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Universidade de Blumenau

Engenharia Química
Prof. Jonathan Utzig

Reatores 1
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6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.1- Balanços de energia para sistemas reacionais com entalpia de
reação diferente de zero
Formas de aquecimento/resfriamento:

Meia-cana externa Jaqueta/camisa Serpentina interna


6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.1- Balanços de energia para sistemas reacionais com entalpia de
reação diferente de zero
Para percebermos o que está diferente agora, consideremos o
caso de uma reação elementar altamente exotérmica conduzida
adiabaticamente em um PFR.

Dada a reação, o balanço molar, a equação da taxa e a Lei de


Ahrrenius, tem-se:

𝑑𝑋 −𝑟𝐴 𝐸 1 1
= , −𝑟𝐴 = 𝑘𝐶𝐴 , 𝑘 = 𝑘0 𝑒𝑥𝑝 −
𝑑𝑉 𝐹𝐴0 𝑅 𝑇1 𝑇
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.1- Balanços de energia para sistemas reacionais com entalpia de
reação diferente de zero
Quando trabalhamos com reações isotérmicas (T não varia), 𝑘
assumiu valores constantes, obviamente. Agora, 𝑘 = 𝑓(𝑇) e,
assim, valores de T precisam ser conhecidos.
Seguindo com o modelo do caso:
𝐸 1 1
−𝑟𝐴 = 𝑘0 𝑒𝑥𝑝 − 𝐶𝐴0 (1 − 𝑋)
𝑅 𝑇1 𝑇

𝑑𝑋 𝐸 1 1 (1 − 𝑋)
= 𝑘0 𝑒𝑥𝑝 −
𝑑𝑉 𝑅 𝑇1 𝑇 𝑉0
Temperatura de referência Temperatura do meio reacional
(variável conforme a reação)
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.1- Balanços de energia para sistemas reacionais com entalpia de
reação diferente de zero
A grande questão é como a T varia! É preciso descrever os processos
físicos que impactam nela, resolver um balanço de energia para
informar o valor de T ao balanço molar.

Relações de T com X ou T com V deverão ser


propostas. Naturalmente, informações da reação
devem ser elencadas.

Esta informação é dada pelo calor de reação, ou


entalpia de reação (∆𝐻𝑅𝑥 (𝑇)), além do modo
operacional.
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.1- Balanços de energia para sistemas reacionais com entalpia de
reação diferente de zero
O balanço de energia parte da Primeira Lei da Termodinâmica, onde o tratamento
dado às entalpias, calores específicos, fluxos externos de calor e ao calor de reação
devem ser avaliados.

A entalpia de reação, por exemplo, pode ser dada em termos das


entalpias individuais dos componentes a uma temperatura T:

𝑎𝐴 + 𝑏𝐵 → 𝑐𝐶 + 𝑑𝐷
𝑑 𝑐 𝑏 𝑎
∆𝐻𝑅𝑥 𝑇 = 𝐻𝐷 𝑇 + 𝐻𝐶 𝑇 − 𝐻𝐵 𝑇 − 𝐻𝐴 𝑇
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime estacionário
O calor adicionado/retirado, 𝑄, é normalmente dado em
termos do coeficiente global de troca térmica, 𝑈, além da área
de troca e da diferença de temperaturas entre o meio reacional
e a camisa ou ambiente vizinho.

Para um CSTR, pode ser mostrado que

𝑈𝐴
𝑄 = 𝑚𝑐 𝐶𝑝,𝑐 𝑇𝑐0 − 𝑇 1 − 1 −
𝑚𝑐 𝐶𝑝,𝑐
ou
𝑄 = 𝑈𝐴 𝑇𝑐0 − 𝑇
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime estacionário
Já para um PFR, onde o fluxo de calor pode variar ao longo do reator, tem-se

𝑑𝑄
= 𝑈𝑎 𝑇𝑐0 − 𝑇
𝑑𝑉
onde 𝑎 é a área de troca térmica por unidade de volume do reator.

