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leituras 10,11
agenda 2008
GRUPO PSICOEDUCATIVO 09 de junho
PARA PAIS E CUIDADORES O tratamento nutricional
Profissional convidada:
14 de abril Marluce Nóbrega - Nutricionista,
membro da equipe PROTAD.
Aspectos clínicos e endocrinológicos
dos Transtornos Alimentares
Profissional convidada: 14 de julho
Louise Cominato - Médica pediatra Aspectos psicológicos e a
(Sociedade Brasileira de Pediatria) psicoterapia dos pacientes
e endocrinologista infantil com Transtornos Alimentares
(Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia); Profissional convidada:
colaboradora do PROTAD (Projeto Ana Paula Gonzaga - Psicóloga
Interdisciplinar de Atendimento, clínica, Psicanalista (Departamento
Ensino e Pesquisa em transtornos Formação em Psicanálise do Instituto
Alimentares da Infância Sedes Sapientiae), Psicoterapeuta
e Adolescência do Instituto individual e grupal do PROTAD
de Psiquiatria do HC-FMUSP); e Coordenadora da CEPPAN.
Cadernos da
médica da Unidade de
Revista de Transtornos Alimentares Endocrinologia Pediátrica do Instituto
da Criança do HC-FMUSP. 11 de agosto
Publicação trimestral da Clínica
O início dos Transtornos
de Estudos e Pesquisa em Psicanálise
da Anorexia e Bulimia (CEPPAN)
Alimentares na adolescência
12 de maio e a importância em compreender
CONSELHO EDITORIAL Os critérios diagnósticos esse momento evolutivo
Ana Paula Gonzaga e Cybelle Weinberg e as complicações clínicas Profissional convidada:
nos Transtornos Alimentares. Cybelle Weinberg - Psicanalista
REVISÃO O tratamento psiquiátrico (Departamento Formação em
Valter Lellis Siqueira
Profissional convidada: Psicanálise do Instituto Sedes
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Rosa Magaly Morais - Médica Sapientiae), Mestra em Ciências pela
Carlos Alberto Sardenberg FMUSP, Coordenadora da CEPPAN.
Pediatra, especialista em Psiquiatria
PROJETO GRÁFICO E ARTE FINAL Geral pela Associação Brasileira
2 Estúdio Gráfico de Psiquiatria; Médica Psiquiatra
08 de setembro
da Infância e Adolescência pelo
TIRAGEM Serviço de Psquiatria da Infância A família e sua inclusão
1.000 exemplares e Adolescência do IPq-HC-FMUSP. no tratamento
Médica do Ambulatório de Ansiedade
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Profissional convidada:
(AMBULANSIA) SEPIA-IPq-HC-
Ester Z. Schomer - Psicóloga,
FMUSP.
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Psicanalista, terapeuta familiar do
R. João Moura, 627, cj 203 Ambulatório de Bulimia e Transtornos
cep 05412-001 Alimentares (AMBULIM – IPq – HCF-
tel.(11) 3081 7068 MUSP), psicóloga do Centro de
ceppan@uol.com.br Saúde Mental (CESAME).
www.redeceppan.com.br
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o s Transtornos Alimentares, especialmente nas últimas décadas, têm
sido objeto de muitas investigações científicas. Pesquisadores como Brian
Lask (2000), J. Mitchel (2001) e T. Cordás (2004) têm demonstrado o cará-
N. 1/2008
ter multifatorial na etiologia desses transtornos. São unânimes em reco-
nhecer os aspectos constitucionais, sociais, culturais, familiares e de perso-
nalidade na origem desses transtornos, e ressaltam a importância de uma
abordagem que considere a complexidade clínica no tratamento dessas pa-
tologias.
Alicia Weisz Cobelo Devido a essa complexidade, faz-se necessário avaliar os aspectos físicos,
Psicóloga. Psicanalista. Supervisora da sociais e psicológicos dos pacientes, para propor uma terapêutica multidis-
Psicologia e Terapeuta Familiar do ciplinar estruturada que integre profissionais de diferentes áreas: médico,
Projeto Interdisciplinar de Atendimento, psiquiatra, nutricionista, psicólogo e terapeuta familiar. Neste contexto, o
Ensino e Pesquisa dos Transtornos próprio papel da terapia psicanalítica precisa ser revisto como mais um re-
Alimentares na Infância e Adolescência curso a ser utilizado no tratamento, o que requer adaptações.
