Você está na página 1de 51

Ebook

VOCÊ
NÃO É
UMA BALEIA

PARA FICAR
ENCALHADO (A)!
Adriano e Letícia Gonçalves

SÓ PARA SOLTEIROS!

VOCÊ NÃO É UMA BALEIA!


Como é bom falar de namoro, de sentimentos e
declarações de amor! Andar de mãos dadas e
beijos apaixonados... ah, como é bom!

Mexe com a
gente, não é
mesmo? Entrar
no Facebook dos
amigos e ver
estampado na
capa: ‘Em
relacionamento
sério’! A aventura do amor continua e sempre
continuará a mexer com nosso coração. Escutar
aquela música do Jota Quest e ficar horas e
horas pensando à quem dirigir esta canção.
Assistir aqueles filmes românticos e pensar:
“Quando será minha vez? ”

Ao aventurar-se, você pode parar por um


instante e dizer para mim: “Adriano, é tudo
muito lindo, mas não acredito que isso seja
possível. Estou encalhado, há tempos, e cansei

de esperar. A fase de solteiro está durando há


anos! ”. Sinceramente? Perdi as esperanças!

Calma, calma, não brigue assim. O que tenho a


dizer, primeiramente é: Tire de sua vida a
palavra “encalhado”! Gente não se encalha;
quem encalha é baleia. Gente se reserva para o
melhor momento e para a melhor pessoa.

Reserva
Quantas vezes, em um
casamento ou em uma festa
importante, encontramos
bem grande um aviso:
“reservado”; ou chegamos a
um supermercado e, no
setor da adega, um vinho
apresenta o seguinte rótulo:
“Reserva …”. A primeira
impressão é a de que pessoas importantes vão
usufruir daquilo que foi separado, escolhido,
preparado e reservado. Um vinho que recebe a
classificação de “reserva” indica que o mesmo
foi submetido a um longo processo de

amadurecimento o que garante a sua


superioridade!

Não quero apenas dizer que você está reservado,


mas que existe uma pessoa separada, escolhida,
preparada e reservada para aparecer na hora
certa. Isso se o seu chamado for viver o amor a
dois. Lembre-se: todos têm direito ao Amor
Maior.

“Encalhado” é uma palavra


tão baixa, que ninguém
deveria ser rotulado assim. A
baleia, quando encalha, na
maioria das vezes, não
consegue se soltar, fica presa
e fere-se até morrer. Uma
pessoa que vive a fase de
“solteirice” in reserva se
garante, sabe dar sentido aos
sentimentos e sempre tem
esperança!

Uma esperança que não decepciona, pois investe


sempre em seu processo de maturidade.

Você está encalhado? Não está. Pense diferente.


Pense assim: “Você está “reservado”. Você está
amadurecendo, está fazendo de sua vida um
investimento e entrega, e só pessoas maduras
podem usufruir, só a “pessoa certa” pode ter
acesso a você. Como disse Santa Edith Stein: “O
que vale a pena possuir vale a pena esperar”.

Antes só do que mal acompanhado


Você pode até estar sozinho, mas não porque
ninguém apareceu. Talvez você é quem optou
por não ficar com qualquer um, pois você não é

qualquer um! Há um velho ditado que cai bem


aqui: “Antes só do que mal acompanhado”.

É o momento de você ler tudo isso e valorizar-se


para o grande amor! Não se deprecie por não ter
encontrado alguém, por ainda não ter aparecido
quem realmente o mereça! Assim você se
reserva. Viva este tempo de “solidão” em
profunda companhia de si mesmo, em processo
de curtição de toda maturidade que precisa
alcançar!

Seu nível de maturidade e a espera.

O tempo de espera e como esperamos revela o


nível de maturidade que temos. O tempo de
espera e a maneira como eu o vivo me revela e
revela minha maturidade. Quanto mais imaturo
somos, menos sabemos esperar. Um exemplo

são as crianças, que fazem birra quando


precisam esperar algo por cinco minutos.

A agitação, o “jeitinho”, a raiva etc., são


sintomas de nossa imaturidade, quando a vida
nos confronta com a espera.

Fase de solteiro

Agora, deixo para você esse barulho: Como


você vive o tempo de espera? Como vive a fase
de “solteiro”? Será que vale a pena dar um
“jeitinho” de encurtar a espera, sair por aí sem
dimensão do dom que você é e se sujeitar a ficar

com o primeiro (a) que aparecer? Será que está


irritado por não conseguir encontrar alguém, e
assim tem perdido a oportunidade de ser uma
pessoa mais amável? A irritação o transformou
em alguém irritante e murmurador? Ou será que,
na pior das hipóteses, você tem esperado de
braços cruzados, aguardando que alguém caia do
céu?

A pessoa pode até cair, mas quando encontrar


você, terá uma grande decepção, pois você não
se cuidava como um dom no tempo de espera.

Somos muito imediatistas e não gostamos de


esperar. Deixamos, muitas vezes, o medo e a
ansiedade se tornarem empecilhos à
concretização das promessas de Deus em nossa
vida. Mas se soubermos lidar com esses
sentimentos, operando sobre eles com a
inteligência e uma vontade forte, com certeza
viveremos bem e de forma adulta.

Esperança com ação


Muitos esperam de braços cruzados, rezam todos
os dias e pedem a Deus a pessoa certa. Mas é
uma espera sem esperança, sem atenção. Às
vezes, Deus já lhe mandou alguém, mas você,
por estar de braços cruzados, não percebeu e não
correu para o abraço.