Além disso, para um regime estacionário, a partir da conservação da energia,


𝑛
𝑜
𝑄 − 𝑊𝑆 − 𝐹𝐴0 𝜃𝑖 𝐶𝑝,𝑖 𝑇 − 𝑇𝑖0 − Δ𝐻𝑅𝑥 𝑇𝑅 + Δ𝐶𝑝 𝑇 − 𝑇𝑅 𝐹𝐴0 𝑋 = 0
𝑖=1
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime estacionário
Percebe-se a relação entre a conversão e a temperatura. Em reatores
adiabáticos, sem trabalho significativo, onde a 𝑇 não varia ao longo do
reator, 𝑄 = 𝑊𝑆 = 0 e o isolamento de 𝑋 leva a:

𝑛
𝑖=1 𝜃𝑖 𝐶𝑝,𝑖 𝑇 − 𝑇𝑖0
𝑋= 𝑜
− Δ𝐻𝑅𝑥 𝑇𝑅 + Δ𝐶𝑝 𝑇 − 𝑇𝑅

Desta equação pode-se notar que, se Δ𝐶𝑝 𝑇 − 𝑇𝑅 for muito


pequeno em relação aos outros termos, a conversão aumenta
linearmente com o aumento da temperatura.
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime estacionário
A expressão anterior é o balanço de energia (que fornece T) em regime
estacionário, em termos dos calores específicos médios. Comumente em PFRs
a temperatura varia ao longo do reator (𝑇(𝑧)), então deve-se considerar a
integração dos termos de T:
𝑛 𝑇 𝑇
𝑜
𝑄 − 𝑊𝑆 − 𝐹𝐴0 𝜃𝑖 𝐶𝑝,𝑖 𝑑𝑇 − Δ𝐻𝑅𝑥 𝑇𝑅 + Δ𝐶𝑝 𝑑𝑇 𝐹𝐴0 𝑋 = 0
𝑖=1 𝑇𝑖0 𝑇𝑅
𝑇
Se 𝑄 = 𝑊𝑆 = 0 e 𝑇𝑅
Δ𝐶𝑝 𝑑𝑇 desprezível,
𝑛 𝑇
𝑜
− Δ𝐻𝑅𝑥 𝑇𝑅 𝑋 = 𝜃𝑖 𝐶𝑝,𝑖 𝑑𝑇
𝑖=1 𝑇𝑖0
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime estacionário

PFR Adiabático: PFR com troca de calor:


𝑞 = 𝑈𝑎 𝑇𝑎 − 𝑇
𝑞=0
𝑇𝑎
𝐹𝐴0 𝐹𝐴𝑓 𝐹𝐴0 𝐹𝐴𝑓
𝑟𝐴 (𝑋, 𝑇) 𝑟𝐴 (𝑋, 𝑇)
𝑇0 𝑇𝑓 𝑇0 𝑇𝑓
A+B C+D A+B C+D
∆𝑉 ∆𝑉
𝑧 𝑧
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime estacionário
No caso de ocorrer troca de calor em um reator tubular, positiva ou negativa,
lembrando da hipótese da mistura perfeita no volume diferencial, tem-se o
balanço ao longo do reator como (sendo 𝑊𝑆 = 0):

𝑜
𝑑𝑋 𝑑𝑇
𝑈𝑎 𝑇𝑎 − 𝑇 − Δ𝐻𝑅𝑥 𝑇𝑅 𝐹𝐴0 − 𝐹𝐴0 𝜃𝑖 𝐶𝑝,𝑖 + ∆𝐶𝑝 𝑋 =0
𝑑𝑉 𝑑𝑉

𝑑𝑇 𝑟𝐴 Δ𝐻𝑅𝑥 − 𝑈𝑎 𝑇 − 𝑇𝑎
=
𝑑𝑉 𝐹𝐴0 𝜃𝑖 𝐶𝑝,𝑖 + ∆𝐶𝑝 𝑋
Lembrando que:
𝑜
Δ𝐻𝑅𝑥 = Δ𝐻𝑅𝑥 + Δ𝐶𝑝 𝑇 − 𝑇𝑅
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime estacionário
A integração da 𝑇 conforme 𝑋(𝑉), ou 𝑋(𝑧), permite
acoplar ao balanço molar do PFR fornecendo, assim, uma
solução conjunta para estas duas variáveis.

