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cu criei"
criei. Saída das pranch
Iicio Costa: "a cidade que
cidade
Notas de Lúcio
Costa:
de conteúdo e
Vazia de.
não esquecer
a
célebre frase
e
necessidades
da vida
social.
destituíd de
os desejos
Convém
pelo podcr
com
relaciona
se
cidade pouco abstrata preenchida
Brasilia é a forma do primitivo.
Podemos
referenciais.
realiza
com o regare
se
agração da primavera
Sagração de
primavera Stravinsky
e
modernidade
aà
é que a
novamente,
interessante
O (Demozselles d Arignon)e,
cubista de Picasso paço e tempo na metrópole.
pintura encontra-se
em meu
iivro
desenvolvimento
desa ideia
O
<www.gesp.tich.usp>.
1999. 120.
Paris. Belin. p.
góogruphique.
JLo: Le tournanr dentre clas Crique de la vie quotidienne
Paris,
de suas oDras.
Lefebvze em várnas
Como aponta Henri THAUMAZEIN
L'Archer Editeur. 1981
autores.
1999, dentre outros
Pans, Belin,
C J. Lir. Le twurnari geographiquc.
Paris Edinons du
Seuil. p. 31 [tradução nossa]. ATeva-te apensar.
M. Lussault. Lhomme sparial
humuana. Barcelona. Editorial Anthropos, 2006, p. 9. Homero
D. Hiemaux. e A. Lindon. Trazadio de geograria
80-1.
da São Paulo. Lovola. 2004. pp.
D. Haner. Epa eperna.
Essais. 1990. 35.
Y.Lacoste.Pansage polizigues. Paris. Biblio p.
dep.157 Capiral, Paris, Editions Anthropos, 1 social do espaço só faz esclarecer o mundo moderno.
HLEbe De lEzz. Paris. Não se trata, todavia, de um produto qualquer. Em sua mobilização per-
Union Ginérae
HLbe Lz mp e dÉditions, 1978, v. 3 e 4.
HLeb
mirisz, Paris, Stock. 1975, pétua de transformação a partir da natureza (queo movimento de reprodução
kia
Lmáatim de lepace, Paris, Éditions cap. D. retoma), o próprio espaço produzido é condiço de nova produção. Portanto,
zsede to liTo A reokyo obana. Anthropos, 1981. prefácio, P.
sH
Lébe Arrako wbra o processo abrange simultaneidade e coexistència, ou, em outras palavras, a
HLib L reao de le natureza primeira e a segunda natureza no movimento da produção-reprodução
So bvo
Epacz poirigu, dislecriqu - 12 mos clif pour k monde moderne, aris, Méssidor.
a 198 do espaço. O transcurso dessa ação contempla relações constirutivas da vida em
se~ncia do Le droit a la vill, a Paris, Éditions AnthroP .1968. seu movimento necessário de recriação como ato continuado de produção da
história humana, abarcando um modo do sujeito de pensar e de se perceber na
qualidade de indivíduo no mundo.
A CONDICAO ESPACTAL
THAUMAZEIN
indaga_ão
sobre as forme
rmas espa-
como
da terra pelo
homem, numa prática espacial em que se revelam os dramas e
a conquista do pensamento geográfico as cisóes que sustentam essa
prática, colocando a categoria de reprodução como
ciais que assumem do planeta.
A construção
central
determinada porão
atividades
humanas
hur e de sua distribu di- na construção da
problemática espacial como condição da realização da
numa
das vida, além de apontar sua natureza histórica.
partir da localização dessa ocupação evidencin
ia-se .
realiza a
se
Das diterenciaçöes Dessa feita, a análise do espaço passa a ter uma dupla determinação, por-
superficie da
terra.
ferenciada na natureza em meio. A noção de meio
transformar a
de que é localização das atividades, lócus de produção, mas é, também, expressão,
ambiente, meio físico,
homem
capacidade do
meia
a de meo
associada àquela conteúdo das relações sociais e produto social - com seus conteúdos civilizató
Geografia
na
do homem c o m o meio fisico que aue
aparece
a ideia de relação rios d e modo que nem o indivíduo, e nemo grupo, viveria sem um espaço
circundante. E hunma
recorrente
"diversas paisagens humanas
dar or1gem a
apropriado. Nessa condição, o espaço é produto social e histórico e, ao mesmo
meio este que pode está associada à de
o cerca,
homem atua sobre a de conter o futuro que emerge como condição de vivência dos contitos. O
o
organização, em que da ciência colocando para pensamento, portanto, não concebe apenas a produção material - a morfologia
constitutivo
homem/natureza está no centro
relação dificuldades. Por essa razão,
o t r a t a m e n t o dessa
mas, necessariamente, conjunto dos processos e relações sociais que
conjunto de espacial o
a Geografia um
o centro do debate em dão conteúdo e sentido à práxis. O processo é, assim. objetivo e caminha para a
que vão compor
relação a s s u m e várias formulações como um objeto de pesquisa
elou objetivação enquanto realização do homem em sociedade. A natureza do espaço
torno da necessidade
de definição do espaço do
é, portanto, social em seu fundamento. Esse horizonte de análise, partir
a
c e r t a m e n t e se desdobra
analitica-
de estudo, postura que
campo privilegiado de partida para a construção do entendimento
Brunet' a tarefa espaço banal, do real, é ponto
o
história, do
nomadismo à sedentarização,
espaço da vida humana O a passagenm,
na
revela-se movimento
o
ato/ação continuados da reprodução social.
