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GRAMÁTICA: uma reflexão UNIDADE 2 Semântica e estilística

sobre a língua PARTE I


CAPÍTULO 7 Figuras de linguagem

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FIGURAS DE LINGUAGEM
GRAMÁTICA: uma reflexão UNIDADE 2 Semântica e estilística
sobre a língua PARTE I
CAPÍTULO 7 Figuras de linguagem

MAPA 1

Recursos estilísticos que exploram as


diversas dimensões da linguagem verbal
Figuras de linguagem (sentido das palavras, construções das
frases, aspectos sonoros) a fim de
produzir efeitos estéticos particulares.

Área que investiga os recursos estilísticos


e reconhece que as figuras não são meros
enfeites da linguagem. São empregadas
Estilística
pelo enunciador a fim de comunicar suas
ideias com mais intensidade ou
expressividade.
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MAPA 2

Comparação ou símile

Equiparação explícita entre dois elementos por meio


da conjunção como ou similares (tal como, tal qual, feito):
A Via Láctea se desenrolava/Como um jorro de lágrimas
ardentes. (Olavo Bilac)

Metáfora

Comparação implícita em que as características de certo


elemento são projetadas diretamente ao que se pretende definir
Figuras de palavra
ou descrever, sem o emprego de conectivos: Meu pensamento
é um rio subterrâneo. (Fernando Pessoa)

Catacrese

Tipo de metáfora que já foi incorporado à língua e não


é mais percebido como tal: nariz do avião; braços da poltrona;
bico da chaleira; cabeça do prego.
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MAPA 3

Metonímia

Emprego de uma palavra no lugar de outra, por haver entre


elas uma relação de coexistência ou implicação mútua:
Na fazenda havia muitas cabeças de gado.

Figuras de palavra Antonomásia

Tipo específico de metonímia, em que um nome próprio


substitui um nome comum, ou vice-versa.
No título do livro Cinco histórias do Bruxo do Cosme Velho,
o texto em negrito remete ao epíteto de Machado de Assis.
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MAPA 4

Hipérbole

Expressão exagerada de uma ideia:


Cercavam-nos anjos da guarda, aos infinilhões.
(Guimarães Rosa)

Gradação

Emprego, em uma sequência, de palavras


ou expressões que exprimem a ideia de
Figuras de pensamento
progressão: Aqui... além... mais longe por
onde eu movo o passo. (Castro Alves)

Personificação ou prosopopeia

Atribuição de características e atitudes


humanas a seres inanimados ou irracionais:
Chorava em cada canto uma saudade.
(Luís Guimarães Júnior)
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MAPA 5

Sinestesia

Combinação de sensações percebidas por


diferentes órgãos do sentido: Esta chuvinha de
água viva esperneando luz e ainda com gosto
de mato longe, meio baunilha, meio manacá,
meio alfazema. (Mário de Andrade)

Figuras de pensamento Ironia

Consiste em compor o enunciado de tal modo


que o interlocutor seja levado a compreender
o oposto do que se declara: Esse seu chinelo
de dedo está perfeito para nosso jantar formal
de hoje à noite.
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MAPA 6

Eufemismo

Utilização de palavras mais amenas com referência a fatos


trágicos ou constrangedores: Era uma estrela divina que ao
firmamento voou! (Álvares de Azevedo)

Antítese

Emprego de antônimos em posição próxima, geralmente na


mesma frase ou verso, provocando contraste entre as ideias:
Figuras de pensamento
Como era possível beleza e horror, vida e morte
harmonizarem-se assim no mesmo quadro? (Erico Verissimo)

Paradoxo

Consiste na elaboração de enunciados que, a princípio,


parecem contrariar o senso comum ou a lógica: É ferida
que dói e não se sente./É um contentamento
descontente. (Luís de Camões)
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MAPA 7

Silepse

Concordância irregular entre termos da oração, realizada


de acordo com o sentido que se quer conferir à
construção, e não de acordo com as regras gramaticais.
Pode ser de número, gênero ou pessoa:
Ninguém quer comprar. Se ainda estamos aberto
é por honra da firma. (José J. Veiga)

Figuras de sintaxe Polissíndeto


ou de construção

Emprego reiterado de certa conjunção coordenativa


(e, nem, ou), a fim de produzir efeitos expressivos: Há dois
dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem
tuge, nem muge. (Rubem Braga)
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MAPA 8

Assíndeto

Ausência de conjunções coordenativas entre palavras e orações:


Fazia riscos, bordados, mandava vir rendas de Grã-Mogol, cosia
com amor, aprendia a arte do bilro. (Cyro dos Anjos)

Anáfora

Repetição de uma palavra ou grupo de palavras no início de


Figuras de sintaxe frases ou versos: Depois o areal extenso.../Depois o oceano
ou de construção de pó.../Depois no horizonte imenso/Desertos...
desertos só... (Castro Alves)

Anacoluto

Deslocamento enfático de certo termo para o início da frase,


rompendo com a organização sintática tradicional: Umas carabinas
que guardavam atrás do guarda-roupa, a gente brincava com elas,
de tão imprestáveis. (José Lins do Rego)
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MAPA 9

Pleonasmo

Construção com informações aparentemente óbvias, a fim


de produzir efeitos expressivos: Ó mar salgado, quanto do
teu sal/São lágrimas de Portugal! (Fernando Pessoa)

Figuras de sintaxe
ou de construção
Elipse

Supressão de um ou mais termos da oração, os quais ficam


subentendidos: Veio sem pinturas, um vestido leve,
sandálias coloridas. (Rubem Braga)
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MAPA 10

Paronomásia

Exploração estilística dos parônimos – palavras com


forma semelhante (não idêntica) e sentido distinto:
Quem conta um conto aumenta um ponto.

Aliteração e assonância

Duas figuras sonoras que exploram a recorrência de


Figuras fônicas fonemas. No primeiro caso, consonantais; no segundo,
ou sonoras vocálicos. No exemplo a seguir, aparecem ambas as
figuras sonoras: Falha a fala. Fala a bala. (Paulo Lins)

Onomatopeia

Reprodução aproximada de sons naturais por meio dos


recursos da língua: Veio de longe, das planícies altas,/Dos
cerrados onde o guaxe passa rápido.../Vvvvvvvv... passou.
(Mário de Andrade)

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