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DIREITO ADMINISTRATIVO: 1 Noções de organização administrativa. 1.

1 Centralização,
descentralização, concentração e desconcentração. 1.2 Administração direta e indireta.
1.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 2 Ato
administrativo. 2.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 3 Agentes
públicos. 3.1 Legislação pertinente. 3.1.1 Lei nº 8.112/1990 e suas alterações. 3.1.2
Disposições constitucionais aplicáveis. 3.2 Disposições doutrinárias. 3.2.1 Conceito. 3.2.2
Espécies. 3.2.3 Cargo, emprego e função pública. 3.3 Carreira de policial rodoviário federal.
3.3.1 Lei nº 9.654/1998 e suas alterações (carreira de PRF). 3.3.2 Lei nº 12.855/2013
(indenização fronteiras). 3.3.3 Lei nº 13.712/2018 (indenização PRF). 3.3.4 Decreto nº
8.282/2014 (carreira de PRF). 4 Poderes administrativos. 4.1 Hierárquico, disciplinar,
regulamentar e de polícia. 4.2 Uso e abuso do poder. 5 Licitação. 5.1 Princípios. 5.2
Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. 5.3 Modalidades. 5.4 Tipos. 5.5

Poderes administrativos.
Poder Vinculado e Poder Discricionário
O poder vinculado determina que o administrador somente pode fazer o
que a lei determina. Ele não possui escolha, ou seja, está limitado aos exatos
ditames da lei.
O poder discricionário gera a margem de escolha, segundo critérios de
conveniência e de oportunidade (mérito administrativo). Neste caso, diz-se que o
agente público pode agir com alguma margem de liberdade de escolha, mas
sempre respeitando os parâmetros da lei.
Poder discricionário: utilizado mediante previsão legal ou nos
conceitos jurídicos indeterminados (exemplo: boa-fé)

Poder Hierárquico
A característica marcante do poder hierárquico é o grau de subordinação
entre órgãos e agentes, sempre dentro da estrutura da mesma pessoa jurídica.
O controle hierárquico permite que o superior aprecie todos os aspectos
dos atos de seus subordinados (quanto à legalidade e quanto ao mérito
administrativo)
Não existe hierarquia entre:
˃˃ Pessoas jurídicas distintas;
˃˃ Poderes da Republica;
˃˃ Administração Publica e administrados.
Decorrências do Poder Hierárquico:
˃˃ Dar ordens aos seus subordinados;
˃˃ Fiscalizar os atos dos seus subordinados;
˃˃ Rever os atos praticados pelos seus subordinados (anulação e
revogação);
˃˃ Delegar e avocar competências.

Poder Disciplinar
O poder disciplinar e uma espécie de poder-dever de agir da
Administração Publica. Dessa forma, o administrador publico atua de forma a
punir internamente as infrações cometidas por seus agentes.
Esse poder também atua no sentido de punir particulares que
mantenham um vínculo jurídico específico com a Administração e que
estejam sujeitos a sua disciplina interna (como no caso de uma concessionaria de
serviço publico, que possui um contrato administrativo com a Administração
Publica).

Poder Regulamentar
Trata-se de uma competência exclusiva dos Chefes do Poder Executivo
para editar atos administrativos de caráter normativo. Os atos administrativos
normativos editados pelo chefe do Poder Executivo assumem a forma de
decreto.
O decreto de execução (ou executivo) somente pode ser editado pelos
chefes do Poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos). Esse decreto
necessita de amparo legal e não pode agir sem uma lei que o embase, pois não
inova a lei.
Por meio desse decreto, a lei será complementada e regulamentada, de
modo que se de a ela fiel execução, sem, contudo, inovar o ordenamento
jurídico.

Poder de Polícia
O Art. 84 do CTN afirma que:
“Considera-se poder de policia atividade da Administração Publica que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a pratica de ato
ou abstenção de fato, em razão de interesse publico concernente a segurança, a
higiene, a ordem, aos costumes, a disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Publico, a tranquilidade publica ou ao respeito a propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos”.
O fundamento do poder de policia e o poder de império (poder
extroverso) que a Administração Publica possui, de modo a observar o principio
da supremacia do interesse publico sobre o privado.
O poder de policia administrativa não pode ser delegado a pessoas
jurídicas de direito privado.
Ele pode ser exercido de maneira preventiva e também repressiva,
alcançando os particulares em geral, que não possuam nenhum vinculo
especifico com a Administração Publica.

Atributos do Poder De Polícia


Discricionariedade
O poder de policia, em regra, e discricionário, pois da ao administrador
publico margem de liberdade para agir, dentro dos parâmetros legais. Contudo,
se a lei exigir, o poder de policia pode ser vinculado.
Ela se divide em:
1) Exigibilidade → adoção de meios indiretos de coerção (como a multa,
por exemplo), presente em todos os atos.
2) Executoriedade→ adoção de meios direitos de coerção (uso da forca,
como no caso da interdição de um estabelecimento, por exemplo), mas não esta
presente em todos os atos.
Coercibilidade
Assim, a propriedade do poder de policia tem como seu ultimo atributo a
coercibilidade. Esse atributo informa que as determinações da Administração
podem ser impostas coercitivamente ao administrado. Desse modo, o particular e
obrigado a observar os ditames da Administração, independentemente de sua
anuência.
Do uso e do abuso do poder
Abuso De Poder
Quando determinado ato for praticado com abuso de poder, é
considerado ilegal, devendo ser, como regra geral, anulado. Encontramos três
modalidades de abuso de poder:
Excesso de Poder – ocorre quando o agente atua fora ou além de sua
esfera de competências.
Desvio de Poder – ocorre quando o agente, embora agindo dentro de sua
esfera de competências, pratica o ato com finalidade diversa do interesse publico
ou da prevista em lei.
Omissão de Poder – ocorre quando o agente publico permanece inerte
em situações em que
possui o dever de agir.

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