(PROTAD) do Ambulatório de Bulimia
e Transtornos Alimentares (AMBULIM)
A abordagem psicanalítica tem sido considerada uma terapêutica indicada
e do Serviço de Psiquiatria da Infância
para o tratamento dos Transtornos Alimentares, especialmente se articula-
e Adolescência (SEPIA) do Instituto
da a uma equipe multidisciplinar, devido às complicações clínicas e de ris-
de Psiquiatria (IPq) do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina
co que esses pacientes apresentam, e que não podem ser negligenciadas.
da Universidade de São Paulo Como afirma Jeammet, a abordagem psicanalítica pode-se apresentar sob
(HCFMUSP). Posgraduanda da FMUSP. duas vertentes: uma clássica, com adaptações da psicoterapia analítica no
Membro da Academy for Eating quadro de uma relação dual, e uma outra, que integre uma série de abor-
Disorders. dagens multidisciplinares incluindo outras técnicas e outros profissionais. A
direção do tratamento analítico, ainda que centrada no sintoma, tem como
Ana Paula Gonzaga objetivo ir além do seu desaparecimento, visando à elaboração do confli-
Psicóloga. Psicanalista. Membro efetivo to subjacente a ele.
do Departamento de Formação
em Psicanálise do Instituto Sedes Do ponto de vista psicanalítico, o sintoma é uma solução de compromisso
Sapientiae. Psicoterapeuta individual
entre o desejo inconsciente e a censura psíquica, ou seja, um representan-
e grupal do PROTAD. Coordenadora
te desse conflito. Se eliminado, mas não resolvido o conflito subjacente a
da CEPPAN.
ele, o sintoma pode retornar ou ser substituído por um outro, diferente. Do
Cybelle Weinberg
ponto de vista psicanalítico, as crises bulímicas e a recusa anoréxica podem
Psicanalista, membro efetivo ser compreendidas como comportamentos que substituem a elaboração
do Departamento de Formação psíquica esperada na resolução de conflitos intrapsíquicos. Os sintomas ca-
em Psicanálise do Instituto Sedes
Sapientiae e Mestra em Ciências pela * parte de artigo “Tratamento Psicodinâmico dos Transtornos Alimentares”, a ser publicado em Cordás,
FMUSP. Coordenadora da CEPPAN. Abreu e Salzano (eds.), Transtornos Alimentares e Obesidade, pela Editora Atheneu, São Paulo.
racterísticos da Anorexia e da Bulimia podem ter uma variedade de signi-
ficados, desde dificuldades nos processos de individuação próprios da ado-
lescência, até sensibilidade a mudanças socioculturais.
*
Endocrinopediatria: o papel dos hormônios; a importância do tecido gor-
duroso e o apetite; manifestações clínicas secundárias nos Transtornos
Alimentares: amenorréia, retardo puberal, diminuição do crescimento, hi-
potireodismo, osteoporose e osteopenia.
*
com sentimentos de raiva e culpa diante desta recusa; ganhos secundários
da doença e dificuldade em estabelecer limites; diferença entre cuidar e su-
perproteger.
Segundo a avaliação dos pais, o resultado dos encontros foi satisfatório, es-
pecialmente quanto aos seguintes quesitos: obtenção satisfatória de respos-
tas; aprimoramento de conhecimento; oportunidade de externar dúvidas
e insatisfações com relação ao tratamento; possibilidade de partilhar das
evoluções positivas de outros familiares que passam pelo mesmo problema;
diminuição da ansiedade e maior paciência para ajudar um filho; amplia-
ção para um diagnóstico da família; pedidos de encaminhamento para
psicoterapia individual de alguns pais.
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Look J; Grance DL; Agras WS; Dare C. Treatment manual for anorexia nervosa: a fa-
mily-based approach. NewYork: The Guildford Press; 2001.