É necessário estar
atento às pessoas
que estão ao seu
r e d o r, n o s e u
grupo, na
faculdade. Não se
acha remédio em
açougue nem
carne em
farmácia, não é?
Gosto do Salmo
que diz:
“Esperando eu
esperei”. Deve-se
saber viver essa
espera com
esperança, com

ação. Cuidar-se, arrumar-se, não em vista só do


outro, mas para se sentir bem consigo mesmo.
Quando nos amamos podemos amar o outro,
pois somente damos o que temos.

Se você está sozinho, eu lhe pergunto: “Será que


não é preciso estar assim? ”. Às vezes, nesse
tempo em que
você está só,
descobrirá que,
na verdade, é
chamado a outra
vocação. Como
dizia padre Léo,
“quando não
achamos a tampa
de nossa panela,
podemos ser
u m a
frigideira! ”.

Não importa a
quantidade do
tempo, mas a
qualidade com

que você o tem vivido. Que sua oração se torne


também a ação desse tempo!

Interessante que a esperança é justamente a


virtude que brota do ordenamento de nossa
sensibilidade. É quando usamos nossa
sensibilidade de forma ordenada, onde sabemos
que a vida vai além do que nossos sentidos
corpóreos conseguem captar. A desordem da
sensibilidade é justamente o vício da luxúria, ou
seja, quando nos perdemos no que nossa
sensibilidade ordena. Nos perdemos nos brilhos
de nossos sentidos.

Viva a fase de solteiro alargando as


possibilidades de ser uma pessoa melhor, invista
nas amizades, na família e em seus projetos;
acima de tudo, no seu relacionamento com Deus.
Isso faz a diferença! Não seja um solteiro 4ª
camada, reclamão e chato.

Não seja um solteiro (a)


4ª camada!
Amadurecer é de fato viver uma narrativa
biográfica de valer a pena, e a grosso modo, há
no processo de amadurecimento da
personalidade, motivações que precisam ser
atendidas ou supridas para que possamos evoluir
e amadurecer como pessoa humana. Cada fase,
ou camada, tem suas próprias “tarefas” a
cumprir. Quando nascemos nossa primeira
motivação, camada 1, é existir. Ou seja, toda a
luta do embrião consiste em garantir sua
existência. Depois nossa motivação é se
manifestar neste mundo, aparece então uma
motivação de manifestar o caráter, o
temperamento, camada 2. Depois queremos

aprender a andar, falar, pegar as coisas, nossa


motivação é ainda infantil, e consiste em
aprender. Por volta ali dos 4, 5, 6 anos nossa
motivação mais patente é receber o contorno
afetivo, ou seja, sentir-se amado. Ser olhado por
alguém de maneira benévola, estamos então na
4ª.

A motivação da 4ª camada consiste em fechar


um contorno afetivo, que vem por meio da
estabilidade dos afetos e que nos dá uma certa
“proporção de tamanho interior”. Não basta
saber-se amado é necessário ter estabilizado este
amor. Até aí nada mal, se tratando de uma
criança e não um adulto.

O solteiro de 4ª camada tem um desejo de


estabilidade que nunca consegue ser preenchido,
é aquele (a) cara que busca validação de quem
ele é, por isso ele fica toda hora tentando enfiar
afeto dentro dele, fica sempre olhando o mundo
e as pessoas pela lupa do amor a si mesmo. Um
baita egoísta! Ele fica a toda hora tentando saber
se o outro gosta dele ou não. Isso significa que
ele está querendo saber se pode ou não ser
estabilizado; se ele pode ou não ter uma
percepção do amor benévolo, transcendente e
perene, que dá os motivos da segurança. Tudo
diz “dele”. Para uma criança em pleno processo
de maturidade é até normal e necessário, isso
cria um estado de ser alguém, mas um solteiro
na fase adulta viver assim é uma tragédia! Uma
grande tragédia afetiva. Essa motivação deveria
ter sido completada na infância. Não foi para a
maior parte de nós, então teremos de fazer isso
na vida adulta, e antes mesmo de querer estar
definitivamente com alguém precisamos sair da
4 ª camada.

Como sair da 4 ª
camada?
Sair da 4 ª camada é basicamente fechar este
buraco. O fechamento do contorno afetivo pode
ser feito por meio do encontro com alguém, e da
exposição minimamente perene e aberta a esse
alguém, que de fato sabe amar benévola e
gratuitamente. Mas entenda só encontramos
pessoas assim quando nós mesmos paramos de
desconfiar de tudo e todos, assumimos uma
postura de serviço e entrega frente a vida. Pois
amor com amor se paga.

O um solteiro de 4ª camada
procura estabilidade, um
domínio afetivo estável. É
isso que ele precisa que se
complete dentro dele. Essa
pessoa tem uma certa timidez
diante do mundo. Ela acha
que as pessoas não a amam,
que os amores não duram,
que ele é indigno do amor ou
pior, vive ressentido e
amargurado perante a própria existência. Ele
está sempre tentando tapar esse buraco. Como
um avestruz, um solteiro de 4 camada está
sempre com a cabeça neste buraco, o mundo
dela consiste em “fechar” sanar este buraco. Sua
vida de solteiro torna-se um inferno. Mas há
uma coisa fora de nós chamada mundo. O
mundo não foi criado por nós, pelo nosso
pensamento. Isso fica provado com a simples
imaginação de que, se você morrer agora e parar
de pensar, o mundo continua existindo. Você já
recebeu a notícia de muitas pessoas que
morreram, mas o mundo continua aí. O mundo
não depende do nosso pensamento para existir.

