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1s)09/2018 (0s principio do trsinamento esparlvo: conceites, defnigbas, possivais apicagses © um possivel novo olhar Os principios do treinamento esportivo: conceitos, definicdes, possiveis aplicagdes e um possivel novo olhar ios del entrenamiento esportivo: conceptos, definiciones, usos y una posible nueva mirada The principles of sport training: concepts, definitions, possible aplications and a possible new vision strand em Clea da Motldade Hunan - Universidade Casto Branca - PROCIM ~ LABESPORTE Especalta on Pscomotdade— UCAM Ricardo Martins Porto Lussac ‘Grado em Educa Fisica = UNESA sardcusscyahoo.com br ‘co-bear, Coadenador Tecnica «Profesor Go Academie da Usa, Rc ane, RD as Resume te ago analsou os Princils co TenamentaEsportvo, wtlzande Manoel Tune come pressuposto tec. Desta forma, aravés de ua revsio biboprtia,verfeames outro principio adonado por Esile Dantas aes cinco cals de Tube, © mals cols adionados por Marlo Gomes da Costa ‘ordaros@ nter-feagdo ete 0s prndpos «Yl carstatae 8 su Imprtanea no Tehamento spar. Fel propos reste edo a amplagho da @scus80 ‘cbrea compresneiecestes prince, mchindo asactos anda poucoexlerados, come o eracona, © ambiental, enre cues, que pacenam contour para am ‘ha plural am do pragrtsmo de um programe focado someste no aspect fsogco do trerarenta, propicandoo debate soe os conceos w ulagbes os procipes que notoum os veramerts en derntes e roves medalldades. Unitermos: Princpis do eramente espero, Treramenteesprtvo, Educa Fla, Abstract “This aril analyses tbe princes of sport taining using Manod Tubino asa theoretic base, Through 2 Bhographical review another principle, added by sto Oants t the ial fve of Tub, Was vetfeg, as well wo More added by Maral Gomes da Casta. The intevdation between the prnoples Was approached and thar imecrance inte sper alrng was established. Ts study also proposes the broadening of te dscussen abot the comprehension of ese ‘ances, nding aspects Ie exphred, as the enolonl andthe enaranmental, anor ser, whih could conbute to pla vison, beyond te proomatm of a program focuses ony Inthe physlegesl aspect of traning, staring the debate about the concepts ard usages of the piles wich guide {ring aferent ard new sports Keywords: Pncpls of spor along Sport waning Physal Educstan Este artculo analzaba ls princos del entreramient de dapartive,usanéo @ Manel Tubing como referante seca. De eta mane, can ura reistin biblogrfa, verifearos otro penile epregado para Esto Danaea s cco Iidales de Tabo, y mas dos agregados para Marcel Gores da Costa, Arazames la nturelacisn ene oe pines y cenfmames su mportanca ene! enrensranto de deporwo, Se propone en este estudio amplar # cebate sobre cmprension de estos princes induyendo aspects todavia poco cesarrolacos come el acral, el mado ambente, ene eres, que posianaportar a ura ‘ireda plural, mis ls dol pragmatino de un pogroms centred selamente on el sspecto fligico da enrenamiont, propcanda el scasen sobre Hs las aplcacenes de los princpice que aventan le enenarenos en erent yn ouovae madakiade, bras clave: Principles del exrenaierio deportvo Entrnaminte deporte, Edueadn sca aston efdeports com Revista Digtal- Buenos Ales Ao 13-N*121- Junie de 2008 an Introdugao Este trabalho teve 0 objetivo de abordar os Principios do Treinamento Esportivo, seus conceitos @ definigées, e possiveis aplcages sob novas perspectivas. A pesquisa foi realizada através de uma revisio de literatura e andlise de contetido, Sobre o modelo de estudo, a pesquisa pode ser tipficada como uma pesquisa descritiva, qualitativa, sendo a andlise de contetido seu 0 procedimento e caracteristica principal, pautada na revisio de Iteratura sobre os Principios do Treinamento Esportive, A pesquisa assume a caracteristica de uma pesquisa indireta, documental, através do método bibliografico (MATTOS, 2004). Como pressuposto tedrico na pesquisa os principals autores utlizados foram Manoel Tubino, Estélio Dantas e Marcelo Gomes da Costa, e a prépria reviséo de literatura foi definida como a delimitagio do estudo. ©s principios do treinamento esportivo: conceitos, definicées, possiveis aplicagées e novos olhares Para Tubino 0s cinco principios do Treinamento Esportiva so: O Principio da Individualidade Bioldgica, O Principio dda Adaptacéo, O Principio da Sobrecarga, O Principio da Continuidade, © Principio da Interdependéncia Volume Intensidade (TUBINO, 1984). Segundo Tubino: “Antes de passar a0 estudo de cada