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9 780074 504123
SUMÁRIO
Prefácio da 2~ edição
Capítulo 1 VETORES
Vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. .. .. .. .. ... .. . .. 1
Operações com vetores . . . . . . . . . . . . . . . .. .. .. .. .. . ... . . ... . 3
Vetores no JR2 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 5
Igualdade e operações . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . . . . . . . . . .. . . 6
Vetor definido por dois pontos . . . . . . . . . .. . .. .. . . . . . . . .. .. .. 8
Produto escalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. .. . . . . . . . . .. .. 9
Ângulo de dois vetores . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . . . . . . . .. .. . . 1O
Paralelismo e ortogonalidade de dois vetores . .. . . .. .. . . . . . . . ... .. 12
Vetores no R 3 • . . • . • • . • • • • • • • • . . • • • • • . . • . . . • • • • • • • • • • • 13
DETERMJNANTES
Classe de uma permutação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 420
Termo principal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421
Termo secundário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421
Determinante de uma matriz.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421
Ordem de um determinante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421
Representação de um determinante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421
Preliminares para o cálculo dos determinantes de 2ª e de 3ª ordem.. . . 422
Cálculo do determinante de 2ª ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 423
Cálculo do determinante de 3ª ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 426
Desenvolvimento de um determinante por uma linha ou por uma coluna 432
Propriedades dos determinantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 433
Cálculo de um determinante de qualquer ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 446
INVERSÃO DE MATRIZES
Matriz inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 466
Matriz singular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 466
Matriz não-singular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... ·. . . . .. .. 467
Propriedades da matriz inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 468
Operações elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 470
Equivalência de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 471
Inversão de urna matriz por meio de operações elementares . . . . . .. .. 476
VETORES
1.1 VETORES
Este capítulo tem por finalidade precipua revisar resumidamente a noção de vetor no
R e no R 3 e suas propriedades, as quais já devem ser do conhecimento do leitor 1 •
1
Sabe-se que os vetores do plano ou do espaço sã"o representados por s,gmentos orientados.
Todos os segmentos orientados que têm a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo com-
primento são representantes de wn mesmo vetor. Por exemplo, no paralelogramo da Figura 1.1 a,
--
os segmentos orientados AB e CD determinam o mesmo vetor v, e escreve-se
v= AB = CD
A e
Fipra l. '
O assunt o pode ser visto em detalhes no livro Geome tria Analltú:4, dos autores desta Álgebra Linear,
Editora McGraw-Hill.
1
2 À/gebra linear
-
Quando escrevemos v = AB, estamos afumando que o vetor é determina.do pelo segmento
orientado AB de origem A e extremidade B. Porém, qualquer outro segmento de mesmo com-
primento, mesma direção e mesmo sentido de AD representa também o mesmo vetor v. Assim
sendo, cada ponto do espaço pode ser considerado como origem de um segmento orientado que
é representante do vetor v.
O comprimento ou o módulo, a direção e o sentido de um vetor v é o módulo, a direção
e o sentido de qualquer um de seus representantes. Indica-se o módulo de v por I v 1.
Qualquer ponto do espaço é representante do vetor zero ( ou vetor nulo), que é indicado
por O.
A cada vetor não-nulo v corresponde um vetor oposto -v, que tem o mesmo módulo,
a mesma direção, porém sentido contrário ao de v (Figura 1.1 b).
Figura 1.lb
Um Yetor v é unitário se I v 1 = 1.
Dois vetores u e v são colineares se tiwrem a mesma direç!'o. Em outras palavras: u e v
são colineares se tiwrem representantes AB e CD pertencentes a wna mesma reta ou a retas
paralelas (Figura l.lc).
Figura 1.lc
Fsua l.ld
A
e
Figura 1.2a
-
Os pontos A e C determinam o vetor soma AC = u + v.
I) Associativa: (u + v) + w = u + (v + w).
II) Comutativa: u + v = v + u.
Ili) Existe um só vetor nulo O tal que, para todo vetor v, se tem:
v+O=O+v=v
IV) Qualquer que seja o vetor v, existe wn só vetor -v (vetor oposto de v) ta) que:
V+ (-v) = -V+ V= 0
4 Álgebra linear
Observações
1) A diferença de dois vetores u e v quaisquer é o vetor u + (-v). Sejam os vetores u e v
representados pelos segmentoit orientadoii AB e AC, reitpectivamente_ Construído o paralelogramo
ABCD (Fígura 1.2b), verifica-se que a soma u + v é representada pelo segmento oríentado AD
(uma das diagonais) e que a diferença u - v é representada pelo segmento orientado CB (a outra
diagonal).
D.
V V
Figura 1.lb
*
Dado um vetor v O e um número real k * O, chama-se produto do número real k
pelo vetor v o vetor p = kv, tal que:
Obser11tJções:
1) Se k = O ou v = O, o vetor kv é o vetor O;
2) Se k=-J, o vetor (-l)v éoopostode v, isto é, (-l}v=-v.
Vetores 5
Figura 1.2.2
I) a(bu) = (ab) u
II) ( a + b) u = au + bu
III) a(u + v) = au + av
IV)Iu=u
1.3 VETORES NO R 2
O conjunto
-
é interpretado geometricamente como sendo o plano cartesiano xOy.
Qualquer vetor AB considerado neste plano tem sempre um representante (segmento
orientado OP) cuja origem é a origem do sistema (Figura 1.3a).
-
Em nosso estudo consideraremos geralmente vetores representados por segmentos orien·
· tados com origem na origem do sistema. Nessas condições, cada vetor do plano é determinado
pelo ponto extremo do segmento. Assim, o ponto P(x, y) indivíduaHza o vetor v = OP (Figura
1.3b) e escreve-se:
v= (x, y)
o X
Fwun 1.3a
y p
o X X
Fwwa 1.3b
1.4. 1 Igualdade
Exemplos:
1.4.2 Operações
Portanto, para somar dois vetores, somam-se suas componentes correspondentes e, para
multiplicar um vetor por um número, multiplica-se cada componente do vetor por este número.
Porexemplo,se u=(4,l) e v=(2,6), aFigural.4.2amostraque:
U+V= ( 4, I) + (2, 6) = ( 4 + 2, J + 6) = ( 6, 7)
2u
X X
-
Ocorre, às vezes, o caso de um vetor ser representado por um segmento orientado que não
parte da origem do sistema. Consideremos o vetor AB de origem no po nto Alx 1 • y 1 ) e extremi-
dade B(x2 , y 2 ) (Figura 1.5).
o X
Figma l.S
-
De acordo~ o~e foi visto no item J .2.1. 1 - (Observação 2), o vetor AB é a diferença
---
entre os vetores OB e OA :
AB =OB -OA
e, portanto :
ou:
-
isto é, as componentes do vetor AB são obtidas pela diferença entre as coordenadas da extremi-
dade B e as da origem A .
-
Por exemplo, se A ( -1 , 3) e B (2 , -2 ), o vetor AB será:
-+
AB = B - A= (2, - 2) - (-1, 3) = (3 , - 5)
Vetores 9
1.6.1 Definiçã'o
Chama-se produto esca"lar (ou pro duto interno usual) de dois vetores u = (x1 , yi) e
v = (x 2 , y2 ) , e se representa por u . v, ao número real :
O produto escalar de u por v também ,é indicado por <u, v > e se lê "u escalar v~·.
Por exemplo, se u = (2 , 3) e v = (4 , -1) , tem-se :
l vl= ..../v.v
ou, em coordenadas:
1vi = v' (x, y) . ( x, y)
ou, ainda :
(3, -4) _ (3, -4) (3, -4) _(3, -4)= (3, -4) = (1_ _!)
u=
1(3, -4) 1- J 3" + (-4) 2 J9 +1 6 J25 5 5' 5
-
Observação: Dado um vetor AB com extremidades nos pontos A(x1 , yi) e B(x2 , Y1 ), o
módulo desse wtor será:
Com efeito:
l U + V jl = 1U 12 + 2u , V + l V 12
1 U - V (l "' 1U J
2
- 2u . V + l V 12
Sejam os vetores u '# O e v '# O. O ângulo 8 formado por u e v pode ser calculado
pela fórmula:
.o U. V
oosu=--
lul lvl
F~ura l.7.1
Com efeito, aplicando a lei dos co-senos ao triângulo ABC da Figura 1.7.l. vem:
logo:
e:
U. V
cos 8 = (l.7.1)
lul lvl
Por exemplo, se u =(-2, -2) e v =(O, -1), o ângulo 0 pode ser calculado por intermédio
. da Fórmula(l.7.1):
0+4 4 4
cos8; =----
J4+-1 X .jõ+4 v'8 X y'4 2y'2 X 2
1 .,/2"
cos8=-=--
vf 2
8 = are cos - -
../2
2
fJ =- 45°
a) Se dois vetores u = (x1, yi) e v = (x2 , y2 ) são paralelos(ou colineares), existe wn número k
tal que:
u=kv
ou;
o que ímplica:
X
_1 y 1=k
__
X:2 Yi
isto é, doís vetores u e v são paralelos quando suas componentes são proporcionais. Representa-
se por u // v dois vetores u e v paralelos.
Por exemplo, os vetores u = (-2, 3) e v = (-4, 6) são p~-alelos, pol~:
-2 3
- =-
-4 6
ou seja:
Vetores JJ
b) Se dois vetores u =(x 1 , yi) e v =(x2 , y2 ) são ortogonais, o ângulo 8 por eles formado é
de 90º, e, portanto, cos fJ = cos 90° = O, o que implica, pela Fórmula (l .7.l):
U .V: Ü
ou:
isto é, dois vetores u e v são ortogonais quando o produto escalar deles é nulo. Representa-se
por u l v dois vetores u e v ortogonais.
Por exemplo, os vetores u = (2, 3) e v = (-3, 2) são ortogonais, pois:
1.9 VETORES NO IR 3
O conjunto
-
vetor do espaço é determinado pelo ponto extremo do segmento. Assim, o ponto P(x, y, z)
individualiza o vetor v =OP (Figura 1.9) e escreve-se:
v-(x,y,z)
'
Figura 1.9
14 Álgebra linear
Ili) Se A(x1 ,y 1 ,zi) e B(x2 ,y2 ,z2 ) slio dois pontos quaisquer no espaço, então:
1v1 =J x2 + y2 + z2
ll u.v
cosu =---
! uJ lv 1
ESPACOS
•
VETORIAIS
2.1 INTRODUÇÃO
é interpretado geometricamente como sendo o plano cartesiano. Um par (x, y) pode ser
encarado como wn ponto (Figura 2.la) e, nesse caso, x e y são coordenadas, ou pode ser
encarado como umvetor(Figura2.lb) e, nesse caso, x e y são componentes(oucoordenadas).
Essa mesma idéia, em relação ao plano, estende.se para o espaço tridimensional que é a
interpretação geométrica do conjunto JR3 • Embora se perca a visão geométrica de espaços com
dimensão acima de 3, é possível estender essa idéia a espaços como JR4 , IR 5 , •.•, mn. Assim,
y y
(x,y)
• (x, y)
o X
o X
quádruplas de números (x1 , x2 , x 3 , x 4 ) podem ser vistas como pontos ou vetores no espaço
IR.4 de quarta dimensão. A quíntupla (2, -1, 3, 5, 4) será interpretada como um ponto ou
wn vetor no espaço IR.s de dimensão cinco. Então, o espaço de dimensão n (ou espaço
n-dimcnsional) será constituído pelo conjunto de todas as n-uplas 1.>Tdcnadas e representado
por 1Rn, isto é:
IRº = { (x 1 , x1 , ••• , x0 ); Xj E IR}
A maneira de se trabalhar nesses espaços é idêntica àquela vista em IR.2 e em IR3 •
Por exemplo, se:
u=(x 1,x2 , ... ,xn) e v=(y1,Y2, ... ,Yn)
u=
X1 Y1 X1 +y1
Xz Y2 X2 + Y2
u+v= + =
Espaços vetoriais 17
au = a .:::
Vamos agora transmitir uma idéia nova. Para tanto, consideremos dois conjuntos: o JR.0 e
o conjunto das matrizes reais de ordem m x n, representado por M (m, n). Como nesses
conjuntos estão definidas as operações de adição e multiplicação por escaJar, constata-se a exis-
tência de uma série de propriedades comuns a seguir enumeradas.
Se u, v, w E JRº, se o:,~ E IR e se A, B, C E M (m, n), podemos verificar que:
}) (u+v)+w=u+(v+w) e
(A+ B) + C =A+ (B + C) (associatividade da adição)
2) u + v= v + u e
u+O=u e
A + O= A ( existência do elemento neutro)
O elemento O, nesse caso, será o vetor O= (O, O, ... , O) E IRº, na primeira igualdade, e
a matriz nula:
Ío o o
o o o
O= E M(m, n)
o o o
na segunda igua:dade.
J8 Àlgebra linear
4) Para cada vetor u E 1Rn e para cada matriz A E M (m, n) existe um só vetor -u E IR.n
e uma só matriz -A E M (m, n) tais que
u + (-u) = O e
1) (ai.3) u = a (J3u) e
(ai,3) A=~ (/jA)
2) (a: + j3) u = au + Pu e
(a+ j3)A = aA + 6A
3) a: (u + v) = o:u + a:v e
a(A+B)=aA+a:B
4) Iu = u e
IA=A
Conforme acabam.os de ver, os conjuntos JRº e M (m, n), munidos desse par de operações,
apresentam uma "estrutura" comum em relação a essas operações. Esse fato não só vale para
esses dois conjuntos com essas operações mas para muitos outros, razão porque vamos estudá-los
simultaneamente. Esses conjuntos serão chamados espaços vetoriais.
Seja um conjunto V. não-vazio, sobre o qual estão definidas as operações adição e multi-
plicação por escalar, isto é:
Vu, v E V, u + v E V
VOI. E IR, Vu E V, crn E V
O conjunto V com essas duas operações é chamado espaço vetorial real (ou espaço vetorial
sobre IR) se forem verificados os seguintes axiomas:
Espaços vetoriais !9
A) Em relaça-o à adição :
A2 ) u + v = v + u, Yu, v E V
A3) 3.0 E V, Vu E V, u + O = u
M3) cx(u+v)=au+av
M4 ) lu = u
Observações
Exemplos
M1) (o:{I) u = (aj3) (X1, Yt) =((o:JJ) XJ, (aJ1>y1) = (o:0Jx1 ), o: 03Y1 ))
(o:'3) u"' o: (Px1, 13Y1) = a 03(x1, ys))
(o:P) u = o:(Pu)
M2 ) (a+~)u=(a:+/3)(x1,Yi>=((o:+t1)x1,(a+/3)y1)=(0:x1 +'3x1,flY1 +.t3Y1)
(o:+ 13)u= (ax1 ,O:Y1) + (Px1 ,llY1) = o: (x1, Y1) + IJ(x1, Y1)
(a +'3)u=õ:u+ Pu
S} O conjunto
dos polinômios com coeficientes reais de grau ~ n, mais o polinômio nulo, em relação às
operações usuais de adição de polinômios e multiplicação por escalar.
Em particular, o conjunto
6) O conjunto
V= {f: IR_.., R}
f+g: IR-IR
e:
0: f: IR----+ IR
7) O conjunto
Os símbolos G) e 0 são utilizados para indicar que a adição e a multiplicação por escalar
não são as usuais.
8) O conjunto
V= {(x,y)/x,y>O}
é um espaço vetorial com as operações adição e multiplicação por escalar defuúdas assim:
( _l 2-)E V.
X ' y
9) Seja o conjunto:
R 2 = { (a, b)/a, b E ~}
e o:, (3 E .IR
Temos, então:
M1) (a(j) u= (cx./3) (x1, yi) = ((o:/3) x 1, y 1)= (o: (13xi). yi)= o:(/Jx1, y 1 )
(a{3) u = O! ({3 (x 1 , y 1 )) = o: ({3u)
~2) (a+ /3) u =(o:+ 11) (x1, Y1) =((o:+ 13) x,, yi) = (ax1 + Px1, Y1)
QU + (3u = O'.(X1, Y1) t /3(x,, Yt) = (O'.X1, Y1) + (/JX1, Y1) = (O'.X1 + /3x1, 2yi)
Como se vê:
-{-v) =v
isto é, o oposto de -v é v.
u+x=v
x=v-u
Ov= O
ÃO=O
VIII) ÀV =o implica À= o ou V= o.
IX) Qualquer que seja v E V, tem-se:
(-1) v= -v
Espaços vetoriais 25
2.4.1 Teorema
u+vE S
.0-U E S
Vamos mostrar que sendo válidas essas duas condições em S, os oito axiomas de espaço
vetorial também se verificam em S.
De fato:
Seja u um vetor qualquer de S. Pela condição lI, a:u E S para todo a E R. Fazendo
a=O, vem OuE S, ou seja, OE S (axioma A3 ). Fazendo o=-1,segue (-L)u=-uE S
( axioma A4 ).
26 Ãlgebra linear
Observaçaõ
Todo espaço vetorial V admite pelo menos dois subespaços: o conjunto {O} , chamado
subespaço zero ou subespaço nulo, e o próprio espaço vetorial V. Esses dois são os subespaços
trivúzis de V. Os demais subespaços são denominados subespaços própriDs de V.
Por exemplo, os subespaços triviais de V= IR3 são { (O, O, O)} (verificar as condições
I e II do teorema 2.4.1) e o próprio R 3 . Os subespaços próprios do R 3 são as retas e os planos
que passam pela origem.
Para V= IR.2, os subespaços triviais são: { (O, O)} e R 2 , enquanto os subespaços próprios
são as retas que passam pela origem.
Exemplos
II) am = a (x,, 2x,) = (ax 1 , 2 (Cl'.xi)) E S, pois a segunda componente de o:u é igual ao
dobro da primeira.
Figura 2.4. la
O mesmo não ocorre quando a reta não passa pela origem. Por exemplo, a reta:
S = { (x, 4. 2x); x E R}
Figma2.4.lb
28 Álgebra linear
5 U + V
,, /. '
,, 1 '
-2 o 3 X
Figura 2.4.lc
Observação
2) Sejam V= IR.3 e
s= {(x,y,z)/E IR 3 /ax+by+cz=O}
Espaços vetoriais 29
Nesse caso:
u = (x 1 , y 1 , z 1 ) E S implica ax 1 + by 1 + cz 1 = O
ax+by+cz=O
pois, se:
então:
ou:
3) Sejam V = JR4
II) c:tu = (o: x 1 , <l'.y 1 , o:z 1 , O) E S, pois a quarta componente de o:u é nula.
Logo, S é um subespaço vetorial de R 4 •
4) Sejam
V • M(2 , 2) • [: 1 a, b, c, dE IR
S=
[:
isto é, S é o conjunto das matrizes quadradas, de ordem 2, cujos elementos da segunda linha
são nulos.
Para quaisquer
ªz b2
v = E S e o:E IR.
o o
Espaços vetoriais 31
tem-se:
I) u+vE S
II) au E S
Observação
S = { A E M (n, n)/ AB = O}
isto é , S é o conjunto das matrizes que, multiplicadas à esquerda por B, têm como resultado
a matriz nula.
Então:
A1 E S implica A1 B = O
A2 E S implica A2 B = O
ou:
e, portanto:
32 Ãlgebra linear
ou:
e, portanto:
6) Sejam V= M(3, 1) e
3x + 4y- 2z = O
2x+ y- z=O
X• y + 3z = 0
Faz.endo:
3 4 -2 X o
A= 2 1 -1 , X = y e O= O
l -1 3 z o
o sistema, em notação matricial, será dado por AX-= O, sendo X elemento do conjunto-
solução S.
Se
espaços vetoriais 33
AX1 = O e AX2 = O
ou:
A(X 1 + X2 ) =O
o que implica
X1 + X, E S
ou:
A(o:X1) = O
o que implica
isto é, o produto de uma constante por uma solução é ainda uma solução.
Logo, o conjwtto-solução S do sistema linear homogêneo é um subespaço vetorial de
M(3,l).
Observações
3
1) Esse conjunto-solução S pode também ser considerado subespaço de R , pois um
vetor (x, y, z) E IR.3 tem notação matricial:
y
z
34 Álgebra Ji11ear
7) Sejam V == IR2
li) au = (ax 1 , o:y 1 ) ~ S quando ex ~ O, isto é, nem sempre o produto de um vetor com
a primeira componente positiva por um número real CI' resulta um vetor cuja primeira
componente é positiva. Por exemplo, u == (3, -4) E S e -2 (3, -4) = (-6, 8) tj S.
logo, S não é subespaço de R 2 .
Para chegar a essa conclusão PQder íamos ter usado o fato de que (O, O) €j S (imediata).
2.4.2.1 Teorema
I) se u, v E S1 , então u + v E S1 ;
se u, v E ~ , então u + v E S2 .
Logo:
se v E S 1 , então À v E S 1 ;
Logo:
Exemplos:
V= :] ; , , h , c, dE R
[:
[: :l; a, b E R
36 Álgebra linear
[: :} a, e E R
ª
S=
[º
2) Seja o espaço vetorial JR.3 = { (a, b, e); a, b, e E R } e os subespaços vetoriais
S, ={ (a, b,O) ; a, b E R} e S2 = {(0, 0 , c); c E R} . A interseção S1nS1 éo
subespaço vetorial S = { (O, O, O) } = {O} .
2.4.3. 1 Teorema
logo :
Espaços vetoritl is 37
se u 1 E S1 , então Ãu 1 E S 1 ;
logo:
Exemplos
S • [: :l •,b,cE ~
2. 4. 4. 1 Teorema
v= u+w
onde:
v = u + w, or.de u E S 1 e v E S2 (2.4.4.l·I)
v:u+w,
' ' one ' s1 e wE
d uE ' s2 (2.4.4.1-II)
ou:
-
u-u' -w, -w
onde:
u - u' E S 1 e w' - w E S2
, J
U·u=w-w=O
isto é:
u = u' e w= w'
Espaços vetori/Jis 39
Exemplo:
pois qualquer vetor (a, b, e) E R 3 pode ser escrito como sorna de um vetor de S 1 e um vetor
de S2 de modo único:
lR3 = S1 G)s2
Exemplo
v1 = 5x2 - 3x + 2 e v2 = -2x.2 + Sx - 8
De fato:
v = 3v 1 + 4v2
isto é:
Solução
Pretende-se que:
ou:
ou:
a1 + 2a2 = -4
-3a 1 + 4a2 = -18
2a 1 - a2 = 7
Portanto,
Espaço/{ vetoriais 41
Observação
Solução
a1 + 2a2 = 4
-3a1 + 4a2 = 3
2a1 - a2 = -6
Observemos que esse sistema difere do anterior pelos tennos independentes. Como é
incompatível, o vetor v não pode ser escrito como combinação linear de v1 e v2 •
Solução
Devemos ter:
ou:
a1 + 2a1 = -1
· -3ai + 4a1 = k
2ai - a2 = -7
De fato:
4) Determinar a condição para x, y e z de modo que (x, y, z) seja combinação linear dos
vetores vi e v1 .
Solução
Devemos ter:
(x,y,z)=ai(l,-3,2)+a2 (2,4,-l)
31 + 2a2 = X
-3ai + 4a1 =Y
2a1 • ª2 = z
X -y- 2z = 0
ou:
x=y+2z
Ef()aços 11etoriais 4J
Assim, todos os vetores (x, y, z) E m.3, que são combinações lineares de v 1 e v2 • têm
a forma:
(y + 2z, y, z)
com y, z E R.
Podemos fazer a interpretação geométrica desse resultado. Observemos que os vetores v1 e
v2 não são oolineares. O vetor a1 vI tem a direção de v1 , e o vetor a2 v2 , a direção de v2 .
Logo, todos os vetores (x, y, z) E R 3 do tipo
formam um plano 1r que passa pela origem conforme sugere a figura 2.5.l. Esse plano tem equação
x - y -2z-= O, que estabelece a condição solicitada entre os componentes x, y e z.
3 1 VI + 3 2 V1
\
\
ir: x-y-2z=O
'··~----~
T" .. y
v.
X Figura 2.S • l
5) Mostrar que o vetor v =(3, 4) E JR.2 pode ser escrito de infinitas maneiras corno combi-
nação linear dos vetores v1 =(l,O), v2 =(0,1) e v3 =(2,-1).
Solução
Tem-se:
donde:
a+ 2c =3
b- c =4
ou:
a= 3- 2c
b = 4+ e
Observ&ções
1) O subespaço S diz-se gerado pelos vetores v1 , v2 , ••• , vn' ou gerado pelo conjunto A, e
representa-se por:
Exemplos
Então:
[i,jJ = R 2
pois:
Então:
Então:
ObSNVaçtio
W = 81 V1 t ... + 3n Vn
entiio:
pois todo vetor v que é combinação linear de v., ... , vn, w é também combinação linear de
Espaços vetoriais 47
Supondo que:
tais que
mas:
logo:
ou
A recíproca, ou seja,
é trivial, pois
Solução
Temos:
Da igualdade:
vem:
X= a
y= 2a
z = 3a
donde
y =2x
z = 3x
Logo,
ou
O subespaço gerado por wn vetor v1 E Il<3 , v1 *- O, é uma reta que passa pelo ori8em
(Figura 2.S.2a). Se a esse vetor acrescentarmos v2 , v3 , ... , todos rolineares entre si, o subespaço
gerado por 2, 3, ... vetores continuará sendo a mesma reta:
z z
Solução
Temos:
a1 + 2a2 = X
-231 + 32 =y
O vetor (x, y, z) E [v 1 , v:.J se, e somente se, o sistema tem solução. e isto somente ocorre
quando x + 3y - 5z = O (exercício a cargo do leitor).
Logo:
v, _J ...
1
1
- ....
-
'\
: i, ; fv , ,vi)\
.. y .. y
v,
X X
Figura. 2.5.2c Figura 2.S.2d
50 Álgebra linear
8) Seja V= .IR.3. Determinar o subespaço gerado pelo conjwito A = { v 1 , v2, V3}, sendo
vi= (1, 1, 1), v2 = (1, l, O) e V3 = (1, O, O).
Solução
ou:
ª2 =y -z
a3 = X -y
Portanto:
O subespaço gerado por três vetores não-coplanares é o próprio R" (Figura 2.5.2e). Se a
esses três vetores acrescentarmos v4 , v5 , ••. quaisquer, o subespaço gerado pelos 4, 5, ... vetores
continuará sendo o próprio :R3 :
J::spaços i•etoriais 5/
...
- ......
\
\
\
... y
Figura 2.5.2e
Solução
Vamos mostrar que todo vetor (x, y) E IR2 é combinação linear dos vetores do conjWlto
A, isto é, sempre existem os números reais a 1 e a2 t ais que:
a 1 = 2x - Sy e a2 = 3y - x
Portanto:
isto é:
G(A) = IR2
.52 Álgebra linear
A=
[-1 2] [3 -1]
-2 3 , 1 l
Soluç§o
X y
V = E G(A),
z t
tem-se:
[
X
z
y]=a[l
t -2
~+b[3
~ 1
~J
1
e daí o sistema:
-a+31.>=x
2a - b = y
-2a + b = z
3a + b = t
Z = -y e X = -2:y + t
Logo:
2
G(A) = r- y+t YJ; y, t E IR
-y t
Espaços vetoriais 53
tem grau ;;;;; n. Assim, o subespaço [p1 , .•. , Pn J contém somente polinômios de grau menor
ou igual ao grau de Pn· Corno P é .formado pl.lr todos os polinômios, existem nele polinômios
de grau maior que o de Pn· Logo, G(A) * P para todo conjunto finito A C P.
2. 7.1 Definição
Consideremos a equação
(2.7)
a1 = O, a2 = O, ... , 3n = O
Exemplos
ou seja;
2) No espaço vetorial V= lR4, os vetores v 1 = (2, 2, 3, 4), v2 =(O, 5, -3, 1) e v3 =(O, O, 4, -2)
são linearmente independentes. De fato:
isto é:
2a ~ O
2a + Sb =O
3a - 3b + 4c = O
4a + b - 2c = O
a = O. b=O e e::: O
De fato, a equação:
ou:
a1(l, O, O)+ a2(0, LO)+ a3(0. O. 1)-= (O. O, O)
transforma-se em:
e. portanto
Logo, o conjunto:
é Ll.
De forma análoga mostra-se que os vetores
l o o
o o
são LI ( verificação a cargo do leitor).
isto é:
x-taz.=ü
1 y + bz = O
O sistema admite ao menos uma solução não-trivial. Por exemplo, fazendo z::: 1. vem:
x = -a e y = -b
Logo:
-1 2 2 -3 3
A=
-3 3 o 3
é LD.
Espaços veroriais 57
Examinemos a equação
( 1l
-1 2 2 -3 3 -4 o o
=
-3 l 3 o 3 l o o
o o
=
o o
e daí o sistema:
- a1 + 2a 2 + 3a3 = O
2a1 - 3a2 - 4a3 =O
-3a1 + 3a2 + 3a 3 = O
ª1 + 33 =Ü
Observação
ou.
e daí. vem:
ou:
( vl é combinaçao linear de v1 e v3 )
ou, ainda:
2.7.2 Teorema
"Um conjunto A; { v1 , ... , vi, ... , vn; é LO se. e somente se, pelo menos um desses vetores
é combinação linear dos outros."
A demonstração é constituída de duas partes:
1íi) Seja A linearmente dependente. Então. por definição. um dos coeficientes da igualdade
OU.
ª1
vi "' - - v 1
ai
2?) Por outro lado, seja vi uma combjnaç.ão linear dos outros vetores:
ou. ainda:
e, portanto, a equação
Logo, A é LD.
Observações
·•um conjunto A= { v1 , .•• , vn } é LI se. e somente se, nenhum desses vetores for
combinaçfo linear d~ outros."
ou:
60 Álgebra linear
enquanto
são LL pois
V1 -:Í- kv2
para todo k E .Dl
v,
é LD
X X
l. l
-
----1
I ' ---
-- --1
I
I
I I
I
v,
I '
{ V l , V2, V 3 ; é LI
X X
2. 7 .3 Problemas Resolvidos
a) L_:] ,[_ 1
: _: ] e M(2,2)
d) { 1 + 2x - x 2 , 2 - x + 3x 2 , 3 - 4x + 7x 2 } e P2
Solução
a) Como o conjunto tem apenas dois vetores com um deles sendo múltiplo escalar do outro
( o segundo vetor é o triplo do primeiro), o conjunto é LD, de acordo com a Observação 2 do
Teorema 2.7.2.
b) Tendo em vista que wn vetor não é múltiplo escala r do outro, o conjunto é LI.
2a + b= O
- a+ 3b = O
admite somente a solução trivial, o que vem confirmar ser o conjunto LI.
62 Álgebra linear
e) Consideremos a equação:
Portanto:
- a+ 2b + e= O
-2a - b = O
3a =O
a= b =e= O,
o conjunto é LI.
d) Seja a equação:
a ( 1 + 2x - x 2 ) + b ( 2 - x + 3x 2 ) + e ( 3 - 4x + 7 x 2 ) =O ( 1)
ou:
a+ 2b + 3c = O
2a - b- 4c = O
-a+ 3b + 7c = O
Como esse sistema admite outras soluções além da trivial. o conjunto é LD.
