Princípios de Controle
Janeiro/2015
Índice
ÍNDICE ....................................................................................................................................................2
INTRODUÇÃO – QUAL O PROPÓSITO DESTE MANUAL?........................................................4
1 PRINCÍPIOS DE MEDIÇÃO DE PLANICIDADE E COMPENSAÇÕES...................................5
1.1 PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO....................................................................................................................5
1.2 AQUISIÇÃO E TRANSMISSÃO DE SINAIS .............................................................................................7
1.3 MEDIÇÃO DE FORÇA ........................................................................................................................8
1.4 CONCEITO DE ZONAS .......................................................................................................................9
1.5 CÁLCULO DE TENSÃO.....................................................................................................................10
1.6 TRATAMENTO DA BORDA DA TIRA ..................................................................................................11
1.7 DETECÇÃO DE QUEBRA DE TIRA .....................................................................................................12
1.8 COMPENSAÇÃO MECÂNICA .............................................................................................................14
1.9 COMPENSAÇÃO MATEMÁTICA ........................................................................................................16
2 PRINCÍPIOS DE CONTROLE DE PLANICIDADE – SFC ........................................................18
2.1 CRITÉRIO DE IMPRESCINDIBILIDADE ...............................................................................................19
2.2 CRITÉRIO DE ESTABILIDADE ...........................................................................................................20
2.3 CONTROLE DE FLEXÃO ...................................................................................................................21
Intertravamento típico para habilitar o controle............................................................................21
2.4 BOMBEIO VARIÁVEL, CONTROLE VC ..............................................................................................22
2.5 CONTROLE DE INCLINAÇÃO ............................................................................................................23
Intertravamento típico para habilitar o controle............................................................................23
2.6 IMPORTÂNCIA DA CENTRALIZAÇÃO DA TIRA ..................................................................................23
2.7 CONTROLE DE REFRIGERAÇÃO .......................................................................................................24
Intertravamento típico para habilitar o controle............................................................................24
Malha de refrigeração e o conceito de zonas de refrigeração .......................................................24
Filosofia de controle .......................................................................................................................27
Opção: mais óleo para diminuir a temperatura da bobina na saída .............................................27
2.8 CONTROLE DE VAZÃO.....................................................................................................................28
Intertravamento geral para habilitar o controle ............................................................................28
Referência automática de vazão .....................................................................................................29
Desvio automático de referência de vazão .....................................................................................30
2.9 LUBRIFICAÇÃO DE BASE .................................................................................................................32
Lubrificação de base durante a laminação.....................................................................................32
Lubrificação de base para os cilindros de apoio............................................................................33
Lubrificação de base durante o aquecimento .................................................................................34
Lubrificação de base durante a introdução ....................................................................................34
3. PRINCÍPIOS DO CONTROLE DE ESPESSURA E DE SISTEMAS HIDRÁULICOS PARA
A PLANICIDADE – SCA.....................................................................................................................35
3.1 MODOS DE OPERAÇÃO DO LAMINADOR: CONTROLES POR FORÇA E POSIÇÃO ..................................35
3.2 UM GUIA PARA ENTENDER QUANDO OS MODOS DE CONTROLE POR FORÇA E POR POSIÇÃO SÃO
USADOS ................................................................................................................................................38
Caso: Calibração SCA ....................................................................................................................38
Caso: abertura e fechamento do gap ..............................................................................................39
Caso: Seleção Livre ........................................................................................................................40
Você obterá informações sobre a filosofia dos controles e as condições para que sejam
habilitados.
O sistema de medição de planicidade da tira (SFM) não faz parte deste manual pois este
versa sobre sistemas de controle e não sistemas de mediçao. Assim, todos os sistemas
de medição, transdutores de pressão, limit switches e transdutores de posição são
tratados em outro manual denominado Hardware.
l =Distância de atraso
M =Rolo de medição
Figura 1:
Exit side
∆l
1[I − Unit ] = .10 −5 [1]
l
1
gap é o nome dado a abertura entre os cilindros de trabalho
2
medição on-line significa medição durante a laminação
∆l ∆δ
= [2]
l δ
onde
∆l : diferença no comprimento do segmento longitudinal da tira
l : comprimento do segmento longitudinal da tira
∆δ : diferença de tensão específica de alongamento da tira
δ : tensão específica de alongamento da tira
Usando a teoria de vasos de pressão de paredes finas, forças medidas são convertidas
em tração produzindo a informção planicidade.
