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ESQUEMAS COGNITIVOS: INTERFACE ENTRE AS TEORIAS DE JEAN PIAGET E AARON BECK

Monique de Fátima Alves Silva (Laboratório de Pesquisa em Comportamento e Cognição, Departamento de


Psicologia, Univerisidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba); Viviane Lima Marcelino (Departamento de
Psicologia, Univerisidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba); Mayara Pereira de França (Laboratório de
Pesquisa em Comportamento e Cognição, Departamento de Psicologia, Univerisidade Federal da Paraíba, João
Pessoa, Paraíba); Melyssa Kellyane Cavalcanti Galdino (Laboratório de Pesquisa em Comportamento e Cognição,
Departamento de Psicologia, Univerisidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba).

A revolução cognitiva na psicologia favoreceu o crescimento de estudos sobre o processamento de informações. A


teoria estrutural de Jean Piaget da cognição infantil ganhou considerável popularidade. Tanto Jean Piaget quanto
Aaron Beck avançaram em seus estudos que incidiam sobre a estrutura sistemática, na ênfase da estrutura do
pensamento, em vez de simplesmente no conteúdo da informação. Os trabalhos desenvolvidos por Piaget e Beck
apresentam semelhanças, e entre estas, estão os aspectos teóricos relacionados aos esquemas cognitivos. Este
estudo tem como objetivo a interface entre os aspectos teóricos apresentados por Piaget e Beck referentes aos
esquemas cognitivos e as implicações da inter-relação desses aspectos na prática clínica da terapia cognitivo-
comportamental. Os esquemas conceituados por Piaget, referem-se ao que é mutável e generalizável em
acomodações progressivas e contínuas. São padrões organizados de comportamento que se efetuam entre os
indivíduos e o meio. Os fatores variantes do processo de equilibração são as unidades básicas do pensamento e
ação estrutural com o meio, como o nome já diz, variáveis ao longo da vida, conceituado também como esquemas.
Na psicologia, é provável que se associe como frequência o termo esquema a Piaget, que escreveu em detalhes
sobre esquemas mentais em diferentes etapas do desenvolvimento cognitivo na infância. Passando da psicologia
cognitiva à terapia cognitiva, Beck em seus primeiros trabalhos, referiu-se a esquemas no contexto da psicologia e da
psicoterapia. Beck sugeriu que as crenças poderiam ser formadas relativamente cedo na vida e incorporadas em
estruturas cognitivas, denominadas esquemas. Os esquemas proporcionam um sistema econômico de
processamento da informação. Quando um evento importante na vida desafia nossa visão do mundo precisamos
reajustar nossos esquemas, de modo que possamos acomodar essa nova informação. Quando a psicopatologia está
presente, os esquemas que são ativados são disfuncionais e resultam em um viés sistemático no processamento da
informação, tornando-se assim, erros cognitivos. Quando um indivíduo tem uma visão imprecisa ou distorcida, existe
a necessidade de intervenções clínicas para a reestruturação desses esquemas. O conceito de esquema tornou-se a
pedra angular da terapia cognitivo-comportamental contemporânea. Apesar de não ser direcionada a psicopatologia,

C749 Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (10. : 2015 : Porto de Galinhas)


Programa e resumo do X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas / Carmem Beatriz Neufeld, Aline Sardinha e Priscila de Camargo Palma
(organizadoras). – Porto de Galinhas: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015.
ISBN 978-85-66867-01-5
a teoria piagetiana contribuiu significativamente com a teoria e terapia cognitiva dando diretrizes ao procedimento
clínico. Espera-se com este estudo que novas contribuições teóricas referentes aos esquemas cognitivos e à prática
clínica da terapia cognitivo-comportamental possam surgir.

Palavras-chave: clínica; esquemas; terapia cognitivo-comportamental.


Área temática: Produção de conhecimentos

C749 Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (10. : 2015 : Porto de Galinhas)


Programa e resumo do X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas / Carmem Beatriz Neufeld, Aline Sardinha e Priscila de Camargo Palma
(organizadoras). – Porto de Galinhas: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015.
ISBN 978-85-66867-01-5

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