Observação
O leitor deve ter notado que a variáve. x nos polinômios desse problema não desempenha
nenhum papel no cálculo. Com o objetivo de simplificar. a cada polinômio do tipo a0 + a 1 x + a2 x 2 .
associa-se a terna (ao, a,, a2 ).
Espaços vetoriais 63
Assim, a igualdade (1) desse problema poderia ter sido escrita assim:
2
) [ªe
bJ
d
E M(2, 2) com (a, b, e. d) E IR 4
Solução
Consideremos a igualdade
(a+ b) u + (a - bl v =O ( 3)
l
a + b= O
a - b= O
sistema que admite somente a solução a= b = O. Logo, pela igualdade (2). u + v e u - v são LI
64 Ãlgebra linear
seja LI.
Solução
a+ b + kc = O
b+ e =O
-a -e= O
Para que esse sistema admita apenas a solução trivial, deve-se ter k * 2 (a cargo do leitor).
Logo, o conjunto será LI se k * 2.
De fato
Como v * O, a igualdade
av= O
só se verifica se a = O.
t:spaços vetoriais 65
Observação
De fato:
De fato:
Oe fato, se A 1 fosse LD. pela propriedade anterior o conjunto A seria também LD, o
que contradiz a hipótese.
66 Álgebra linear
Observação
Se todos os subconjw1tos próprios de um conjunto fmito de vetores são LI. o fato não
significa que o conjunto seja LI. De fato, se considerarmos no IR 2 os vetores e1 = ( 1, O),
ei "'(O, 1) e v: ( 4, 5), verificaremos que cada um dos subconjuntos { e 1 , e2 }. { e 1 , v}.
{ e 2 • v} . { e 1 } , { e 2 } e { v} é LI, enquanto o conjunto { e 1 , e2 , v; é LD.
De fato:
Como 8 é LD, existem escalares a 1 , ... , a0 , b, nem todos nulos, tais que:
a1v 1 + ... +anv 0 +bw=O.
o que implica
ªnv
--
b n
() B é LI;
ll) B gera V.
Espaços vetoriais 67
Exemplos
De fato
a - b == o
/ a = o
e daí
a==h=ü
Realmente. a igualdade
(x, y) == a( 1. 1) + b(-1. O)
implica
a - h= X
1a = y
donde
a=y e b"'y-x
Os vetores da base B estão representados na Figura 2.8.l. Em 2.7.2 já havíamos visto que
dois vetores não-colineares são LI. Sendo eles do IR.2, irão gerar o próprio IR.2. Na verdade.
quaisquer dois vetores não-colineares do IR 2 formam uma base desse espaço.
68 .4lgebra linear
1 (1.1)
l-1 , O) o
f'ígura 2.8. 1
De fato:
(x,y)=x(l,O)+y(O, 1)
3} Consideremos os vetores e 1 = (l, O, O, ... , O), e 2 "'"(O, l, O, ... , O), ... , ~ = (O, O, O, ... , 1).
~o exemplo 3 de 2.7.i deixamos claro que o conjunto B = { e 1 , e2 , .•. , en} é Ll em IRn.
Tendo em vista que todo vetor v = (x 1 , x 2 , .•• , x0 ) E IRº pode ser escrito como combi-
nação linear de e 1 , e 2 , ... , e 0 , isto é:
conclui-se que B gera o JRº. Portanto, B é uma base de IRº. Essa base é conhecida
como base canônica do .IRº.
Conseqüentemente:
{ (1, O, O, O), (O, l, O, O), (O, O, 1, O), (O, O, O. 1)} é a base canônica de IR4 ;
4) B =
De fato :
1 o o 1 o o o o o o
a +b +e +d =
o o o o o o o o
ou:
a b o o
=
e d o o
e daí :
a= b =e = d= O.
Portanto, B é LI.
a b
E M(2. 2)
e d
a b o o o o o o
=a +b +e +d
e d o o o o o o
De fato.
implica a0 "' a1 .::. a2 .::. ... = ªn = O pela condição de identidade de polinômios. Portanto, B é LI.
Por outro lado. B gera o espaço vetorial Pn· pois qualquer polinômio p E Pn pode ser
escrito assim
6) B"' { (1. 2), {2. 4)} não é base de IR 2 • pois B é LD (exercício a cargo do leitor).
7) B"' { (l. O), (O, 1), (3, 4); não é base de IRi, pois 8 é LD (exercício a cargo do leitor).
8) B"' { (2, -1)} não é base de IR.2. 8 é LI, mas não gera todo IR.2, isto é, [(2, -1)) *" IR 2
Observação
2.8.2 Teorema
Se B = {v1 , v2 , ••• , vn } for Úma base de um espaço vetoríal V, então todo cor,/umo
com mais de n vetores será linearmente dependente.
De fato:
Seja B'= {w1,w2 , ... ,wm} wn oonjunto qualquer de m vetores de V, com m>n.
Pretende-se mostrar que B' é LD. Para tanto, basta mostrar que existem escalares x 1 , x2 , .•• , x0
não todos nulos tais que
(1)
Como B é uma base de V, cada vetor wi pertencente a B' é uma combinação linear dos
vetores de B, isto é, existem números o:i, /Ji, .. ., 6 í tais que:
(2)
Tendo em vísta que v 1 , v2 , .•. , vn são LI, os coeflcíentes dessa combinação linear são
nulos:
Esse sistema linear homogêneo possui m variáveís Xi, x2 , ... , xm e n equações. Como
*
m > n, existem soluções nâo-trívfais, isto é, existe "i O. Logo, B' = { W1, W2, ... , wm} é LD
2.8.3 Corolário
De fato:
Como A é base e B é LI, pelo teorema anterior, n ~ m. Por outro lado, como B é base
e A ~ LI. tem-se 11 ,i;;; m. Portanto, n = m.
Exemplos
1) A base canôníca do IR3 tem três vetores. Logo, qualquer outra base do IR3 terá também
três vetores.
2) A base canônica de M(2, 2) tem quatro vetores. Portanto, toda base de M(2, 2) terá
quatro vetores.
Se V possui uma base com n vetores, então V tem dimensão n e anota-se dim V= n.
Se V tem uma base com infinitos vetores, então a dimensão de V é infinita e anota-se
dim V= 00 •
Exemplos
2) dím IRn = n.
3) dím M (2, 2) = 4.
4) dim M(m, n) = m x n.
6) tlim {O} = O.
Observações
3
A dimensão de qualquer subespaço S do R só poderá ser O, 1, 2 ou 3. Portanto,
temos os seguintes casos:
2) Seja V um espaço vetorial de dimensão r.. Então. qualquer subconjunto de V com mais
de n vetores é LD.
Exemplo
De fato, como dim ffi. 2 = 2 e os dois vetores dados são LI (pois nenhum vetor é múltiplo
escalar do outro), eles formam uma base do IR 2 .
2.8.5 Teorema
Qualquer conjunto de vetores LI em V é parte de uma base, isto é, pode ser completado
até formar uma base de V.
Exemplo
Solução
Como dim IR4 = 4, uma base terá quatro vetores LI. Portanto, faltam dois. Escolhemos um
vetor v3 E IR4 tal que v3 não seja uma combinação linear de v1 e v2 , isto é, v3 #: a 1 v1_ + a 2 v2
para todo a 1 , a 2 E IR. Dentre os infinítos vetores existentes, um deles é o vetor v3 = ( 1, 1, O, O),
e o conjwlto { v1 , v 2 , v3 } é LI (se v3 fosse combíoação linear de v1 e v2 esse conjunto seria
LD de acordo com o Teorema 2.7.2).
Para completar, escolhemos um vetor v4 que não seja uma combinação linear de v 1 , v2 e
v3 Um deles é o vetor v4 = ( L O. O, O). e o conjunto { v 1 , v 2 • v,. v4 } é LI. Logo,
2.8.6 Teorema
De fato•
(1)
Supondo que o vetor v pudesse ser expresso como outra combínação linear dos vetores
da base. ter-se-ia:
(2)
76 Álgebra linear
isto é;
Os números a1 , a2 , ... , ª" são, pois, unívocamente determinados pelo vetor v e pela base
{v1,v2,.,.,vn}·
Exemplo
(8,6)=8(1,0) +6(0,1)
ObservaçSo
Uma fonna prática para determinar a dimensão de um espaço vetorial é verificar o número
de variáveis livres de seu vetor genérico. Esse número é a dimensão do espaço.
2(1, 3)
6(0, 1)
I 1
3
I ' t'
' •
'' t
Exemplo
Solução
z=-2x-y
(x,y,-2x-y)
ou:
ou:
isto é, todo vetor de S é combinação linear dos vetores (l,O, -2) e (O, 1,-1). Como esses dois
vetores geradores de S são LI, o conjunto { (I, 0,-2), (O, l, -1)} é wna base de S e, conse-
qüentemente, dim S =2.
Por outro lado, tendo em vista que a cada variável livre corresponde um vetor da base na
igualdade (1 ), conclui-se que o número de vaTidveis livres é a dimensão do espaço.
Na prática podemos adotar uma maior simplificação para determinar uma base de um
espaço. Para esse mesmo espaço vetorial S, onde z = -2x -y, temos:
e o conjunto
{(1, l,-3),(-1,2,0)}
é outra base de S. Na verdade, esse espaço S tem infinitas bases. porém todas elas com dois
vetores.
Solução
Com efeito,
equivale ao sistema
2a 1 + a2 =O
Logo, B é LI.
P.ara mostrar que B gera o IR.3, deve-se mostrar que qualquer vetor v = (x, y, z.) E .IR3
pode ser expresso como uma combinação linear dos vetores de B:
ou;
sistema esse que admite solução para quaisquer valores de x, y, z, ou seja, todo vetor v = (x, y, z)
é combinação linear dos vetores de B. Resolvendo o sistema encontramos:
a 1 = x, a2 = -2x + y, a 3 = x - 2y + z
Espaços vetoriais 81
isto é:
Solução
•JU:
2a 1 + a2 == 4
Portanto
5
v =(5, -6,-1)
8
e v
8
= -6
-1
82 Álgebra linear
(x,y,z)=x(l,2,3)+(-2x+y)(O, 1.2)+(.x-2y+z)(O,O, 1)
teríamos imediatamente:
x=5
- 2X T y = - 2 ( 5) + 4 .= - 6
X - 2y + Z = 5 - 2( 4) + 2 = - J
V = 2 (1, 2. 3) - 3 ( 0, l, 2) + 4 ( 0, 0, j) :: ( 2, l. 4)
tem-se:
V= \1
A
pois:
S 1 = { (a, b, e, d)ia + b + e= O} .:
Determinar:
e&paços vetorklis 83
Solução
a) A condição:
a+b+c=O
é equivalente a:
a= -b - e
( 1) b = 1, e = O. d = O
(2) b = O, e = 1, d = O
(3) b = O. e= O, d= 1
(1) b= I, d=O e
(2) b = º· d= 1
v 1 =(2. l, O. O) e v2 =(O. O, 3, 1)
Determinar:
Solução
ou:
ou, ainda:
Logo, o conjunto:
{ t2 - 2t + l, t + 2, t 2 }
é uma base de P2 .
X+ 2y - 42 + 3t = Ü
X + 2y - 2z + 2t "' Ü
2x + 4y - 2z + 3t = O
Solução
O conjunto-solução do sistema é:
Tendo em vista serem duas as variáveis livres (y e z), conclui-se que dim S = 2. Logo,
qualquer subconjunto de S com dois vetores LI forma uma base de S. Façamos
(1) y = 11 z = o
l2)y=O, z =I
v1 = (-2 , 1, O, O) e v 2 =(-2, O, 1, 2)
V = P 3 = { at 3 + bt 2 + ct + d/a, b, e, d E IR }
e seja B={v 1 ,v2 ,v3 ,v4; uma base de P 3 . Fixadaumabase,paracadavetor vEP3 , existe
wna só quádrupla (a 1 , a 2 , a 3 • a4) E 1R4 tal que:
corresponde a
b) PaTa k E IR.
corresponde a
Espaços vetoriais 87
Assim, quando os vetores de P3 são representados como combinação linear dos vetores da
base B == { v 1 , v 2 , v3 , V4 ~ , a adição de vetores e a multiplicação por escalar se "comportam"
exatamente da mesma forma como se fossem quádruplas do IR4 .
( V -t W) = V t W
B B B
P2 é isomorfo a IR:'
M(2. ll éisomorfoa IR 2
7) o a
A= E M (2, 2)/a, b E IR com as operações usuais
b o
Nos problemas 8 a 13 são apresentados subconjuntos de IR:. Verificar quais deles são
subespaços vetoriais do IR1 relativamente às operações de adição e multiplicação por escalar
usuais.
9) S= {(x,x2 ); x E ffi.}
l 3) S = {(x, y)/x;;;,, O}
15) S= {(x,y,z)/z=2x-y}
24) S = { ( x, y, z)/x + y + z = O;
"">-)
<.:, S= {(4t, 2t,-t);tE IR}
a b
a) S = c=a+b e d=O
e d
a b
b) s= a, b, e E IR (matrizes triangulares superiores)
O e
e) S = [: :l a b, e E IR ( matrizes simétdcu)
a a+ b
d) S = ; a, b E IR
a- b b
90 Álgebra linear
a
e) S = a, b E IR
a b
a b
f) S= ad - bc *O ( conjunto de matrizes inversíveis)
e d
e) Determinar uma condição entre a. b e e para que o vetor (a, b. e) seja uma comhi-
nação linear de u e v.
l o -1 2 o -1
• V2 =
o 2
f."spaços ~etoriais 91
Escrever o vetor
1 8
v=
O 5
b) vi =(I, 3) e v2 =(2, 5)
31) Sejam os vetores v 1 -(-1,2, 1), v2 -(l,0,2) e v3 -(·2,•l,O). Expressar cada um dos
vetores u == (-8, 4, I), v = (O, 2. 3) e w = (0. O, O) como combinação linear de vi. v2 e v 3
S = { (x, y, z, t) E IR 4 ix + 2y - z = O e t = O 1
Pergunta-se•
a) (-1, 2, 3, 0) E S?
b) (3, 1,4,0) E S?
e) ( ~ L 1, 1, l) E S''
a- b 2a
S- a, h E IR
a+ h -b
92 Ãlgebra linear
Pergunta-se:
5 6
a) E S?
1 2
-4 k
2 -3
pertença a S?
Determinar:
a) O subespaço G(A).
37) Sejam os vetores v1 =(1,1,1), v2 =(1,2,0) e v 3 =(1,3,-1). Se (3,-1,k)E [v1 ,v2 ,v3 ],
qual o valor de k?
Espaços vetoriais 93
2
a) Pi = 2x + 2, P2 = - x 2 + x + 3 e p3 = x + 2x
e) P1 = l, Pz =x, p3 = x2
42) Seja o espaço vetoríaJ M (2 , 2). Determínar seus subespaços gerados pelos vetores
-1 2 2 1
a) Vt = e V2 =
o -1 -1
-1 o -1 .O
b) Yt =
o 1 o o l o
43) Determinar o subespaço de P. 3 (espaço dos polinômios de grau ~ 3) gerado pelos vetores
p 1 = x 3 + 2x 2 - x + 3 e p 2 = -2x 3 - x 2 + 3x + 2.
45) Verificar se o vetor v = (-1 , -3 , 2, O) pertence ao subespaço do 1R4 gerado pelos vetores
v1 =( 2,-1 , 3, 0) , v2 =( 1,0, 1, 0) e v 3 = (O, 1, -1,0) .
a) { (1, 3) }
94 Álgebra linear
b) {(I,3),(2,6)}
d) {(l,0),(-1. 1),(3,5)}
a) { (2, - 1, 3)}
48) Quais dos seguintes oonjuntos de vetores pertencentes ao P., são LD'I
a) 2 + x - x 2 , -4 - x + 4x 2 , x + 2x 2
e) 1 + 3x + x 2 , 2 -x -x 2 • 1 + 2x -3x 2 • -2 + x + 3x 2
d) x2 - x + l, x 2 + 2x
-1 2 2 o s
A= B=[ O -l ] C=[-1 e
3 -2 4 -2 O -l o 3
{ (-1, O, 2 ). (l , 1 , I ), (k, - 2, O) }
[:
o 2 -1
o . o k o
seja LO.
55) Sendo v1 =(1, 2) E IR.2, determinar v2 E IR.2 tal que { v1 , v2 } seja base de IR.2 .
56) Verificar quais dos seguintes conjuntos de veto res formam base do IR 2 :
59) Quais dos seguíntes conjuntos de vetores formam uma oase do IR3 '!
a) (1, 1,-1),(2,-1,0),(3,2,0)
a) 2t2 + t -4, t2 - 3t + 1
b) 1, t, t 2
e) 2, l - x, l + x 2
d) l + x + x 2 , x + x2 , x2
2 3 l -1 -3 -2 3 -7
-1 o o -2 1 -1 -2 5
é base do IR.4 •
Etp11ços vetorlilü 97
63) O conjunto
A= { t 3 , 2t 2 - t + 3, t 3 - 3t2 + 4t - 1 }
é base de P 3 ? Justificar.
64) Mostrar que os vetores v1 = (1, l, 1), v2 = (1, 2, 3), v3 = (3, O, 2) e v4 = (2, -1, l) geram
o IR.3 e encontrar uma base dentre os vetores v 1 , v2, V3 e V4.
66) Determinar uma base do subespaço do IR.4 gerado pelos vetores v 1 = (1, -1, O, O),
v2 =(-2, 2, 2, 1), v 3 =(-1, 1, 2, 1) e v4 =(O, 0,4, 2).
3
a) Mostrar que B nfo é base do IR. •
72) Determinar a dimensão e uma base para cada um dos seguintes espaços vetoriais:
b) { (x, y, z) E IR.3 /y = 5x e z = O}
f) { (x, y, z) E IR 3 /z =O;
73) Determinar a dimensão e uma base para cada um dos seguintes subespaços vetoriais de
M(2, 2):
a b
a) b=a+c e d=c
e d
a b
b)
e d
a b
e) ; e= a - 3b e d= O
e d
Espaços vetoriais 9!1
d)
a
e
:J , + d• b + e
a b
S= /c "'a+b e d=a
e d
a) Qual a d.imensa-o de S?
b) O conjunto
~I 2
o l 3 4
X + 2y - 2z - t =Q
a) 2x + 4y + z + t = O
X + 2y + 3z + 2 t = 0
X + 2y ~ Z + 3t : Ü
b) 2x - y + z- t =O
4x + 3y - z + St = O
x-2Y- z =O
e) 2x + y + 3z = O
X+ 3y + 42 = Ü
100 Álgebra line(IJ'
2x + 2y- 3z = O
d) x- y- z=O
3x + 2y + z = O
x+ y.2z+ t=O
2x + 2y - 42. + 2t = O
8. S é subespaço
9. S não é subespaço
LO. Ê
1 L. É
12. Não é
13. Não é
14. É
15. É
16. Não é
Espaço, vetoriais 101
17. Não é
18. É
19. É
20. Não é
21. Não é
22. É
23. Não é
24. É
25. É
27. a) w =3u - v
b) k = 12
e) L6a + IOb - e= O
b) impossível
e) a+ 2b - e= O
d) não é possível
30. a) O= -2v 1 + v2
b) O=Ov1 +Ov 2
31. u = 3v 1 - v2 + 2v 3
v=v 1 +v2
34. a) sim b) k = -2
d) JR3
f) JR3
b)k=-13
37. k= 7
b) { ax 2 + bx/a, b E IR}
e) P2
40. (x,y)=(x-y)(2,l)+(-x+2y)(l,1)
42. a b
a) b = -2a ~ 5d e e= -a - d
e d
Espaços vetoriais 103
a b
b) a+b-c+d=O
e d
45. Pertence.
46. a) LI b) LD e) LI d) LD
47. a) LI J) LI e) LD d) LD
e) LD t) LI g) LO
48. a. e
49. b, d
50. LI
5 l. k *-3
52. k=3
56. ª· d
57. k*±2
59. a), e)
69. a) v8 =(-2, 1, 4)
b) v8 =(-3, li, 6)
e) v8 = (O, O, 1)
x-z x+z
(x,y,z)=--vi +
2 2 v2 +(x- y+z)v3
b) dim: 1 e) dim: 2
e) dim: 1 f) dim: 2
As bases ficarão a cargo do leitor.
Espaços vetoriais 105
74. a) 2
b) Não, porque
2 1
3 4
75. a) dim: 2
uma base: { (1, O, 3, -5), (O, 1, 6, -10)}
b) dim: 2
uma base: { (O, -2, -1, 1), (1, -3, -5, O)}
e) dim: 1
uma base: { (1, l, -1)}
d) dim: zero
nfo existe base
e) dim: 3
uma base: { {-1, O, O, 1), (-1, 1, O, O), (2, O, 1, O)}
CAPÍTULO
ESPACOS
•
VETORIAIS
EUCLIDIANOS
No Capítulo l, foi definido o produto escalar ou produto interno usual de doís vetores
no IR 2 e no IR 3 e foram estabelecidas. por meio desse produto, algumas propriedades geomé-
tricas daqueles vetores. Agora pretende-se generalízar o conceíto de produto ínterno e, a partir
dessa generalização, definir as noções de comprimento, distàncía e ângulo em espaços vetoríaís
maís genéricos.
Chama-se produto interno no espa~o vetoríal V uma função de V x V em IR que a
todo par de vetores ( u, v) E V x V associa um número reaL indicado por u . v ou < u, v >.
tal que os seguintes axiomas sejam verificados
P 1 )u.v=v.u
P2 ) u. (v + w) = u. v + u. w
Observações
0 O.u=u.O=O, Vu E V
II) (u + v). w = u . w + v. w
Exemplos
De fato :
Observação
u. v=x1X2 +Y1Y2
donde se depreende ser possível a existência de mais de um produto interno num mesmo espaço
vetorial.
2) Se u=(x 1,Y1,Z1) e v=(x2 ,Y2,z2 ) são vetores quaisquer do IR", onúmeroreal
com u=(x 1 ,x2 , .•. ,xn) e v= (y 1,y2, ... ,yn), define o produto interno usual no IR".
então:
Observemos que
não define, sobre V, um produto interno. Nesse caso, falha o axioma P4, pois existem
polinômios p E V tais que p. p = O, sem que p = O. Por exemplo, p = Ox 2 + Ox + 3.
Espaços l'ttoriais euclidiano1 109
Se f e g pertencem a V,
f. g =/ 'r(x) g(x) dx
define sobre V um produto interno. (A verificação dos quatro axiomas fica a cargo do
leitor.)
5) O número
enquanto:
e, portanto:
a) u= (-3, 4) e v= (S,-2)
J
b) u= (6, - I) e v=(~,. . - 4)
e) u = (2, 3) e v = (O, O)
li O A/gebra linear
Solução
a) u.v=-3(5)+4(-2)=-15-8=-23
b) U . V= 6 ( ~)- ] ( -4) = 3 + 4 = 7
e) u.v=2(0)+3(0)=0+0=0
So/uçaõ
Sendo v1 = (1. 2, -3), v2 = (3, -!. -1) e v3 = (2, -2, 0) de IR.3 , determinar o
vetor u tal que u . v 1 = 4, u . v2 = 6 e u . v3 = 2.
Solução
Seja u = (x, y, z)
Então:
X ~ 2y - 3z = 4
3x - y - z= 6
2x - 2y =2
cuja solução é x = 3. y = 2 e z = l.
Logo, o vetor procurado é u = (3, 2, 1).
f .• ·11
f(t) g( t) dt
Soluçaô
[ , t'dt.
1·., dt.
Um espaço vetorial real, de dimensão finita, no qual está definido um produto interno. é
wn espaço vetorial euclidiano. Neste capítulo serão considerados somente espaços vetoriais
euclidianos.
JJ2 Ã lgebra linear
lvl=vfv:v
(3.3)
d(u,v)=lu-vl
ou:
(3.3.l)
Observações
V
u=-
1 V 1
Espaços vetoriais euclidianos 113
Observemos que:
2
V V V. V J V 1
-·-=-=-= 1
lvl !vi lv[ 2 Jvl 2
V ; • , .
e, portanto, - e umtano.
1V 1
Exemplo
e:
Assim, fica claro que os dois vetores .:!.... acima. obtidos a partir de v, são unitários, cada um
1 v! ..
em relação ao respectivo produto interno.
De fato :
Ili) 1u . v 1 ~ 1u 11 v J, Vu, v E V
Se u == O o u v = O, vale a igualdade J u . v 1 -= 1u 1 1 v f = O.
Se nem u nem v são n ulos , para qualque r a E IR vale a de s.igualdade :
pelo a xioma P4 .
ou
Obtivemos assim um lrinõmio d o 2° grau em a (po is . v JJ -:;t- 0). que deve ser positivo
para qualquer valor de o: . Co m o o coeficie n te de o: 2 é sempre posit ivo , o discriminante desse
trinômio deve ser negativo ou nulo:
2
( 2U . V) - 4 1V 12 1U J
2
,;; Ü
4 ( U. v)2 - 4 1 U J2 J V 1
2
~ Ü
( U . V)" ~ / U / l J V J2
l u . v J,(, Ju JJ v ,
t:spaçus vetoriais eu elidianos 115
De fato•
f U + V 1 == V U. U + .2(U. V) +·v-:-v
lu+v! 2 = lul 2 +~(u.v)+ivl'
mas·
logo•
1 U +V I z ~( 1 U ; + 1V l)
2
ou. ainda•
lu+vl~lul+lv
~--- 1 \1 1
__ __.. 1/
Figura 3. 3. 2
116 .4/gebra linear
A desigualdade de Schwarz
ju. V1
J U lJV " l J
ou:
u .v 1~ 1
JU J J V 11
o que implica:
u.v
-l " ~ 1
J U li V J
u.v
] U / J V 1
U. V
cos 8 =
Ju I J·v 1
Observe mos q ue essa fórm ula coincide com a (l. 7. 1) para o cálculo do ângulo de dois
vetores no IR.2 (ou com a fórmula VI do item 1.9 do IR.3 ), conside rando o produto interno
usual.
Espaços vetoriais euclidianos l J7
Solução
[ V [ "' J6 2
+ (-3) 2 + C2 = 7
36 + 9 + c 2 = 49
c2 = 4
e =±1
a)u-=(2,I,-5) e v-=(5,0,2)
b) u = (1, - 1, 2, 3) e v = (2. O, 1, -2)
Solução
Daí:
COS 0= U .V = Ü =Ü 6 = !_
lullvl ~ y29 2
Daí:
-2
cos 8 = fie
vI5 x3
8 = are cos ( - '
-
3v'TI'
)
Solução
1u + v 1 = v' (u + v) . (u + v)
ou:
1u + v· 12 = 1li 12 + 2u . v + 1v f 1
e:
(4 y'5 ) 2 = 3 2 + 2U . V + 72
80 : 9 + 2u . V + 49
2u. V= 80 - 58
2U. V= 22
u . v=J J
logo :
U . V
=
ll 11
cos 8 = =-
1U 11V 1 3 X 7 21
lvl = 4, v . u = IO e u=(J,-2)
Espaços vetoriais euclidil1nos 119
Solução
1v 1 =-J 3x 2
+ y2 = 4 :. 3x 2 + y 2 -= 16
e:
V • U = 3X - 2y = } Ü
Resolvendo o sistema
3x 2 + y 2 = 16
j
. 3x - 2y = 10
obteremos:
6 e 26
X= 2 e y = -2 OU X=- y= - -
7 7
Jogo:
626
v=(2.-2) ou v.::(
7 7 )
,-
Exemplo
Observações
O.v=-0
De fato:
O. v = (Ov). v = O(v. v) = O
3) Se u 1 l v e u2 1 v, então (u 1 + u 2 ) l .,
Exemplo
No IR3 , o conjunto
(l, 2,-3).(3.0, I) =O
(l,2.-3) 0.-5.-3)"'0·
3.6.1 Teorema
De fato:
Consideremos a igualdade
a1 v 1 + a2 v2 + ... + ªn vn = O
nu:
. .
Diz-se que urna base ·. v 1 ..... vn _: de V é ortogonal se os seus vetores são dois a dois
ortogonais.
Assim, levando em conta o teorema anterior, se dim V=- n, qualquer conjunto de n vetores
não-nulos e dois a dois ortogonais. constitui uma base ortogonal. Por exemplo, o conjunto apre-
sentado no exemplo anterior
O para i *j
l para i =- j
Exemplos
1) B"' { (1, 0), (O, I)} é uma base ortonormal do R 2 (é a base canônica);
_ v'31 Iy3
2) B - { (-- , ), (- . )} é também base ortononnal do R 1 (verificar!);
2 2 2 2
3
3} B = { (l, O, O), (O, l, O), (O, O, l)} é uma base ortonormal do ~ (é a base canônica);
1 l l
4) B = { u 1 , u2 , u3 } • sendo u 1 = ( v'3 , v3 , v'3 ).
e:
Observação
Já vimos que se v é um vetor não-nulo, o vetor ~ é unitário. Diz-se, nesse caso, que v
J V 1
V
está normalizado. O processo que transforma v em M chama-se normalização de v.
Assim, uma base ortonormal sempre pode ser obtida rie uma hase ortogonal normalizando
cada vetor.
Por exemplo, a base B = {v1 , v2 , v 3 }, sendo v1 :::. (1, l, l), v2 = (-2, l, 1) e v3 = (O, -1, 1).
é ortogonal em relação ao produto interno usual. Normalizando cada vetor, obtemos:
isto é:
Considere-se o vetor :
. (V 3 - a2 W 2 - a 1 W 1 ) . W1 =Ü
1. (v3 - a2 W2 - a1 W1) . W2 =O
··.~
=O
!
V3 . W1 - a1(W 1 . wi)
V3 . W1 - a2lW2 . W2) =Ü
e:
isto é :
Pode-se concluir o teorema por indução, admitindo que, por esse processo, tenham sido
obtidos ( n - 1) vetores w1 , w2 , •••• w n _
1 e considerar o vetor:
sendo a 1 • a2 ..... a n- l tais que o referido vetor wn seja ortogonal aos vetores w 1, w2 , .... w n- l .
Assim. a partir de B = { v., v1 , ... , vn}, obtivemos a base ortogonal { w 1 , w2 , ... , Wn}.
O processo que permite a determinação de uma base ortogonal a partir de uma ·base
qualquer chama-se processo de ortogonalízação de Gram-Schmidt.