dução social.
direção vida como presente vivido
da e a nte na
concie | 39|
A C O N D I C A O
THAUMAZ
ZEINN
da
a sobrevivência
objetivando grupo de
transformar a
natureza
ee como
tem c omo
ato produção do espaço, além de modo de apropriação. O espaço surge
um
O processo de a do próprio
que Podemos pressupor que a espacialidade das relações sociais pode cfetiva-
fisica quanto vida e
da natureza.
tanto a
sentidos
(cultivade
humanos cultivados pela pela mente ser compreendida no plano da vida cotidiana. e, a partir dela, articulada
animais em
converte os
instintos
humanas mais complexas, mas que
que e redefinida como plano da reprodução das relaçoes sociais, compreendida na
necesSIdades
torna as
prática social).
que o
maneira de
satistaze-las.
Nesse t r a n s c u r s o , a natureza
multiplicidade dos processos que envolvem a reprodução do espaço em secus
também não excdui mais variados aspectos e sentidos, como prática sócio-espacial. Isso ocorre porque
uma
ricos de sentidos, ao mesmo tempo
conjunto de objeros se realiza a vida
metamorfoseia-se num
manitestação da potência as relações sociais têm concretude no espaço, nos lugares onde
como
mundo, como obra e
que vai se
tornando
mundo em relação ao humana. envolvendo um dispendio de tempo que ressalta
determinado um
preexistencia de
um
técnico-culura ec Dessa forma. 20 longo da história a sociedade reproduz da vida. pela mediação do processo de apro
enquanto processo de reprodução
se explicita. portanto, como prática
a narurezz como naturez2 social, tendo, portanto, uma dimensáo natural, mas priação do mundo. A relação espaço-tempo modos de
da vida cotidiana, realizando-se enquanto
plano
superando a narurezz ao
apropriar-se dela para e como realização humana. INo sócio-espacial, no
determinados), bem como a cons-
envolve espaço tempo e
processo, o bomem se realin como produto de relações sociais através de u apropriação (o que
coletiva.
individual c o m o história
conjunto de reiaçóes que organiz2 2 vida em comunidade a partir da divis0 trução de uma história
acumulação, revela os níveis
-
detrimento da de
do trabalho, da propriedade enc. Desse A potência dessa noção, em consti-
modo, a relação inicial do homem o esse processo se
real1za. pois, c o m o processo
ra mais complexos em que
anarureza encontra mediada sentido mais
se
pelo trabalho, e através dessa mediaçao s tutivo da sociedade, t r a t a - s e
da reproduço de relaçõces
sociais no
os tETmOs da relação e nos coloca diante de um espaço produzido pela socicua Os t e r m o s da reprodução,
no
do termo na
totalidade dessa reprodução.
Como ato e
acão de produção da própria existéncia. Nesse nto, o amplo de u m espaço
mundializado c o m o
homem cri2-s
longo movimc momento atual, se
elucidam na produção
momentos de
2rzvés de um conjunto de produções, dentre as quais realização do capitalismo, posto
que seu sentido é superar os
a
producáo espaçp.do
A reprodução em seus
conteúdos mais protundos revela a
crise da acumulação. - a s relações de
Dess2 Condiço deparamos com a noção de produgao.
que nos
que s e conserva/mantém
do processo
histórico
escrevem Marx
Engels, primeira condição da história é manter
e
a ns relação entre o
classe e de dominação.
propriedade, de m e r a produção dee
vvos, segunda é
a
assegurar sua reprodução. Podemos dizer o esSo processo
Marx revela que o sentido da produção
ultrapassa a
ambos os
acontece numa
relaçáo dialética que essC P reterir-se à produçio
do homem. Em
THAUMA ZEIN
civilizatória.
Portanto, o no.
nto cria um mundo
história uma diferenciação faz-se importante: enquanto 0 sujeito age e
produção de
uma
pela atividade
cheio de significados, o ator atua e é dirigido por outro, de forma que produção
como transforma a
casos aparecem histórico se
processo
que
no
são de traba- historicamente definidos. A orientação
de partida é do espaço é realizada por sujeitos sociais
natureza.
a homem-natureza
As relações
jamais ser suprimida. partir da sociedade em seu
de sua ação vem de um projeto que se situa no conjunto
espaço-temporais a
humana sem
praticas
revelam enquanto sociais pela dialética
estabeleceme se
real1zar-se".* Estas no seio das relações
processo constitutivo, compreendido
Iho, e se devem
e pensamento
"nas quais ação
de condições objetivas dispoSiçao,
bem como o conhecimento de sua reprodução e transformação.
vontade c a substância
emana do absoluto
A "capacidade criadora do ser humano não
-
a
trazem como exigência mas tanmbém decisões
do trabalho e a tecnica,
instrumentos
e inicialmente do
trabalho"."
