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E. E. Dr.

Cesário Coimbra
Plano Individual de Aprimoramento e Formação
PCA de Linguagens e suas Tecnologias - Andréa C. Denardi Meneghin Barbosa
PREMISSA: Formação Continuada - Competência: Domínio do Conhecimento e
Contextualização

METODOLOGIAS INOV-ATIVAS
METODOLOGIAS ATIVAS
METODOLOGIAS IMERSIVAS
METODOLOGIAS ANALÍTICAS

“É preciso que o aluno participe, que seja protagonista e


co-autor da sua aprendizagem”.
José Moran
Metodologias Inov ativas
Mediante as transformações ocasionadas pelos avanços tecnológicos e científicos
recentes, a Educação não pode ficar de fora pois seus desafios são grandes e seu papel na
Sociedade é importante. Ao acompanharmos as inovações que moldam o presente, é
impossível como, não questionarmos: Como podemos preparar cidadãos e profissionais que
estejam prontos para viver e produzir em configurações sociais, mercados de trabalho que não
existem hoje? Que metodologias de ensino-aprendizagem podem modelar hoje esse futuro?
Que metodologias ativas devemos usar?

Alguns princípios são fundamentais para aplicação das metodologias ativas: o protagonismo do
aluno na construção do seu conhecimento, produção colaborativa de conhecimento com
enfoque no processo e no produto da aprendizagem e ação e reflexão – articulação entre
teoria e prática pela interação do aprendiz com o mundo.

Metodologias ativas

Aprendizagem Baseada em Problemas (APB) ou Problem-based Learning (PBL)

• É uma abordagem que utiliza situações-problema como ponto de partida para a


construção de novos conhecimentos. O processo pode ser conduzido presencialmente
ou em espaços digitais como chat, redes sociais, fórum. Um bom problema deve ser
objetivo, simples e engajador para que motive os alunos a participar das demais
etapas do processo. Esta metodologia tem como característica incentivar a habilidade
de investigar, refletir, criar perante uma situação em que o professor atua como
mediador da aprendizagem e que oferece uma reflexão e a construção do
conhecimento pelo estudante.

Aprendizagem baseada em Projetos (ABP) ou Project-based Learning

• Os estudantes são organizados em grupos para desenvolver um projeto em espaços


presenciais ou virtuais, no modelo híbrido ou on line. O processo se inicia quando um
professor apresenta um tema instigante, indica prazos, escopo do trabalho,
expectativas de resultados e critérios de avaliação. Espera-se que os alunos assumam
responsabilidades, definam sua atuação de forma autônoma. Uma das primeiras
missões de cada grupo é definir os métodos e tecnologias que serão adotadas em cada
etapa do processo e o plano de ação para obter os resultados de aprendizagem
delineados pelo professor. Tem por objetivo final a entrega de um produto final que
pode ser um relatório das atividades realizadas, um protótipo da solução concebida ou
um plano de ação a ser implementado na comunidade local.

Team based learning (TBL)

• É um estratégia de abordagem ativa, baseada no construtivismo, pressupondo que o


aluno poderá construir o seu conhecimento, de forma atuante, contemplando este
saber a partir de sua vivência, interagindo com outras pessoas, professores, colegas,
times. Trabalha competências como: argumentação, autonomia, senso crítico, tomada
de decisões.

Movimento Maker
• É uma perspectiva ativa de aprendizagem centrada no conceito de aprendizagem
experimental, e enfatiza a relevância do aprender fazendo, a projeção e a construção
de artefatos e a fabricação digital. Maker é uma pessoa que participa ativamente de
todo o processo de fabricar um objeto com as próprias mãos. O foco está na produção
feita por estudantes, que usam os conteúdos aprendidos na escola para resolver
problemas. A forma mais comum, na Educação, é a partir da criação e uso de Fab Labs
(fabrication laboratory – laboratório de fabricação) ou espaço maker com objetivo de
oferecer oportunidades para que os alunos possam colocar a “mão na massa”, levar os
alunos a aplicar conceitos científicos a situações reais e proporcionar que estudantes
criem soluções (produtos, equipamentos, mídias, marcas).

Aprendizagem em espiral

• Usado para ampliação de conceitos, sistematização de conhecimentos, comparação,


comunicação e associação de ideias. O professor propõe a leitura de um texto e
disponibiliza uma ficha com questões. O aluno deve preencher o primeiro quadro:
Análise – Compreensão individual. Depois do registro, o professor propõe a Análise em
pares. O objetivo desta etapa é possibilitar o debate e a troca de pontos de vista entre
dois alunos. Nesta etapa, cada grupo expõe seus registros e o professor faz a mediação
e aprofundamento dos conhecimentos. Na ficha há Análise Individual, Análise –
Compreensão em pares e síntese do grupo.