principio, é importante enfatizar que os 5 principio se interrelacionam em todas as suas aplicacées.” (ibidem, 1984, p. 99). Estélio Dantas atualizando o elenco dos cinco principios preconizados por Tubino, incluiu mais um: © Principio da Especificidade (DANTAS, 1995), que veremos apés a abordagem dos cinco primeiros. Apés estes seis primeiros principios veremos mais dois principios levantados por Marcelo Gomes da Costa: O Principio da Variabilidade e O Principio da Satide, totaizando cito principios. Ao final trataremos da inter-relacéo entre os Principios, hitplwwa.fdeportes.conveté121/0s-princpios-do-reinamente-esportvo-conestos-defnicoes.him 18 1s)09/2018 (0s principio do trsinamento esparlvo: conceites, defnigbas, possivais apicagses © um possivel novo olhar 1, 0 Principio da Individualidade Biolégica De acardo com Tubino, "chama-se ‘ndividualidade biolégica o fendmeno que explica a variabilidade ‘entre elementos da mesma espécie, 0 que faz que com que nao existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano possui uma estrutura e formacio fisica e psiquica prépria, neste sentido, 0 treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as caractersticas e necessidades do individuo. Grupos homogéneos também facilitam o treinamento desportivo. Cabe ao treinador verficar as potencialidades, necessidades e fraquezas de seu atleta para o treinamento ter um real desenvolvimento, Ha vérios melos para isso, além da experiéncia do treinador, que conta muito, 0s testes especificas sdo primordial. Segundo Benda & Greco, uma das Capacidades do Rendimento Esportive é a Capacidade Biotipolégica, que esté dividida em Capacidade constitucional Fenétipo e Capacidade constitucional Gendtipo: "O gendtipo é 0 responsével pelo potencial do atieta. [sso inci fatores como composicéo corporal, biétipo, altura méxima esperada, forca méxima possivel e percentual de fibras musculares dos diferentes tipos, dentre outros. 0 fendtioo & responsével pelo ‘potencial ou pela evolucio das capacidades envolvidas no genétipo. Neste se inclul tanto 0 desenvolvimento da capacidade de adaptacéo a0 esforco e das habilidades esportivas como também a extensio da capacidade de aprendlzagem do individu.” (BENDA & GRECO, 2001, p. 34). Segundo Dantas: “O individuo deverd ser sempre considerado como a jungdo do genétipo e do fenétipo, dando origem a0 somatério das especifcidades que o caracterizaro.” (DANTAS, 1995, p. 39), “deve-se entender 0 genétipo como a carga genética transmitida 8 pessoa e que determinard preponderantemente diversos fatores” (bldem, 1995, p. 39) e, “os potencials so determinados geneticamente, e que as capacidades ou habilidades expressas so decorrentes do fenstipo.” (ibidem, 1995, p. 39). Para este autor, o campedo seria aquele que nasceu com um “dom da natureza” e que, aproveitando totalmente esse dom, o desenvolve através de um perfeito treinamento (bidem, 1995, p. 40) Nos Jogos PanAmericanos de 2007 verificamos em entrevistas de atletas brasileiros considerados fenémenos pela midia, um discurso que os bons resultados obtidos no eram frutos somente de um ‘Dom, e sim de muito esforco, trabalho, treinamento, incentivos financeiras e técicos. Elevando a importancia dos fatores ambientais, do fendtipo do atleta, conseqientemente, elevamos @ importancia do treinador, do profissional de Educagéo Fisica e sua intervencéo para o sucesso do atleta, ‘de um campedo. Nao cabe aqui discutir fatos histéricos ligados as tentativas de manipulacdes das caracteristicas, ‘genéticas, do genstipo de atletas, através, principalmente, dos ideais da Eugenia no decorrer do século XX. Mas sempre ird caber em qualquer lugar o alerta em relagao as tentativas de manipulagao e violago do corpo, da integridade e dos direitas de todo o homem. 2.0 Principio da Adaptacao Podemos dizer que a adaptagdo & um dos principios da natureza. Nao fosse a capacidade de adaptacio, que se mostra de diferentes modos e intensidades, varias espécies de vida no teriam sobrevivido ou conseguido sobreviver por longos tempos e em diferentes ambientes. 