Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
FLORIANO – PI
2021
Karoline Aparecida Castelo Branco
Maria Elvira Alves Costa
Raiane Alves de Almeida
Sabrina de Sousa Barnabé
Vanessa de Oliveira Silva
FLORIANO – PI
2021
INTRODUÇÃO
O trabalho é a atividade por meio da qual o ser humano produz sua própria existência.
Essa afirmação condiz com a definição dada por Karl Marx quanto ao que seria o trabalho. A
ideia não é que o ser humano exista em função do trabalho, mas é por meio dele que produz os
meios para manter-se vivo. Dito isso, o impacto do trabalho e do seu contexto exercem grande
influência na construção do sujeito. Assim, existem áreas do conhecimento dedicadas apenas a
estudar as diferentes formas em que se constituem as relações de trabalho e seus
desdobramentos na vida de cada um de nós.
Não seria difícil, então, de se imaginar que, quando as relações de trabalho alteram-se
no fluxo de nossa história, as nossas estruturas sociais também são alteradas, principalmente a
forma como se estruturavam nossas relações, posições na hierarquia social, formas de
segregação e, em grande parte, aspectos culturais erguidos em torno das relações de trabalho.
Uma das principais entregas do SESI dentro deste escopo é o SESI Viva+ que tem por
objetivo consolidar em um único ambiente os dados de saúde e segurança, fornecendo
ferramentas para mapear e gerir o estilo de vida do trabalhador da indústria brasileira,
possibilitando a geração de informações qualificadas e estruturadas, além de viabilizar o
desenvolvimento de estudos epidemiológicos para apoiar as indústrias na redução de riscos
legais e ocupacionais, contribuindo com a redução de custos com saúde e afastamentos e na
prevenção de acidentes.
Qual a relação entre segurança e saúde no trabalho?
Mas também deve-se mencionar o impacto nos seus dependentes, e custos para a
sociedade, tanto no sistema de saúde como na Previdência, além do próprio absenteísmo e
aumento de custos da empresa com a seguridade (FAP, ações regressivas, por exemplo).
Conforme disposto na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) sobre saúde e segurança
do trabalho no brasil, as empresas têm a obrigação de cumprir e fazer cumprir as normas de
segurança do trabalho e de instruir os empregados sobre as precauções para evitar acidentes.
Aos empregados, também cabe observar os requisitos das normas de segurança. Assim, todos
têm parcela de responsabilidade na prevenção. Ações preventivas em saúde e segurança do
trabalho aumentam a produtividade.
CONTRATO DE TRABALHO
O contrato de trabalho é o gênero do qual faz parte o contrato de emprego sendo dessa
forma sua espécie, constitui em um negócio jurídico e como tal em espécie de ato jurídico de
acordo com o art. 104 do Código Civil. Conforme o art 442 da CLT é o acordo expresso
(verbalmente ou por escrito) ou de forma tácita, correspondente a relação de emprego por meio
do qual uma pessoa física (empregado) se compromete a prestar pessoalmente e de forma
subordinada serviços contínuos a uma outra pessoa física, a uma pessoa jurídica ou a um ente
sem personalidade jurídica (empregador), mediante remuneração.
O contrato individual de trabalho pode ser por tempo indeterminado ou por tempo
determinado. Os contratos indeterminados são aqueles em que o seu prazo final não está fixado,
constituindo em regra geral, no sentido de serem os que predominam no Direito Pátrio.
Já o contrato por tempo determinado constitui em exceção à regra, pois a sua duração é
preestabelecida.
A regra é que o contrato de trabalho seja consensual, não depende de qualquer forma
para sua validade, conforme dispõe o art 443 da CLT, podendo ser feito de forma tácita ou
expressa, verbalmente ou por escrito. Ocorre a exceção, pois existem certos contratos que
exigem para sua validade certo formalismo, como os contratos de jogador de futebol que
necessitam serem escritos.
O contrato de trabalho representa reciprocidade de obrigações, tem de um lado o
empregado que realiza seu serviço e de outro o empregador com a obrigação de remunerar o
trabalhador pela execução dos serviços, criando dessa forma direitos e obrigações para ambas
as partes.
Apresenta o contrato de trabalho uma sucessão de obrigações que não termina em uma
única obrigação, o que o caracteriza como sendo continuo.
Existem obrigações para ambas as partes contratantes, obrigam reciprocamente uma
para com a outra, é necessário a existência de uma contraprestação. Não sendo permitindo que
o contrato seja gratuito, pois se assim o for descaracterizará a figura do contrato de trabalho.
Essa característica diz respeito ao empregado devendo o serviço ser realizado de forma
exclusiva e pessoal, ou seja, ser feito por determinada pessoa.
Os riscos do contrato de trabalho são assumidos pelo empregador. O empregado executa
os serviços de acordo com as ordens do empregador, não assumindo qualquer risco pela
atividade.
O Contrato de trabalho é uma espécie de ato jurídico como estabelece o Código Civil
em seu art 104, exigindo para que seja válido agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou
não defesa em lei.
O direito do trabalho respeita a nossa Constituição quando proíbe o trabalho do menor
de 16 anos, a não ser na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.