I-Unit não é uma unidade do Sistema Internacional de Unidades (SI). Assim, o sistema de
automação usa o equivalente ao I-Unit em unidades SI: N/mm2. Uma segunda vantagem
de se utilizar o Sistema International de Unidades é que não há necessidade de se
converter os resultados dos cálculos das trações para I-Units pois tais resultados são
estão no SI. A teoria de vasos de pressão de paredes finas é demonstrada em detalhes
no item Cálculo de Tensão.
*
Em caso de manutenção, por favor consulte o desenho técnico do seu laminador
Roll signal
40°
0° Trigger
360° Trigger
Cada canal é conectado a um amplificador de carga que gira junto com o rolo. O
amplificador de carga possui três faixas de medição, ou três níveis de sensibilidade, as
quais são selecionadas automaticamente dependendo da amplitude do sinal gerado pelo
transdutor. Basicamente, a amplitude dos sinais de planicidade na saída do amplificador
de carga são comparados com dois limites: um máximo e um mínimo. Se a amplitude for
maior que o limite máximo da faixa de medição atual, o amplificador é chaveado para
uma sensibilidade mais baixa. Por outro lado, o nível de sensibilidade aumenta se a
amplitude for menor que o limite mínimo da faixa de medição corrente.
Parallel Pulse
Measuring switching Charge Coded Opto-Coupler Process
roll box AMP Modulation Transmitter BFI Rack Computer
: : : : :
PCM-
: Decoder M1
: :
Digital I / O
PCM
IOP 201
Analog I / O
Control unit
: : : SCA/SGC
BFI Memory Interface
: : : : :
PG
Através do cabo azul UEK01, com múltiplos fios, os sinais são enviados para a cabine
elétrica. Os sinais dos diferentes canais são, então, demodulados pelo hardware BFI,
composto ou pelo Rack BFI ou pela pequena unidade SIKO no caso de versões a partir
de 2008.
O hardware BFI envia os dados digitais demodulados para o sistema de computacional,
onde os sinais são interpretados e os controles são realizados. O Rack BFI se conecta ao
módulo IOP201 no rack do computador de processo M1 (PLC Bachmann) enquanto a
unidade siko o faz através de comunicação TCP/IP.
U eff
FMea = [N ] [3]
Stran .S amp
FMea
C cal = [4]
Fcal (Hottinger )
Quando o laminador está em operação, a força radial de cada sensor piezoelétrico que
será utilizada para o cálculo das tensões de tira de cada região de medição é dada por
[5]:
FMea
FRad = [N ] [5]
CCal
O corpo livre está em equilíbrio estático. De acordo com a primeira Lei de Newton para o
movimento, a tensão σh é dada por:
2 × σh × t × dx = p × 2 × r × dx
p×r
⇒ σh = [6]]
t
p = pressão [N/m2]
r = raio [m]
t = espessura [m]
N
×m
[σh] = [ p]× [r ] = m N
2
Assim, = 2 [7]
[t ] m m
Isto significa que o cálculo pela teoria de vasos de pressão resulta na tensão específica
sobre um elemento dx da parede do cilindro.
Esta teoria é válida para vasos de pressão de paredes finas. Genericamente, um vaso de
pressão é considerado de “parede fina” se o seu raio r é maior que 5 vezes a espessura
de sua parede t (r>5t).
Quando um vaso de pressão está sujeito a forças externas, as fórmulas acima ainda são
válidas. Entretanto, as tensões são negativas como se a pressão interna fosse negativa.
Esta característica permite a aplicação desta teoria no cálculo de tensões dos segmentos
longitudinais da tira na superfície do rolo de medição de planicidade, contanto que o raio
do rolo seja maior que 5 vezes a espessura da tira
O cálculo dentro do software SFC é exatamente realizado pela equação [8] e a unidade
utilizada é [N/mm2], que é a unidade padrão para medição de planicidade durante a
laminação.
