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Brain and Cognition 136 (2019) 103597

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Página inicial do jornal: www.elsevier.com/locate/b&c

Doença de Parkinson e mudanças na apreciação da arte: uma comparação de

avaliações estéticas e formais de pinturas entre pacientes com DP e controles
saudáveis
Jon O. Lauringuma,⁎,1, Matthew Pelowskib,1, Eva Speckerb, Tomohiro Ishizub,c, Steven Haugbøld,
Barbara Hollunderb, Helmut Lederb, Johan Stenderd, Ron Kupersuma
uma Departamento de Neurociência e Farmacologia, BRAINlab, Universidade de Copenhagen, Blegdamsvej 3B, DK-2200 Copenhagen, Dinamarca
b Faculdade de Psicologia, Departamento de Pesquisa Psicológica Básica e Métodos de Pesquisa, Universidade de Viena, Liebiggasse 5, A-1010 Viena, Áustria
c Faculdade de Biociências, Biologia Celular e do Desenvolvimento, University College London, Gower Street, WC1E 6BT Londres, Reino Unido
d Departamento de Neurologia, Hospital Universitário de Copenhagen Bispebjerg, Bispebjerg Bakke 23, DK-2400 Copenhagen, Dinamarca

ARTICLEINFO RESUMO

Palavras-chave: A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa em progresso que envolve predominantemente a perda de neurônios produtores de dopamina com sintomas característicos de distúrbios motores e

Mal de Parkinson deficiências cognitivas, motivacionais, emocionais e perceptivas. Curiosamente, o PD também pode estar conectado - muitas vezes de forma anedótica - com uma explosão repentina de criatividade artística,

Visualização de arte
motivação ou mudança na qualidade / estilo da arte produzida. Isso levou a um crescente interesse empírico, prometendo uma janela para a função cerebral e a assinatura neurológica única dos artistas. Este tópico
Avaliação estética
também se enquadra em um interesse crescente de pesquisadores em outras áreas, incluindo Alzheimer ou outra demência, que sugeriram que mudanças específicas na produção / avaliação de arte podem fornecer
Dano cerebral
uma base única para terapia, diagnóstico ou compreensão dessas doenças. Contudo, se o PD também mostra impactos semelhantes sobre como percebemos e avaliamos a arte nunca foi abordado sistematicamente.
Emoção
Comparamos uma coorte de pacientes com DP com controles saudáveis de mesma idade, pedindo aos participantes que avaliassem pinturas usando escalas de gosto e beleza e termos relativos às qualidades
Percepção
formais e conceituais das obras de arte previamente projetadas para fornecer uma rubrica para identificação de sintomas. Não encontramos evidências de diferenças relacionadas ao DP em gosto ou beleza. No

entanto, os pacientes com DP mostraram classificações mais altas na “emocionalidade” avaliada, potencialmente relacionada ao vínculo entre DP, vias da dopamina e emoção / recompensa. pedindo aos participantes

que avaliassem pinturas usando escalas de gosto e beleza e termos pertencentes às qualidades formais e conceituais das obras de arte previamente projetadas para fornecer uma rubrica para a identificação de

sintomas. Não encontramos evidências de diferenças relacionadas ao DP em gosto ou beleza. No entanto, os pacientes com DP mostraram classificações mais altas na “emocionalidade” avaliada, potencialmente

relacionada ao vínculo entre DP, vias da dopamina e emoção / recompensa. pedindo aos participantes que avaliassem pinturas usando escalas de gosto e beleza e termos pertencentes às qualidades formais e

conceituais das obras de arte previamente projetadas para fornecer uma rubrica para a identificação de sintomas. Não encontramos evidências de diferenças relacionadas ao DP em gosto ou beleza. No entanto, os

pacientes com DP mostraram classificações mais altas na “emocionalidade” avaliada, potencialmente relacionada ao vínculo entre DP, vias da dopamina e emoção / recompensa.

1. Introdução
A doença de Parkinson (DP) é um diagnóstico devastador, mas com
implicações estéticas e criativas extremamente intrigantes. Atualmente, a DP
constitui o segundo distúrbio neurodegenerativo líder mundial, afetando cerca de
0,3% da população, aumentando rapidamente para 3% acima dos sessenta e cinco
anos (Gillies, Pienaar, Vohra, & Qamhawi, 2014; Mhyre, Boyd, Hamill e Maguire-
Zeiss, 2012) Impacta progressivamente a capacidade das células cerebrais de
produzir, liberar ou reabsorver o neurotransmissor dopamina (DA), levando a uma
série de sintomas, incluindo perda de controle motor, cognição prejudicada,
processamento da linguagem, regulação da emoção, função sensorial e visual (
Chaudhuri, Healy, & Schapira, 2006; Sveinbjornsdottir, 2016; Lauring, Kutlikova,
Dörflinger, Haugbøl, Leder, Kupers e Pelowski, 2019para revisão). Assim, em
conjunto com
com o envelhecimento da população mundial, a DP é um alvo cada vez mais urgente
para a pesquisa clínica e cerebral.
Ao mesmo tempo - e apesar, ou talvez até por causa de, mudanças
motoras e cognitivas - uma coleção emergente de estudos de caso relata
uma explosão repentina de produção artística, criatividade visual ou mesmo
paixão por artes visuais (bem como música, dança , romances, poesia /
escrita, etc.). Uma pesquisa recente deJoutsa, Martikainen e Kaasinen (2012)
sugere que isso pode atingir mais de 20% dos pacientes; pode ocorrer com
artistas estabelecidos (Forsythe, Williams e Reilly, 2017) e com indivíduos
que nunca antes demonstraram interesse artístico (Inzelberg, 2013;
Lhommée et al., 2014) Os estudos de caso também relatam mudanças no
estilo, tema, cor, técnica ou mesmo na qualidade estética - muitas vezes
considerada melhorada - das imagens produzidas (Lauring et al., 2019)
Este fenômeno fornece uma janela intrigante para uma melhor

⁎ Autor
correspondente em: Departamento de Neurociência e Farmacologia, BRAINlab, Universidade de Copenhagen, Blegdamsvej 3B, DK-2200 Copenhagen,
Dinamarca.
Endereço de e-mail: jonolauring@gmail.com (JO Lauring).
1 Esses autores contribuíram igualmente.

https://doi.org/10.1016/j.bandc.2019.103597
Recebido em 3 de junho de 2019; Recebido na forma revisada em 19 de agosto de 2019; Aceito em 20 de agosto de 2019
0278-2626 / © 2019 Elsevier Inc. Todos os direitos reservados.
JO Lauring, et al.
compreensão das bases sintomáticas e neurofisiológicas para DP e de
nossas experiências artísticas ou estéticas. Vincular mudanças
neurobiológicas, ocasionadas por padrões específicos de doença, a suas
consequências comportamentais tem o potencial de se obter uma ideia
melhor sobre a capacidade humana de se envolver nas artes. Isso também
pode ser útil para compreender a função geral do cérebro (Boot, Baas, van
Gaal, Cools e De Dreu, 2017) e oferece evidências empíricas importantes
para o estudo causal como uma contrapartida necessária para imagens
cerebrais (Zaidel, Nadal, Flexas e Munar, 2013) Isso também segue uma
tendência recente na neurociência que tentou vincular padrões de dano -
com demência, acidente vascular cerebral e doença de Alzheimer (DA) - a
mudanças, ou não mudanças, na avaliação da arte (Chatterjee, Bromberger,
Smith, Sternschein e Widick, 2011; Chaudhuri et al., 2015; Graham,
Stockinger e Leder, 2013; Gretton & Ffytche, 2014), com resultados
potencialmente fornecendo uma base para o diagnóstico precoce e terapia
de reabilitação ou mesmo neuroprotetora (Chaudhuri et al., 2015; Lim, Fox e
Lang, 2009; Martinez-Martin, Rodriguez-Blazquez, Kurtis e Chaudhuri, 2011)
No entanto, apesar do interesse e das descobertas emergentes sobre fazer
arte (Lauring et al., 2019), o impacto do PD em como nós visualizar arte ou
na apreciação estética - sem dúvida tarefas muito mais gerais em toda a
população humana - não foi investigado.
Neste artigo, oferecemos um primeiro estudo sistemático de DP e visualização
de arte. Comparamos uma coorte de pacientes com DP contra controles saudáveis
de mesma idade (HCs), pedindo aos participantes que avaliassem uma série de
pinturas para ambas as escalas hedônicas de gosto e beleza, bem como usando
uma bateria padronizada previamente projetada de avaliações relativas a fatores
formais projetados para identificar conexões funcionais para danos no cérebro (
Chatterjee, Widick, Sternschein, Smith e Bromberger, 2010) Isso é precedido por
uma discussão da base neurológica e sintomática do TP, especialmente no que se
refere à percepção, cognição e função cerebral, bem como aspectos de avaliação
clínica ou pontuação de gravidade e estudos anteriores relacionados à arte.
Concluímos com implicações e direções futuras para PD e pesquisa estética.
2. Teoria: neurobiologia da DP, sintomas e relação potencial com a
percepção da arte
A razão para o início da DP ainda é desconhecida e muito provavelmente
envolve uma série de fatores genéticos e ambientais (Kalia & Lang, 2015) É,
no entanto, uma doença neurodegenerativa envolvendo diminuição ou dano
a áreas específicas do cérebro, que podem seguir um padrão geralmente
específico e, assim, fornecer uma base para avaliações comportamentais ou
diagnósticas correspondentes.
2.1. Principais regiões, sintomas e tratamentos do cérebro relacionados à DP
Mais notavelmente, a DP envolve novamente a perda da capacidade do
cérebro de produzir DA. Ele atua como um neurotransmissor, evocando
principalmente potenciais de ação em neurônios pós-sinápticos e, portanto, é um
componente importante do funcionamento e da interconectividade do cérebro.
Como mostrado emFigura 1, que representa as principais áreas do cérebro
relacionadas à DP e sobreposição potencial com evidências relacionadas à arte, o
principal local de produção de DA relacionada à DP é na substância negra pars
compacta (vSNc), uma região no mesencéfalo (Cameron, Watanabe, Pari e Munoz,
2010) O vSNc está funcionalmente conectado, através da via nigostriatal DA aos
gânglios da base, um conjunto diversificado de núcleos subcorticais - incluindo a
substância negra, pálido, núcleo subtalâmico; caudado / estriado - situado na base
do prosencéfalo e com uma função primária envolvendo seleção de ação,
formação de hábito e regulação de áreas motoras / pré-motoras (Grahn,
Parkinson e Owen, 2008) A depleção neuronal foi identificada na área tegmental
ventral (VTA) e áreas associadas ao longo das vias DA mesolímbica e mesocortical.
A via mesolímbica conecta o VTA ao estriado ventral (principalmente nucleus
accumbens, NAcc), associada à motivação e recompensa. Isso também se projeta
para o hipocampo - formação de memória, navegação, emoção (regiões
anteriores) - bem como para o córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC),
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Brain and Cognition 136 (2019) 103597
associado à motivação, resposta de recompensa, introspecção,
autoconsciência e ao córtex orbitofrontal (OFC), um local-chave de
processamento de recompensa (Elliott, Dolan e Frith, 2000; Takeuchi et al.,
2010) A via mesocortical transmite DA do VTA para o córtex pré-frontal (PFC),
especialmente as regiões dorsolaterais (dlPFC), e está mais relacionada às
funções executivas, motivação, emoção e julgamento. Além do alvo principal
dos sistemas dopaminérgicos e do cérebro, as alterações neuropatológicas
também podem afetar os sistemas nervosos central e autônomo, e também
os sistemas noradrenérgico, serotonérgico e colinérgico (Alenicova,
Likhachev e Davidova, 2017; Braak et al., 2003; Hawkes, Del Tredici, & Braak,
2010; Lim et al., 2009)
As alterações neurobiológicas relacionadas à DP levam a uma série de
sintomas. A doença é geralmente diagnosticada por sintomas motores -
movimento lento / prejudicado, rigidez, tremor (Okun, 2012) Estes são
acompanhados, ou mesmo precedidos por até vinte anos (Hawkes et al.,
2010), por uma série de sintomas não motores (Chaudhuri et al., 2006;
Jellinger, 2014; Martinez-Martin et al., 2011; Simuni & Sethi, 2008), muitas
vezes progredindo em gravidade com a doença (Hawkes et al., 2010) Entre
estes estão os sintomas cognitivos e emocionais, que podem incluir déficits
de atenção, memória, linguagem ou redução da motivação / conação, bem
como aumento da apatia, anedonia (Connolly e Lang, 2014; Grover, Mansi,
Santhosh e Ajit, 2015; Le Bouc et al., 2016), ou capacidade reduzida de
distinguir informações emocionais, especialmente em situações sociais (
Enrici et al., 2015) Os sintomas sensoriais incluem olfato e visão prejudicados
(Bayulkemand e Lopez, 2011; Chaudhuri et al., 2006; Sveinbjornsdottir, 2016)
Notavelmente, entre os últimos, os pesquisadores sugerem visão turva ou
dupla, sensibilidade ao contraste reduzida, discriminação de cores (
Alenicova et al., 2017; Müller, Woitalla, Peters, Kohla, & Przuntek, 2002; Oh et
al., 2011), detecção de movimento e percepção do espaço (Davidsdottir,
Cronin-Golomb, & Lee, 2005), e atenção seletiva ou reconhecimento visual (
Bodis-Wollner, 2009) Estes são mais frequentemente conectados a
evidências eletrofisiológicas e morfológicas de ruptura da estrutura e função
da retina (por exemplo,Bodis-Wollner, Miri e Glazman, 2014), mas também
pode estar ligado a córtices visuais danificados ou vias ventrais e dorsais ou
áreas relacionadas à associação visual no cérebro (Archibald, Hutton, Clarke,
Mosimann, & Burn, 2013; Bodis-Wollner, 2009; Diederich, Stebbins, Schiltz e
Goetz, 2014) Os sintomas psiquiátricos incluem depressão, ansiedade (
Bayulkemand e Lopez, 2011; Connolly e Lang, 2014; Grover et al., 2015),
alucinações (Connolly e Lang, 2014; Diederich et al., 2014; Fénelon, Soulas,
Zenasni e De Langavant, 2010) e comportamentos compulsivos ou
repetitivos.
A DP também muitas vezes envolve tratamentos, que podem por si próprios
contribuir para mudanças comportamentais (Tarsy, 2016) A terapia inicial mais comum
envolve a reposição de DA, geralmente via levodopa oral. Isso também é frequentemente
aumentado por agonistas DA, que aumentam a receptividade das áreas do cérebro à DA.
Especialmente os agonistas podem ter efeitos colaterais que incluem prazer aumentado
ou viciante, insônia, alucinação e distúrbios de controle de impulso (CDI). Os médicos
também podem utilizar uma variedade de outros medicamentos, bem como a
estimulação cerebral profunda (DBS, consulteConnolly & Lang, 2014) Observe, no
entanto, devido aos impactos inconsistentes do DBS em estudos anteriores de arte e
criatividade, este foi um fator excludente no presente estudo.
Finalmente, para avaliar e documentar os sintomas, médicos e pesquisadores
costumam usar a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS,
Fahn & Elton, 1987), atualizado para o MDS-UPDRS (Stebbins et al., 2007), com
uma pontuação relatada frequentemente usada como uma abreviação para a
gravidade da doença (como também usado no presente artigo). O meio mais
comum de descrever os estágios da DP, com base na avaliação dos sintomas,
envolve a escala de Hoehn e Yahr (HY) (Hoehn & Yahr, 1967) Os estágios de Braak
das lesões (Braak et al., 2003), têm sido o meio padrão de organizar danos
específicos ao cérebro. Os fatores acima também podem ser combinados em uma
descrição geral da progressão da DP (Hawkes et al., 2010; Skorvanek et al., 2017;
Zhao et al., 2010) Isso sugere um intervalo de tempo geral de cerca de quarenta
anos: com os primeiros vinte anos envolvendo mudanças sutis em regiões
especialmente não motoras e eventuais sintomas cognitivos e emocionais,
geralmente de três anos antes do diagnóstico,
JO Lauring, et al. Brain and Cognition 136 (2019) 103597