É importante notar que cada termo do balanço de energia


deve ser julgado, avaliado, ou seja, verificado sobre como
ser resolvido ou desprezado.

Muitas vezes, dependendo das condições


operacionais às quais o caso está submetido, termos
são simplificados ou considerados constantes.
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CASO 6
Considere a isomerização do n-butano em fase líquida. A reação deve ser
conduzida adiabaticamente em alta pressão, com velocidade específica de reação
31,1/h a 360K. A alimentação a 330 K contém 90% molar de n-C4 e 10% de i-C5, à
taxa de 163 kmol/h. A reação reversível é
𝑛𝐶4 𝐻10 ↔ 𝑖𝐶4 𝐻10
e a energia de ativação, 65,7 kJ/mol. A entalpia de reação, -6900J/mol; a constante
de equilíbrio a 60°C é 3,03; a concentração inicial de nC4 é 𝐶𝐴0 = 9,3𝑘𝑚𝑜𝑙/𝑚³; os
calores específicos, 𝐶𝑝,𝑛𝐶4 = 141𝑘𝐽/𝑘𝑚𝑜𝑙𝐾 e 𝐶𝑝,𝑖𝐶5 = 161𝑘𝐽/𝑘𝑚𝑜𝑙𝐾.

a) Calcule o volume de um CSTR para 𝑋 = 40%. (R.: V=1m³)


b) Qual a conversão alcançada em um PFR para o volume do CSTR? (R.: X=0,34)
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CASO 7
No caso anterior, o fato é que a pressão de operação seria muito alta para um
reator tubular único. O que se faz nesses casos é utilizar um reator PFR
multitubular, dividindo o fluxo de entrada em cada tubo. Consideremos então um
conjunto de 10 PFRs, encamisados por um sistema que é mantido à temperatura
constante de 37°C, promovendo um coeficiente global 𝑈𝑎 = 5000𝑘𝐽/ℎ𝑚3 𝐾.
Agora, deseja-se avaliar novamente o comportamento da reação, considerando a
troca de calor pelas paredes do tubos.

a) Em que posição dos multitubos a reação encerra? (R.: 10m³)


b) Qual é a máxima temperatura do meio reacional, quando ela estabiliza e em
que valor? (R.: 341K, 10m³, 310,01K)
c) Qual o impacto da temperatura de entrada?
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CASO 8
Para a fabricação de anidrido acético, uma etapa é o craqueamento em fase vapor
da acetona em ceteno e metano:
𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝐶𝐻3 → 𝐶𝐻2 𝐶𝑂 + 𝐶𝐻4
Alimenta-se 7850kg/h de acetona em um PFR multitubular com 1000 tubos de 1’’.
Dado que a velocidade de reação [𝑠 −1 ] é dada por
1 1
𝑘 = 3,58. 𝑒𝑥𝑝 34222 − ,
𝑇0 𝑇
𝑜
𝐶𝐴0 = 0,0188𝑘𝑚𝑜𝑙/𝑚³, ∆𝐻𝑅𝑥 = 80,77𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙:

a) Dimensione o reator para a operação adiabática;


b) Dimensione o reator para a operação não-adiabática, onde 𝑈 = 110𝐽/𝑚2 𝑠𝐾.
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
Outra forma de operação importante, como sabemos, é a operação
transiente, ou não-estacionária. Nela, considerando o caso de reatores não-
isotérmicos, a temperatura do meio reacional varia ao longo do tempo.
A conservação da energia transiente, de forma condensada, pode ser:
𝑛 𝑛 𝜕Ê𝑆𝑖𝑠
𝑄 − 𝑊𝑆 + 𝐹𝑖 𝐻𝑖 − 𝐹𝑖 𝐻𝑖 =
𝑖=1 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑖=1 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝜕𝑡

