permanece constante (CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA, 2010).
De acordo com Arivelto Bustamente, a energia mecânica, cinética e potencial
são calculadas de acordo com as equações abaixo (FIALHO, 2012).

Sendo:
a energia mecânica (J)
é a massa (kg)
g a aceleração da gravidade ( )

v é a velocidade ( )

h é a altura ( )

A hidráulica é responsável pelo conhecimento que regem a conservação da


energia, o transporte, a regulagem, o controle dos fluidos agindo sobre suas
variáveis (temperatura, vazão, pressão, viscosidade, dentre outras). No caso da
figura 3 a energia mecânica propiciada pela força F1 é convertida em energia
hidráulica, propagando-se pelo fluido até encontrar a plataforma A2, onde
22
novamente converte-se em energia mecânica ao ser entregue por meio da força F2
(FIALHO, 2012).

Figura 3 - Alavanca hidráulica

Fonte: FIALHO (2012).

Lembrando do físico e matemático Blaise Pascal (1623-1662) que por meio


de seus experimentos chegou ao seu seguinte princípio “o acréscimo de pressão
produzido num líquido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do
líquido”, isso quer dizer que para alavanca hidráulica representada na figura 3 ao
aumentar a força aplicada na área A1 aumentará significativamente a força F2
aplicada na área A2, com isso há um grande aumento de força apenas com a
diferença de áreas (FIALHO, 2012).
O sistema de transmissão tem por objetivo realizar trabalho útil, isto é, o de
mover ou deslocar um objeto que está resistindo a uma carga. O trabalho útil é
realizado pela a aplicação da energia cinética à superfície do objeto resistivo. Isto se
define como energia de trabalho (PARKER HANNIFIN, 2011).
A transmissão desta energia ocorre por meio do deslocamento do fluido,
denominada como vazão. Que será descrito no próximo item.

2.1.5 Vazão

Vazão é o volume de deslocamento, ou seja, é o volume deslocado por


revolução da bomba hidráulica, geralmente é dada pela divisão de uma unidade de
volume por uma unidade de tempo ou em galões por minuto (PARKER HANNIFIN,
2011).
23

Sendo:
a vazão ( )

é o volume
é o tempo

 Vazão de Avanço:

Vazão necessária para que o cilindro atinja a velocidade de avanço (FIALHO,


2012).

Sendo:
a vazão de avanço ( )

é a velocidade ( )

é a área de retorno )

Lembrando que:

Sendo:
o diâmetro do êmbolo
 Vazão de Retorno:

Vazão necessária para atingir velocidade de retorno, quando o cilindro estiver


voltando para sua posição recuada (FIALHO, 2012).
24

Sendo:
a vazão de retorno ( )

é a velocidade retorno ( )

Lembrando que a área de retorno é menor que a área de avanço e devido a


isso a vazão de retorno será menor que a de avanço (FIALHO, 2012).

Sendo:
o diâmetro da haste

Para o desenvolvimento de um circuito hidráulico é necessário o


conhecimento nos componentes que compõem este sistema. No próximo item são
caracterizados os principais componentes de um diagrama hidráulico.

2.2 COMPONENTES HIDRÁULICOS

Quando é idealizado um projeto hidráulico, é sempre importante elaborar


primeiramente seu diagrama, pois este tem o objetivo de representar a sequência de
movimentos do circuito. Com ele é possível visualizar o funcionamento e a aplicação
do sistema. Com o esquema hidráulico definido, é possível selecionar os
componentes hidráulicos com a melhor aplicação para o determinado circuito
hidráulico (MOREIRA, 2012).
Seguem os principais componentes de um circuito hidráulico:
 Cilindro Hidráulico:

Também conhecidos como atuadores lineares, estes convertem energia


hidráulica em trabalho, por muitas vezes o projeto hidráulico inicia pelo seu
25
dimensionamento. Estes possuem geralmente uma carcaça tubular, chamada de
camisa, uma haste cilíndrica, um êmbolo provido de anéis de vedação, e pórtico
dianteiro e traseiro por onde ocorre a entrada e saída do óleo hidráulico (MOREIRA,
2012).
A figura 4 demonstra um desenho esquemático de um cilindro hidráulico.

Figura 4 - Ilustração de um cilindro hidráulico

Fonte: Próprio autor (2016).

Quando o pórtico dianteiro é submetido à pressão, o óleo empurra o êmbolo


para dentro da camisa, recuando a haste do cilindro. O inverso ocorre o movimento
de avanço da haste (MOREIRA,2012).
Para o dimensionamento dos cilindros hidráulicos, deve-se calcular:
Área de avanço:

Área de retorno:
26
Força de avanço:

Força de retorno:

Velocidade de avanço:

Velocidade de retorno:

 Bomba Hidráulica:

A bomba hidráulica é utilizada com a finalidade de converter energia


mecânica em energia hidráulica. Por meio da ação mecânica é criado um vácuo
parcial na entrada da bomba e permite que a pressão atmosférica force o fluido do
tanque, através da linha de sucção, a penetrar na bomba (PARKER HANNIFIN,
2011).
As bombas são geralmente determinadas pela capacidade de pressão
máxima de operação do sistema e pelo seu deslocamento volumétrico. De modo
geral, este equipamento é especificado em litros por minutos numa determinada
rotação por minuto (PARKER HANNIFIN, 2011).
A figura 5 mostra uma bomba hidráulica de engrenagem, utilizada
comercialmente.
27
Figura 5 – Bomba hidráulica

Fonte: MARANHÃO TECNOLOGIA HIDRÁULICA (2017).

 Reservatório Hidráulico:

O reservatório tem finalidades de armazenar o fluído, ajudar a dissipar o calor


do fluido operante além de contribuir a purgar o líquido contaminante. Suas
dimensões são determinadas pelo o volume de óleo no sistema, é desejável ter
capacidade de 2 a 4 vezes o volume bombeado por minuto (DRAPINSKI, 1975).
Um modelo de reservatório é demonstrado no anexo J.

 Manômetro:

Os manômetros são utilizados para as medições de pressão no sistema. Com


eles, consegue-se regular as válvulas controladoras de pressão, bem como
determinar as forças desenvolvidas por um atuador hidráulico (MOREIRA, 2012).
No anexo I há um exemplo de um manômetro do tipo Bourdon.

 Filtro Hidráulico:

O filtro hidráulico é responsável por manter o sistema hidráulico com o mínimo


possível de contaminantes, pois estas partículas sólidas podem interferir o
funcionamento do sistema devido a pequenas folgas nas peças móveis das válvulas,
ocasionando vazamentos pelo mau acoplamento dos componentes metálicos. Além
de prejudicar o resfriamento do fluído e interferir na lubrificação dos componentes
(MOREIRA, 2012).
A figura 6 exibe alguns modelos de filtros hidráulicos de retorno.
28
Figura 6 – Filtro hidráulico

Fonte: HDA (2002).

 Motor Elétrico:

Os motores elétricos combinam a força de interação de campos magnéticos


para fazer a indução de um eixo central gerando força e velocidade (TORREIRA,
1980).
A velocidade dimensionada para o motor elétrico (número de rotações por
minuto) deve estar de acordo com as velocidades mínimas, ideais e máximas
recomendadas pelo fabricante da bomba hidráulica que este motor acionará
(RACINE HIDRÁULICA, 1977).
A figura 7 mostra um motor elétrico de carcaça 225 a 355.

Figura 7 – Motor elétrico

Fonte: WEG (2016).

 Válvula Direcional:

As válvulas de controle direcional são utilizadas para a troca do sentido do


fluxo de óleo dos atuadores do circuito hidráulico, fazendo o atuador avançar ou
29
recuar se for um cilindro hidráulico ou rotacionar se for um motor hidráulico (SOLÉ,
2011).
O dimensionamento incorreto das válvulas tende a provocar muita perda de
carga no sistema. Uma instalação deve funcionar com o mínimo número de válvulas
que permita uma boa eficiência (SANTOS, 2007).
A figura 8 são dois modelos de válvulas direcionais com comando por
solenoides.

Figura 8 – Válvula de controle direcional

Fonte: BOSCH (2008).

 Válvula Limitadora de Pressão:

As válvulas limitadoras de pressão tem a finalidade de limitar a pressão


máxima de um sistema hidráulico. Porém ela exerce outras funções importantes
como:
 Regular a pressão reduzida em certas partes do circuito;
 Contrabalancear forças mecânicas externas;
 Controlar a operação sequencial.
São classificadas com o tipo de conexão, pela faixa de operação e pelo
tamanho. A válvula pode assumir diversas posições desde totalmente aberta até
completamente fechada (PARKER HANNIFIN, 2011).
A figura 9 exibe 3 modelos de válvulas limitadoras de pressão diretamente
operada.
30
Figura 9 – Válvula reguladora de pressão

Fonte: BOSCH (2003).

 Válvula de Retenção:

A válvula de retenção deixa o fluido passar apenas em uma direção, no qual


ele precisa superar a pressão exercida pela mola da válvula para avançar no
sistema. No sentido contrário o fluido não passa. Utilizado muitas vezes para isolar
uma seção do sistema ou um componente (PARKER HANNIFIN, 2011).
O anexo H demonstra uma válvula de retenção do tipo cartucho.

 Válvula Reguladora de Fluxo:

A válvula reguladora de fluxo tem por finalidade regular o fluxo que passa por
determinada linha do sistema hidráulico. Regulando a velocidade que um
determinado trabalho é realizado (RACINE HIDRÁULICA, 1977).
O anexo E exemplifica um modelo deste componente.
Com os fundamentos e a definição dos principais componentes de um circuito
hidráulico, o próximo item descreve a história dos elevadores, alguns modelos
presentes no mercado, bem como a definição de componentes de um ascensor.

2.3 PRINCÍPIOS DE ELEVADORES

Equipamento estacionário provido de cabine que se move verticalmente entre


as guias, destinados ao transporte de pessoas e cargas (DAL MONTE, 2000).
31
2.3.1 Origem do elevador

No século I a.C, arquiteto romano Vitruvius descreveu pela primeira vez o


princípio de uma plataforma suspensa dentro de uma cabine vertical para o
transporte de pessoas ou materiais pesados. Esta elevação era obtida utilizando um
contrapeso, que subia e descia sob o controle de uma roldana movida por uma
manivela do lado de fora da plataforma. Esses elevadores eram movidos por meio
da força humana (MEGA SUL ELEVADORES, 2012).
O primeiro elevador para carregar pessoas, que ficou conhecido foi o que o
rei Luís XV mandou instalar em 1743, no Palácio de Versalhes. Este ligava os seus
aposentos ao de sua amante, senhora de Châteauroux, no andar de baixo. Foi
utilizado um motor a vapor para mover os elevadores. Este motor era instalado no
teto e controlava o enrolar e desenrolar do cabo ao redor de um cilindro (PORTAC
ELEVADORES, 2016).
Em 1823 foi construído um elevador hidráulico para visitação de uma
plataforma que tinha capacidade de transportar aproximadamente 20 passageiros.
Já em 1830 foi desenvolvido o primeiro elevador com acionamento mecânico em
Derby na Inglaterra. Contudo, foi Sir William Thompson (1824-1907) que
desenvolveu o primeiro elevador hidráulico, porém seu sistema hidráulico não
envolvia motor elétrico e sim uma máquina a vapor (DAL MONTE, 2000).
Em 1853 nascia o elevador de segurança, como ficou conhecido naquela
época, Elisha Graves Otis criou e patenteou um dispositivo de segurança que
evitava a queda dos elevadores. Este equipamento demonstrou que ao ser cortado a
corda (como era utilizado naquele tempo) o elevador ao invés de cair, foi freado por
meio deste equipamento. Este dispositivo é utilizado atualmente, que é acionado
pelo o limitador de velocidade sempre que a cabine ultrapassar a velocidade pré-
determinada. Numa exibição ocorrida em Paris, em 1867, Leon Edoux apresentou o
primeiro elevador hidráulico de segurança que através de um sistema de correntes
fazia o looping na base do cilindro hidráulico (DAL MONTE, 2000).
O primeiro elevador hidráulico de segurança é exibido na figura 10.
32
Figura 10 - Primeiro elevador hidráulico de segurança

Fonte: DAL MONTE (2000).