mas de sua própria atividade prática
os
sobre da n a t u r e z a em realidade ou ideia
natureza,
a -
o u t r o lado c o m o impressão
de formas e submissão dos objetos a uma
tirar desta as condições necessáias à realização
destes objetos em resultado Pelo trabalho, a relação da socie-
finalidade subjetiva. quer dizer transformação do trabalho com as condições materiais"
do processo
atividade subjetiva." mundo é objetivaço real. Trata-se da objetividadel"
e e m reservatório da dade com o sentido
como autocriação e como
humano por ele m e s m o
movimento de apropriação e de constituição do Marx é
produção distingue, ainda, conteúdo da objetividade
o em
O processo de materialismo histórico. O
coletivo socializado. apontado pelo como prática que
de dominação como ato e
transformando-se em mundo histórico, portanto,
a natureza
sentido confituoso, que
revela
seu
sobre o meio material duas modalidades, traduzida na prática sócio-espacial
em
A ação dos grupos humanos tem
pode ser abarcando,
natureza desdobram ao longo do processo,
dois atributos: dominação e a
a apropriação. A dominação sobre a contradições que se superam e
forma de apropriação da
natureza
"laboratório natural" e na
humanos. A apropriação é a meta, o sentido e finalidade da vida social. n a t u r e z a , primeiro
como
mento de
uso espaço A formulação de Marx sobre a autoprodução
"há historicidade fun-
reprodução da vida em seu caráter
criativo
(enquanto obra), porta de Hegel) permite pensar que
acentuando obra
uma
qualidade. perspectiva, Nessa
os atos dos habitantes
cem ponto de partida
a
se forma, se produz
pelo próprio trabalho
ao mesmo tempo na damental n o ser
humano, ele cria, coisas, ele c o n s -
que distanciam dos estreitos
se vOs, Produzindo objetos, bens,
do limites dos gestos repet é criadora de obras.
atividade sobre a possibilidade
comportamento normatizado que se das formas, marcanao sin
e sua formulação
depreende
gularidadese diferenças. Portanto, oprocesso de produção do espaço aponta o titui seu mundo humano"." Desse modo, a
THAUMAZEIN
histórico, produzindo
scu mundo cos
se primeira.
depara com as forças naturais, e luta Num processo conflituoso, o home m processo envolve momentos de apropriaço e de uso do espaço real como forma
THAUMA ZEIN
humano. .
a um agir
essencialmente
que
instintiva rumo
daptá-lo às suas exigências amplo de relações que determina o modo como se consumirá os produtos e,
nível da atividade inumano ao adapt
natural a partir daí, o modo como o indivíduo se relaciona com o grupo, com as suas
t r a n s t o r m a aquilo que
é dado criativa. Portanto trata.
-se
possibilidade
e em sua atividadese como participa das decisões. O mundo do trabalho envolve e su-
humanas no seio da práis do homem e da natureza na bac.
ase
unidade
lugares especihcos, ela trazo corpo como realidade, e produto, meio que define
propriedade como condição
as
e que envolve a
e um mental. do trabalho, posto que determinado por ele.
relações dentro e fora do mundo
social corresponde um espaço-tempo.
Não é apenas para comprar e vender que se vem a Eufëm1a, mas
A cada nível da produção/reprodução
a existência da propriedade, que
também porque à noite, ao redor das fogueiras, em torno do mercado, A produção do espaço pressupõe também
de trabalho vão se efetuar e como será
sentados em sacos ou barris ou deitados em montes de tapetes para cada
orienta e define o modo como as relações
como será consumido e por quem,
palavra que se diz -
como lobo, irm, tesouro escondido, batalha, sarna,
administrado e dividido o produto produzido,
amantes-os outros contam uma história de lobo, irm , tesouro escondido, do trabalho. A propriedade como
funda-
bem c o m o a distribuição dos produtos
batalha, sabem que, se realiza enquanto relação
sarna, amantes e na
longa viagem de retorno, quando mento revela em sua origem
uma desigualdade que
baseadas no
para permanecerem acordados, bamboleando no camelo ou no junco dos grupos e classes,
de poder, isto é, pela separação diferenciação
e
ligando-se à
reprodução social. revela o c a o s decorrente
da lógica que orienta
Nessa perspectiva, as crises, pois a prática espacial
processo de trabalho envolve um
o
cada vez A existência propriedade
da
movimento à reprodução capitalista.
mais complexo, estabelecendo-se no seio de uma oprocesso e m direção
produz e transforma) objeto
e (produto
com ela,
trabalho pela mediaço da sociedade que se diversiica entre sujeito (que
o
propõe a separação dessa separação que se
defrontam
técnica. Esse desdobramento lve relações constitutivas
complexificação do processo de trabalho em si env ivisão da ação), assim como as
THAUMAZEIN
valorizaçao
orienta a finalidade
a qual a
racionalidade capitalista segundo é condição constitutiva da história do espaço como produto de
a
com a um
processo
ativo a partir da modificação dela eé nesse contexto
da produção do espaço.
produz a reprodução do capital
como alicna. que se situa a produção do
historicidade espaço como condiço da reprodução da vida social.