W·1
Para se obter uma base ortonormal, basta normalizar cada wi. Fazendo l1j = - -,
1wi 1
obtemos a base
Observação
W1 Wt l
= V =v . - - = v . - - x
n n I w 1 11 n I W1 1
Vn , W2 W2 Wz W2
32 = :: V • =V · -- = V · -- X
W2 . w, n W2 . W2 n I W21 2 n I W21
126 Álgebra linear
Exemplo
Solução
W1 :::: Yt = (1, }, })
Erpaços vetori4is euclidianos 127
1 1 1 2
v, . Ut = (O, 1, 1). ( y'1 , vJ , y'1 ) = v)
2 1 1 l
w,: = (0, 1, 1)- .,/3 ( .,/3, .,/3, .,/3)
2
w, = (O, l, 1)-( ,2 ,2 )
3 3 3
128 Âlgebro littear
e:
ou:
logo :
8·1 = (3.6.4)
Exemplo
B= { (2, 1), (- l , 2) )
W. V1 ( 4, 7) . ( 2, l) 8+7 15
31 =
V1 . V1
= (2, =--=-= 3
1) . ( 2, 1) 4 + 1 5
logo
ou:
W5=(3,2)
Observação
pois ví . vi = l
Assim,
Exemplo
basta fazer:
logo:
B = {(l,0),(0,1)},
e, portanto:
VB = (S. 2)
isto é:
(5,2)= 5(1,0)+2(0, l)
..
3. 7 CONJUNTOS ORTOGONAIS
Exemplo
Os conjuntos
3. 7.1 Teorema
De fato:
e:
Portanto:
U. V: Ü
logo:
U1 V OU U 1 S
A recíproca desse teorema não é verdadeira
132 Álgebra linear
S 1 = {vE V/vl S}
1) S1 é subespaço de V
De fato:
Y1 1 U e V2 1 U
isto é:
v1 . u =O e v2 . u =O
Então:
V1 . U + Vz . U =0
V =SG) si
isto é:
v= O
S n Sl = {O}
Por outro lado, oomo S é um subespaço vetorial de V, S pode ser oonsíderado um espa90
vetorial euclidiano tal como V. Nessas condições, sejam B = { e 1 , e2 , ... , ep } uma base orto-
normal de S e v um ~tor qualquer de V.
Tendo em vista que v . e 1 , v . e2 , ••• , v . ep são números reais, o vetor
pertence a S, e o vetor
é ortogonal a S, isto é, pertence a s1, por ser ortogonal a todos os vetores da base B = { e 1 , e,, ... , ep }:
v,;i • e, = v. e 1 - v. e1
V,: . ei =0
Do mesmo modo:
l 34 Álgebra /inu,
Logo :
V= SG) S 1
Exemplos
Então :
2.
Então:
S 1 = { (x, x)/ x E IR ;
Solução
( 2, m, -3) . ( m - 1, 2, 4) = O
2(m- l)+m(2)-3(4)=0
2m -2 + 2m - 12 = O
4m= 14
7
m=-
2
Solução
w. u =o (x,y,z).(1,2,1) =O
ou
W. V= Ü (x, y, z) . (I, 1, l) = O
2x + 6y + z= O
2x + 3y + z = O
y =O e z = -2x
Solução
(x,y,z).(1,-2, l)= O
X - 2y + 2 =Ü
X= 2y - Z
(2y - z, y, z). y, z E IR
V2 = (-1, O, I)
V3.V1=0
1 V3 . Vz = Q
ou:
(a, b, e) . (-1, O, 1) = O
ou, ainda:
a - 2b + e =O
1-a +e= O
( e, c, c), e E IR
V3 = (J, 1, l)
logo:
B = { (1, -2, 1), (-1, O, 1), (1, 1, 1)} é uma base ortogonal do R 3 com a presença do
vetor vi = (1, -2, 1).
Para se obter, a partir de B, uma base ortononnaJ, basta normalizar cada vetor de B.
Assim:
Uz = ~=(-J,O,J)=(--J 0-1)
1 V2 I vT+l v'2. , v'2
e:
12) O conjunto B = { (J, • l), (2, b)} é uma base ortogonal do R 2 em relação ao produto
interno:
Solução
(1,-1).(2,b)= O
2(1)(2)-1 (b)= O
b= 4
Portanto.
B= {(l,-1),(2,4)}
é ortogonal.
(2,4) _ (2,4)_ 1 2.
v2(2)1 +42 -2..;l>-\!i>'y7;>
e:
l l l 2 ,
8'= { (../3, - v'3 ), ( y'6, y'6);
13) Em relação ao produto interno usual, determinar uma base ortonormal do seguinte
subespaço vetorial do R 3 :
S = { (x, y, z) E IR.3 ix + y - z} = O
Solução
Observemos que dim S = 2 e, portanto, uma base de S tem dois vetores. Isolando x na
igualdade: x + y + z = O.
vem:
X ::: -y + l
Se fizermos :
(I) y=O e z= 1
(2) y =1 e z= O
obteremos os vetores v1 =(1, O, 1) e v2 =(-l, 1, O), sendo B = { vi, v2 } uma base de S, pois
v 1 e v2 são LI. Procuremos uma base B' = {ui, u2 } que seja ortonormal.
l 1 l
b) w. = v2 -(v 2 . ui>u1 = (-1 1,0)-(- - - ) ( - O - )
• . v2 ../2' './2
1 l L l
w. = (-l l 0)(-- O--)= (-- l - )
• '' 2' ' 2 2' '2
logo:
8 , -- { ( ../2
1 , o, v2
l ), (- v6
l , v6
2 , v6
l )} é uma b ase ortonorma I d e s.
Solução
Um vetor v = (x, y, z, t) E S 1 se :
.
!
x + y - t =O
x - 2y + z =O
cuja solução é:
t = X +y e Z= -X + 2y.
Logo:
Uma base de S 1 é :
B = { ( 1, O, - 1, l ). (O, 1, 2, 1) !
1 3 5 4
=( v'5i ' .Js1 . .Js1 , v'Si l
142 Álgebra linear
Logo :
B' = { U1, u, }
é uma base ortonormal de S 1 .
1) Sejam u = (x 1 , yi) e v = '(x 2 , y 2 ) . Mostrar que cada operação a seguir define um produto
interno no R2 :
2) Cale uJar o produto interno dos vetores u = ( 1, 1) e v = (-3. 2) segundo cada produto
do exercício anterior.
Verificar quais das seguintes funções são produtos internos sobre o R 3 . (Para aquelas
que não são produtos internos, citar os axiomas que n:ro se verificam.)
y 2 + 3x22
e) u • v = 2x 211
2 2
y + z2z
12
a) Pt · P:t
d) P2
P21
1
6) Se
u= e v=
são matrizes quaisquer de M (2, 2), a seguinte fórmula define um produto interno nesse
espaço:
144 Âlgelmz linear
Dados os vetores
1 2 o 2
u= e v=
-1 J l l
determinar:
a) 1U +Vj
b) o ângulo entre U e V.
2
b) u-= -x + x -3 e v = 3x2 - x + 1 e o produto interno do problema S.
9) Seja a função
2
a) u 1 v implica I u + v 12 = 1 u 1 + 1 v 12
b) ( u + v) 1 ( u - v) implica I u 1 = l v 1
13) Seja V= IR.3 com o produto interno usual. Determinar um vetor u E R 3 ortogonal
aos vetores v 1 = (1. l. 2). v7 = (5, l. 3) e v 3 = {2. -2, -3).
14) Determinar os vetores (a, b, e) para que o conjunto 8 = {(1, -3, 2), (2, 2, 2), (a. b. e) j
seja uma base ortogonal do R 3 em relação ao produto interno usual. Construir a partir
de B uma base ortonormal.
-2 3 2
e
s X -l
sejam ortogonais.
146 Álgebra linear
16) Seja P 1 o espaço vetorial dos polinômios de grau.,;,; l. Definimos o produto interno entre
dois vetores p e q de P 1 como segue:
p . q = 2ac + ad + bc + 2bd,
~ndo 1 p(t)= at+b
q(t)= ct+d
4
18) Sendo V= R mwtido do produto interno usual, detemúnar um vetor não-nulo v E R 4
que seja ortogonal a v1 = (l, 1, 1, -1), v2 = (1, 2, O, 1) e v3 = (-4, 1, 5, 2).
2
A= { (1, O), (2, -1)} é base ortonormal do R .
20) O conjunto B = { (2, -1 ), (k, 1)} é uma base ortogonal do R 2 em relação ao produto
interno
a) B= {(3,4),(1,2)}
Espaços vetoriais euclidianos 14 7
e) B= {(l,O, l),(1,0,-1),(0,3,4)}
- l l l l 2
22) O conjunto B = l ( =. "'), (- r,;, ,,, ) } é uma base ortonormal do R com o
v2v2 v2v2
produto interno usual. Determinar o vetor coordenada de v = (2, 4) em relação à base B.
Utilizar o processo apresentado em 3.6.4.
23) Em relação ao produto interno usual, determinar uma base ortonormal dos seguintes subes-
paços vetoriais do R 3 :
24) Determinar, em relação ao produto interno usual. uma base ortonormal para o subespaço do
R4 gerado pelos vetores vi= (1. O. -1. 1). v1 = (O, l, 0.1) e v3 = (1, 1, -1, 2),
a) Ortonormalizar o conjunto A.
26) Seja V= IR 3 munido do produto interno usual e B = {(L 2, -3), (2, -4, 2)}. Determinar:
b) O subespaço S -
148 Âlgel>ra linear
S1 = {(x, y, z) E lR 3 /x - 2y + 3z = O} e
S2 = {t(2, l, -1)/tE R}
2. a) -1 b) 4 e) O 3. a), f), g)
b) É produto interno.
e) É produto interno.
5. a) -18
b) y'14 e vi'
e) .j3
3 4
d)-x--
5 5
e) cos 8 = - 2.,/2
5
Espaços vetoriais euclidianos 149
6. a) ../2l
b) (J = are cos _ !,
v42
29
7. e
12
9 a) 5
e) t (-7, 4)
2
11. a) l7 b) 3 ou -1
2 8 1
12· (9,- 9,-6)
15. X= 4
l
~o k= - -
3
l 50 Álgebra lint?llr
3 4 4 3
2 l. ª) { ( S' S), (-S' S) }
. 1 1 J 1
b) { ( 1, O, O}, (0, ~ , Pi ), (0, - """p, , . ,,,,. ) }
v2 v2 v2 v2
l l 1 1
e) {(v'2,o,. ),(v'2.0,- v'2),(0, 1,0)}
0
22. v8 = (3 y2, y'2)
, ) . 2 1 )'
23. a) 'l (1, O, D , (O, - v'5, ../5 J
l l l l 2
b) { ( y'2 , - y'2, D), (- .,/6, - v6, y6 ) :
Uma delas:
. 1 l l 1 3 1 2.
i. ( '7J ' D, - v'3' 0 ), (-v'TI' v'f5 . v'fs . v'f5 ) J
h) Uma delas:
CAPÍTULO
TRANSFORMAÇÕES
LINEARES
Para dizer que T é uma transformação do espaço vetorial V no espaço vetorial W, escre-
ve-se T : V-+ W. Sendo T uma função , cada vetor v E V tem um s6 vetor imagem w E W.
que será indicado por w = T(v).
Deve ficar bem claro que, para calcular, por exemplo, T (2, 1), tem-se: x = 2 e y = 1.
e daí :
151
152 Álgebra linear
IR'
T
(6, -2, 1)
(-1 , 3) (-3, ~. - 4)
(O, O) (O, O, O)
4. 1. 1 Definição
Observação
Exemplos
De fato :
Então :
•
Transformações lineares 153
T (u + v) = T(u) + T(v)
T(au) =aT{u)
2) T: JR-JR
x f----+ 3x ou T (x) = 3x é linear
De fato :
T (au) = T (axi)
J54 Álgebra linear
T(au) =a(3xi)
T(au) = crT(u)
Observação
Essa transformação linear representa wna reta que passa pela origem (Figura 4.1 . la).
É fácil ver que, se uma transformação representar wna reta que não passa pela origem, ela
não é linear. Por exemplo :
não é linear.
De fato :
Seria bem mais fácil constatar neste exemplo que T não é linear, se conhecêssemos a propriedade :
T: JR 3 - - - R 2 , T (x, y, z) = (3x + 2, 2y - z)
De fato :
.
Se u = (x 1 , y 1 ) e v = (x2 , y2 ) são vetores quaisquer de E.2 , tem-se :
enquanto:
isto é:
T (u + v) #: T(u) + T (v)
3) A transformação identidade
1: V --v
V 1 - ---+ v ou 1(v) = v é linear
De fato :
V w
4) A transformação nula (ou zero)
T:V --w
V 1-----. O ou T(v) = O é linear
De fato :
T:R3 --+R3
V t----+ - v é linear
De fato :
Figura 4.1.lb
Transformações lineares 15 7
T: IR3 - - - + IR3
é linear (verificar!).
z
v= (x,y, z)
T(v) = (x, y, O)
Figura 4.1.lc
é linear ( verificat!).
De fato :
D (at) = aD (f)
158 Ãlgebra linear
por T (u) = t udt (a, b E R), que a cada polinômio u E V associa sua integraJ
De fato :
V Av ou TA(v) = Av
que é linear.
De fato :
l 2 X+ 2y
-2 3 -2x + 3y
o 4 4y
Observações
b) Em 4.4 veremos o inverso, isto é, que uma transformação linear T: R "--+ Rm sempre
pode ser representada por uma matriz m x n.
e) Para que possamos dar uma interpretação geométrica do significado de uma transformação
2 2
linear, consideremos uma transformação linear no plano. Seja o operador linear T : R -- R
definido por :
3 - - - - -
----------------
1
I'1
T (u + v)
/ 1
I
I
Figura 4.1.ld
A Figura 4.1.le mostra que, ao multiplicarmos o vetor u por 2, sua imagem T(u) fica
também multiplicada por 2. E esse fato vale para qualquer a real, isto é, T(av)-= aT(v).
Diz-se, nesse caso, que T preserva a multiplicação por um escalar.
2u
T (2u)
1
1
1
1
1
-2 -1 O 4 8
Fi,ura4.1.le
4.1.2 Propriedade
(1)
para Yvi E V e Y3i E R, i = 1, 2, ... , n, isto é, a imagem de wna combinação linear de vetores
é uma combinação linear das imagens desses vetores, com os mesmos coeficientes.
Suponhamos agora que {v 1 , v2 , •. . , vn } seja uma base do domínio V e que se saiba quais são
as imagens T(v 1 ) , T(v 2 ) , •.. , T(vn) dos vetores desta base :
sempre é possível obter a imagem T(v) de qualquer v E V, pois sendo v uma combinação
linear dos vetores da base, isto é :
Exemplo
Soluçlo
ou :
ª2 + a3 = 5
a 1 + a3 == 3
ª2 =-2
Então :
logo:
Nos exercícios l a 4 sã'o dadas transformações. Verificar quais delas são lineares.
Solução
T (u + v) = T (u) + T(v)
T (a u) = (o x 1 - o y 1, 2a x 1 + <YY1 , O)
T (o u) = o (x 1 - Y,1• 2x 1 + Ya , O)
T(ou) =aT(u)
Logo , T é linear.
2) T: R 2 - - R 2 • T(x,y)=tx+2, y+3)
So lução
Sabe-se que em toda tran sformação linear T : V- ___. W deve-se ter T (O) = O. Co mo
T (O, O) = (2, 3) :i: (O. O), T não é uma transformação linear.
2
3) T : IR. -- R , T (x, y)=ix -1
So lução
Solução
Se u, V E V:
I) H (u +v)="A.(u+v)="A.u+"A.v=H(u)+ H(v)
Solução
I) Para quaisquer A 1 , A2 E V:
T (a Ai)= aT(Ai)
Transformações lineares 165
a) 'r(-v) =-T(v)
b) T (u-v)=T(u)-T(v)
Soluçio
Solução
vem:
X+ 2y + 2z = -
X+ 2y - Z= 8
-x + y + 4z = -11
Logo : u = (1 , 2, - 3)
L66 Álgebra linear
donde :
X+ 2y + 2z = X
X+ 2y - Z = y
-x + y + 4z = z
v = {2z, -z, z)
o u:
v=z(2, -l , 1), Yz E R
Solução
ou :
a - b = X
-a + 2b = y
a = 2x + y e b = x + y
Portanto:
Determinar T ( x, y).
Solução
e, portanto :
Definição
Observemos que N (T) e V e N (T) -:f:: '/J, pois O E N (T), tendo em vista que
T(O) = O.
Exemplos
é o conjunto :
o que implica:
(x + Y, 2x - y) = (O, O)
ou:
x+y=O
2x - y = O
Transformações lineares 169
x=O e y=O
logo :
N (T) = { (O, O) }
ou :
X - y + 4z = 0
1 3x + y + 8z = O
sistema ho mogêneo de solu~o x = -3z e y = z.
Logo:
ou :
ou, ainda :
Observemos que esse conjunto representa uma reta no R3 que passa pela origem e tal
que todos os seus pontos têm por imagem a origem do R 2 (Fig,ura 4.2).
z
y
y o X
Figura 4.2
De fato :
isto é:
isto é :
av 1 E N(T)
Tran1form4Çõe1 lineares 171
2) Umà transformação linear T: V --+ W é injetora se, e somente se, N(T) = {O}.
De fato :
Seja v E N (T), isto é, 'F (v)=O. Por outro lado, sabe-se que T(O)=O. Logo,
T (v) = T (O). Como T é injetora por hipótese, v = O. Portanto, o vetor zero é o único elemento
do núcleo, isto é, N (T) = { O} .
De fato :
4.3 IMAGEM
Definição
*
Observemos que Im(T) e W e lm(T) 1/>, pois O = T (O) E Jm(T). Se lm('D = W,
T diz-se sobrejetora, isto é, para todo w E W existe pelo menos wn v E V tal que T(v) = w.
172 Âlgebra línear
T
V w
Figura 4.3
Exemplos
3
1) Seja T : IR - - + R 3 , T (x, y, z) = (x, y, O) a projeção ortogonal do R 3 sobre o plano
xy. A imagem de T é o próprio plano xy :
Tv - (x,y , z)
1
1
1
>----------~
1 ,,
y
De fato :
e:
T( u) = T(av 1 ) = aT(v1 ) = aw 1
No exemplo 3 da transformação nula, temos <tim Im(T) = O. Portanto, dim N(T) = dim V,
pois N(T) = V.
Solução
De:
(x + 2y - z, y + 2z, x + 3y + z) = (O, O, O)
vem o sistema:
X+ 2y - Z =Ü
y + 2z = O
X + 3y + Z = Ü
Logo:
N(T)= { (Sz, -2z, z)/zE IR. } = {z(S,-2, l)/zE IR. } = [(5,-2, l)]
(x + 2y - z, y + 2z, x + 3y + z) = (a, b, e)
Transformações lineares J 75
e o sistema:
X+ 2y - Z= a
y + 2z = b
X+ 3y + Z = C
Logo:
Notemos que :
Observação
ou:
Logo, qualquer vetor do conjunto imagem é combinação linear dos vetores (1, O, 1), (2, l , 3)
e (-1. 2, 1) e. portanto :
Observando que :
conclui-se que:
isto é, a imagem dessa transformação é o subespaço gerado pelas imagens dos vetores da base
canônica do domínio IR 3 •
De fato:
e:
Portanto:
(4.3.3)
l 1) Seja T: JR 3 - - R 2 a transformação linear tal que T(ei) = (1, 2), T(e 2 ) = (O, I) e
T(e 3 )=(-1 , 3), sendo { e 1 , e2 , e 3 } abasecanônicade R ~
Solução
Lembremos que
Transformações lineares I 77
implíca:
e:
ou:
T(x, y, z) = (x - z, 2 x + y + 3z)
O sistema:
X - Z =Ü
2x + y + 3z = O
Logo:
Fazendo z = l, obtém-se (1, -5, 1) e { {l , -5, 1) } é wna base do N(T). Ainda: T não
é injetora, pois N{T) * {{O, O, O) }.
b) Pela igualdade ( 4 .3.3) vem:
ou :
Logo, Im(T) = .R2 e qualquer base de IR.2 é base de lm(T). Uma delas é {(l , 2), (O, 1)}.
Ainda: T é sobrejetora, pois lrn(T) = R 2 que é o contradomí nio.
2
T: R -- R2, T(x, y) :: (x- 2 y,2x+ 3y)
Solução
X - 2y = 5
2x + 3y = 3
tem solução. Como a solução do sistema é x = 3 e y = 1, conclu i-se que (5, 3) E lm (T).
Solução
O problema será resolvido com a utilização da propriedade 4 .1. 2 . Fazendo, por exemplo,
x = 1, y =O e x = O, y = 1, o conjunto {(l , O, 1), (O, 1, -1)} é uma base do núcleo e, com o acrés-
cimo do vetor (O, O, 1), o conjunto { (1 , O, 1), (O, 1, -1), (O, O, 1)} forma uma base do R 3 (verificar!).
Como (1 , O, l) e (O, 1, -1) são vet0res do núcleo, T(l , O, 1) = (O, O, O, O) e T(O, 1, -1) =(O, O, O, O).
Tra111/0~1 /lneve, J 79
Façamos arbitrariamente, T(O, O, 1) = {l, O, - 1, O). Pela propriedade 4.1.2, a transformação está
defutida, ou seja, T tem a condição requerida. Pretendemos calcular T{x, y, z). Comecemos
escrevendo (x, y, z) na base considerada de R 3 • Tendo em vista que
vem :
T (x, y, z) = (-x + y + z, O, x - y - z, O)
4.3.4. Corolários
De fato :
• lm(T)= W
• T é sobrejetora
180 Álgebra linear
Reciprocamente :
T é sobrejetora ~ lm(T)=W
Assim, numa transformação linear na qual dim V= dim W, se T é injetora (ou sobre-
jetora), então T é também bijetora (injetora e sobrejetora ao mesmo tempo).
De fato:
Como dim V = dim W = n, basta mostrar que T(B) é Ll. Para tanto, consideremos a
igualdade :
ª1 = ... = 3tJ = Ü
Exemplos
1) O operador linear
2) A transformação Linear
T : P2 - R 3 , T (at 2 + bt + c) = (a, a+ b, b - c)
ou :
(2)
(3)
(4)
ou :
ou , na forma matricial:
Y2 =
[: l
ou, simbolicamente:
Observações
2) As colunas da matriz [T]~ são as componentes das imagens dos vetores da base A em
relação à base B, conforme se pode ver em (3) e ( 4):
de ordem m x n, onde cada coluna é formada pelas componentes das imag,ens dos vetores d.e
A em relação à base 8 :
ª21 ª 22 ª2n
[T] A =
B
am1 ªm 2 . .. ªmn
t t t
T(v1)B T (v2)B T {vn)B
3) Como se vê, a matriz (TJ ~ depende das bases A e B consideradas, isto é , a cada dupla
de bases corresponde uma particular matriz. Assim, uma transfonnação linear poderá ter uma
infinidade de matrizes para representá-la. No entanto , fixadas as bases, a matriz é única.
Consideremos as bases A ={v 1 ,v2 ,v3 }, com v1 =(1 , l , E), v2 =(0,1 , 1),
v3 =(O, O, 1) e B = {w 1 , w 2 }, sendo w1 =(2, 1) e w2 =(5 , 3) .
a) Determinar [T]: .
So lução
a) A matriz é de ordem 2 x 3:
[T] A =
B ['" '"]
821
t
ª12
ª22
t
ª23
t
T (v1 ) 8 T(v2 )B T(v 3 ) 8
Transformações lineares 185
2a 11 + 5a21 = 2 ª11
l
= -4
ª21 =2
2a12 + 5a 22 =O
1 a12 + 3a 22 = -1
2a 13 + 5a23 = 1 313=]3
Logo:
b) Sabe-se que:
A
[T (V)] B = [T] B [ Vl A
ou:
a =3
a +b = -4
a+ b + c = 2,
Portanto:
-4 5 13 3
[T(v) ] 8 = -7
2 -2 -5 6
(T(v)]B= 31]
-10
T(v) = (12 , 1)
Naturalmente T(v) = (12, 1) também seria obtido por meio da lei que define a trans-
formação T, considerando v = (3, -4, 2), como se pode ver nos problemas 15 e 16.
a) Determinar [T] ; .
Solução
Então:
[T] A = [
B
2
2
O
-1
l]
-2
[T (v)J B = [2 O l] -7
2 -1 -2
6
e:
16) Seja ainda a mesma transformação linear do exercício anterior. Sejam as bases canônicas
do .R3 e R 2 :
a) Determinar [T] A .
B
Soluç§o
Então :
-1
[T] A
B
=
[
23
_:]
b) Como vA = (3 , -4, 2), pois A é base canónica, temos:
3
-1
[T(,)la ª [:
_:] -4
e:
~Mia=[''.]
Observações
2) Observemos, pelo problema 16, que calcular T (v) pela matriz íTJ é o mesmo que
fazê-lo pela fórm ula que define a T :
3) Ficou claro que, dada uma transformação linear T, a cada dupla de bases A e B cor-
responde uma ·matriz (T] A . Reciprocamente, dadas a matriz e uma dupla de bases A e B,
B
podemos encontrar a lei que define T , o que será feito no problema 17.
Em se tratando da matriz canônica, essa poderá ser escrita diretamente , como mostram
os exemplos :
3 -2
[T] = 4
l o
t t
T(l , O) T(O, l)
[TJ =[4 -1 O]
Por outro lado, quando é dada uma matriz de uma transformação linear T sem que haja
referência às bases, essa deve ser entendida como a matriz canónica da T. Por exemplo , a
matriz:
190 Álgebra lint!III'
Por exemplo, seja T : R 2 -----+ R 2 o operador linear definido por T(x, y) = (2x -y, x + y).
Determinemos a matriz de Tem relação à base A= { ( 1, - 2), (-1 , 3) } .
Calculando as componentes das imagens dos vetores da base A em relação à própria base,
vem:
T{l , -2)=(4, -1)= 11(1 , -2) + 7 (- l , 3)
1 -1 3J
[TJ A=
[ 7 -8
No Capítulo 5 veremos .que essas matrizes que representam o mesmo operador linear, porém
em bases distintas, são chamadas matrizes semelhantes e terão especial importânc.ia.
Transformações lineares 191
2 O
[T] A = ] -2
B
-1 3
Solução
2 o
[T ( l , 1) ] 8 = 1 e [T (l, O)) = -2
8
-1 3
Jogo:
T (1 , 1) = 2 ( l , 2, O) + 1 ( 1, O, -1) - l (1 , -1 , 3) = (2, 5, - 4)
T ( 1, O) = O( 1, 2, O) - 2 ( 1, O, -1) + 3 ( 1, - l , 3) = ( 1, - 3, 11)
Pela propriedade 4.1.2 esse fato é suficiente para a determinação da transformação T . Como
buscamos T (x, y), precisamos primeiramente escrever (x, y) em relação à base A:
Observação
A matriz canônica T é:
1 1
(T] = -3 8
11 -1 5
4.5.1 Adição
4.5.2 '
Multiplicação por Escalar
aT: V - - W
A . A
[aT] B = a [T] B
Transformações lineares J 93
4.5.3 Composição
T,
.
.
-------11------
T,oT,
A B A
[T 2 O T 1 ] C = [T1] C X [T 1 ] B
Solução
(T 1 + T 2)(x, y) = (2y, 2x , 2x + y)
e) s 6 1 2 -1
(3T ,-2T2 ] = 6 -5 =3 2 -1 -2 o
-2 l o 1
19) Sejam s ·e T operadoreslinearesno R 2 definidos por S(x, y)=(2x, y) e T(x, y)=(x, x-y).
Determinar:
a) S o T
b) To S
e) S o S
d) ToT
Solução
Observemos que:
2 o 2 o l o
[S o T] = = = [S] (T]
1 -1 o 1 l -1
Observemos que :
S o T:i=T o S
2
Entende-se po r transforrnaçães lineares planas as transformações de lR2 em lR . Veremos
algumas de especial importância e suas correspondentes interpretações geométricas.
4.6 .1 Reflexões
Essa transformação linear leva cada ponto (x, y) para sua imagem (x, -y), simétrica em
relação ao eixo dos x.
T: R 2 --+ R2
• (x, y)
(x , y) 1-----+ (x , -y) ou 1
1T
1
1
T(x, y) = (x, -y)
o X
1
sendo [
1 0
1 sua matriz canônica, isto é:
t (x,-y)
O -1J
(-x , y) T (x,y)
b) R eflexão em rorno do eixo dos y ~ - - - - - - - - -•
T : IR 2 --+ R2
o X
(x,y) i-------+ (-x,y)
ou:
[:] -: ] =
l: ~l [:]
y
e) Reflexão na origem
T: R 2 -- R2 . <x.y)
/
T /
., /
,;
/
(x,y) .....,_.. (-x, -y)
., .,o X
., .,
~ .,
(-x,-y)
Transformações lineares 197
ou:
y - -X
-y
=
-1
o -1
o
:]
d) Reflexão em torno da reta y = x
y
y= x
T: IR2 --+ IR2 . . ;, x)
X y o 1 X
1--+ =
y X 1 o y
y
y=-X
ou:
/
/
~ -y ,-x)
J 98 Âlgebra linear
T :R 2 --+ R2
y
(x , y) - o(x, y), o E R
ou: T(v)
Observemos que :
T:R 2 --+ R2
o u: ( 1 X, y) (JC , y) (2x, y)
2
[:] o 1.x
2
X 2x
l(
Observemos que:
2y (X, 2y)
y (X, y)
1
(x,2 y)
Observação
V= (X. y)
T(v) = (x, O)
4.6.3 Císalhamentos
T: R2 - IR.2
ou:
X X +ay X
=
y y o y
y y
p B' p•
Bt--------,a ----- -------
T
..
O efei!to do cisaJhamento é transformar o · retângulo OAPB no paralelogramo OAP'B', de
mesma base e mesma altura. Observemos que, por esse cisalhamento, cada ponto (x, y) se desloca
paralelamente ao eixo dos x até chegar em (x + ay, y), com exceção dos pontos do próprio eixo
dos x, que permanecem em sua posição , pois para eles y = O. Com isso está explicado por que
o retângulo e o paralelogramo da figura têm a mesma base OA.
2 2
T:R - R
1 O
2 1
4.6.4 Rotação
A rotação do plano em tomo da origem (Figura 4.6.4a), que faz cada ponto descrever um
ângulo 8, determina uma transformação Linear T8 :R 2 --+ R2 cuja matriz canônica é :
cos 8 -sen 8
[T9] =
sen 8 cos 8
y y
T IJ (v)
JZ 2 = (O, 1)
V
o o l1 1
isto é :
cos O -sen 8
sen 8 cos 8
cos 1T /2 -sen 1T /2 4
[T{4, 2)) =
sen 1T /2 cos 1T /2 2
o -1 4 -2
[T(4, 2)) = ou [T{4, 2)] =
1 o 2 4
(-2,4)
(4, 2)
-2 o 4 X
Transformações lineares 203
20) Os pontos A (2, -1), 8 (6, 1) e C (x,y) são \Cértices de um triângulo eqüilátero. Determinar
o vértice C, utilizando a matriz de rotação.
l ----- B
-+--+----t._-+~~:::__--+--+----1~ x
o
-1
- - - -Ã ' ,
C'
Solução
-- -- - -
Pela figura vemos que se pode considerar o vetor AC como imagem do vetor AB pela
rotação de 60° em torno de A (o triângulo sendo eqüilátero implica AB e AC terem compri-
mentos iguais) :
- -
[AC] = [T600 ] [AB]
Mas:
-
A C= C -A = (x - 2, y + l)
--+
AB= 8-A= (4,2)
logo:
OU':
X - 2 2-../3
=
y + l 2v'J + I
x- 2 = 2 - .JJ x= 4 -v'3
j y + l = 2y'3+1 ou
y = 2 v'3
logo :
O problema tem outra solução q ue seria obtida fazendo 8 = -60" '(a c.argo do leitor).
