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Envolvimento
O envolvimento da pessoa com um produto ou uma compra consiste no seu nível de engajamento
e processamento ativo de estímulos de marketing (KOTLER; KELLER, 2007, p. 197). Assim, o envolvimento
determina quanto a pessoa se dedicará a entender as comunicações marketing, a procurar o produto ou a
compra, a avaliar as alternativas e compará-las.
Imagine um marido romântico e apaixonado, que vai decidir onde levará a esposa para um jantar
em comemoração ao aniversário de casamento. Ele, assim sendo, estará bastante envolvido com o
processo de escolha do local da celebração. Já outro marido, que apenas quer cumprir a obrigação social
com a esposa, estará relativamente menos envolvido com a decisão.
Outro exemplo é a compra de um relógio. Marcos busca um relógio para ter melhor controle de
seus vários compromissos de trabalho externo à empresa. Já Beatriz quer encontrar um relógio que ele
combine com seu estilo de vestir e reforce a sua autoimagem. Beatriz estará bem mais envolvida com a
tarefa do que Marcos.
Todas as compras que fazemos são iguais? Não. A maneira como as pessoas compram sabão em pó
para lavagem de roupa é bem diferente da maneira como compram um veículo. Quais informações
geralmente se buscam antes de comprar um e outro desses produtos? Quais comparações são usuais entre
marcas, benefícios e sacrifícios? Quanto tempo, geralmente, demora cada uma dessas compras? São bem
diferentes esses processos. E assim é com todos os produtos que compramos.
Ademais, a compra de um mesmo tipo de produto, como um almoço, pode se dar de maneiras
bem diferentes. No horário de almoço na jornada de trabalho, a escolha de onde comer será bem mais
simples do que naquele jantar com a esposa para comemorar um aniversário de casamento.
As decisões de compra são mais ou menos complexas, exigindo maior ou menor quantidade de
informações – dependendo do grau de envolvimento do consumidor com (SAMARA; MORSCH, 2006, p. 23).
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Pense em uma compra que fez sem pesquisar muito, sem procurar muito. Deve ter sido um
produto (como um lanche) que você está acostumado a adquirir. Descreva as etapas percorridas, desde
quando você se deu conta que tinha uma necessidade até o ato de consumi-lo e mesmo depois, o que fez
com o que restou do produto (como a sua embalagem).
Agora pense em uma compra que você fez e que pesquisou mais, procurou mais, analisou diversas
características do produto e do preço. Descreva as etapas percorrida, desde quando você se deu conta que
tinha uma necessidade até o momento em que fez algo com o que sobrou do consumo do produto.
Repare, agora, nas diferenças entre os seus dois processos decisórios de compra anteriores. Para as
compras de menor preço se buscam menos informações e o tempo utilizado é menor. Afinal, se o produto
resultar insatisfatório, o risco será pequeno e os custos serão baixos para o consumidor. Já nas compras de
preço mais alto se buscam mais informações, elas são menos frequentes, se demora mais para decidir.
Enfim, o risco envolvido é maior, já que surgindo insatisfação, o custo será alto e o produto, com
frequência, ficará com o cliente por um bom tempo. Se alguém adquirir uma marca de sabão em pó e não
gostar, pode usá-lo até o fim e não o comprar de novo ou dá-lo para alguém. Os desdobramentos são bem
mais complicados, claro, quando se trata de um carro.
De modo mais preciso, vamos considerar os quatro tipos de comportamento de compra a seguir
definidos (Kotler & Armstrong, 2009, p. 125-126).
Dessa maneira, cada compra segue um comportamento de compra. A pessoa não tem um
comportamento único em todas as compras, depende muito do produto e da situação. O profissional de
Marketing tem de mapear os comportamentos de compra dos consumidores no seu mercado de interesse
e, mais ainda, do seu(s) segmento(s)-alvo.
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Processo Decisório do Consumidor
1. Reconhecimento da necessidade.
2. Busca de informações
3. Avaliação de alternativas de produto e marca.
A empresa que compreende bem o processo decisório de seus consumidores-alvo tem uma grande
vantagem para planejar e executar sua estratégia e suas táticas de Marketing. Sem isto, a empresa tende a
realizar ações desfocadas, ineficientes e/ou inefetivas. Lembre-se que, "Se é difícil para cada um de nós
descrever por que compramos o que compramos, imagine como é difícil para os profissionais de mercado
entender (e tentar prever) o nosso comportamento." (SAMARA; MORSCH, 2006, p. 23). Mas investir
competências e recursos é parte da boa prática de gestão de Marketing.
Referências Bibliográficas
ALVES, Elizeu B. Consumo e sociedade: um olhar para a comunicação e as práticas de consumo. Curitiba:
InterSaberes, 2019. E-book.
CHETOCHINE, Georges. O blues do consumidor: por que seu cliente não está satisfeito. São Paulo: Prentice
Hall, 2006. E-book.
PAIXÃO, Márcia V. A influência do consumidor nas decisões de marketing. Curitiba: InterSaberes, 2012. E-
book
RIBEIRO, Lucyara (org.). Marketing social e comportamento do consumidor. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2015. E-book.
SAMARA, Beatriz S.; MORSCH, Marco A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo:
Prentice Hall, 2005. E-book.