Estudo de caso

• Trabalhar com casos proporciona situações de aprendizagem muito significativas,


devido a característica investigativa que possui, permitindo a resolução de problemas
reais ou situações de cunho reflexivo. Desenvolve a capacidade crítico argumentativa e
de solucionar problemas. O professor expõe um texto unidade de aprendizagem. O
professor entrega o caso e determina um tempo para leitura e discussão em pequenos
grupos. O professor pode fazer algumas indagações para garantir que os alunos não
fiquem apenas nas ideias do senso comum. Ao término do estudo e do debate, o
professor solicita que cada grupo apresente uma solução.

Sala de Aula Invertida

• A sala de aula invertida é uma modalidade na qual os objetos de conhecimento e as


instruções são estudadas antes dos estudantes frequentarem a sala de aula, que passa
a ser o local para trabalhar o que já foi estudado previamente.

Jonathan Bergmann e Aaron Sams, ao longo dos anos dedicados ao magistério,


perceberam que os alunos não conseguiam traduzir o conteúdo das aulas em
conhecimentos úteis, que lhes permitissem fazer o dever de casa. Tiveram a ideia de
gravar vídeos. Gravaram as aulas, e pediram aos alunos que assistissem o vídeo como
dever de casa e assim usariam o tempo da aula para ajudá-los com os conceitos que
não compreenderam. O que tradicionalmente era feito em sala de aula, agora é
executado em casa e o que era feito em casa, agora é realizado na sala de aula.

Metodologias Imersivas

As metodologias imersivas têm o potencial de promover a aprendizagem por meio do uso de


mídias e tecnologias convergentes e uso de realidade, realidade aumentada, simulação, jogos
digitais e gamificação.
Jogos

• Têm regras, conflito, competição, cooperação, recompensa (pontuação), níveis de


dificuldade, trilhas e percursos (caminho para resolver os desafios) e feedback. Trazem
muitos benefício como: efeito facilitador do aprendizado (tomada de decisão), efeito
motivador (diversão), habilidades cognitivas (elaboração de estratégias),
aprendizagem por descoberta. Podem ser on line ou off line.

Gamificação

• Gamificar significa incluir regras, níveis progressivos de dificuldade, competição,


colaboração, pontuação, recompensa, feedback no design instrucional do curso.

Ex. Mentimeter

Aplicativos na Educação

• Aplicativos são programas de computador com intuito de proporcionar o acesso aos


novos conhecimentos de forma diferenciada. Eles podem ser usados em conjuntos
com outras estratégias.

Lista de aplicativos:

• Puppet Pals HD – criação de uma apresentação com animação e áudio de forma rápida
e fácil. É possível escolher os personagens e gravar e gravar a voz por cima.

• Storyboard – é um software usado para quem quer criar uma história rapidamente.

• Comic Life – para estórias em quadrinhos. Permite a utilização de fotos e imagens do


próprio celular.

Metodologias Analíticas

Aprendizagem Adaptativa

• É uma proposta de ensino-aprendizagem mais afinada às necessidades e expectativas


dos alunos. Baseia-se no reconhecimento de que as pessoas têm estilos e preferências
de aprendizagem distintas e personalização da aprendizagem.

A Geekie é uma plataforma on line de ensino adaptativo. A startup mapeia os pontos


fracos dos estudantes. Entende as necessidades dos alunos e sugere planos de estudo,
indicando conteúdo e vídeo aulas.

Trilhas de aprendizagem

São caminhos alternativos e flexíveis para o desenvolvimento pessoal e profissional.

• As atividades propostas, duração, conteúdo, ferramentas e instrumentos de avaliação,


mudarão conforme os perfis.

Percursos individualizados são vantajosos, também, para os alunos com mais


dificuldades.
Reflexão

Com todas as transformações ocasionadas pelos avanços tecnológicos e científicos


recentes, e tendo como objetivo proporcionar meios para o desenvolvimento da
autonomia e protagonismo dos nossos alunos faz-se necessário o estudo das
metodologias ativas.

Com a leitura dos livros citados acima, pude conhecer diversas metodologias e as
vantagens de usá-las. O aluno é o autor na construção do seu conhecimento e o
professor o orienta, planeja a aula e se torna o mediador do conhecimento, mostrando
os caminhos.

As competências tão necessárias ao mundo atual como capacidade de aprender,


aprender a conhecer e a fazer, resolução de problemas, criatividade e autonomia são
desenvolvidas com metodologias inovativas e nós professores precisamos repensar em
nossas práticas.

Estes livros contribuíram muito para o aprimoramento do meu trabalho.

BIBLIOGRAFIA

• FILATRO, ANDREA; CAVALCANTI CAROLINA C. Metodologias Inov-ativas na Educação


presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Saraiva, 2018.

• CAMARGO, FAUSTO; DAROS, THUINIE. A Sala de Aula Inovadora, estratégias


pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre:Penso,2018.

• BERGMANN, JONATHAN; SAMS AARON. Sala de Aula Invertida, uma Metodologia Ativa
de Aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC/GEN, 2021

Vídeo no youtube

• Entrevista José Moran – Metodologias Ativas

https://youtu.be/04icT4Z8m6Q

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