O elevador hidráulico começou a perder mercado para os elevadores


elétricos em meados de 1898, pois este último modelo tem funcionamento por meio
de uma máquina de tração na qual desloca o sistema de cabos. Assim não
necessitava enterrar um cilindro no solo, o que inviabilizava sua utilização em
edifícios de grande porte (DAL MONTE, 2000).
. O modelo apresentado na figura 11 tem funcionamento por meio de dois
contrapesos (DAL MONTE, 2000).
33
Figura 11 Primeiro elevador movido a motor elétrico

Fonte: DAL MONTE (2000).

2.3.2 Componentes de um elevador hidráulico

A figura 12 representa os componentes principais utilizados num elevador


hidráulico típico, sendo estes detalhados a seguir.
34
Figura 12 – Componentes de um elevador hidráulico

Fonte: ROCIO GPE et AL. (2011).


35
 Operador de portas:

O operador de portas é aplicado para abertura e fechamento das portas da


cabine (ELEVATEC, 2016).

 Cabine:

A cabine é o local onde transporta as cargas, sendo projetada de acordo com


a capacidade prevista e o número máximo de passageiros (DAL MONTE, 2000).

 Freio de segurança:

O freio de segurança irá travar o elevador caso haja um rompimento do cabo


de tração, este será detalhado mais adiante.

 Cilindro hidráulico:

O cilindro hidráulico foi descrito anteriormente e será selecionado um modelo


no desenvolvimento do projeto.

 Cabo de tração:

Os cabos de tração são de grande importância, pois eles são responsáveis


em tracionar o elevador deslocando-o verticalmente (DAL MONTE, 2000).

 Mangueira hidráulica:

É por meio da mangueira hidráulica que o fluido hidráulico é transferido de um


equipamento para outro, sendo esta especificada por meio do diâmetro interno e a
máxima pressão exercida (PARKER HANNIFIN, 2011).

 Guia da cabine:

A guia da cabine é a estrutura que mantém a direção do movimento do


elevador (DAL MONTE, 2000).
36
 Suporte de fixação das guias à parede:

Suportes utilizados para fixar os trilhos à parede, são fixados por parafusos e
grampos forjados (TYSSENKRUPP, 2016).

 Caixa de Corrida:

A caixa de corrida é o local da edificação onde o elevador se move, sua


construção deve ser bem alinhada para que não haja problemas na instalação dos
suportes da fixação das guias (HYUNDAI ELEVATOR, 2013).

 Conjunto polia cilindro:

O Conjunto polia cilindro é responsável pelo deslocamento do elevador, estes


devem ser dimensionados de forma correta para obter maior velocidade e menor
consumo de energia (DAL MONTE, 2000).

 Estrutura de fixação da cabina:

Estrutura fixada ao cilindro hidráulico para a sustentação da cabina (AD


elevadores especiais, 2016).

 Quadro elétrico:

O quadro elétrico é responsável para acionar de forma ordenada todo o


conjunto hidráulico (MOREIRA,2012).

 Unidade hidráulica:

A Unidade Hidráulica é um conjunto de componentes hidráulicos que tem por


objetivo dar movimento e força a um determinado atuador. Nos elevadores
hidráulicos, este conjunto dará movimento ao cilindro hidráulico (RACINE
HIDRÁULICA, 1977).
37
 Amortecedor da cabine:

O amortecedor da cabine é um batente resilente que se encontra na parte


inferior do poço. Constituído de molas ou por sistema de fluidos, para retardar a
velocidade (DAL MONTE, 2000).
A próxima seção apresentará alguns modelos de elevadores.

2.3.3 Modelos de Elevadores

Existem diversos tipos de elevadores para passageiros, porém os mais


utilizados são os ascensores para construções que requerem grandes percursos, já
os ascensores hidráulicos são mais utilizados para residências com baixo número de
paradas e pouco espaço disponível para instalação (DAL MONTE, 2000).

 Elevador elétrico com máquina de tração com engrenagem:

Neste modelo os cabos são ligados ao conjunto polia e a cabine, ao ser


tracionado por meio da máquina de tração, o motor elétrico irá acionar um trem de
engrenagens que tracionará o cabo. Fazendo assim a roldana girar e
consequentemente movimentar o ascensor (HARRIS, 2016).
Para este tipo de elevador, geralmente a máquina de tração deve ser
instalada numa sala de máquinas, localizada acima da caixa de corrida do elevador.
Isto inviabiliza em muitos projetos residenciais, pois requer maior espaço para a
instalação (HYUNDAI ELEVATOR, 2013).
Na figura 13, o modelo de elevador elétrico com engrenagem, demonstra a
casa de máquina na parte superior.
38
Figura 13 – Elevador Elétrico com engrenagem

Fonte: HYUNDAI ELEVATOR (2013).

 Elevador elétrico com máquina de tração sem engrenagem:

A grande diferença para o com engrenagem é que neste modelo a máquina


de tração gira a roldana diretamente. Tornando a viagem mais suave e silenciosa,
além de ter uma maior eficiência energética, quando comparado ao modelo anterior
(HYUNDAI ELEVATOR, 2013).
Sua aplicação é para média e baixa velocidade, geralmente abaixo de
105m/min. Este também requer uma casa de máquina para sua instalação, ficando
como a mesma desvantagem citada anteriormente (HYUNDAI ELEVATOR, 2013).
A figura 14 mostra o sistema de transmissão de movimento de um elevador
sem engrenagem.
39
Figura 14 – Elevador elétrico sem engrenagem

Fonte: HYUNDAI ELEVATOR (2013).

 Elevador elétrico sem casa de máquinas:

Este modelo não requer um andar a mais para a instalação da máquina de


tração e seus componentes. Pois o sistema de tração do elevador é fixado no teto
da caixa de corrida. O modelo sem casa de máquinas é o mais utilizado no
momento, pois geralmente é sem engrenagem, obtendo vantagens por ser
silencioso e não utilizar uma sala de máquinas (HYUNDAI ELEVATOR, 2013).
A figura 15 exemplifica um modelo elétrico sem casa de máquina.
40
Figura 15 – Elevador elétrico sem casa de máquina

Fonte: HYUNDAI ELEVATOR (2013).

 Elevador hidráulico com ação direta:

Este ascensor funciona por meio de um sistema hidráulico, no qual existe um


motor elétrico que aciona a bomba hidráulica que força o fluido do tanque, por meio
de mangueiras hidráulicas, levando ao cilindro. Quando a válvula está na posição
aberta, o fluido de pressurização escoará pelo caminho de menor resistência,
retornando ao tanque de fluido. Mas quando a válvula está interligando ao cilindro
hidráulico, irá acionar o atuador para a posição de avanço ou de recuo. Conforme o
fluido entra no cilindro, a haste do cilindro irá avançar para cima, erguendo a cabine
do elevador. Assim que a cabine se aproxima do andar de parada solicitada, o
sistema de controle envia um sinal para mudar a posição da válvula direcional, de
forma que o elevador pare gradualmente. Se houverem vazamentos hidráulicos no
sistema, o elevador não se manterá parado na mesma posição. Entretanto se o
ascensor é acionado para descer, a válvula direcional é posicionada por meio do
comando CLP, para a posição inversa ao de avanço do atuador. No movimento de
descida o motor elétrico não é acionado, obtendo uma redução no consumo de
energia (HARRIS, 2016).
41
O modelo com um cilindro central é aplicado apenas para construções baixas,
pois requer aterramento de parte do cilindro hidráulico. Inviabilizando para locais
com número de paradas maior que quatro (DAL MONTE, 2000).
A figura 16 demonstra um modelo de ascensor hidráulico com ação direta.

Figura 16 – Elevador hidráulico com atuador central

Fonte: MEGASUL ELEVADORES (2016).

 Elevador hidráulico com ação indireta:

Este sistema diferencia do anterior por não precisar perfurar o solo para
fixação do cilindro. Eliminando assim problemas com águas subterrâneas e rochas.
Pois neste modelo o atuador é apoiado ao fundo do vão e instalado lateralmente a
cabine. Seu funcionamento é por meio de uma polia fixada na extremidade da haste
que transmite movimento para o cabo e este fixado na cabine do elevador. Desta
forma é obtido o dobro de velocidade e redução do comprimento do cilindro, quando
comparado ao modelo anterior (DAL MONTE, 2000).
A figura 17 exibe um modelo de sistema de transmissão por polia móvel.
42
Figura 17 - Elevador Hidráulico com ação indireta

Fonte: WITTUR (2016).

O próximo item irá explicar o funcionamento da transmissão de movimento


por meio das polias em elevadores hidráulicos de ação indireta.

2.4 SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR POLIAS

As polias são peças cilíndricas movimentadas pela rotação de seu eixo e pelo
elemento movido (cabo de aço, correias, entre outras). São determinadas pela forma
do cabo de aço na qual se assenta. A tabela abaixo demonstra alguns perfis de
polias existentes (MELCONIAN, 2008).
43
Quadro 1 – Quadro de polias

Fonte: AREIAS (2001).

Este elemento de máquina pode ser classificado em polia móvel ou polia fixa.

 Polia móvel

Na polia móvel o seu eixo não é fixo, o que lhe permite movimentos de
translação e rotação. A força motora é aplicada em sua periferia, enquanto a força
resistente é aplicada em seu eixo. Cada polia que for adicionada ao sistema, a força
é reduzida à metade. Entretanto, a cada adição de uma nova polia o tempo de
deslocamento do elevador irá diminuir (MAICON BECKER,2015).
44
Na figura 18 mostra um conjunto de polias.

Figura 18 - Polia móvel

Fonte: BARRETO e GRAVINA (2016).

 Polia fixa:

Na polia fixa é mancalizada seu eixo a um suporte fixo, permitindo que a força
atue apenas nas extremidades. Com isso, o único movimento livre é de rotação do
eixo da polia. As polias fixas têm função de apenas mudar a direção do movimento,
pois elas não modificam a força que será aplicada pelo cilindro hidráulico para
movimentar o ascensor hidráulico (MAICON BECKER,2015).
A figura 19 exibe uma polia fixa em uma estrutura.