Solução
,
X 2 X
= (1)
,
y o 1 y
Transformações lineares 205
A reflexão transforma o vetor (x', y') no vetor (x" , y") dado por
(2)
,,
X -l o 1 2 X
=
y" o 1 o .y
ou:
X" -1 -2 X
=
y" o 1 y
Portanto, a matriz
-2
Observemos que, de acordo com o que estudamos sobre transformação composta, a matriz
resultante é obtida pelo produto das matrizes que representam as transformações, porém tomadas
em ordem inversa. Esse fato continua válido no caso de termos mais de duas transformações.
22) O plano sofre uma rotação de um ângulo 8 . A seguir.experimenta uma dilatação de fator 4
na direção Ox e, posteriormente, uma reflexão em torno da reta y = x . Qual a matriz que
representa a única transformação linear e que tem o mesmo efeito do conjunto das três
transformações citadas?
206 Álgebra linear
Solução
cos 8 -sen 8
A1=
iefl 8 cos 8
a da dilatação é:
4 O
O 1
e a dél reflexão é:
O 1
1 O
4.7 .1 Reflexões
A reflexão em relação ao plano xOy é a transformação linear que leva cada ponto (x, y, z)
na sua imagem (x, y , -z), simétrica em relação ao plano xOy. Assim, essa transformação é
defmida por :
z
o 1 o 1
1
1
o o -1 1
X J (x,y, -z)
1 o o -1 o o
o -1 o e o 1 o
o o 1 o o 1
respectivamente.
1 O O
O -1 O
o o :~
208 Â/gebra linear
_., (x , y, z)
/
' ,
'
_______ .,,, ,/
'
~
(X, -y, -z)
e) Reflexão na o rigem
3
T:R 3 - R
4.7.2 Rotações
cos 8 -sen 8 o
o o 1
'
X
Figura 4. 7 .2
e:
T (O, O, z) = (O, O, z)
210 Ât,ebra linur
Obsarvaçâo
4 .7 .3 Problema Resolvido
Calcular o ângulo a formado pelos vetores v e T(v) quando o espaço gira em tomo do
eixo dos z de um ângulo 8 , nos seguintes casos:
1)8=180° e v=(3,0,3)
2) 8 = 900 e
'3 -'2../2 )
V - (-'V-.;, V ;.
- 2.j2'4'2
Solução
1)
cos 1800 -sen 1800 O
o o J
-1 o o 3 -3
[T(v)] = O -1 o o = o
o o 1 3 3
a= 900
Transformações lineares 211
2)
o o 1
o -1 o v'3 v'2
2 vi.
-4
o o v'2 vi.
2 2
v'2)
2 =
= 1X 1
a =60°
a) T (u + v)
b) T (3v)
e) T (4u - 5v)
212 Álgebra linear
3) Dentre as transformações T :R 2 - JR· definidas pelas seguintes leis, verificar quais são
lineares:
b) T(x, y) = (y, x)
e) T(x, y) = (x2, y 2 )
d) T (x, y) = (x + 1, y)
e) T (x, y) = (y - x, O)
t) T(x,y)=( l x l, 2y)
g) T (x, y) = (senx, y)
f) T: R 2 R 2, T (x, y)=(lxl , y)
i) T: R 2 R4, T(x,y)=(y,x, y, x)
2y 3x
j} T: R 2 ---+ M (2,2), T(x,y)=
-y X+ 2y
b
k) T : M (2, 2) - R
2
, T = (a - c, b -t- c)
d
b a b
1) T : M(2, 2) - IR, T = det
d c d
m) T: R 3 IR 2
X
1
(x, y, z)--+
[_: o _:] y
a) k = X
b) k = 1
c) k = O
21 4 Álgebra Unear
10) Seja To operador linear no R 3 tal que T(l , 0 , 0)=(0,2, 0), T(O, l , 0) =(0, 0, -2) e
T(0, 0, 1} =(-1 ,0, 3). Determinar T(x, y, z) eovetor v E R 3 tal que T (v)=(S , 4, -9).
a) (I , -2) b) (2 , - 3) e) (-3, 6)
13) Para o mesmo operador linear do exercício anterior , verificar quais dos vetores pertencem
a lm(T).
1
a} (2, 4) b) (-2· -1) c)(-1 , 3)
Nos problemas 14 a 2 1 são apresentadas transformações lineares. Para cada uma delas:
Transformações lineares 21 5
a) Determinar o núcleo , uma base para esse subespaço e sua dimensão. T é injetora?
Justificar.
b) Determinar a imagem, uma base para esse subespaço e sua dimensão. T é sobrejetora?
Justificar.
T:IR.2 R2
14) • T (x,y)=(3x -y,-3x+y)
~
b
21) T:M (2, 2)-+ R 2
, T = (a - b, a+ b)
d
c) T é injetora? E sobrejetora?
23) Seja T:R4 - R 3 atransformaçãolineartalque T(e 1) =(1 , -2,l), T(e 2)=(-l , 0 , -1),
T(e 3 ) = (O, -1 , 2) e T(e4 ) =(J , -3 , 1), sendo { e 1 , e2 , e3 , e4 } a base canônica do R 4 .
26) Encontrar uma transformação linear T: R 3 _.,. R 4 cuja imagem é gerada por ( 1, 3,.-1, 2)
e (2, O, 1, -1) .
3 1
[T}A = 2 5
B
1 -]
30) Seja l -2
[T) = 2 o
-i 3
1 -1
-2 3
1 o -1
-1 1 1
T :R 2 _ __. R 2
2 1
-1 -3
V ...--. V
1 3
(T] =
-1 5
a) T(u) = u.
b) T(v) = 2v.
e) T(w)=(4,4).
Transformações lineares 2 I9
1 2 -1
2 O 1
1 -2 2
---+ JR3,
:]= (• + b, , - d, 2,)
d) Determinar N(T).
39) Sejam F: lR2 ---+ M(2, 2) uma transformação linear e o: e {J as bases canônicas de
IR2 e M (2, 2), respectivamente. Sabendo que
l o
2 1
-1 2 ,
220 Álgebra linear
determinar:
a)F(l , O)
b) F(O, I)
e) F(2, 3)
d) F(x, y)
1 -2
F(a, b) =
3 4
3
41 ) Consideremos as transformações lineares S e T de R em 1e definidas por
S(x,y,z) = (2x-y, 3x-2y+z) e T(x,y,z) = (x+y-z, y-2z).
a) S +T d) So T
b) T-S e) To S
c) 2S + 4T f) so s
a) Calcular (S o T) (x, y) se
2 3
T: R - R
44) As transformações S:R 2 - R 3 e T:R 3 - R 2 são tais que S(x, y) = (y, x -y, 2x + 2y)
e T(x, y, z)=(x. y).
a) [S o T].
b) [To S] .
222 Álgebra lint!llr
46) Os pontos A(2, -1) e B(-1 , 4) são vértices consecutivos de um quadrado. Calcular os
outros dois vértices, utilizando a matriz-rotação.
47) Os pontos A(-1 , -1), 8 (4, 1) e C(a, b) são vértices de um triângulo retângulo isósceles, reto
em A. Determinar o vértice C fazendo uso da matriz-rotação.
48) Em um triângulo ABC, os ângulos B e C medem 75° cada. Sendo A(l , 1) e B(-1 , 5),
determinar o vértice C.
49) Determinar, em cada caso, a matriz da transformação linear de ~.2 em IR 2 que representa
a seqüência de transformações dadas:
b) Rotação de 30" no sentido horário, seguida de uma duplicação dos módulos e inversão
dos sentidos.
51) Determinar o ângulo o formado pelos vetores v e T(v) quando o espaço gira em torno do
eixo dos z de um ângulo 6 , nos seguintes casos:
2) a) 4u - v
b) 3u - 3v
e) 7u + Sv
4) a) y
X 2x
b) y
5) São lineares: a), b), e), g), i), j), k), m),
6) e) é linear
b) V= (3, 4)
9) a) T(x, y, z) = {3x -y - z , 4x - y - z)
b) V= (1 , 6 - Z, z)
e) v=(O,-z, z)
12) a), e)
13) a), b)
T é injetora.
b) Im{T) = R 2
b) Im(T) = { {x, y , z) E R 3 /y = -z }
o o
21) a) N (T) = / e, d E IR
e d
b) lm(T) = IR2
b) N{T)= { (0, 0) }
lm(T) = { (x , y , -x)/x , y E R }
Irn(T) = 1R3
b) e e) a cargo do leitor.
27)
-2
[ 3
-3 º]
3 2
3 O -3 3
28) 5 2 e 2 5
-3 3 -2 -2
8 18
[T] = 6 11
-2 -4
30) v = (2, O)
d} T não é injetora.
T é sobrejetora.
-2 1 3 -1 1 2
33} [T]A = e [T]c =[T] =
-1 2 6 -3 1 -1
36} a) (O, O)
b) y(3, 1) _
c)(l, l)
1 O O
38) b) [TJ: = O O 1 -1
2 O O O
2 1
e) V = ·• d E lR
d- 2 d
o o
d) N(T) = dE R
d d
228 Álgebra linear
2 o 2 7
39) a) b) e)
3 -1 -2 2 o 4
X 2x + y
d) e) não existe (a, b).
3x - 2y -x + 2y
2 - 7 4
b)
9 -10 11
b) (T - S) (x , y) = (x + 2y, - 2y)
t) (S o S) (x , y) = (x - 4y, y)
-1 -4 -1
I .. ] o I
44) a) I o I b) e
I -2 -1
o 5 o
Transformações lineares 229
l o -1 o o
45) a) o 2 o b) o 2 o
1 -1 -1 l -1 o
-1 5 -../3 -1
1
-2
v'3
2
49) a) b) e)
o l -./3 v'3
2
-21
- cos 8 sen 8 o -2
d) e)
- sen8 -cos 8 -1 -6
1
b) T(x, y) = (- x , 2x + y)
3
o
e) [T] =
2 1
51) a) a =90°
b) Q = 90"
c)a ~ 41 °24'
CAPÍTULO
OPERADORES
LINEARES
Observação
Tor- 1 =T - 1 0T = l (identidade)
isto é, a malfiz do oper~dor linear inverso numa certa base B é a inversa da matriz
do operador T nessa mesma base.
Na prática, a base B será normalmente considerada como canônica. Logo, de forma mais
simples:
e, portanto:
Como conseqüência temos: T é inversfvel se, e somente se, det [TJ :f:: O.
232 Álgebra linear
T(x,y)=(4x-3y, -2x+2y)
Solução
4 -3
a) A matriz canônica de T é [T] =
-2 2
4 - 3 -1 3
l
b) [T-1] = [T] -1 = = 2
-2 2 1 2
logo:
3 3
[r'(x,y)J=rr-·1 [:] =
1
1
2
2
[:] =
X+ -y
2
X+ 2y
ou:
Observação
x' X
= [T]
y' y
O~adora llnet1re1 233
o operador r - 1 traz de volita o vetor (x', y') para a posição inicial (x, y), ou seja:
I
X X
= [T] -1
1
y y
É bom que o leitor faça o teste com um vetor de livre escolha, valendo-se de T e r- 1 do
exercício realizado.
Solução
Observemos inicialmente que { (1, 1, 1), (-2, 1, O), (-1 , -3 , -2) } é urna base de R 3 e T
está bem definido, pois são conhecidas as imagens dos vetores dessa base . Portanto, basta calcular
T(x, y , z) e proceder como no exercício anterior. Pensamos, no entanto, ser mais fácil proceder
da maneira como se segue.
logo:
Para simplificar, consideremos o caso em que dim V = ·3. O problema para os espaços de
dimensão n é análogo. Sejam as bases A= { v1 , v2 , v3 } e B = { w1 , w2 , w3 } •
Dado um vetor v E V. este será combinação linear dos vetpres das bases A e 8:
ou :
e:
(2)
ou:
Por sua vez, os vetores da base A podem ser escritos em relação à base 8, isto é :
(3)
ou:
Operadore, lineares 235
Y1
sendo a matriz:
ª11 ª12 ªu
Observações
1) Comparando a matriz [I] ~ com (3), observamos que cada coluna, pela ordem, é
formada pelas componentes dos vetores da base A em relação à base B, isto é:
e
•
236 Ãlgebra linear
I: V V
V V
considerado nas bases A e B. Esse fato fica bem evidente no problema resolvido número 3 do
item 5.3.1.
4) A matriz [I] ~ , por transformar os vetores linearmente independentes da base A nos
vetores linearmente independentes da base 8, é inversível. Por conseguinte, da equação
A
[v]B = [I] B [v]A (5)
pode-se obter:
(6)
A
b) Utilizar a matriz (I] B para calcular [ v J B, sabendo que
[vJ,=[:]
Solução:
a) Pretendemos calcular:
[l]A =
B
ª11 = -1
1 ªn = 1
-3
a11 =-3 e al'l = 1, isto é, [v2 ] =
B
]
238 Álgebra linear
logo:
4 -3
-1
b) Sabendo-se que :
obtemos:
4 -3
[v] =
B
-1 1
[:]
ou:
v = 7 (1 , O) - 1 (2, 1) = (5 , -1)
Observaçaõ
[I ]~ = [2 -1]
-1 1
t t
pois:
(2,-1)=2(1 , 0)~l(O, l)
(- 1, l)=-1(1,0) + 1(0, 1)
e, de forma análoga :
(I] B = I 2J
e
[O
t t
Assim , a matriz-mudança de base de uma base qualquer para a canônica é a matriz que se
obtém daquela base dispondo seus vetores em colunas. Façamos [I] ~ = A e [I] ~ = B.
240 Àlgebra linear
Lembrando o que foi visto em 4.5 .3 sobre composta de transformações lineares e levando
em conta a Obseivação 4) de 5.3, podemos escrever:
(l]A = a- 1 A =
B [1 2] -I [ 2 -lJ = [l -2J [ 2 -lJ =
O 1 -1 1 O 1 -1 1
= [
-1
4 -3J 1
cos 8 - sen 8
sen 8 cos8
e:
respectivamente.
Operadores lineares 241
R
y
1'
1'
;'
;'
1
1
''
.,
;'
1 '
cos 8 -sen 8
sen 8 cos 8
pois:
e, portanto:
(I) ~ =
O
[ O
1
-IJ
0 1 4 2
[v)
e = [ 1]
. e , [ v]
P
=
[1 -.0] (2] -- [-4]
P= {(0, 1),(-1,0)}
C= {(1,0),(0 , 1)}
x· y
(O, 1)
y' -2(1, O) (1 , 0) X
Qperadore1 lineares 243
cos 9 -sen 8. -i
·sen 9 cos 9
ou seja:
cos 9 sen 8
-sen 8 cos 9
Por exemplo, para uma rotação de 9 = 45° no sistema xOy, o vetor v =(x, y) =(4, 2)
na base canônica será "}, =(x' , y~) =(3 ../2 , - ../2) na base P.
De fato:
v'i 4
2
[v]p =
vi
2 2
3v2
(v]p =
2 44 Ãlg11bro liMar
X'
4 X
5A MATRIZES SEMELHANTES
De fato :
( 1)
e:
.
(T(v)J = [T J (v ]B (2)
8 8
8 B
[v] A = (1) A [v] B e [T (v)] A = [I] A [T(v)] 8
Operadores lineares 245
não se podendo esquecer que M é a matriz-mudança de base de B (2!1 base dada) para
A (l!l base dada).
Por conseguinte, duas matrizes [T] A e [T} B são semelhantes quando definem em V um
mesmo operador linear T. Mais precisamente, duas matrizes [T] A e [T] B são semelhantes se
existe uma matriz inversível M tal que
O esquema a seguir mostra que existem duas maneiras de se obter T(v)B a partir de v A :
[TIA
- - - - - - - - - - • T(v)A
(TlB
- - - - - - - - - - • T(v)i3
246 Álgebra linear
5 .4.1 Propriedade
[T) B = M - 1 [T) A M
vem :
M (T}s = [T] A M
e:
ou:
e seja:
-2 4
[T] =
A
2 -1
[T) = M - 1 [T] M
B A
na qual M é a matriz-mudança de base de B para A. Necessitamos da matriz M que será
calculada pela relação apresentada em 5 .3 .2:
isto é:
-1
3 5 1 -1 7 -5 1 -1 2 -12
M= = =
4 7 1 1 -4 3 l 1 -1 7
e: .
-7 6
2
M- ' =
1
-2 1
logo:
-7 6
-2 4
2 2 -12
[T] =
B
-21 1
2 -1 -1 7
5 8 2 -12
[T] =
B 1 1 -1 7
[. 2 -4
[T] =
B
1 -5
Pode-lC verificar, atrav6s do exemplo, que realmente as matriz.es (T] A e [T] B são
semelhantes, isto 6, que na transformação linear definida em R 2 por essas matriz.es, em bases
diferentes, um vetor v E R 2 tem a mesma imagem T (v).
Seja o vetor vA= (2, -1).
-7 6 2 1
2
[v] = =
B
-1 1 -1 o
2
[T(v)] B = M- 1 [T(v)J A
7
6 2
2
(T(v)] B =
1
1 1
2
Operadores linetITes 249
Assim, o vetor v tem a mesma imagem T(v). por meio do operador linear T, definido em
2
R pelas matrizes [T] A e [T] B' em bases diferentes.
-2 4
det [T] A= =2-8=-6
2 -1
2 -4
det [T] B = = -10 + 4 = -6
l -5
[T] B = M- 1 [T] M
B= { (3,1), (-3, l) }
250 Âf8ebro liMar
Soluçlo
t imediato que:
2 9
(T] =
1 2
ou:
1 o -l 3 -3
.M=
o 1 1 1
mas:
1 o -l 1 o
=
o 1 o 1
logo:
1 O 3 -3 3 -3
M= =
o 1 1 l 1 1
e:
1 1
6 2
M-1 =
1
--
.6 -21
Operadora linearn 251
Portanto:
1 1 2
6 2
[T]B =
--61 1
2
1
5 5
6 2
[T)B = .
1
6
--21
5 O
[T)B =
O -1
ObSt1rvaç6o
A matriz diagonal
5 O
O -1
que representa T na base 8, é mais simples, no sentido de "estrutura" que a matriz canônica
de T:
2 9
1 2
sobre a matriz de um operador linear para transformá-la em outra matriz do mesmo operador. A
escolha da base "certa" , que torna a matriz do operador T o mais simples possível, é objeto de
estudo no próximo Capítulo.
1 T(v) 1 = 1v 1
Observações
1) Tendo em vista que o módulo de um vetor é calculado por meio de um produto interno
( 1 v 1 = ../v:v ), os operadores ortogonais são definidos nos espaços vetoriais euclidianos.
Exemplos
é ortogonal.
De fato:
I T(x , y) 1 =
Opmulon, linures 253
ou:
é ortogonal.
De fato:
Obsevação
O produto interno de dois vetores u = (a 1 , ••• , 11n) e v = (b 1 , •.• , bn), em relação a uma
base ortonormal, é dado por:
[u] = e [v] =
8n bn
254 Âlgebro line1U
conclui-se que :
[u . v] = [u]t [v]
Observação
5.5,1 Propriedades
I) Seja T:V -v
um operador ortogonal sobre o espaço euclidiano V. Então, a
inversa da matriz de T coincide com a sua transposta, isto é:
[T] - 1 = [T] t
De fato :
1 v 1 = 1 T(v) 1
ou:
.J v . v ' = ,J T(.v). T(.v)'
isto é :
v . v=T(v) . T(v)
ou:
[v . v) =[T(v). T(v)J
ou ainda:
mas:
'(T(v)]1 (T(v)] =([T] [v] )1 [T] [v] = [v] t [T]1 (T] [v]
Operadores lineáres 255
logo:
e, finalmente:
(T]t [T] = I
ou:
-1
[T]t = [T]
A matriz [T] , tal que [Tlt = [T] -t, é chamada matriz ortogonal. Portanto, uma
matriz ortogonal define um operador ortogonal.
A matriz canônica do exemplo 1), item 5.5.
4 3
s s
[T] =
3 4
5 5
é ortogonal, poís:
~
4
5
-35
[T] t = =(Trt
- 3
5
- -45
A matriz-rotação:
cos 8 -sen 8
[T) =
sen 8 oos 8
2.56 Ãilebra linetu
cos8 sen 8
[T] t = = (T] -1
-sen 8 cos 8
De fato :
Logo :
ou:
I
det [TI det [Tl "" 1
tdet [TJ ) 2 = 1
ou seja :
De fato:
(T(u) . T(v)] = [T(u)] t (T(v)] = ((T] [u) )' [T] [v) = [u] t [T] t (T] (v]
Operadore1 lint!llrtl 25 7
mas:
[T]t [T] = 1
Jogo:
e:
u.v=T{u) . T(v)
-¼'
x'
11 1 = (1 , O) X
Figun 5.5.la
Essa transformação, no plano, da base canônica para outra base ortonormal por meio de um
operador ortogonal T:R 2 - R 2 pode ser vista de duas maneiras:
det [T) = -1
y
Fwam5.5.lb
if3 1
2 2
1 Y1...
2 2
./3 1
2 T
= 1
1 v'3
2 2
cos 8 -sen 8 O
A= sen8 cos e o
o o 1
De fato :
1 e , 1 = 1 e2 1 = ... = 1e0 1 = 1 e
200 Álgebra linear
e que
pode-se escrever :
2
1 T(e 1 ) 1 = T(e,) . T(e, ) = ai, + al1 + ... + a~1 = 1
e:
Logo, as colunas
Ex•mplo:
Seja a matriz:
-1 -..fi1 o
..fi.
A= o o 1
1 l
- o
..fi ..fi
Os vetores-colunas de A são:
1 1 1 l
u 1 =(-..fi , O'..fi)' u 2 =(v2,0,../i) e u3 =(0 , J , O)
e:
1 U1 1 = 1 U2 1 = 1 U3 1 = 1
e também:
logo , o conjunto:
{ U1 , U2, U3 }
Além disso, como det A= 1 (verificar!), a matriz A representa uma rotação do espaço.
[T] ~ = [T]A
Observaç6es
1) Demonstra-se que a matriz do operador simétrico é sempre simétrica, independente da
base ortonormal do espaço. Em nosso estudo, trabalharemos somente com bases canônicas.
Exemplos
1) O operador linear
2 4
[T) =
4 -1
1 -1 O
(T] = -1 3 -2
O -2 O
5.6;1 Propriedade
T(u). v= u. T(v)
De fato:
t t t t t
[T(u). v] = [T(u)] [v] =([TJ [u]) [v] = [u] [T] [v] = (u] ([T] [v]) = [u. T(v)]
lôgõ:
T(u) . v = u . T(v)
Operador~, li11«ne1 163
Exsmp/o
mas:
Como se vé:
T(u).v=u . T(v).
j) T: R 3 -R3, T (x, y, z) = (x + z, x - z, y)
l o 1
2 -1 1
o o -1
c) Utilizar a matriz de T ou de T- 1 para obter o vetor v E R 3 tal que T(v) = (2, -3, O).
1 2 3
2 3 4
3 s 7
4) Verificar se o operador linear T: R 3 - .R3 definido por T(l, O, O)= (2, -1, O),
T (O, -1, O)= (-1 , -1 , -1) e T(O, 3, -1) = (O, 1, 1) é inversível e, em caso afirmativo,
determinar T- 1 (x, y, z).
Operadores linun, 265
5) No plano uma rotação de ; radianos é seeuida de uma reflexão em torno do eixo dos y.
2
6) Seja T: R . _ R 2 o operador linear que transforma u em T(u) e v em T(v),
co·nforme a figura .
T(u)
-1 o l X
a) A transformação linear inversa de uma reflexão em torno do eixo dos x é uma reflexão
em torno desse eixo.
9) Repetir o problema 8 para as bases A= { (3, -1), (1, -2)} e 8 = {t3 , 2), (2, 2)}, sendo
VA = (4, 3).
-1 4
e B = { (3, 5), ( 1, 2)} ,
4 -11
determinar a base A.
-7 6
[I] A= e A= { (1,3),(2,-4)},
B
-11 8
determinar a base 8.
Operrzdore, ltneare, 267
a) [I]:
b) [I]:
a) Determinar a matriz [ I] A .
B
15) Se
o 1 o
(I] A=
B
1 1 o
l 1 1
3
[v] 8 = -2
o
16) Mostrar que para qualquer base A de um espaço vetorial, a matriz-mudança de base
[I]: é a matriz identidade.
A é canônica e B= {(O,l,-1),(1,0,0),(-1,0,l)}
3 5
[T] B =
1 2
1 1 1 1
a)T:.R2 ---+ R 2 , T(x y)=( - x- - y -x+-y)
' ../i .,fi. ·0 ../2
b)T: .R2 ---+ JR.2, T (x,y)=(-y,-x)
23) Verificar quais das seauintes matrius sio ortoaonais e, dentre estas, determinar as que
representam rotações :
a) 3 4 b) 3 4 e) 1
5 5 5 5 ../5
4
5
3
5
3
5
4
5 v5
2
·- 1
../5
d) l 3 e) 1 o -1 t) 1 2 2
v'fõ v'Iõ 3 3 3
l l o
__L l 2 2
-31
v'io v'iõ -1 l o 3 3
'.2 1 2
,3 3 3
270 Â/8ebro linear
g)
- 1 l l h) - l
- -l --..fi,1 i) cos 6 o -sen6
"3 v'3 ./3 ./3 .Jl,
o 1 o
o -1
-v'22 -v'2 -- 1 .- 1 --1
v'3 "'6 v'2 sen6 o cos8
- 2 - -l - -1 1 2
o
../6 ./6 ./6 ,Jj "'6
a)
b)
26) Mostrar, por meio da multiplicação de matrizes, que uma rotação de 30" seauida de uma
rotação de 600 resulta em uma rotação de 900 .
1) a) 1 - 1 (x,y)= (x+2y,~x+~y)
e) T não é inversível.
Operadores li.vare, 2 7J
. 5
d) r -1 (x, y) = (x + y, -2x -2y)
e) r -1 (x, y) = (x., -y)
t) r- 1 (x, y,z)=(x-y+z, 3y-z, 2y-z)
g) r -1 (x,y, z)=(2x-y+2z,-x+y-z, z)
h) r -1 (x, y , z) = (x, y - z, x - y)
i) T não é inversível.
5)
3 ' -~
3 +.l.
b) T -1 ( x , y)=(.! 3 +1r)
.3
8) a)
8 -3
5 -2
b) VB = (7 , 4)
272 Álgebra linear
e)
2 -3
[I) 8 =
A
5 -8
9) a)
b) v8 = (25 , - 30)
e)
10) a)
1 -1 o 1
[1)81= (I] B =
8 B1
1 O -1 1
-1 2 -3 -2
[I] 81 = [I] B =
B 82
1 -3 -1 -1
a) .,/3
13)
-2l 2
- -../3
2
-
1
2
b) l y'3
2
--2
../3 1
2 2
14) · a) 2 l 1
-1 O -1
l 1 1
b) VB = (7, -4, 6)
e) 1 O -1
O 1 1
-1 -1 1
15) -5
2
17) a)
o -3 -5 4
[T)A = [TJe = _1~
1 2 7
b)
2 -3 o s
[T)A = (T)B = 3
1 1 -3 3
e)
[T] j =
7
4
-4
1
[T)B =
[: _:]
<
d) 1 -2 -2 1 o o
[T) "' o 1 o (TJe = o 1 o
o 2 3 • o o 3
1 -3
18)
-1 4
19) a)
3 -1
[T)B =
7 -3
2 1) São ortogonais a) e b)
..,
.
24) a)
.,_
..;s -,Js1
-- 1
,Js
-./52
2
b) -31 3
-32
2
--32 --31 3
--32 -23 --
1
3
~-) a) a= -2 e b = -3
b) a=O e b=-3
CAPÍTULO
VETORES PRÓPRIOS
E
VALORES PRÓPRIOS
T(v)= Xv
O número real À tal que T t v) =:: Àv é deno minado valor próprio de T associado ao
vetor próprio v.
Observações
a) Corno se vê pela definição . um vetor v-=/: O é vetor próprio S( a imagem T (v) for um
mllltiplo escalar de v. No 1R 2 e nu R 3 diríamos que v e T(v) têm a mesma direção. Assim .
dependendo do valor de À, o operador T dilata v, contrai v, inverte o sentido de v ou o
anula no caso de À = O.
Exemplos
T: R 2
--+ IR 2 • T(x, y) = (4x + 5y, 2x + y)
T(v)=T(S,2)=(30, 12)=6(5,2)=6v
:1 Na simetria definida no IR3 por T(v)-= -v,qua1quervetor v:;1!:0 é vetor próprio associado
ao valor próprio À = -1.
,bservação
isto é, A = [TJ .
A. v = À.V (v é matriz-coluna 3 x 1)
ou:
Av-Ã.v=O
Av-Mv=O
ou:
X o
V= y * 0
l o
deve-se ter:
det (A - Ã.I) = O
Vetores próprios e valores próprios 2 79
ou:
À o o
det o À o = o
o o À
ou, ainda:
6 2 .1 Problemas Resolvidos
3-:Jução
3 -l 1
A= -l 5 -1
1 -1 3
280 Álgebra linear
3 - ;\ -1 1
det(A - XI)= -1 5 -À -1 == O
1 -1 3-À
isto é, desenvolvendo o determinante pela 1!l linha e observando a alternância dos sinais que
precedem os produtos, vem:
5-À -1 -1 -1 -1 5 -À
(3 -X) -(-1) + 1 = o
-1 3- X 1 3 -À l -1
45 - 24À + 3X 2 - 3 - l SX + 8>.. 2 - X3 + À - 3 + X + l t l - 5 ;- À = O
-À 3 + 11 À 2 - 36À + 36 = o
ou:
X3 - 11 À1 + 36X - 36 = O
As 11oluções inteiras, caso existam, são divisoras do termo independente -36. Com as
devidas substituições na equação acima, constata-se que À =2 é uma delas. Conseqüentemente.
~ - 2 é wn fator do polinômio característico 11 X + 36Ã :- 36.
