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DISCENTE: PAULO HENRIQUE CRUDE NABARRO

Nº DE MATRÍCULA: 201700080650

RESUMO DA INTRODUÇÃO DO LIVRO: “O CUSTO DOS DIREITOS”

AUTORES: STEPHEN HOLMES E CASS R. SUNSTEIN

O objetivo da obra é demonstrar que todos os direitos demandam custos,


ainda que tais direitos sejam garantias de preservação da propriedade privada.

Para exemplificar o papel fundamental do Estado na preservação dos direitos


não só sociais, mas individuais, nesse caso específico: a propriedade privada, a
obra inicia trazendo um caso notório ocorrido em Hamptons, Long Island, um
pequeno Estado localizado na costa leste dos Estados Unidos. Após um incêndio de
grandes proporções foram necessários uma rápida e efetiva ação estatal, sendo que
está ação demandou um gasto público estimado de 2,9 milhões de dólares. Porém,
ainda que pareça vultuosa a quantia, as ações foram absolutamente efetivas, pois
não houve sequer uma única morte, e a “destruição de bens foram mínimas”,
conforme explicou os autores.

Os Autores tentam ilustrar com este caso exemplificativo, o papel fundamental


do Estado na garantia dos direitos individuais da população, veja que no caso acima
foram gastos dinheiro público para assegurar o menor dano possível a propriedade
privada da população de Hamptons, o que aparentemente vai na contra mão do que
a maioria da população americana defende, está que guarda uma forte herança
liberal, ou seja, contrários ao intervencionismo estatal.

Em seguida os autores definem de quais “direitos” eles tratam na obra,


trazendo aquela velha distinção entre os direitos morais (jusnaturalismo) e os
direitos jurídicos (juspositivismo), explanando que somente os direitos jurídicos em
tese gerariam custos ao estado, pois somente estes necessitariam de um sistema
judiciário para garanti-los aos cidadãos. Até mesmo o direito à propriedade privada,
ou seja, o simples fato de possuir bens, não escaparia da necessidade de uma
prestação positiva do estado a fim de assegurá-los, pois sem a polícia o cidadão não
seria capaz de exercer seu direito de propriedade.

Na conceituação de “custos”, os Autores diferenciam taxas (fee) de tributo


(tax), sendo que a primeira trata-se de arrecadação com destinação certa e na
medida da necessidade por está objetivada, sendo que a segunda existe para o
próprio custeio do estado, ainda que aquele que contribua não se utilize dos serviços
cujo os tributos são destinados. Traz diferenciações ainda entre os custos
orçamentários e os custos sociais, sendo que os segundo não são contabilizados da
mesma forma que os primeiros, pois não podem ser mensurados financeiramente.

Apontam ainda outro problema grave na independência dos poderes, pois o


poder Judiciário estaria vinculado e até mesmo subordinado aos outros dois poderes
por sua total dependência orçamentária, pois somente o Legislativo e o Executivo
teriam autonomia para arrecadação.

Por fim, os Autores explicam que o tema do “Custos dos Direitos” tem sido
ignorados de forma sistemáticas pelos políticos americanos, em especial pelos
conservadores, que se recusam a reconhecer a necessidade de considerar e
reconhecer que todos os direitos demandam custos, ainda que sejam considerados
“direitos negativos”, nos quais aparentemente não há uma prestação de serviço
direta pelo estado, ou seja, insistem em permanecerem com a “ficção liberal”.

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