Você está na página 1de 2

Ação (filosofia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma ação (AO 1945: acção), tal como os filósofos usam o termo, é um certo tipo de coisa que uma pessoa
pode fazer as vezes partindo de um arbítrio pessoal. Atirar uma bola, que requer uma intenção e um
movimento corporal coordenado, é uma acção. Apanhar uma constipação não é normalmente considerado
uma acção, porque é algo que acontece a uma pessoa, e não alguma coisa feita por ela. Mas há eventos
mais difíceis de classificar como sendo acções ou não. Tomar uma decisão pode ser considerado como uma
acção por alguns, mas para outros só será uma acção se essa decisão for concretizada. Tentar fazer algo sem
o conseguir pode também não ser considerado uma acção, uma vez que a intenção não foi realizada.
Acreditar, ter uma intenção, ou pensar também podem ser considerados como acções, no entanto, devido
ao facto de se referirem a estados puramente internos, nem todos concordam com essa classificação. De
facto, alguns filósofos preferem definir acção como algo que exige um movimento corporal (ver
behaviorismo). Por outro lado, até a mera existência pode ser considerada como uma acção por alguns
filósofos.

Os efeitos das acções também podem ser considerados como acções em certas circunstâncias. Por exemplo,
envenenar um poço é uma acção. Se a água envenenada resultar numa morte, essa morte pode ser
considerada uma acção por parte da pessoa que envenenou o poço, quer seja considerada como um único
acto ou dois actos. A classificação das acções pode tornar-se ainda menos clara quando o efeito da acção é
contrário à intenção, como por exemplo, curar acidentalmente uma pessoa de uma doença desconhecida,
quando o intuito era matá-la envenenando o poço.

Alguns objectivos básicos da filosofia da acção são: distinguir as acções de outros tipos de fenómenos
semelhantes; explicar a relação entre as acções e os seus efeitos; individuar as acções relativamente a outras
acções; explicar a relação entre a acção e as crenças e desejos que estão na sua origem, e as intenções com
que é executada. Em geral não se considera que haja acções feitas por objectos inanimados, como o sol,
que brilha, mas sem intenção. Por outro lado, pode-se considerar que um ser humano está a agir mesmo
quando não tem uma intenção específica. As acções podem ainda ser consideradas como compatíveis ou
incompatíveis com o determinismo).

A acção tem sido uma preocupação dos filósofos desde Aristóteles, que escreveu sobre ela no seu livro
Ética a Nicómaco. Esteve quase sempre ligada à Ética, o estudo das acções que devem ser feitas. Alguns
dos filósofos contemporâneos mais proeminentes que trabalharam nesta área são Ludwig Wittgenstein,
Elizabeth Anscombe, Donald Davidson, e Jennifer Hornsby.

Muitas versões do Budismo rejeitam a noção de agente em graus diferentes. Nestas escolas de pensamento,
existe acção, mas nenhum agente.

Ver também
Potencialidade e atualidade

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ação_(filosofia)&oldid=62225648"

Esta página foi editada pela última vez às 14h31min de 12 de outubro de 2021.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.

Política de privacidade
Sobre a Wikipédia
Avisos gerais

Programadores
Estatísticas
Declaração sobre ''cookies''

Você também pode gostar