Nunes MAA; Ramos DC; Fasolo C. Transtornos Alimentares. Grupo de orientação
aos pais. Jornal Brasileiro de Psiquiatria; vol 44 supl 1, Outubro, 1995.
Souza LV; Santos MA. A família e os transtornos alimentares. Medicina, 35 (3): 403-
409, jul-set, 2006.
Schomer EZ. O papel da família nos transtornos alimentares. In: Bucaretchi HA.
Anorexia e Bulimia Nervosa: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Casa do
Psicólogo; 2003.
Steiger H. Trailer les troubles des conduites alimentaires: une approche psycho-édu-
cative de groupe. Prisme, 30, 80-97, 1999.
Uehara T e cols. Psychoeducation for the famlilies of patients with eating disorders
and changes in expressed emotions: a preliminary study. Comprehensive
Psychiatry; 42 (2): 132-138, March/April, 2001.
leituras
as fronteiras
Por Ana Paula Gonzaga do eu
m ais do que uma obra de referência, imprescindível a quem se
dedica ao trabalho com pacientes com Transtornos Alimentares, o livro de
Maria Helena Fernandes remete ao cotidiano e à especificidade dessa clí-
nica, tratada com refinamento e delicadeza. A cada página, seu trabalho
consistente e pensamento agudo revelam-se de forma clara e generosa.
A segunda parte nos contempla com suas idéias – produzidas pela inquie-
tação diante da clínica – sobre uma das mais expressivas problemáticas vi-
vidas especialmente pelas anoréxicas: a distorção da imagem corporal. M.
Helena trabalha com conceitos psicanalíticos, desfiando toda uma subjeti-
vidade própria dessas pacientes: as dificuldades na percepção das sensa-
ções corporais, a indiscriminação entre os mundos interno e externo, o eu
e o outro, onde o corpo não exerce função de contorno ou fronteira. Tra-
balhando com o conceito freudiano de pára-excitação, propõe uma riquís-
sima compreensão dessa precariedade nos sistemas de fronteira e sua
derivação para a sintomatologia da imagem corporal e a “ausência de au-
tonomia e dificuldade de diferenciação da figura materna”. Discute ainda
a função da dor na formação do ego corporal, dos processos de identifica-
ção e narcisismo, e dos investimentos maternos que resultarão no emara-
10 nhado das relações objetais regidas pela necessidade e pelo prazer.
N. 1/2008
M. Helena conclui o livro abrindo um campo de pensamento com a clíni-
ca referenciando as possibilidades de compreensão e manejo dessas pato-
logias, que têm o corpo por estandarte. Legitima e enfatiza o trabalho ana-
lítico com essas pacientes, reconhecendo a singularidade de seu sofrimento
e convocando a “criatividade dos analistas para abrir possibilidades de cons-
trução e reconstrução de sentidos na experiência subjetiva dessas jovens”.
abordagem psicanalítica
da anorexia e bulimia como
distúrbios da oralidade
∗
e ste estudo pretende abordar, do ponto de vista psicanalítico, a ano-
rexia e a bulimia como distúrbios da oralidade, e fazer uma reflexão sobre
o tratamento dessas manifestações psicopatológicas.
VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM
TRANSTORNOS ALIMENTARES
ANOREXIA E BULIMIA NERVOSA
TEMAS DO PROGRAMA
Tendo por pilares a clínica,
a pesquisa e o atendimento • Breve história da Anorexia e Bulimia Nervosa
• Critérios diagnósticos
institucional, este curso • Complicações clínicas
propõe a reflexão da prática • A clínica psicanalítica
• Adolescência
psicanalítica no tratamento • Imagem corporal
• Família
dos transtornos alimentares. • O trabalho em equipe multidisciplinar
DOCENTES DATA
17 de maio de 2008
Ana Paula Gonzaga – CRP - 06/24740-0 – Psicanalista pelo Ins- das 8 às 18 horas
tituto Sedes Sapientiae, coordenadora do CEPPAN e membro da Supervisões devem
equipe multidisciplinar do PROTAD do SEPIA – IPq do HCFMUSP. ser agendadas previamente