O contrato de trabalho é um negócio jurídico, no qual o empregado tem que ser sempre
uma pessoa física, natural, onde deve existir uma contraprestação em decorrência do serviço
prestado por parte do empregado, sendo que a prestação de serviço não pode ser eventual, mas
sim contínua. O empregado não pode prestar os serviços de qualquer forma; o empregador tem
o direito de determinar o modo como o trabalho deve ser feito pelo empregado.
O contrato por prazo determinado é uma exceção, não apresenta a característica da
continuidade, possuindo natureza jurídica convencional, ou seja, necessita de um acordo de
vontade.
Os contratos por prazo determinado possuem regras, características e efeitos jurídicos
que o individualizam, a sua duração é prefixada, seja pela atividade econômica do empregador,
seja pela limitação de tempo ou pela sazonalidade da atividade exercida.
A) O serviço justifica por sua natureza ou transitoriedade a prefixação do prazo. O
serviço transitório surge em virtude de o tempo ser limitado, a atividade neste caso tem que ser
breve, como exemplo, podemos citar a contratação de pessoas para trabalhar na época do Natal.
B) Quando se tratar de atividades empresariais de caráter transitório. Neste caso a
atividade da empresa é breve e justifica o contrato a prazo, é que acontece nas atividades
realizadas pelos circenses.
C) Contrato de Experiência. Este tipo de contrato irá fazer com que o indivíduo seja
avaliado, verificar se o mesmo tem condições de exercer a atividade, verificando seu
desempenho em determinada função.
Como já foi dito, o contrato por prazo determinado é aquele em que sua duração é fixada,
desde o início do pacto contratual e que com o termino de sua duração máxima a empregado é
dispensado sem aviso prévio.
A CLT em seu art 443 § 1º determinou três formas de se estipular o seu prazo final.
Temos então:
• A estipulação mediante prefixação do termo que é certo em relação ao fato, podendo
ser utilizado em todas as modalidades de contrato por prazo determinado sendo obrigatória
nos contratos de experiência.
• Mediante execução de serviços especificados. É essencial que a obra ou serviço seja
especificado.
• Mediante realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Só é
possível diante de circunstancias que justificaram o contrato a termo, o que ocorre, por
exemplo, com o contrato de safra.
As relações trabalhistas e sindicais nas empresas vêm tomando novo rumo depois da
Reforma Trabalhista. Para que sindicatos e empresas possam manter condições de um
relacionamento saudável é importante que os profissionais responsáveis pela intermediação
tenham profundo conhecimento da legislação e que estejam capacitados para conduzir de forma
apropriada as negociações.
É necessário entender que as negociações podem afetar diretamente o clima
organizacional e a viabilidade econômica das empresas e, portanto, esse relacionamento deve
ser feito de forma estruturada e organizada.
Através de uma base sólida, as relações trabalhistas e sindicais podem ser conduzidas de
maneira a evitar paralizações e minimizar os conflitos existentes, gerando melhor clima
organizacional. Em razão disso, os profissionais envolvidos no processo precisam estar
atualizados não apenas com relação à legislação, mas também com as técnicas de negociação.
Com a reforma trabalhista, os líderes devem estar devidamente treinados para obter sucesso nas
negociações, mantendo um bom relacionamento com os dirigentes sindicais ou com os
representantes sindicais dentro das empresas, estabelecendo as condições para que as
reivindicações sejam resolvidas de acordo com as possibilidades da empresa, ao mesmo tempo
em que os colaboradores devem ser conscientizados do seu importante papel para o
desenvolvimento empresarial.
Portanto, as relações trabalhistas e sindicais devem ter como base uma visão global da
empresa, criando processos de negociações que sejam determinantes para não oferecer qualquer
tipo de prejuízo, seja para a empresa, seja para os trabalhadores, oferecendo um planejamento
de ações que possam ser aplicadas em curto, médio e longo prazo, avaliando-se, ao mesmo
tempo, os resultados obtidos depois de sua aplicação.
Para que as relações trabalhistas e sindicais não apresentem problemas, os participantes
das negociações devem considerar as ferramentas disponíveis para gestão de pessoas e de
procedimentos, evitando, ao mesmo tempo, estabelecimento de competências, criando formas
de comunicação mais eficientes entre os dirigentes sindicais e os representantes empresariais e
líderes de equipe.
Ferramentas disponíveis para as relações trabalhistas e sindicais
Criando um bom ambiente para o relacionamento entre os sindicatos e as empresas, a
gestão de Recursos Humanos pode se utilizar de pesquisas de clima organizacional, entrevistas
de desligamento, avaliação de desempenho, mapeamento de demandas trabalhistas, entre
outras, oferecendo melhor direcionamento às reivindicações e mantendo um bom ambiente de
trabalho.
É de se prever que, após a reforma trabalhista, muitas condições foram alteradas e novas
perspectivas se abrem para os processos de negociação. Em decorrência disso, trabalhadores e
empresa devem se unir para atingir os objetivos demarcados pela empresa, participando mais
ativamente dos processos e oferecendo sugestões para a tomada de decisões.