Desse modo, a
lutas de classe, que
se desdobram e
seu outro,
isto é, as
os limites do mund
também o
ção, e produz dificuldades), ultrapassando
se ampliam (não sem
imensas
e no espaço. Assim, se
Sobre a produção
redundando em lutas pelo
do trabalho e da fábricae reside no pleno desenvolvimento de Em vários momentos de sua longa obra, Lefebvre insiste sobre a dupla
desenvolvimento do homem genérico
de virtualidades, a história mostra determinação da noção de produção a partir da observação de que ela tem
o
criadoras c o m o realização
s u a s capacidades
n u m a sociedade de classes um duplo caráter. O primeiro deles é o caráter da produção lato sensu, que diz
esse processo: a produção
desigual
aquilo que freia torna a produção respeito ao processo de produço do humano. Baseado na tradição hegeliana,
e da riqueza, que
fundada na concentração da propriedade
social. Irata-se de um processo Lefebvre aponta a produção do ser enquanto ser genérico. O segundo é o da
exterioridade em relação ao
ser
do espaço u m a produção stricto sensu, que diz respeito, exclusivamente, ao processo de produção
com as torças naturais e luta contra
o homem se depara
confituoso, no qual luta de morte na
de objeros. Mas o processo de produção de mercadorias se realiza produzindo
natureza -
à vida, o espaço é localização -é um ponto assinalado no mapa enquanto o lazer, à vida privada, isto é. potencializando sua exploração pela incorporação
tempo aparece como duração. Mas as relações sociais realizam-se pela troca como de espaços cada vez mais amplos da vida. Do ponto de vista espacial, produção
contato, como subjetivação, através e pela mediação do outro, de modo que unindo os atos de distribuição,
é condição da realização do processo produtivo,
o espaço-tempo dessas relaçóes supera um momento especificamente concreto se produz como materialida-
troca e consumo de mercadorias (quando espaço
o
e envove a construção de identidades, de referéncias que dão sentido à vida. mas também rede de água,
de, na forma de infraestrutura viária, por exemplo),
Não existe de lugares
práxis sem uma realidade objetiva sobre a qual ela age e da qual luz, esgoto etc. Todavia, ao expandir-se diz respeito constituição
à
extrai produto. Desde origem da sociedade, esta se afirma com os conteu de uma ideologia,
mais amplos de produção de relações sociais, de uma cultura,
um a
149
A CONDICÀO ESPACIAl
THAUMA ZEIN
em seu
movimento necessário de
realização da produção no
processo como seu produto. No plano da prática, essa necessidade domina
posibilidade real de dialética conm a reprodução, que as
se desdobra condições da reprodução espacial
numa
do lucro controntada
com a extensão da propriedade produção/realização do lucro
e necessário da realização como forma de ser dessa sociedade. Por sua vez, o
comandam a produção. Em conflito, a
desenvolvimento histórico
privada. definidora das estratégias que necesidades da da propriedade no seio do processo de
reprodução
aponta a reprodução do
c o m as reprodução do capital.
reprodução da vida dcpara-s de sentido quando
valor de troca -
e o
que dela
diferencia, o que está subordinado a ela e como
se
atingem
a outrascondiçóes e estratégias, desenvolvendo e desdobrando suas contradiçóes.
novos campos constitutivos da vida social. O raciocinio vai em direção à noção O capitalismo levou ao extremo suas cisões, ultrapassando sua condição inicial.
coidiana. que permite vislumbrar a superação dos limites da esfera da
devida Não é a unidade dos homens vivos e ativos com as condições naturais
atividade do processo de trabalho para englobar outros níveis da práxis. Nesse
raciocinio. situa-se o horizonte da reprodução social e, no seio desse processo, e inorgànicas de seu metabolismo com a natureza que necessitaria de
explicação, como resultado de um processo histórico; é ao contrário, a
se situa a anise da produção do espaço como condição, meioe produto da separação entre estas condições inorgânicas de existência humana e de sua
reprodução social. atividade, separação que só é total na relação entre o trabalho assalariado
Nesse nível, a produço do espaço se realiza como alienação, uma vez que e o capital.23
a produção do mundo como obra humana representa a unidade sujeito/objeto
Todavia, convém ainda considerar que ao mesmo tempo que o homem
que se realza na separação uso-troca. A relação uso-troca substitui a capacidade
criadora por uma representação, que é real e que tem no cotidiano seu lugar de produz o mundo objetivo (real e concreto) ele produz também uma consciência
sobre ele, de forma que o homem se produz no processo, enquanto humano,
efetivação. Desse modo, a criação da consciéncia no plano da práxis apoia-se na
consciência, desejos. Trata-se de um mundo de determinações e possibilidades,
determinação dos valores de uso que sofrem a mediaço da mercadoria e suas
representações. Isto é, o processo envolve momentos de apropriação e de uso capaz de metamorfosear a realidade, ao se apresentar como possibilidade de
do espaço real como forma de realização do negativo. Assim, as lutas de classe, que se realizam em torno da dis-
e percepção como
representação. social gerada pelo produto social do trabalho, desdobram-se
Como consequéncia, produção do espaço, fundada (sob o capitalismo)
a
tribuição da riqueza
em lutas pelo espaço. Hi, portanto, um deslocamento e uma mudança no
na
contradição valor de uso/valor de troca, que domina
de acumulação no
assegura o procesSO e sentido da luta, que revela o novo movimento do mundo no qual o processo
espaço por meio de sua
o
espaço é
reprodução. Como valor de trocas de reprodução social se realiza no espaço e através da reprodução deste, em tor
a
expressão mais contundente da
contradição característica da reprodução do desigualdade que desdobra
na estritos limites
apropriações necessárias à reprodução da vida além dos
se
no das
como evidncia da
plano forma espacial da segregaga Dessa forma, a produção do espaço tem por conteúdo relações sociais, mas
justaposição entre morfologia social e morfologia
a
também se cumpre numa materialidade como suporte das mesmas enquanto
No espaço também se localizam
os resíduos espacia
a
51
50
A CONDIÇAO ESPACTAL
T1UAUMAZEIN
ponto de realizacõrs
cs
revelar como
modos de uso, o espaço halbitável). Tratava-ve, fundamentalmente, de constatar a ação do ho
a análise pode, a o s poucos, comunicação,
centralidades de mem sobre a terra em suas diferenciaçoes. Surgiran daí algunas categorias de
que centros de
da reuni o, da vida requer a união.