FRi × (d Roll / 2) N
Ti = [8]
ASensor × H Exit mm 2
Este cálculo de tensão para cada zona de medição é realizado em SFM.pro, unidade de
programa (POU) DE000_AbsTen.
resultado deve ser dividido igualmente para os dois lados da tira, o comprimento do rolo
de planicidade sem cobertura do material durante a laminação, em um lado apneas, é
dado por:
Comprimento _ sem _ tira = 0,5 × (l arg ura _ medicao − l arg ura _ tira ) [9]
A primeira zona tocada pela tira, ou seja, sua borda ou aba, é determinada usando-se a
informação sobre o comprimento da zona de medição. O sistema calcula quantas zonas
estão dentro da área não coberta pelo material, No_strip_length, através de uma simples
divisão inteira. A primeira zona tocada pelo material é indicada pelo resultado da divisão
mais uma unidade
Como a última zona tocada pela pela tira está em uma posição simétrica, tem-se:
O segundo passo é calcular quanto da primeira e última zona está sendo coberto pelo
material laminado. Como pode ser alta a influência de alguma medição incorreta de
planicidade nas bordas, o sistema apenas se utiliza da medição realizada se a parte não
coberta da zona de medição for menor que um limite máximo determinado durante o
comissionamento que, tipicamente, é 50%
Se a área não coberta pelo material for maior que este limite, a primeira e a última zona
de medição consideradas pela automação para o controle de planicidade serão as zonas
adjacentes, ou seja, a última zona de cada lado totalmente coberta pela tira.
Assim,
Onde:
NSZ
Tmean = tensão média [N/mm2]
∑ Ti Ti = tensão na zona normalizada
TMean = i =1
[12]
NSZ i
Sabendo-se que quando há quebra de tira o material perde o contato com o rolo de
planicidade levando a uma brusca queda no valor da tensão média calculada, Optiroll I2
pode ajudar na detecção de quebra de tira. Esta detecção é opcional e normalmente vem
desabilitada de fábrica.
Devido as práticas de produção, é importante se determinar em quais situações a falta
da tira tocando o rolo de planicidade pode realmente significar uma quebra de tira. Esta
determinação é feita colocando-se um valor limite de velocidade de laminação a partir da
qual é considerado que o laminador esteja em produção. Se o laminador for equipado
com a função warm up ou aquecimento, cuja função é garantir uma distribuição gradual
de temperatura ao longo dos cilindros de trabalho, o intertravamento deve incluir sinais
para que o sinal de quebra de tira não seja gerado durante o aquecimento.
Se o laminador for considerado em regime de trabalho, uma queda na tensão média de
planicidade abaixo de um valor mínimo será entendido pelo sistema como uma quebra de
tira e um sinal para parar o laminador será gerado.
Esta função é de especial interesse em laminadores de folhas finas porque, às vezes, o
sensor de quebra de tira fica com pedaços de folhas de alumínio sobre ele impedindo as
detecções. Entretanto, a detecção de quebra tira pelo Optiroll deve ser solicitada pelo
cliente para que seja ativada.
Apenas como exemplo, um intertravamento comum para a geração do sinal de quebra
de tira poderia ser tensão média menor que 5N/mm2 e velocidade de rotação do rolo de
planicidade maior que 400RPM, como ilustrado na Figura 7.
Após a sua geração, o sinal de quebra de tira é transmitido ao PLC responsável por parar
o laminador. Como a detecção de quebra de tira é uma função secundária e opcional, a
transmissão do sinal é feita através da comunicação de dados normal do sistema
(profibus, TCP/IP, OPC, etc) e, portanto, sujeita aos tempos de ciclo do sistema de
comunicação utilizado.
Mean
LT
5 Strip Break
AND
SFC roll
GT
400
Figura 7: exemplo de implementação do sinal auxiliar para quebra de tira
A
Compression
Traction
B
Sensor
position
Figura 8: Flexão do rolo de planicidade resultando em forças nos sensores
Quando um sensor está no topo – posição “A” na Figura 8, a força de compressão está
em sua máxima amplitude. Com a rotação do rolo, esta força de compressão decresce
até se anular depois de 90 graus. Então, o sensor passa a sofrer tração e esta atinge sua
máxima amplitude quando o sensor está embaixo, como indicado pela posição “B” na
Figura 8.
Este comportamento é comum a todos os sensores. A única diferença é a amplitude
máxima de cada sinal pois esta é função da posição do sensor no rolo de planicidade.
Matematicamente, se dois sinais antagonistas são arranjados em fase como mostra a
Figura 9, as amplitudes serão somadas, um sinal “cancelando” o outro.
