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3264 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º 179/14 ARTIGO 2.º


de 25 de Julho (Atribuições)

Havendo necessidade de se adequar a orgânica e o modo O Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias de
de funcionamento do Ministério das Telecomunicações e das Informação tem as seguintes atribuições:
Tecnologias de Informação às normas em vigor estabelecidas 1. Na generalidade:
pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/13, de 23 de Agosto, a) Habilitar o Governo a definir a política e a estratégia
sobre a Criação, Estruturação, Organização e Extinção dos das telecomunicações, das tecnologias de infor-
Serviços da Administração Central do Estado e dos demais mação, dos serviços postais, da meteorologia e
organismos legalmente equiparados; geofísica, bem como exercer a tutela sobre acti-
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea g) vidades relacionadas com a prestação de serviços
do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da Constituição nos referidos domínios;
da República de Angola, o seguinte: b) Representar o Estado nas instâncias internacionais
ARTIGO 1.º no âmbito das telecomunicações, das tecnologias
(Aprovação)
de informação, dos serviços postais e da meteo-
É aprovado o Estatuto Orgânico do Ministério das rologia e geofísica;
Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, anexo c) Coordenar e promover as acções que conduzam à edi-
ao presente Decreto Presidencial e que dele é parte integrante. ficação da sociedade da informação e comunicação;
ARTIGO 2.º d) Criar um quadro jurídico-legal que habilite o órgão
(Revogação)
regulador a elaboração de regulamentos, normas,
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no padrões, instruções e manuais referentes aos
presente Diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial n.º serviços de telecomunicações, no âmbito da sua
244/12, de 6 de Dezembro.
competência, tanto para as redes públicas como
ARTIGO 3.º privadas;
(Dúvidas e omissões)
e) Formular normas legais e administrativas, tendo como
As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e
objectivo o estabelecimento dos procedimentos
aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
para o licenciamento dos serviços de telecomuni-
pelo Presidente da República.
cações, informática e comunicações electrónicas;
ARTIGO 4.º
f) Promover a formação e o crescimento do mercado
(Entrada em vigor)
das telecomunicações e das tecnologias de infor-
O presente Diploma entra em vigor na data da sua publicação.
mação, incentivando a ampla participação do
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 7
empresariado nacional.
de Maio de 2014.
2. No domínio das telecomunicações:
Publique-se. a) Formular e propor políticas, directrizes, objecti-
Luanda, aos 10 de Julho de 2014. vos e metas de desenvolvimento da infra-estru-
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. tura de suporte às tecnologias da informação e
comunicação;
b) Monitorar e avaliar a execução das directrizes,
ESTATUTO ORGÂNICO
DO MINISTÉRIO DAS TELECOMUNICAÇÕES objectivos e metas de desenvolvimento da infra-
E DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO -estrutura de suporte às tecnologias da informação
e comunicação;
CAPÍTULO I c) Elaborar estudos que promovam o desenvolvimento
Natureza e Atribuições e o enquadramento de novos serviços no domínio
das telecomunicações.
ARTIGO 1.º
(Natureza) 3. No domínio das tecnologias de informação:
O Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias de a) Formular e propor políticas, directrizes, objectivos
Informação é o Departamento Ministerial auxiliar do Presidente e metas de serviços de internet, seus aplicativos
da República e Titular do Poder Executivo que tem por missão de voz, dados e multimédia, bem como o uso,
propor a formulação, a condução, a execução e o controlo da armazenamento e protecção de dados;
política do Governo, nos domínios das telecomunicações, b) Incentivar a política de segurança e encriptação de
