_ CONCEPÇÃO DO DIREITO PENAL: O direito penal detém a função de selecionar os comportament os humanos mais graves, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e desc revê-los como infrações penais, cominando-lhes as respectivas sanções. _ Missão do direito penal é proteger os valores fundamentais, como: a saúde, a vida, a liberdade, a propriedade, etc. Esses valores são denominados "bens jurídicos". _ O objeto do direito penal é a ação humana, pois somente o homem é capaz de executar as ações com consciencia do fim. _ Caráter fragmentário do direito penal. Isso quer dizer que o direito penal só pode intervir quando houver ofensa a bens fundamentais para a subsistencia do corpo social. - O direito penal age apenas quando os demasi ramos do direito e os controles f ormais e sociais tiverem perdido a eficácia e não forem capazes de exercer essa tutela. Princípios do Direito Penal. descendentes do princípio da dignidade humana. 1° Insignificancia ou bagatela: diz que o direito penal não deve se preocupar com ba gatelas, isto é, sempre que a lesão for insignificante a ponto de se tornar incapaz de lesar o inte resse protegido, não haverá adequação tipica. 2° ANTERIORIDADE OU TRANSCEDENTRALIDADE: Proíbe a incriminação de atitude meramente inte rna, subjetiva do agente, isto e, ninguém pode ser punido por ter feito mal só a si mesmo. 3° CONFIANÇA: Consiste na realização da conduta, na confiança de que o outro atuará de um odo normal já esperado, baseando-se na justa expectativa de que o comportamento das outras pessoas se da rá de acordo com o que normalmente acontece. 4° ADEQUAÇÃO SOCIAL: Para esta teoria, o direito penal somente tipifica condutas que t enham certa relevância social. 5° INTERVENÇÃO MÍNIMA: Deternina que a lei só deve prever penas estritamente necessárias. I to é, o direito penal somente irá intervir quando as demais barreiras protetoras do bem jurídico predispos ta por outros ramos do direito fracassarem. O direito penal atua somente em último caso (última rátio) 6° PROPORCIONALIDADE: A pena, isto é, a resposta punitiva estatal ao crime deve ser proporcional ao dano causado, não se admitindo assim penas idênticas para crimes de lesividade distintas ou para i nfrações dolosas ou culposas. 7° HUMANIDADE: Do príncipio da humanidade, decorre a impossibilidade de a pena passa r da pessoa do delinquente, ressalvados alguns casos na esfera cível que podem atingir os herdeiros do infrato r até os limites da herança. 8° NECESSIDADE E IDONEIDADE: Decorrem da proporcionalidade. A incriminação de determinada situação só pode ocorrer quando a tipificação revelar-se nece a, idônea e adequada ao fim a que se destina, ou seja, à concreta e real proteção do bem jurídico. 9° OFENSIVIDADE, PRINCÍPIO DO FATO E DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DO BEM JURÍDICO. Não há crime qu o a conduta não tiver oferecido ao menos um perigo concreto, real, efetivo e comprovado de lesão ao bem jurídico. Na ofensividade, somente considera a existencia de uma infração penal quando houver efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. 10°PRINCÍPIO DA AUTO-RESPONSABILIDADE: Os resultados danosos que decorrem da ação livre a inteiramente responsável de alguem só pode ser imputado a este e não àquele que o tenha anteriormente motivado. 11°PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PELO FATO: O direito penal não pode castigar meros pe nsamentos, idéias, ideologias manifestações políticas ou culturais discordantes. Pois o dever do Estado é de proteger bens jurídicos. 12°PRINCÍPIO DA IMPUTAÇÃO PESSOA: O direito penal não pode castigar um fato cometido por q uem não reuna capacidade mental suficiente para compreender o que faz. Não se pune os inimputáveis. 13°PRINCIPIO DA PERSONALIDADE: Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido p or outra pessoa. 14°PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: Nenhum resultado obviamente típico pode se r atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa, afastando-se a responsabilidade objetiva. Ex.: caso de hemofilia.