sendo, 𝜕Ê𝑆𝑖𝑠 𝑛 𝑛
= 𝑁𝑖 𝐻𝑖 − 𝑃 𝑁𝑖 𝑉𝑖
𝜕𝑡 𝑖=1 𝑖=1
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
Assim obtém-se,
𝑛 𝑛
𝑄 − 𝑊𝑆 + 𝐹𝑖 𝐻𝑖 − 𝐹𝑖 𝐻𝑖
𝑖=1 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑖=1 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎
𝜕 𝑛 𝑛
= 𝑁𝑖 𝐻𝑖 − 𝑃 𝑁𝑖 𝑉𝑖
𝜕𝑡 𝑖=1 𝑖=1 𝑆𝑖𝑠
ou, 𝑑𝐻𝑖 𝑑𝑁𝑖
𝑄 − 𝑊𝑆 + 𝐹𝑖0 𝐻𝑖0 − 𝐹𝑖 𝐻𝑖 = 𝑁𝑖 + 𝐻𝑖
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑆𝑖𝑠

𝑑𝐻𝑖 𝑑𝑇 𝑑𝑁𝑖
com = 𝐶𝑝𝑖 , = −𝜈𝑖 𝑟𝐴 𝑉 + 𝐹𝑖0 − 𝐹𝑖 e 𝜈𝑖 𝐻𝑖 = Δ𝐻𝑅𝑥
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
Por fim, será

ou reorganizada,

𝑑𝑇 𝑄 − 𝑊𝑆 + 𝐹𝑖0 𝐻𝑖0 − 𝐻𝑖 + −Δ𝐻𝑅𝑥 −𝑟𝐴 𝑉


=
𝑑𝑡 𝑁𝑖 𝐶𝑝𝑖
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
A expressão anterior é uma forma generalizada do balanço de energia, escrito
para a variação de T(t). Pode ser aplicada a reações com mudança de fase e,
se isso não ocorrer, resulta em:

𝑑𝑇 𝑄 − 𝑊𝑆 + 𝐹𝑖0 𝐶𝑝𝑖 𝑇𝑖0 − 𝑇 + −Δ𝐻𝑅𝑥 −𝑟𝐴 𝑉


=
𝑑𝑡 𝑁𝑖 𝐶𝑝𝑖
Reatores transientes não-isotérmicos que operam com alimentação,
como semibatelada e CSTR em partida, podem ser calculados
considerando esta expressão.
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6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
Naturalmente, quando não há alimentação, como no importante
caso de reatores batelada, o balanço geral passa a ser:

𝑑𝑇 𝑄 − 𝑊𝑆 + −Δ𝐻𝑅𝑥 −𝑟𝐴 𝑉
=
𝑑𝑡 𝑁𝑖 𝐶𝑝𝑖
Em fase líquida, a variação do calor específico é geralmente muito
pequena, de tal forma que um calor médio e constante (𝐶𝑝𝑠 ) pode ser
usado: 𝑁𝑖 𝐶𝑝𝑖 = 𝑁𝐴0 𝐶𝑝𝑠 , assim como 𝐹𝑖0 𝐶𝑝𝑖 = 𝐹𝐴0 𝐶𝑝𝑠 .
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
Dadas as relações estequiométricas, em termos da conversão:

𝑑𝑇 𝑄 − 𝑊𝑆 + −Δ𝐻𝑅𝑥 −𝑟𝐴 𝑉
=
𝑑𝑡 𝑁𝐴0 ( 𝜃𝑖 𝐶𝑝𝑖 + Δ𝐶𝑝 𝑋)
que junto ao balanço molar do reator, fornece o modelo diferencial
para o batelada não-isotérmico,

𝑑𝑋
𝑁𝐴0 = −𝑟𝐴 𝑉
𝑑𝑡
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
Lembremos que uma condição ideal é a operação adiabática (𝑄 =
0). Se a agitação não adiciona energia considerável ao batelada,