das tecnologias de informação, dos serviços postais e da dados, bem como a interoperabilidade e padro-
meteorologia e geofísica, orientada para a conexão interna nização de soluções no domínio das tecnologias
e externa do País. de informação;
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c) Promover o surgimento de parques temáticos no c) Estimular políticas que visam garantir a vigilância
domínio das tecnologias de informação, incu- meteorológica e geofísica, assegurando a coor-
badoras de empresas com especial ênfase para a denação das Redes Nacionais de Observações
Meteorológicas, Climáticas e Sísmicas em todo
área de software;
território nacional;
4. No domínio da promoção das comunicações e da
d) Promover e fomentar a certificação das condições de
sociedade da informação: ocorrência de fenómenos meteorológicos e geofí-
a) Realizar estudos com vista ao estabelecimento de sicos, estimulando a investigação multissectorial e
normas e critérios para a alocação de recursos, no multidisciplinar no domínio do Sistema Climático.
domínio do fomento das comunicações electróni- 7. No domínio da regulação:
cas e da promoção da sociedade de informação; a) Garantir o apoio institucional ao órgão regulador no
b) Exercer a nível do Sector, a coordenação geral dos sentido de assegurar a regulamentação, o licencia-
mento, a fiscalização e inspecção das actividades
programas e acções de inclusão digital;
dos operadores dos serviços de telecomunicações,
c) Aprovar os indicadores económicos que determinam
tecnologias de informação e postais;
os níveis de desenvolvimento das actividades eco- b) Apoiar o órgão regulador em todos os actos que visam
nómicas das telecomunicações e das tecnologias garantir o acesso dos operadores dos serviços de
de informação; telecomunicações, tecnologias de informação e
d) Desenvolver meios para a difusão das inovações postais às redes, em condições de transparência
científicas e tecnológicas relativas aos serviços das e igualdade;
tecnologias de informação e de telecomunicações, c) Supervisionar os actos de concepção, coordenação e
elaboração dos editais de licitação e licenciamento
principalmente no que se refere aos projectos e
nos domínios das telecomunicações, tecnologias
programas financiados com recursos públicos;
de informação e serviços postais;
e) Promover, estimular e apoiar o estabelecimento de d) Superintender as actividades inerentes ao acompa-
consórcios, redes e programas entre empresas e nhamento da instalação dos serviços nos domínios
institutos de investigação, a criação de empresas das telecomunicações, tecnologias de informação
de base tecnológica, bem como estratégias empre- e serviços postais;
sariais abertas à inovação, ao desenvolvimento e) Acompanhar os actos de instauração de procedimen-
tecnológico e à investigação aplicada no domínio tos administrativos, visando apurar infracções
de qualquer natureza referentes aos serviços de
das tecnologias de informação e comunicação.
telecomunicações, tecnologias de informação,
5. No domínio postal:
meteorológica e serviços postais;
a) Formular e propor políticas, directrizes, objectivos f) Apoiar a adopção de medidas necessárias à efectiva
e metas de desenvolvimento da actividade postal; execução das sanções eventualmente aplicadas
b) Aprovar os indicadores económicos que estabelecem aos operadores dos serviços de telecomunicações,
as metas e os níveis de desenvolvimento integrado tecnologias de informação e serviços postais;
da actividade postal e avaliar o seu desempenho; g) Incentivar a regulamentação da instalação e funcio-
c) Promover a integração nacional, através de uma rede namento de estações integradas nas Redes Nacio-
nais de Observações Meteorológicas, Climáticas,
de estações postais multifuncionais, cumprindo
Sísmicas e Geomagnéticas;
o seu papel no desenvolvimento económico e
h) Assegurar o estabelecimento dos critérios e dos
social do País. procedimentos para a certificação e auditoria dos
6. No domínio da meteorologia e geofísica: serviços meteorológicos, climatológicos e sísmicos.