Figura 1. Principais vias DA e regiões do cérebro implicadas na interação artística e nos estudos de DP. (Figura baseada emLauring et al., 2019)

seguido pelo início dos sintomas motores, diagnóstico, tratamento (HY Estágio 1, Isaias e Pezzoli, 2012), com tais alterações normalmente sugeridas para se
Braak Estágio III) e, em seguida, seguido por até 20 anos de aumento de sintomas relacionar com DA ou outras alterações funcionais em toda a recompensa
cognitivos, emocionais e visuais (HY Estágio 3-5) na DP diagnosticada. mesolímbica e regiões mesocorticais pré-frontais (Lauring et al., 2019)
(2) Os relatórios também documentam indivíduos que foram artisticamente ativos
antes do diagnóstico de DP, e que também pode apresentar certas
alterações artísticas. Isso pode envolver, mais uma vez, aumentos na
2.2. Hipóteses e questões pendentes para o impacto da DP na apreciação
motivação ou criatividade sentida, bem como modificações na forma, estilo
estética
ou temas (por exemplo,Forsythe et al., 2017; Lakke, 1999; Pinker, 2002;
Shimura, Tanaka, Urabe, Tanaka e Hattori, 2012) A pesquisa sugere, por
Dentro dos sintomas e estágios de DP acima, os pesquisadores começaram a
exemplo, maior ênfase na abstração ou impressionismo (Chatterjee et al.,
descobrir indicações intrigantes para o impacto na arte ou no processamento /
2006; Kulisevsky et al., 2009; Pinker, 2002), com pinceladas mais soltas, bem
experiência estética (veja novamente também Figura 1) Isso é observado principalmente
como ênfase no humor ou expressividade emocional (Canesi et al., 2012;
em estudos de caso ou relatos anedóticos envolvendo a produção de arte e mudanças na
Kulisevsky et al., 2009; Lakke, 1999; Shimura et al., 2012) Os autores relatam
produção de artistas (Inzelberg, 2013; Lauring et al., 2019) e pode sugerir, pelo menos,
cores mais vibrantes após PD / terapia (Pinker, 2002) ou uma ênfase na cor e
potenciais efeitos recíprocos na visualização de arte ou na apreciação estética.
luz em vez de forma / detalhe (Kulisevsky et al., 2009) Uma revisão em
estudos de caso publicados anteriormente mostrou algumas evidências
Estudos anteriores geralmente consideraram indivíduos nos estágios iniciais
para mais uso de azul / verde e também laranja, bem como saturação de cor
de diagnóstico de DP, mas com um intervalo de tempo geralmente amplo (com
mais alta (Lauring et al., 2019)
uma média de 10,9 anos; Estágios HY 1-4 (Lauring et al., 2019; Veja tambémLakke,
Um achado comum também envolve mudanças mais técnicas, como
1999), e envolvem duas descobertas principais: (1) Estudos de caso documentaram
desequilíbrio de composição (Lakke, 1999), falta de linhas verticais ou menos
novatos na produção de arte que repentinamente mostram uma explosão de
fluidas e hachura (Chatterjee et al., 2006) Um estudo recente deForsythe et
interesse artístico, criatividade e até mesmo desejo ou necessidade de fazer arte
al. (2017), que utilizou obras de arte ao longo da vida de dois artistas
(por exemplo,Chatterjee, Hamilton, & Amorapanth, 2006; Lakke, 1999; Pinker,
famosos com diagnóstico de DP - Salvador Dali e Norval Morrisseau -
2002) As evidências sugerem conexões com o aumento da recompensa sentida,
também encontraram evidências de um padrão em forma de U na dimensão
impulsividade e criatividade aumentadas ou inibição reduzida, com os pacientes
fractal, argumentado para indicar complexidade formal, que atingiu o pico
relatando se sentirem mais livres, mais espontâneos (Chatterjee et al., 2006;
no período presumivelmente em que um indivíduo pode exibir os primeiros
Lhommée et al., 2014; Pinker, 2002; Walker, Warwick e Cercy, 2006), e muitas
estágios da DP.
vezes relatando uma saída necessária para sua expressão criativa (Kulisevsky,
Embora convincentes, a evidência acima revela inúmeras questões e
Pagonabarraga e Martinez-Corral, 2009) Isso também é apoiado por algumas
questões pendentes que podem ser especialmente consideradas no estudo
comparações empíricas usando medidas visuais e não visuais / verbais
com visualização de arte. Essas mudanças podem, por exemplo, sugerir
padronizadas (Canesi et al., 2016; Canesi, Rusconi,

