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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE.


ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DOM JÚLIO MATTIOLI
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
3
ATIVIDADE PARA RECUPERAÇÃO - 1º SEMESTRE - ANO LETIVO: 2021
5
PROFESSORA: VANDERLEIA ALCANTARA
Maria Eliza Alves Moreira
ALUNO (A):________________________________________________Nº: 35
___
C Manhã DATA: ______/______/2021
SÉRIE: 1ª- TURMA:_______TURNO:__________

DATA DE ENTREGA: ATÉ 20 de outubro, 2021


INSTRUÇÕES IMPORTANTES:
1 - Responda as questões DIRETAMENTE na prova (no WORD ou em PDF)
2 – Marque apenas uma alternativa por questão.
3 - Use somente tinta AZUL ou PRETA para marcar as alternativas.
4 – Preencha corretamente o cabeçalho da atividade. (nome, número, turma, turno e data).
5 – NÃO faça só as resposta ou só um gabarito (caso isso ocorra, sua prova não será corrigida).

INSTRUÇÃO: Responder às questões 1 a 3 com base no texto a seguir.

Quando a linguagem culta é um fantasma

Antes de entrar-se no exame do problema do empobrecimento cada vez mais acentuado


da linguagem dos jovens, é preciso estabelecer que em qualquer idioma há vários níveis
de expressão e comunicação: popular, coloquial, culto, profissional, grupal, etc. As diferenças
entre esses níveis são evidentes, por isso facilmente demarcáveis. Basta comparar, por exemplo, a chamada “fala
dos magrinhos” com a de um deputado em sua tribuna.
Assim, as dificuldades do jovem não estão, a rigor, na sua incapacidade de expressar-se. No seu grupo – e é
aí que ele vive a maior parte do seu tempo – certamente ele não sente o menor embaraço para dizer o que quer e
entender o que os amigos lhe falam. A comunicação se faz com perfeição, sem quaisquer ruídos: “Sábado vou dar
um chego lá na tua baia, tá?” E a resposta vem logo, curta e precisa: “Falô! Vê se leva o Beto junto. Faz tempo que
ele não pinta lá. Depois a gente sai pra dar uma banda”.
Esse é o nível de sua linguagem grupal. Um nível meio galhofeiro e rico de tons que ele domina
galhardamente. Está como um peixe dentro de seu elemento natural. Movimenta-se com segurança
e muito consciente de sua capacidade expressional.
As dificuldades que experimenta – estão na aprendizagem da língua “ensinada” na escola. A língua culta
representa para ele um obstáculo intransponível, uma coisa estranha que o assusta e deprime. E é fato
compreensível. Para o jovem, habituado à fala grupal, à gíria, ao jargão de seus companheiros de idade e de
interesses, a norma culta surge como um fantasma, um anacronismo com o qual não consegue estabelecer uma
convivência amistosa. Se passa 23 horas e 10 minutos a dizer “tu viu”, “eu vi ela”, “me alcança a caneta”, “as
redação”, como irá nos 50 minutos de aula de português, alterar todo o comportamento linguístico e aceitar sem
relutância que o certo é “tu viste”, “eu a vi”, “alcança-me a caneta”, “as redações”?
A força coercitiva da escola é pouca para opor-se a avalanche que vem de fora. É, pensando bem, quase
uma violência que se comete contra a espontaneidade da linguagem dos jovens, principalmente quando o professor
não é suficientemente esclarecido para dar-lhes a informação tranquilizadora de que todos os níveis de linguagem
são legítimos, desde que inseridos em contexto sociocultural próprio. Explicar-lhes, enfim, por que a escola trabalha
preferencialmente com o nível linguístico da norma culta. Isso os tiraria da situação constrangedora em que se
acham metidos e que se manifesta mais ou menos assim: “Não sei como não consigo aprender português!”

VIANA, Lourival. Quando a linguagem culta é um fantasma. Cor- reio do Povo, 07/08/83 (adaptado).
1) Pela leitura do texto, é correto concluir que o autor

a) aponta as razões para o empobrecimento voca- bular que caracteriza os jovens de hoje.
b) critica o modo como os jovens falam entre si.
c) justifica a coerção que a escola exerce sobre a fala espontânea dos estudantes.
x alerta os jovens que se sentem inseguros em relação ao idioma para a necessidade de apren- derem a
d)
norma culta da língua na escola.
e) defende a legitimidade da fala dos jovens como instrumento de comunicação utilizado em seu grupo.

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 2, consi- derar as afirmativas sobre informações apresen- tadas no
texto, preenchendo os parênteses com V para Verdadeiro e F para Falso.