a) Definir os princípios estratégicos de desenvolvimento 8. No domínio do serviço universal:
técnico científico dos serviços de meteorologia e a) Realizar estudos com vista ao estabelecimento de
geofísica, assegurando o processo de reabilitação normas, metas e critérios para a universalização
e modernização das infra-estruturas das redes de dos serviços públicos de telecomunicações, tec-
nologias de informação e serviços postais, bem
observação;
como acompanhar o cumprimento das metas
b) Estabelecer as linhas de orientação para a aplicação
estabelecidas;
da política de recuperação de custos e definir os b) Estabelecer normas e critérios para a identifica-
critérios globais de imputação de custos de acordo ção, estruturação e financiamento de projectos
com o tipo de utilizadores; e programas;
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c) Subsidiar a execução dos objectivos e metas relativos c) Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica
à universalização dos serviços de telecomunica- — INAMET;
ções, tecnologias de informação e serviços postais; d) Instituto de Telecomunicações — ITEL;
d) Desenvolver as actividades de execução orçamen- e) Fundo de Apoio ao Desenvolvimento das Comuni-
cações — FADCOM;
tária, financeira e contabilística, no âmbito do
f) Instituto de Telecomunicações Administrativas
Ministério, relativas aos créditos dos programas
— INATEL
e acções destinados à inclusão digital;
e) Proteger os interesses dos consumidores, promovendo CAPÍTULO III
designadamente o esclarecimento dos consumi- Organização em Especial
dores e assegurando a divulgação de informação; SECÇÃO I
Órgãos e Serviços
f) Assegurar a criação de programas de reforço insti-
tucional e aplicativo das instituições de ensino ARTIGO 4.º
(Ministro)
especializado sob tutela do Ministério;
g) Assegurar, no âmbito dos parques tecnológicos ou 1. O Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias de
Informação é dirigido pelo respectivo Ministro que coordena
temáticos, a criação de centros de formação e
toda a sua actividade e o funcionamento dos órgãos e serviços
capacitação de formadores;
que o integram.
h) Assegurar o estímulo e a qualificação dos recursos
2. No exercício das suas competências, o Ministro é
humanos no domínio das tecnologias de informação
coadjuvado por Secretários de Estado.
e comunicação, meteorologia e dos serviços postais.
SECÇÃO II
CAPÍTULO II Órgãos de Apoio Consultivo
Organização em Geral ARTIGO 5.º
(Conselho Consultivo)
ARTIGO 3.º
(Estrutura) 1. O Conselho Consultivo é o órgão de apoio consultivo
O Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de do Ministro das Telecomunicações e das Tecnologias de
Informação tem a seguinte estrutura: Informação, encarregue de analisar, estudar e elaborar propostas
1. Órgãos de Apoio Consultivo: e recomendações sobre os vários domínios de actividades
a) Conselho Consultivo; do Sector.
b) Conselho de Direcção; 2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro das
c) Conselho das Tecnologias de Informação e Telecomunicações e das Tecnologias de Informação e tem a
Comunicação. seguinte composição:
2. Serviços de Apoio Técnico: a) Secretários de Estado;
a) Secretaria Geral; b) Directores Nacionais e equiparados;
b) Gabinete de Recursos Humanos; c) Directores Provinciais;
c) Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística; d) Directores Gerais e Presidentes dos Conselhos de
d) Gabinete de Inspecção; Administração dos organismos e empresas tuteladas;
e) Gabinete Jurídico; e) Quadros do Ministério;
f) Gabinete de Intercâmbio. f) Outras entidades convidadas pelo Ministro, vin-
3. Serviços de Apoio Instrumental: culadas ou não ao Ministério, cuja participação
a) Gabinete do Ministro; se revele útil.
b) Gabinete dos Secretários de Estado. 3. O Conselho Consultivo reúne-se em regra, duas vezes
4. Serviços Executivos Directos: por ano, designadamente, no primeiro trimestre e no último
a) Direcção Nacional das Telecomunicações; trimestre de cada ano civil.
b) Direcção Nacional da Sociedade da Informação e ARTIGO 6.º
Meteorologia; (Conselho de Direcção)