Figura 19 - Polia fixa

Fonte: Próprio autor (2016).

As polias móveis são acopladas na extremidade da haste do cilindro


hidráulico. Porém esta haste quando muito extensa, deve-se observar a ocorrência
de flambagem. Este fenômeno será descrito na próxima seção.

2.5 FLAMBAGEM

A flambagem consiste em um fenômeno que quando uma peça sofrer ação


compressiva pode atingir o colapso por perda de estabilidade, chegando ao um
estado de limite último. Neste sentido a seleção dos elementos estruturais de uma
45
construção se baseia em três características como resistência, rigidez e estabilidade
(NORTON, 2013).
A falha ocorre repentinamente e sem avisos prévios, até mesmo nos materiais
dúcteis. Portanto, é uma das maneiras mais perigosas de falha de projeto. Como
numa coluna longa, que é o caso do cilindro hidráulico com longo curso, irá falhar
por flambagem quando a carga axial exceder o valor crítico. Muitas vezes, no
momento da flambagem, a tensão de compressão está abaixo da tensão de
escoamento do material. Por isso nestas colunas deve-se calcular a carga crítica. Na
qual a figura 20 demonstra uma coluna com forças de compressão atuantes
(NORTON, 2013).

Figura 20 - Flambagem em uma coluna de Euler

Fonte: NORTON (2013, p. 193).

Sendo neste caso:


o peso crítico

E o módulo de elasticidade ( )

I o momento de inércia
Lf o comprimento de flambagem
46
O momento de inércia ( é calculado por meio da equação abaixo:

Além do correto dimensionamento do cilindro hidráulico, deve-se


verificar o esforço físico que a estrutura da cabine possa sofrer. Este
tipo de tensão será explicado no próximo item.

2.6 TENSÕES EM VIGAS SUBMETIDAS À FLEXÃO PURA

Quando há um momento fletor constante numa determinada


viga, esta sofre uma flexão pura. A flexão ocorre nas regiões quando a
força de cisalhamento é zero (NORTON, 2013).
A figura 21 exemplifica uma viga simples sofrendo esforços de
flexão pura.

Figura 21 – Viga simples em flexão pura

Fonte: BUFFONI (2016).


47
Durante a flexão, parte da peça fica sujeita a solicitação de
compressão e parte sujeita à solicitação de tração. Ficando sujeitas às
tensões normais, as mesmas que aparecem quando há forças axiais
de compressão e tração. Ao considerar uma barra inicialmente
constituída de fibras retas de mesmo comprimento, estas fibras ficarão
deformadas conforme for o sentido do momento fletor (NORTON,
2013).
A figura 22 demonstra uma viga engastada em um lado sofrendo
flexão.

Figura 22 – Viga engastada sofrendo um momento fletor

Fonte: BUFFONI (2016).

Após descrever alguns dos esforços que o conjunto elevador


poderá sofrer, será explicado o freio de segurança exemplificando dois
modelos presentes no mercado.

2.7 FREIO DE SEGURANÇA

Em caso de rompimento do cabo ou algum outro motivo que


faça o elevador descer em alta velocidade, o freio de segurança
quando projetado corretamente irá travar o elevador (CASA DO
ELEVADOR, 2012).
Para um ascensor com ação indireta o freio de segurança só
pode atuar quando o elevador estiver descendo, o que deve parar o
elevador e manter na posição. Este equipamento é atuado a uma
48
velocidade correspondente à de atuação de um limitador de velocidade
para determinada aplicação (ASOCIACIÓN MERCOSUR DE
NORMALIZACIÓN, 2001).
Existem os freios de ação progressiva, os de ação instantânea
com efeito amortecido e os de ação instantânea para o contrapeso que
a velocidade de subida não ultrapasse a velocidade de 0,75m/s. Porém
se o carro tiver diversos freios de segurança, estes devem ser de ação
progressiva. Além disso, este equipamento de segurança deve ser
dimensionado por meio dos aspectos de operação segura do elevador,
relativos a guia e os valores encontrados na suspensão para
precauções contra queda livre. É proibido ser acionado por dispositivos
pneumáticos, elétricos ou hidráulicos (ASOCIACIÓN MERCOSUR DE
NORMALIZACIÓN, 2001).
A figura 23 exibe um modelo de freio de ação instantânea,
enquanto a figura 24 demonstra um modelo de ação progressivo.

Figura 23 – Freio de ação instantâneo com efeito amortecido

Fonte: RESSI (2016).

Figura 24 – Freio de segurança progressivo

Fonte: Próprio autor (2016).


49
Nas duas próximas seções serão descritos as normas utilizadas
ao longo deste projeto.

2.8 NORMA MERCOSUR – NM267:2001

A norma MERCOSUR – NM267:2001 é aplicada para instalação de


elevadores hidráulicos de passageiros. Com objetivo de definir regras de segurança
visando a proteger pessoas e objetos contra riscos de acidentes relacionados com
as operações do usuário, emergência e manutenção de elevadores (ASOCIACIÓN
MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN, 2001).
A Norma não somente trata dos requisitos de segurança como também os
essenciais, no entanto ela estabelece as regras mínimas para instalação de
elevadores nos edifícios/ residências. Requisitos técnicos existentes em alguns
países, para a construção, não podem ser ignorados (ASOCIACIÓN MERCOSUR
DE NORMALIZACIÓN, 2001).
A norma MERCOSUR – NM267:2001 estabelece somente os requisitos que
os materiais e o equipamento devem obedecer para ter um funcionamento seguro
do elevador (ASOCIACIÓN MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN, 2001).
Ao longo deste trabalho será descrito os requisitos desta norma para projetar
o sistema hidráulico, o atuador hidráulico, além dos cabos de tração e as polias de
transmissão mecânica.

2.9 NORMA NB14/1986

A norma NB14/1986 refere-se a projeto e execução de estruturas aço de


edifício e é fundamentada nos métodos dos estados limites fixas as exigências do
projeto. Na inspeção e execução de estrutura de aço para edifícios executados com
perfis soldados ou laminados e por ligações feitas com parafusos ou soldas
(NORMA N14/1986).
As recomendações da norma limita-se a edifícios destinados a habitação, uso
comercial, industrial e ao uso público. Não podendo ser utilizado para outras
estruturas. Portanto para reforços ou reparos de estruturas existentes, a aplicação
da norma pode exigir adaptação e estudos especiais para levar em conta a data da
construção, a qualidade e o tipo de materiais utilizados (NORMA N14/1986).
50
3 METODOLOGIA

Neste capítulo serão apresentados os critérios para o dimensionamento do


sistema hidráulico, a estrutura de sustentação, o sistema de transmissão de
movimento, além do cilindro hidráulico, que visa obter um projeto de um elevador
hidráulico com ação indireta. Todo o embasamento do projeto hidráulico será
baseado na norma MERCOSUR-NM267:2001.
Foi elaborado um fluxograma para a metodologia para melhor apresentação
dos itens descritos neste capítulo.

Figura 25 – Fluxograma da metodologia

Fonte: Próprio autor (2017).


51
3.1 SISTEMA HIDRÁULICO

Para o dimensionamento do sistema hidráulico será realizado um estudo do


funcionamento de um modelo de elevador existente, também serão descritos as
exigências da norma para projeção de um circuito hidráulico. A figura 26 representa
um circuito hidráulico de um elevador hidráulico presente no mercado.

Figura 26 – Circuito Hidráulico. (1) filtro de sucção (2) motor elétrico (3) bomba
hidráulica (4) válvula limitadora de pressão (5) válvula de retenção (6) válvula
direcional (7) válvula reguladora de fluxo (8) reservatório (9) tomada de pressão (10)
tomada de tanque

Fonte: JND HYDRALICS (2016).

Para explicar o circuito hidráulico, considerar o óleo entrando inicialmente


pelo filtro de sucção, pois o motor elétrico rotaciona a bomba hidráulica que por sua
vez succiona o óleo presente no reservatório. O componente 4 está sempre fechado
a menos que a pressão superar a pressão regulada do sistema, então esta válvula
abre e o fluido volta ao tanque. Com a válvula limitadora de pressão fechada e a
válvula direcional na posição fechada, o óleo é direcionado para a linha de pressão,
52
fazendo a haste do atuador hidráulico avançar. Quando o cilindro hidráulico estiver
recuando o fluido é direcionado para linha de retorno. Ao ser acionado para o
elevador descer, o componente 6 inverte a posição que está na figura 26. Assim o
óleo retorna para o tanque. Já o componente 7 têm a função de regular a velocidade
de descida do elevador. Pois esta válvula regula a restrição de óleo que retorna para
o reservatório.
Neste modelo de elevador hidráulico não há especificação de qual pressão
requerida. Então para isso foram pesquisadas quais as características mais comuns
a serem usadas para ascensores hidráulicos. O quadro 2 apresenta um estudo
realizado em 2016 por Dr. Ferhat ÇELIK e Dr. Banu KORBAHTI, referente a um
modelo de elevador hidráulico.

Quadro 2 - Dimensionamento hidráulico para um elevador para oito pessoas


Pressão do cilindro
[bar] Potência
Comprimento Diâmetro do Com Taxa de do
do cilindro cilindro capacidade Velocidade fluxo motor
[m] [mm] Vazio total [m/s] [l/min] [kw]
4,5 70 22,9 55,1 0,64 74 8,5
Fonte: Próprio autor (2016).

Por meio do estudo realizado por Dr. Ferhat ÇELIK e Dr. Banu KORBAHTI,
verifica-se que a pressão que pode ser utilizada para um elevador para oito pessoas
é de 55,1bar para uma capacidade máxima.
Através da equação da área de avanço é encontrado 38,48cm² de área do
êmbolo e por meio da equação da pressão, o valor resultante da força máxima de
aplicação é de 20.795N.
Então para um elevador com capacidade de 8 pessoas este terá capacidade
máxima de massa de 600kg. Pois de acordo com a norma MERCOSUR–
NM267:2001, cada indivíduo tem massa de 75kg. Por meio dessa informação e do
valor da massa resultante, é encontrado o valor de 1521kg referente a massa do
conjunto da cabine do elevador.
Por meio de estudos realizados pela empresa Hyundai Elevator, uma cabine
de um modelo atual e bastante presente no mercado brasileiro para transporte de
até 5 pessoas, têm massa aproximado de 820kg. Conforme tabela abaixo:
53
Quadro 3 - Capacidade de passageiros de elevador

Fonte: Adaptado de HYUNDAI ELEVATOR (2016).