O nosso pensamento não é o fundamento do


mundo externo, não o criamos com a força de
nosso pensar. A realidade é muito curiosa, ela
existe independente de nós. Isso gera segurança,
isso gera uma certeza de que há algo que é, fora
de nós, e quando percebo e aceito este Ser,
começo a olhar para mim e meu “buraco” de
maneira diferente. Começo a ter um olhar mais
maduro, menos autorreferencial. Há um
processo de estabilização. Uma vez estabilizado
o interior de maneira serena e verdadeira, posso
olhar para o mundo sem ser de forma narcísica e
egoísta, saio da 4 ª camada. É o princípio de
identidade. As coisas são o que são. As coisas
são e permanecem. Ora, o desejo do solteiro de
4ª camada é um desejo de permanência. Quando
temos verdadeiramente a experiência de que as
coisas são e permanecem, somos invadidos por
uma estabilidade que nos transcende. Não somos
o fundamento da existência, não foi por meio da
nossa vontade que o mundo foi criado. Antes de
seu pai conhecer a sua mãe, o mundo já estava
dado. A serra que tem no seu estado estava lá e
vai continuar lá, independentemente da sua
vontade.

Q u a n d o
conseguimos
contemplar a
permanência
do mundo,
s o m o s
invadidos por
u m a
percepção –
não uma
sensação – de
que as coisas são; e quando somos invadidos por
essa percepção, o buraco se fecha, e o desejo da
4ª camada é preenchido, finalmente.

Quando esse “é” sai da sua boa com a força de


que não dá para ser de outro jeito,
imediatamente você cria uma estabilidade e sai
da 4ª camada. Sai e começa a ampliar sua
existência na grande cadeia do Ser. E como Ser
humano começar a ter todo necessário para
entrar em relações de convivência. Você começa
a sentir o desejo de confrontar a estabilidade do
mundo exterior. E o que é isso? A motivação da
5ª camada. Essa é a motivação do adolescente.
Quem completou a 4ª camada começa a sentir a

motivação de saída, de confronto: “Eu quero


agora testar minha força no mundo. Quero ver se
o mundo tem mesmo consistência. Quero ver se
eu tenho mesmo estabilidade”. E você vai para o
mundo exterior. Pela primeira vez o seu olhar é
de fato atraído para o mundo exterior. A
transição da 4ª para a 5ª camada é muito
importante.

É a primeira transição extrínseca: você sai do


domínio interior, egocêntrico, e vai para o
mundo exterior. A sua motivação, então, é testar
o mundo. Encarar o mundo e ver o que e quem
está neste mundo. Não tem mais a ver com a
formação do mundo interior. Tem a ver com
você, porque ainda é você se testando no mundo,
mas isso já é superior. Aqui neste mundo que é
você começa a de fato ser também, e sendo
começa a se
relacionar
com outros
que “são” e
como diz no
Rei Leão:

“ É o ciclo
sem fim que
nos guiará, à
dor e emoção, pela fé e o amor até encontrar o
nosso caminho neste ciclo sem fim”.

Entendendo a consistência do mundo, você


passa a confrontá-lo. Passa a ser mais “amável”
e torna-se então digno ou melhor apetecível a ser
amado. No fim desse processo, você deve buscar
a motivação de servir, sem pensar mais no seu
próprio afeto. Este não é o abandono de quem
não gosta de si mesmo, mas de quem se entende
como um dom a ser doado.

A saída da 4ª camada é fundamental para uma


vida afetiva madura. Sem isso não temos força,
não temos consistência; só temos frustração e
sede de afeto, que vão acabar estragando nossas
relações humanas, seremos solteiros chatos e
rancorosos e se encontramos alguém para casar ,
ainda presos na 4ª camada, estamos ferrados,
não usufruiremos do relacionamento naquilo que
ele deve ser e só aumentaremos o tamanho de
nosso buraco afetivo.

Entendendo este processo de saída da 4ª camada,


podemos então falar de “amor a si mesmo”, pois
do contrário, só te iludiria com conversa fiada e
sem resoluções.

Tenha um caso de amor!


Se ao ver o título acima você pensou que iríamos
te dar a receita de como encontrar a pessoa certa
para você, ou que de daríamos dicas para que
“Tenha um caso de amor”, ou até mesmo como
se dar bem na vida afetiva... É isso mesmo,
tentaremos nas páginas a seguir procurar
iluminar um pouco seu caminho para que “tenha
um caso de amor”. Mas saiba: Tenha um caso de
amor consigo mesmo (a), pois se você não é
capaz de conhecer e amar a si mesmo,
dificilmente conseguirá ter um relacionamento
saudável e duradouro com outra pessoa! Só
podemos dar aquilo que temos! Só podemos nos
dar se nos possuirmos. Por favor, não leia isso
como um 4 ª camada!