c) Direcção Nacional dos Serviços Postais. 1. O Conselho de Direcção é o órgão de consulta, asses-
5. Órgãos Tutelados: soria e apoio do Ministro em matéria de planeamento, gestão,
a) Instituto Angolano das Comunicações — INACOM; coordenação, orientação e disciplina dos serviços que inte-
b) Centro Nacional das Tecnologias de Informação gram o Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias
— CNTI; de Informação.
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2. O Conselho de Direcção tem a seguinte composição: 3. A Secretaria Geral tem a seguinte estrutura:
a) Secretários de Estado; a) Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis-
b) Directores Nacionais e equiparados; tração do Património, que compreende:
c) Directores Gerais e Presidentes dos Conselhos de i. Secção de Gestão e Orçamento;
Administração dos organismos e empresas tuteladas; ii. Secção de Administração.
d) Outras entidades convidadas pelo Ministro, vincu- b) Departamento de Relações Públicas e Expediente,
ladas ou não ao Ministério, cuja participação se que compreende:
revele conveniente e útil. i. Secção de Relações Públicas;
3. O Conselho de Direcção reúne-se ordinariamente, ii. Secção de Expediente.
de três em três meses e a título extraordinário, sempre que c) Centro de Documentação e Informação, que
convocado pelo Ministro. compreende:
ARTIGO 7.º i. Secção de Documentação;
(Conselho das Tecnologias de Informação e Comunicação)
ii. Secção de Informação.
1. O Conselho das Tecnologias de Informação e Comunicação
4. A Secretaria Geral é dirigida por um Secretário Geral
é o órgão de apoio consultivo do Ministro das Telecomunicações
e das Tecnologias de Informação. equiparado a Director Nacional.
2. O Conselho das Tecnologias de Informação e Comunicação ARTIGO 9.º
(Gabinete de Recursos Humanos)
é integrado por representantes de diversas instituições da
Administração do Estado, operadores, provedores e repre- 1. O Gabinete de Recursos Humanos é o serviço de apoio
sentantes de serviços, e dos consumidores, com o objectivo técnico encarregue da gestão eficiente dos recursos humanos,
principal de emitir pareceres e conselhos sobre a harmonização assegurar a avaliação de desempenho, implementação do
e desenvolvimento da infra-estrutura, bem como, conformar controlo da actividade laboral e do sistema de incentivo do
os parâmetros do Observatório da Sociedade da Informação. pessoal do Ministério.
3. O Conselho das Tecnologias de Informação e Comunicação 2. O Gabinete de Recursos Humanos tem as seguin-
reúne-se anualmente e a título extraordinário, sempre que tes atribuições:
convocado pelo Ministro e rege-se por regulamento interno
a) Formular e propor os critérios de admissão de pessoal;
a ser aprovado pelo Ministro.
b) Velar pelo planeamento anual de efectivos e garantir
SECÇÃO III
Serviços de Apoio Técnico
a gestão de carreiras de pessoal, nos termos da
legislação em vigor;
ARTIGO 8.º
(Secretaria Geral)
c) Assegurar a promoção da implementação da política
nacional de formação de quadros em colaboração
1. A Secretaria Geral é o serviço de apoio técnico encarregue
com outras entidades;
do registo e do acompanhamento das questões administrativas
d) Assegurar o preenchimento de vagas e zelar pela
comuns a todos os serviços do Ministério, bem como da gestão
aplicação de uma política uniforme de admissões;
de orçamento, património, relações públicas, documentação,
e) Proceder à análise ocupacional com vista a elabora-
informação e arquivo.
ção e reformulação de programas específicos de
2. A Secretaria Geral tem as seguintes atribuições:
formação de quadros;
a) Assegurar a gestão administrativa, financeira e
f) Colaborar com os organismos componentes na defi-
logística do Ministério; nição e implementação de sistemas de incentivos
b) Elaborar, em articulação com o Gabinete de Estudos, e estímulos do pessoal do Ministério;
Planeamento e Estatística, o relatório de execu- g) Propor programas e planos de superação técnica e
ção do orçamento, nos termos da legislação em formação profissional, quer no interior como no
vigor e das orientações metodológicas do órgão exterior do País, que abranjam as necessidades
competente; do Sector;
c) Prestar apoio administrativo e logístico às actividades h) Emitir certidões, cartões de identificação e outros
organizadas pelo Ministério; documentos constantes do cadastro individual;
d) Prestar apoio administrativo e logístico às delegações i) Organizar e manter actualizado o ficheiro e os pro-
oficiais do Ministério que se deslocam ao interior cessos individuais do pessoal;
ou ao exterior do País; j) Assegurar os procedimentos administrativos relativos
e) Desempenhar as demais funções que lhe sejam à promoção, mobilidade e cessação de serviço do
superiormente determinadas. pessoal do Ministério;
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k) Processar as folhas de vencimento do pessoal e ins- 3. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística


truir os processos referentes aos subsídios e outras compreende a seguinte estrutura:
prestações e benefícios sociais, abonos devidos a) Departamento de Estudos e Estatística;
aos funcionários e/ou seus familiares; b) Departamento de Planeamento e Projectos;
l) Dinamizar acções de carácter sócio-cultural que c) Departamento de Monitoramento e Controlo.
visam o bem-estar dos quadros afectos ao Sector; 4. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é
m) Promover a execução de planos de recrutamento dirigido por um Director equiparado a Director Nacional.
e selecção de pessoal superiormente aprovado; ARTIGO 11.º
n) Exercer as demais funções que lhe sejam superior- (Gabinete de Inspecção)

mente determinadas. 1. O Gabinete de Inspecção é o serviço de apoio técnico


3. O Gabinete de Recursos Humanos tem a seguinte estrutura: encarregue de proceder à inspecção, fiscalização e acompa-
a) Departamento de Gestão por Competências e Desen- nhamento das actividades dos órgãos e serviços adstritos ao
volvimento de Carreiras; Ministério, no que concerne a execução dos planos e programas,
b) Departamento de Formação e Avaliação de a legalidade dos actos, à utilização dos meios, à eficiência e
Desempenho; o rendimento dos serviços.
c) Departamento de Arquivo, Registo e Gestão de Dados. 2. O Gabinete de Inspecção tem as seguintes atribuições:
4. O Gabinete de Recursos Humanos é dirigido por um a) Realizar sindicâncias, inquéritos e demais actos
Director equiparado a Director Nacional. de inspecção às estruturas do Ministério sobre
ARTIGO 10.º a execução e cumprimento dos programas de
(Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística) acção previamente estabelecidos pela Direcção
1. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é o do Ministério;
serviço de apoio técnico de carácter transversal encarregue b) Realizar visitas de inspecção previstas no seu plano
de elaborar medidas de política e estratégia do Ministério, de de actividades ou que sejam superiormente deter-
estudos e análise regular sobre a execução geral das activi- minadas, elaborando relatórios e propondo medidas
dades do Sector, a orientação e coordenação das actividades de saneamento das deficiências e irregularidades
de estatísticas, entre outros. constatadas;
2. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística tem c) Propor e, em colaboração com o Gabinete Jurídico,
as seguintes atribuições: instruir processos disciplinares que lhe sejam
a) Preparar medidas de política e estratégia global do superiormente determinados;
Sector, com base nos indicadores macro-econó- d) Constatar o grau de cumprimento das leis e regulamen-
micos disponíveis; tos por parte dos Serviços adstritos ao Ministério;
b) Elaborar os planos de desenvolvimento do Sector e) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
a curto, médio e longo prazos e acompanhar a superiormente determinadas.
sua execução; 3. O Gabinete de Inspecção tem a seguinte estrutura:
c) Coordenar as acções de execução da política e estra- a) Departamento de Inspecção;
tégia global do Sector; b) Departamento de Estudos, Programação e Análise.
d) Identificar e avaliar os programas de investimentos 4. O Gabinete de Inspecção é dirigido por um Inspector
sectoriais e promover as acções de financiamentos Geral equiparado a Director Nacional.
adequadas, em conjunto com os Órgãos Execu- ARTIGO 12.º
tivos Centrais; (Gabinete Jurídico)