de lugar
troca,
concreto
do lugar de relaçõcs análise que compõem o arsenal analítico dos geógrafos, associando a Geografia
etc. A
constituição e da reunião
poder político do à categoria de localização. Vidal de la Blache," por exemplo, associava o termo
encontro
possibilidade
como
o lugar
a reunião, ou seja,
requer a criação cons- "o geográfico" aquele da localização, pois, segundo sua concepção, "a história
que permitem
e estratégias
estabelecimento das metas
visando o uma divisão de un povo é inseparável da região que ele habit e "o homem foi, ao longo
reuni ão, que permite impor
da vida humana.
Para que haja a
tante simultaneidade das ações se impõe como do tempo, o discípulo fiel do solo. O estudo deste solo contribuirá a csclarecer
determinado, a
de tarefas, lugar relações
num
sócio-espacial
sinaliza, que assim, as
o caráter, os modos, e as tendéncias dos
habitantes" Assin, do contato com
necessária. A análise da prática depende a natureza depreende-se o conceito de meio.
materializam enquanto relações
espaciais, cuja amplitude
sociais se
movimento
comandado pelo Por sua vez, para Deneux," o pensamento geográfico caracteriza-se por
num
das forças produtivas
do desenvolvimento
de comunicação e transporte, além dos uma abordagem próximo de uma ciên-
científica do meio natural, muito mais
da e dos meios
e o ambiente. Esse
troca
desenvolvimento
atividade se desdobra cia natural, apontando a relação entre os grupos humanos
a troca. Nessa direção, a
o cotidiano.
realização da vida, revelando e de suas condições de circulação e de comunicação
leva a Geografia a se inter-
revela a constituição dos laços sociais,
A vida como prática sócio-espacial o desembocou nas relações entre os
rogar sobre as relaçóes entre grupos, que
os
no plano da vida cotidia-
através da troca como troca social
lugares. Para Dollfus, o termo revela na construção pensamento geográfico
que se compõem do
de lugares com seus conteúdos constituindo um dos
na, ou o plano do vivido nas implicações
seja, e o meio físico o cercam
as relações entre o homem que
representações (símbolos, signos, referencias),
sociais especíhcos, em suas
momento problemas suscitados pela geográfico",7 além disso, "um
análise do espaço
que produz coisa supera o
em sua subjetividade. Isto é, o ato uma
mesmo meio pode dar origem a várias paisagens humanizadas".
Isso porque,
em produto, definindo-o
nos
especíhico transformação
da da matéria-prima relações de causalidade entre
buscar as
como demonstrou, a Geograha precisou
contato
horizontes das relações sociais. E através destas que o homem entra em Feito esse trajeto, a noção de meio, tal
conclui-se que
o homemea natureza.
uma identidade, localiza a atividade, reúne os
com o mundo produzido onde se constitui uma consciência e
como desenvolvida no pensamento geográfico,
conhecimento necessário a
bem modo de pensar de construir
homens criadores de paisagens diferenciadas.
como um e um
é encontrar os fundamentos que explicitam a afirmação segundo a qual a pro- um espaço percebido simultaneamente
como de suas necessidades,
sistemas de pensamento
dução do espaço é imanente à critérios funcionais, traduzidos nas
produção da vida humana. Assim, produçao
a
organizado e dividido, obedecendo
das condições materiais, como base da história, revela o ato de produzir com paisagens.
29
se estabele-
Nos primórdios da de conjunto de relaçQes que
geográfico evoluiria a partir
um
ecúmeno designando
disciplina geográfica deparamo-nos com termo o espaço
parte da terra ocupada
a
pelo homem (ou, se quisc mos,
53
A CONDICAO ESP
UMAZEIN
o
Ainda para
da superticie da terra. para
interior de um quadro concreto:
mundo, o que para Perec é o nó vital,
ceriam no
mutável e cuja aparência
diferenciado imediato, visto pela sociedade como tonte
"o espaço geográico
é espaço um
da certeza
c
suporte de toda a cultura. Ao mesmo
o autor,
Unwuin, todavia,
n o parece compartilhar tempo, o escritor afirma que "viver é
visível é paisagem"."Tim disciplina passar de um espaço a outro, tentando ao máximo não
a
pois,
como escreve,
nenhuma
vida humana consistiria em habitar colidir";" portanto, a
de que existiria um espaço geográhco, espaços.
nao so porquc toda a cxistência Cada ato e cada atividade
pode reclamar o espaço como proprio, prática, realizando-se enquanto momento
em um espaço,
desenrola
mas tambem porque esta experiência constitutivo de construção da identidade do homem com o
humana outro em
se
O espaço por si só espaços-
do espaço se produz
através da experiëncia no tempo. tempos especíhcos,
evidencia que a realização da vida é a
produção prática do
aceitar os
carece de significado.