A configuração eletrônica para transmitir os sinais dos sensores, apresentado no tópico
Aquisição e transmissão de sinais, permite este arranjo dentro de um canal. Um canal
pode ser entendido como um condutor transmitindo o sinal de mais de um sensor. Como
dois ou mais sensores compartilham o mesmo condutor, seus sinais compensam-se
mutuamente.
Sinal do sensor A
Sinal do sensor B
Sinais em fase dentro de um canal
Figura 9: Signais dos sensores A e B possuem amplitudes diferentes devido a distâncias distintas
do centro do rolo
* ruído porque, como explicado anteriormente, este sinal não representa planicidade e sim uma força aplicada ao sensor devido à
deflexão do rolo. O sistema de medição de planicidade é quase totalmente livre de ruído.
1 2 3 4 5 6
a0 a
a 120 a 240
O sinal pode ainda possuir uma componente de ordem zero ou ordem um (constante ou
rampa) como o resultado da aceleração ou outras interações do rolo de medição. É claro
que estes componentes sempre estiveram presentes mas somente nesta fase eles
receberão tratamento específico.
Observando-se a Figura 11, conclui-se que o ruído residual em um canal durante uma
revolução do rolo SFC pode ser representado pela equação [13]:
Unão_compensado = Udc offset + Usen offset + Ucos offset + Uramp offset [13]
Para se determinar as componentes precisa-se de, pelo menos, quatro equações já que
se tem quatro variáveis:
Reset Ramp
360
Compensação Matemática
Amostragem das forças
Compensação de perdas
(factores de calibração)
O sinal Usensor gerado por cada sensor é a superposição do ruído residual e a força
aplicada pela tira. A força medida Fmea é obtida subtraindo-se os componentes de
compensação do sinal do sensor
Pode-se representar a força medida conforme por:
Fmea = Usensor - Udc offset - Usin offset - Ucos offset - Uramp offset [14]
O próximo passo é compensar as perdas para o corpo do rolo de planicidade através dos
fatores de calibração. Por fim, valores específicos de tração em cada zona relacionados
ao valor médio de tração são calulados obtendo-se a informação erro de planicidade
Bicos de óleo
Controle de I/O
refrigeração
* Equipamento opcional
SFC calcula o erro de planicidade para cada zona de medição subtraindo a planicidade
real da referência, gerando uma distribuição discreta de erros
Para possibilitar a determinação de referências para os atuadores hidráulicos, SFC
encontra a função polinomial que melhor representa a distribuição discreta de erros ao
longo da largura da tira. Esta tarefa é realizada usando-se o algoritmo da Aproximação
de Gauss
Distribução de
ErrorSet={(zona1,erro1);(zona2,erro2);...;(zonaN,erroN)}
Quando os controladores são selecionados para o modo automático, estes são ativados
seguindo-se dois critérios básicos:
. Critério de imprescindibilidade
. Critério de estabilidade
Apoio inferior
zonas nesta malha é definida como o máximo divisor comum entre a largura das zonas
reais de medição e das zonas de refrigeração.
Este mapa de distribuição padronizada é chamado de Malha ou Grid
A determinação do nível de óleo em uma zona de refrigeração é realizada pela leitura dos
níveis de refrigeração contidos na malha pois esta é sempre coincidente tanto com as
zonas de medição quanto com as zonas de refrigeração. No exemplo da Figura 19, uma
zona de refrigeração cobre 4 zonas da malha e duas zonas do rolo SFC.
E E E C E E
C E
1 2
O nível é
escrito na
Grid: encaixa-se em qualquer distribuição de
Malha
zonas e bicos
3 4 5 6
Na Figura acima, a zona de medição indicada por “1” foi mapeada para as zonas do grid
correspondentes indicadas por “3” e “4”, ou seja, o controlador calculou o nível de óleo
que a zona indicada por “1” necessita, e escreveu este nível na malha: observe que as
cores são iguais, indicando quantas zonas da malha são necessárias para cobrir uma
zona do rolo. Similarmente, o nível de óleo necessário à zona de medição indicada por
“2” foi mapeado para as correspondentes zonas do grid indicadas por “5” e “6”. Este
procedimento foi repetido até que todas as zonas de medição tivessem sido mapeadas.
Transferir o nível de refrigeração do grid para os bicos de óleo é, então, muito simples.