e) Preparar os contratos - programas a celebrar com 1. O Gabinete Jurídico é o serviço de apoio técnico do
os operadores públicos dependentes do Sector; Ministério que superintende e realiza todas as actividades de
f) Coordenar a gestão dos programas executados com os assessoria jurídica, produção de instrumentos jurídicos e estudos
recursos dos fundos administrados pelo Ministério; de matéria técnico-jurídica do sector das telecomunicações e
g) Garantir o funcionamento do sistema de coordenação tecnologias de informação.
económica das actividades do Sector; 2. O Gabinete Jurídico tem as seguintes atribuições:
h) Orientar e coordenar a actividade estatística; a) Assessorar o Ministro em assuntos de natureza jurídica;
i) Exercer as demais funções que lhe sejam superior- b) Exercer a coordenação das actividades jurídicas do
mente determinadas. Ministério e das entidades vinculadas;
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c) Apoiar os órgãos do Sector nos actos de interpreta- e) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
ção da Constituição, das leis, dos tratados e dos superiormente determinadas.
demais actos normativos a serem uniformemente 3. O Gabinete de Intercâmbio é dirigido por um Director
seguidos em suas áreas de actuação e coordenação, equiparado a Director Nacional.
SECÇÃO IV
quando não existir orientação normativa;
Serviços de Apoio Instrumental
d) Elaborar estudos e preparar informações por solici-
ARTIGO 14.º
tação do Ministro; (Gabinete do Ministro e dos Secretários de Estado)
e) Assessorar o Ministro no controle interno da lega-
1. O Gabinete do Ministro e dos Secretários de Estado
lidade dos actos a serem por ele praticados ou já
são serviços que visam o apoio directo e pessoal do Ministro
efectivados e daqueles praticados pelos órgãos ou
e dos Secretários de Estado, na interacção com diferentes
entidades sob sua coordenação jurídica;
serviços internos e as demais instituições públicas e privadas.
f) Fornecer subsídios para a defesa dos direitos e inte-
2. Constituem Serviços de Apoio Instrumental os seguintes:
resses do Estado, e prestar informações solicitadas
a) Gabinete do Ministro;
pelos órgãos judiciais;
b) Gabinete dos Secretários de Estado.
g) Representar o Ministério nos actos jurídicos e pro-
3. A composição, competências, formas de provimento
cessos judiciais mediante delegação expressa do
e a categoria do pessoal dos gabinetes referidos no presente
Ministro;
h) Desempenhar as demais funções que lhe sejam artigo regem-se por Diploma próprio.
SECÇÃO V
superiormente determinadas.
Serviços Executivos Directos
3. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director equi-
ARTIGO 15.º
parado a Director Nacional. (Direcção Nacional das Telecomunicações)
ARTIGO 13.º
(Gabinete de Intercâmbio) 1. A Direcção Nacional das Telecomunicações é o serviço
executivo directo responsável pela execução da política nacional
1. O Gabinete de Intercâmbio é o serviço de apoio técnico
encarregue de assegurar e acompanhar as matérias relativas ao sobre os serviços de telecomunicações.
estabelecimento de relações entre o Ministério e os organismos 2. A Direcção Nacional das Telecomunicações tem as
congéneres de outros países e as organizações internacionais. seguintes atribuições:
2. O Gabinete de Intercâmbio tem as seguintes atribuições: a) Elaborar estudos e propostas para ampliação e
a) Assegurar, sob orientação da direcção do Ministério, modernização da rede básica de telecomunicações;
os mecanismos formais para o estabelecimento b) Participar na elaboração de propostas para o plano
de relações de intercâmbio e cooperação com de desenvolvimento integral do Sistema Nacional
organizações internacionais ou regionais ligadas à de Telecomunicações;
actividade de telecomunicações e das tecnologias c) Propor as balizas da política e estrutura tarifária para
de informação, correios e meteorologia; os serviços de telecomunicações;
b) Assegurar a elaboração de estudos preparatórios para d) Emitir parecer sobre os planos e orçamentos do ope-
a ratificação de convenções, acordos e tratados rador público dos serviços de telecomunicações e
internacionais;
sobre a sua execução e assegurar a estatística da
c) Emitir pareceres ou prestar apoio nas negociações
sua actividade, de acordo com as metodologias
ou processos conducentes à adesão, ratificação,
definidas;
publicação e denúncia de acordos bilaterais, mul-
e) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
tilaterais e convenções internacionais com outros
superiormente determinadas.
países ou organismos internacionais sobre matérias
3. A Direcção Nacional das Telecomunicações, tem a
que digam respeito às telecomunicações e tecno-
logias de informação, meteorologia e correios; seguinte estrutura:
d) Em colaboração com o Gabinete Jurídico, proceder a) Departamento de Universalização de Banda Larga;
ao acompanhamento da execução de todos os ins- b) Departamento de Desenvolvimento e Supervisão;
trumentos jurídicos internacionais no domínio das c) Departamento de Políticas e Estratégias.
telecomunicações e das tecnologias de informação 4. A Direcção Nacional das Telecomunicações é dirigida
de que Angola seja Parte; por um Director Nacional.
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ARTIGO 16.º c) Departamento de Políticas e Promoção da Sociedade