3
JO Lauring, et al.
modulações no gosto geral ou na atenção às características formais que se
manifestariam tanto na produção artística quanto, talvez de forma ainda mais
saliente, na visualização. No entanto, não está claro qual deles, se houver, pode
ser traduzido da produção de arte para a exibição ou para a atenção estética
geral. Mesmo aspectos como uma mudança para a abstração ou impressionismo
não são atualmente simples (por exemplo, consulteShimura et al., 2012 para um
artista que parecia mover-se com estilo na direção oposta e se tornar menos
criativo).
De forma mais geral, há uma questão de base neurobiológica, farmacêutica ou outra
(ou seja, contextual) subjacente para as mudanças, que pode ser parcialmente abordada
por meio de uma consideração de visualização (Lauring et al., 2019) Alguns fatores - por
exemplo, acidentes vasculares cerebrais, hachuras - podem estar ligados principalmente
a sintomas motores (decorrentes da funcionalidade diminuída nas áreas DA
nigroestriatal). Como pode-se esperar que o impacto resultante na produção de arte se
vincule à própria tarefa de produzir fisicamente a criação de marcas, isso pode não estar
necessariamente relacionado à visualização de arte. Isso também poderia explicar a
mudança para estilos mais impressionistas ou abstratos e o aumento da complexidade,
que novamente pode não se relacionar com a mudança no gosto da arte em si. Da
mesma forma, a alteração da discriminação de cor azul-amarelo é observada como um
problema comum com PD (Alenicova et al., 2017; Birch, Kolle, Kunkel, Paulus, &
Upadhyay, 1998; Müller et al., 2002; Oh et al., 2011), talvez fazendo com que os artistas
ignorem certas cores ou as usem em excesso, explicando o uso mais saturado ou
vibrante da cor, pois poderia reduzir a sensibilidade ao contraste. Por outro lado, os
fatores acimapoderia também se ligam a mudanças mais complexas em outras regiões
do cérebro e processos cognitivos e perceptivos alterados, que podem afetar a
visualização. O foco da cor ou mesmo o interesse em abstração, por exemplo, pode estar
relacionado a uma busca intensificada de recompensa, interesses ou percepção
alterados de humor e do ambiente, etc., e pode, portanto, se manifestar tanto na criação
quanto na visualização / avaliação da arte.
Movendo-se para outros processos emocionais e cognitivos, os estudos
também enfocaram a capacidade dos pacientes com DP de gerenciar informações
emocionais, que também podem coincidir com mudanças de cor ou abstração. A
DP foi associada à baixa proficiência em perceber e classificar as emoções
representadas no ambiente (Assogna, Pontieri, Caltagirone, & Spalletta, 2008;
Enrici et al., 2015; Gray & Tickle-Degnen, 2010; Lima, Garrett, & Castro, 2013;
Serranová et al., 2011) Sugere-se que esses sintomas estejam relacionados a
danos / mudanças em uma ou mais áreas-chave de processamento de emoções e
foram considerados independentes das habilidades cognitivas e perceptivas em
geral, bem como da capacidade de identificar emoções no self (Enrici et al., 2015)
Os artistas PD podem usar sua arte como uma forma de explorar a emoção,
especificamente devido à sua ambigüidade sentida, explicando assim a elevada
emocionalidade.
O comprometimento do processamento da emoção também pode sugerir que a
exibição de arte mostraria resultados diferentes. Um primeiro estudo deBowers et al.
(2006), que mostrou imagens aversivas coincidindo com uma explosão de ruído branco,
relatou menor resposta de sobressalto em pacientes com DP medicamentosos em
comparação com HCs, o que eles atribuíram a um embotamento na receptividade ou
consciência das emoções. van Tricht, Smeding, Speelman e Schmand (2010), em um
estudo com clipes de música, também descobriram que pacientes com DP
medicamentosos (em levodopa e principalmente em agonista DA) mostraram
deficiências no reconhecimento de medo e raiva (mas não tristeza e felicidade). Lima et
al. (2013), por outro lado, encontraram um reconhecimento diminuído de felicidade e paz
relacionadas à música em pacientes com DP igualmente medicados, em comparação
com os controles, mas não encontraram nenhuma diferença na tristeza e no medo. Em
um estudo semelhante,Saenz et al. (2013)encontraram reconhecimento prejudicado de
medo e tristeza - no entanto, isso ocorreu com a visualização de rostos, enquanto o
reconhecimento na música não diferiu dos controles. Vicente et al. (2011)não
encontraram nenhuma diferença entre os estágios iniciais e posteriores de DP e os
participantes de controle na intensidade relatada de uma série de emoções ao assistir a
clipes de filme. Esses resultados sugerem que as descobertas anteriores podem estar
altamente vinculadas às condições específicas do estudo, ou pode haver dissociações
únicas entre as modalidades - levantando a necessidade de um estudo com arte visual.
As perguntas também podem estar relacionadas à motivação e ao interesse relacionado à
arte. A descoberta acima nos estudos de produção de arte do aumento do desejo pela arte
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Brain and Cognition 136 (2019) 103597
fazer e sentir recompensa ou mesmo compulsividade, pode estar ligada a mudanças
relacionadas ao PD nas vias de recompensa DA (especificamente circuitos DAergic
mesolímbicos conectando-se ao estriado ventral / NAcc, bem como OFC medial (mOFC)
ou até mesmo áreas de rede de modo padrão (DMN), como o vmPFC e o córtex cingulado
posterior (PCC), veja também abaixo). Como a arte é frequentemente sugerida como uma
experiência gratificante (Lauring et al., 2019), podemos esperar - se as mudanças se
relacionam com as áreas de recompensa do cérebro - aumento semelhante do interesse
geral ou gosto e prazer pela arte dos outros também, especialmente estilos que evocam
sentimentos positivos (por exemplo, Schwingenschuh, Katschnig, Saurugg, Ott e Bhatia,
2010)
Por outro lado, também é possível que as mudanças de motivação possam ser
parcialmente ou mesmo predominantemente impulsionadas por outros fatores,
como talento latente pré-mórbido ou personalidade (Bachner-Melman et al., 2005;
Canesi et al., 2012; Zaidel, 2014), ou que a busca pelo prazer artístico ou pela
produção de arte se relaciona apenas com a própria realização e não afeta o gosto
artístico em geral. A exibição de arte, ao contrário de fazer, também pode mostrar
evidências de anedonia (Connolly e Lang, 2014; Grover et al., 2015; Le Bouc et al.,
2016), sugerindo novamente a necessidade de uma comparação dos efeitos da
percepção da arte também.
Argumentos semelhantes podem ser feitos para o vínculo entre recompensa /
motivação e tratamento farmacológico que acompanha o TP. É amplamente
sugerido - além de qualquer outra explicação - que um componente-chave na
mudança repentina de comportamento artístico envolve a farmacoterapia DAergic
(Chatterjee et al., 2006; Inzelberg, 2013; Kulisevsky et al., 2009; Lhommée et al.,
2014; Shimura et al., 2012; Walker et al., 2006) A levodopa e especialmente os
agonistas DA foram observados em vários dos estudos de caso relativos aos
aspectos gerais de recompensa, criatividade e inibição. Este fator foi
recentemente colocado porLauring et al. (2019)para combinar com alterações
cerebrais relacionadas ao PD, levando ao aumento da atividade em áreas-chave -
estriado dorsal (compulsividade), NAcc, mOFC e vmPFC (impulsividade e busca de
recompensa) - talvez acentuando muitas das mudanças estéticas observadas
acima (ver também Kulisevsky et al., 2009; Lhommée et al., 2014; Weintraub e
Nirenberg, 2013) A medicação para DP pode aumentar a receptividade DAergic em
áreas como o PFC ligado a funções cognitivas elevadas (Ellamil, Dobson, Beeman e
Christoff, 2012) Isso também é apoiado em estudos de DBS, que muitas vezes
coincidem com a redução da medicação após a cirurgia e mostraram uma perda
de interesse na arte e subjetivamente sentiu uma necessidade de fazer arte (
Canesi et al., 2012; Drago, Foster, Okun, Cosentino, et al., 2009; Lhommée et al.,
2014), bem como diminuída nostalgia, admiração e alegria nos relatos subjetivos
dos pacientes, por exemplo, música (Trost et al., 2018; Veja tambémVicente et al.,
2009)Kulisevsky et al. (2009)também conectou maior emocionalidade à terapia DA
- novamente descobertas que podem ser hipotetizadas para planejar um papel na
visualização de arte.
O único estudo empírico conhecido que considerou o TP e a visão da
arte aponta para a necessidade de um estudo mais sistemático desse
domínio. Drago, Foster, Okun, Cosentino, et al. (2009), avaliou o caso de um
único pintor profissional com 20 anos de história de DP, que recebeu
implante de DBS (STN esquerdo). O paciente avaliou dez pinturas do artista
Stephen Duren, metade enquanto recebia estimulação DBS e metade
enquanto “desligado”. As avaliações foram feitas em escalas de 10 pontos
com base em seis “qualidades artísticas”: beleza, integridade, originalidade,
qualidade de renderização, habilidade demonstrada e força de sentimentos
ou pensamentos induzidos. Estes foram ainda comparados com as
classificações de um grupo de HCs (sem relato de treinamento / experiência
em arte). Com o DBS “desligado”, as avaliações do paciente não diferiram
dos controles. Com o DBS “ligado”, a integridade da pintura avaliada,
habilidade artística e impacto evocativo (“Com que intensidade a pintura
induz sentimentos ou pensamentos?”) Foram significativamente menores do
que as classificações médias dos controles.Goff & Torrance, 2002) também
foi reduzido.
Este estudo é obviamente bastante limitado em termos de fazer
inferências. Envolve apenas um indivíduo com DBS, novamente muitas vezes
ligado a uma redução da criatividade visual sentida ou interesse artístico (
Lhommée et al., 2014), e com um efeito neurobiológico real que ainda está
em debate (Apetauerova et al., 2006; Moro & Lang, 2006), na medida em que
JO Lauring, et al.
O DBS é freqüentemente um fator de exclusão para os tipos de pesquisa empírica
acima, como novamente é o caso neste artigo. A idade de DP do paciente (20
anos) também a colocou fora da janela típica para mudanças artísticas avaliadas
(normalmente de 0 a 10 anos a partir do diagnóstico), enquanto as explicações de
por que as mudanças foram detectadas levantam questões em si mesmas. Os
autores sugerem que isso pode estar relacionado à desativação das habilidades
visuoespaciais de mediação do hemisfério direito ou atenção global, mas DBS
também pode ter coincidido com o agravamento da DP e redução da medicação
(verLauring et al., 2019 para este argumento). Curiosamente, o mesmo paciente
também foi avaliado em um artigo paralelo (Drago, Foster, Okun, Haq, et al., 2009
), que considerou sua arte, e que considerou períodos anteriores ao DBS. Uma
avaliação das obras de arte do paciente (avaliada por nove juízes usando as
mesmas escalas acima) mostrou que a renderização e a habilidademelhorou
inicialmente de períodos pré-pré-sintomáticos iniciais para períodos pré-
sintomáticos posteriores, seguido por um declínio após DBS. A beleza e os
pensamentos / sentimentos evocados também diminuíram significativamente
após o DBS. A própria paciente também notou que DBS interferiu em sua
criatividade artística e, o que é mais intrigante, com elaapreciação da arte dos
outros também.
2.3. Estudo atual
O presente estudo avaliou o impacto potencial do DP na avaliação da arte ou
experiência estética. Isso foi feito comparando as classificações, feitas em várias
escalas, entre pacientes com DP e um controle pareado por idade e gênero.
Devido à sua novidade, este estudo foi tratado como um primeiro passo
amplamente exploratório nessa direção, utilizando baterias de questões
previamente empregadas em pesquisas sobre danos cerebrais e também
derivadas de discussões específicas sobre DP.
Em nosso design, seguimos uma metodologia e linha de pesquisa
recém-criada que tem mostrado a eficácia em conectar a percepção estética
a danos ou alterações específicas no cérebro. Embora ainda rara, a relação
de doença neurodegenerativa ou outro dano cerebral e percepção estética
foi recentemente investigada com acidente vascular cerebral, formas de
demência e DA, mostrando a eficácia de tais abordagens (ver, por exemplo,
Wijk, Berg, Sivik, & Steen, 1999 que detectaram mudanças na percepção de
cores e avaliações de beleza dos pacientes). Notavelmente, para efeitos
desta análise, seguimos o trabalho de um grupo de estudos porChatterjee,
Widick, Sternschein, Smith e Bromberger (2010), que envolveu o
desenvolvimento e uso da bateria de Avaliação de Atributos de Arte (AAA).
Este é um grupo de escalas de avaliação para artes visuais projetadas pelos
autores para investigar conexões funcionais com danos cerebrais. Ele
fornece um conjunto de 24 pinturas do cânone ocidental, que os
participantes devem julgar com relação a seis atributos "perceptuais
formais" ("equilíbrio" ou harmonia visual ou correção da imagem; "saturação
de cor"; "temperatura de cor" ou uso relativo de cores mais quentes,
vermelhas / amarelas ou mais frias / azuladas; "profundidade pictórica" ou
imagem relativamente mais 2D / 3D; "complexidade" visual; controle
frouxo / rígido de "pinceladas") e seis atributos de "representação do
conteúdo" ( precisão representativa ”ou realismo fotográfico relativo pelo
qual o conteúdo é representado;“ abstração ”;“ animacidade ”ou mais ou
menos sensação de que as imagens estão vivas; “Expressividade emocional”;
"simbolismo"; relativo “realismo” ou fantasia de temas na imagem).2
Bromberger, Sternschein, Widick, Smith e Chatterjee (2010, 2011)
conduziram dois estudos, cada um envolvendo um grupo de pacientes com
AVC do hemisfério direito com lesões no lobo frontal, temporal e parietal,
bem como na ínsula ou giro angular, comparando-os a HCs de mesma idade
(17 pacientes e 30 normais de mesma idade controles em Bromberger et al.,
2010; 20 pacientes e 30 HCs de mesma idade em
2 Observe, em nossa opinião, o AAA sofre de uma ambigüidade persistente bastante
pronunciada entre como certas escalas são rotuladas pelos autores e a explicação real
para o que estava sendo avaliado como comunicado aos participantes. As descrições
acima são, portanto, baseadas em nossa tentativa de desambiguação e podem nem
sempre refletir exatamente a nomenclatura original.
5
Brain and Cognition 136 (2019) 103597
Bromberger et al., 2011). Os resultados dos indivíduos com localizações de lesões
específicas (com base no mapeamento dos sintomas da lesão com base em voxel)
foram comparados com os controles. Ambos os estudos revelaram desvios dos
controles em atributos como profundidade, abstração / realismo representativo,
animacidade e simbolismo.Bromberger et al. (2010)adicionalmente encontradas
diferenças para temperatura de cor. No presente estudo, usamos as mesmas
escalas e procedimento AAA. Nossas investigações tiveram como alvo uma coorte
de indivíduos afetados por DP, que comparamos de forma semelhante a um
grupo HC de mesma idade. Eles viram um subconjunto das mesmas pinturas
fornecidas no AAA (Chatterjee et al., 2010), com resultados contrastados entre
pacientes e controles para avaliar potenciais diferenças gerais nas escalas.
Além disso, também incluímos uma avaliação separada com um número maior de
obras de arte abstratas e representacionais envolvendo avaliações hedônicas de gosto e
beleza. Isso também foi projetado para se basear na revisão da literatura acima -
potencialmente revelando mudanças no interesse geral pela arte ou no prazer sentido,
bem como no prazer de certos estilos. Isso também se destinava a tratar da estabilidade
dessas avaliações. Notavelmente, ambosBromberger et al. (2011)estudos não
observaram diferenças entre os dois grupos em termos de preferências ou interesses
artísticos, nem o estudo de cores por Wijk et al. (1999). Halpern, Ly, Elkin-Franklin e
O'Connor (2008), que avaliou as classificações de gosto de pinturas representacionais e
abstratas por pacientes com DA em estágio inicial em dois pontos de tempo, também
mostrou que, apesar do desempenho da memória explícita em pacientes com DA cair
para níveis aleatórios (conforme avaliado por uma segunda tarefa de evocação de
imagem distrator), os pacientes fizeram não tem mudança significativa entre AD em
estágio inicial e grupo de controle para consistência de preferência de todos os tipos de
arte. Além disso, havia diferenças significativas no tipo de preferência entre os dois
grupos. Em um estudo semelhante,Graham et al. (2013)também não encontraram
diferenças significativas entre pacientes com DA e grupos de controle para consistência
de preferência de pinturas de retratos e paisagens e fotografias de paisagens. Esses
resultados sugerem amplamente que, apesar das capacidades cognitivas e do
enfraquecimento da memória explícita, o senso estético - pelo menos para categorias
específicas de objetos estéticos - pode permanecer intacto.
Também nos concentramos em indivíduos nos estágios iniciais a moderados
de DP (por exemplo, estadiamento HY de 1–3), combinando com a maioria dos
estudos de arte anteriores, e consideramos todos os indivíduos em levodopa e
agonistas DA. Por questões éticas, não foi possível retirar os indivíduos da
farmacoterapia. No entanto, ao usar pacientes medicados, fornecemos, portanto,
uma correspondência geralmente próxima às condições de fazer estudos com as
mudanças observadas mais salientes. Além disso, relatamos extensos
antecedentes do paciente, estadiamento de DP e regime de drogas, a fim de
fornecer um estudo controlado e sistemático ao máximo.
3. Material e métodos
3.1. Participantes
O estudo incluiu uma amostra final de 21 pacientes com DP (17 mulheres,Mera
=64,61 anos, SD= 7,58; intervalo = 48-78 anos; Duração média da DP = 7,86 anos,
SD= 4,31, intervalo = 3–17). Estes foram pareados com um grupo de controle de 23
participantes HC pareados por gênero e idade (17 mulheres;Mera =64,35 anos, SD=
6,43; intervalo = 48–73 anos). Os participantes em DP foram recrutados no
Hospital Bispebjerg da Universidade de Copenhagen, onde a maioria eram
pacientes e haviam sido previamente diagnosticados com DP, bem como em um
grupo de DP no Facebook e em anúncios na revista dos membros da Parkinson
Society. Os participantes de controle foram recrutados por meio de bancos de
dados de voluntários para teste. Nenhum dos participantes de qualquer grupo era
um artista profissional ou semiprofissional ou tinha uma profissão relacionada à