Diante da grave situação econômica enfrentada pelo país, as empresas são as que mais se
ressentem. Por isso, as relações trabalhistas e sindicais devem envolver todos os fatores,
principalmente os que afetam o desempenho empresarial.
As condições econômicas sempre são um fator preponderante nas negociações sindicais
e, diferentemente de tempos anteriores, onde se discutia a recomposição salarial, hoje deve
haver um impulso maior em direção a outros pontos das relações trabalhistas e sindicais,
principalmente voltadas para a relação de emprego, os benefícios oferecidos pelas empresas, as
formas de remuneração diferenciadas e o ambiente de trabalho.
Percebe-se, portanto, que as relações trabalhistas devem buscar o enfoque através de uma
dimensão maior do que simplesmente a negociação salarial. Mesmo porque, nos dias atuais,
são várias as propostas em discussão com relação ao emprego e trabalho.
Para os sindicatos, é importante continuar presente na vida das empresas e dos
trabalhadores, já que são instituições que podem estabelecer condições propícias para melhor
envolvimento entre o trabalhador e a empresa.
Como principal obrigação, evidentemente, os sindicatos devem manter as relações
trabalhistas e sindicais de forma harmoniosa e eficiente, oferecendo aquilo que o trabalhador
espera deles: maior segurança na manutenção do emprego.
Trabalho da mulher:
Até início do século XX, as mulheres ainda passavam por uma situação de inferioridade
declarada, sem direito ao voto, com condições limitadas de trabalho e, em sua maioria, sob uma
conduta de dependência dos pais ou maridos. O Código de Trabalho, de 1912, já trazia em sua
redação, algumas condições favoráveis as mulheres, como jornada limitada de 8 horas diárias,
licença maternidade (antes e após o parto), entre outros benefícios. Atualmente, a Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT (BRASIL, 1943) regula, de maneira igualitária, as condições e a
duração do trabalho a ser realizado e o salário, sem discriminação para ambos os sexos. Regem
também o trabalho noturno, os períodos de descanso, os processos e ambientes de trabalho,
além da proteção ao matrimônio e à maternidade, sendo direitos assegurados para as mulheres.
A condição de incapaz, existente na redação do Código Civil de 1916, foi retirada em 1989,
tornando os direitos de empregabilidade das mulheres igualmente protegidos como aos homens,
sendo vetados, inclusive, anúncios que façam indicação de vagas com especificidade de sexo,
independente de este privilegiar as mulheres.
Ao menor, cabe proteção sobre diversos fatores, cada qual visando seu desenvolvimento
humano e social, garantindo seus estudos. Ao trabalhar, a CLT garante que ele deve ser
segurado que não será submetido a locais que prejudiquem sua moralidade (art. 403) ou
insalubre, penoso, perigoso (art. 405), à noite (art. 427), para que possa se desenvolver de
maneira normal, além de ser resguardado com normas de segurança para evitar acidentes de
trabalho.
Dessa forma, a mão de obra do menor aprendiz se torna viável por questões tributárias e
sociais, conforme CLT: os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e
matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes
equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores
existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. (CLT,
1943, art. 429)
Os infratores das disposições deste Capítulo ficam sujeitos à multa de valor igual a 1 (um)
salário mínimo regional, aplicada tantas vezes quantos forem os menores empregados em
desacordo com a lei, não podendo, todavia, a soma das multas exceder a 5 (cinco) vezes o
salário-mínimo, salvo no caso de reincidência em que esse total poderá ser elevado ao dobro.
(CLT, 1943, art. 434)
PARTICIPAÇÃO DO TRABALHADOR NA GESTÃO DA EMPRESA E OS
DIREITOS SOCIAIS
CONCLUSÃO
Diante do que foi citado pode-se perceber que a saúde e segurança do trabalho são
elementos fundamentais para o bem-estar e a qualidade de vida, operam de maneira interligada
nas empresas. Elas atuam diretamente na produtividade do colaborador e, por isso, são pontos
de atenção para a gestão, e, para que esses pontos sejam seguidos, normas foram criadas.
Podemos ver também como funciona o contrato de trabalho, que é um documento
imprescindível que firma o vínculo empregatício entre a contratante e o funcionário e possui
diversas finalidades que vão desde seguir uma determinação prevista pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), até estabelecer as funções que serão exercidas pelo colaborador e seus
direitos garantidos.
Para garantir os direitos dos trabalhadores com vínculo empregatício surgiu as relações
trabalhistas e sindicais, elas devem buscar o enfoque através de uma dimensão maior do que
simplesmente a negociação salarial. Mesmo porque, nos dias atuais, são várias as propostas em
discussão com relação ao emprego e trabalho.
Por fim vimos que o diálogo na empresa, a partir do direito à informação e à participação
do trabalhador na gestão da empresa, torna o ambiente de trabalho mais democrático e legítimo,
podendo haver drástica redução de políticas discriminatórias de admissão ou de ascenção no
emprego.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Neimar. Relações trabalhistas e sindicais nas empresas. Doura Soft. Disponível em
<https://dourasoft.com.br/relacoes-trabalhistas-e-sindicais/>. Acesso em: 07 de Set. de 2021.