(Direcção Nacional da Sociedade da Informação e Meteorologia)
da Informação.
1. A Direcção Nacional da Sociedade da Informação e 4. A Direcção Nacional da Sociedade da Informação e
Meteorologia é o serviço executivo directo responsável pela Meteorologia é dirigida por um Director Nacional.
execução da Política Nacional das Tecnologias de Informação ARTIGO 17.º
e Meteorologia e Geofísica. (Direcção Nacional dos Serviços Postais)

2. A Direcção Nacional da Sociedade da Informação e 1. A Direcção Nacional dos Serviços Postais é o serviço
Meteorologia tem as seguintes atribuições: executivo directo responsável pela execução da política
a) Definir a forma de articulação das iniciativas de nacional sobre os serviços postais.
natureza central, regional e local no domínio da 2. A Direcção Nacional dos Serviços Postais tem as
seguintes atribuições:
sociedade da informação e do conhecimento;
a) Habilitar o Ministério a definir a política e a estra-
b) Promover a articulação das iniciativas de natureza
tégia no domínio postal;
central, regional e local no âmbito da meteoro-
b) Propor a regulamentação e fiscalizar o cumprimento
logia e geofísica; das leis e regulamentos no domínio postal;
c) Promover a realização de estudos, análises estatís- c) Contribuir para acções de concertação necessárias
ticas e prospectivas no âmbito da meteorologia à execução das medidas de política no domínio
e geofísica da sociedade da informação e do dos correios com outros organismos ou entidades
conhecimento; públicas e privadas;
d) Definir as linhas estratégicas e políticas gerais d) Elaborar e controlar os indicadores de desempenho
relacionadas com a sociedade da informação e o do operador público dos serviços postais;
conhecimento; e) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
e) Definir normas sobre o registo e o cadastramento superiormente determinadas.
3. A Direcção Nacional dos Serviços Postais compreende
de provedores de serviços assentes nas tecno-
a seguinte estrutura:
logias de informação, excepto aos referentes às
a) Departamento de Regulamentação;
telecomunicações;
b) Departamento de Estudos e Desenvolvimento;
f) Propor normas tendentes à homogeneização, com- c) Departamento de Controlo e Estatística.
patibilização, interconexão e interoperacionali- 4. A Direcção Nacional dos Serviços Postais é dirigida
dade dos programas, produtos e equipamentos por um Director Nacional.
de informática utilizada na função pública, bem
CAPÍTULO IV
como o respectivo Plano Director de Tecnologias
Disposições Finais
de Informação;
g) Promover políticas que contribuam para a massifica- ARTIGO 18.º
(Quadro de pessoal e organigrama)
ção do acesso à internet de banda larga em Angola
e a sua efectiva utilização por todos os cidadãos; 1. O quadro de pessoal da carreira geral, da carreira especial
h) Formular políticas que promovam a cibersegurança e e o organigrama do Ministério das Telecomunicações e das
a privacidade no uso da internet e das tecnologias Tecnologias de Informação constam dos mapas, Anexos I,
de informação; II e III do presente Estatuto, do qual são partes integrantes.
i) Promover a disponibilização online de literatura 2. O quadro de pessoal referido no número anterior pode
científica e tecnológica e de repositórios científicos ser alterado por Decreto Executivo Conjunto dos Ministros
no domínio das tecnologias de informação e asse- das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação,
gurar a correspondente articulação internacional; da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e
j) Acompanhar a execução do Programa de Acção de das Finanças.
Governo Electrónico e o Programa de Acção da 3. O provimento das vagas do quadro de pessoal e a
Sociedade da Informação; progressão na respectiva carreira faz-se nos termos da lei.
k) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
ARTIGO 19.º
superiormente determinadas. (Regulamentos internos)
3. A Direcção Nacional da Sociedade da Informação e Os Regulamentos Internos dos órgãos e serviços a que
Meteorologia tem a seguinte estrutura: se refere o presente Diploma são aprovados por Decreto
a) Departamento de Meteorologia e Geofísica; Executivo do Ministro das Telecomunicações e das Tecnologias
b) Departamento de Modernização Tecnológica; de Informação.
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ANEXO I
Quadro de Pessoal a que se refere o n.º 1 do artigo 18.º (Regime Geral)