arte; todos tinham visão normal ou corrigida para normal, sem daltonismo; ambos
os grupos não receberam compensação monetária ou outra.
Ver Tabela A.1 do Apêndice para a gravidade dos sintomas do paciente em DP
e informações sobre tratamento / medicação. As informações de histórico
completas foram indicadas na tabela nos casos em que o indivíduo era um
paciente do Hospital Copenhagen Bispebjerg. No caso de cinco pacientes, o
JO Lauring, et al.
indivíduo estava recebendo tratamento em outro lugar e, portanto, um resumo
completo do tempo desde que o diagnóstico e as informações específicas de
medicação / dosagem não puderam ser obtidas. No entanto, foi confirmado por
um médico (um dos autores do artigo) que todos os pacientes sofriam de DP (seja
por um exame clínico ou, no caso de dois indivíduos que recusaram um exame,
por meio da confirmação com seu médico de cuidados primários com
consentimento do paciente). Também foi confirmado que todos estavam
recebendo Levodopa e agonistas DA. Nenhum paciente estava recebendo DBS.
Todos receberam sua farmacoterapia antiparkinsoniana usual ao longo do estudo.
Além disso, todos os pacientes, com exceção de dois indivíduos que
recusaram o exame, foram avaliados ao visitar o local do estudo quanto à
gravidade dos sintomas (pelo mesmo médico), com pontuações atribuídas usando
a escala Unified Parkinson's Disease Rating (UPDRS III) (UPDRS, Fahn & Elton, 1987
) e a escala de avaliação modificada de Hoehn e Yahr (HY) (Goetz et al., 2004)
Todos os pacientes com DP apresentaram sintomas leves a moderados e intervalo
de tempo com DP, alinhando-se com a maioria dos relatos de caso de arte
anterior. Nenhum déficit cognitivo foi detectado (conforme avaliado por meio do
teste de Avaliação Cognitiva de Montreal7,0 (MoCA; Nasreddine et al., 2005) Os
pacientes também foram avaliados por meio do Inventário de Depressão de Beck
II (BDI-II;Beck, Steer, Ball e Ranieri, 1996), Vejo Resultados seção para uma
discussão mais aprofundada.
Observe também que a amostra original de DP incluiu 23 pacientes, sendo um
excluído devido a graves déficits cognitivos seguidos de acidente vascular
cerebral, e um excluído devido à presença de implante DBS. Antes de participar,
foi obtido consentimento informado por escrito de todos os participantes. O
estudo foi aprovado pelo Comitê Regional de Ética em Pesquisa em Saúde de
Copenhagen, Dinamarca.
3.2. Procedimento
Os participantes concluíram o estudo principal individualmente e
separadamente em uma sala silenciosa, enquanto sentados em uma mesa, vendo
obras de arte ou perguntas de pesquisa em um monitor (SONY LED / tela de 43 ″)
colocado na frente deles. Os participantes registraram todas as respostas de
classificação a lápis em um formulário de avaliação de papel. Este método foi
escolhido devido à dificuldade de alguns participantes no uso do teclado. Antes do
início do teste, os participantes foram instruídos a ver uma série de pinturas e a
avaliar cada trabalho individual em uma série de escalas. As tarefas foram
realizadas no BRAINlab, INF, Universidade de Copenhagen. Os testes
neuropatológicos dos pacientes com DP também foram realizados
individualmente, em uma data separada, e administrados por um neurologista do
Hospital Bispebjerg da Universidade de Copenhagen.
3.2.1. Parte 1: avaliação dos atributos formais de arte (AAA)
Para a primeira tarefa de classificação de arte, os participantes realizaram
uma versão modificada do teste AAA para características formais de arte visual (
Chatterjee et al., 2010) Procedimento seguido deChatterjee et al. (2010). Antes do
início do teste, os participantes foram instruídos a mostrar um novo conjunto de
pinturas e a avaliar cada uma com base no conjunto de atributos. As escalas
incluíram os seis "atributos perceptuais formais" (1-6 abaixo) e seis "atributos
representacionais do conteúdo" (7-12, observe que o texto entre colchetes refere-
se à explicação fornecida aos participantes como parte do treinamento pré-
estudo, consulte abaixo): (1) Equilíbrio [Harmonia visual ou “correção” visual], (2)
Saturação de cor [Paladar de cores calmas (mais pastel) ou vibrantes (mais
brilhantes)], (3) Temperatura de cor [Quente (vermelhos, laranjas, amarelos ) ou
palato de cores frias (azuis, roxos)], (4) Profundidade [Plano [(bidimensional) ou
profundidade (sentido de três dimensões)], (5) Complexidade [Mais simples
(continha menos elementos) ou mais complexo], (6) Pinceladas [pinceladas soltas
ou fortemente controladas], (7) Abstração [Imagens abstratas ou concretas
(representacionais)], (8) Animaidade [Mais ou menos sensação de os objetos
estarem vivos], (9) Emoção [Expressividade mais ou menos emocional], (10)
Realismo [Realístico ou fantástico imagens (por exemplo, cavalo versus
unicórnio)], (11) Precisão representativa [Grau de realismo representativo
(semelhante a uma fotografia)], (12) Simbolismo [Conteúdo literal ou simbólico].
Todas as avaliações usaram uma escala do tipo Likert de 5 pontos
6
Brain and Cognition 136 (2019) 103597
(Segue Chatterjee et al., 2010)
Os participantes foram primeiro treinados no significado / uso das escalas
com três exemplos de obras de arte e, em seguida, avaliaram as pinturas alvo. Os
participantes foram apresentados inicialmente a uma tela cinza escuro (usando a
apresentação de slides do Microsoft PowerPoint), exibida por dois segundos.
Seguiu-se uma pintura, centrada na tela com fundo cinza escuro, e os
participantes pediram para fazer uma avaliação para todas as escalas em um
formulário de papel sem tempo mínimo ou máximo de visualização. Seguindo a
resposta a todas as escalas para uma obra de arte, os participantes avançaram
para a imagem da rede até que todo o conjunto fosse concluído. O tamanho da
pintura foi padronizado nas imagens para deixar bordas de uma polegada na
parte superior e inferior da tela.
O conjunto de pinturas incluiu 15 pinturas tiradas de Chatterjee et al. (2010), e
reduzido dos 24 originais devido à dificuldade demonstrada pelos pacientes com
DP em testes piloto quanto à concentração por longos períodos. Todas as pinturas
são exemplos do cânone ocidental da história da arte (verMaterial suplementars
Tabela S1 para uma lista completa), e equilibrada entre atributos perceptuais
formais e representacionais de conteúdo de acordo com o original Chatterjee et
al. (2010)papel.
3.2.2. Parte 2: avaliações de gosto / beleza
Após a Parte 1, os participantes concluíram uma segunda tarefa de classificação
empregando um conjunto diferente de obras de arte, que avaliaram de acordo com seu
próprio gosto e pela beleza relativa de cada imagem. Os estímulos consistiam em 60
pinturas (listadas na Tabela S2,Material suplementars), a partir de um conjunto de arte
do século 19 ao 21 anteriormente usado em estudo empírico por nossa equipe (Lauring
et al., 2016) O conjunto foi balanceado entre obras representacionais (paisagem,
natureza-morta ou retrato) e abstratas, e foi selecionado para representar imagens /
artistas anteriormente desconhecidos pelos participantes leigos (verificados no estudo), a
fim de minimizar a confluência de referências altamente pessoais ao estímulos ou de
efeitos de exposição anteriores (por exemplo,Jacobsen, Schubotz, Höfel, & Cramon, 2006)
O conjunto de pintura foi ainda selecionado para ter uma distribuição uniforme de
qualidade de gosto geralmente negativo para positivo (com base no teste piloto anterior
com um conjunto maior de 314 pinturas, relatado emLauring et al., 2016), com 30 das
pinturas de maior pontuação por gosto e 30 das pinturas de menor pontuação
escolhidas, mantendo o equilíbrio abstrato / representacional.
Os participantes do presente estudo foram novamente apresentados a
uma tela cinza escuro (usando apresentação de slides do Microsoft
PowerPoint), exibida por dois segundos, seguida de uma pintura,
centralizada na tela com fundo cinza escuro e exibida individualmente por
sete segundos, durante os quais os participantes foram convidados a ver o
trabalho. A pintura foi então substituída por uma tela com uma versão
menor da pintura e escala, levando os participantes a registrar primeiro, seu
grau de "gosto", usando uma escala do tipo Likert de 200 pontos (−100 = não
gosto muito, 0 = nem gosto nem não gosto, + 100 = gosto muito), e em
segundo lugar para "beleza" (−100 = não muito bonito, 0 = nem não bonito
nem bonito, + 100 = muito bonito) As respostas podiam ser registradas
fazendo-se uma linha vertical em qualquer ponto da escala, que, além das
três âncoras de texto acima, tinha âncoras numéricas marcadas em
incrementos de 10 pontos.
"Gostar" foi selecionado porque é uma medida geral de preferência pessoal
ou julgamento hedônico / estético (Leder, Augustin e Belke, 2005; Reber, Schwarz
e Winkielman, 2004) “Beautiful” foi selecionada a fim de detectar possíveis
diferenças de julgamento em relação ao gosto, especialmente no que se refere a
aspectos mais formais / objetivos. Os participantes também foram instruídos a
anunciar se estavam familiarizados com a obra de arte circulando toda a escala no
livreto e, em seguida, escrevendo um / ambos o nome do artista e o nome da obra
de arte (incluído como uma verificação do verdadeiro conhecimento prévio).
Depois que os participantes fizeram suas avaliações, eles foram solicitados a
pressionar uma tecla para avançar para a próxima obra de arte. Isso foi repetido
para todo o conjunto de arte.
3.2.3. Demografia e interesse em arte
Finalmente, os participantes preencheram um questionário sobre
histórico demográfico, experiência anterior relacionada à arte (a seguir
JO Lauring, et al.
Chatterjee et al., 2010) - por exemplo, número de ateliês de arte ou aulas teóricas
anteriores, tempo gasto fazendo arte - e em relação ao interesse geral pela arte (a
seguir Pelowski, Gerger, Chetouani, Markey e Leder, 2017)
4. Resultados
A pontuação UPDRS III média foi de 8,25 (SD= 4,60; intervalo = 2–19 de 70
pontos possíveis). A pontuação média de HY (estágio de PD) foi de 1,9 (SD= 0,9)
com um intervalo de um a três da escala de 7 estágios (informações de pontuação
em dois pacientes não estavam disponíveis, consulte a nota em Tabela A.1e,
portanto, não incluído na média acima). A duração média após o diagnóstico de
DP foi de 7,69 anos (omitindo cinco pacientes para os quais um número exato não
pôde ser obtido). Observe, apenas um paciente (número 20 emTabela A.1)
mostrou uma pontuação de HY acima de 2,5 (neste caso, 3). A avaliação das
respostas individuais do paciente, no entanto, sugeriu que eles estavam bem
dentro de um desvio padrão das médias do grupo, enquanto as comparações das
análises a seguir, incluindo e excluindo este indivíduo, não mostraram quaisquer
diferenças materiais nos resultados relatados. Assim, esse indivíduo foi incluído
nas análises a seguir.
A pontuação média de comprometimento cognitivo do MoCA foi de 27,35 (DP
= 3,00; pontuação acima de 26 considerada normal, Rosenzweig & Chaves, 2018) A
pontuação média dos pacientes em sintomas de depressão, conforme medido
pelo BDI-II (Beck et al., 1996), correspondeu ao limite inferior da depressão leve,
no entanto, com uma variação relativamente alta entre os participantes (M =
12,25, SD= 10,29). (As informações da pontuação em dois pacientes não estavam
disponíveis).
O interesse pela arte e as respostas da experiência dos participantes não
mostraram diferenças significativas entre os subgrupos HC e PD (conforme
avaliado por meio de testes t independentes). No geral, os participantes
mostraram níveis de interesse geralmente moderados (média de HC = 3,23; média
de PD = 3,44;F (1, 44) = 0,29, p= 0,59), e teve muito poucas aulas de arte (média HC
= 1,1 aulas ao longo da vida; média PD = 1,7; F (1, 44) = 1,05,p= .31), alinhando-se
com o típico “observador leigo” na atual pesquisa empírica do estudo da arte. Os
grupos também não mostraram diferenças no nível geral de educação.
4.1. Comparação de classificação de arte PD versus HC - AAA
No geral, as escalas AAA mostraram uma distribuição geral uniforme pelas obras de
arte, embora tendendo para a extremidade superior ou inferior de certas escalas para
imagens de arte específicas, mas sem diferenças detectadas. Assim, novamente, todas as
obras de arte foram usadas para as análises a seguir.
As classificações médias para as escalas AAA nas obras de arte, comparando
entre as coortes HC e PD, são mostradas em Figura 2. Para avaliar as diferenças
potenciais entre os grupos nas classificações da arte, conduzimos uma série de
modelos lineares mistos (LMM), para cada uma das 12 escalas, separadamente. Os
LMMs foram conduzidos com o pacote lme4 (Versão 1.1-8;Bates, Machler, Bolker,
& Walker, 2015) em R (Versão 3.1.0; R Development Core Team) aplicando a
aproximação de Satterthwaite para valores p (lmerTest, versão 2.0-32; Kuznetsova,
Brockhoff e Christensen, 2016) Incluímos um contraste para o grupo (HC menos
pacientes com DP) como um fator fixo entre sujeitos e interceptações aleatórias
por imagem e interceptações aleatórias por participante com uma inclinação
aleatória para o grupo. Essa abordagem ofereceu o benefício de incluir obras de
arte individuais e instâncias do visualizador na análise, em vez de reduzir certos
tipos ou condições em meios, como em uma ANOVA típica. Assim, poderíamos
considerar como as classificações de obras de arte individuais podem mudar de
acordo com as condições e também construir a variação natural de ambas as
obras de arte (que, é claro, são diferentes e nem sempre avaliadas da mesma
forma) e participantes individuais no modelo. Esta inclusão de variância é
particularmente importante para estímulos relativamente heterogêneos, como a
arte.
Os resultados e as estatísticas para as comparações dos grupos PD
e HC são relatados em tabela 1. Devido à natureza exploratória do
estudo, os valores de significância são relatados sem correção para
múltiplas comparações de pares. No entanto, para o leitor interessado
em tal correção, também relatamos o alfa mínimo ajustado após um
7
Brain and Cognition 136 (2019) 103597
correção de Bonferroni familiar (por exemplo, levando em consideração todas as 12
escalas AAA) nas notas da tabela. Os valores de significância que sobreviveriam a tal
correção também são mostrados em negrito na tabela.
O achado inicialmente mais surpreendente foi o nível geral de concordância
entre os grupos HC e PD. Entre todos os fatores AAA "perceptuais
formais" (equilíbrio, saturação de cor e temperatura, profundidade, complexidade,
controle de pincelada) e entre todos os fatores AAA "representacionais de
conteúdo" (abstração, realismo, animacidade, precisão objetiva, conteúdo
simbólico), nós não encontraram diferenças de grupo. A inspeção das médias dos
grupos PD versus HC para cada pintura individual também sugeriu classificações
bastante uniformes para cada instância entre os grupos, sem tendências notáveis
em relação às diferenças.
A única diferença significativa detectada envolveu a expressividade emocional. Nesse
caso, os pacientes com DP avaliaram as pinturas como mais emocionalmente expressivas
do que os HCs. Embora não seja significativo, observe também que o simbolismo
avaliado e a saturação de cor mostraram pelo menos uma tendência em que os
participantes do TP os classificaram mais alto em ambas as escalas.
4.2. Comparação de classificação de arte PD e HC - gosto / beleza
As classificações médias de gosto e beleza, comparando entre coortes de
pacientes com HC e DP, são mostradas em Fig. 3, exibindo ainda pontuações
para cada obra de arte individual, dividindo também entre imagens
representacionais e abstratas e os meios gerais combinados.
Como pode ser visto, as avaliações de gosto e beleza em todas as obras de
arte individuais mostraram uma propagação ainda mais homogênea de
geralmente gostado e / ou bonito e geralmente não gostado e / ou não bonito,
novamente sem exceções. A correlação entre as avaliações individuais de gosto /
beleza em todas as obras de arte e combinações de participantes foi bastante
baixa (r = 0,084), sugerindo que as avaliações foram tratadas como
independentes. Mais uma vez, para avaliar as diferenças entre os grupos PD / HC,
os LMMs foram conduzidos para as escalas de gosto e beleza, separadamente,
usando a metodologia relatada acima (fator fixo entre sujeitos = grupo, HC menos
pacientes com PD, código de contraste; aleatório por imagem interceptações e
interceptações aleatórias por participante com uma inclinação aleatória para o
grupo). Além disso, incluímos o estilo de arte como (abstrato, representacional)
como outro fator fixo, codificado por contraste.
Os resultados são relatados em mesa 2. Entre as duas escalas hedônicas, novamente
não encontramos efeitos significativos de grupo. Um efeito principal significativo foi
encontrado para o estilo, com os grupos PD e HC apresentando classificações mais
baixas para imagens abstratas, correspondendo, assim, a vários estudos anteriores com
participantes geralmente novatos. Nenhum efeito significativo foi encontrado para a
interação grupo × estilo.
4.3. Gravidade de DP (estadiamento HY) e classificações
Por fim, consideramos o impacto potencial da gravidade da DP nas
classificações hedônicas e formais do art. Devido à amostra pequena e
à falta de hipóteses anteriores, isso foi tratado como uma avaliação ad
hoc puramente exploratória; no entanto, isso foi incluído como uma
indicação potencial para pesquisas futuras. A análise foi feita por meio
de outro conjunto de LMMs, novamente conduzido individualmente
para cada uma das escalas acima, e incluindo a pontuação HY atribuída
pelo médico como um fator fixo entre sujeitos (tratado como um fator
ordenado com pontuações de 0 (HC), 1 , 1,5, 2, 2,5; 3 foi omitido devido
a apenas um indivíduo ter sido atribuído a este grupo) e teste de
padrões polinomiais (tendências lineares ou quadráticas) ao longo dos
incrementos ordenados. Observação,uniforme diferenças em sua
natureza ou em seus incrementos (ou seja, como seria a suposição se
as pontuações tivessem sido codificadas como um fator contínuo).
Os resultados são relatados em Tabela 3, com informações de correção de Bonferroni para
famílias mostradas na nota de rodapé da tabela. Escalas notáveis também são mostradas como
gráficos de dispersão emFig. 4. As análises sugeriram uma tendência linear significativa para
pinceladas, com um movimento em direção à arte classificado como
JO Lauring, et al. Brain and Cognition 136 (2019) 103597