À 3
-
2
Se dividirmos esse
polinômio por À - 2, a equação poderá ser apresentada como:
À 2 - 9;\ + 18 = o
II) O sistema homogêneo de equações lineares que permite a determinaçào dos vçtores
próprios associados é:
(A -XI)v= O
Considerando
V = y
o sistema fica:
3-À -1 I X o
-1 5-À -1 y = o (6.2c)
1 -1 3-À z o
1 -1 l X o
-1 3 -1 y = o
1 -1 l z o
1St0 é:
lx - ly + lz = O
-1 X t 3y - lZ = Ü
lx - ly + lz = O
Z = -X
y = o
282 Àlgel>ra linear
Assàm, os vetores do tipo v 1 = (x, O, -x) ou v 1 .::: x (1, O, -1), x * O, são vetores próprios
associados .a À1 = 2.
o -1 1 X o
-J 2 -1 y = o
1 -1 o z o
isto é:
-y + Z, = o
-x + 2y - z ;
o
X - y = o
y = X
Z = X
-3 -1 1 X o
-1 -1 -1 y = o
1 -1 -3 z o
isto é:
-3x - y + z = o
,
- X - y - z = o
X - y - 3z = o
Vetores próprios e valores próprios 283
Assim, os vetores do tipo v3 = (x, -2x, x) ou v3 = x (1, -2, 1), x * O, são os vetores
próprios associados a X3 = 6.
4 5
A=
2 l
Solução
I) A equação caracter(stica de A é:
4-À 5
det(A - XI) = = o
2 1- À
:sto é:
(4 - X)(I - X) - 10 = O
)U:
4 - 4Ã - X+ X2 - lO= O
X2 - SX - 6 = O
À1 =6
À2 = -1
II) O sistema homogêneo de equações lineares que permíte a detennínação dos vetores
próprios associados é:
(A-M)v=O
Considerando:
X
V=
o sistema fica:
4-À s X o
= (6.2d)
2 1 -À y o
-2 5 X o
=
2 -5 y o
isto é:
-2x + Sy = O
2x - Sy = O
2
Y =-x
5
[:
5
[:]
X
=
2 y
isto é:
Sx + Sy =O
1 2x + 2y =O
y = -X
Assim, os vetores v2 = (x. -x) = x (I, -1 ). x * O, são os vetores próprios associados ao valor
próprio À 2 = -1.
-16 10
A=
-16 8
I) A equação característica de A é:
-16 - À 10
det (A -ÀI) = = o
-16 8 -À
isto é:
ou:
À. 2 + 8À + 32 = o
-8 rv'82 -4 X 32
À = 9
-8 :t y'64 - 128
2
-8 :t 8i
>.. =
2
À.1 == -4+4i
e. por conseguinte. a matriz A não possui valores próprios nem vetores próprios.
Ob$ervação
De fato :
T(v) = Àv
Vetores próprios e valores próprios 287
e:
ou:
T(ov) = À(av)
Observação
1
a=
1 V 1
e, portanto, v 1 + v2 E SÀ:
O subespaço
Por exemplo, no problema resolvido n9 2 vimos que ao valor prôprio À== 6 correspondem
os vetores próprios do tipo v = x (5, 2). Assim, o auto-espaço associado a 6 é:
III) Matrizes semelhantes têm o mesmo polinômio caracteristico e, por isso, os mesmos
))(1/ores próprios.
De fato:
det ( [T] B - XI)= det M· 1 det M det ( [T] A - XI)= det (M- 1 M) det ([T] A - ;\I)
Sabe.se que, dado um operador linear T:V -v, a cada base B de V corresponde uma
matriz (T) que representa T na base B. Nosso propósito é obter uma base do espaço de
8
modo que a matriz de T nessa base seja a mais simples representante de T. Veremos que essa
matriz é uma matriz diagonal.
6.4.1 Propriedade
Consideremos a igualdade;
(1)
ou:
(2)
(3)
Mas:
290 Â/gebra linear
logQ:
Substituindo a 2 por seu valor em (1). tendo em vista que vi =FÜ, vem:
Coro/ár;o
*
Sempre que tivermos um operador T:.R 2 - - + .R 2 com Ài À 2 , o conjunto { v1 , v2 } ,
formado pelos vetores próprios associados, será uma base do R 2 . Este fato vale em geral, isto é,
se T: V - V é linear, dim V = n e T possui n valores próprios distintos. o conjunto
( v1, v 2 , ... , vn}, formado pelos co"esporidentes vetores próprios, é uma base de V.
Exemplo
2 2
T: R - JR. , T(x, y) = (-3x - 5y, 2y)
A matriz canônica de T é:
-3 -5
A=
O 2
A equação característica de T é:
-3- ;\
det (A - XI) = = o
o 2-;\
Verores próprios e valores próprios 291
ou:
(-3 - X)(2 - X)= O
Ã2 t À - 6::: o
e. portanto , X1 = 2 e X2 = -3 são os valores próprios de T. Como À1 * À2 • os correspondentes
vetores próprios formam uma base de IR 2 .
-3 - À -5 X o
o 2-À y o
obteremos:
Logo , o conjunto
{ (J, -J ), (-1, O) }
é uma base de JR 2 .
Por outro lado, sempre que tivermos uma base de um espaço formada por vetores próprios
e conhecermos os valores próprios associados, poderemos determinar o respectivo operador nesse
espaço. É o que faremos no próximo problema .
So lução
ou:
a-b=x
1-a = Y
donde:
a = -y e b = -x - y
Logo:
mas:
logo :
ou:
Observação
e observando que:
2 O
[TJ P =
O -3
representa o operador T na base dos vetores próprios e é uma matriz diagonal cujos elementos
da diagonal principal são Ã1 e Ã2 .
6.4.3 Propriedade
Consideremos um operador linear T em lR 3 que admite valores próprios ll.1, 71.2 e À.3
dístintos, associados a v1 , v2 e v3 , respect:vamente. O corolário da propriedade anterior nos
assegura que o conjunto P = { v 1 , v 2 , v 3 } é uma base do IR; .
À1 o o
[T] P = O O =D
o o
Como:
M= (I]p =e - • P=r- 1 P = P
e
(6 .4.3)
sendo P a matriz cujas colunas são os vetores próprios do operador T (estamos designando
por P tanto a base dos vetores próprios quanto a matriz acima descrita; no contexto identifica-se
quando é uma e quando é outra).
Diz-se, nesse caso, que a matriz P diagonaliza A, ou que P é a matriz diagonalizado ra.
A definição acima pode ser expressa de modo equivalente: Um operador línear T : V --+ V
é diago nalizável se existe uma base.de V formada por vetores próprios de T.
3 -1 1
A = -1 5 -1
l -l 3
e calcular p - 1 AP.
Vetores próprios e valores próprios 29S
Solução
1 1 l
P = O 1 -2
-1 l 1
diagonaliza A.
Calculemos:
1 1
2
o 2
3 -1 1 1 1 1
1
-61 3
-1
6 1 -1 3 -1 I 1
1 1
2
o 2
2 3 6
~-iAP = -31 I
o 3
3 3
-12
1 1 1
-T -2 3 6
6 6
2 o o
p-i AP = O 3 O = D
o o 6
296 Álgebra li,iear
Solução
4 5
A=
2 1
Pelo problema resolvido de n'1rnero 2, os valores próprios sao 11.1 = 6 e 11.2 = -1, e os
respectivos vetores próprios são v1 = x(S,2) e v2 =x(l,-1).
A base em relação à quaJ a matriz de T é diagonal é P = { (5, 2), ( 1, -1)} , base dos
vetores próprios.
5 1
P=
2 -1
1 1
7 7 4 5 5 l 6 o
p-1AP = = = D
..,
2
7 -7
5 2 l
- -1 o -1
Vetores próprios e Palores próprio, · 297
Observação
2 1 o
A= O -1
o 2 4
Solução
2-X 1 o
o 2 4-X
298 Álgebra linear
isto é, desenvolvendo o determinante pela 1~ linha e observando a altemãncia dos sinais que
precedem os produtos, vem:
1 - i\. -1 o -1 o l - i\.
(2 - i\.) -1 + o = o
2 4-i\. O 4 -À D 2·
2-i\. -1 o X o
o 1 - i\. -1 y = o
o 2 4-À z o
obteremos:
III) Como só existem dois vetores LI de R 3 , não existe uma base P constituída de
vetores próprios. Logo, a matriz A não e diagonalizável.
Observação
6.5.1 Propriedades
p r
A=
r q
A equação característica de A é:
p- À r
det (A - X() = = o
r q-À
isto é:
(p - X)(q -71.)-r 2 =O
·JU:
pq - Xp - Àq + À2 - r2 = O
.
X2 -(p+q)X+(pq-r2 )=0
Tendo em vista que esse discríminante é uma soma de quadrados (não-negatíva), as raízes
:a equação característica são reais e, por conseguinte, a matriz A possui dois valores próprios.
II) Se T: V - -... V é um operador linear simétrico com valores próprios distintos, então
.- ~ vetores próprios são orrogonais.
300 Álgebra linear
De fato:
ou:
ou:
ou. ainda:
Mas.
III) Em 6.4.3 vimos que uma matriz A é diagonalizada pela matriz P dos vetores próprios
através de:
(6.5. l,
No caso particular de A ser simétrica, pela propriedade anterior, P será base ortogonal.
Tendo em vista futuras aplicações, é conveniente que P, além de ortogonal, seja ortonormal.
o que se obtém normalizando cada vetor.
Vetores próprio, e Nlon1 própr101 JOJ
D =P1 AP
7 -2 o
A= -2 6 -2
o -2 5
Solução
I) A equação característica de A é:
.....
·.
7-À -2 o
det(A- M) = -2 6 .. À -2 = o
o -2 5-À
:.sto é, desenvolvendo o determinante pela 1~ linha e observando a alternância dos sinais que
?recedem os produtos, vem:
6 -À -2 -2 -2 -2 6- À
(7 -À) -(-2) +O = o
-2 5 -À O 5-À. O -2
(7 - À) (6 - À)(S - À) -48 + 8Ã = O
(7 -À)(6-X)(S -À)-8(6-À)= O
( 6 - À) [(7 - À) ( S - À) - 8 J =O
(6-À)(35-12À+À 2 -8)=0
(6 - À)(À 2 - l 2À + 27) = o
(6 - À)(À - 3)(À - 9) = O
As raízes dessa equação são ). 1 = 3, Ã.2 = 6 e >..3 = 9 e, por conseguinte, são valores pré-
prios da matriz A.
II) O sistema homogêneo de equações lineares que permite a determinação dos vetore;
próprios associados é:
(A -ÀI)v= O
Considerando
V= y
o sistema fica:
7-À -2 o X o
-2 6- À -2 y. = o (6.5 .2a
o -2 5 -h z o
4 -2 o •X o
-2 3 -2 y = o
o -2 2 z o
isto é:
4x - 2y + Oz = O
-2x + 3y - 2z = O
Ox - 2y + 2z = O
Assim, os vetores v 1 = (x, 2x, 2x) = x(l, 2, 2) são os vetores próprios associados ao
valor próprio X1 = 3. Fazendo:
1 1
x= ...;12 +22 +22 =3
umtano u1 = (122)
•.•.
ob tém-se o vetor prÓpno , , associa'do a "•
.. =3.
33 3
ii) Sub$tituindo .À por 6 no sistema (6.5.2a), obtém-se os vetores próprios associados a
\2 = 6:
l ~2 o X o
-2 O -2 y = o
o -2 -1 z o
.~10 é:
JX - 2y = Ü
-2x - 2z = O
- 2y - z = O
304 Álgebra linear
I
y =-x
2
Z = -X
l 1 2
X--==== = =
j l+ !+ h 3
-2 -2 o X o
-2 -3 -2 y o
..,
o -,_ -4 z
... o
isto é:
-2x - 2y =O
-2x - 3y - 21. =O
- 2y - 4z =O
y =-x
z = ,1
-X
· os vetores v3
Assim, "' · -x, l x ) = x (l , - l , l ) sao
(x. - os vetores propnos
' . associa
. dos ao va1or
2 2
próprio À3 = 9.
Vetores próprios e valores próprios 305
Fazendo
. . umtano
. .. u = (2 2 1) associa
'do a 1\3
, ='9 .
t m-$e o vetor propno
o bé 3
3 •-3 ,3
III) A matriz P, cujas colunas sao as componentes dos vetores próprios unitários u1 , u2 e
u3 associados aos valores próprios À1, Ài e À3 é ortogonal:
1
3
-32 -32
p =
2
3
1
3
--32
1
2
3
--23 3
t t t
Ut U2 U3
De fato:
122 122 1 44
Ui 'Ui - ( 3 '3 '3 ) . ( 3 '3 '3 )- 9 + 9 + 9 - }
,.
21 2 21 2 414
u, . Ul - ( 3 ' 3 ' - 3 ) . ( 3 ' 3 ' - 3) - 9 +9 + 9 - l
2 21221 441
U3 • U3 - ( 3 '- 3 ' 3 } . ( 3 ' - 3 ' 3 ) - 9 + 9 + 9 - l
306 Álgebra linear
D=P- 1 AP=P1 AP
isto é:
-32 -2
1 l
7 -2 o 2 -2
3 3 3 3 3
2 l 2
D= 3 3 3
-2 6 -2
2
3
l
3 --32
2 2 1 1. 2 1
3
--
3
-
3
o -2 5
3 3 3
1 ...., 2
J 4 6
3 3 3
D=
2
3
1
3
--32 2 2 -6
2 2 1
T 2 -4 3
3 3
3 o o
D= o 6 o
o o 9
1 o -2
A= O o o
-2 o 4
Solução
I) A equaçlfo característica de A é:
l - i\ o -2
det (A
. - Ãi)
. = o -À o =o
-2 o 4-À
- i\ o o o o - i\
(l - i\) - o + (-2) = o
O 4 - i\ -2 4 - i\ o
ou :
As raízes dessa última equação são i\ 1 = O, i\2 :: Oe Ã3 = 5 e. por conseguinte, são va-
lores próprios do operador linear simétrico T.
II) O sistema homogêneo de equações lineares que permite a determinação dos vetores
próprios associados é:
(A-ÃI)v=O
Considerando
xl
v= y
z
.J
308 ÃIKebra linear
o sistema fica:
l - À o -2 X o
o -À o y ::: o (6.5.2t
O 4 -À z o
1 o -2 X o
o o o y :::
o
-2 o 4 z o
isto é:
2z =O
{ X -
-2x + 4z =O
1
z =-x e y qualquer
2
-4 o -2 X o
O -5 o y = o
-2 o -1 z o
isto é:
-4x - 2z = O
-Sy =O
-2x - z =O
z=-2x.
y=O
Assim, os vetores v3 = (x, O. -2x) = x(l, O, :-2) são os vetores próprios assocíadosa Às = S.
Fazendo
l l
X -;=== - -
v'l + 0 + 4 - V5
1 2
'
o b tem-se o vetor pr6pno
. unit
'áno
" u3 == ( Js ,O, - Js ) ' d o a "' 3
associa = 5.
III) A matriz P, cujas colunas são as componentes dos vetores próprios unitários
u 1 , u 1 e u 3 , associados aos valores próprios >..1 , >..2 e >.. 3 , é ortogonal:
2 l
o
v'5 ../5
p = o l o
1 o 2
v'5 -../5
t t t
u, U2 U3
J JO Â lgebra linear
De fato:
De fato:
2 l 2 1
o 1 o -2 o
.Js .js ../S .Js
D:: o l o o o o o l o
l 2 , 1 2
../5
o
../5 -2 o 4
.jf o - ../5
-.Js
2
o
l
.Js
o o .js
5
D= o 1 o o o o
1 10
y5
2
o - .js o o --
.../5
o o o
D= O O O
o o s
10) Seja o operador linear simétrico T: R 2 ---+ .IR2 definido pela matriz
4 12
A=
)2 -3
Vetores próprios e valores pr6prios JJ 1
Solução
1) A equação característica de A é:
4-À 12
det (A - hl) = = O
12 -3 - À
isto é:
(4 - À)(-3 - À) - l44 = O
ou:
-12-4À+JÀ+À2 -144=0
Ã.2-Ã-156=0
À1 = -12
II) O sistema homogêneo de equações lineares que pernúte a determinação dos vetores
próprios associados é:
(A - ),J)v = O.
Considerando
V =
y
312 Algebra linear
o sistema fica:
12 X o
=
12 -3 - À y o
16 12 X o
=
12 9 y o
isto é:
16x + 12y = O
12x t 9y = O
4
y=--x
3
l
x=---
fi+ 196
-9 12 X o
=
12 -16 y o
Vetores próprios e valores próprios Jl 3
isto é:
+ 12y = O
{ 9,
12x - l6y = O
3
y=-x
4
x- l = 1 =4-
-~
v' "T6
l
;1¾ 5
4 3
obtém-se o vetor próprío unitário u 2 = ( ,
55 ) associad o ao Vá.cor
.. , própno
. ..,A = 13.
2
3 -4
p
s 5
= 4 3
-5 5
De fato:
U1 . Uz =Ü
De fato:
314 Algebra linear
3 4 4 12 3 4
5 -5 s 5
D=
4 3 12 -3 4 3
5 5 5 T
3 4 36 52
5 5 -5 5
D=
4 3 48 39
5 5 5 5
-12 O
D=
O 13
l) Verificar, utilizando a definição, se os vetores dados são vetores próprios das correspon-
dentes matrizes:
a) V =(-2, 1),
3
l 1 l
b)v=(l,l, 2). O 2 1
O 2 3
1 -1 O
c)v=(-2,1,3), 'J 3 2
l 2
Vetores próprios e valores próprios 31 S
d) T: lR 2
- 11{ 2, T(x,y)=(y,-x)
e) T: lR. 3
- IR3' T(x, y, z) = (x + y + z, 2y + z, 2y + 3z)
f) T: JR.3
g) T: ll(i -
- IR3, T (x, y, z) =(x, -2x - y, 2x + y + 2z)
:]
a) e) l o o
A= [ 1
-1 A= l l -.....
o l -1
~]
b)
f) 3 2 1
A= [2
3 A= 1 4 1
l 2 3
e) -1 o
g) 3 3 -2
A= .
'")
3 2
,.,
A= o -1 o
t 1
8 6 -5
d) 3 -1 -3 h) o o 2
A= O 2 -3 A= O -1 o
o o -1 2 o o
)16 Ãlgebra linear
a) Se um operador linear T:V ---+ V admite À= O como valor próprio, então T nãc =
inversível.
e) Os valores próprios de uma matriz triangular <_ou diagonal) são os elementos da diagor.~
principal.
a) Calcular T(0,3).
9) a) Determinar as matrizes das rotações em IR' que admitem valores e vetores próprios.
11) Verificar se a matriz A é diagonalizável. Caso seja, determinar uma matriz P que diago-
naliza A e calcular p- 1AP.
a) 2 4 f) ,..., 3 -1
A=
A= o -4
3
o o 3
b) 9 1
A= g) 1 -2 -2
4 6
A= o I o
e) 5 -1 o 2 3
A=
l 3 h) 3 o -2--,
1
A= -5 1
d) 1 2
2 o _:J
A = -1 3 1
o 2 2
e) 1 o o
A= -2 3 -1
o -4 3
13) Para cada uma das seguintes matrizes simétricas A, encontrar uma matriz ortogonal P, para
a qual ptAP seja diagonal:
a) 2 2 d) J o J
A=
..,.. ,, ~
A= o -1 o
1 o l
b) 3 -1
A= e) 7 -2 -2
-1 3
A= -2 1 4
e) 2 2 -2 4 1
A=
2 5
a) 5 3 d) 6 o 6
A=
A = o -2 o
3 s
6 o I
b) o o 2
e) 2 -2 -1
A= o -1 o
A= -2 2 1
2 o o
-1 1 5
e) 3 -1 1
A= -1 5 -1
1 -1 3
b) À1 = 1, V1 =y(-2, l); À2 = 4. V2 =x (l , 1)
e) À1 = À2 = 4, v = x (L l)
d) Não existem.
3
g) À 1 = À2 = À 3 = -1, v = (x, y, 2x +
2 y)
h)Ã1=2, v 1 =x ( l , O,l); Ã2 = - l, v2 = y(O, l ,0); · ;\3 = -2, v3 =x(1,0, -l )
5) (8, 11)
b) (26, 6)
2
e)
o :J
320 Á lgebra linear
9) a) J o -1 o
(rotação de 0 ° ) e ( rotação de 180·0 )
o l O -1
10) Todos os vetores do núcleo, com exceção do zero , são vetores próprios associados a À"" O.
.,
11) a) l 4 - ,:. o
p = p - 1 AP =
'
-1 3 o 5
b) l 1 10 o
p = , p -1 AP =
1 -4 o 5
e) Não diagonalizável.
d) 2 l o 3 o o
p = 1 o l , p-1 AP = o ,.
')
o
2 1 -2 o o l
e) Não diagonalizável.
f) -3 1 -7 1 o o
p = 1 o -2
'
p-1 AP = o 2 o
o o 1 o o 3
g) o 1 -1 o o
p = l o O , p- 1 AP = O 1 o
-1 o l o o 3
h) Não diagonalizável.
Vetores próprios e valores próprios 321
b) o
19
Lo -1
13) a) __ ]_ l d) 1 l
o
../2 v2 ...ti ./2
P=
l 1 P= o o 1
v'2 V2 l 1
-vi o
v'2
b)
l 1
v'2 -vi e) l 2
-- o
P= '13 ../6
l 1 P= I l 1
...ti .Ji v3 v'6 -./2
l 1 1
e) vf ,./6 .Ji
l 2
0 v'S
P=
-
2 1
v'S v'5
14) a)
l 1
y2
-y2
- 8
ptAP =
p =
1
v'2
I
J2
o :J
1 o I
b) r, ..,
v'2 y.:,
- o o
p = o o P1 AP = o -1 o
1 o l o o -2
-
.Jf.
--
vi
322 Álgebra linear
e) 1 l 1
-
0 ../3 v6 2 o o
p = 1 2 p - 1AP ~ o 3 o
o .j3 --./6 '
o o 6
1 1 1
y2 v'3 -./6
d)
3 2
o
vTI v'f3 -2 o o
p = 1 o o '
p- 1AP = o 10 o
o o -3
2 3
o vTI
--v'í3
e) 1 1 1
- v'6 v'3 y2
6 o o
1 l l
-0 •
p-1AP = o 3 o
v'6 vi
2
o o o
1
-v'6 -
.Jj
o
CAPÍTULO
FORMAS QUADRÁTICAS
A• [: :]
ax 2 + by 2 + 2cxy
:] :]
sendo a matriz simétrica A a matriz da forma quadrática.
323
324 À/gebra linear
p = ax 2 + by 2 + 2cxy
[ xy1
Estamos designando t anto o par (x, y) quanto a matriz simplesmente por vs ·
É fácil identificar em que contexto cada um estará sendo usado.
Exemplo
4 12
A=
12 -3
p = 4x 2 - 3y 2 + 24xy
ou , na forma matricial
4 12 X
p = [x y)
-3 Y.
De fato:
Tendo em vista que a matriz P é a matriz-mudança de base de P para S, pois:
e, portanto:
podemos escrever:
ou:
P1 AP =D=
conclui-se que:
t t
v Av = v Dv
s s p p
ou:
a e X À1 X '
[x Y]
e b y
= [x' y']
o :J y
,
ou, ainda:
326 Ã{Kebra linear
Exemplo
4x 2 - 3y 2 + 24xy
-1 2x' 2 + l 3y' 2
De fato:
A forma quadrática
4x. 2 - 3y 2 + 24xy
A =
4 12]
[l~ -3
\ias os valores pró prios da matriz A. conforme o problema resolvido número 10, Cap ítulo
6. são /1. 1 = -12 e À2 = 13. Logo , a forma canônica da forma quadrática é:
-1"-X ' 2 + 13
. y'2
p =
r: 4
5
.,
4 ..>
-5 5
Formas ql.4adráticas 32 7
1
pois P1 -::: P pelo fato de P ser matnz 0r.., f ~ :-. :. .::akular Vp a partir de v S.
'
.) 4
5 5
[: 1
V -:::
p 4 3
5 5
:sto é,vp"'(x',y'J=t-l.2J.
Assim:
4 - 12 + 48 = -12 + 52
40 = 40
O que na verdade acabamos de fazer foi uma r.,uJ:1,1--..1 de base ou uma mudança de refercn-
_;Jl. O vetor v. que na base caaónica S é \'s = 1i.21. na base P dos vetores próprios unitários
~ 'p = (-1. 2 ). Como a base canônica individualiza o Sbtema cartesiano rdangular xOy e a base
~ o sistema retangular x'üy', podemos dizer que um ponto que tem coortlenadas (L .2) em
~~ laçâo ao primeiro síste ma tem coordenadas (-1. 2 1 em relação ao segundo sistema. A figura
:a página seguinte- mostra esse exemplo.
,
X X
p
y y
.
que irá ocorrer no estudo das cônicas. a seguir, será sempre uma rotação.
7.2 CÔNICAS
ax 2 + by ~ + 2cxy + dx + ey + ( = O
Observação
:.
Figura 7.2
(~)
JJO Álgebra linear
ou:
onde:
X e
V
s
::: A ::: ͪ e J',; ::: [d e)
y Lc b
u2 - (x 21 • x 22 ) da matriz simétrica A.
X
a e
e b y
o X'
t • '
vp Dvp == [x y ]
o y•
e:
y
Formas quadráticas )31
por:
,
X11 X21 X
Pvp =
X12 X22 y•
tendo o cuidado para que det P = l. a fim de que essa transformação seja uma rotação.
[x'y'J Àt
[ Ü
Ü] [X] + [de) [Xll X2J [XJ + f= O
À2 y' X12 X22 y'
ou:
'\
,qx '2
+"'\ 2 y-+px
. ,, 1 ' •
+qy+t= o (3)
que é a equação da cônica dada em (1 ), porém referida ao sistema x'Oy', cujos eixos são
determinados pela base P = { u 1 , u 2 } , conforme sugere a figura.
x·
Observemos que enquanto a equação ( 1) apresenta o termo misto em xy, a equação (3) é
:esprovi<la dele. Portanto, na passagem da equação ( l I para í3) ocorreu uma simplificação.
332 Ã lgebra linear
para se obter a equação reduzida efetua-se uma nova mudança de coordenadas, que consiste na
translação <lo último referencial x'Oy' para o novo, o qual chamaremos XO'Y. A análise das
duas possibilidades é feita a seguir.
ou:
. ,., p , p 2 ) '\ ·
'2 q / q 2 ) . p·" q-"
Ài(x • +x;-x + 4À~ +" 2 (Y +i\ Y + 4À~ +t- 4À, - 4À =O
2 2
p q p2 q2
Ãi(x' + "'" )2 + X2 (y' + -n)2 + f- " - - =O
-"-1 -/\2 4 "-1 4À2
fazendo:
X= x' +_E.
. 2À1
e. final me n~~:
{S)
Formas quadráticas 333
A equação (5) é a equação reduzida de uma cônica de centro e, como se vê, o prímeiro
membro é a forma canônica da forma quadrática :10 plano.
II) Se um dos valores próprios for igual a zero, Àt = O, por exemplo, li equação (4)
fica:
ou:
, .
,, q , q· . - q·
À2 ( y • + ,.- y + Ã'\7 ) + px + t - - =O
1\2 4À2 ~À.
"I.
1\2
(y' + - q )2 + p (x, +-
f
- -q:
- )= O
2À2 p 4pÀ2
, f q2
X=x+----
p 4pÀ2
(6)
: !Jservação
ou:
Uma cônica representada por qualquer uma dessas equações é do gênero parábola.
Solução
De acordo com 7 _2 J, divídiremos esse trabalho em duas e tapas, sendo a primeira consti-
tuída de três passos.
2 X X
[x y)
1 2 y
+ [7v'2 5../2 J
y
+ 'º=o (2)
Formas quadráticas 335
2-X l
det ( A - XH =dct =O
:! - X
isto é:
(2 - X)(2 - X) - 1 =O
4 - 4À + ;\2 - 1 =O
À2 - 4À + ~l =o
À1 =3
À2 =1
Resolvendo o sistema
2-À l X o
=
1 2-À y o
Para À1 = 3, vem:
-1 11 X Ü
1 =
-l . y o
J
, dai:
v 1 =x(I, 1)
336 Álgebra linear
Para X2 = l, vem:
1 1 X o
1 l y o
e daí:
v2 =x(-l,l)
2 I X
[x y]
l 2 y
,
3 o X
[x' y']
o 1 y
I
e o vetor
por
l 1 ,
,Ji -..fi X
1 1 1
y
,Ji v'2
Formas quadráticas 337
onde já tivemos o cuidado de dispor os vetores próprios unitários de tal modo que:
l
r::,
y2 y.:,
dei = +I
'JI V- "'
fx ' y'l
o ºl l
lj y •
+ [7v'2 5v2 l
)j
1
y
+ JO = o
v0
:)U:
:;uc é a equação da cônica (1 ), porém referida ao sistema x'üy'. cujos eixos são suportes de
·.: e v 2 (ou u 1 e u, ). conforme a figura 7.3a.
x'
y
Figura 7.3a
338 Algehra liriear
3x ·2 + y '2 + l 2x • - 2y , + 1O = O
., . ,
(.1x • + 12x 1 )-t (y /?· - .:.y
, ')
=- 1o
X= x' + 2
y = y' - 1
3X 2 + yi = 3
011:
que é a equa'iâo 1cd11zida da cónica dada em ( 1), porém referida ao sistema XO'Y. ond.,
1
0 (-2. l 1.
Trata-se de uma elipse cujos semi-eixos medem I e yJ. esrando o eixo maior sobre e
eixo dos Y. conforme mostra a figura 7.3b.
Observsção
1 l
Tendo em vist~ que e 1 = (1. O) e u 1 = ( r,;, ,,). o ângulo 8 correspondente à rotaçãü
V.í. V.tJ
é dado por:
Formas quadráticos .J.J'i
x·
Figura 7.3b
l 1
Por outro lado, para confirmar. e 2 =(O, 1) e u 2 = (- 0 , r:; ), Jogu:
y.:. y,:,
:Sto é:
R
fJ == are cos v ,,- = 45°
SJfução
II -12
[x y]
-12 4
[ ; J+ [20 - 40) [ :· J- 20 = O (6·
11 -12
.,\ =
-12 4
são:
À1 = 20,
À2 = -5,
4 3
[x' y']
20
o
o
-5
[ ::J + [20 -40J
5
3
5
4 [
x',
Y
J
- 20 = O
5 5
ou:
ou, ainda:
Fazendo:
X= x' +1
y = y' + 2
4X 2 - Y2 = 4
ou:
xi y2
·- - - = 1
l 4
que é a equação reduzida da cônica dada em (5), porém referida ao sistema XO'Y, sendo
0'(-1, -2).
Trata-se de uma hipérbole cujo eixo real, de medida 2, está sobre o eixo dos X, conforme se
vê na figura 7.3c.
3 14 X
1
1
1
x·
Figura 7..k.
]42 Álgebra linear
x 2 + 2xy + y 2 - 8x + 4 = O
Solução
1 1 X xl
[x y) + [-8 OJ +4 = O
1 1 y y
J
2f? Passo: Os valores próprios e os vetores próprios unitários da matriz simétrica:
l l
A=
1 1
são:
l l
À1 = o, U1 =(- --)
../5.. ,./2
, 1 ,
o o X -J X
[x' y'J + [-8 O) v'2 ../2 + 4 = O
o 2 y
1
l 1 y
I
- ..Jf ../2
....