Sabe, temos visto um certo “tabu”


em assumir e se reconhecer nesse
estado de estar “solteiro”, mas
por que será? Alguns vivem
este estado com certo medo,
tristeza, solidão e insegurança…

Uma invasão dos corações! Não


deve ser assim. Não pense que estar solteiro é


não ser bom o suficiente para conquistar e ser
conquistado! Ou que estar solteiro é um peso,
uma tristeza e a solidão que se instala na alma e
no coração. Sabemos que você olha para suas
amigas (os) namorando, casando, o tempo
passando e nada de você arrumar alguém. Ai,
que desespero... calma.

Aproveite este tempo para olhar para si, investir


em si, verdadeiramente ter um caso de amor
consigo mesmo. Mas já viu que esta dica só fará
sentido se você não estiver mais na 4ª camada
né? Isso não é perder tempo, mas ganhar tempo.
Mas como isso pode ser possível, se parece que
o tempo corre a galope e eu não
posso ficar para titia (o)? Antes de
tudo, você p r e c i s a
responder a uma pergunta
essencial: Você tem certeza que
você é chamado (a) ao
estado do matrimônio?
Ou seu chamado é ser celibatária,
padre, religioso (a)? Pois, sem esta reposta,
desculpe, meu bem (Letícia falando), você pode
dar com o burro na água, cair com o pé na jaca e

cair em tantas outras


realidades, né? Mas, se
você é capaz de responder
isso, então vamos em
frente. Beleza?

Ter um caso de amor


consigo mesmo não é algo
somente para o solteiro,
mas sim para todo e
qualquer estado de vida
(matrimônio ou celibato). Ter um caso de amor é
se assumir como tal, um (a) solteiro (a), com
total liberdade, alegria, vida, entusiasmo e tudo
de bom que a vida pode oferecer. Gente chata é
uma das piores coisas da vida, não queira ser
uma! Não é verdade que dá vontade de correr de
pessoas que vivem reclamando da vida, que só
falam coisas negativas, que vivem a vida em
torno do seu próprio “mundinho” pequeno e
vazio? Desculpe-nos, meu filho (a), a vida não é
só isso não. Já diz o Papa Francisco:

“A vida não é dada para que a conservemos para


nós mesmos, mas para que a doemos. Queridos
jovens, tenham uma grande alma! Não tenham

medo de sonhar com coisas grandes! ”


(Catequese do dia 24 de abril de 2013)

Sonhar coisas grandes é sonhar consigo mesmo,


antes de sonhar com alguém. Ser para alguém
um sonho e não um pesadelo. Entenda que
sonhar não é viver no mundo da lua e dos
cordeirinhos, é ter os pés na terra e o coração no
céu! Você precisa treinar o seu coração e sua
alma para reconhecer a maravilha que é você
reconhecer seu mundo interior, saber o tamanho
dele e fazer com que ele se realize neste mundo
no ato de entrega. Existe algo tão profundo no
coração do homem e da mulher que é necessário
um grande investimento para descobrir. Você já
sabe quem é você? Não estamos aqui falando do
que você faz, mas sim, qual a sua essência.

Pergunta difícil? Deixe-nos te ajudar: sua


essência é ser filho (a) de Deus, antes mesmo de
ser filho (a) da sua mãe e do seu pai. E filho (a)
tem direitos de filho, de príncipe, de princesa,
pois você é filho (a) de um rei. Fala sério! Já
assumiu isso? Ao assumir esta filiação, tudo
muda em nossa vida. Deus lhe deu
características próprias, qualidades e limitações,

afinidades e dons, que vieram antes da sua


história familiar, antes dos traumas, antes da
influência do mundo ao seu redor. Essa
identidade pessoal é única e é um presente
maravilhoso. Nessa marca de Deus que está na
sua alma, no seu íntimo, se encontra a sua
verdade mais concreta, mais fiel ao que você é.
Sua narrativa biográfica é em si mesma um ato
de amor benévolo de um Deus grande e
amoroso.

O monge trapista Thomas Merton diz que ser


santo significa vir a ser aquilo para o qual se foi
chamado e destinado, e quem não se torna ele
mesmo, não vive. É preciso ousar viver,
superando o medo, para se tornar uma pessoa

inteira, e não pela metade. Dá vontade de sair


gritando isso ao mundo, não é? Temos uma
versão original intacta de quem somos realmente
no coração de Deus.

Não fomos feitos em série, e sim de modo


exclusivo! Mas, veja bem o que acontece
conosco: diante de dificuldades e traumas da
vida, vamos permitindo que nossa autoimagem
vá se deturpando, se machucando e até se
alterando. Então, o que fazer com tudo isso? É
preciso que corramos para Deus, para o seu
amor, pois somente ele nos conhece a tal ponto,
a total verdade de quem somos. Ele pode curar
nossa autoimagem, para que assumamos de fato
nossa originalidade em Deus! Só ele te conhece
plenamente. Deus pode se utilizar de vários
instrumentos para nos curar, como, por exemplo,
alguém que reze por sua cura interior. Outro
instrumento oportuno seria uma terapia com um
bom psicólogo para um possível
autoconhecimento. Mas, acima de tudo, corra
para Deus, corra para o sacrário, se exponha
para Deus, fique nu diante dele. (Ei! Não vá tirar
a roupa na Igreja. Refiro-me a ficar nu de alma e
coração, sem máscaras diante do Senhor.) Deus

só pode trabalhar com alguém que se deixa


curar; Ele não trabalha com seu ideal, ele
trabalha com seu real. Ao mesmo tempo que
você precisa correr para Deus, e correr para
valer, você também precisa correr para amigos
verdadeiros, amizades que te façam ir além de si
mesmo – pessoas que te amam como você é,
mas não no que está sendo apenas. O outro pode
me ajudar a reconhecer quem eu sou. Então não
perca tempo. Seja um bom amigo (a), assim terá
boas amizades. Dê aquilo que deseja receber.