Figura 2. Comparação das classificações médias dos grupos de pacientes com DP e HC de classificações para atributos de representação formal e de conteúdo de obras de arte visuais (pinturas). Escalas
e obras de arte baseadas em Chatterjee (2010). * denota diferença significativa em p <0,05 (com base em LMM com aproximação de Satterthwaite para valor p, fator fixo entre sujeitos para grupo (HC
menos pacientes com DP; contraste codificado); interceptações aleatórias por imagem e interceptações aleatórias por participante com uma inclinação aleatória para o grupo).

tendo um estilo mais flexível à medida que os estágios HY aumentavam,
bem como uma tendência linear e quadrática significativa (embora ambas
parecessem bastante semelhantes, visualmente) para a temperatura da cor,
com os participantes tendendo a classificar a arte como mais legal (azulada)
conforme o estágio HY aumentava . Também detectamos uma tendência
quadrática tanto para a complexidade, que tendia a aumentar ao longo dos
estágios HY, quanto para a beleza, que parecia ter pico com os estágios
iniciais de PD (HY 1-1,5) e então diminuir abaixo da média de HC. No
entanto, a inspeção visual dos gráficos de dispersão sugeriu que os efeitos
foram muito pequenos, especialmente o achado de beleza sugerindo uma
distribuição bastante grande entre os participantes com uma tendência que
poderia sobreviver a um estudo maior baseado em amostra. Apenas a
tendência linear das pinceladas sobreviveu à correção de Bonferroni.
Também digno de nota, expressividade emocional,p= 0,075).
5. Discussão e conclusão
Este estudo foi um primeiro teste sistemático do impacto do DP na apreciação
estética e na percepção formal das artes visuais. Argumentou-se que, olhando
para as diferenças potenciais em como os indivíduos avaliam e percebem pinturas
após o diagnóstico de DP e seguindo uma série de estudos emergentes
semelhantes com outras doenças neurodegenerativas, poderíamos fornecer um
começo para um futuro diagnóstico, terapia relacionada à arte e compreensão
dos sintomas e alterações desta doença. Ainda mais, comparando esses
resultados de visualização de arte com evidências anteriores sobre intrigantes
mudanças comportamentais relacionadas à DP no fazer artístico, podemos obter
novos insights importantes sobre esses estudos de caso e a base neurológica da
percepção estética ou a interação entre a arte e o cérebro humano.
Claro, também é importante reiterar que, neste ponto, nossas descobertas e
sua discussão podem ser apenas especulações. Este foi um primeiro estudo de
teste, sem hipóteses baseadas em dados claras sobre o que faríamos

tabela 1
Resultados de LMMs avaliando diferenças de grupo PD versus HC em classificações de arte para qualidades formais / visuais.

Escala Média do Grupo (SD) Β SE t (df) p

PD HC

Atributos perceptuais formais AAA

Equilíbrio (harmonia visual) Saturação 38,4 (10,1) 39,6 (10,5) 1,14 1,13 1,01 (38,9) . 318
de cor 36,8 (9,8) 34,7 (10,4) - 2,24 1,52 - 1,48 (29,2) . 151
Temperatura de cor 33,1 (10,8) 32,3 (10,7) - 0,88 1,14 - 0,77 (36,2) . 444
Profundidade 31,5 (11,8) 31,2 (12,5) - 0,44 1,15 - 0,38 (40,9) . 703
Complexidade 32,8 (11,9) 31,8 (11,5) - 0,86 1,24 - 0,69 (41,6) . 494
Pinceladas (soltas / controladas) 33,3 (12,5) 34,0 (12,0) 0,54 1,47 0,37 (36,7) . 717

Atributos representacionais de conteúdo

AAAAbstração 34,2 (13,7) 35,3 (15,5) 1.03 1.02 1,01 (39,0) . 321
Realista / fantástico 31,0 (14,2) 30,9 (14,8) - 0,25 1,26 - 0,20 (29,1) . 842
Animacy 33,2 (13,6) 33,4 (15,9) 0,082 0,95 0,09 (19,6) . 932
Precisão objetiva 29,5 (12,7) 28,2 (12,7) - 1,55 1,69 - 0,92 (39,2) . 364
Conteúdo simbólico / literal 28,8 (13,1) 26,7 (13,3) - 2,36 1,87 - 1,26 (38,6) . 214
Expressividade emocional 32,0 (12,4) 28,5 (12,9) - 3,78 1,55 - 2,44 (36,8) . 019 *

Observação. Resultados baseados em modelos lineares mistos (LMMs) conduzidos separadamente para cada escala (conduzido com o pacote lme4 Versão 1.1-8 (Bates et al., 2015) na
versão R 3.1.0, aplicando a aproximação de Satterthwaite para valores p (lmerTest, versão 2.0-32; Kuznetsova et al., 2016) LMMS inclui um contraste para o grupo (HC menos pacientes
com DP) como um fator fixo entre sujeitos e interceptações aleatórias por imagem e interceptações aleatórias por participante com uma inclinação aleatória para o grupo. * denota
significância em p <0,05, não corrigido para comparações múltiplas. Observe que, se alguém aplicasse uma correção de Bonferroni familiar para comparações múltiplas, o alfa ajustado
seria p = 0,0042 (12 escalas). Os resultados que manteriam significância após tal correção são mostrados em negrito.

