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Resumo sintético ANPP

A Lei n. 13.964, de 24 de dezembro de 2019, introduziu o art. 28-A, do CPP,


e previu a possibilidade do membro do Ministério Público Federal propor acordo de não persecução
penal (ANPP).

Com a instauração da Notícia de Fato e/ou Procedimento Investigatório


Criminal, sendo caso de aplicação do art. 28-A, do CPP, o Procurador da República intimará o
interessado para comparecimento na Procuradoria da República para tomar conhecimento da
investigação criminal e da proposta de ANPP (modelo 1).

No momento da intimação, sugere-se que seja utilizado o formulário de


avaliação sócio-econômico a ser preenchido por quem realizar a intimação pessoal ou, nos casos em
que a notificação é entregue pelos correios, preenchido previamente pelo interessado por ocasião da
audiência de proposta de ANPP, para possibilitar uma melhor avaliação pelo Procurador da
República das propostas a serem feitas (modelo 2).

Importante que conste na intimação que o interessado deverá comparecer,


obrigatoriamente, com a presença de um advogado e, em caso de hipossuficiência declarada, o MPF
deverá ser comunicado previamente para providenciar a presença de um advogado dativo.

Caso não haja defensoria pública na localidade, sugere-se que o MPF entre
em contato para realizar parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (modelo 3) ou com
Universidades (modelo 4).

Para possibilitar que o Procurador da República proponha, desde já, as


condições previstas nos incisos III e IV do art. 28-A, do CPP, sugere-se a publicação de edital de
chamamento para cadastramento nas Procuradorias da República (anexo 5). Podem ser utilizadas as
entidades cadastradas na Justiça mas a edição de edital próprio é uma boa alternativa quando aquele
cadastro é limitado e não contempla órgãos ou entidades que possam cumprir fielmente a “função
proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito”.

Sugere-se que a audiência para propositura de ANPP seja gravada em áudio e


vídeo, caso haja intenção de solicitação de dispensa da realização da audiência prevista no art. 28-
A, § 4º, do CPP.

Na ata da audiência de propositura do ANPP, o interessado confessará formal


e circunstancialmente a prática da infração penal, bem como declarará que aceita o ANPP de forma
voluntária e espontânea (modelo 6).

Assinado o acordo entre as partes (modelo 7), o Procurador da República


solicitará, através de petição, a homologação do ANPP (modelo 8).

O ANPP pode ser proposto para suspender ações penais em andamento, tendo
em vista que a Lei n. 13.964/2019 tem natureza jurídica mista e é mais benéfica ao interessado
(modelo 9).

Para os ANPPs realizados em casos de estelionatos previdenciários, sugere-se


a utilização das guias de ressarcimento direto ao INSS, a depender se forem delitos consumados
(modelo 10) ou tentados (modelo 11), este último uma espécie de dano moral pela prática do crime.

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