Para avançarmos ainda mais, chamamos a


atenção para você se valorizar como pessoa,
fazer atividades físicas, ter boa alimentação, boa
higiene. Se curtir, sabe? Ser alguém que se olha

no espelho e se admira. Olhe para o espelho e


fale em voz alta: “Como sou lindo (a)! Olhe essa
verruga no nariz, que fofinha... Ninguém tem
outra igual à minha”. (Brincadeira!) O que você
mais gosta em você? E até aquilo que você não
gosta tanto, que seja agora motivo de se curtir e
se valorizar.

Reconcilie-se consigo mesmo. Invista em você!


Sua beleza precisa ser revelada, e não explorada
por ninguém. Como é triste ver mulheres
desesperadas por arrumar alguém, colocando
roupas tão curtas e apertadas que mal
conseguem andar (risos). Fica até feio... você
precisa se arrumar, andar cheirosa, com unhas
bem feitas e uma boa maquiagem. Mas não
precisa ser vulgar para viver assim. Existe uma
grande diferença entre ser vulgar e ser bela. Os
homens precisam também investir em sua saúde:
um corpo bem tratado e não cheio de bombas!
Uma barba bem feita e um bom perfume fazem
diferença. Ah, e aquela barriga que insiste em
querer aumentar? Ela não é só questão de beleza,
mas de saúde. Termine com ela bem logo! Ter
um caso de amor é conquistar a autoestima, o
belo amor da pessoa por si mesmo. Possuir uma

vivência física, emocional, intelectual e social


saudável.

Sem medo de responder perguntas sobre a


própria existência. E se for necessário reelaborar
a própria vida, após um percurso vivido,
reelabore! Jesus é um grande exemplo para nós.
Soube reelaborar a própria vida, um jovem
carpinteiro, filho de José e Maria se tornou em
um grande pregador da palavra de Deus e foi
capaz de dar a sua vida por mim e por você. Por
que conseguiu viver tudo isso? Porque sabia que
era filho de Deus e sabia muito bem quem ele
era e qual era sua missão. Siga os passos do

Mestre Jesus. Valerá a pena! Trago aqui um


pequeno testemunho.

Como superar um
término de namoro?

Eu, Letícia, entrei na Comunidade Canção Nova


com dezenove anos, nunca tinha namorado, só
tinha concluído o ensino médio, e pouca
experiência profissional. Entrei querendo ser
toda de Deus. Nada de pensar em casar e

construir uma família. Mas os anos foram


passando e fui entrando em um processo sincero
de cura. Foi aí que encontrei o Adriano, meu
amado esposo. Beleza, fizemos um caminho de
namoro (algo interno da comunidade), durante
cinco meses. Após esse tempo, tivemos a
iniciativa de namorar. Namoramos sete meses, e
após esses meses terminamos o namoro. Pense
como eu fiquei “acabada”. Pois nunca tinha
namorado, e pensava: “Nossa, quando namorar,
é para casar”. Mas não foi bem assim – ai, que
frustração! Na época, foi sofrido demais. Eu era
pele e osso, emagreci sete quilos, só tinha cabelo
(risos). Lembre-se que já estava na Comunidade,
ou seja, dei minha vida a Deus, então já sei
quem sou, e tudo mais...Vivia uma grande
ilusão. O término desse namoro foi a melhor
coisa que aconteceu comigo. Pois só após isso
pude entrar de cabeça no meu processo de cura e
autoconhecimento.

Comecei a me despertar para coisas que antes


nem sabia que gostava e dizia de mim, por
exemplo um balé, teclado, estudar outras
línguas, comecei a me arrumar, andar com a
cabeça erguida. Me descobri filha de Deus. Pude

perdoar: me perdoar por ter


tomado a decisão de namorar,
perdoar o Adriano, pois na
época me sentia enganada
(ninguém pode fazer mal a
você, somente você
mesmo), perdoar a Deus, pois
n a época achava que, se me guardei
toda para Deus, Ele não poderia deixar que isso
acontecesse. Veja, foi uma reconciliação com
Deus, com o outro e, acima de tudo, comigo
mesma. Tive pessoas que me ajudaram muito,
amigos, psicólogo e, acima de tudo, corri para
Deus – passava horas diante de Jesus na
Eucaristia. Investi em mim. Fui rever se
realmente era chamada ao matrimônio, e pude
confirmar esse estado de vida. Foi quando
Adriano também pôde investir em si mesmo.
Passamos oito meses sem trocar uma palavra um
com o outro.

Após esse tempo, o Adriano me procurou e


pudemos retomar conhecimento um para com o
outro, reconhecemos que já não éramos mais os
mesmos de antes. Após um tempo de
amadurecimento, voltamos a namorar, noivar,

casar e agora esperamos nossa 6ª filha.