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JO Lauring, et al. Brain and Cognition 136 (2019) 103597

Fig. 3. Comparação das avaliações médias dos grupos de pacientes com DP e HC de pinturas individuais quanto ao gosto e beleza. Avaliação de significância baseada em LMM com aproximação de
Satterthwaite para valor p, fator fixo entre sujeitos para grupo (pacientes com HC menos DP; codificado por contraste); fator fixo dentro do assunto para estilo (representacional, abstrato; código de
contraste); interceptações aleatórias por imagem e interceptações aleatórias por participante com uma inclinação aleatória para o grupo.

detectar nem especificamente por que podemos encontrar tais mudanças. Em vez
disso, estávamos tratando, em primeiro lugar, da questão de saber se / quais
mudanças poderiam ser encontradas. No entanto, o estudo fornece sobreposições
intrigantes com muitos estudos existentes de PD ou neuroestésico e, quando
considerado nesta linha, fornece uma direção interessante para muitas pesquisas
futuras.
Por sua vez, nossa comparação - novamente, focando em indivíduos nos estágios
iniciais a moderados de HY e na terapia com levodopa e agonista DA, fornecendo uma
correspondência próxima às condições da maioria dos estudos anteriores de criação de
arte ou percepção estética - forneceu duas descobertas notáveis: (1 ) Os resultados
sugeriram amplamente uma falta geral de mudança como resultado da DP na maioria
das escalas. Isso incluiu todas as escalas formais / perceptivas da bateria AAA de
Chatterjee et al. (2010), bem como avaliações hedônicas de gosto e beleza, neste caso
também sem diferenças para qualquer
pinturas representacionais ou abstratas, e a maioria das escalas de conteúdo /
representação também. (2) Ao mesmo tempo, encontramos uma mudança
importante, sugerindo que o grupo de DP tendia a classificar a arte como mais
emocionalmente expressiva do que os HCs. O grau de expressividade da emoção
também tendeu a aumentar, embora apenas moderadamente, com a gravidade
da DP medida pelo estágio HY. Embora seja muito uma exploração ad hoc, ao
considerar as mudanças em relação à gravidade da DP (pontuação HY), as
tendências também foram detectadas para aumentar a frieza percebida (tons
azulados) de cor na arte, estilo de criação de marcação mais solto percebido,
maior complexidade e um pico e, em seguida, diminuição na beleza percebida em
estágios de DP progressivamente mais graves. Examinamos as implicações
potenciais de nossos resultados e seu vínculo potencial com a função cerebral e os
processos cognitivos abaixo.

mesa 2
Resultados de LMMs avaliando diferenças entre grupos de DP e HC nas classificações de arte para Gostar e Beleza.

Escala Média do Grupo (SD) β SE t (df) p

PD HC

Gostouma
Grupo (PD vs. HC) Estilo - 3,8 (59,0) 0,54 (55,1) 6,38 7,77 0,82 (44,7) . 416
(PD, abstr. Vs. Rep) Estilo 26,32 8,17 3,22 (83,6) . 002 *
(HC, abstr. Vs. Rep) Grupo × 30,79 8,09 81,2 (81,3) . 0003 *
Estilo - 4,47 8,33 - 0,54 (45,7) . 594

Beleza
Grupo (PD vs. HC) Estilo - 0,4 (57,0) 0,59 (51,0) 2,84 5,95 0,48 (44,2) . 635
(PD, abstr. Vs. Rep) Estilo 3,19 7,70 0,42 (58,0) . 680
(HC, abstr. Vs. Rep) Grupo × 6,95 8,52 0,82 (58,0) . 418
Estilo - 3,75 3,60 - 1,04 (58,1) . 302

Observação. Resultados baseados em modelos lineares mistos (LMMs) conduzidos separadamente para cada escala (pacote lme4 Versão 1.1-8 (Bates et al., 2015) na versão R 3.1.0, aplicando a
aproximação de Satterthwaite para valores p (lmerTest, versão 2.0-32; Kuznetsova et al., 2016); fator fixo entre sujeitos para grupo (HC menos pacientes com DP, codificação por contraste); fator fixo
dentro do assunto para o estilo da obra de arte (abstrato, representacional; codificado por contraste); interceptações aleatórias por imagem e interceptações aleatórias por participante com uma
inclinação aleatória para o grupo. * denota significância em p <0,05, não corrigido para comparações múltiplas. Um alfa ajustado baseado na família de Bonferroni seria p = 0,025 (2 escalas). Os
resultados que manteriam significância após tal correção são mostrados em negrito.

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JO Lauring, et al. Brain and Cognition 136 (2019) 103597

Tabela 3 mudanças - mais uma vez, a falta de significância estatística não é prova de falta de efeito
Resultados de LMMs avaliando padrões polinomiais lineares ou quadráticos em classificações de - ou que as mudanças relacionadas não se manifestam em indivíduos em um estágio
qualidades formais / visuais de obras de arte em função da gravidade da DP (pontuação HY). inicial de DP. No entanto, este estudo seguiu um paradigma estabelecido (deChatterjee

Escala Tipo de Padrão β SE t p et al., 2010) que detectou mudanças em participantes semelhantes projetadas com
outros casos de acidente vascular cerebral / lesão cerebral ou doença. Nossa amostra
Escalas Hedônicas também incluiu indivíduos com geralmente os mesmos estágios iniciais a moderados de
Beleza Linear - 4,38 3,01 - 1,34 . 179
DP que os pacientes incluídos na maioria dos trabalhos de arte ou estudos de caso
Quadrático - 11,11 3,29 −3,37 0,007 *
Gosto Linear - 3,88 3,19 - 1,21 . 224 gerais. Por outro lado, essa descoberta se encaixa em um corpo emergente de evidências
Quadrático 4,97 3,50 1,42 . 155 que sugere uma estabilidade de classificação estética geral, mesmo após doença

Atributos perceptuais formais AAA

neurodegenerativa. Isso foi observado na introdução, por exemplo, com os pacientes
equilíbrio (harmonia visual) Linear 0,89 2.09 0,43 . 671 com DA não mostrando nenhuma diferença nas avaliações de beleza entre os indivíduos
Quadrático 1,64 1,91 0,86 . 391 com pontuações de gravidade da doença progressivamente mais altas e entre os
Saturação de cor Linear 0,97 1,99 0,49 . 624
pacientes e HCs (Wijk et al., 1999) Resultados semelhantes foram relatados com
Quadrático - 1,85 1,82 - 1.01 . 311
pacientes e 'gosto', também na avaliação de pinturas (Halpern et al., 2008), bem como
Temperatura de cor Linear 5,16 1,98 2,60 . 009 *
Quadrático 5,49 1,81 3,03 . 003 * retratos e fotografias de arte (Graham et al., 2013) Veja tambémBromberger et al. (2011),
Profundidade Linear 1,42 2,33 0,64 . 524 Devinsky (2003), e Lipson, Sacks e Devinsky (2003) para consistência semelhante em
Quadrático 0,43 2.05 0,21 . 835 pacientes com acidente vascular cerebral ou outras lesões.
Complexidade Linear - 3,49 2,26 - 1,54 . 123
Quadrático - 6,32 2.07 - 3,06 . 002 *
Pincelada (solta / controlada) Linear - 7,60 2,24 - 3,39 . 0007 *
Esses resultados podem sugerir amplamente que, apesar de outras mudanças
Quadrático - 3,77 2.05 - 1,84 . 066 nas capacidades cognitivas, o senso estético - pelo menos para objetos específicos
- pode ser menos suscetível a mudanças. Em conjunto com a AD acima e os
Atributos representacionais de conteúdo
AAAAbstração Linear - 0,92 2,60 - 0,35 . 723 aspectos neurobiológicos ligados à DP, isso também pode significar que as
Quadrático - 0,96 2,39 - 0,40 . 687 avaliações de qual arte a pessoa tende a gostar estão separadas de um
Realismo / fantástico Linear - 5,03 2,75 - 1,83 . 068 sentimento básico de recompensa. As descobertas acima também podem nos
Quadrático - 2,48 2,52 - 0,98 . 325
dizer algo sobre a recompensa sentida na arte em geral. O impulso para produzir
Animacy Linear - 1,76 2,64 - 0,67 . 505
Quadrático - 1,35 2,42 - 0,56 . 577 arte, conforme encontrado em vários relatos de caso anteriores, e o prazer
Precisão objetiva Linear - 3,70 2,54 - 1,46 . 146 concomitante relatado por vários dos artistas de caso podem estar ligados às
Quadrático - 4,41 2,33 - 1,89 . 059 ações reais de uma pessoa ou à realização do próprio impulso criativo - por
Conteúdo simbólico / literal Linear 1,89 2,40 0,79 . 432
exemplo, um feedback de recompensa conectado ao sistema límbico de criar algo
Quadrático - 3,47 2,20 - 1,57 . 116
por si mesmo (Canesi et al., 2012) ou por meio da busca de novidades (
Expressividade emocional Linear 4,59 2,57 1,78 . 075
Quadrático 0,56 2,36 0,24 . 813 Schwingenschuh et al., 2010) - e não a qualquer “prazer estético” que se obtém ao
ver e interagir com produtos de arte acabados per se. Isso deve ser seguido em
Observação. Resultados baseados em modelos lineares mistos (LMMs) conduzidos pesquisas futuras.
separadamente para cada escala (pacote lme4 Versão 1.1-8 (Bates et al., 2015) na versão
R 3.1.0, aplicando a aproximação de Satterthwaite para valores p (lmerTest, versão
5,2 PD e aumento da emocionalidade avaliada da arte
2.0-32;Kuznetsova et al., 2016); fator fixo entre sujeitos para grupo (HC menos pacientes
com DP, codificação por contraste); fator fixo entre sujeitos para gravidade de PD
Passando para o outro achado principal, neste caso de mudança relacionada à DP, o
(pontuação HY atribuída pelo médico mais HC, tratada como um fator ordenado com
aspecto da emocionalidade, que aumenta tanto entre os pacientes com DP em geral e os
pontuações de 0 (HC), 1, 1,5, 2, 2,5) testando padrões polinomiais (tendências lineares ou
quadráticas) em os incrementos ordenados. * denota significância em p <0,05. não HCs, e depois aumenta progressivamente com os estágios de HY, também pode estar