Utilizando qualquer estratégia desejada, os níveis de refrigeração das zonas do grid
cobrindo uma zona de refrigeração são combinados e o resultado é aplicado à zona de
refrigeração correspondente. Em nosso exemplo da Figura 19, a média dos níveis das
zonas do grid indicadas por “3”, “4”, “5” e “6” foi aplicado na zona de refrigeração
indicada por “7”. A cor rosa na zona indicada por “7” é a média das cores das zonas
correspondentes no grid
D
Linha A C
B
Linha B
Linha C
Linha D
B
C
D
Representação dos bicos de óleo na tela de operação
Filosofia de controle
O algoritmo utilizado para refrigerar os cilindros de trabalho analisa o erro de planicidade
em cada zona individualmente para determinar quantos bicos de óleo devem ser abertos
na zona em questão.
Considerando que o erro de planicidade é calculado pela referência menos a planicidade
real, em áreas onde o erro de planicidade é positivo, os bicos de óleo são abertos. E em
áreas onde o erro de planicidade é negativo, os bicos são fechados.
O erro de planicidade de cada zona vai para um controlador proporcional-integral para
tratamento. A saída deste controlador é comparado com limites de erro de planicidade o
qual determina a informação sobre o nível de refrigeração a ser aplicado. A pressão do
óleo de laminar é um parâmetro adicional e pode ser manualmente alterado pelo
operador.
Um laminador com três barras de bicos de óleo para um cilindro de trabalho pode
comportar 7 ou 8 níveis de refrigeração dependendo da capacidade de extração de calor
de cada bico de na vazão máxima de trabalho, que é um dado de projeto.
Esta opção não é padrão Optiroll e, portanto, as referências deste manual podem não
estar disponíveis em sua máquina.
O parâmetro “litros por kW” pode ser definido pela engenharia de processos em
AB_Maintenance. Assim, o modelo leva em consideração o conhecimento do cliente.
Para que a autoreferência de vazão seja utilizada, o parâmetro Use auto reference deve
ser habilitado na janela Cooling control no aplicativo da estação de engenharia.
Para determinar se uma zona de refrigeração está no máximo, a vazão daquela zona é
comparada com um parâmetro ajustado durante o comissionamento:
gc_par.flowCtrl.maxLevel. Se a vazão atual for maior que este limite, então
noOfMaxZones é incrementado em 1 unidade. Este teste é feito para todas as zonas de
mediçao dentro da largura da tira. O mesmo é feito para se determinar quantas zonas de
refrigeração estão em mínima vazão. O limite abaixo do qual se considera mínima vazão
é gc_par.flowCtrl.minLevel.
Com os parâmetros da figura mostrada, o número total de zonas cuja vazão é maior que
85% da vazão máxima da zona será guardado em gc_val.flowCtrl.noOfMaxZones e o
número de zonas cuja vazão seja menor que 20% em gc_val.FlowCtrl.noOfMinZones.
De posse desta informação e de mais dois parâmtros definidos durante o
comissionamento, Optiroll decide se é necessário aumentar ou diminuir a referência de
vazão da seguinte forma:
O delta de vazão é um valor entre zero e ± o maior delta possível. O maior delta de
vazão que pode ser aplicado é exatamente o valor da referência mínima. Por exemplo, se
em AB_Maintenance o parâmetro “Min. Ref. Value” estiver em 25, significa que a
referência dada pelo operador será diminuída ou aumentada de no máximo 25%.
O desvio automátio de referência de vazão não funciona caso a auto referência de vazão
esteja habilitada (pela potência consumida). Se ambas as funções forem habilitadas ao
mesmo tempo, a auto referência terá prioridade. Portanto, para ativar a função de desvio
automátco da referência de vazão deve-se realizar a seguinte configuração na janela
SFC\Cooling Control am AB_Maintenance:
Em alguns casos a lubrificação de base pode ir até o nível 19. Neste caso, a barra de
bicos menores fica com todos o sbicos acionados o tempo inteiro como no nível 9 da
tabela anterior e os bicos da próxima barra se abrem em um padrão proporcional ao nível
escolhido, seguindo a mesma lógica.
Atenção: com o objetivo de evitar picos de pressão o padrão da lubrificação de base não
é sincronizada em todos os bicos. O tempo de ciclo da lubrificação de base é de 1
segundo mas os ciclos para as linhas de apoio superior, apoio inferior, trabalho inferior e
trabalho superior estão defasados. Esta técnica é aplicada quando não se está
laminando, ou seja, em introdução ou aquecimento. Durante a laminação esta
defasagem de ciclo não é necessária pois existem muitos bicos em atuação.