A norma MERCOSUR-NM267:2001 exige que todos os componentes do


sistema hidráulico que estejam sujeito a pressão, devem ser apropriados ao fluido
hidráulico utilizado, sendo projetado de modo a evitar solicitações anormais
provocadas pela fixação, além de serem protegidos contra possíveis danos
mecânicos.
As mangueiras entre o cilindro e a válvula de acionamento de descida devem
resistir a uma pressão de 5 vezes a pressão da carga nominal, sem que ocorra
danos. Também é necessário prever uma válvula de isolamento entre a válvula de
comando de descida, válvula de retenção e o cilindro. Já a válvula de retenção deve
ser instalada entre a bomba e a válvula de isolamento. A válvula de retenção deve
ser capaz de manter a cabine do elevador parada com a carga nominal em qualquer
posição quando a pressão da bomba descer abaixo da pressão de trabalho
(ASOCIACIÓN MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN, 2001).
A válvula limitadora de pressão deve ser ajustada de modo a suportar a
pressão a 140% da pressão da carga nominal. Enquanto as válvulas de comando de
subida e descida devem ser fechadas eletricamente e sua abertura é por meio de
uma mola de compressão guiada por válvula e através da pressão hidráulica do
cilindro hidráulico. Já a válvula de queda deve ser projetada de modo que assegure
parar a cabine em movimento e manter parado na posição que elevador se
encontra. Esta deve ser acionada quando a velocidade de descida atingir a
velocidade nominal de descida mais 0,3m/s. Também é necessário prever uma
válvula de estrangulamento unidirecional ou bidirecional que no caso de vazamento
interno no sistema hidráulico, esta deve impedir que a velocidade do elevador em
movimento de descida exceda a velocidade projetada do carro mais 0,3m/s
(ASOCIACIÓN MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN, 2001).
54
O manômetro deve ser instalado entre a válvula de retenção ou a válvula de
descida e a válvula de isolamento de manômetro. O reservatório deve ser
dimensionado para fácil troca de fluído e fácil verificação de nível do óleo
(ASOCIACIÓN MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN, 2001).
A velocidade nominal de acionamento do elevador não pode ser maior que
1m/s, tanto para subida como para descida. Deve estar provido de uma válvula
manual, localizada na casa de máquina para caso de falta de energia, o elevador
possa ser baixado à parada mais próxima (ASOCIACIÓN MERCOSUR DE
NORMALIZACIÓN, 2001).
Será dimensionado um sistema hidráulico para um elevador residencial com
capacidade máxima de 4 indivíduos. Nesse será dimensionado e especificado cada
componente presente no circuito hidráulico.

3.2 CILINDRO HIDRÁULICO DE ACIONAMENTO

Nos ascensores hidráulicos o atuador hidráulico pode ser considerado um dos


componentes de maior importância para funcionamento do mecanismo do elevador.
Pois um dimensionamento ineficaz deste atuador, pode interferir em:
 Nas posições de paradas projetadas para determinada residência;
 Na capacidade máxima de carga que o cliente pretende;
 Se o cilindro necessita de uma pressão acima da capacidade da unidade
hidráulica, este pode se deslocar em uma velocidade reduzida a projetada
ou até não se deslocar;
 Se o modo de fixação do atuador não for bem projetado, este poderá
apresentar problemas no dia-dia de uso, devido a vibração da máquina.
A figura 27 mostra um modelo de cilindro hidráulico utilizado em ascensores
hidráulicos.
55
Figura 27 – Atuador para ascensor hidráulico

Fonte: GMV GROUP (2016).

Este modelo de atuador hidráulico é aplicável para elevadores residenciais


com até quatro paradas. Pois com número maior de paradas necessita de uma área
útil muito grande, tornando inviável este modelo (GMV GROUP, 2016).
O cilindro hidráulico apresentado na figura 27 tem fixação por flange
retangular em sua parte traseira e fixação por flange quadrado em sua parte
dianteira, de modo que o flange quadrado possa deslocar o conjunto polia que é
acoplado nele.
Para elevadores hidráulicos com número de paradas de cinco a oito, é
recomendado a utilização de cilindro telescópico. Pois este requer menor espaço
dentro da caixa de corrida, já que este pode se transformar em um estágio quando
recuado e diversos estágios quando avançado (GMV GROUP, 2016).
Cilindros telescópicos são compostos por vários cilindros montados um dentro
do outro. Assim com pequenos comprimentos de montagem podem atingir longos
cursos (HYDAC, 2016).
A figura 28 mostra um modelo de cilindro telescópico utilizado em elevadores
hidráulicos.
56
Figura 28 – Cilindro telescópico para ascensores hidráulicos

Fonte: GMV GROUP (2016).

A norma MERCOSUR-NM267:2001 considera que o cilindro e o êmbolo


devem ser projetados de modo que sujeitos a uma força que exerce uma pressão de
2,3 vezes a pressão da carga nominal, para que exista um coeficiente de segurança
de 1,7 relativamente a tensão de prova. Além disso, na parede e no fundo do cilindro
devem ser adicionados 1,0mm de espessura e 0,5mm de espessura nas paredes
dos êmbolos ocos.
O cilindro hidráulico sobre carga de tração deve ser dimensionado de modo
que sobre esforços de uma de uma pressão de 1,4 vezes a pressão carga nominal
seja assegurado um fator de segurança de pelo menos 2 em relação a tensão de
prova (ASOCIACIÓN MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN, 2001).
A norma especifica que para projetar elevadores de ação indireta, nenhuma
parte do sistema de guiamento da cabeça do êmbolo deve estar dentro do curso
vertical do teto da cabine. Além de serem previstos meios de parar o êmbolo com
amortecimento. Esta limitação de percurso deve ser através de um batente
amortecedor.
Será selecionado um cilindro hidráulico de simples ação, de modo que possa
atender a necessidade de carga de aproximadamente 1,1 toneladas, para uma
residência de quatro paradas. Também será dimensionada a melhor fixação deste
atuador hidráulico para a aplicação deste projeto.
57
3.3 CONCEITO MECÂNICO

O elevador hidráulico será concebido com a utilização de 4 polias de


sustentação e por meio de um cilindro de simples efeito que será instalado
lateralmente ao ascensor hidráulico. Com isso pretende-se obter um ganho de
espaço e velocidade maior de deslocamento, quando comparado ao modelo com
ação direta. A figura 29 representa o conceito mecânico do projeto do conjunto
elevador.

Figura 29 - Desenho esquemático do elevador

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).


58
3.4 ESTRUTURA DA CABINE

Será projetada uma estrutura com capacidade de sustentar a massa máxima


do elevador carregado (1120kg). De modo que as dimensões dos perfis das vigas
estão de acordo com o anexo O. Enquanto os limites de resistência dos materiais
estão representados no anexo P. Para cada viga selecionada será calculada o
momento máximo exercido, além das tensões de flexão, tração e equivalente. De
modo que suportem um coeficiente de segurança de 3 a 5. Este coeficiente está de
acordo com o que é utilizado na prática da produção de elevadores, já que a norma
MERCOSUR-NM267:2001 não especifica o coeficiente de segurança para a
estrutura de sustentação.
Os cálculos de momento fletor e tensão de flexão foram seguidos de acordo
com o referencial teórico e com as literaturas que abordam os assuntos tratados
(Norton, Groehs e Shigley).
A estrutura será toda soldada, assim para o dimensionamento do cordão de
solda será seguida a norma NB14/1986, na qual exige que altura máxima do cordão
de solda deva ser no máximo a menor das espessuras a serem soldadas Quanto a
base do cordão de solda a norma não determina que seja a mesma medida da altura
do cordão, poderá ter uma base maior que a altura do cordão de solda.
Será selecionado um dispositivo de içamento que será fixado aos cabos de
tração por meio de parafusos. Para o dimensionamento destes parafusos será
utilizado à literatura de Norton.
O dispositivo de içamento será selecionado de acordo com o anexo R. A
norma MERCOSUR-NM267:2001 também não especifica um coeficiente de
segurança específico para este dispositivo, porém será selecionado um dispositivo
com capacidade de carga bem maior que a massa máxima da cabine.

3.5 SISTEMA DE TRASNMISSÃO MECÂNICA

De acordo com a norma MERCOSUR - NM267:2001 a cabine e os pesos de


balanceamento devem ser suspensos por cabos de aços. Na qual o diâmetro
nominal do cabo deve ser no mínimo Ø8mm e a tensão de ruptura dos arames
devem ser 1570N/mm² ou 1770N/mm² para cabos de tensão única. Já para cabos
59
de tensão dupla a tensão para arames externos deve ser 1370N/mm² e para
externos 1770N/mm².
Esta norma também especifica o número mínimo de cabos por polias que
deve ser 3 por cilindros para o caso de ascensor de ação indireta, além de os cabos
devem ser independentes. Quanto à relação do diâmetro nominal do cabo e o
diâmetro primitivo da polia esta norma especifica que essa relação deve ser pelo
menos 40, independentemente do número de pernas. Além disso, o coeficiente de
segurança dos cabos deve ser pelo menos 12 (ASOCIACIÓN MERCOSUR DE
NORMALIZACIÓN, 2001).

Sendo:
o coeficiente de segurança

A junção entre o fixador do cabo e cabo deve resistir no mínimo 80% da carga
de ruptura mínima do cabo. Deve ser utilizado chumbador com metal patente, resina
ou do tipo cunha, para a fixação entre as extremidades dos cabos à cabine e aos
pontos de suspensão (ASOCIACIÓN MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN, 2001).
Existem diversos tipos de polias no mercado, contudo para esse projeto será
selecionado a polia em V múltipla. Pois esta pode movimentar mais de um cabo de
aço simultaneamente. Por isso a polia em V múltipla é a mais aplicada em sistema
de transmissão de elevadores. Garantindo maior segurança para o sistema
mecânico. A figura 30 demonstra um modelo de polia em V múltipla, utilizada em
elevadores.

Figura 30 – Polia em V múltipla

Fonte: EURO CORREIAS (2016).


60
4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Este capítulo trata do desenvolvimento do circuito hidráulico, do cilindro


hidráulico, da estrutura da cabine além do sistema de transmissão mecânica. Os
componentes da parte hidráulica foram selecionados de diversas empresas.

4.1PROJETO HIDRÁULICO

Primeiramente foi desenvolvido os cálculos para o dimensionamento do


sistema. Por meio das informações abaixo:

Massa do elevador= 820kg


Massa de 4 pessoas (conforme norma MERCOSUR – NM2007:2001) = 300kg
Massa do elevador carregado = 1120kg

Para o sistema representado na figura 31, a tração será igual a massa do


conjunto cabine do elevador. A polia móvel inserida na extremidade do cilindro irá
reduzir o curso do atuador pela metade, ou seja, de 9600mm para 4800mm.
Também irá reduzir pela metade a velocidade e o deslocamento da haste do cilindro.
Ou seja, irá se deslocar a 0,5m/s. Contudo, o atuador hidráulico necessitará
executar o dobro de força para que o elevador possa se locomover.
Com a presença da polia móvel, a força de avanço do cilindro hidráulico será
de 2240kgF.
O cilindro hidráulico foi projetado para simples efeito, com retorno da haste
por meio da gravidade. Assim não utilizando energia elétrica para o movimento de
recuo do atuador. Contudo sendo necessária a regulagem da vazão de retorno.
Velocidade de avanço do cilindro = 0,5m/s = 50cm/s
Curso do cilindro = 4800mm = 480cm
A figura 31 exemplifica melhor a descrição acima.
61
Figura 31 – Representação da polia móvel sofrendo tração

Fonte: Elaborada pelo autor (2017).