corrigido para comparações múltiplas. Observe, se alguém aplicasse uma correção de
Bonferroni familiar para comparações múltiplas, o alfa ajustado seriap= 0,0036 (14
escalas, limitadas apenas a avaliações lineares ou quadráticas); oup= 0,0018 (14 escalas ×
2 tipos de padrão). Os resultados que manteriam significância após a última correção são
mostrados em negrito.
5.1. Estabilidade geral nas classificações de arte após PD
Começando com a estabilidade geral na maioria das escalas de avaliação, esta
descoberta em si é bastante interessante. Isso parece ser contrário à produção de
arte anterior e aos estudos de percepção geral que poderiam ter antecipado
certas mudanças. Aqui, de fato, o mais notável é que as escalas mostraram uma
consistência marcante entre os grupos PD e HC; e uma consistência semelhante
dentro de estímulos individuais também. Especialmente com gosto ou preferência
geral, DA em sistemas gerais e relacionados (especialmente as vias DA
mesolímbica e talvez mesocortical e regiões envolvidas) foram amarradas, pelo
menos em algum grau, para regular o processamento de recompensa (Berridge &
Kringelbach, 2013, 2015) Os resultados de imagens também vincularam a
atividade nessas regiões à visualização de arte (Cela-Conde e Ayala, 2014) e
fazendo classificações de gosto, por exemplo, NAcc, (Wassiliwizky, Koelsch,
Wagner, Jacobsen e Menninghaus, 2017; Zatorre e Salimpoor, 2013) ou beleza, por
exemplo, OFC, (Ishizu e Zeki, 2011) Mudanças nesses sistemas, devido a mudanças
funcionais relacionadas à DP ou uma combinação com a farmacologia DA, foram
vinculadas a evidências de casos de desejo e prazer aumentados em fazer arte.
Era de se esperar que, ao assistir, também encontrássemos classificações gerais
mais altas.
É claro que pode ser que nossa tarefa não tenha conseguido detectar tais
conectado a um uma boa dose de discussão de apoio. Ele também levanta uma
disparidade intrigante com os estudos de caso de criação de arte anteriores.
Curiosamente, as evidências da maioria dos estudos gerais de DP teriam
sugerido um diminuir na percepção da emoção. O PD foi novamente vinculado à
diminuição da proficiência no reconhecimento de emoções (Assogna et al., 2008;
Enrici et al., 2015; Gray & Tickle-Degnen, 2010; Serranová et al., 2011), ou perceber
e classificar emoções representadas no ambiente (Lima et al., 2013; Mattei,
Rodriguez, & Bassuner, 2013; van Tricht et al., 2010) Sugere-se que esses sintomas
estejam relacionados a danos / alterações em uma ou mais regiões do cérebro
que processam emoções - estriado ventral, OFC, córtex cingulado anterior (ACC),
PFC. Conforme observado na introdução, também foi descoberto que isso é
independente das habilidades cognitivas e perceptivas em geral, e também da
capacidade de identificar emoções no self (Enrici et al., 2015), e também é apoiado
por estudos de percepção anteriores, por exemplo, com fotografias (Bowers et al.,
2006), ou música (Lima et al., 2013; van Tricht et al., 2010) Embora, especialmente
os últimos estudos "estéticos" tenham mostrado resultados bastante mistos (por
exemplo,Saenz et al., 2013)
Ao mesmo tempo, ao olhar para estudos anteriores de DP,
especialmente com artistas visuais, há evidências de apoio para o aumento
da emocionalidade. Vários autores de estudos de caso relatam artistas que
mudaram seu foco para humores e expressão de emoções, muitas vezes em
conjunto com uma maior ênfase em cores e abstração (Canesi et al., 2012;
Kulisevsky et al., 2009; Lakke, 1999; Shimura et al., 2012; Lauring et al., 2019
para revisão). Foi sugerido que a virada para a emoção pode ser devido a
artistas supercompensando ou aumentando o sinal de emoção em

10
JO Lauring, et al.
Fig. 4. Gráficos de dispersão da relação entre a pontuação média das avaliações de pintura por participantes individuais em DP ou HC e a gravidade dos sintomas de DP (Estágio HY). A linha em negrito representa a linha de
regressão linear, a linha pontilhada representa a relação quadrática. (Observe que a pontuação HY de 3 foi omitida das análises devido a apenas um indivíduo estar neste grupo. Mostrado apenas para fins comparativos).
sua arte em face do discernimento diminuído de emoções específicas. Observe
também que a evidência empírica anterior com música e fotografias mencionada
acima não avaliou a emocionalidade em si, mas sim a percepção de tipos
específicos de emoção, encontrando resultados mutáveis dependendo do
paradigma e do estudo. Os artistas PD podem usar sua arte como uma forma de
explorar as emoções, especificamente devido à sua ambigüidade sentida.
Portanto, a presente evidência sugere que também podemos encontrar uma
reação semelhante na percepção da arte visual acabada, onde, por exemplo, o
próprio fato de que o conteúdo ou os sinais emocionais podem ser menos claros
quanto à valência ou tipo real, causa a sensação de emocionalidade para se tornar
mais saliente.
A percepção emocional também pode ser um tanto específica de um domínio.
Por exemplo, muitos estudos existentes sobre a percepção de emoção diminuída
usaram música. Por outro lado,Vicente et al. (2011)não encontraram nenhuma
diferença entre os estágios iniciais e posteriores de DP e os participantes de
controle na intensidade relatada de uma série de emoções ao assistir a filmes. A
emocionalidade também pode interagir com as expectativas de tipo de estímulo
ou modo de processamento. Pode ser que, quando os indivíduos esperam um
objeto visual “estético” (como uma pintura ou filme), eles se concentrem na
emoção. Isso pode estar ligado à introspecção ou recompensa. Estudos com
observadores saudáveis conectaram a visualização de arte, ou tarefas de
percepção em que um indivíduo é preparado com um contexto estético (por
exemplo, dizer aos indivíduos que o que eles estão prestes a ver é uma obra de
arte de um museu em oposição a um objeto gerado por computador , por
exemplo, (Kirk, Skov, Hulme, Christensen e Zeki, 2009) para ativações em sistemas
de recompensa. Isso poderia explicar as descobertas porBowers et al. (2006), que
usava fotografias, mas que pode não ter sido vista como arte. Da mesma forma,
ter um foco estético também pode tende a embotar o conteúdo negativo sentido,
mas permite mais prazer ou consciência das emoções com uma valência feliz (
Gernot, Pelowski e Leder, 2018) Salimpoor, Benovoy, Larcher,
11
Brain and Cognition 136 (2019) 103597
Dagher e Zatorre (2011) também recentemente conectou a liberação
DAergic no NAcc à experiência de respostas emocionais de pico à
música, e a liberação DAergic no caudado à antecipação de tal
experiência emocional.
Esses artigos sugerem que as descobertas anteriores podem estar altamente
vinculadas às condições dos estímulos e talvez dos pacientes com DP. Também
pode haver dissociações únicas entre modalidades, ou mesmo classes de
estímulos visuais ou auditivos relacionados à natureza das expectativas de
processamento ou abordagem. Uma limitação do presente estudo, e um alvo
futuro claro, envolve a valência da emoção ou mesmo tipos específicos de
emoções. O teste AAA (Chatterjee et al., 2010) não foi projetado para avaliar o que
os próprios indivíduos entendem por “emocionalidade” em suas avaliações - isso
pode se referir tanto a sinais emocionais percebidos ou conteúdo, quanto a
experiência afetiva real sentida. Estudos futuros controlando diferentes
variedades de estímulos emocionais podem esclarecer isso.
Também é possível que o aumento da emocionalidade esteja relacionado à
farmacologia da DA. Tomar levodopa e agonista DA, especialmente nos estágios iniciais
de DP, pode novamente tender a supermedicar regiões frontais especialmente
relacionadas à recompensa (verLauring et al., 2019) levando ao hiperfuncionamento e
contribuindo para mudanças no impulso artístico ou inibições e funções cognitivas
superiores observadas com artistas. Isso também pode ser apoiado por um estudo
existente de DP e arte de classificação. Novamente, embora com apenas um paciente
bastante atípico,Drago, Foster, Okun, Cosentino, et al. (2009)relatam que quando “on” o
DBS avaliou a integridade da pintura, habilidade artística e impacto evocativo (“Com que
intensidade a pintura induz sentimentos ou pensamentos?”) foram significativamente
menores em comparação com os HCs. A cirurgia DBS é muitas vezes associada a uma
redução da criatividade visual sentida ou interesse artístico (Lhommée et al., 2014), talvez
devido à redução da medicação DA. No entanto, no caso acima, quando “on” DBS não foi
encontrada nenhuma mudança nas avaliações do grupo HC. Um estudo paralelo
avaliando o mesmo
JO Lauring, et al.
as produções artísticas individuais também descobriram que a beleza e os pensamentos /
sentimentos evocados diminuíram significativamente dos períodos pré-sintomáticos tardios para
os períodos pós-DBS. Se alguém esperasse uma discussão sobre medicação, também
poderíamos esperar encontrar mudanças correspondentes na sensação de gosto ou beleza em
nossa amostra. Novamente, isso não foi encontrado.
Uma outra possibilidade pode ser que a percepção de emocionalidade
aumentada possa estar ligada ao impacto do PD na rede de modo padrão (DMN).
O DMN, incluindo vmPFC e especialmente PCC, demonstrou desempenhar um
papel na avaliação afetiva e visceroceptiva ou introspecção (Ellamil et al., 2012;
Jung, Mead, Carrasco, & Flores, 2013; Shulman & Fiez, 1997) Normalmente, ele é
ativado quando alguém não está realizando uma tarefa que requer atenção
externa (no entanto, consulteVatansever, Menon e Stamatakis, 2017) Ao mesmo
tempo, também é sugerido ser ativo em certos casos em que está saboreando ou
ciente de sua própria resposta emocional ou afetiva (Pelowski et al., 2017), que
podem interagir especialmente com a arte. Em um estudo de fMRI sobre
"experiência estética intensa",Vessel, Starr e Rubin (2012) encontraram ativações
em SN esquerdo, mPFC, PCC, além de outras regiões frontais e subcorticais,
quando os indivíduos perceberam pinturas classificadas como as mais
comoventes, enquanto se as pinturas foram classificadas como menos
comoventes, eles encontraram desativações típicas. Eles sugerem que isso pode
estar vinculado a processos DA. "Levantando a possibilidade de que as conexões
eferentes DAérgicas da substância negra ao corpo estriado oferecem um
mecanismo pelo qual as respostas hedônicas às imagens mais movimentadas
podem ser moduladas" (p. 10; ver tambémLimb & Braun, 2008 que relataram
maior ativação de DMN na improvisação de jazz; Contudo,Saggar et al., 2015)
Em pacientes com DP, são relatadas ausências semelhantes de desativações.
van Eimeren, Monchi, Ballanger e Strafella (2009), em um estudo com pacientes
retirados da medicação antiparkinsoniana antes da varredura (tipo / regime não
relatado), mostrou que durante a execução de uma tarefa executiva, o mPFC
normalmente era desativado, enquanto o PCC e o precuneus não eram
desativados. Estudos com pacientes com DP em levodopa, isoladamente ou em
combinação com agonistas DA, também mostram falha de desativação no vmPFC
durante a realização de uma tarefa de aprendizagem de sequência (Argyelan et
al., 2008), e tanto no vmPFC quanto no PCC durante o estado de repouso (Tinaz,
Lauro, Hallett e Horovitz, 2016; no entanto, vejaDelaveau et al., 2010) O PCC
também pode ser um candidato para mudanças mais diretas ocasionadas pela
patologia de DP, por exemplo, aumentando a receptividade de repouso a DA (ver
tambémNagano-Saito, Liu, Doyon, & Dagher, 2009; Tomasi et al., 2009) Isso
sugere avaliações futuras intrigantes, envolvendo nossa resposta especialmente à
arte. Também exige estudo futuro de pacientes com e sem medicação, o que pode
ajudar a resolver ainda mais esses achados. Em qualquer caso, a avaliação da
emocionalidade parece ser um candidato atraente para pesquisas futuras ou
mesmo uma ferramenta de diagnóstico.
5.3. Outras tendências notáveis - abstração e evidências relacionadas à gravidade
Finalmente, nossos resultados, ao considerar subdivisões adicionais entre tipos de
arte e entre indivíduos com gravidade diferente de DP, também levantam outras
possibilidades interessantes para pesquisas futuras. Primeiramente, eles são
convincentes pelo que podem sugerir para nossas interpretações e as bases
neurobiológicas funcionais em relação às evidências existentes de produção de arte.
Em primeiro lugar, outra mudança que foi hipotetizada, mas não nascida nos dados,
envolveu a avaliação específica da arte abstrata. Como observado acima, uma das
mudanças mais salientes observadas nos estudos de caso de criação de arte é um
movimento do realismo em direção à abstração ou obras impressionistas (Chatterjee et
al., 2006; Kulisevsky et al., 2009; Pinker, 2002) Argumenta-se que isso pode estar
relacionado a um ou uma combinação de aspectos de DP envolvendo, por exemplo, uma
inibição reduzida, aumento da espontaneidade ou recompensa sentida (potencialmente
ligada a áreas do cérebro, como OFC, dlPFC ou outras regiões mesolímbicas), bem como
aumento da emocionalidade ou talvez ênfase em cores e sentimentos em vez de
conteúdo mimético. Alternativamente, isso também pode estar vinculado a mudanças
gerais no controle motor, também vinculado ao aumento do uso de hachura. Como tal,
se as mudanças pudessem ser atribuídas especialmente aos aspectos do cérebro de
processamento de recompensa ou espontaneidade, também esperávamos que
mudanças semelhantes pudessem se manifestar nas avaliações de arte. Nós novamente
não encontramos isso.
12
Brain and Cognition 136 (2019) 103597
Ambos os grupos privilegiaram as pinturas representacionais, no entanto,
sem diferença nas classificações abstratas relacionadas ao DP. Este resultado
pode fornecer um contraponto importante aos estudos de arte anteriores,
sugerindo que o movimento para a abstração poderia estar mais relacionado à
perda de controle motor do que a qualquer mudança cognitiva de nível superior
no cérebro - ou seja, apenas porque os artistas começaram a fazer obras de arte
abstratas na época que comecem a apresentar sintomas de DP, isso não significa
necessariamente que aumentem sua preferência por pinturas abstratas de outros
artistas em geral. Este achado também tende a apoiar o achado principal acima de
uma ausência de diferença entre pacientes com DP e controles em termos de
outros gostos hedônicos e avaliações de beleza.
Em segundo lugar, ao analisar mais detalhadamente as classificações de arte que
aumentam a gravidade de HY como um fator, adicionamos outras possibilidades
intrigantes que, pelo menos, consideraremos para estudos futuros. Notavelmente,
nossos dados sugeriram que, com o aumento da gravidade do TP, os indivíduos podem
ter a tendência de perceber as pinturas como tendo marcações mais soltas. É claro que
isso é um sintoma em artistas de DP, novamente relacionado ao movimento para a
abstração e, provavelmente, ao controle motor reduzido. No entanto, não está
imediatamente claro para nós mesmos por que isso se manifestaria ao ver as pinturas de
outros. Pode ser que esse achado esteja vinculado a uma função cognitiva superior, ou
sugira uma relação que pode ser encontrada entre a produção e a recepção da arte em
relação aos aspectos do fazer, exigindo, assim, pesquisas futuras.
Outra sobreposição com as evidências anteriores envolve a percepção de
complexidade, que mais uma vez mostrou um aumento em todos os estágios de DP.
Curiosamente, um aumento, especialmente nos estágios iniciais de DP, foi encontrado
em estudos de caso de artistas famosos porForsythe et al. (2017), usando a análise
computacional da Dimensão Fractal. Resultados semelhantes também foram detectados
emLauring et al. (2019)análise, usando os mesmos métodos, de obras de arte de nove
estudos de caso publicados. Em relação a fazer evidências, foi sugerido que o aumento
da complexidade poderia ser o resultado da simples perda de controle motor - levando a
mais hachuras ou marcações aleatórias e, portanto, mais complexidade visual na página.
No entanto, o presente estudo sugere novamente que a complexidade, assim como a
falta de evidência da pincelada, pode estar relacionada a outros fatores vinculados ao DP.
Por exemplo, maior complexidade percebida em pinturas pode ser um artefato de
mudanças no processamento cognitivo mais complexo, por exemplo, memória de
trabalho, levando a mais dificuldade de processamento de cenas artísticas e, portanto,
maior complexidade percebida da cena. Um resultado semelhante também pode ser
dado para uma marcação percebida mais solta. Da mesma forma, as inibições na atenção
seletiva (ou seja, como relacionado ao dlPFC) também pode levar a dificuldade em focar
em elementos de arte específicos. Tal argumento pode - novamente de forma muito
especulativa - também explicar por que os artistas também produziriam arte mais
complexa e sugere, acima de tudo, a necessidade de estudos futuros.
A percepção da cor também mostrou uma tendência interessante. Como observado
acima, o PD está associado à discriminação de cores modulada (Alenicova et al., 2017;
Birch et al., 1998; Müller et al., 2002; Oh et al., 2011), e em estudos de caso de produção
de arte, há algumas evidências de maior ênfase na cor (Kulisevsky et al., 2009; Pinker,
2002), e especialmente o uso de azuis e verdes 'mais frios' (Lauring et al., 2019)
Curiosamente, embora novamente não encontremos uma mudança geral (em todos os
pacientes com DP), a avaliação ad hoc das classificações de arte levando em consideração
a pontuação de HY sugeriu uma mudança progressiva potencial semelhante em relação
à visão da arte como tendo cores mais frias.
Essa descoberta mais uma vez levanta questões intrigantes para os estudos
anteriores de fazer arte. Conforme observado na introdução, foi sugerido que as
mudanças de cor, que muitas vezes estão ligadas a deficiências na retina e não no
cérebro, podem ser explicadas por artistas que começam a ignorar certas cores ou a
abusar delas e / ou aumentar sua intensidade devido a dificuldade de percepção.
Especialmente o azul é muitas vezes difícil para os pacientes com DP perceberem (
Alenicova et al., 2017) No entanto, é um tanto contra-intuitivo que indivíduos com
dificuldade em perceber o azul possam não apenas usar essa cor em excesso na criação
de arte, mas também perceber as obras de outros como, em geral, mais azuis. Assim,
isso mais uma vez levanta a necessidade de pesquisas futuras, talvez sugerindo que a
mudança na percepção das cores - pelo menos no domínio da arte - pode estar mais
relacionada a aspectos cognitivos superiores, como a emocionalidade. O estudo futuro
pode combinar especialmente a percepção estética, a produção, bem como a capacidade
geral de processamento de cores dentro de
JO Lauring, et al. Brain and Cognition 136 (2019) 103597