Referência
Controlador de de força
Transdutor
Amplificador de isolação ADC força
de pressão
Transformador
modo
servo tensão
cilindros DAC Estado do
válvulas corrente
gap
Referência
Controlador de de posição
Transdutor de
Eletrônica SONY INC posição
posição SONY
hardware software
SCA é padronizadamente projetado com dois transdutores de posição para cada lado.
Em alguns casos de laminadores antigos que recebem o controle SCA como
consequência de uma modernização, existe apenas um transdutor de posição no centro
do cilindro hidráulico em cada lado.
SCA toma a média das posições fornecidas por ambos os transdutores conectados no
mesmo cilindro de força para compensar a inclinação deste. Caso um transdutor
apresente um erro, sua eletrônica gerará um alarme para este transdutor. SCA reage ao
alarme não mais realizando o cálculo da média das posições. A medida de posição será,
então, realizada apenas pela leitura do transdutor em bom estado remanescente. Na pior
das hipóteses, SCA pode operar com apenas dois transdutores de posição, um no lado
acionamento e outro no lado oposto acionamento.
A mesma redundância não é comum para os transdutores de pressão. Uma falha em um
deles não permite que o laminador use o modo de controle por força. Na Figura 2 os
transdutores de pressão são indicados por PT.
3.2 Um guia para entender quando os modos de controle por força e por
posição são usados
O modo de controle do laminador, seja por força ou posição, é selecionado livremente
através de botões de pressão ou pelo terminal de preset. Uma seleção é necessária pois
isto determinará qual filosofia de controle de espessura por realimentação será utilizada
durante a laminação. Entretanto, alguns movimentos do gap são realizados pelo SCA em
um modo de controle específico sem que o operador tenha controle sobre isto.
Para entender quando um ou outro controle é utilizado, é necessário lembrar que o sinal
base para o controle de posição vem dos transdutores de posição, enquanto que o sinal
base para o controle de força vem dos transdutores de pressão. Uma vez entendido
estes princípios, apenas tenha em mente que movimentos para abrir e fechar o gap são
sempre realizados em controle por posição, e que a calibração dos transdutores de
posição ou, na nomenclatura do sistema Optiroll i2, calibração SCA, é sempre feita em
controle por força.
Para estas funções, Optiroll i2 automaticamente verifica, e troca se necessário, o modo
de controle da máquina. Para a laminação, é dada a liberdade de escolha do modo de
operação para o operador.
E: ligar luzes
Ação de entrada
Examplo de máquina de estados finitos
• ERROR_RESET • GAP_IS_FIXED
• GAP_IS_OPEN • GAP_IS_STOPPING
• GAP_IS_CLOSING • GAP_IS_FIXING
• GAP_IS_CLOSED • CLOSE_FOR_CALIBRATION
• GAP_IS_OPENING • GAP_IS_CALIBRATING
• GAP_IS_STOPPED • ZERO_LOAD_ACHIEVED
Os estados da flexão
Operação
Este estado define a referência para para a flexão durante a laminação e para alguns
casos especiais do gap que são:
• Laminando e flexão em automático: referência vem do SFC (controle de
planicidade)
• Laminando e flexão em manual: referência vem do operador
• Gap está aberto ou em posição fixa: referência fixa em+30% (alterável na
estação de engenharia – AB_Maintenance)
• Gap em aquecimento ou Gap fechado se a minima força estiver disponível, a
referência vem do operador ou do SFC dependendo se o controle estiver em
manual ou automático. Caso contrário, referência fixa em +100%, idealmente.
Entretanto, a referência neste útimo caso pode ser abaixo de +100% caso a
hidráulica do laminador não se mostre capaz de atingir tal referência caso a
força mínima torne-se indisponível durante a laminação, o que às vezes é o caso
em laminadores antigos.