0 préprio homem ‘conseguiu prevalecer no planeta, como espécie, devido & sua capacidade de adaptaczo. De acordo com Weineck, a adaptacéo é a lei mais universal e importante da vida. Adaptacées biolégicas epresentam-se como mudangas funcionals e estruturais em quase todos os sistemas. Sob “adaptacées biolégicas no esporte’, entendem-se as alteragies dos érados e sistemas funcionais, que aparecem em decorréncia das atividades psicofisicas e esportivas (WEINECK, 1991): "Na biologia, compreende-se “adaptacio" fundamentalmente como uma reorganizagso corgénica e funcional do organismo, frente a exigéncias internas e externas; adeptacio & a reflexéo orgénica, adocéo interna de exigéncias. Ela ocorre regularmente e esté dirigida 4 ‘melhor realizagao das sabrecargas que induz. Ela representa a condiéo interna de uma capacidade melhorada de funcionamento e é existente em tades as niveis hierdrquicos do compe. Adaptagéo e capacidade de adaptacso pertencem 4 evolug3o e so uma itp ww. fdeportes.conveté121/0s-princpios-do-reinamente-esportvo-conestos-defnicoes.him 218 1s)09/2018 (0s principio do trsinamento esparlvo: conceites, defnigbas, possivais apicagses © um possivel novo olhar caracteristica importante da vida. Adaptacées séo reversiveis e precisam constantemente ser revaidadas ({srael 1983, 141)." (ibidem, 1991, p. 22). Weineck diz que, no esporte, devido 20s miitiplos fatores de influéncia, raramente 0 genétipo é ‘completamente transformado em fenétipo, mesmo com o treinamento mais duro. Para este autor, fases, de maior adaptabilidade, encontram-se em diferentes periodos para os fatores de desempenho de coordenagio e condicionados, sao designadas “Yases sensitivas”. A zona limite destas fases sensitivas, isto é, 0 periodo em que justamente ainda é possivel uma melhor expresséo das caracteristicas, néo acarretam consequéncias; . estimulos médios => apenas excitam; estimulas médios para fortes => provocam adaptacées; 4. estimulos muito fortes => causam danos.” (ibidem, 1984, p. 101). ‘Segundo Dantas, 0 conceito de Homeostase, que é necessério para compreender este principio, é: “Homeostase & o estado de equllbrio instavel mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e 0 existente entre este e 0 meio ambiente.” (DANTAS, 1995, p. 40). Para este autor, 2 homeostase pode ser rompida por fatores internos, geralmente oriundos do cértex cerebral, ou externas, como: calor, frio, situacées inusitadas, provocando emoces e, variagdo da presslo, esforco fisico, traumatismo, etc. Dantas diz que, sempre que a homeostase & perturbada, 0 organismo dispara um mecanismo compensatério que procura restabelecer 0 equilbrio, quer dizer, todo estimulo provoca Teaco no organismo acarretando uma resposta adequada (ibidem, 1995). Neste sentido, 0 organismo, buscando 0 equilbrio constante, estaria sempre em um estado constante de equilibracéo. Tubino pensa que, quando o organismo & estimulado, imediatamente aparecem mecanismos de ‘compensacao para responder a um aumento de necessidades fisilégicas, Assim, constata-se que existe uma relago entre a adaptagio de estimulos de treinamento e o fenémeno de stress, o que é explicado pelo principio cientifico da adaptaclo. A definico dada ao stress por Tubino é a seguinte: "Stress ou Sindrome de Adaptagéo Geral (SAG), segundo SELYE (1956) & a reago do organismo aos estimulos que provecam adaptacées ou danas ao mesmo, sendo que esses estinulos so denominados agentes stressores ou stressantes.” (TUBINO, 1984, p. 102). A sindrome de adaptaco geral (SAG) é dividida em trés fases, até que o agente stressante na sua ‘ago atinja o limite da capacidade fisiolégica de compensagio do organismo: 1° Fase: Reagdo de alarme; 2° Fase: Fase da resisténcia (adaptaao) e; 3# Fase: Fase da exaustdo (ibidem, 1984). Para este autor, na fase de reacdo de alarme, os mecanismos auxilares so mobilizados para manter ‘vida, a fim de que a reagio no se dissemine. € caracterizada pelo desconforto, e esté dividida em duas partes choque e contrachoque: itp fdeportes.conveté121/0s-princpios-do-reinamento-esportvo-conestos-defnicoes.him 318 1s)09/2018 (0s principio do trsinamento esparlvo: conceites, defnigbas, possivais apicagses © um possivel novo olhar ‘sendo 0 choque a resposta inicial do organismo a estimulos aos quais néo esté adaptada, provecande 2 diminuicéo da pressio sanguinea, enquanto 0 contrachoque ocasiona uma inversdo de situacso, isto &, ocorre um aumento da pressio sanguinea.” (ibidem, 1984, p. 102). A fase da resisténcia & a fase da adaptacdo, a qual ¢ obtida pelo desenvolvimento adequado dos ccanais especificas de defesa, sendo esta etapa caracterizada pela dor e pela ago do organismo Tesistindo ao agente stressante inicial, sendo a fase que realmente mais interessa ao treinamento desportivo A fase da exaustio & aquela em que as reagbes se disseminam, em consequéncia da saturacéo dos

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