participantes.
5,4 Advertências e outros caminhos para a pesquisa
Claro, este estudo vem com outras advertências e múltiplas demandas para
pesquisas futuras. Esta constitui uma primeira análise, com uma amostra relativamente
pequena de indivíduos em estágios iniciais de DP. O estudo futuro deve ter como
objetivo replicar essas descobertas com mais indivíduos e, potencialmente, outros tipos
de arte. A presente análise concentrou-se em indivíduos em estágios iniciais de DP,
especificamente devido ao nosso interesse em duplicar as condições da maioria das
avaliações de DP envolvidas na arte anteriores e também devido ao nosso interesse
principal em avaliar quais mudanças principais podem demarcar aqueles com ou sem
diagnóstico de DP . No entanto, também é possível que indivíduos em estágios
posteriores possam mostrar mudanças mais pronunciadas ou diferentes dos HCs - de
fato, havia alguma evidência provisória para isso nas comparações de estágio HY
relatadas. Seria interessante para estudos futuros oferecer uma comparação mais
abrangente entre indivíduos de diferentes estágios de DP, a fim de testar mais algumas
dessas indicações. O estudo futuro também pode utilizar, por exemplo, a lateralidade do
hemisfério (por exemplo, verDrago, Foster, Skidmore e Heilman, 2009;
no entanto, veja Joutsa et al., 2012; Lauring et al., 2019por falta de suporte
empírico para fazer arte). A comparação dentro dos participantes da medicação
'ligada' e 'desligada' ou pré e pós DBS, bem como a comparação dentro dos
participantes da produção e visualização de arte, ou mesmo baterias de arte e
percepção geral também seriam interessantes.
Dito isso, este estudo fornece evidências convincentes para a falta de
mudanças ou estabilidade relativa na percepção da arte após a DP, bem como
algumas diferenças importantes que podem ocorrer, envolvendo especialmente a
emocionalidade avaliada, que por si só deve ser uma base para muitas pesquisas
futuras.
Financiamento
Este trabalho foi apoiado por uma bolsa de MP e HL por Marie
Skłodowska-Curie MSCA-IF-2014-EF: Bolsas individuais [655379].
Declaração de Concorrência de Interesses
Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Apêndice A

Ver Tabela A.1.

Tabela A1
Sintoma de DP e informações sobre farmacoterapia dos participantes.

Paciente com DP, Gênero, Idade Duração do PD BDI-II MoCA UPDRS III HY Farmacoterapia PD (regime)

1 f 64 - 13 26 16 2,5 Levodopa; Agonistas DA (-)

2 m 64 - 5 28 7 1 Levodopa; inibidor de descarboxilase (100 mg / 25 mg, 1 + 1 + 0,5 × dia); Agonistas DA (2,1
mg × dia)
3 f 48 - 3 29 2 1 Levodopa; Agonistas DA (-)
4 f 56 3 3 29 12 2 Levodopa; Agonistas de DA (6 mg, 1 × dia); Selegilina (10 mg, 1 × dia) Levodopa;
5 f 56 7 7 28 3 2 inibidor de descarboxilase (100 mg / 25 mg, 7 × dia); Agonistas DA (10mg + 8mg ×
dia)
6 f 75 17 14 28 7 2 Levodopa; inibidor de descarboxilase (100 mg / 25 mg, 1 + 1,5 + 1,5 + 1,5 + 1); Pramipexol, monohidrato
de cloridrato, agonistas de DA (0,78 mg 1 × dia); Inibidores da MAO-B (10 mg 1 × dia) Levodopa; Inibidor
7 f 61 6 47 30 10 2 de descarboxilase (50mg / 12,5mg, 4 × dia)
8 f 69 9 20 30 8 2 Levodopa; inibidor de descarboxilase (100 mg / 25 mg, 6 × dia); Agonistas DA (-) Levodopa; inibidor
9 f 67 5 13 29 8 1,5 de descarboxilase (100 mg / 25 mg, 1 × dia); Rasagilina, inibidores da MAO-B (1 mg, 1 × dia)

10 f 51 - 7 27 4 1 Levodopa; Agonistas DA (-)

11 f 68 10 14 28 7 1,5 Levodopa; inibidor da descarboxilase (100 mg / 25 mg, 1,5 + 1,5 + 1 + 1 × dia); Pramipexol,
agonistas DA (1,05 mg, 1 × dia)
12 f 69 - - - - - Levodopa; Agonistas DA (-)
13 f 62 - - - - - Levodopa; Agonistas DA (-)
14 f 67 4 12 28 16 1,5 Levodopa; inibidor de descarboxilase (100 mg / 25 mg, 3 × dia); Rasagilina, inibidores da MAO (1 mg, 1 ×
dia)
15 m 66 4 15 30 9 2 Pramipexol, agonistas DA (1,05 mg, 1 × dia)
16 f 67 11 13 30 8 2,5 Levodopa; inibidor de descarboxilase (150 mg / 37,5 mg / 200 mg, 4 × dia); Entacapona, agonista DA (16
mg, 1 × dia)
17 f 68 16 3 24 6 2 Levodopa; inibidor de descarboxilase (50 mg / 12,5 mg, 4 × dia); Pramipexol, agonistas de DA
(3,15 mg, 1 × dia); Rasagilina, inibidores da MAO (1 mg, 1 × dia)
18 F 60 6 5 29 3 2,5 Levodopa; inibidor de descarboxilase (50 mg / 12,5 mg, 5 × dia); Agonistas de DA (0,52 mg, 5 × dia)
19 M 65 6 6 29 10 2 Levodopa; inibidor de descarboxilase (100 mg / 25 mg, 5 × dia); Agonistas de DA (2 mg, 5 × dia);
Rasagilina, inibidores da MAO (1 mg, 1 × dia)
20 F 76 6 28 20 19 3 Gel intestinal de combinação de Levodopa-Carbidopa administrado por meio de bomba portátil. Quetiapina*
(25mg, 1 × dia)
21 M 78 - 15 20 6 2 Levodopa; Inibidor de descarboxilase (100mg / 25mg, 4 × dia)
Quer dizer 64,61 7,86 12,79 27,47 8,47 1,89
SD 7,58 4,31 10,51 3,03 4,61 0,56

Observação, todos os indivíduos, com exceção dos números 1, 3, 10, 12, 13, eram pacientes dos autores do estudo (Haugbøl, Hospital Bispebjerg da Universidade de
Copenhagen) e, portanto, uma história clínica detalhada pôde ser compilada. Indivíduos com traços (-) em colunas específicas indicam que o paciente foi recrutado de um
grupo de DP no Facebook e de anúncios na revista dos membros da Parkinson Society, portanto, a duração da DP e informações específicas sobre medicação e dosagem
não puderam ser obtidas. Foi confirmado que todos os pacientes estavam recebendo Levodopa e agonistas DA. Nenhum paciente estava recebendo DBS. Todos
receberam sua farmacoterapia antiparkinsoniana usual ao longo do estudo. Com exceção dos pacientes 12 e 13 (recusou o exame clínico), todos os pacientes foram
avaliados por um médico (Haugbøl,Fahn & Elton, 1987), bem como a escala de avaliação modificada de Hoehn e Yahr (HY) (Goetz et al., 2004), e o teste Montreal Cognitive
Assessment 7.0 (MoCA; Nasreddine et al., 2005) e Inventário de Depressão de Beck II (BDI-II; Beck et al., 1996)

* A quetiapina é um antipsicótico atípico também usado para o tratamento de esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno depressivo maior, etc. No entanto, o paciente em
questão estava usando isso como um adormecido no tratamento de DP, ajuda e não exibia psicótico ou outro sintomas relacionados aos problemas acima.

13
JO Lauring, et al.
Apêndice B. Material suplementar
Dados complementares a este artigo podem ser encontrados online em https://doi.org/10.1016/j.bandc.2019.103597.
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