Testemunho com alegria que está valendo a
pena. Colhemos os frutos desse tempo de
término e investimento ainda hoje, e sei que
colheremos ainda mais. Hoje não há dúvida que
somos chamados para esse estado de vida, e que
somos um para o outro. Eu, Adriano, vendo a
Letícia partilhar assim deste tempo tão difícil
para nós – mas necessário – só confirma que não
precisamos ir atrás das pessoas, mas precisamos
nos possuir como pessoas! A consequência será
nossa inteireza e relacionamentos inteiros!

Eu, quando terminei com


a Letícia, terminei
amando-a, mas estava
muito confuso sobre
minha missão na Canção
Nova. Estava viajando
muito, estava no auge de
minha evangelização com
os jovens, e não tinha
muito tempo para o
namoro. Aí pensei: “Acho que não é o
casamento meu estado de vida, pois se hoje não
tenho tempo para o namoro, como terei tempo

para uma família? ”. Terminei para entrar a


fundo neste processo! E fui! Busquei ajuda de
pessoas maduras e consegui discernir bem meu
estado de vida! E pude então dar o passo para
voltar meu relacionamento com a Letícia!
Entenda: “Grandes decisões não são tomadas em
meio aos sentimentos, mas sim na razão com
oração”! Ter um caso de amor consigo mesmo é
perceber que a felicidade é um processo de
construção, e que só pode ser feito por você.
Ficamos melhor quando deixamos de ser o que
não somos, ou o que o outro quer que sejamos.

Como é frustrante tentar ser aquilo que não se é.


E que perdoar é algo que só cabe a nós e não à
pessoa que nos ofendeu. Sou eu quem tomo a
iniciativa de perdoar. Ser pessoa é ter gratidão.
Gostar daquilo que se é e se tem. Ser agradecido
a Deus, por aquilo que se tem e não se lastimar
pelo que não tem ou não se pode ter. Viver de
forma menos egoísta, menos centrada em si
mesmo, trocar afetos e intimidade seja com
amigos verdadeiros, a família, com outro ser
humano. Faz parte da natureza humana sentir-se
amado e amar. Sustentar a autoestima,
encorajando-se a ser mais confiante em si
mesmo. Ter um caso de amor consigo mesmo é

ser feliz com o presente, aproveitando o


momento que está vivendo, desfrutar as delícias
da vida, não viver apegado ao passado e ao
futuro. É entender que os momentos são únicos e
não se repetem. É saber ter uma meta na vida. É
ser feliz sendo solteiro (a).

Não caia em ciladas!


Quem se ama
verdadeiramente
não cai na “rede”
do (a) primeiro
(a) que passa na
sua frente! Será
que sou uma
pessoa chamada
ao matrimônio?
Se sim, deve-se
ser firme nessa
resposta! Vamos,
agora, avaliar os
critérios da
escolha do (a)
seu (sua) amado
(a). Essa frase

“antes só do que mal acompanhado” pode até


estar em sua boca, mas será que já está em seu
coração, amadurecida em seu interior? Quem
não se valoriza, não se ama e nem sabe quem é,
corre o grande risco de estar com má companhia
ou até ser má companhia e nem saber. Que risco!
Para ter um (a) bom (a) companheiro (a), antes é
necessário ser uma excelente companhia. Para
encontrar a pessoa certa, é necessário antes ser a
pessoa certa! Mas, afinal, o que é ser uma boa
companhia? Para
responder, pare
alguns instantes e
reflita se
comprometendo
com as mudanças
necessárias que a
própria resposta
lhe pedirá. Sou
uma pessoa
agradável, que
quando chega a
um local traz
alegria e vida?
Você, ao chegar
nos lugares,
percebe as
pessoas falando baixinho: “Xiii... Lá vem ele
(a) ”, e as pessoas até saem de perto? Tem um
bom papo? Aqui não estamos dizendo que saiba
conquistar em palavras melosas, mas ter um
bom papo é ter conteúdo nas conversas. Saber se
colocar, ter opinião e até aprender coisas novas.

É uma pessoa que onde passa, gera vida, sabe


dar um bom dia até ao porteiro ou ao padeiro?
Ou vive de cabeça baixa, só olhando e pensando
na morte da bezerra? E na sua casa, aí o bicho
pega... “Seu guarda roupa é uma bagunça só! Se
quer procurar algo, tem que ir para dentro do
guarda roupa para achar uma blusa fedida e
amassada! Deus me livre, não dá! ”. Desculpe-
me, mas se quer se casar, mas não sabe nem
lavar as calcinhas (para mulheres), não consegue
nem cuidar da própria higiene (para homens ou
ambos), desse jeito vai se submeter a qualquer
companhia. Quando se é qualquer um, se abre a
qualquer um!

Tenha critérios de escolha, para não ser pego (a)


pelo desespero de arrumar alguém que não valha
a pena. Saiba ter o mínimo de exigência consigo
mesmo, para também esperar o melhor para
você. Lembra de tudo que já falamos até aqui?
Se esqueceu, comece novamente a ler o livro até
ficar fixado no coração, na alma, no mais
profundo de si. Para acreditar e viver a frase
“antes só do que mal acompanhado”, você tem
que bancar a própria existência e até mesmo a
realidade de estar solteiro (a). É tão bom
encontrar pessoas que, apesar de ainda não
terem encontrado uma companhia, vivem a vida
com leveza, com vigor, entusiasmo, alegria e
realização. Não vivem o fardo de não ter
ninguém ao lado. Encontramos recentemente
uma pessoa querida por nós que vive a vida
assim, e que testemunho ela pode nos dar como
casados! Pois até os casados precisam lembrar
que a vida é muito mais, e que a solidão faz
parte da nossa origem. Vamos compreender algo
mais profundo da existência humana. E nisso o
Papa João Paulo II é especialista. “Solidão
original” é um conceito que faz parte de um trio
da teologia do corpo descrito pelo Papa João
Paulo II:

Solidão, unidade e nudez original. Compreender


esse trio dá ao homem e à mulher a possibilidade
de plenificar o próprio ser. Acompanhe a seguir
cada item do trio:

• Unidade original: masculino e feminino, duas


diferentes “encarnações”, dois modos de “ser
corpo”, criados à imagem e semelhança de Deus.
(Gn 1,27)

• Nudez original: dimensão do corpo que revela


Deus. A nudez quer dizer com seu corpo que não
são completos em si mesmo. “Os dois estavam
nus, o homem e a mulher, e não se
envergonhavam. ” (Gn 2,25). Dom da inocência
original.

• Solidão original: Não é bom que o homem e a


mulher estejam sós. (Gn 2,18) Apesar de
estarmos rodeados de pessoas, ainda existe no
coração do ser humano uma grande solidão, e
isso Papa João Paulo II chama de solidão
original. Não há nada no mundo que sacie sua
inquietude, pois todos nós somos feitos para a
transcendência, para Deus, para a eternidade.
Somos, homem e mulher, criados à imagem e
semelhança de Deus, chamados não para o
isolamento, mas sim para o sagrado, para a
abertura a Deus.

Homem e mulher são semelhantes, pois ambos


estão abertos a Deus e têm sede de infinito. Nem
o homem pode saciar a mulher em plenitude e
nem a mulher saciar o homem na sua plenitude.
Somente Deus pode saciar a alma do ser
humano. Fomos marcados pelo pecado original e
a recuperação das experiências originais só se
torna possível pela salvação dada por Jesus
Cristo. Ao ler e compreender tudo que está
acima, é possível acolher a solidão como a
grande oportunidade de um encontro consigo
mesmo, com Cristo, com Deus. Lembre-se:
solidão é diferente de isolamento. Um ser
isolado enlouquece e se enfraquece, se
desumaniza! Para viver bem o estar só, é preciso
ter coragem para não viver mal acompanhado.
Dê um basta nas dores do coração e acolha a
solidão como um trampolim para a
transcendência, para a plena realização que só
Deus é capaz de dar.

Não abra mão!


Pois é, o tempo vai passando, olho de um lado
para o outro e não vejo ninguém. E aí, o que
fazer agora? Começamos nossa oração dizendo:
“Jesus, eu quero uma pessoa assim, assim e
assado”. O tempo passa e nossa oração muda:
“Jesus, eu quero uma pessoa assim e assim”.
Passam-se mais anos e a oração muda
novamente: “Jesus, eu quero uma pessoa assim”.

Não abra mão de


seus valores!

E, depois de mais um tempo: “Jesus, eu quero


uma pessoa”. E por fim termina: “Jesus, eu” –
mas um “eu” que não entende que tem Jesus!
Assim, qualquer pessoa vale para você! Não

abra mão de seus valores e de sua oração! Os


critérios estabelecidos para ter uma boa
companhia, encontrar um grande amor, um
relacionamento que vale a pena, um verdadeiro
amor, aos poucos vão sendo esquecidos e
deixados de lado. Corre-se o risco de esquecer
de alimentar o caso de amor consigo mesmo. E
quando se percebe, a frase “Eu quero um
verdadeiro amor” ficou resumida no “Eu quero”.
Que risco viver dessa maneira! Na desesperança
de encontrar alguém que vale a pena, de ter esse
verdadeiro amor, o primeiro que passa, pego
carona.

Em uma das missões às quais fomos, atendemos


uma jovem viúva que, dentro de poucos dias, já
estava em um outro relacionamento. Que drama
ouvir aquela jovem, chorando e se perguntando
por que na vida dela nada dava certo! Tinha
perdido o marido e estava tentando um novo
relacionamento, mas esse em pouco tempo já a
fazia sofrer muito. Então, você nos pergunta: o
que respondemos para ela? É maldição? Não
respondemos nada, apenas a ajudamos a olhar
para si. E ela mesma reconhece que os seus
critérios já estavam bem longe do que ela é

digna. Voltamos com ela no seu casamento; ela


foi parando de chorar e se desesperar por achar
que Deus a havia abandonado. No olhar mais
profundo para dentro de si, ela reconheceu e
assumiu que nem no casamento ela tinha de fato
experimentado o verdadeiro amor. E que agora,
como jovem viúva, queria experimentar as
aventuras do falso amor. Ao final do
atendimento, ela tomou a firme decisão de
retomar a própria vida, ter um relacionamento
verdadeiro consigo mesma, se amar de
verdade.

Com coragem, procurou o


sujeito com quem estava se
relacionando para romper esse caso.
O semblante daquela jovem já
não era mais o mesmo do início do
atendimento; seu olhar estava vivo,
seu sorriso revelava a esperança de uma
nova vida que há pouco se iniciava, pois
de fato até aquele momento nunca tinha tido
uma vida para valer, mas vivia uma vida que
dava pena. Parou de se lastimar das perdas e
fracassos, deixou de culpar Deus. No mesmo
instante, colocou-se a louvar e bendizer a Deus
por todo o cuidado que teve ao longo de toda a

sua vida. Ela terminou o


atendimento afirmando:
Deus, em todo tempo,
cuidava de mim como um
bom pai – eu é que nunca
tinha parado para assumir
isso. Até da perda do meu
esposo, que foi um
acontecimento difícil, também tirei algo de
bom para mim. Bendito seja Deus por t a n t o
amor por mim. Eu quero um amor verdadeiro!