Pela mesma razão é ditícil argumentos que
espaço, tanto como realidade
quanto como possibilidade, constituindo uma
em relação às ciências da terra
a relação da Geograha fisica identidade que sedimenta a memória. Nessa
sugerem que
em seu uncionamento dentro do espaco.
perspectiva, o espaço produz-se
consiste enm considerar os processos e
reproduz-se como materíalidade indissociável da realização da vida e, subje-
um contexto social.
lodos os processos fisicos tèm tivamente, como elemento constitutivo da identidade social. A vida cotidiana
se realiza concretamente partir de
Essa preocupação, entretanto, não é compartilhada por
outros e, nesse a um conjunto de
relações que contemplam
sentido, podemos afirmar que, ao longo da constituiç o do pensamento geo-
ações, que, por sua vez, se desenrolam em espaços e tempos determinados e
que encerram nossa vida, sem os quais ela não ocorreria. Em primeiro lugar, a
gráfico, noção de meio organizado pelo homem transhgura na de espaço
a
se
casa como
espaço da vida privada, umbigo do mundo para o homem, foco a
produzido pela sociedade. Uma primeira mudança apontaa passagem2 do en- partir de onde se localiza no universo e a
partir de onde se tecem suas relações
foque do homem para da sociedade como sujeito que transforma a natureza.
a
com os outros, isto é, o
O salto qualitativo revela que, ao focar a sociedade como um todo, a Geografia lugar da habitação que envolve a peça do apartamento
ou da casa. Em
seguida, a rua, momento em que o privado se abre para o pú-
se depara com a
desigualdade que funda a sociedade. A segunda refere-se àà pas- blico. para o outro, e para o estranho. A partir dela surge a praça do mercado,
sagem das andlises centradas no meio para aquela que foca o espaço, sinalizando
centro comercial ou cultural, os lugares sagrados ou simbólicos, os centros de
o papel ativo do homem diante da natureza, transformando-a em algo que é
serviços, áreas de lazer ou mesmo de trabalho e correspondem a usos nascidos
próprio do humano, enquanto construção da natureza humanizada. Com essa
de uma prática espacial, ligando lugares e pessoas num conjunto de relações que
postura é possível escapar dos perigos da naturalização dos fenômenos que são,
envolvem e permitem que a vida aconteça. As formas materiais arquitetônicas
em essência, sociais.
guardam, para o indivíduo, o sentido que é dado pelo conteúdo social que vai
Como já apontado, na situação primordial de condição da
produção social constituir-se como suporte da memória, tornando-a ato presente na articula-
deparamo-nos com a natureza comomatéria brindada ao homem,
matéria-prima ção de espaço e tempo, pela mediação da experiència vivida num determinado
sobre qual recai
a o trabalho humano, isto é, a sociedade
modifica a natureza lugar. Nesse sentido, a construção do lugar se revela, fundamentalmente, en
através de uma atividade
transformadora potente. Assim, as relações sociais que quanto construção de uma identidade, logo, a memória liga o tempo da ação
sustentam e
produzem a vida se realizam localizadas
numa determinada porçao ao lugar da ação, ao uso e a um ritmo. Assim, espaço e tempo, uso e ritmo se
do planeta.
revelam em sua indissociabilidade através da memória. E a história particular
O modo como vida
a se desenrola revela dimensão de cada um se realiza numa história coletiva, onde se insere, e em relação à qual
nos coloca a
questão de como
uma
espacial, o quc
ganha significado.
a
realização
condição da vida tem nessa o Seu
pressuposto. A existência humana se funda e se O habitar envolve a produção de formas espaciais, materiais, bem como
reidade revela revela na práxis. Nossa
cuja
espacialidade, pois o ser humano tem uma existência corpo
a
de um modo de habitá-las e percebê-las. E um termo poético, pois abarca um
aproximaçãovem do corpo como espaa tempo de criação nos modos de apropriação, que organiza e determina o uso.
se relaciona com o mundo. qual mediação necessária por meio da eic
Produz limitações, ao mesmo tempo que abre possibilidades. Envolve um lu-
relações ocorrem em lugaresPodemos, também, estabelecer que todas as nos* gar determinado no espaço, portanto, uma localização e uma distância que se
específicos no espaço. O corpo nos da
aces
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A C O N D I Ç A O ESPACTAL
THAUMA ZEIN
que, por
isso, ganha qualidad
com outros lugares da cidade e
sentido
pela ren
sentido dado pela espe
relaciona
cíficas. Nessa
medida, o espaço
do habitar
tem o
do
reprodução sentido poético. O passado deixou impressos na
morfologia traços, inscrições,
dos gestos, corpo, que con
rói a escritura do tempo, que é
tempo da atividade humana. Mas
concreto o
do espaço esse espaço é
da vida, tratando-se Nessa perspectiva, o mundo h . sempre, tanto hoje quanto outrora, um espaço presente dado como um todo
cria identidades. no
vez que
memória, uma
ganham sentido à medida que a vi atual, com ligações e conexões em ato. Portanto, passado e futuro, memória
suas
é objetivo e povoado de objetos que eutopia estão contidos no presente da cidade;a primeira enquanto virtualidades
casa, a rua, a
cidade, formam u m conjunto múltinla
desenvolve, de forma que a
vai ao enoontro
do que escreve Lussault, para qe realizadas, a segunda enquanto possibilidades que se vislumbram,
compondo oo
de significados. Essa ideia e dando conteúdo ao futuro.