Formas quadráticas 343
ou:
ou, ainda:
4
y '2 - - X' 4 y, + 2 = o
--
./2 ./2
(y
'2
- 4- y I + 2 ) = 4- X t - 2 + "'I-
../2 vi.
Fazendo:
- 1
X -x
y = y' -..Ji
Y2 = 2 v'2X
~ue é a equaçã'o reduzida da cônica dada em (7), porém referida ao sistema XO'Y, onde
0°(0, ./2).
344 Álgebra linear
Trata-se de uma parábola de parâmetro igual a ../2, tendo para eixo o eixo dos X.
conforme mostra a figura 7 .3d.
X
Figura 7.3d
4x 2 -3y 2 +24xy-156=0
Solução
Como essa equação não apresenta os termos de primeiro grau em x e y, a resolução é
constituída somente da l ~ etapa.
4 12 X
[x y] - 156 = O (8)
12 -3 y
4 12
A=
12 -3
Formas quadráticas 345
são:
.....
o
'j-
-12
,
[x y'J .1 -""- = o
o 13 \'
y
ou:
ou:
y'Z x'2
12 - 13 =l
figura 7.3e
346 Ãlgebra linear
2
X - 6X + 8y - 7 = Ü
Solução
Como essa equação não apresenta o termo em xy, a resolução é constituída somente d:
2;1 etapa.
X
2
- 6x = -8y + 7
2
X - 6X + 9 = -8y + 7 + 9
(x - 3) 2 = -8y + 16
(x-3) 2 =-8(y-2)
Fazendo
X=x-3
y =y- 2
y y
X 2 = -8Y
2 -- - -:=-,-c:;::::::-----~...-x
o'
Figura 7.3f
que representa uma parábola de vértice na origem do sístema XO'Y, com 0'(3, 2), e voltada
para baixo, conforme mostra a figura 7.3f.
Formas quadráricas 347
7.4 NOTASCOMPLEMENTARES
ax 2 + by 2 + 2cxy + dx + ey + f = O {7.4. 1)
No entanto, em casos particulares. essa equação pode também representar um par de retas,
uma só reta, um ponto ou o conjunto razío. que são as chamadas cônicas degeneradas.
Exeml)!Os
1) A equação
(x + 2) 2 + (y - 1)2 =O
,JU:
x 2 + y 2 + 4x - 2y + 5 = O
21 A equação
3x 2 + 2y 2 + 1 = O
:~presenta o conjunto vazio. Essa equação não define nenhuma figura geométrica (o l <;> membro
~ sempre '* O).
b) Se À 1 e À2 tiver.em sinais contrários, a cônica será uma hipérbule ou duas retas.
348 Álgebra linear
Exemplo
A equaçiío
9x 2 -y 2 =O
(3x + y)(3x-y)= O
e concluímos que:
3x + y = O ou 3x - y =O
ou seja:
y =-3x ou y = 3x
Exemplos
1) A equação
4x 2 = 9 (Ã1 =4 e Ã2 = O)
X2 : -
9
4
ou:
3
x=±-
2
Fo=s quíldráticas 349
isto é:
3 3
x=- e x=--
2 2
2) A equação
y2 =O (À1 = O e Ã2 = 1)
3) A equaçao
3x2 = -5
representa o conjunto vazio.
As cônicas (elipse, hipérbole e parábola) e suas degenerações (um par de retas, uma só reta
e um ponto) constituem as possíveis interseções de uma superfície cônica com um plano.
7 .5 PROBLEMAS PROPOSTOS
a) x 2 + y 2 = l h) x 2 + y 2 =O p) x2 -4 =:..y2
b) x 2 - y2 = l i) X
2
+ y2 + 1= 0 q)y-3x 2 =0
j) x 2 - 1= O r) 3x2 - 4y 2 = 1
2 2 '
d)x 2 -y=l I) ~ +L =1 s) 2x 2 +3y 2 =6
3 2
X y
m)-+-= 1
3 2
n) 4y 2 - x2 = 8
g)x+y=l o) 5y 2 - 3x = O
350 Álgebra linear
a)4x 2 -y 2 =0
b) x 2 -16y 2 =O
e) x 2 +2xy+y• -1 =O
4) 7x 2 +y 2 -8xy-l7y5x+ lly5y+4l =O
6) x 2 + y 2 + xy + 5v'2x + 4y2y + l = O
7) 4x 2 t6xy-4y1 +20x-20y-19=0
8) l 6x 2 - 24xy + 9y 2 - l 5x - 20y + 50 = O
11) x 2 + 2 ,./3xy + 3y 2 - 4x = O
12) x2 +y 2 +2xy-4y'2x = O
IS) x 2 -6x+8y+ 1 =O
Nos problemas 16 a 24, efetuar uma rotação nos eixos coordenados a fim de eliminar
o termo em xy. Identificar a cônica e escrever sua equação no sistema x'Oy' obtido
após a rotação. Esboçar o gráfico.
Formar quadráticas 351
16) 3x 2 + 2xy + 3y 2 - 4 =O
17) 2x 2 + y 2 -t- 2 y'6xy = 16
18) 2x 2 +4xy+2y 2 -l6=0
19) 7x 2 - 8xy + y 2 + 36 = O
20) xy = 2
,._
~'}) 7x 2 + 13y2 - 6 y'3xy -16 =O
23) X
2
-t- y 2 t 4xy - 3 =Ü
25) x 2 -y 2 -2x-2y=O
26) X
2
+ y 2 - 2x - 2 y + 4 = Ü
28) 2x 2 + 2 .,/2xy + y 2 = 12
30) x2 + y 2 + 2xy = O
31) x 2 + y 2 + 2xy + 5 = O
.~21 x2 + y2 - 4xy = O
35) x 2 +y 2
+ 2xy + 4 = O
352 Álgebra linear
2) a) y = 2x e y = -2x
12) Y 2 = 4X,parábola
1
b) y =_!_x e y=--x
4 4
13) x 2 y2 •
v'2 -+--= l elipse
e) Y = v'2 e y=--
2
9 16 '
2
14) y2 x2
3) x2 y2
- 4 +-= 4 -5 = 1, hipérbole
1 1• elipse
S) Y2 = 3X, parábola
17) 4x' 2 -y' 2 = 16, hipérbole
6) x2 + y2 = i ei·1pse
9 27 18) y' =; ou y' = -2, duas 1etas
,..., '2
7. Y2 -X2 = !,hipérbole 19
.) y·
36 -4= I ,
X hi 'b l
per o e
8. X2 = Y, parábola
20) '2 '2
~ -Y = 1, hipérbole
9) x2 y2 4
+ = 1, elipse
3 6 21) '2 '2
-X I'
+y - = J . e1pse
2 6 .
10) x - y = 1,
2 2
hipérbole
36 36
22) x' 2 + 4y' 2 • 4=0, elipse
J l) Y 2 = .. y3 X, parábola
2 23) 3x' 2 - y' 2 = 3, hipérbole
Formas quadraticas 353
'2
24) x' 2 + Y,, =L elipse 30) A reta y' = O.
"'
31) Vazio.
25) Duas retas: y = ± (x - 1) -l.
32) Duas retas concorrente~:
26) Nenhum ponto do plano.
y' =v"Jx' e y' = - ..,;Jx· .
a d e
A= d b f
e f e
L
a d e Íx
v~Av 5 = [ x y z ] d
e
b
f
f
e
ly
z
Exemplo
3 -1 1
A = -1 5 -1
-1 3
onde i\ 1 • X2 e X3 são os valores próprios da matriz A. e x', y' e z' as componentes d-:
vetor v na b ase P = ·-' u 1 • u 2 , u 3 .: , isto
. '
e. vr = (.x, . y 1 . z' ) , send o u 1 • u 1 e u 3 os vetore~
próprios unitários associados a i\ 1 • i\2 e i\3 .
De fato:
1
l)jp =S P=l P= P
s
Formas quadráticas 355
e, portanto:
podemos escrever:
ou:
pt AP = D=
-::oncluí.se que:
vts Av s = ip Dvp
ou:
1
X À1 0 Ü X
e f e z z. '
)U, ainda:
Exemplo
I) A forma quadrática :
De fa to:
A forma quadrática:
3 -1 1
A= -1 5 -1
1 -1 3
'2 ,~ ,,
2x + 3y • + 6z •
II) Por outro lado, os vetores próprios unitários associados a À1, À2 e X3 são, respecti -
1 1 1 l l . l 2 1.
, -",,/6, J
\'llmente. u 1 = ( v'2, O, - v'2 ), U2 = (·y'3 , ...jJ, ,J3 l e U3 = (~
16 6).
Logo :
l 1
~
-
,/2 v13 v6
p = l 2
o
../3 -;ft
-l
,,/2- - -1 1
...j3 ,./6
Formas quadráticas 357
poís p 1 = p- 1 pelo fato de P ser matriz ortogonal, podemos calcular vp a partir de vs·
.....
o
1
.Jí
--..-"
V- :ol
1 !
;
Vp = 1
-.Jj1 - 1 1 1
.Jj v'3 1
1
..,
- 1 '1
j ~
'
y'6 ../6 v'6 J L-J J
2
,li
V :::
p
-3
../3
o
. , ( , , ') (. 2 3 O)
1stoe,vp= x,y.z = -~,·~, .
Assim:
2
3 (Of + 5 ( 1) 2 • 3 ( 2)2 - 2 (0.) (1) + 2 (0)(2) - 2 ( 1 )( .:?; = 2 (- ) 2 + 3 (-1._ )2 + 6 (0) 2
,Ji y'J
13 = 13
As considerações que fizemos no plano sobre mudança de referencial pela rotação são
\álidas também para o espaço.
358 Ãlgebra linear
7.7 QUÁDRICAS
M(x, y. z)
figuza 7. 7
a d e xl 1
íx
1
[x y z] d b f .v:1 ~
[m n p] 1 y + q=O 121
1
e f e z! z
J 1..
ou:
vt Av5 + NvS + q = O
onde
X a d
el
V
s= y 1 A= d b ..- 1
' -;! \ = [m n p]
z e f -:.J
a d e
xl
v~ Av8 = [x y z} d b f y,
'
e f e 2J
pela forma canônica
X1o o
x:1
vtp Dv p = [x' y' z'] o À2 o y
o o À3 z'J
360 Ãlgebra linear
e:
por:
x'
,
Pvp = y
z'
tendo o cuidado para que det P = l, a fim de que essa transformação seja uma rotaç.lo.
,
[x' y' z'] o ll.2 o y + [m n Pl X12 X22 X32 y' + q =O
o o À.3 z
1
X13 X,3 X33 z
.
ou:
que é a equação da quádrica dada em (!). porém referida ao sistema x'y'z', cujos eixos s~.
determinados pela base P = { u1, u 2 , u3 } .
para se obter a equação reduzida efetua-se uma nova mudança de coordenadas que consiste na
translação do último referencial O x'y'z' para o novo, o qual chamaremos O'XYZ. A análise das
possibilidades é feita a seguir.
.,_ (. •2
"t x
+,rx') +..,.":? (y •2 +-y)
s , + À C.z'"· +-z)
t ,
+q =O
3
~1 À2 À3
ou:
2
,2 ...!.. , _r_) ,. . , 2 s , s; . ,, t , t2
) r2 s2 t2
À 1( X + À 1 X + 4À.i + " (Y + À y + 4Xi) + ÀJIZ • +-çz + 4À~ + q - 4À1
2 - 4À2 - 4À3 = 0
2
Fazendo:
2
r2 S t2
q- 4À1 - 4À2 - 4À3 ::: - Q
X=x' +-
r
2X1
1 S
y =y + 2À2
, t
Z =z + 2À3
·,em:
! . finalmente:
(5)
A equação (S) é a equação reduzida de uma quádrica de centro, e, como se vê, o primeiro
:::embro é a forma canônica da forma quadnítica no espaço tridimensional.
362 Álgehra linear
II) Se um dos valores próprios for igual a zero, À 1 = O, por exemplo. a equação {41 fi~;_
À, (y
,2
+ Às y ') + ÀJ (z, 2 + Àt z)
, + rx , + q =
o
2 3
s , + -si, .)+/\
À (v '2 +-y 3
t
... (z, 2 +-z J
+-
t2
-,r )
+rx + q - -
•
s2
-
t2
- o
• ' À2 4Ã2 À3 4Àj 4À2 - 4À3 -
,.. . , s 2 q , s2 tt~ 2 ,
l\2(Y + À) +À3(2 +-:,--) +r(x + - - - - - - - )=O
2 2 ~/\3 r 4rÀ 2 4rÀ 3
q S2 t2
X=x'+----
r 4rÀ 2 4rÀ 3
):,_-y'+ - s
2À2
vem:
IC
Observação
ou:
Formas quadráticas 363
ou:
ou:
7 .
3x 2 + Sy 2 + 3z2 - 2xy + 2xz - 2yz + y'3y - - =O
12 ·
Solução
3 -1 l X X
7
[xyz] -1 5 -1 y + [O .Jf O] y - -
12
=O (7)
-1 3 z z
364 Ãlgebra linear
3 -1
A= -1 5 -1
1 -1 3
são:
l 1
"'• :; 2, U1 =(- Ü --)
vi' ' ./2
1 J l
- - -
o o v'2 ../3 V6 ,
,
12 X:.
, 1 ~
X
[x' y o o L. 7
3 y + [O vf O] - y' = ü
z'l: o 6 2'
../3 ""./6
z
t
12
l
- 1 J
-:.n y3 v'6
ou:
f")
2x - + 3y • + 62 • + y -
,... ,... / v'22z t
-
7
=O
12
2 + . (', - v'1)2 = 2
') '2
... X t J (y
,
+ _!_
6) 6 z 12 4
Formas quadráticas 365
Fazendo:
X= x'
, l
Y=y+-
6
Z=z - -
, .Ji
12
2x 2 + 3Y2 + 62 2 = !
ou:
x2 y2 z2
- + - +-;::: l
8 4 8
3
que é a equação reduzida da quádrica dada. porém referida ao sistema O'XYZ, sendo
'(O 1 v2)
º ,-6'12.
Trata-se de um elipsóide.
h) x 2 +z 2 -4y=O
Solução
a) 36x 2
•
+ l 6v2
J
- 9z 2 = 144
x2 yi z2
-+----=1
4 9 16
que é a forma canónica de um hiperbolóide de uma folha ao longo do eixo dos z (Figura 7 .8a).
366 Ãlgebra linear
x2 v2
-+"'-=I z=O
4 9
z
respectivamente.
r 1 /
o 1 ~,-,-
_.,,f 1 '
-3 +-----•y
3
,,.. 1 1
1
x2 z2
+-=4y
l 1
que é a forma canônica de um parabolóide eliptíco ao longo do eixo dos y (Figura 7.8b }.
Figura 7.8b
Por uma conveniente translação de eixos, transfonnar cada uma das equações seguintes na
forma reduzida e identificar a quádrica que ela representa.
4) 2x 2 -y 2 -2z 2 + 8x + 4=0
6) 9x 2 - 4y 2 - 16y - 36z - 16 = O
7) x 2 +y 2 -2y=O
8) x 2 + 4y 2 - z2 - 2x + l 6y + i 7 = O
Nos problemas 9 a 12 efetuar uma rotação e uma translai;ão de eixos para referir a quádrica
ao sistema O'X YZ e identificá-la.
10) y 2 -4xz-4x+2y-3=0
12 •2 12
l) ~ + L + ~ = J elipsóide
2 1 4 ' .
2) ;
12
+ -y -T = 1, hiperbolóide de uma folha.
12 '2
3) •2 12
~ +\ = -2z', parabolóide elíptico.
6) '2 1
2
~ - Y = z, parabolóide hiperbólico.
9
8) '2 ,2 ,2
~ +Y - z = O, superfície cônica.
1 4
ll) x; y; + z; =
+ l, elipsóide.
APÊNDICE
MATRIZES
DETERMINANTES
SISTEMAS. DE EQUAÇÕES LINEARES
MATRIZES
369
370 Álgebra linear
Observação
Dessa forma, [a~.. ], com variando de 1 a m e j variando de I a n, representa abrevia- A.1.6 Matriz-li
.
damente a matriz A, ou melhor, representa qualquer matriz A de ordem m por n .
A matriz de ord
A partir de agora, e sempre que for necessário, uma matriz B será representada por
[bij], uma C por [cij] e assim por diante.
A.1.5 Matriz-Coruna
btendo-se :
Observação
Observação
mente '\m,n) . Assim,
A matriz-linha é denominada vetor-1.inha.
~.4) e diz-se matriz de
Quando o número de linhas é igual ao número de colunas, tem-se uma matriz quadrada.
372 Âlgebra linear
3 n1 ªn2 3 n3 ªnn o o
o
é a diagonal principal .
Numa matriz quadrad!l A= [aij], de ordem n, os elementos 3ij, em que i + j = n + 1, consti· A.2.5 Matriz Unid
tuem a diagonal secundária.
Assim, a diagonal formada pelos elementos A matriz escalar
matriz unidade. Indica-
ªu O O O
A= o o o
o o o
A matriz diagonal que tem o s elementos ªij iguais entre si para i = j é uma matriz
escolar.
j , constituem a
Exemplo
A matriz escalar de qualquer ordem que tem os elementos a.. = 1 para i = j é uma
IJ
matriz unidade . Indica-se a matri z unidade por 1n , ou simplesmente por 1.
Exemplos
~] ,, = [ : : ~]
é uma matriz
374 Álgebra linear
Exemplo
3
A diferenç
A.4 IGUALDADE DE MATRIZES
Duas matrizes A = [a IJ.. ] e B = [b .. ]. de ordem (m, n~, são iguais se, e somente se,
IJ
a .. = b .. .
IJ IJ
A.5.2 Propr
Exemplo
1) A+ (B
II) A+ O=
III) -A+ A
íV) A+B=
A 9Jma de duas matrizes A= [aij) e B = [bij], de ordem (m, n), é uma matriz C = [Cij] Se X é urr
tal que: B = [bij) taJ que:
Exemplos
Exemplo
1) !311
~ li
Matrizes. Determinantes. Sisterrza de equações lineares 375
Ir) 5 -2 3 -2 3 3 -J 6
2 -4 4 2 5 6 3
+ =
o 2 o 2 -2 2 o
3 -1 4 -3 o 5 o -1 9
A.5.1 Observação
c . =a . - b ..
iJ iJ IJ
, e somente se,
I) A + (B + e ) = (A + B) + e
II) A + O = O + A= A
111) -A + A = A - A = O
IV) A+ B = B + A
natriz C = [ Cij] Se À é um escalar, o produto de uma matriz A= [aij] por esse escalar é uma matriz
B = [büJ tal que :
b .. =Xa ..
1J IJ
Exemplo
5 X
5 X 4 5 X (-2)
5 I] [20
X =
-10
[ 5 X 3 5 X (- 5) 5 X Ü 15 - 25
376 Álgebra linear
1) (Xµ) A= À (µA)
n) (À+µ) A= ÀA + µA
III) X(A + 8) = ÀA + \B
IV) IA= A
Sejam as matrizes A( 1 , 4 ) e 8 ( 4 , 1) :
6 Se se escrevE
4
A=[4 3 2 5] e B= J
( l , 4)
5
t
3
o 29 e o 39 númE
indicam a ordem d
O produto AB é,pordefinição, umamatriz C ( l ,l) =[c11] tal que:
C11 = 4 X 6+3 X 4 +2 X 5 +5 X 3
e, 1 = 24 + 12 + 1o + 1s
Suponhamos
61.
Assim , C 11 é a soma dos produtos, na ordem em que estão dispostos, dos elementos da )(
A condiçao para multiplicar a matriz A(l, 4 ) pela matriz Bc4 ,l)• , de acordo com a
definição, é que o número de colunas de A (no caso, 4) seja iguaJ ao número de linhas de B
(no caso , também 4). Por outro lado, a ordem da matriz produto C é dada pelo número de
linhas de A (no caso, 1) e pelo número de colunas de B (no caso. também 1) , isto é, Cu. isto é , a matriz C te
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 377
1lar
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ .~ ~ .=. 2~ . . 6
2 X 5=10 5
5 X 3= ~ 3
.• · · · · · · · · · · · · · • · · · · · 61
(4 3 2 ... 51 (611
l
(4, 1)
t
o 2Q e o 3Q números, sendo iguais, indicam que a multiplicação é possível e o 1Q e o 4Q números
indicam a ordem da matriz produto C:
e:
X l
B(4.1) - -e li
Suponhamos que se deseja multiplicar uma matriz Ao ,4) por uma matriz 8(4 ,2 ):
l X 1
8 (4,2)
~tos, dos elementos da A(l,4)
à soma dos produtos
A pelo 2Q elemento de
Tendo em vista que o 2Q e o 3Q números são iguais (número de colunas de A igual ao
de A pelo 4Q elemento
núme ro de linhas de B), a multiplicação é possível, e a ordem da matriz produto C será dada
sitivo da página seguinte,
pelo JQ e 4Q números (número de linhas de A e número de colunas de B):
la matriz B (4,1 )·
6 !
A (2,3) X
4 2
A= (4 3 2 5) e B =
5 7
Sejam as matrí:
3 4
(4 . . . 3 . , 2 , .. 5] . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . (61 . . 44]
Suponhamos, agora, que se deseja multiplicar uma matriz A c2 ,3) por uma matriz B(3,4f
l
A(2,3) X l
8 c3 ,4)
O elemento c 11
de B, o elemento c12
C1 3 se obtém multipli
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 379
Tendo em vista que A é de ordem (2, 3) e que 8 é de ordem (3, 4), o produto existe
e é uma matriz c(2,4):
Sejam as matrizes:
2 4
(4,2) , considera-se
lla A pela primeira
luto da matriz-linha
diapositivo a seguir
A=[:
2
5 :1 e 8 =
[: :] 3
2
l
Para efetuar o produto das matrizes A e B, considera-se cada linha da matriz A como
uma matriz-linha (daqui por diante chamada simplesmente de linha) e cada coluna da matriz B co-
mo uma matriz-coluna (daqui por diante chamada simplesmente de coluna). A seguir, multiplica-se
.. , .~ .,.-. :4.
a H linha de A sucessivamente pela l ª, pela 2ª, pela 3ª e pela 4ª colunas de B, obtendo-se a
3 X 2• 6
..... ..... primeira linha c 11 c 12 c 13 c 14 da matriz C. Em continuação, multiplica-se a 2ª linha de A
sucessivamente pela l ª,
pela 2ª , pela 3ª e pela 4ª colunas de B, obtendo-se a segunda linha
c21 c22 c23 c24 da matriz produto C. O dispositivo a seguir facilita o entendimento do
44
processo :
~.. ~ ··6] .... ·.··..... .•.. ·········· [ClJ · · c12 •• c13 •• c14]
[
.2· · 5· ·3 • · . • .. . · · · • · · · · · · · · · · · · · · · · ..c21 · • c22 · · C23 · · C24
multiplicando a 1íl linha de A pela 4é;l coluna de B. Os elementos c 21 c22 c 23 c 24 são obtidos A ordem
multiplicando-se a 2ª linha de A sucessivam~nte pela 1íl, pela 2? , pela 3? e pela 4? colunas de B.
Assim, cada elemento c.. da matriz C é obtido multiplicando a linha i da matriz A pela número d
IJ
coluna j da matriz B. No exemplo dado:
número d
c 11 ::;: 1il linha de A x I il coluna de B ::;: 4 x 5 + 2 x 2 + 6 x J =20 + 4 + 6 = 30
Do mesm,
C12 = l~ linha de A x 2? coluna de B::;: 4 x 2 + 2 x 3 + 6 x 2 =8 + 6 + 12 =26
A(2,7) X
c 13 ::;: J il linha de A x 3íl coluna de B = 4 x 4 + 2 x 1 + 6 x 7 = 16 + 2 + 42 = 60
A(S ,4) X
C1
4
::;: 1~ linha de A x 4íl colona de B = 4 x J + 2 x O + 6 x 6 =4 + O + 36 =40
A(9,2) x
cc2,4> =
30 26 60
40]
[ 23 25 34 20
De acordo com o que foi visto até agora, pode-se dizer, por exemplo, que Tendo em
matriz e de ord
X B l -
(5 ,6) -
C
(3,6)
Por meio
número de colunas de A= 5
processo , vejamo
número de colunas de B = 6
Sejam as matrizes
[b"
b,2
b.,l
A =
['" '"]
ª11
ª12
822 823
e B = b21
b31
b22
b32
b23
b33
Tendo em vista que A é de ordem (2. 3) e que B é de ordem (3 , 3), o produto é uma
matri z C de ordem (2 , 3) :
X l
B(3,3) -- C(2 ,3)
. ............ .... .. .... .... .. . . ....... . .. . ... ·rb11 . -. b12.. -b1 .3J O produt1
: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b·2, . . b~2 . .b~3 define o element
[ .
..
..
8 11 , . a , 2 •. a13
.
8 21 · • a22 • • a23
.]
.. • • . . . . . . •• · • · • · · • • · · • · • • • · · • • • • · , · . [.
,c11· .
. . c,2.
.
.
.
.]
- c13
.. Assinale-se
• • • • • • • • • • • · • • • · • · • · • · ' · • · • · · ' ' ' · · · ·C21 • · C22' ' C23 de A e tambér
produto AB .
Assinalando o 29 índice de " a" e o 19 índice de " b", vê-se que , em cada parcela , eles
são iguais :
A.7.2 Coml
Em geral , a
Essa expressão pode ser escrita do seguinte modo:
Exemplo
k• 3
C23 = ~ 32k bk3
k• 1
Mesmo qua;
geral, diferentes:
r--
A (4 ,3)
Essa expressão é que, na verdade. define o produto C = A B. t
Generalizando, se A(m,n) = [aijl e se B(n ,P) = (bkjl , o produto AB é uma matriz
e= [clj] tal que :
k • n
\; 3 b O produto
- ik kj
k .. 1 matriz de o rdem (
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 383
.. b'.z· ·bt3] O produto C = AB é uma matri z de ordem (m, p), uma vez que na expressão que
define o elemento ciJ, o r'ndice i varia de l a m,e o índice ·j varia de 1 a p:
.. ..
• • b22 • · b23
.b32 • • b33
X al(n ,p ) = e (m,p)
Exemplo
Entretanto, o produto
J X
l
B (5,6) A(3,5)
*
não existe , porque 6 3. isto é, o número de colunas da 1\1 matri z não coincide com o número
de linhas da 2ª matriz.
!
A (4 ,3) X
l
8 (3,4) = e (4,4 )
X
i
A (4,3) = D (3,3)
O prod uto AB::: C é uma matriz de ordem (4,4), enquanto o produto BA = D é uma
matriz de ordem (3,3).
384 Álgebra linear
Ainda que A e B fossem matrizes quadradas de ordem n, os produtos AB e BA seriam Como se vê:
também matrizes quadradas de ordem n , e ainda assim, em gera l, difeririam .
Sejam , por ex emplo , as matrizes : AI= IA= A
É fácil gene1
multiplicação dessa
A= G :] ' B = [ : :]
2<J Caso : S
AB = [
I 2
]3
[5 71 [17 23]
= 4 6 8 39 53
BA = [
5 71
6 8
l(
3
21 [26
4 = 30
381
44
A = [ : : ] , 1 = [~ :] AB= BA = J
diz-se inversa de A
Af = [: :] [ ~ J = [: :]
Assim, para s,
inversa da outra, bas
BA seriam Como se vê :
AI= IA= A
A [I l 3J B 2· -3J
= e =[
7 2 -7 11
BA = [ 2 -3] [11
-7 11 7
3]
2
= [I O
O]
l
Como se vê :
AB = BA = 1
AB= BA = I
AA - 1 = A- 1 A = I
Assim, para saber se , dadas duas matrizes quadradas A e B, de mesma ordem, uma é
inversa da o utra , basta multiplicar u ma pela outra e verificar se o produto é a matriz 1.
Nesse caso, dir-se-á que B é inversa de A e se representa por A- 1 (ou que A é inversa
de B e se representa por s- 1 ) .
386 Âlgebra linear
(AB) C = A (BC)
[: :J
II) Dadas as matrizes A, B, C de ordem (m , n), (m , n) e (n, p), respectivamente, tem-se:
Entretanto, se
qualquer que seja A
(A + B) C = AC + BC
III) Dadas as matrizes A, B, C de ordem (n, p), ( n , p) e (m, n), respectivamente, tem-se:
A.8 PROBLEI\
C (A + B) = CA + CB
1) Dadas as matri;
CV) Se A(m,n) , tem-se:
1m A=AI n = A A=[y+94
V) Dadas as matrizes A e B de ordem (m , n) e (n,p), respectivamente , tem-se, para
todo número À:
calcular y e X
(XA) B = A (XB) =À (AB)
}
VI) A multiplicação matricial não é, em geral, comutativa. ['9+4
xi + <
Exemplo
42 Pela definição de
[ º]
2 5 l
X 1:l~ :J 2
= [20 14]
11 21
y+4= 12
x 2 + 4 = 53
[: :l l
x 2 = 53 - 4
x2 = 49
X [: : ~] = [ 2: :: : X = ± ',./'49
x= ± 7
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 387
VII) Dadas duas matrizes A e B, se o produto delas for a matriz zero (O] , não é necessário
sta no item A.36. que A ou B sejam matrizes zero.
Exemplo
[: :J [: :] a[: :J
:tivamente, tem-se:
l) Dadas as matrizes
y+ 4 2 J [l2 2]
[ 9 X2 +4 = 9 5J
y+4= 12 y= 8
x 2 +4=53
X2 = 53 - 4
x 2 = 49
x= ± .../49
x = ±7
388 Ã lgebra linear
Solução -3í
2 3 8l [-3 7 1 r-1 lO 9l
D=
[4° 9
57 -26
11
A+ 8 = -5
[7
9
4
-6
-1
+ -4
O
2
9
1
5
4
= -9
7
11
13
-1
3
5) Calcula r o produtc
3) Calcular C - A.
Solução
A(2,4) =
[~
Solução
A(2,4) x 8 (4,2)
Solução
2 · · · · -5 · · · · ·
Matrizes. Dererminanres. Sisrema de equações lineares 389
40
D= 9
[
57
A(2 ,4) =
[~ -5
4 -6
7 ~] e 8 (4,2) =
2
3
-2
-5
8
Solução
.· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·rO ····4
:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... -.2.
~
: : . · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · l · · · -5
:
. .: :. .
.. . . . . . .......... . .... . . . .... 3. . ... .8
[
-8 . . . ~ ..... ~ . . . . . . ~] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ·[ (
2 · · · · -5 · · · · · 7 · · · · · · 3
. . -~
· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 6 · · · ·7
l
390 Â lgebra linear
Portanto : Observação
O fato de qu
A x M= [ :
-:1 escrever, sob a form
2x + 3y +
3x + 5y -
Observação
Daqui por diante , a multiplicação de duas matrizes A(m, n) e B(n, p) será feita sem a
f
4x + 7y -
utilização do dispositivo prático : cada elemento cij da matriz C(m. p) será calculado de acordo
Fazendo
com o disposto no item A.7 .