Demais ler isso, né? Será que você é essa


“jovem viúva”? Se for, não espere perder o seu
“marido” para retomar a própria vida e realinhar
os seus critérios. Não vale a pena abrir mão do
que se quer e se tem, para se aventurar em um
relacionamento que não vale a pena. Seus
critérios precisam ser firmes e sustentáveis,
mesmo que o tempo passe e nada de encontrar
alguém. Lembre-se: antes só do que mal
acompanhado. Mas quais são esses critérios? –
Você nos pergunta. Ele (a) precisa ser alto (a),
loiro (a), magro (a), cabelo assim ou assado?
Não, não é a estes critérios que você deve se
apegar. Os critérios de escolha precisam

potencializar quem você já é. Ter alguém ao lado


que te oprime, despreza e minimiza o que você
é. Fuja disso! Um relacionamento saudável
enriquece nossa vida, enquanto relacionamentos
doentios empobrecem nossa existência!
Os critérios precisam estar intimamente ligados
ao valor de ser pessoa. Não fique mais à beira do
caminho, pegando carona com qualquer um, mas
tenha o próprio veículo para se movimentar e
deixar alguém digno sentar ao seu lado, ser uma
íntegra companhia.

Aqui ou no céu?
Refletimos sobre tantas coisas, não é verdade?
Chegamos a um ponto da nossa caminhada em
que é oferecido algo para você conquistar. O
tesouro mais precioso e valioso que alguém já
possa ter imaginado. Mas para conquistá-lo é
preciso muita coragem, perseverança e dar tudo
de si. Não permitir que os medos e inseguranças
te façam desistir e paralisar.

Sinceramente: Você se torna espectador de sua


própria existência, ou se torna protagonista da

sua história. Aqui ou no céu. Como assim? Aqui


nessa terra, onde tudo é passageiro e limitado,
ou no céu, onde tudo é eterno e sem limites. Sem
limites para o amor, sem limites para ser em
potencial. É uma escolha. É você quem escolhe
a aventura a trilhar! Não estamos dizendo que
você precisa morrer nesse exato momento para ir
para o céu, não, mas sim, já viver aqui e agora
nesta terra com o coração e o olhar direcionados
para o alto. Desculpe-nos, o seu coração não foi
feito para o amor pequeno, seu coração tem
ânsia de um amor completo, perfeito e
verdadeiro.

Mesmo que você namore, case e construa sua


linda família aqui nesta terra, seu coração ainda
terá sede de algo maior e mais pleno. E ousamos
até dizer a você que ainda espera por alguém:
pode esperar, e com qualidade, mas antes e
acima de tudo, espere por algo ainda maior e
mais pleno. Temos uma grande notícia para lhe
dar. O céu é logo, o céu te espera. Não perca
tempo com coisinhas, com pouca coisa, pois o
que te espera vai muito além que você possa
imaginar.

Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem


jamais penetrou em coração humano o que Deus
tem preparado para aqueles que o amam. (1Cor
2,9)

Não perca tempo no amor, invista sua vida para


amar. Amar quem está ao seu lado, amar quem
passa por você, amar quem precisar do seu amor.
Vivendo amor, você alcançará o amor maior, o
verdadeiro e pleno amor. O amor verdadeiro é
feito de quatro camadas (atração física,
sentimentos, valor da pessoa e transcendência) e
a última camada é que cabe a Deus. A última
camada parece escorrer pelas laterais, selando
todas as outras camadas.

O amor humano é um
jeito de se encontrar
plenamente com Deus.
O amor torna-se
caminho para
experiências de eternidade.
Não podemos depositar na pessoa amada a
expectativa que irá preencher plenamente nosso
coração.

O Amor nos move em direção a Deus e à pessoa


amada; na maneira pela qual nos relacionamos
com ela resplandece o rosto de Deus.

A vocação cristã é
simples: primeiro
você é filho de
Deus, e o estado
de vida em que
Deus o colocou é
fonte da sua
santidade. (Madre
Angélica)
Então, meu
filho(a), mesmo
que não consiga
concretizar seu
estado de vida no curto prazo, tenha em mente
que é melhor ir para o céu sozinho, do que para
o inferno acompanhado.

Uma ajuda a
mais!
Se você adquiriu este e-book é porque deseja
amadurecer. Nos esforçamos para te entregar
um conteúdo profundo neste e-book, sabemos
e reconhecemos que durante a leitura, seu
interior possa ter passado por questionamentos
sobre, como ter mais atitudes, ferramentas e
estratégias para viver esta fase e quem sabe até
sair dela para viver um grande romance! Por
isso pensamos na Masterclass: “ Não sou
baleia para ficar encalhado”, nela traremos de
forma mais aprofundada e prática reflexões
sobre essa realidade que de forma alguma
precisa ser sofrida e angustiante!Aguarde! Te
encaminharemos um e-mail para se inscrever!

Você também pode gostar