Para o cálculo da área da haste, foi primeiramente estimada uma bitola


comercial de 76,2mm para a haste do cilindro hidráulico. Porém para verificar se
esse atuador não sofreria a flambagem com o peso do conjunto elevador, foi
calculado o peso crítico que esta haste suportaria. Por meio da equação da área de
retorno descrita no referencial teórico foi calculado:

Onde o momento de inércia é calculado por meio da equação:

=
62
De acordo com o livro de Groehs, apêndice VII-1 o valor médio do módulo de
elasticidade do aço é N/cm².
O peso crítico é calculado por meio do livro de Groehs, página 4-11 equação
(4.3-1).

Como o peso crítico que a haste do cilindro suporta é maior que o peso que
ela necessitará executar, então esta bitola de haste está de acordo com a aplicação
do sistema.

O diâmetro do êmbolo foi escolhido uma bitola comercial de 101,6mm. Então


a área de avanço foi calculada, através da equação descrita no referencial teórico.

O cilindro hidráulico dimensionado será um modelo especial, não presente em


catálogos comerciais, porém produzido quando solicitado.
A pressão necessária para movimentar o sistema é calculada por meio da
equação descrita no referencial teórico.

A vazão de avanço é:
63

Sendo:
Va é a velocidade de avanço ( )

= 4,05l/s

Isto equivale a 243l/min.


Para a escolha do motor elétrico, foi primeiramente calculado a potência
necessária para o funcionamento deste sistema.

Sendo:
é a potência

O deslocamento volumétrico da bomba foi calculado utilizando a equação


abaixo:

Sendo:

o deslocamento volumétrico da bomba ( )

A rotação de 1775RPM equivale a um motor WEG de IV polos de 20HP. A


qual atende para o funcionamento do sistema. Além do motor elétrico de 4 polos ser
mais silencioso que o de 2 polos, sendo então o mais apropriado para residências. A
especificação do motor segue no Anexo A.
O diâmetro da tubulação para o acionamento do cilindro hidráulico foi
dimensionado por meio das equações sugeridas no manual Racine (1977). Onde a
64
velocidade de óleo na tubulação é 2m/s, que é a mais recomendada para esta
aplicação.

Sendo:
a área da tubulação
o diâmetro interno da tubulação
a velocidade do óleo na tubulação

O diâmetro comercial mais próximo é diâmetro externo de 60,3mm com


parede de 3,00mm. Foram utilizadas tubulações ao invés de mangueiras hidráulicas
por serem mais rígidas. Pois nessas tubulações irão passar uma grande vazão de
fluído. O catálogo da tubulação utilizada se encontra no anexo B. Para a tubulação
de retorno o diâmetro dimensionado foi 8mm, pois nesta tubulação irá passar uma
vazão muito pequena de óleo, já que o acionamento desta tubulação será aplicada
apenas para abrir as válvulas de retenção para o cilindro e a válvula de queda.

4.1.1 Circuito Hidráulico

A partir do desenvolvimento dos cálculos do sistema foi projetado o circuito


hidráulico. Também foi especificado cada componente desse sistema. Os catálogos
dos componentes estão nos anexos. O quadro 4 relaciona os componentes
especificados para o circuito hidráulico projetado.
65
Quadro 4 - Lista de componentes

Fonte: Elaborada pelo autor (2017).

A figura 32 representa o circuito hidráulico do projeto do elevador hidráulico,


na qual todo seu funcionamento será descrito logo abaixo da figura.
66
Figura 32 - Circuito hidráulico do elevador

Fonte: Elaborada pelo autor (2017).

Ao acionar o ascensor para subir, o motor elétrico irá começar a funcionar


com uma rotação de 1775RPM, acionando a bomba de palhetas. Essa irá succionar
o fluido hidráulico presente no reservatório. Foi selecionado uma bomba de palhetas
67
ao invés de uma bomba pistão por ter um custo menor quando comparado a de
pistão.
A válvula de retenção (item 10) deixará livre passagem de óleo apenas no
sentido de avanço do cilindro, evitando retornar óleo para a bomba quando for
acionado para o elevador descer. O manômetro irá medir a pressão do sistema,
sendo a pressão máxima do sistema igual a 2,7MPa. Se o sistema ultrapassar essa
determinada pressão, a válvula reguladora de pressão (item 4) irá abrir liberando
óleo para o reservatório. Consequentemente regularizando a pressão do sistema.
A válvula reguladora de fluxo tem a função de controlar a vazão de óleo no
avanço do cilindro (item 8.2) e regular a vazão de óleo no retorno do cilindro (item
8.1). Com isso, esta válvula também controlará a velocidade de avanço e recuo do
cilindro. Agindo diretamente na velocidade do elevador.
A válvula de solenoide (item 9) série 4WEH são responsáveis em alterar o
sentido do fluido no sistema. Modificando o movimento de avanço do cilindro para o
movimento de recuo e o inverso também. Pois se esta válvula estiver na posição 1
da figura 32, o elevador estará descendo. Se estiver na posição 2 o ascensor
hidráulico estará subindo. Porém quando a válvula está na posição central, o
sistema hidráulico estará apenas trabalhando em “off”.
A válvula reguladora de pressão que está regulada a 1,2MPa obtém um
controle da pressão de descida para não gerar aquecimento e gerar menor gasto de
energia para o sistema.
Como o elevador em questão não será utilizado diversas horas sem parar,
então o óleo hidráulico não irá superaquecer. Não necessitando de um trocador de
calor.
O filtro de retorno evitará que entre partículas sólidas no sistema hidráulico,
que poderiam danifica-lo. No entanto, se o item 11 estiver saturado, ele aumenta a
perda de pressão do sistema além de não evitar que entre partículas sólidas no
circuito hidráulico.
O reservatório hidráulico foi projetado com capacidade de 874l, com intuito de
suportar uma média de 3 vezes a vazão do sistema, sendo a vazão projetada igual
243l/min. Para o projeto do reservatório foi utilizado como referência o anexo J,
neste o fornecedor projeta um tanque de óleo com capacidade média de 228 litros a
mais que o descrito. Como o tanque não pode ser totalmente preenchido com fluído,
então se projeta um volume maior que o especificado.
68
Utilizado como referência o desenho do anexo J, foi projetado um reservatório
com medidas (A= 860mm, B = 770mm e C = 1320mm) totalizando um volume de
mm³. Com isso obtém um volume de 874 litros.
A norma MERCOSUR-NM267:2001 exige que seja inserida a válvula de
queda. Este componente tem a função de travar o movimento da haste do cilindro se
o atuador ultrapassar a velocidade limite ou romper uma tubulação. Pois esta válvula
funciona como uma válvula de retenção quando acionada, interrompendo a
passagem de óleo do cilindro hidráulico para o tanque. A válvula selecionada está
especificada no anexo Q.

4.1.2 Cilindro Hidráulico

Para a seleção correta do atuador hidráulico foi primeiramente realizado o


cálculo de flambagem da haste do cilindro. No qual foi verificado que a bitola de
76,2mm atendia a necessidade. Então foram pesquisadas medidas padrões de
mercado para a o êmbolo do cilindro.
Foi escolhido um cilindro do tipo Mobil, que é um modelo de cilindro mais
utilizado para médios e longos cursos além de não necessitar de tirantes, assim
ocupando um menor volume na caixa de corrida quando comparado ao cilindro do
tipo JIC. Pois o modelo JIC requer no mínimo 4 tirantes externos, aumentando seu
volume, além do modelo JIC ser mais utilizado em pequenos e médios cursos.
A fixação do cilindro foi selecionada com flange quadrado traseiro, conforme
anexo N. Poderia escolher também as opções de flange redondo traseiro ou flange
retangular traseiro, contudo a fixação quadrada requer menor área útil na caixa de
corrida.
No catálogo do fornecedor de cilindro hidráulico (anexo N) são dadas as cotas
principais do atuador hidráulico. Foi observado que área do flange quadrado é igual
a 0,0256m² enquanto dos flanges retangular e redondo a áreas são iguais a 0.026m²
e 0,038m² respectivamente.
Apesar da pressão do sistema ser de 2,7MPa foi selecionado um cilindro de
acordo com anexo N que suportasse 7,0MPa. Pois como descrito na metodologia a
norma MERCOSUR-NM267:2001 requer que o atuador hidráulico suporte 2,3 vezes
a mais que a pressão do sistema. Com isto também atende o requerimento da
69
norma quando diz que o cilindro sob carga de tração deve ser dimensionado de
modo que sobre esforços de uma pressão de 1,4 vezes a pressão de carga nominal.
A norma MERCOSUR-NM267:2001 requer meios previstos para parar o
êmbolo com amortecimento. Então o cilindro hidráulico foi selecionado com
amortecimento no fim de curso, apesar da figura 33 ser um atuador de dupla ação o
sistema de amortecimento tem o mesmo funcionamento de cilindro de simples ação.
Pois este amortecimento é um pequeno orifício para uma passagem de óleo com a
vazão regulada no movimento de recuo do cilindro hidráulico. Assim existe uma
frenagem hidráulica, evitando um choque no fim de curso.
A figura 33 demonstra um cilindro hidráulico com sistema de amortecimento
no flange traseiro.

Figura 33 – Cilindro hidráulico com amortecimento

Fonte: ACUÑA (2009).

4.2 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DE SUSTENTAÇÃO DA CABINE

A estrutura da cabine foi projetada utilizando perfis comerciais de aço e


uniões soldadas. A partir da estrutura é possível fixar todos acessórios, materiais de
acabamento, sistema elétrico e sistemas de segurança que o elevador necessita.
A figura 34 e 35 exibe o projeto estrutural da cabine do elevador. Foi utilizado
viga de 76,2mm (3 polegadas) nas colunas laterais e viga inferior, enquanto na viga
70
superior foi utilizado 203,2mm (8 polegadas). Além disso, o dispositivo de içamento
foi fixado na viga superior, sendo importante utilizar uma viga com maior espessura.

Figura 34 - Estrutura da cabine

Fonte: Elaborada pelo autor (2017).


71
Figura 35 - Projeto da estrutura de sustentação

Fonte: Elaborada pelo autor (2017).

Todas as vigas foram selecionadas com perfil “U” e aço ASTM A36. Para a
chapa da plataforma do elevador também foi escolhida o mesmo aço. A norma
MERCOSUR - NM267:2001 não especifica o coeficiente de segurança para
dimensionamento da estrutura. Porém, de acordo com alguns especialistas da área,
as empresas utilizam em média coeficiente no valor de 3 à 5.