presente Nesse sentido, a obra atravessa a produção
existeência é do inicio ao fim espacial, ela se
compõe de espacos quu
nossa e
aparece também como memória, reterências, tempo de uso. E nessa medida
nós organizamos para chegar
a um hm, ela impoe que agenciemos esses
que a imposição do valor de troca sobre o valor de uso se relativiza. "Todos esses
diferentes espaços de vida uns em relaçao aos outros, que nós ajustamos em
produtos estão a ponto de ser encaminhados ao mercado enquanto mercadorias,
nossas ações práticas, constituindo um ponto cego de nosso discurso e de
nossos conhecimentos. Nós os anal1samos muito pouco.34
mas eles ainda vacilam limiar," é a percepção de Benjamin.
no
habitados, usados por sujeitos comuns, na vida lugares comuns, perspectiva aberta pela Geografia poderíamos afirmar que as relações sociais só
cotidiana.
E assim
que espaço e tempo podem se realizar num espaço e tempo apropriados para cada ato de manifes-
aparecem através da ação humana em sua tação da vida.
indissociabilidade, uma aão que se realiza
modo, o processo tem uma enquanto modo de DEsse
apropriação.
materialidade Produzido no decurso da constituição do processo civilizatório como
-
banais que ligam os homens aos lugares e 20 diário, nas atividades mais produção do espaço contempla um mundo objetivo que só tem existência
um outro da
relação social, marcadopo e sentido a partir e pelo sujeito. O menor objeto é, nesse sentido, suporte
tempo determinado, em de atividade que não são
se
apropria do mundo, a0 se
espaços circunscritos. Nessa situação, o no mem de sugestões e relações, ele remere a toda sorte
revelando a apropriar do espaço, com todos os seus tidos, apresentadas diretamente nele. Tem sentido objetivo e social para as pessoas,
vida, através
importància do corpo e do
uso. O uso dos
se ão da como tradições, qualidades mais complexas, conferindo um valor simbólico.
do corpo (o próprio lugares da
reallay Quando o conjunto de objetos é
tomado como um todo, os produtos tomam
constituindo enquanto
memória. Trata-se da referência e, nesserealização da vida que,
todav da Assim, as relações sociais têm uma
existència real na condição de uma
enquanto construção e
o
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A CONDI,A
HAUMAZEIN
sócio-espacial
sinal1za que as relaçoes sociais se
ializam
material:
de situações que não
lise da prática cotidiana se realiz
dizer que a vida « pode deixar de contemplar a dialética entre necessidades
espaciais, o que signifhca aspiraçãoldesejos, os quais se encontram latentes na vida cotidiana.
enquanto relações vivido, representado. Enaiu
de ser apropriado, |uanto
Os argumentos acima expostos também permitem construir a hipótese de
num espaço/tempo passível especihco e, sendo determina
varia ao longo do tempo que a noção de produgão do espaço envolve os momentos de produção e criação,
determinado território, o que revela am
modo de uso, o espaço
vida social. num fazendo do espaço, ao mesmo tempoe dialeticamente, obra e produto: como
do pela realização da na sociedade. Nesse process
modiicações importantes produto da sociedade e como obra de sua história. Para Lefebvre a distinção
suas transformações.
humana através da atividade de trabalho
sua dimensão entre obra e produto é relativa e, no limite, não haveria razão para efetuá-la,
constroi o mundo em
situando-se n u m conjunto mais amla
transformador da n a t u r e z a , uma vez que a obra atravessa o produto e este não impede a obra, o que significa
como ato
mundo humano. Ao produzir sSua existência, a so- dizer que o uso como possibilidade está sempre latente na forma mercadoria.
derelações constitutivas do se de um lado, o espaco
iedade reproduz, contunuamente,
o espaço. Portanto, Por um lado aponta que a criação não é absorvida pelo repetitivo. por outro,
ocorre diterencialmente no tempo tos, uma cultura, objetos etc. Assim se realiza o movimento que vai do plano
lugar de realização da vida humana que
e
uma
identidade fundada numa língua, numa religião, numa cultura. Nesse contexto,
do processo é dada pela
social ligando-se ao plano do real. A materialização
relação com o mundoé construída a partir de um ponto no qual o indivíduo se
-
a
revelando a dimensão
reconhece ea partir de onde constrói uma teia de concretizaçãodas relações sociais produtoras dos lugares,
relações com o outro e, atraves da produção/reprodução do espaço. E assim que enfoque espacial
o envolve a
destas, como mundo
que o cerca,
guardando uma história na medida em que o
sociedade em seu conjunto, em sua ação real, objetivando-se.