• Gap está calibrando: referência fixa em 0%
Troca de cilindros
Neste estado, os cilindros da flexão podem colocar os cilindros de trabalho em posiçao
baixa ou alta. As requisições para tais posições podem vir do PLC Siemens/ABB via
comunicação ou podem vir por botoeiras diretamente conectadas às entradas digitais do
M1 (solução cada vez mais rara). SCA controla as referências para as servo-válvulas e
atua ou não as solenóides para levantar ou abaixar os cilindros de trabalho. Toda a
lógica de controle auxiliar, ou seja, que não se refere às servo-válvulas e às solenoides
da flexão, ficam no PLC Siemens/ABB. A retirada dos cilindros de trabalho e apoio bem
como os intertravamentos de segurança não fazem, portanto, parte da lógica Optiroll.
Quebra de tira
A flexão no estado de quebra de tira é caracterizada por referência idealmente em
100%. Esta referência assegura que não haverá deslizamento entre entre os cilindros de
apoio e trabalho. Apesar do nome deste estado ser “Flexão em quebra de tira”, este
estado acontece se um dos três eventos a seguir forem detectados:
4. Controle de Espessura
Os parâmteros de controle de um sistema controlador de espessura são a força de
laminação, a posição do gap, tensões da tira na entrada e saída e a velocidade de
laminação. Espessuras maiores ou menores e a composição química do material mudam
a influência destes parâmetros no controle*.
Em princípio, cada um destes parâmetros pode ser utilizado para controlar a espessura
do material que está sendo laminado – separadamente ou em combinação com os
demais. Entretanto,o controle de espessura do material está fortemente amarrado ao
modo de controle do gap com o objetivo de se obter os melhores resultados.
In all machines, at least the feedback control is implemented to control thickness. For
Intuitivamente pode-se pensar que para reduzir mais uma certa tira é somente necessário
fechar mais o gap ou, em outras palavras, mudar a posição dos cilindros de trabalho.
Entretanto, ao se fechar mais e mais o gap haverá um ponto em que as extremidades
dos cilindros de trabalho se tocarão e este contato reduzirá significativamente a
eficiência do controle de espessura através do monitoramento da posição dos cilindros.
Qual implementação do controle por realimentação a ser utilizado durante a laminação é
definida pelo modo de controle do gap conforme a tabela a seguir. O modo de controle
do gap é de livre escolha do operador.
* Aluminium rolling mill technology: future concepts in thin-strip and foil rolling – Barten, Axel E. – Moderne Industrie, 2002 – ISBN
3-478-93276-9
As condições para a ativação dos controles disponíveis pode ser observada em SCA.Pro,
unidade de programa CB_120_ThickState
Posição
atual
Referência
de posição Servos Gap Processo
Controle
monitor Espessura
atual
Referência de
espessura
Loop de controle de espessura por realimentação para o modo posição
Uma análise rápida mostra que para uma redução constante na espessura do material, se
a força de laminação aumenta, cm também aumenta indicando que a dureza do material
aumentou. Por outro lado, se a força de laminação decresce, cm decresce indicando ao
sistema que a dureza do material diminuiu.
Uma informação importante é combinada com cm no controlador Monitor: o fator de
alongamento da gaiola devido à força de laminação. Este alongamento é chamado de
fator constante da gaiola, ou na nomenclatura Optiroll, constant stand factor, ou
simplesmente cs.
O fator cs é calculado durante a calibração do laminador a não mudará até a próxima
calibração, quando é recalculado. O fator constante da gaiola também é expresso em
[kN]/[µm]. Como a gaiola de laminação trabalha em sua zona elástica, cs é constante
durante a laminação.
O controlador monitor utiliza uma relação entre os fatores cs e cm para corrigir seus
ganhos automaticamente de acordo com os requerimentos de carga do material que está
sendo laminado.
W ∂P
∆S = − ∆H
M ∂H
onde
∆S: correção de posição M : módulo do laminador
W : largura da tira de saída H : espessura da tira de entrada
P : força específica por unidade de largura
H ×V
hestimatedo =
v
onde
h: espessura de saída H: espessura de entrada
v: velocidade de saída V: velocidade de entradad
Abrir ou fechar o gap altera a espessura de saída e, através disso, altera a velocidade de
entrada para se alcançar o fluxo de massa desejado.
O sucesso deste controlador depende da confiabilidade das medições de espessura e
velocidade. Portanto, é necessário cautela com relação à respingos de óleo que possam
entrar na zona de medição das velocidades de entrada e saída do material. Utilizando-se
medidores a laser, os pingos de óleo bem como outras impurezas refletem a luz do laser
para locais fora do detector causando medições erradas que refletirão no controle
equivocado da espessura.