𝑑𝑇 −Δ𝐻𝑅𝑥 −𝑟𝐴 𝑉
=
𝑑𝑡 𝑁𝐴0 (𝐶𝑝𝑠 + Δ𝐶𝑝 𝑋)
que junto ao balanço molar, fornece
𝑑𝑇 𝑑𝑋
(𝐶𝑝𝑠 + Δ𝐶𝑝 𝑋) = −Δ𝐻𝑅𝑥
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑜
sendo que Δ𝐻𝑅𝑥 = Δ𝐻𝑅𝑥 + Δ𝐶𝑝 (𝑇 − 𝑇𝑅 )
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
6.2- Projeto de reatores ideais não-isotérmicos operando em
regime transiente
A integração de cada parte, mantida a outra constante,
leva a duas equações algébricas acopladas:

𝐶𝑝𝑠 (𝑇 − 𝑇0 ) 𝜃𝑖 𝐶𝑝𝑖 (𝑇 − 𝑇0 )
𝑋= =
−Δ𝐻𝑅𝑥 (𝑇) −Δ𝐻𝑅𝑥 (𝑇)

resolver?
Como
e
−Δ𝐻𝑅𝑥 𝑇0 𝑋 −Δ𝐻𝑅𝑥 𝑇0 𝑋
𝑇 = 𝑇0 + = 𝑇0 +
𝐶𝑝𝑠 + Δ𝐶𝑝 𝑋 𝜃𝑖 𝐶𝑝𝑖 + Δ𝐶𝑝 𝑋
Novamente, há uma relação direta entre X e T, como
vimos anteriormente.
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
CASO 9
A reação elementar em fase líquida 𝐴 + 𝐵 → 𝐶 ocorre em um reator semicontínuo.
No reator (𝑉0 = 50𝐿), há 𝑁𝐴0 = 500𝑚𝑜𝑙𝑠 e 𝑇𝐴0 = 25°𝐶. 𝐵 é alimentada a
𝐹𝐵,𝑖𝑛 = 10𝑚𝑜𝑙𝑠/𝑚𝑖𝑛 a 𝑇𝐵,𝑖𝑛 = 50°𝐶. Quando 𝑁𝐵 = 500𝑚𝑜𝑙𝑠, sua alimentação é
interrompida. Se 𝑘 = 0,01 𝐿/𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛 a 300𝐾, 𝐸 = 10𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑚𝑜𝑙, Δ𝐻𝑅𝑥 =
− 6000𝑐𝑎𝑙/𝑚𝑜𝑙 e 𝑉 = 1𝐿/𝑚𝑖𝑛:

a) resolva a variação de T(t) e X(t) para a operação adiabática.


b) resolva T(t) e X(t) se há troca com uma jaqueta (𝑈𝐴 = 100𝑐𝑎𝑙/𝑚𝑖𝑛. 𝐾)
mantida à temperatura constante de 50°C.
6- PROJETO DE REATORES IDEAIS NÃO-ISOTÉRMICOS
CASO 9
A produção de propileno glicol em um CSTR encamisado ocorre pela hidrólise do
óxido de propileno (ÓxProp+H2O>PropGl, 𝐴 + 𝐵 → 𝐶). Inicialmente há somente
água a 75°F com 0,1% em massa de H2SO4, no volume de 66,84𝑓𝑡³. A alimentação
consiste de 80𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙/ℎ de A, 1000𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙/ℎ de B e 100𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙/ℎ de metanol (M).
Água de refrigeração (W) (𝐶𝑝𝑊 = 18𝐵𝑇𝑈/𝑚𝑜𝑙°𝐹) escoa na camisa do reator a
1000𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙/ℎ, alimentada a 60°F, produzindo um coeficiente 𝑈𝐴 = 16000𝐵𝑇𝑈/
ℎ°𝐹. Sabe-se que 𝐶𝑝𝐴 = 35, 𝐶𝑝𝐵 = 18, 𝐶𝑝𝐶 = 46, 𝐶𝑝𝑀 = 19,5𝐵𝑇𝑈/𝑚𝑜𝑙°𝐹. Além
disso, a reação é de 1ª ordem para A e ordem zero para B, 𝐶𝐵0 = 3,45𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙/𝑓𝑡³,
32400
sendo que 𝑘 = 16,96𝐸12 exp − e Δ𝐻𝑅𝑥 = −36000𝐵𝑇𝑈/𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙.
𝑅𝑇
Resolva o comportamento deste reator e avalie as situações críticas.

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