5
7
pode-se escrever:
Solução AX= B ou
De fato , efetuando o
2x + 3y + •
~] {]
3
5
7
= [ : : : :: :
4x + 7y - 2z
::J [
3x
4x
+ 5y -
+ 7y -. ~
~
e , de acordo com a d1
É interessante assinalar que a matriz C tem 3 linhas e uma só coluna:
• o elemento da 2? linha é : 3x + 5y - 4 z; 3x + 5y - •
• o elemento da 3? linha é : 4x + 7y - 2z. f 4x + 7y - '.
Matrizes. Determinantes. Sistema de eq14ações lineares 391
Observação
O fato de que a matriz C do problema anterior tem 3 linhas e uma só coluna permite
escrever, sob a forma matricial, o seguinte sistema de equações:
2x + 3y + 4z = -4
3x + Sy - 4z = 25
{
4x + 7y - 2z = 24
será feita sem a
lculado de acordo Fazendo
pode-se escrever:
2
AX= B ou 5
7
De fato , efetuando
•
o produto das matrizes1 do 19
•
membro, vem:
2x + 3y + 4z]
3x + 5y - 4z =
[-4]
25
[
4x + 7y -. 2z 24
2x + 3y + 4z = -4
3x + 5y - 4z = 25
{
4x + 7y - 2z = 24
392 Ãlgebra linear
7) Dadas as matrizes
Solução
Efetuandc
A =
[
-1 -1
O -1 ºJ
-1 e B = r-2 1 3 -li
-3 1
1 -1 -3 -1 2 -1 AB = [ :
36 + 5m
Solução
[ 28 + 4m
Para que a matriz B seja inversa da matriz A. é necessário que AB = 1. Calculemos
o produto AB: Pela defini
36 + 5m =
AB { :
1
::
-1
-~1 r-: _:
-3
X
-1 2
-:i r: : :J
-1
=
O O 1
=
::!8 + 4m =
9n + 45 =
7n + 36 =
Tendo em vista que AB = I, a matriz B, que se representa por A- 1 , é inversa de A. Para que
De fato :
Observação
Nos probli
iguai s.
A= [: : ] , B = [: :]
1)
A= [
calcular me n para que B seja inversa de A. 1.
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 393
Solução
l
Efetuando o produto AB, vem :
= [ 36 + 5m 9n + 45
28+4m 7n + 36
36 + 5m
[ 28 + 4m
9n+ 45] = [ l º]
7 n + 36 O 1
36 + 5m = 1 m = -7
:!8 + 4m = O . . m = -7
9n + 45 = O n= -5
7n + 36 = 1 n = -5
De fato :
1)
8 15n] e 8 [8 75] =
A
[ 12 +m 3 6 3
394 Álgebra linear
Bt
2)
Af -5
14)
.3)
A= [: ! Ox
s
15) -3 4
Dadas as matrizes:
o
A= -2 4
Js= [: [º
3 -7 9
A= [: -9J e C= 9 -9
-1 4 1 1 4 :J
Dadas as mat1
4) Calcular A+ B.
-2
5) Calcular B+C . 3
A=
7 -4
6) Calcular A+C .
5 9
7) Calcular A-8.
7
8) Calcular A - C.
-3 -1
D=
9) Calcular B - C. 4
5 3
10) Calcular X = 4A - 38 + SC.
Nos problemas 13 a 15, efetuar a multiplicação das matrizes A e X. 18) Calcular A (BD
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 395
14
) A=[; _;
3 9
:J X=[::]
-8
e
X3
15) -3 4 2 8 X1
o 1 3 -6 X2
A= -2 4 5 -7 e X= X3
9 -9 -8 6 X4
Dadas as matrizes:
-2
-a e=[ :]
3 l 3 -5
A= 7 -4 •
B= [ '
6 2 -8 -3
2
'
5 9
7 3 -8
-3 -1 -1 -3
D=
4 9 o
5 3 2 -3
A,[:
l
28) 5
22)
[-0,5 -1,5
1 [-122
-4
14]
8
A= -0,5 -2,5 0,5 e B = o -2
-0,5 -2 l -2 -2 4
A.8.2 Respostas 01
23)
A= -4[-2
-4
-4
-6
-4
i
-6
-6
-2
e B =
[-1,5
-1
2
2
-2,S
-1,5]
l,S
-0,5
1.
2.
3.
n=5 e m=-6
m=±9 e o= ±
x=5
4 a 6. Roteiro : Esse
7 a 9. Roteiro : Esse
24)
~·5]
-2 10 a 12. Roteiro : Esses
[-4
A= 2
10
-6
-8
º]
-2
-4
e B=
~l
l ,S
-S ,S
-2
6,S -3 ,5
13.
AX=
[ 2x + 6y
-
- Sx + 4y _
25)
B{~ :]
14.
5 [ x, + 2x,
A{:
3
AX = - 2x 1 - 5x2
-6 -1
3
_:] e 2
6
3x 1 + 9x 2
15. - 3x 1 +
26)
~]
4 0,5
'ª [ : 8
[-1
e B = -0,5 -0 ,5 ;,5] AX =
-2X1 +
-2 -14 -1,5 -1 -1 9x 1 -
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 397
Nos problemas 27 e 28, calcular me n para que a matriz B seja inversa da matriz A.
27)
A = [m -22] eB =[' 2:J
-2 n 2
28)
A =
[: :] e B = [:
~]
A.8.2 Respostas ou Roteiros para os Problemas Propostos
l. n=5 e m=-6
2. m = ±9 e n =±3
3. x= 5
10 a 12. Roteiro : Esses problemas se resolvem de forma análoga à do problema 4 do item A.8.
6y]
l
13 . 2x +
AX -
- 5x + 4y
14. X1 + 2X2
AX = - 2x 1 - 5x2
[
3x 1 + 9x 2
9x 1 - 9X2 - 8x 3 + 6X4
398 Álgebra linear
16. Roteiro : Esse problema se resolve de forma análoga à do problema 5 do item A.8. Exemplo
A.9.1 Proprieda1
29) Calcular H( 4 , 4 ) = A( 4 , 2 ) x G( 2 , 4 ).
1) (A+ Bl'
19. Roteiro : Esse problema se resolve de maneira análoga à do problema S do item A.8. fl) (XAl = X
III) (AT? = 1
Observação
29) Calcular L( 2 , 2) = J( 2 , 2) X C( 2 , 2) '
As propriedadf
21. Roteiro: JQ) Calcular M(4 , 2) = A( 4 • 2) x C( 2 , 2
). seguinte exemplo :
27. m= 9 e n=S
2
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 399
Exemplo
[) (A + Bl = AT + BT
U. U) (ÀA)T = ÀAT
UI) (AT? = A
IV) (AB? = BT AT
Observação
a) Sejam as matrizes
3
]
: e 8(2,2)=
[( 2]
3 4
AB = [~ :J x [l
3
2] = [l:
4
:J
l (AB)T =
[
10
14
6
8
14]
20
2 4 14 20
400 Álgebra l/11ear
2
:] , •T,.,,= [: :]
3] l} x Q 21 = [ }Q 6 }4J
4 3 2 4 14 8 20
A.11 MATR
Uma matri:
Comparando a) co m b), verifica-se que ( AB? = BT A T.
Exemp/0
Exemplo A=[-:-4
é anti-simétrica.
S=ST= [ : : :] De fato :
A.10.1 Observações
b) O produto de uma matriz quadrada A pela sua transposta AT é uma matriz simétrica . AT = - A
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineari•s 401
Exemplo
A=
[
2 O2]1 -1 2 AT = [2 O -1 º]
3
O 3 O 2 2 O
2l [2 ºJ ºJ
1
-1o 2 O -1 3 = 86 46 -3
3 O 2 2 O O -3 O
Exemp/0
A matriz
O 3 4]
A= -3 O -6
[ -4 6 O
é anti-simétrica .
De fato :
AT =
o
3
-3 -4]
0 6
[
4 -6 O
isto é :
AT = -A
402 Álgebra linear
Uma matriz M cuja inversa coincide com a transposta é denominada matriz ortogonal: Tendo em vii
isto é : isto é :
a matriz M é ortog
Exemplo
A matriz
A.13' MA TRlZ
A matriz qua
- 1 v'3 triangular superior.
2 2
M=
./3 l
-- Exemplo
2 2
5 4
é uma matriz ortogonal. O 3
A=
De fato: o o
o o
v'3 1 ..Jf
2 2 2 2
se M = MT = A.14 MATRIZ.
v'3 ..Jf 1
2 2 2 2 A matriz quad
triangular inferior.
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 403
simetricamente em 1 V3 I V3
1nulos.
2 2 2 2
X
V3 V3 J
2 2 2 2
isto é :
a matriz M é ortogonal ,
A matriz quadrada A= [aij] , que tem os elerr'lentos ªij =O para i > j, é uma matriz
triangular superior.
Exemplo
5 4 7 9
O 3 -8 4
A=
O O -2 3
O O O 6
A matriz quadrada A= [a.. J , que tem os elementos a.. = O para i < j , é uma matriz
u u
triangular inferior.
404 Álgebra linear
5 o o o Dada uma ma
po tente. O período
2 7 o o
-3 4 3 o
Exemplo
6 -2 8 9
-1
5
Uma matriz quadrada A= [aij l pode ser multiplicada n vezes por si mesma. A matriz
que resulta dessas operações, e que se representa por A", é chamada potência n da matriz A.
-1
Exemplos A'f -5
4
A ma tri z A é ic
Se A2 =A, enl
a) Se
4
406 'Â /gehra linear
Solução
A =[-3L -:
2
_;l x [ -~ -~ -~] = [: : :1 2
-4 4 -4 -4 4 -4 O O O 3
-5
A = [ ~ ~ :1
-2 -1 -3
A =[:
-2
-7
4
:_;Jl [:.: :1
-3
A
2
=[ ~
- 2 -1
2
-3
:J X [ :
-2 -1
2
-1 - 1 -3 J
2
2) Calcular (AB;
A 3 = A 2 x A=
[: : :1
-1 -1 -3
X [ :
- 2 -1
2
-3
:J 1:l~ : :1
a
O O
Solução
a) Cálculo de
2 3 -5
r·l
1
A=
3 -7 :]
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 407
Solução
2 3
3 -7
AT =
-5
8 9
Dadas as matrizes:
A =
[ 43 -5]
-7 , B = l-4 6
-:J
-2 4
-3 5
-5
[4 -3]
e=
1 2
e D=
[: :] o
l
Calcular (AB?.
Ea [ :
-2
-51 [4
-7
4
-3 -:J =)(
6
5
[-~
-4
-1
-17
8
-52]
-65
38
-1 9
(AB)T = ET =
[
-1
-52
- 17
-65
-:1
38
408 Álgebra linear
Solução
a) Determina ção de BT :
BT =
-4
6
-3] 5
classificar
[
-3 8
Solução
a) Determi
s'e = F =
[
-46
-3
-3]s
8
x l 4
l
-:
-
J= [-19 -a6]29
-4 25
4) Calcular (AB)TD.
b) Cálculo d
Solução
a) Cálculo de ( AB/:
(No caso presente, (ABl = ET já foi calculado no problema 2.) S=A +AT
~]
9
(AB)T = ET = [-' -1
- 52
-1 7
-6 5
e) Deiermin:
s'{:
(AB)TD =G = -1 [-' -52
-17
-65
9
~i,r:
38 I
-5
o
º]
2
O
-
l'
7
-14
13
'ª]
-34
298 - 130
12
Tendo em vist
Matrizes. Determinantes. Sistema tle equações lineares 409
S) Dada a matriz:
Solução
b) Cálculo da matriz A + AT = S.
S= A+ A T [;
3
~
6
~1
8
+[ :
9
: :J=
8
[: 1: 12 7
I
16
~1
e) Determinação de ST.
ST =[: 1:
12 7
l~l
16
A{:
classificar
classificar a matriz A - AT =P.
Solução
Solução a) Determ
a) Determinação de AT.
b) Cálculo
b) Cálculo de A - AT = P.
~1
e) Detcrmi
_;]
7
[~
4
-:
-5
_: ]
7
= [-: :
- 2 -1 O sT = [-11
]]
8) Dada a ma1
~
pT [: -: ::]
['º'º
M = se~ 8
Tendo em vista que A - AT;:: P;:: -PT, A - AT é uma matriz anti-simétrica. calcular M
Ma rrizes. Dererminanres. Sisrema de equações lineares 411
7) Dada a ma triz
classificar a matriz AA T = S.
Solução
a) Determinação de AT :
b) Cálculo de AA T = S:
2 3] [2 5] [ 13 -li]
s = AAT =
[
5 -7
X
3 -7
-
- 11 24
e) Determinação de ST
sT = 13 -IIJ
[-11 24
8) Dada a matriz:
~]
cos 0 -sen 0
M= se~ 0 co; 0
[
Solução Solução
10
a) Determinação de MT: A2 =
[4
cose sen e
MT = -sen e
o
cose
o :] 10)
Tendo em vis1
Dada a matriz
-2
b) Cálculo de MMT = Q: -3
A= :
[
-4
:º] x[-se:
-sen e sen e o
[ oos8
cos 8 calcular A2 e
e cose o
Q= MMT = se; e cose
o o
Solução
1
2
cos 8 sen 8 - se n 0 cos 0 + O A = -2
o o
Tendo em vist
Dadas as matr
T - 1
Se Q = MMT = I, M = M e, por conseguinte , a matriz M é ortogonal .
2
A= O 3
o o
9) Dada a matriz
A=[10 -25] 3 O
-4 - 10 e= -2 2
1 -
calcular A2 e classificar a matriz A.
Matrizes. Detcrminames. Sistema de equações /i11eares 41 J
Solução
1 2
A =
2
1º -5Jx110 -25J = Iº ºJ
L 4 -10 L 4 -1 º Lº º
Tendo em vista que A2 é igual à matriz zero , A 'é nihilpotente de índice 2.
10) Dadaamatriz
Solução
2 -J 2 -1 2 -1
A2 = -2 3 -2 X -2 J -2 = -2 3 _:]
'.] -4 4 -3 -4 4
2 -1 2
A = O 3 -2 , B = O -3
o o -4 o o
J O O -1 O O
C = -2 2 O e D = -3 4 O
-3
414 Álgebra linear
Solução
e D=
-3
3 -11
o -4
2) Calcular (
A matriz AB = E é uma matriz triangular superior.
Solução 4) Calcular A
F = CD = -2
3 O
2 o0
-3
l X r-1 -3
2
o4 ºJ
0
1
= r-3 o
-4
-10
8 ºJ
0
-3
5)
6)
Calcular B
2(ATBT)i
Dada s as m
A matriz CD = F é uma matriz triangular inferior.
4 3
A=
['
:
-5]
Af -7
-9
o
6
-2
-4
7)
8)
Classificar
Classificar I
1
Dadas as matrizes:
9) Classificar I
5 o 6
3 10)
A=
-8
-2
o
2
3
7
B = [ ~
O
-:
6
-:
3 -8
:J. C= [ ~
3 5
_: ]
4
1 I>
Classificar J
Classificar E
- 1 -5
12) Classificar C
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 4 15
s o 3 2
-8 -2 4
e D =
-3 2 -5
O O 2
2) Calcul ar (AB/ .
3) Calcular (AB) oT .
4) Calcular A(BDT).
S) Calcular sTc.
6) 2( ATBT)+ 3CT.
Dadas as matrizes:
A = [ :
S
-:
-9
~
i.
6
B = [~
7
-:
3
~ld eC a [-~
8
: _;
-9
]
7) Classificar A+ AT .
8) Classificar B+ BT.
9 ) Classificar A . AT .
11 l Classifü:ar B - BT.
17) Calcular EE
1 2 ,/2 2 v'6
A•[~ ~l 8 .
-3
1-/2
3
3
3
.c =
5
2 ,J6
5
5
-1
5
'
D= ["º 6
coso
- oos
- sen O
61 18)
19)
Calcular F2
Calcula r G 2
20) Calcular H3
2 1) Calcular J 2
,J3 .J'f v'3
3 3 3
~
22) Calcular L2
E=
,J6
3
,J6
6
,J6
6 F• [ 91
-6 '
G = ['2 161
-9 -1 2 ' 23) Cal cular M3
2
5
2
A{: o
1 1
H = -1
-2 2
J 3 D {:
-3
2 2 -1 -
24) Calcul ar AB
'°l [-;
-:l
2
J -[ 5
-2
IO
JL·['
-4 -3 -5
M •
-2
-2
o
25)
26)
Calcu lar CD
Dadas as matr
o
15) Calcular CCT e classificár a mat riz C.
calcular AB e
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 41 7
2 1
A = [~
O O
:J.
4
B = [:
O
-:
O
-1 ] ,
3
c = [-:
-2
:
-1
:J
2
e
D -[ :
-1
-~
- 3 -2
:J
24) Calcular AB e classificar a matriz AB =E.
29) Dete
1)
2 8
39) Cale
4 -7 -9
AT ::: 49) CaJ
3 o 6
59) Dete
-5 -2 -4
69) Calei
79) Som
2) Rot eiro : 19) Calcular AB::: E.
7) A+ AT é simétri,
29) Calcular ET ::: (AB)T.
8) B + BT é simétric
ou:
9) A . AT é simétric
19) Determjnar AT .
10) A - AT é anti-sirr
29) Determinar BT .
11) B - BT é anti-sim
3<? ) Calcular BT AT::: (AB)T (IV Propriedade da matriz transposta, item A.9 .1.)
12) C - CT é anti-sim
Observação
13) A é ortogonal.
J7) E é ortogonal.
4) Roteiro : IQ) Determinar DT Uá determinado no problema 3) .
18) F é nihilpotente <
2Q) Calcular BD T ::: G.
20) H é nihilpotente 1
5) Roteiro : 19) Determinar BT (já determjnado no problema 2) .
29) [<1 kular BT(' = J, 21) J é idempotente (
Matrizes. Determinantes. Sistema d e equações lineares 419
39) Calcular AT BT = K.
79) Somar 2K + L.
7) A+ AT é simétrica.
8) B + BT é simétrica.
9) A . AT é simétrica.
10) A - AT é anti-simétrica.
11 ) B - BT é anti-simétrica .
12) C - CT é anti-simétrica.
13) A é ortogonal.
14) B é ortogonal .
15) e é ortogonal .
26)
o A.19 TERMO
AB{ 35
A .20 DETER~
DETERMINANTES
Chama-se dt
A .17 CLASSE DE UMA PERMUTAÇÃO obtém efe tuando
primeiros indices, ,
Consideremos uma permutação dos segundos índic1
A utilização
a e b dadas algumas info1
a b c A .21 ORDEM
Cham a-se determinante de uma matriz quadrada à soma algébrica dos produtos que se
obtém efetuando todas as permutações dos segundos índices do termo principal, fixados os
primeiros índices, e fazendo-se preceder os produtos do sinal + ou - , conforme a permutação
dos segundos índices seja de classe par ou de classe ímpar.
A utilização da definição e o cálculo de determinan tes serão fe itos logo após serem
dadas algumas informaçôes necessá rias para a melhor compreensão do assunto.
A representaç:lo do determinante de uma mat riz A, que será designado por det A, faz-se
de maneira análoga à da matri z, colocada entre dois traços verticais.
422 Álgebra linear
Permuta ção
principai
A.22.1 Linhas e Colunas de um Determinante
12 3
Apesar de o determinante de uma matriz quadrada A= [a.. ] , de ordem n, ser um 12 3
lJ
número real , costuma-se, por comodidade, uma vez que aquele número é calculado a partir dos 12 3
elementos das linhas e das colunas da matriz, falar nas linhas e nas colunas do determinante.
12 3
12 3
12 3
A.23 PRELIMINARES PARA O CALCULO DOS DETERMINANTES
DE 2it E DE 3it ORDEM
P3 = 3! = 1 X 2 X 3 =6
12 3 12 3 o par +
consideremos as
A.24 CALCULO DO DETERMINANTE DE 2~ ORDEM
Dada a matriz
+ det A =
19) Escrever os elementos que compõem o termo principal, um após o outro, somente co m
Solução
os primeiros índices (deixando lugar para colocar depois os segundos índices), tantas vezes quantas
forem as permutações dos números l e 2 (no caso , duas vezes):
det A =
29) Colocar nas duas expressões anterio res, como segundos índices, as permutações 12 e
2 1, uma permutação em cada expressão e não necessariamente nessa ordem:
Daqui por e
Calcular :
3<?) Fazer preceder cada um dos dois produtos assim formados dos sinais + o u - , con-
forme a permutação dos segundos índices for de classe par ou de classe ímpar. No caso, se pode
7
ver. na Tabela do item A.23. 1, que o sinal q ue precede o 1Q produto é +. porque a permutação
det A=
1 2 é de classe par , e que o sinal que precede o 2<? produto é -, porque a permutação 2 1 é
2
de classe ímpar.
2) Calcular :
4<?) Efetuar a soma algébrica dos produtos assim obtidos. com o que se terá :
det A=
isto é:
det A= Solução
det A= (-3)
Exemplos
det 1=
l) Calcular o determinante da matriz o
Solução
det J = 1 X
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 425
7 5
det A = = 7 X 4-2 5 = 28 - 1Q = 18
2 4
permutações 12 e
Daqui por diante , se dirá simplesmente :
Calcular :
us + ou - , con-
,. No caso, se pode 7 5
>rque a permutação det A=
permutação 2 l é 2 4
2) Calcular :
erá: -3 -8
det A =
-5 -2
Solução
é igual ao termo
3) Calcular :
o
det 1=
o
Solução
d et l = 1 X ] - Ü X O=) - Ü =J
426 Álgebra línear
Solução
det A = 6 x 5 - 3 x O =30 - O = 30
39) Fazer prec
a permutação dos se1
A.25 CALCULO DO DETERMINANTE DE 3~ ORDEM na Tabela do item A.
b) o sinal que
e) o sinal que p
d) o sinal que
f) o sinal que
19) Escre ver os elementos que compõem o termo principal , um após o outro, somen te com 49 ) Efetuar a se
os primeiros índices (deixando lugar para colocar depois os segundos índices), tantas vezes quantas
forem as permu tações dos números l , 2 e 3 (no caso , seis vezes):
Essa fórmula pc
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 427
29 ) Colocar, nas seis expressões anteriores, como segundos índices, as permutações 123,
132 , 312, 213, 231 e 32 1, uma permutação em cada expressão e não necessariamente nessa
ordem :
39) Fazer preceder cada um dos produtos assim formados dos sinais + ou - , conforme
a permutaça:o dos segun dos índices for de classe pa r ou de classe ímpar. No caso , como se pode ver
na Tabela do item A.23 .2:
c) o sinal que precede o 3<? produto é+, porque a permutação 3 12 é de classe par ;
49) Efetuar a soma algébrica dos produtos assim obtidos , com o que se terá :
---
428 Álgebra linear
~ det A= a
l
····· ª12 ···· ª13] ª22 a23
ª21 a22 a23 ª11 = a11 (a22a33 - a23a32)
a32 a33 Essa manei1
a31 a32 a33
é comumente den
• multiplicar o elemento a 12 (da 111 linha) pelo determinante menor da submatriz de Exemplos
A, que se obtém eliminando a 111 Unha e a 211 coluna:
l) Calcular :
[ª"·@ ª"
ª21
a31
~22
a32
ª23
a33
l ª12
a21
a31
a23
333
= a12 (a21 333 - a23 a3i) det A = 3
A soluça-o se
2
de t A = 2 ><
ou, simplificadamente:
1or da submatriz de
ª11 312 313 322 873 821 823 321 ª22
det A= 321 ª22 323 = ª11 - 812 + 313 (A.25)
332 333 331 333 831 832
331 832 a33
Essa maneira de escrever a fórmula para calcular o determinante de uma matriz de 3~ ordem
é comumente denominada desenvolvimento do determinante pela lf!. linha.
1) CaJcular :
2 5 7
det A = 3 4
6 8 2
enor da submatriz de
1 4 3 4 3
det A = 2 x -5 X +7 x
8 2 6 2 6 8
2) Calcular: 2
det A= 3
3 -2
6
det A= -5 4 -6
o 2 7 desenvolvendo-o pela 2
4 -6 -5 -6 -5 4
det A = 3 x - 1 x + (-2) x a) A coluna a ser
a ser eliminada será aq
2 7 O 7 O 2
determinante menor.
det A = -5 (3 x 2
det A= 175.
det A = -5 ( 6 - 24
Assim como se pode calcular um determinante desenvolvendo-o pela 1? linh a, pode-se det A = 90 - 38 +
também calculá-lo desenvolvendo-o por qualquer linha o u po r qualquer coluna , devendo-se ter
absoluto cuidado com a alternância dos sinais + e - que precedem os produtos formados. det A= 156
Assim, no caso do determinante de 3? ordem , a alternância dos sinais + e - dos produtos
por linha e po r coluna é a seguinte :
Esse resultado foi.
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 431
+ +
+ (A.25.1)
+ +
3) Calcular:
2 5 7
det A= 3 4
6 8 2
A solução do problema se obtém com a fórmula análoga à obtida em ( A.25) com as seguintes
diferenças:
a) A coluna a ser eliminada para fo rmar o determinante menor será sempre a 211, e a linha
a ser eliminada será aquela em que se situa o elemento da matriz que vai multiplicar o referido
determinante menor.
3 4 2 7 2 7
det A= - 5 x +1X - 8 X
6 2 6 2 3 4
+ +
+ + A.27 PROPRIEI
+ + Dentre as dive1
de uma forma ou ou
+ +
ou com as propriedac
verificadas por meio e
Exemplo
1) O determina
Calcular:
3 2 4
ª1 b1 C1
o 9 8
82 b2 C2
det A = 5 6 7 2
a3 b3 C3
3 4 6
9 8 o 9 8 o 8
2 5
det A= 3 x 6 7 2 -2 X 5 7 2 +1 X 5 6 2
4 6 3 4 6 3 6 7 3
o 9
2 7
-4 X 5 6 7
=
3 4 5 3
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 433
LINHA Calculando cada um dos 4 determinantes de 3!l ordem e efetuando as demais operações
indicadas, se obterá o valor do det A. Igualmente, se pode calcular um determinante de ordem
n = 5, 6, 7, 8, 1O, 20, 50 etc., desenvolvendo-o. por uma linha ou por uma coluna, pelo mesmo
ordem para um processo que se calcula um determinante de 4!l ordem. Entretanto esse processo, por envolver
·minante pode rá um número excessivamente elevado de operações, torna-se quase impraticável. Por isso, no item
devendo-se ter A.28 será visto um processo em que , apesar de conter ainda um número elevado de operações, esse
fo rmados, alter- número é sensivelmente menor do que o do desenvolvimento do determinante por uma linha ou
por uma coluna e é, geralmente, usado com o auxílio de um computador.
Dentre as diversas propriedades dos determinantes serão relacionadas, a seguir, aquelas que
de uma forma ou outra dizem mais de perto com o cálculo dos determinantes de qualquer ordem
ou com as propriedades dos vetores. Essas propriedades não serão demonstradas, mas tão-somente
verificadas por meio de exemplos:
I) O determinante de uma matriz A n[o se altera quando se trocam as linhas pelas colunas:
Exemplo
8
2 5
2 = 2 X 3 - 5 X 7 = 6 - 35 =-29
7 3
6
2 7
:;; 2 X 3- 7 X 5 = 6 - 35 = -29
5 3
434 Álgebra linear
II) Se a matriz A possui uma linha (ou coluna) constituída de elementos todos nulos, o det A= 5 x ·
determinante é nulo:
det A= 70 -
det A= O
IV) Se na m
cionais, o determi
situados em linhas
Exemplo estão na mesma linl
o o o 4 5 5 4
det A= 5 4 = Ü X - Ü X +O X =0-0+0=0 ª•
2 7 3 7 3 2 det A=
3 2 7
ª2
Esse determinante foi desenvolvido pela 111 linha, observadas as alternâncias dos sinais que
precedem os produtos.