( V) A adequação ao contexto em que o falante está inserido torna apropriada a linguagem utilizada.
( F ) Os níveis de expressão variam de um idioma para outro.
( V ) O jovem mostra-se incapaz de expressar-se adequadamente no seu cotidiano porque não conhece a norma
culta.
( F ) A escola não tem sido bem sucedida no ensino da norma culta da língua.
2) A seqüência correta, resultante do preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – F – V
b) F – V – V – F
c) V – V – F – V
d) F – F – F – V
xe) V – F – V – F

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 3, considerar as idéias a seguir.

I. A língua portuguesa pode ser definida como um conjunto de variedades lingüísticas.


II. A variante lingüística de prestígio – chamada também de língua culta – é a única que merece ser chamada
de língua portuguesa.
III. É uma contradição um falante de português dizer: “Eu não consigo aprender português.”, ou “Eu não sei falar
português”.
IV. “Tu foi” , “Então tá” são frases da linguagem popu- lar que devem ser banidas de todos os contextos, por serem
uma forma inculta de expressão.

3) Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas, de acordo com as idéias do texto, as da alternativa

a) I e II
b) I, II e IV
x
c) I e III
d) II, III e IV
e) III e IV

MANDIOCA — mais um presente da Amazônia

Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da Manihot utilissima podem variar de região, no
Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de-pobre — e por motivos óbvios.
Rica em fécula, a mandioca — uma planta rústica e nativa da Amazônia disseminada no mundo inteiro, especialmente
pelos colonizadores portugueses — é a base de sustento de muitos brasileiros e o único alimento disponível para mais
de 600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em particular em algumas regiões da África.

O melhor do Globo Rural. Fev. 2005 (fragmento).

4) De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot utilissima, nome científico da
mandioca. Esse fenômeno revela que
x existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta.
a)
b) mandioca é nome específico para a espécie existente na região amazônica.
c) “pão-de-pobre” é designação específica para a planta da região amazônica.
d) os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região.
e) a planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta.

5) A frase a seguir foi extraída de um anúncio que “vende” produto hidratante para a pele:

Hoje você é uma uva.


x Mas, cuidado, uva passa.

A função da linguagem que predomina na frase é:


xa) conativa (ou apelativa), função básica dos textos publicitários.
b) referencial, procura convencer o interlocutor.
c) emotiva, a linguagem do anúncio se estrutura a partir da ênfase dada ao emissor.
d) testa constantemente o contato, portanto a função é fática.

14 coisas que você não deve jogar na privada


Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter
a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:
– cotonete;
– medicamento e preservativo;
– óleo de cozinha;
– ponta de cigarro;
– poeira de varrição de casa;
– fio de cabelo e pelo de animais;
– tinta que não seja à base de água;
– querosene, gasolina, solvente, tíner.
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a
pontos de coleta especiais, que darão a destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado).

6) O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da
linguagem, predomina também nele a função referencial, que busca
a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a
sustentabilidade do planeta.
x informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto
b)
descarte de alguns dejetos.
c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em
relação ao planeta.
d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de
sustentabilidade está sendo compreendida.
e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos utilizados de forma a proporcionar melhor
compreensão do texto.

7) Indique as funçoes da linguagem predominantes em cada um dos textos abaixo;

I Eu sei que vou te amar


Por toda a minha vida eu vou te amar
II - O que quer dizer “cativar”?
- “Cativar” significa “criar laços”.

III - Ola, como vai?


- Eu vou indo e voce, tudo bem?

As funções predominantes são, respectivamente:


a) Conativa, emotiva, poetica.
b) Poetica, poetica, metalinguistica.
x Emotiva, metalinguistica, fatica.
c)
d) Emotiva, referencial, conativa.
e) Fatica, conativa, emotiva

8) assinale a alternativa que caracteriza o teatro de Gil Vicente.


a) a busca dos conceitos universais.
b) a revolta contra o cristianismo.
c) a obra escrita em prosa.
d) a elaboração requintada dos quadros e cenarios apresentados.
x a preocupação com o homem e com a religião.
e)
9) Leia o texto e responda o que se pede.
“Ai, flores, ai flores do verde ramo
se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é”?

Os versos acima pertencem a uma cantiga de:


a) amor e amigo.
xb) amigo.
c) Amor.
d) Escarnio.
e) Maldizer.
10) Leia os versos a seguir, de Alphonsus de Guimarães, e responda:
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Via uma lua no céu,
Via outra lua no mar.
Os versos apresentam
xa) rimas alternadas, organizadas em esquemas ABAB.
b) rimas intercaladas, organizadas em esquemas ABBA.
c) rimas emparelhadas, organizadas em esquemas AABB.

BOA PROVA!

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