tempo implica duração e conunuidade. Nesse sentido, o habitar definido como
ato social, aividade Em síntese, as relações sociais lugar determinado sem o qual
ocorrem num
práica, não se reduz a uma localização, mas estende-se a0 não se concretizariam, tempo fixado ou
num
determinado que marcaria a dura-
plano da reprodução social que transcende o realiza-se no plano do lugar e expõe a realização
da vida
dele que
plano do individual. Mas éa partir ção da ação. Essa prática
mundo exterior está em
o realiza
construído enquanto
plena conjunção com o mundo humao humana nos atos da vida cotidiana, enquanto
modo de apropriação que se
noção envolve a
produção e reprodugao, seu acesso se dehne
no mercado, posto que
suas
relações mais mercantil da mercadoria, enquanto
que ocorrem lugar do morar, nas horas de amplas, ligando-se reyões
no às
reproduzido enquanto
mercadoria reprodutível, uma
o sentido do dinamismo das lazer, na vida privada, dando o espaço é produzido e
produtos
relações entre guard desenvolvimento do capitalismo
transforma todos os bens e
Engloba, também, as
ações
necessidades e desejos. Vez que o
numa sociedade fundada sobre a troca
produgão do
sociedade de classes fogem ao ou se rebelam contra o "pod
que espaço
estabelecido", a
em mercadoria. A
THAUMA ZEI
acessibilidade aos lugares da vida
po
indiretamente, a
determina, direta
ou
existência da propriedade nrivada Idem. p. 7.
mercado,
subsumido pela T. Unwuin, El lugar de la geografla, Madrid, Cátedra, 1995. p. 291.
meio das leis do em sua
totalidade.
sociedade "
Uma advertência:
no seio da cxpressão passagem indica
a
movimento de passagem de um processo a outro, que
da riqueza gerada o
não elimina o anterior, mas, do contrário, surge dele e ganha realidade através dele, como outra torma
de realização.
G. Perec, Especes d'espaces. Le corps, Paris, Editions du Seuil. 1995. p. 14.
Notas como óbvio". Sipni MM. Lussault, De la lutte des classes à la lutte des places, Paris. Grasset, 2009. p. 18.
rermo signihca o questionamento
do
gnifica,
que aparece
Numa tradução simples, desmistificaço aue
o "
de O habita espaços, deles se apropriando, mesmo ao comprar um valor de troca que é a
do pensamento que
contémum momento
homem habitação,
portanto, o ponto de partida realiza a partir de u s eé por isso que a casa é arrumada e adornada com objetos diferencialmente. Nesse sentido, o usador se
do homem e se
mas não taz
tabula rasa da consCiencta
aparencias e preconceitos, determinado vnda cotidiana do
homem, que e caracterizada pela unidade ditere do usuario na medida em que o primeiro usa criativamente o espaço como condição de real1zação
vista. por sua vez. pela do sujeito. O usuário éo consumidor de serviços (exemplo: usuário do transporte coletivo).
ponto de e e permanece sendo
o tundamento do
mundo
expectat+vas, que
entre pensamento, ação.
sent1mentos.
Brasiliense, 1983, p. 7). oW. Benjamin, Paris, capital do século xx, em F. Kothe (org.). Walter Benjamin: sociologia. São Paulo,
radical, São Paulo.
(Agnes Heller, Aflesofia Atica, 1985, p. 43.
homem. São Paulo. Difel. 1970. p. 23.
PGeorge. Aapão do R. Brunet, Espaces. Jeur et enjeux, Paris, Fayard
37 H. Lefebvre, Le materialisme dialectique, Paris, PUF, 1971. p. 125.
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Roger Brunet. "Lespace. règies
(Fondation Diderot). 1986. p. 299.
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1968, p. 24.
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K . Marx. op. at. p. 24.
10 Henri Lefebvre. De lo rural a lo urbano, 4. ed., Barcelona, Península, 1978, p. 164.
Henri Lefebvre. Hegel Marx et Nierszche: ou le royaume des ombres, Tournai, Casterman, 1975, p. 71.
12
K. Marx, op. it. p. 7.
"A objevidade do processo de constitruição do humano por ele mesmo, como autocriação, é o sentido
apontado pelo materialismo histórico. O sentido da objetividade em Marx é o da natureza que se trans-
forma mundo histórico,
em como prática
através da dissolução deterioração do antigo.
e
4
H. Lefebvre, op. cit, p. 66.
15
H. Lefebvre, op. cit., p. 55.
16
H. Lefebvre,
La fin
de lhistoire, Paris, Editions
Anthropos, 2001, p. 45.
17
Idem, p. 4
18
K. Kosk, Dialética do concreto, 180.
p.
19H. Lefebvre,
De l'Eat, Paris, Union Générale d'Editions, 1978, v. 3,
I Calvino, Cidades capítulo 1.
H. Lefebvre,
invisfveis, São Paulo,
Companhia das Letras, 1991, p. 38.
Metafilosofua, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967, 256.
Convém não esquecer que p.
para Marx o objetivo do trabalho não é nos
Grundrisse, v. 2, p. 7. criar valor, contorme
23
apo
ldem, p. 24.
PV.La Blache, Tableau de
la géographie de la France, Paris, La
ldem, p. 16. Table Ronde, 1994, p. 7.
6
J-F. Deneux, Histoire de la
pensée géographique, Paris, Belin, 2006, p. 42.
Dolfus, Oespaço
O.
ldem, p. 8. geográfico, São Paulo, Difel, 1972, 7.
p.
9
Idem, p. 9.
61
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