 Dimensionamento da viga “U” superior:

O dimensionamento desta viga será sobre flexão, sendo que a massa total
que esta viga suportará é de 1120kg que corresponde a massa do elevador
carregado.
A viga superior é fixada às vigas laterais da cabine do elevador por solda
elétrica e na parte central é fixado o cabo de aço responsável por transmitir o
movimento e sustentar integralmente a cabine. O valor total da carga é divido pelas
extremidades, sendo que cada uma suportará 560kg.
72
Foi selecionada a viga com perfil “U” de 203,2mm (8 polegadas) que de
acordo com o anexo O os valores do momento de inércia e o eixo baricentro são:

I= xviga=
Sendo:
xviga é a distância ao eixo baricentro em relação ao eixo x da viga

O momento máximo de flexão foi calculado por meio do livro GROEHS (2014)
apêndice II-5 caso 18:

Sendo:
o momento máximo (kNm)
Mtotal a massa máxima do elevador (kgF)

A tensão de flexão:

Sendo:
é a tensão de flexão aplicada na viga

Esta viga também sofre tensão de cisalhamento que é calculada por meio do
livro GROEHS (2014) no capítulo 2, página 7:

σc saha e to

Sendo:
é a tensão de cisalhamento aplicada na viga
é área da viga
73
A tensão equivalente entre as duas tensões geradas na viga superior é
calculada por meio do método de von Mises (GROEHS 2014 capítulo 5 página 32
equação 5.11-8).

Sendo:
a tensão equivalente

De acordo com o catálogo do anexo P, a tensão de escoamento do aço


ASTM A36 vale 250MPa. Assim, a tensão do material selecionado suporta a tensão
equivalente que esta viga esta submetida, com um coeficiente de segurança maior
do que 5.

 Dimensionamento da viga “U” lateral:

Esta viga sofre esforço axial, pois é tracionada pela viga superior e pela base
da plataforma. Por serem duas vigas laterais, estas precisam realizar uma força no
valor da metade do peso do elevador com capacidade máxima (F=5491,724N). Foi
utilizada a viga com bitola 76,2mm (3 polegadas) com área de contato igual a
0,078m².

σc saha e to=

A viga lateral também sofre esforço de flexão, calculada por meio do apêndice
II, caso 19 do livro GROEHS (2014).
74

= 70,6MPa

Sendo:
a carga distribuída ( )

A tensão equivalente também é calculada pelo método de von Mises como


descrito anteriormente.

Como a tensão de escoamento do material é 250MPa, a bitola de 76,2mm irá


suportar a tensão aplicada que a viga lateral irá sofrer. Obtendo um coeficiente de
segurança de 3,5 e ficando dentro da margem de segurança descrita anteriormente.

 Base da plataforma:

Para a plataforma foi selecionada uma chapa de aço de 12,5mm que é uma
espessura comercial. A chapa terá uma força concentrada em cada extremidade no
valor igual a 5491,724N, que referem as forças que vigas laterais irão exercer. A
chapa será uma carga uniformemente distribuída, com secção retangular
(1292mmx1060mm) engastada no lado maior.
De acordo com o livro GROEHS (2014) no apêndice II-6, o caso 19 é
semelhante ao aplicado, então:
75

Seguindo este mesmo livro, capítulo 7 na página 41, o caso 19 é semelhante


ao aplicado. No entanto para aplicação deste caso é engastada no lado “b”, além de
o lado “a” ser maior que o lado “b”, portanto:

Sendo:
a razão entre ( )

Como as vigas, esta chapa também sofre tensão de cisalhamento, calculada


por:

σc saha e to

A tensão equivalente também é calculada por von Mises:

Então a tensão aplicada é menor que a tensão do material. Não foi


selecionada uma chapa de menor espessura por não atender a margem de
segurança especificada anteriormente.
76

55,27MPa < 250MPa

 Dimensionamento da viga “U” inferior:

Esta viga está engastada nas duas extremidades, sofrendo uma força
aplicada de 5491,724N em seu centro. Foi selecionada a bitola de 76,2mm (3
polegadas) do anexo O.
O momento máximo é calculado de acordo com o livro GROEHS (2014) no
apêndice II-5, o caso 18 é equivalente ao aplicado, então:

A tensão de flexão é:

σfle o

O esforço de cisalhamento é calculado por:

σc saha e to

Utilizando o método de von Mises é calculado a tensão equivalente:


77

Assim verifica-se que a viga selecionada suporta o esforço aplicado, com um


coeficiente de segurança até maior que o especificado. Entretanto a viga de 76,2mm
é a menor viga comercial.

39,42MPa < 250MPa

 Dispositivo de içamento do elevador:

Este foi selecionado um modelo que suporta 16 toneladas, modelo VRBG16t,


que se encontra no anexo R. Assim se obtém um coeficiente de segurança igual
14,3, já que a massa total a ser suportado é 1120kg.
Para fixação deste modelo de içamento foram utilizados parafusos
M30X3,5X90mm classe 8.8. Para a seleção dos parafusos foram realizados os
seguintes cálculos:
Escoamento sob tração:
Para esses cálculos foi utilizado como referência o livro NORTON (2013)
páginas 890 e 891.

Sendo:
é a tensão de escoamento sob tração
é a área de tração do parafuso

De acordo com a tabela 15-7 deste livro na página 882 a resistência mínima
de escoamento para o modelo de parafuso selecionado é igual a 660MPa. Então a
força admissível para escoamento sob tração é igual:
78

Assim verifica-se que a força admissível é bem maior que a força aplicada,
tornando-o seguro sob essa aplicação.

Fadmissível>Faplicada

>1,1 N

Escoamento sob cisalhamento:


Para esses cálculos foi utilizado como referência o livro NORTON (2013)
páginas 874 e 875. Assim a força admissível sob cisalhamento é igual:

Sendo:
é a tensão de escoamento sob cisalhamento

Assim verifica-se que a força admissível para escoamento sob cisalhamento é


19 vezes maior que a força aplicada.

Ruptura por torção:


Para esse tipo de esforço foi utilizado a página 876 do livro NORTON (2013).

Sendo:
é a tensão de ruptura sob torção

A resistência mínima à tração é igual a 830MPa, assim a força admissível sob


esforço à ruptura de torção é igual:
79

Verificou-se que o parafuso selecionado suporta os esforços de torção.


Foi calculado também o torque de aperto que o fixador deve receber. Para
esse dimensionamento também foi utilizado o livro NORTON (2013) página 876. A
resistência mínima de prova é igual a 600MPa, de acordo com tabela 15-7 na página
882, já o fator Kp que é a aplicação dos parafusos sem a lubrificação é igual a 0,2,
de acordo com a página 905.

A força de pré-carga é igual:

Assim o torque de aperto é:

Sendo:
é a força de pré-carga
é o torque de aperto do parafuso
é o fator sem lubrificação
é o diâmetro nominal do parafuso
é a resistência mínima de prova
80
4.2.1 Dimensionamento dos cordões de solda

Primeiramente foram nomeados os cordões de solda conforme figura 36.


Podendo assim dimensionar e selecionar o metal base para cada um.

Figura 36 - Aplicação dos cordões de solda

Fonte: Elaborada pelo autor (2017).

Nos cordões A,B,C e D foram utilizados no projeto o mesmo metal base E60.
Cada um destes cordões precisam suportar 5491,72N.
De acordo com a norma N14/1986, a altura do cordão de solda deve ser no
máximo a menor das espessuras entre as duas estruturas que serão soldadas.
Nesta aplicação a menor das espessuras será da viga de 76,2mm (3 polegadas)
com espessura igual a 4,32mm (0,17in) conforme anexo O. Assim a altura do cordão
(hc=4,0mm) e a base (bc=4,0mm). Os comprimentos dos cordões de solda para o
cordão A será conforme figura 37 e o comprimento total igual a 124,68mm.
81
Figura 37 - Comprimento dos cordões com dimensões em (mm)

Fonte: Elaborada pelo autor (2017).

Primeiramente foi calculado o momento máximo que ocorre entre a viga


lateral e a superior. Para o desenvolvimento desse cálculo foi utilizado o livro
GROEHS (2014) capítulo 1 página 30. Pois a estrutura do elevador também é um
pórtico, podendo utilizar o momento máximo calculado na equação V da página 30.

Sendo:
é peso total do elevador (N)
é o comprimento da viga superior
é o momento de inércia da viga superior ( )
é o comprimento da viga lateral
82
é o momento de inércia na viga lateral ( )

Este cordão irá sofrer tensão de tração e cisalhamento, assim foram


calculadas essas duas tensões aplicadas na solda e posteriormente calculada a
tensão equivalente entre elas pelo método de von Mises.
As propriedades dos cordões A e B são:

hc = 4mm bc=4mm dc=124,68mm


Sendo:
hc a altura do cordão de solda (mm)
bc a base do cordão de solda (mm)
dc o comprimento do cordão de solda (mm)

De acordo com o livro SHIGLEY (2005) página 460 na tabela 9-2. O caso 6 se
assemelha ao aplicado, então:

1,93
Sendo:
a distância ao eixo baricentro do cordão
o segundo momento de área unitário

O momento de inércia secundário é calculado por meio da equação c da


página 458, deste mesmo livro.

Sendo:
o momento de inércia secundário
83
A tensão nominal de garganta é calculada por meio da equação da página
458 do livro SHIGLEY (2005).

Para o cisalhamento, o segundo momento polar para área unitária é calculado


com base neste mesmo livro na página 456 tabela 9-1.

Sendo:
o segundo momento de inércia secundário

O segundo momento polar de área do grupo de solda ao redor do centróide é


calculado por meio da equação 9-6, na página 455 do livro SHIGLEY (2005).

Sendo:
o segundo momento polar de área

A tensão cisalhante está de acordo com a página 453 equação 9-5 deste
mesmo livro.

A tensão equivalente entre as duas tensões geradas na solda destes cordões


é calculada por meio do livro GROEHS (2014) capítulo 5 página 32 equação 5.11-

8.
84

A tensão admissível de tração e cisalhamento desta solda é extraída da


página 461 tabela 9-3, SHIGLEY (2005).

Sendo:
a tensão admissível de tração
a tensão admissível de cisalhamento

Assim verifica-se que as dimensões destes cordões de solda A e B estão com


um coeficiente de segurança bastante satisfatório. Consequentemente os cordões C
e D poderão utilizar as mesmas dimensões.
Os cordões E e F, irão suportar apenas as flexões que a viga inferior possa
sofrer, além do peso da viga inferior. O momento máximo nesse caso já foi calculado
para o dimensionamento desta viga (Mmáx=1,775kNm). Utilizando o livro SHIGLEY
(2005) página 459 tabela 9-2, o caso 1 corresponde ao aplicado.

Foram dimensionados os cordões de solda como:

dc=2584mm (pois será soldado um cordão em cada lado da viga, com o


comprimento da viga inferior)
hc =4mm
85

O momento de inércia secundário para flexão e a tensão de flexão são


calculados por meio das mesmas equações descritas anteriormente.

As propriedades torcionais (cisalhamento) são calculadas por meio do caso 1


na tabela 9-1, da página 455.

O momento de inércia secundário para flexão, a tensão de flexão e a tensão


equivalente pelo método von Mises, são calculados por meio das mesmas equações
descritas anteriormente.
86

Foi utilizado o metal base E60, assim a tensão admissível de flexão e a


tensão admissível para cisalhamento, foram calculadas utilizando as mesmas
equações já descritas.