Grupo Número
Carreira Categoria/Cargo Especialidade
de Pessoal de Lugares

Direcção Director Nacional e Equiparado 12

Chefe de Departamento e Equiparado 20

Direcção e
Chefia

Chefe de Secção 6

Assessor Principal
Electrónica e Telecomunicações, Tecnologias de Informação, Informática,
1.º Assessor
Gestão de Projectos, Auditoria e Contabilidade, Administração Pública,
Técnico Técnica Assessor
Recursos Humanos, Direito, Economia, Psicologia, Comunicação Social, 25
Superior Superior Técnico Superior Principal
Marketing, Relações Internacionais, Gestão, Administração Postal, Meteoro-
Técnico Superior de 1.ª Classe
logia, Geofísica.
Técnico Superior de 2.ª Classe
Especialista Principal
Electrónica e Telecomunicações, Tecnologias de Informação, Informática,
Especialista de 1.ª Classe
Gestão de Projectos, Auditoria e Contabilidade, Administração Pública,
Especialista de 2.ª Classe
Técnico Técnica Recursos Humanos, Direito, Economia, Psicologia, Comunicação Social, 19
Técnico de 1.ª Classe
Marketing, Relações Internacionais, Gestão, Administração Postal, Meteoro-
Técnico de 2.ª Classe
logia, Geofísica.
Técnico de 3.ª Classe

Técnico Médio Principal de 1.ª Classe


Técnico Médio Principal de 2.ª Classe Telecomunicações, Informática, Administração Postal, Contabilidade e 30
Técnico Médio Principal de 3.ª Classe Gestão, Gestão de Projectos, Apoio a Gestão, Ciências Sociais, Ciências
Técnico Médio Técnica Média
Técnico Médio de 1.ª Classe Jurídicas e Económicas, Ciências Exactas, Estatística, Recursos

Técnico Médio de 2.ª Classe Humanos, Biblioteconomia.

Técnico Médio de 3.ª Classe

Oficial Adm. Principal


1.º Oficial Administrativo
2.º Oficial Administrativo
Administrativa Formação Básica 15
3.º Oficial Administrativo

Administrativo Aspirante
Escriturário-Dactilógrafo

Motorista de Pesados Principal


Motorista
Motorista de Pesados de 1.ª Classe
de Pesados
Motor de Pesados de 2.ª Classe

Motorista de Ligeiros Principal


Motorista
Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe
de Ligeiros
Motor de Ligeiros de 2.ª Classe

Telefonista Principal
Telefonista Telefonista de 1.ª Classe
Telefonista de 2.ª Classe
Auxiliar
Auxiliar Administrativo Principal
Auxiliar
Auxiliar Administrativo de 1.ª Classe Formação Básica 9
Administrativo
Auxiliar Administrativo de 2.ª Classe

Encarregado Qualificado Operário


Operário Qualificado de 1.ª Classe Formação Básica 7
Operário Qualificado de 2.ª Classe

Total 143
3272 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO II
Quadro de Pessoal a que se refere o n.º 1 do artigo 18.º (Carreira de Inspecção)
Grupo N.º de
Carreira Categoria/Cargo Indicação Obrigatória da Especialização Profissional a Admitir
de Pessoal Lugares
Inspector Geral 1
Direcção
Inspector Chefe de Primeira 2
Inspector Principal Assessor
Inspector Primeiro Assessor Economia
Inspector Assessor
Técnico Superior Inspector Superior Administração Pública, 3
Inspector Superior Principal
Inspector Superior de 1.ª Classe Direito, Gestão Rec. Humanos.
Inspector Superior de 2.ª Classe
Inspector Especialista Principal
Inspector Especialista de 1.ª Classe
Técnico Inspector Técnico Inspector Técnico de 1.ª Classe Economia, Administração Pública, Direito. 2
Inspector Técnico de 2.ª Classe
Inspector Técnico de 3.ª Classe
Subinspector Principal de 1.ª Classe
Subinspector Principal de 2.ª Classe
Subinspector Principal de 3.ª Classe Administração Pública,
Técnico Médio Subinspector 2
Subinspector de 1.ª Classe Economia, Juristas
Subinspector de 2.ª Classe
Subinspector de 3.ª Classe

Total 10
ANEXO III
Organigrama a que se refere o n.º 1 do artigo 18.º
I SÉRIE – N.º 137 – DE 25 DE JULHO DE 2014

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.


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