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Governo do Estado do Pará


DEFENSORIA PÚBLICA
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ......VARA CÍVEL DESTA CAPITAL

GIZELLE CARINA DE ANDRADE MIRANDA,


brasileira, solteira, técnica em enfermagem autônoma, portadora da RG nº
3939543-SSP(PA) e CPF nº 685.885.442-34, residente e domiciliado à Tv.
Mauriti, nº 695, bairro da Pedreira, CEP 66080-650, Fone: 3087-3876 e
Celular: 88013027, patrocinada pela DEFENSORIA PÚBLICA, por sua
procuradora legal, que a esta subscreve., pugnando, sejam observadas as
prerrogativas enumeradas no art. 128 da Lei Complementar Federal nº 80/94,
dentre as quais, a isenção de apresentação de Mandato, contagem de
prazo em dobro e intimação pessoal de todos os atos do processo, vem,
com o devido acato ante V. Exa propor, com fundamento nos arts. 1767, inc. I
e 1768, inc. II do Código Civil e 1187 e seguintes do Código de Processo Civil,
propor a presente

AÇÃO DE CURATELA PARA FINS DE INTERDIÇÃO

de sua tia LINDALVA PAIXÃO FERNANDES DE ANDRADE, brasileira,


solteira, portadora de doença mental, residente no mesmo endereço acima da
REQUERENTE, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DOS FATOS
1. Que a REQUERENTE é sobrinha de LINDALVA
PAIXÃO FERNANDES, conforme comprova com os documentos, em anexo;

2. Ocorre que, a tia da REQUERENTE, aqui


denominada INTERDITANDA, é portadora de doença mental, descrita pelo
CID F-03, necessitando de cuidados especiais, conforme Atestado Médico em
anexo, o que a torna definitivamente incapaz de praticar os atos de gerência
de sua vida;
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3. Que a INTERDITANDA nunca constituiu nenhum


patrimônio em seu nome, por não ter exercido nenhuma atividade, face a sua
impossibilidade permanente;

4. Que a REQUERENTE sempre conviveu com sua


tia, pois quando ficou órfã de pai e mãe, passou a ser criada com sua avó
materna, genitora da INTERDITANDA, a qual, encontra-se com uma idade
muito avançada, não tendo mais condições de cuidar de sua filha, ficando
esta sob a total dependência de sua sobrinha, aqui denominada
REQUERENTE, a qual, desde então não pode exercer nenhuma atividade
remunerada, devido prestar assistência permanente a sua tia, não possuindo
condições suficientes para arcar com todo o dispêndio necessário ao seu
sustento, daí porque necessita da presente Curatela para obter a Interdição
da mesma, a fim de que esta possa receber o benefício perante o Órgão
previdenciário.

5. Vale ressaltar, que somente a REQUERENTE é a


mais indicada para ser a curadora de sua tia, pois é com quem a mesma tem
mais afinidade;

6. Que a REQUERENTE encontra-se em perfeito


estado de saúde física e mental, conforme atestado médico em anexo,
declarando estar ciente das incumbências de ser curadora, das vedações e
das obrigações, previstas no Código Civil, estando ciente de que deverá
prestar compromisso na forma do art. 1190 do mesmo diploma legal;

ANTE O EXPOSTO, REQUER de V. Exa.:

1) se digne julgar procedente a presente,


determinando a intimação da INTERDITANDA, para todos os termos do
processo, designando seu interrogatório em sua residência, por não possuir
nenhuma condição de deslocar-se ao Fórum, devendo portanto, ser
interrogada por V. Exa., a fim de constatar a total impossibilidade da mesma
gerir seus próprios negócios e reger sua própria pessoa, necessitando
portanto ser representada em todos os atos da vida civil;

2) A concessão in liminis liti da CURATELA


PROVISÓRIA, fundada na prova documental que apresenta, e após o
cumprimento das formalidades legais, venha a ser decretada a pleiteada
INTERDIÇÃO definitiva de LINDALVA PAIXÃO FERNANDES DE
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ANDRADE, com a conseqüente nomeação da REQUERENTE como sua
curadora ex vi no artigo 1768, inc. II do Novo Código Civil, expedindo-se o
Edital e o Mandado referidos no art. 1.184 do CPC, determinando o
encaminhamento do Ofício ao Cartório de Registro Civil competente para as
devidas providências;

3) Os benefícios da justiça gratuita, por ser


amparado pela Lei 1.060/50;

4) A intimação do Digno Representante do


Ministério Público para acompanhar o presente feito até ulterior sentença;

5) Protesta por todos os meios comprobatórios


em direito admitidos que se fizerem necessários, além da prova documental
ora apresentada.

Dando à causa, para efeitos legais, o valor de R$


350,00 (trezentos e cinqüenta reais).

Nestes Termos,
P. e E. DEFERIMENTO

Belém (PA), 15 de maio de 2006.

Odoldira A. E. Figueiredo
Defensora Pública
OAB-Pa 4346

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