Logo, as dimensões dos cordões estão com um resultado satisfatório com a


aplicação.

4.3 DIMENSIONAMENTO DOS CABOS DE TRAÇÃO E POLIAS

Neste capítulo será descrito os cálculos para o dimensionamento dos cabos e


polias utilizados no sistema de transmissão mecânica. Os cabos e polias
selecionados se encontram nos anexos L e M respectivamente.

4.3.1 Cabos de tração

Como foi descrito na metodologia, o cabo de aço sofre esforços de tração e


compressão com a massa do elevador. Para isso foi considerado que a carga
máxima que o cabo irá sofrer será igual à capacidade máxima de carga do elevador
10983,45N dividido por 5, pois cada polia escolhida tem capacidade de suportar 5
cabos simultaneamente.
Como descrito na metodologia, o coeficiente de segurança dos cabos deve
ser pelo menos 12 vezes maior que carga máxima que o cabo suportará.

Então a carga mínima de ruptura do cabo deve ser maior que 26360,27N.
87
De acordo com o anexo L, um cabo com diâmetro de 8mm pode atender a
necessidade. Além da norma MERCOSUR-NM267:2001 exigir que o diâmetro
mínimo do cabo seja 8mm. Com esse diâmetro a carga mínima de ruptura seria
28047,02N.

4.3.2 Polias

A Norma MERCOSUR-NM267:2001 requisita que o diâmetro da polia deve


ser 40 vezes maior que o diâmetro do cabo de aço. Com isso o diâmetro da polia
deve ser no mínimo 320mm.
De acordo com o anexo M, existe no mercado a polia com diâmetro de
320mm com 5 canais para cabo de 5/16 polegadas (7,94mm). Com isso pode
movimentar 5 cabos de aço simultaneamente. Cada polia pode suportar máxima
carga estática de 25497,29N, obtendo uma considerável margem de segurança.
88
5 CONCLUSÃO

Através do estudo e desenvolvimento deste projeto foi possível demonstrar


uma opção de elevador hidráulico com ação indireta para atender locais que não
comportem casa de máquinas e requerem baixo número de paradas.
O circuito hidráulico atendeu a segurança requerida, pois foi inserida a válvula
reguladora de pressão (item 4.1) da figura 32 que regula a pressão de trabalho do
sistema, evitando eventuais picos de pressão que a bomba possa ter. Também
foram inseridas as válvulas de queda (item 14) e a retenção (item 7) da figura 32
para o cilindro que irá reter a passagem de óleo, caso o deslocamento da haste do
cilindro ultrapasse a velocidade de 1m/s.
Vale ressaltar que se ocorrer um problema de funcionamento de todos os
itens de segurança do sistema hidráulico, o elevador não irá despencar. O freio de
segurança progressivo deve ser instalado, pois como descrito no referencial teórico
irá atuar se a velocidade de deslocamento estiver fora da regulamentada, freando o
elevador de forma progressiva e não instantânea. No entanto este equipamento de
segurança deve ser utilizado em último caso, pois danificará diversas peças do
ascensor, principalmente as guias.
Toda a estrutura de sustentação da cabine foi dimensionada com um
coeficiente de segurança acima de 3,5 vezes maior que a carga máxima do
elevador. Apesar da norma MERCOSUR-NM267:2001, não especificar um
coeficiente, foram selecionadas vigas, chapas de aço e dimensões dos cordões de
solda que suportem uma carga mais elevada que a aplicada.
O dispositivo de içamento selecionado tem capacidade de sustentar a carga
de . Porém os parafusos utilizados pelo fornecedor tem capacidade de
sustentar uma carga de aproximadamente para escoamento sob tração
e para escoamento sob cisalhamento, conforme calculado no
desenvolvimento do projeto.
Os cabos de tração e as polias de movimentação estão de acordo com
norma MERCOSUR-NM267:2001, na qual exige uma capacidade de sustentação 12
vezes maior que a carga aplicada para os cabos e uma polia com diâmetro 40 vezes
maior que o diâmetro do cabo utilizado.
89
Logo, este trabalho pode contribuir para empresas ou pessoas. Podendo
auxiliar em futuros estudos e projetos de elevadores hidráulicos residenciais, ou até
mesmo elevadores de carga movidos por meio da hidráulica.

5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como sugestões para futuros trabalhos poderiam ser projetado e


dimensionado alguns equipamentos e estrutura da cabine, tais como:
a) Projetar o freio progressivo do elevador, realizando cálculos de estática;
b) Projetar e selecionar o painel e o comando de acionamento do elevador;
c) Projetar e especificar as paredes, a porta móvel e a caixa de corrida desta
porta móvel;
d) Projetar o corrimão interno da cabine, a fim de transmitir maior segurança;
e) Programar o comando CLP do sistema hidráulico;
f) Análise de custos do projeto;
90
REFERÊNCIAS

ABNT. NB-14: Projeto de execução de estruturas de aço de edifícios (método dos


estados e limites). 1986. 129 f. Brasil, 1986.

ACUÑA, Max Suell Dutra Hernán Gonzalez. Módulo de Óleo-pneumática. 2009. 91


f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Mecatrônica, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
<http://slideplayer.com.br/slide/356237/>. Acesso em: 07 fev. 2017.

AD, Elevadores Especiais. Entenda o funcionamento do elevador hidráulico.


Porto Alegre, 2016. Disponível em:
<http://www.adelevadores.com.br/produtos/elevadores-residenciais/>. Acesso em:
18 de agosto de [2016].

AG, Bosch Rexroth. Check-Q-meter FD: RE 27551. 2015. 12 f. Alemanha, 2015

AMN. Elevadores Hidráulicos de Passageiros - Requisitos de segurança para


construção e instalação: NM 267:2001. 2001. 224 f. Asociación Mercosur de
Normalizaón, Uruguai, 2001.

ANTONIO, João. APOSTILA DE TSA: Hidráulica, Pneumática, Noções de


Comandos Elétricos, Eletropneumatica e Eletrohidraulica. 2012. 95 f. Monografia
(Especialização) - Curso de Engenharia Mecânica, Etec Fernando Prestes, Brasil,
2012.

ARAMES, Belgo Bekaert. Cabo de Aço para Elevadores. 2 f. Brasil, 2016.


Disponível em: <http://www.belgobekaert.com.br/produtos/paginas/Cabo-de-Aco-
para-Elevadores.aspx>. Acesso em: 13 jan. 2017.

AREAIS, Marco Antonio. ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1: Catálogo 19. Elaborado


pela diretoria de Educação Regional do SENAI - PR. Através do LABTEC –
Laboratório de Tecnologia Educacional. ed Lucio Suckow Diagramação José Maria
Gorosito. Curtiba, 2001.
91
BARRETO, Marina Menna; GRAVINA, Maria Alice. ROLDANAS. 2016. 3 f.
Monografia (Especialização) - Curso de Matemática, Ufrgs, Brasil, 2016. Disponível
em:<http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/atividades_diversas/ativ18/roldana/roldana.
htm>. Acesso em: 29 set. 2016

BECKER, Maicon; OLIVEIRA, Marcos Antonio de Lima; POMIN,


Mauricio. POLIAS. 2015. 20 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia
Mecânica, Universidade Tuiuti do ParanÁ, Curitiba, 2015.

BUFFONI, Salete. Tensões de Flexão nas Vigas. Universidade Federal


Fluminense, Volta Redonda, 2016. Disponível em:
<http://www.professores.uff.br/salete/res1/aula11.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2016

CBSA. Tabela: Comparativo de composição química e propriedades mecânicas


de aços ASTM. 1 f. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: <http://www.cbca-
acobrasil.org.br/site/construcao-em-aco-acos-estruturais.php>. Acesso em: 20 fev.
2017.

CHAGAS, Gil Magno Portal; ALEXANDRE, Carlos Roberto; FONTANIVE, Marlon


Vito. PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM
FABRICAÇÃO MECÂNICA. 2014. 80 f. TCC (Graduação) - Curso Superior de
Tecnologia em Fabricação Mecânica, Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina, Jaraguá do Sul, 2014.

CORREIRAS, Euro. Polia Trapezional. 2016. Portugal, 2016. Disponível em:


<http://www.eurocorreias.pt/produtos.php?prod=9>. Acesso em: 29 set. 2016.

DAL MONTE, P. Elevadores e Escadas Rolantes. 1. ed. Rio de Janeiro: Tavares


Tristão, 2000.

DRAPINSKI, Janusz. Hidráulica e pneumática industrial e móvel: Elementos e


Manutenção. 1. ed. São Paulo: McGRAW-HILL do Brasil, 1977.

EDUCAÇÃO, Secretaria. Terremotos. Paraná, 2017. Disponível em:


<http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=27
6>. Acesso em: 12 abr. 2017.
92
ELEVADOR, Casa. FREIO DE SEGURANÇA. 2012. Brasil, 2012. Disponível em:
<http://www.casadoelevador.com.br/freio_seg.htm>. Acesso em: 12 out. 2016.

ELEVADORES, Megasul. Origem do Elevador. Balneário Camburiú, 2011.


Disponível em:
<http://megasulelevadores.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html>. Acesso em:
09 ago. 2016.

ELEVADORES, Portac. Conheça a história do elevador. São José dos Pinhais,


2016. Disponível em: <http://www.portac.com.br/historia-do-elevador.html>. Acesso
em: 12 abr. 2017.

ELEVATEC. Dados técnicos sobre a plataforma de elevação. Santos, 2016.


Disponível em: <http://www.elevatec.com.br/modernizacao.htm>. Acesso em: 18
ago. 2016.

FÊNIX. Física: Pressão Atmosférica e Pressão Barométrica. 2010. 2 f.


Monografia, Brasil 2010. Disponível em:
<http://fenixspf.blogspot.com.br/2010/06/fisica-pressao-atmosferica-e-pressao.html>.
Acesso em: 15 set. 2016.

FERREIRA, Dario Magno Batista. Apostila: Noções de Hidráulica. 2016. 82 f.,


Brasil, 2016. Cap. 2. Disponível em: <ftp://ftp.cefetes.br/cursos/Mecanica/Dario -
IEE7/Apostila de Noções de Hidráulica.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016.

FIALHO, Arivelto Bustamente. Automação Hidráulica: Projetos, Dimensionamento


e Análise de Circuitos. 6. ed. São Paulo: Érica, 2013.

GERDAU. Perfil U Gerdau: Especificações Técnicas. 1 f. Brasil, 2016. Disponível


em: <https://www.gerdau.com/br/pt/produtos/perfil-u-gerdau#ad-image-0>. Acesso
em: 11 fev. 2017.

GMV group. Pistón telescópico / para ascensor hidráulico. França, 2016.


Disponível em:<http://www.directindustry.es/prod/gmv/product-25231-
758619.html#product-item_62406>. Acesso em 07 de setembro de 2016.
93
GPE, R.; SANCHEZ, M.; VIRIDIANA, R. Proyecto interdiciplinario “elevador
hidraulico” – Centro de Bachillerato Tecnologico Industrial y de Servicios No.11,
2011.

GROEHS, Ademar Gilberto. RESISTENCIA DOS MATERIAIS E VASOS DE


PRESSÃO: 2° edição: 688 f. São Leopoldo, 2014.

GROUP, Rexroth Bosch Válvula estranguladora da vazão Tipo MG Válvula


estranguladora da vazão com retorno livre Tipo MK: RP 27 219/12.02 4. f.
Atibaia, 2002.

GROUP, Rexroth Bosch Válvula Isoladora de Manômetro Tipo AF 6, Série 3X:


RP 50 030/04.05 4 f. Atibaia, 2005.

GROUP, Rexroth Bosch. Válvula Limitadora de Pressão Diretamente Operada


Tipo DBD: RP 25 402/02.03. 14 f. Atibaia, 2003.

GROUP, Rexroth Bosch. Válvula de Retenção Tipo cartucho: RP 20 377D/10.04.


4 f. Atibaia, 2004.

GROUP, Rexroth Bosch. Válvula de Retenção com Desbloqueio Hidráulico Tipo


SV e SL: RP 21 468/02.03 6. f. Atibaia, 2003.

GROUP, Rexroth Bosch. 3/2, 4/2 and 4/3 directional valves, internally pilot
operated, externally pilot operate Types 4WEH and 4W: RE 24751/08.08. 40 f.
Germany, 2008.

HARRIS, Tom. Howstuffworks : Disponível em:


<http://ciencia.hsw.uol.com.br/elevadores1.htm>. Acesso em 23 de agosto de [2016].

HIDRÁULICA, Maranhão Tecnologia. Bombas Hidráulicas. São Luís, 2017.


Disponível em: <http://www.maranhaotecnologia.com.br/produtos?id=89>. Acesso
em: 12 abr. 2017
94
HDA. VISOR DE NÍVEL: MODELOS: VB076 e VB127. Campinas, 2017.

HYDAC. Cilindro Telescópico. Alemanha, 2016. Disponível


em:<http://www.hydac.com/br-pt/produtos/cilindros/cilindros-hidraulicos/cilindro-
telescopico.html>. Acesso em 07 de setembro de 2016.

HYUNDAI ELEVATOR CO, Catálogo C-PELB-E0108/09.2013/ 1º Edição, Coreia do


Sul: 2013.

HYUNDAI ELEVATOR CO, Elevadores Sem Engrenagem “Luxen”, Coreia do Sul:


2013.

INCROPERA, Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa - Frank P.


Incropera, 2008.

JND HYDRAULICS, HYDRALIC POWER PACKS, Coreia do Sul: [2016].

Maria Helena Rodrigues Gomes – Apostila de Mecânica dos Fluídos – Faculdade


de Engenharia da UFJF, 2012.

MERCANTE. TUBOS COMERCIAIS: CATÁLAGO DE PRODUTOS. 2016. 34f.


Guarulhos, 2016.

MOREIRA, Ilo da Silva. Sistemas hidráulicos industriais. 2. ed. São Paulo:


SENAI-SP editora, 2012.

NETO, A. et al. Manual de Hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1998.

NORTON, Robert L. PROJETO DE MÁQUINAS: UMA ABORDAGEM INTEGRADA.


2013. 1030 f. 4. Porto Alegre: CESA, 2013.

Parker. Tecnologia hidráulica industrial: Reservatórios e acessórios. 240 f.


Jacareí, 2001.
95
PARKER HANNIFIN IND. COM. LTDA, Tecnologia hidráulica Industrial, São
Paulo: Ap.M2001-3-BR 3000, 2011.

PRIMAC, Elevadores. Botoeiras e Displays para Elevadores. São Paulo.


Disponível em: <http://www.primac.com.br/botoeiras-e-displays-para-elevadores/>.
Acesso em: 21 mar. 2017.

RACINE HIDRÁULICA S.A, Manual de hidráulica Básica, Porto Alegre: CDU 532,
1977.

RESSI. FREIO DE SEGURANÇA. Brasil, 2016. Disponível em:


<http://www.elevadoresressi.com.br/sessoes.php?id=108> . Acesso em 12 de out.
2016.

RUD, Grupo. Olhal Aparafusável VRBG. Brasil. Disponível em:


<http://www.rud.com.br/produtos/movimentacao-amarracao-cargas/olhais-
aparafusaveis/vrbg/>. Acesso em: 09 mar. 2017.

SANTOS, Sergio Lopes dos. Bombas & instalações hidráulicas. 1. ed. São Paulo:
LCTE editora, 2007.

SCHINDLER, Elevadores Atlas. Manual de Transporte Vertical em Edifícios


Elevadores de Passageiros, Escadas Rolantes, Obra Civil e Cálculo de
Tráfego. 2017. 52 f. São Paulo, 2017. Disponível em:
<http://www.schindler.com/content/dam/web/br/PDFs/NI/manual-transporte-
vertical.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2017.

SILVEIRA, Paulo R. da; SANTOS, Winderson E.. Automação e Controle


Discreto: 9º edição. 1998. 230 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia
Mecânica, Érica, São Paulo, 2013.

SHIGLEY, Joseph E.; MISCHKE, Charles R.; BUDYNAS, Richard G.. Projeto de
Engenharia Mecânica: 7° Edição. 2005. 960 f. Porto Alegre, 2005.

SOLÉ, Antonio Creus. Neumática e Hidráulica. 2. ed. Barcelona: Marcombo, 2011.


96
ThyssenKrupp, Elevator Americas. Inserts & Brackets. United States, 2016.
Disponível em:
<https://www.thyssenkruppelevator.com/webapps/classroom-on-
demand/LessonViewer.aspx?lesson=16363>. Acesso em: 18 de agosto de [2016].

TORREIRA, Fluídos Térmicos: Água, Vapor, Óleos Térmicos - Raul Peragallo


Torreira, 1980.

VICKERS; EATON. VMQ Series 30 Vane Pumps: 78 f. USA, 2005.

WEISS, Charles; GASPARIN, Deizi Dainiane; SCHLING, Eder Perin. AUTOMAÇÃO


DE UM PROTÓTIPO DE ELEVADOR INDUSTRIAL DIDÁTICO. 2011. 48 f. TCC
(Graduação) - Curso de Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial,,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Medianeira, Medianeira,
2011.

WEG. MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO: CATÁLAGO TÉCNICO BRASILEIRO.


2016. 52 f. Jaraguá do Sul, 2016

WIKA. Manômetro de tubo bourdon Modelo 21X.54 série em aço inoxidável:


WIKA folha de dados 21X.54. 2 f. Iperô, 2010.

WITTUR, Alemanha. HHL W-Line 2016. 9 minutos e 27segundos. Acesso em:


<http://www.wittur.com/pt/produtos.aspx>. Acesso em novembro de 2016.

ÇELİK, Dr. Ferhat; KORBAHTI, Dr. Banu. Por que os elevadores hidráulicos são
tão populares? Parte II. 2016. 7 f. Artigo (Graduação) - Curso de Engenharia
Mecânica, Universidade de Istambul, Turquia., Turquia, 2016.
97
ANEXO A – MOTOR ELÉTRICO

Figura 38 - Catálogo de motores WEG IV polos

Fonte: WEG (2016).

ANEXO B – TUBULAÇÃO HIDRÁULICA

Figura 39 – Tubulações hidráulicas comerciais

Fonte: MERCANTE (2016).


98
ANEXO C – BOMBA DE PALHETA

Figura 40 – Página de catálogo com as características técnicas da bomba de


palhetas selecionada

Fonte: VICKERS (2005).


99
ANEXO D – FILTRO DE RETORNO

Figura 41 – Página de catálogo com as características técnicas do filtro de retorno

Fonte: HDA (2002).


100
ANEXO E – VÁLVULA REGULADORA DE FLUXO

Figura 42 – Página de catálogo com as características técnicas da válvula


reguladora de fluxo

Fonte: BOSCH (2002).


101
ANEXO F – VÁLVULA DE RETENÇÃO PARA CILINDRO HIDRÁULICO

Figura 43 - Página de catálogo com as características técnicas da válvula de


retenção para o cilindro hidráulico

Fonte: BOSCH (2003).


102
ANEXO G – VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO

Figura 44 – Página de catálogo com as características técnicas da válvula


reguladora de pressão

Fonte: BOSCH (2003).


103
ANEXO H – VÁLVULA DE RETENÇÃO

Figura 45 – Página de catálogo com as características técnicas da válvula de


retenção selecionada

Fonte: BOSCH (2004).


104
ANEXO I – MANÔMETRO MEDIDOR DE PRESSÃO

Figura 46 – Página de catálogo com as características técnicas do manômetro de


tubo bourdon

Fonte: WIKA (2010).


105

ANEXO J – RESERVATÓRIO HIDRÁULICO

Figura 47 – Página de catálogo com as características técnicas do reservatório


hidráulico selecionado

Fonte: PARKER (2001).


106
ANEXO K – VÁLVULA DIRECIONAL

Figura 48 - Página de catálogo com as características técnicas da válvula direcional


selecionada

Fonte: BOSCH (2008).


107
Figura 49 – Continuação do catálogo com as características técnicas da válvula
direcional selecionada

Fonte: BOSCH (2008).


108
ANEXO L – CABO DE MOVIMENTAÇÃO DO ELEVADOR

Figura 50 – Catálogo com as características técnicas dos cabos de elevadores

Fonte: BELGO BEKAERT (2016).


109
ANEXO M – POLIA DE MOVIMENTAÇÃO DO ELEVADOR

Figura 51 - Catálogo com as características técnicas de polias para elevadores

Fonte: MADEMIL (2016).


110
ANEXO N – CILINDRO HIDRÁULICO

Figura 52 - Catálogo com as características técnicas de cilindros hidráulicos do


modelo Mobil

Fonte: NEUMAQ (2016).

Figura 53 - Catálogo com as características técnicas de cilindros com flange


quadrado

Fonte: NEUMAQ (2016).


111
ANEXO O – VIGA PERFIL U

Figura 54 - Catálogo com as características técnicas de perfil de viga “U”

Fonte: GERDAU (2016).

ANEXO P – PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAS

Figura 55 - Catálogo com as características técnicas das propriedades mecânicas


dos materiais

Fonte: CBSA (2016).


112
ANEXO Q – VÁLVULA DE QUEDA

Figura 56 - Catálogo com as características técnicas da válvula de queda

Fonte: BOSCH (2015).


113
ANEXO R – OLHAL DE IÇAMENTO DA CABINE

Figura 57 - Catálogo com as características técnicas do olhal de içamento para


cargas

Fonte: Grupo RUD (2017).


114
ANEXO S – VÁLVULA ISOLADORA DE MANÔMETRO

Figura 58 - Catálogo com as características técnicas da válvula isoladora de


manômetro

Fonte: BOSCH (2005).


115
ANEXO T – VISOR DE NÍVEL DO RESERVATÓRIO

Figura 59 - Catálogo com as características técnicas do visor de nível do reservatório

Fonte: HDA (2017).

Você também pode gostar