Exemplo
III) Se a matriz A tem duas linhas (ou duas colunas) iguais, o determinante é nulo:
2 6
a,
ª• C1
3 9
det A= ª2 ª2 C2 = o
a3 a3 C3
Nesse deten
Exemplo
6 l)
-=-= 3
2 3
5 5 2
3 3 3 3
det A= 3 3 = 5 X -5 X +2x
4 6 V) Se na ma
4 4 6 4 4
4 6 o determinante de
matrizes, a saber:
Esse determinante foi desenvolvido pela l.ª linha, observadas as ai ternâncias dos sinais que
precedem os produtos.
det A = 5 (3 X 6 - 1 X 4) - 5 (3 X 6- J X 4) + 2 (3 X 4- 3 X 4)
det A = 5 ( 18 - 4) - 5 ( 18 - 4) + 2 (J 2 - 12)
Matrizes. Determinantes. Sistema·de equações lineares 435
det A = 70 - 70 + O
det A= O
IV) Se na matriz A duas linhas (o u colunas) têm seus elementos correspondentes propor-
cionais, o determjnante é nulo (numa matriz A, dois elementos são correspondentes quando ,
situados em linhas diferentes, estão na mesma coluna, ou quando, situados em colunas diferentes.
estão na mesma linha):
= 0-0+0 =O
det A= =O
ª2 ka2
Exemplo
2 6
=2 x 9 - 6 x 3=! 8 -I 8 =0
3 9
6
-=- = 3
9
2 3
V) Se na matriz A cada elemento de uma linha (ou coluna) é uma soma de duas parcelas,
o determinante de A pode ser expresso sob a forma de uma soma dos determinantes de duas
matrizes, a saber:
= +
436 Álgebra linear
Exemplo Exemplos
2 3+5 2 3 2 5 1) Calcular:
= +
7 4+6 7 4 7 6
det A = O
De fato :
o
2 3+5 2 8
= = 2 X 10 - 8 X 7 = 20 - 56 = - 36 Desenvolvend,
7 4+6 7 10 precedem os produt,
mas :
det A= 1 x
2 3
=2 x 4- 3 x 7= 8 - 2 1 =-13
7 4
det A = l x (1
e:
det A = 1 x (1
2 5
det A = 1 x .1
=2 X 6 - 5 X 7 = l2 - 35 = -23
7 6
2) Calcular:
togo :
6
2 3 2 5
o
+ =-1 3 -23=-36 det A =
7 4 7 6 o
o
VI) O determinante de uma matriz diago nal A (superior ou inferior) é igual ao termo
principal, isto é, é igual ao produto dos elementos da d iagonal principal: Desenvolvendo
precedem os produto!
det A = O
det A= 6 x O
o o
o
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 437
Exemplos
1) Calcular:
l 3 S
det A = O 3
O O 2
Desenvolvendo o determinante pela lll coluna e observando a alternância dos sinais que
precedem os produtos, vem:
3 3 s 3 s
det A= l x -O X +O x
o 2 o 2 3
det A= 1 x ( 1 x 2 - 3 x O) - O x (3 x 2 - S x O)+ O x (3 x 3 - 5 x 1)
det A= 1 x ( 1 x 2 - O) - O x (6 - O)+ O x (9 - 5)
det A = 1 x l x 2 - O + O = J x l x 2
2) Calcular:
6 s 4 7
o 3 s
det A=
o o 3
o o o 2
3 s o 3 5 o s o 3
det A= 6 x o 3 -5 X o 3 +4 x o o 3 -7 X o o
o o 2 o o 2 o o 2 o o o
438 Álgebra linear
det A "" 6 x 1 x 1 x 2 de t A1 = O
VII) Trocando-se entre si duas linhas (ou colunas) da matriz A, o determinante muda de
o
sinal, isto é, fica multiplicado por -1 :
b} DesenvoJ,
ª1 b, c, ª1 b, c, precedem os prod t
ª2 b2 C2 =- a3 b3 C3
a3 b3 C3 ª2 b2 Ci
det A1 = +G
Exemplo
det A 1 =O ~
Calcular:
detA 1 =0 x
1 3 s
det A"" O o 2
o 4 12
d er A1 =O - '
a) Desenvolvendo o determinante pela 2ll linha e observando a alternância dos sinais que
precedem os produtos, vem:
Como se vê ,,
3 5 5 3
por -1 , isto é, se u
det A"" -O x +O X - 2 X
necessidade de trocé
4 12 o 12 o 4
Na rea lidade,
det A = - O+ O - 8
valor, deveria ser di•
det A= -8 resultado seria o mei
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 439
O O 2
ante muda de
1
b) Desenvolvendo o determinante pela 3!1 linha e observando a alternância dos sinais que
precedem os produtos, vem:
3 5 5 3
det A 1 =+ O x -O '< +2 '
4 12 o 12 o 4
d et A 1 =O x ( 36 - 20) - O x ( 11 - O) + 2 ( 4 - O)
det A 1 =O x 16 - O x 12 + } x 4
detA 1 =0 -0+ 8
Como se vê, o det A, ao serem trocadas entre si duas linhas da matriz A, ficou mult iplicado
por -1 , isto é, seu valor foi alterado. Para que se man te nha o valor tio det A, no caso de haver
necessidade de trocar entre si duas linhas (ou colunas). se procederá do seguinte modo :
3 5 3 5
det A= O o 2 = -1 • O 4 12
o 4 12 o o 2
Na realidade, tendo em vista que o det A foi multiplicado por -J , ele, para manter seu
valor, deveria ser dividido por -1 (ou multiplicado pelo inverso - 1, no caso -+ ).Como, porém, o
Quando se desejar trocar a 2~ linha pela 3~ de uma matriz A para facilitar o cálculo de seu Desenvolver
determinante, se escreverá assim: cedem os produto
3 S
det A= O o 2 -+ l..:i3
det A2 =+ r
o 4 12
3 5
det A= -1 x O 4 12 det A2 =O .
o o 2
detA2 =0 :
Essa operação será utilizada no cálculo de um determinante de qualquer ordem, quando,
como aconteceu no presente caso, num determinado estágio do processo do cálculo, não puder det A2 =O ,
haver o número zero na diagonal principal: a troca da 2ll linha pela 3? tirou o zero da diagonal
principal e colocou em seu lugar o número 4. det A2 = O -
Vlll) Quando se multiplicam por um número real todos os elementos de uma Linha (ou de
uma coluna) da matriz A , o determinante fica multiplicado por esse número: det A2 =2
b1 Ct ª1 b, C1
ª• Como se vê
ka 2 kb2 kc 2 =k x
ª· b2 C2 li.nha por t,uma
33 b3 C3 a3 b3 C3
det A2 = 2 =
o o 2
det A 1 =
Este determinante foi calculado, como Exemplo, na propriedade VII, e o valor encontrado
foi det A 1 = 8. (
Suponha o leitor que se deseja multiplicar a 2~ linha por 1/4 (o que é o mesmo que dividir
os elementos da linha por 4):
Repetindo o
3 s
dividir os elementi
det A2 = o 3 que, para compen
o o 2 plicá-lo pelo invers,
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 441
cálculo de seu Desenvolvendo o d et erminante pela 311 linha e observando a alternância dos sinais que pre-
cedem os produtos, vem:
3 5 5 3
det A2 =+ O x -O x +2 x
3 O 3 o
detA 2 =0 x (3 x 3 - 5 x l ) -O x ( l x 3 - 5 x 0)+ 2( 1 x I- 3x O)
ma linha ( ou de
det A2 = 2
Como se vê, o det A 1 ficou multiplicado por -¼- áo se multiplicar os elementos da 2íl
linha por !,uma vez que:
isto é, o valor de det A 1 ficou alterado. Para que se mantenha o valor do det A1 , no caso de
3 5 1 3 5
det A 1 = o 4 12 = 4 X o 3
, valor encontrado
o o 2 o o 2
mesmo que dividir
l
Repetindo o que já foi dito, multiplicar os elementos de uma linha por é o mesmo que
4
dividir os elementos da linha por 4 (o u, o mesmo que dividir o determinante por 4). Daí por
que, para compensar, isto é, para que o determinante mantenha seu valor, é necessário multi-
Quando se desejar multiplicar a 2? linha de uma matriz A por-¼- para facilitar o cálculo de Recapituli
seu determinante, se escreverá assim:
3 5
det ,
det A 1 = O 4 12
O O 2
l 3 5
det A 1 = 4 x O 3 deU
O O 2
Essa operação será utilizada no cálculo de um determinante de qualq uer ordem, quando,
como aconteceu no presente caso , num determinado estágio do processo do cálculo, se desejar
obter o número 1 como um dos elementos da diagonal principal: a multiplicação do número 4 ,
que estava na 2? linha como elemento da diagonal principal, por -¼- colocou o número I em det A
seu lugar.
3 5
det A=
det A2 = O 3
O O 2
Tendo
Nesse caso, basta multiplicar a 3? linha por Te fazer a respectiva compensação muJti- igual ao tem
vem:
plicando det A2 pelo inverso de { , isto é, por 2:
det A=
3 5 o o
det A 2 =2 x O 3 O 4
o o
ao ser desenvol
Matrizes. Derermi11a111es. Sistema de equações lineares 443
a facilitar o cálculo de Recapitulando todas as operações feitas até agora com o det A da propriedade VIII, tem-se:
3 5
det A= O O 2 - Li3
O 4 12
-
3 5
dei A= -1 x o 4 12 Li{_!._)
4
o o 2
10 det A2 :
3 5
det A = - 1 x 4 x 2 x o 3
o o
Tendo em vista que, pela propriedade VI, o determinante de urna matriz triangular é
va compensação multi- igual ao termo principal e como, nesse caso, o termo principal TP é igual a 1 (TP = l x l x 1),
vem:
det A =- 1 x 4 x 2 x l =- 8
3 5
O O 2
O 4 12
ao ser desenvolvido pela 2!1 linha (exemplo da propriedade VU, alínea a).
444 Álgebra línear
IX) Um determinante nã'o se altera quando se somam aos elementos de uma linha Pretende-se,
(coluna) da matriz A os elementos correspondentes de outra linha (coluna) previamente multi- elementos corresp
plicados por um número real diferente de zero:
b1 81 b1 2!1 linha:
ª1 C1 Ct
a3 b3 c 3 a3 b3 C3 Multiplicadc
Exemplo
Calcular:
2 4
det A 1 =
det A= 4 lO 12
5 7 9
b) Desenvolv
a) Desenvolvendo o determinante pela l!I linha e observando a alternância dos sinais que precedem os produ
precedem os produtos, vem:
10 12 4 12 4 10
det A= +l x -2 X +4 X
detA 1 =+J
7 9 5 9 5 7
det A= l X () Ü X 9 - J2 X 7) - 2 X (4 X 9 - 12 X 5) + 4 X (4 X 7- }O X 5)
det A 1 = 1 x
det A= -34
Portanto, de1
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 445
de uma linha Pretende-se, ago ra, sub st it uir a 2íl linha do det A pela soma de seus elementos com os
iamente multi- elementos co rrespondentes da l 1l linha previamente multiplicados por -4:
111 linha: 2 4
Multiplicador: -4 -4 -8 -1 6
2 4
det A1 = O 2 -4
5 7 9
b) Desenvolvendo o determinante pela Ili linha e observando a alternância dos sinais que
a dos sinais que precedem os produtos, vem:
2 -4 o -4 o 2
det A 1 = + 1 x -2 X +4 x
7 9 5 9 5 7
det A 1 =1 x 46 - 40 - 40
det A 1 = - 34
Quando se desejar somar os elementos da 2!1 linha com os correspondentes elementos da Aliás, com isso r
l!l linha, previamente multiplicados por -4, se escreverá assim: volvendo-o por l
determinante por
2 4
N!ro é demi
det A= 4 10 12 ---.. ½ = ½ + L1 (-4) um determinante
5 7 9 mas é para um d,
de determinantes
em geral, com alg
2 4 convém ainda dü
det A= o 2 -4 executar o procc
( e das respectivas
5 7 9 o último, o núme1
2!1) O elem,
1
por k ' com o q
A.28 CALCULO DE UM DETERMINANTE DE QUALQUER ORDEM
outro lado, para
porque , como já tivemos oportunidade de verificar, o processo para se obter o número zero é det A =
sempre o mesmo, assim como o processo para se obter o número J, na diagonal principal, ta mbém
5
é sempre o mesmo. Dessa forma, o exemplo a ser dado será o de um det erminante de 3!1 ordem.
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 447
entes elementos da Aliás, com isso haverá uma dupla vantagem: primeiro, se poderá calcular o determinante desen-
volvendo-o por uma linha (ou coluna) qualquer; segundo , se poderá verificar se, calculando o
determinante por triangulação, ele conserva seu valor.
Não é demais insistir em que o processo de triangulação n[o é específico para o cálculo de
um determinante de ordem 3 (embora o exemplo a seguir seja de um determinante dessa ordem),
mas é para um determinante de qualquer ordem. Por outro lado, é preciso declarar que o cálculo
de determinantes de ordem muito grande só foi possível a partir do uso dos computadores que,
em geral, com algumas variações, utilizam o processo de triangulação. Dada a explicação ao leitor,
convém ainda dizer que, por comodidade, facilidade nos cálculos e por ser bastante prático, para
executar o processo de triangulação, se procura colocar, por meio das operações adequadas
(e das respectivas compensações quando for o caso), como elementos da diagonal principal, exceto
o último, o número l.
Obtido o número 1 na l ~ linha e H coluna, isto é, a 11 = 1, substituem-se, por meio das opera-
:onvencional; é em-
ções competentes, todos os demais elementos da l ~ coluna por zeros; da mesma forma, depois de
la em lugar de L-i,
obter a 22 = J, substituem-se os demais elementos da 2ll coluna, situados abaixo (acima) de a 22
por zeros, e assim por diante. Quanto a cada um dos elementos da diagonal principal da matriz A,
uer ordem, quando,
três hlpóteses podem ocorrer:
:e desejar o número
o é que se utiliza a l? ) O elemento é igual a zero. Nesse caso deve-se proceder à operação de troca de linhas
que está na diagonal e multiplicar o det A por -1 , como compensação, isto é, para que det A conserve seu valor;
211) O elemento é igual a k . Nesse caso, deve-se multiplicar todos os elementos da linha
por ~, com o que se obtém o número I como elemento da diagonal principal dessa linha. Por
RDEM
outro lado, para compensar, isto é, para que det A mantenha seu valor, deve-se multiplicá-lo
3?) O elemento é igual a 1. Nesse caso, nada a fazer no que diz respeito à diagonal
:is linhas (ou co lunas)
principal .
1ma matriz triangular
: necessárias compen-
Exemplo
1 com as propriedades
Calcular:
o ideal seria calcular
2 7
:morado e repetitivo,
ter o número zero é det A::::: 3 2
Jal principal, também
5 3 4
ninante de 3? o rdem.
448 · Á lgebra linear
Solução
a) Desenvolvendo o determinante pela l!I linha e observando a alternância dos sinais que
precedem os produtos, vem:
detA= 2 x
2 7
3 2 2 3
det A= 3 2 =+ 2 x - 1X +7 X
3 4 5 4 5 3
5 3 4
det A = 2 X (3 X 4 -2 X 3) - 1 X (1 X 4- 2 X 5) + 7 X ( 1 X 3- 3 X 5)
det A= 2 x
det A= 2 X ( 12 - 6) - 1 ( 4 - 10) + 7 (3 - 15)
det A= 12 + 6 - 84
det A = - 66
b) O mesmo determinante será calculado , agora , pelo processo de triangulação, segundo det A= 2 x
as instruções prestadas anteriormente.
1
2 7 - - + L1(
2)
det A= 3 2 O termo pri:
5 3 4 Jogo:
det A= 2 x·
7
2 2 Como se vê.
det A= 2 x 3 2 ~ ~=~+L1(- l ) obteve quando se e
5 3 4
A.29 PROBLE
det A = 2 x 5 3 2
o
2 2
det A= 5
5 3 4 - L3 = L 3 + L 1(-5)
7
Marrize~. Dererminanres. Sisrema de equações lineares 449
7
1r1cia dos sinais que 2 2
5 3 2
det A = 2 x o 2 2
- L2(
5)
1 27
o 2 -2
1 7
2 2
5
det A= 2 x -
2
x o -i-
10
1 27 1
o 2 -2 - L3 =L3 + L2(- 2 )
I 6
2 2
6
iangulação, segundo det A = 2 x 5 x o 10
132
o o -w
132
0 termo principal é: T= I X I X (-.!B._) =-
10 10 '
logo :
5 132 10 132 132
det A = 2 x- x (- - ) = - x ( - - ) = - - = - 66
2 10 2 10 2
Como se vê, pelo processo de triangulação se obteve para o det A o mesmo valor que se
obteve quando se dese nvolve u esse de terminante pela J ;i linha.
1) Calcular :
2 4 6
det A= 5 9 8
7 2
450 Álgebra linear
Solução
det A= 2 x
Desenvolvendo o determinante pela 1!l linha e observando a alternância dos sinais que
precedem os produtos, vem:
9 8 5 8 5 9
det A= 2 x -4 X +6 x
2 7 7 2
det A= 2 x
det A= 2 (9 X ] - 8 X 2) - 4 (5 X 1- 8 X 7) + 6 (5 X 2-9 X 7)
detA=-14+204-318 det A= 2 x ,
det A = -1 28
mas o determinan
Solução
T= 1 x l x
1
2 4 6 -L1(2)
det A= 5 9 8
logo:
7 2
det A= 2 x (
2 3
7 2
Observação
2 3
det A= 2 x o -1 -7 O cálculo de
7 2
- L3 = L3 + Li (-7) trabalho e mais ra1
obter o s zeros dess
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 451
2 3
2 3
det A= 2 .x (- 1) x O 7
O -1 2 - 20
1 2 3
detA=2 x ( -I) x O 7
o o 64
mas o determinante de uma matriz triangular (superior o u infe rior) é igual ao termo principal :
T = 1 x I x 64 = 64
logo:
detA=2 x (-I) x 64
det A= - l 28
Observação
O cálculo de um deternúnante pelo processo d e triangulação poderia ser feito com menos
trabalho e mais rapidamente se, uma vez obtido o número 1 de uma col una, as operações para
obter os zeros d essa coluna n!fo fosse m indicadas uma de cada vez, e sim todas de uma só vez.
452 Álgebra linear
2 4 6 - Li(½)
-2
detA= 5 9 8
-1
7 2 l det A=
-3
-2
2 3
det A= 2 x 5 9 8 - Li =L2 +L1 (-5)
7 2 - L3 = L3 + Li(-7) Solução
-2
2 3
-1
det A= 2 x o -1 -7 det A=
- Li(-1)
-3
o -12 -20
-2
2 3
detA=2 x (-l) x O 7
det A= (-2) x
2 3
detA=2 x (-1 ) x O 7
O O 64
det A = 2 X (-1 ) X 64
det A=-128
det A= (- 2) x
-2 -3 -1 -2
-1 o 1 -2
det A=
-3 -1 -4 1
-2 2 -3 -1
Solução
1
-2 -3 -1 -2 --+ Li(-
2)
-1 o 1 -2
det A=
-3 -1 -4 4
-2 2 -3 -1
3
2 2
det A== (-2) x -1 o l -2
--
- L2 == L2 +L 1
-3 -1 -4 L3 == L3 + Li( 3)
-2 2 -3 -J L4 = L4 + L1 (2)
3 3
2 2
3 3
o 2 2
-1 - 12(;)
det A:::: (-2) X
7 5
o 2 -2 4
,s zeros de cada
, 3, como se verá o 5 -2 1
454 Álgebra linear
3 l mas o determinante
1
2 2
2 T=l x J x :
o 1 1 -3
3
det A= (- 2) x x
2 7 5 7 logo:
o 2 2
4 --+ L3 = L3 + L2(-
2)
o 5 -2 l ---+ Li = L4 =~(-5) detA=l8 x
3 1
o 2 2
4) Resolva a e
2 x-2
o -3
X
3 2
det A= (-2) x
2x 19 1
o o -6 3 ---+ L3 (--) 3
6
o o -7 13
3 Solução
3 1 Desenvolvend,
2 2 alternânc1a dos sinai
2
o -3
det A=(-2) x -3 (-6) x
2 19
o o -18 (x - 2) x
2
o o _7 13
3 - L4 = Li + L3(7)
(x - 2)( 1 - 6)
3 l 1.x - 2)(-5)-(
2 2
2 -5x + 10 -(-7
o -3
3
det A = (-2) x- x (- 6) ><
2 -5x + 10 + 7x
o o 1 - 19
8
3x + 30 = 60
55
o o o- 18
3x = (i() - 30
Matrizes. Determina111es. Sistema de equações lineares 455
5:, 55
T = 1 x 1 x 1 x (-- ·)=--
18 IR
logo:
55
det A= 18 x (- - ) = - 55
18
4) Resolva a equaçã"o:
x-2 X.+ 3 X-
2 3 = 60
3 2
Solução
3 2 3 2
(X - 2) X - (X:+ 3) X + (X- 1) X = 60
2 3 3 2
(x - 2) ( 1 - 6) - (x + 3)(2 - 9) + (x - 1)(4 - 3) = 60
-5 X + 10 - ( - 7 X - 2 1) + X - J = 60
- 5x + 10 + 7x + 21 + x - 1 = 60
Jx + 30 = 60
3x = 60 - 30
45~ Álgebra linear
3x= 30
5 ± y'T
x=--
30 2
x=-
3 5±1
x=--·
2
X= 10
5 +1 6
x=-- =-
2 2
5) Resolver a equação:
ou:
X 3 2
5 -1 4
x=-- =-
5 X 1 = 12 . 2 2
3
6) Resolver a E
Solução
3 2 X
X 1 5 5 X Soluçaõ
xx -3 X +2 x = 12
3 3 Desenvolvendo
alternância dos sinai~
x (x - 3) - 3 (5 - 1) + 2 (15 - x) = 12
x2 - 3x - 3 x 4 + 30 - 2x = 12 -2
XX
x2 - 3x - 12 + 30 - 2x = J2 2 -1
2
X - 5X - ] 2 + 30 - 12 = 0
x(-1+4) -x(
x2 - 5x + 6 = O x(3)-x(-7)+
5 ±__;_..:.._..:...._
X= _ J(-5) _ - 4_
2
I x_
x _ 6 3x + 7x -8x =
2 x l 2x =
5 ± J25 - 24
x=·
x=-----
2
x=
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 457
5 ± v'f
x=--
2
5± 1
x=--·
2
5+1 6
x=-- =-= 3
2 2
ou:
5 -1 =-=
x=-- 4 2
, 2 2
6) Resolver a equação:
3 2 X
1 -2 X =8
observando a
2 -1 X
Solução
-2 3 2 3 2
XX -X X +X X =8
2 -1 2 -1 1 -2
3x + 7x - 8x = 8
2x= 8
8
x =-
2
x=4
458 Álgebra linear
2 X - 2
det A
:\X'+ 3 4 = 56
3 X+) 5
Solução
4 2 2 det A
- (x - 2) x + (x + 3) x - (x+l) x = 56
3 5 3 5 4
7x-14+7x+21-7x-7=56
7x = 56
det B
56
x=-=8
7
detB=,
-2 -3 -1 -2
-1 o -2
det A=
-3 -1 -4 det e=
-2 2 -3 -L
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 459
Solução
o -2 -1 -2
2 -3 -1 -2 -3 -1
-1 o -2 -1 o
+ (-1) X -3 -1 -(-2) X -3 -1 -4
-2 2 -J -2 2 -3
ma e observando a
o -2 -1 -2 -1 o 2
det A= -2 x -1 -4 l +3 x -3 -4 - 1 X -3 -1 +
i6 2 -3 -l -2 -3 -l -2 2 -1
-1 o
+2 x -3 -1 -4 (a)
-2 2 -3
mas:
o -2 -4 -1 1 -1 -4
det B = -1 -4 1 = +O X - ( X + (- 2) X
-3 -1 2 -1 2 -3
2 -3 -1
det B =0 X (4 + 3) - l ( 1 - 2) - 2 (3 + 8) = 0 X 7 - l (- 1) - 2 ( 11)
-1 -2
-4 1 -3 -3 -4
det e = -3 -4 =+ ( - l ) x - l X + (- 2) X
-3 -1 -2 -1 -2 -3
-2 -3 -1
460 Álgebra linear
-1 o -2 • o cá
-1 -3 -3 -1
det D= -3 -1 =+(-l ) x -O X + (-2) X
• o cá
2 -1 -2 -1 -2 2 de o
-2 2 -1
• o cá
det D = -1 {I - 2) - O (3 + 2) - 2 (-6 - 2) = -1 (-1 ) - O ( S) - 2 (-8) de o.
det D = l - O + 1 6 = 17 • o cá
nant
-1 o c) Aler1
-1 -4 -3 -4 -3 -1
det E= e que, po rtai
-3 -1 -4 = ( -1 ) X -O X +] X
mesmo que o
-2 2 -3
2 -3 -2 -3 -2 2
nante po r con
det E= -1 (3 + 8) -O (9 - 8) + 1 (-6 - 2)
A.29.1 Prc
det E = -1 ( 11 ) - O ( l) + 1 ( -8) = - l 1 - O - 8 = -1 9
Dadas ai
Substituindo det B, det C, det D e det E em (a), vem:
3
det A =-2 ( -2 1) + 3 ( -14) - 1 ( 17) + 2 (-19) = 42 - 42 - 17 - 38
A = -5
det A= -55 7
calcular, pelo
Observação
J) det A
O cálculo desse determínante já foi feito no problema 3 pelo processo de triangulação e,
como era de esperar, o resultado foi o mesmo. Os principais motivos pelos quais o mesmo 2) det B
determinante foi calculado novamente, por outro processo, sã"o os seguintes:
3) det e
a) mostrar qµe um determinante de ordem n ~ 3 pode ser calculado desenvolvendo-o por
uma linha (coluna) e como fazê-lo ; 4) det (A +
462 Álgebra linear
5) det (A -B)
17) 5
18) x+3
9) det (CB) A
4
10) det C (BA)
9
-2 3 -1 15 -2x
o 1 2 3
A=
l -1 -2
4 -3 5
20) o
15) 4 6 X
5 2 -x = -128
7 4 2x
16) 3 5 7 22) 2 6
2x X 3x = 39 4 X
4 6 7 2x 8
A (r!)
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 463
17) 5 3
3x o 1 = 100
7x 2
4 5 3 = -7
9 10 7
19) 12 - X 1
18 - 2x 3 2 = 10
15 - 2x O 1
20) o X- J
X -2 = 0
2 x- 4
21) 2 X 2
X = -3
22) 2 6 2
4 X 2 = O
2x 8 4
A (ri)
464 Álgebra linear
1 a 3. Roteiro: Esses problemas se resolvem de forma análoga ã dos problemas I ou 2 do item A.29. 29)
59)
5) Roteiro: 19) Calcular A - B = F
69)
29) Calcular det F
29) Calcular G
29)
39) Calcular det G
39)
7) Roteiro : l 9) Calcular BC = H
49)
29) Calcular det H
59)
17) x=5
10) Rot eiro: 19) Calcular BA= N
18) X= I
29) Ca lcular CN = P
(f '/)
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 465
3<?) Calcular A+ B
3<?) Calcular BC
13 e 14. Roteiro : Esses problemas se resolvem de forma análoga à dos problemas 3 e 8, respectiva-
mente,do item A.29.
15) x=2
16) x =3
17) x=5
18) x=l
19) x=7
A
466 Á lgebra linear
22) x=4
det A = 2
INVERSÃO DE MATRIZES 3
Em A.7.2 (29 caso) viu-se que, dada uma matriz quadrada A, de ordem n, se existir det A= 1 x (4:
uma matriz quadrada B, de mesma ordem, que satisfaça ã condiçâ'o :
detA=l x (-:
AB= BA=l
det A= O
Urna mat riz quadrada A= [a .. ] cujo determinante é nulo é uma matriz singular. A.32 MATRIZ 1
u
Exemplo
A matriz
2 3
é singular porque
A= 5 2
4 7
3
det A = 2 5 8 = o
3 6 9 é uma matriz não-sin1
J
V
iJ, _( ~ IJ-1\
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 467
De fato, desenvolvendo o determinante pela líl linha e observando a alternância dos sinais
que precedem os produtos, vem:
4 7
5 8 2 8 2 5
det A= 2 5 8' =+l x -4 X +7 X
,6 9 3 9 3 6
3 6 9
det A= 1 X (5 X 9- 8 X 6) - 4 X (2 X 9- 8 X 3) + 7 X (2 X 6- 5 X 3)
det A = -3 + 24 - 2 l
det A= O
Exemplo
A matriz
2 3
A= 5 2 2
3 3
,D. .
(( ) \,J)
b I f
( l f
468 Álgebra linear
De fato, desenvolvendo o determinante pela 1i3 linha e observando a alternância dos sinais
Exemplo
que precedem os produtos, vem:
2 3 1
2 5 2 5 2
det A = 5 2 2 =+ 2 x - 3 X t J X
3 3 3 3
3 3
det A= 2 X (2 X 3- 2 X 1) - 3 X (5 X 3- 2 X 3) + 1 X (5 X l-2 X 3)
det A= 2 X (6 - 2) - 3 X (15 - 6) + 1 X (5 - 6)
det A = 2 x 4 - 3 x 9 + 1 x (- 1)
det A = .8 - 27 - 1
detA=- 20
A
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 469
A--[8 5]3 2
e C- _ [2 -5J -3 8
AC= [
8
3
5
2
] x (
2
-3
-
5
J=
8
(l
O
º]
1
[-32 -SJ8
A-1 =
B=
[9 7]
S 4
e F= [4 -7J
-5 9
•ersa de A - 1 é A.
I=i- 1
•
BF =
[95 7] 4
X [4 -7J [l
-5 9
=
O
º]
1
) AB é uma matriz
s-' = 4
[ -5
-7J
9
e\~)
( f e I
470 Âlgebra linear
9 7 97 7
AB =ís S] x [
se representa
]=[ 6J operaçÕes ele
l3 2 5 4 37 29
a ela, convém t
B _ _= [ 4 -7J [ 2 -SJ [
1
A 1
X = 29 -76]
-5 9 -3 8 -37 97
A= O
Il) Multiplicação de todos os elementos de uma linha {ou coluna) por um número real
diferente de zero.
lil) Substituição dos elementos de uma linha (coluna) pela so ma deles com os elementos
correspondentes de outra linha (coluna) previamente multiplicados por um número real diferente
de zero. o
A
L-- - -
(ri)
l V'J/
/
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 471
Com relação às operações elementares para transformar uma matriz em outra equivalente
a ela, convém ter presente o seguinte:
a) Quando se desejar permutar, por exemplo , a 2íi linha pela 311 de uma matriz A, se
escreverá assim:
A= O o
1
o 4
é a inversa de AB:
3 5
4 12
o O 2
'
b) Quando se desejar multiplicar todos os elementos da 2!l linha, por exemplo, da matriz
Li(...!..)
4
3 5
!S co m os elementos A1 = o 3
r1úmero real diferente
o o 2
A (r/)
472 Àlgebra linear
c) Quando se desejar substituir os elementos da l!l linha , por exemplo , da matriz A 2 , pela A.35.1 Transfor
soma deles com os elementos correspondentes da 2!1 linha previamente multiplicados por -3, se
escreverá assim:
equivalente I, de m
isto é , I - A.
Para transformar
linhas ( ou colunas) o
Do mesmo modo
dado aqui um exempo
de mesma ordem, e i
prático, uma vez que 0
O sinal = da expressão L 1 = L1 + Li (-3) na'o tem o significado convencional: é empre· n = 5, 6, 10, 20, 50, J
gado, entretanto, para indicar que a expressão L 1 = L 1 + L 2 (-3), utilizada em lugar de L 1 ,
Antes do exem
transforma a matriz A 2 na matriz equivalente A 3 •
forma a matriz A na
um asterisco ao lado d
d) Recapitulando as operações elementares que foram efetuadas com a matriz A até obter
operações para compe
a matriz equivalente A 3 , verifica.se que :
seu cálculo.
1) A operaçã"o Li 3 foi realizada para tirar um zero da diagonal principal e poder colocar,
em seu lugar, após adequada operaça-o, o número 1.
Exemplo
li) A operação Li(!) foi efetuada para, em lugar do número 4 na diagonal principal, se
Transformar a m
obter o número 1.
IU) A operação L1 = L1 + Li (-3) foi efetuada para, em lugar do número 3. situado acima do 2
número 1 da diagonal principal, se obter um zero.
A= 4 2
Como se vê, com as operações elementares se obtém os mesmos resultados já obtidos com 2 5 3
as propriedades VII, vm e IX dos determinantes: é que aquelas propàedades eram, na realidade,
operações elementares. No caso, entretanto, dos determinantes, a VII e a VIII propriedades, J 3
quando aplicadas, alteram seu valor, daí a necessidade de efetuar compensações, isto é, realizar 2 2
operações que anulem tais alterações e mantenham o valor do determinante. Não é o caso, porém, A,= 4 2 2
das matrizes: as operações elementares têm por objetivo transformar, por intermédio delas, urna
matriz A em uma matriz B, equivalente a ela . 2 5 3
A (r '/)
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 41S
e poder colocar,
Exemplo
1
2 3 - Li(-)*
,ituado acima do 2
A= 4 2 2
2 5 3
,s já obtidos com
am, na realidade,
111 propriedades, 3
2 2
:s, isto é, realizar
A,=
, é o caso, porém, 4 2 2 ___.. L 2 = L 2 + L 1 (-4)
médio delas, uma
2 5 3
A
474 Álgebra linear
1 3
1
2 2
A2 = o o -4
A6 = o
2 5 3 --+- L3 = L3 + L 1 (-2) o
l 3
T 2
A,= o
o -4
o
o 4 o
Tendo em vista que há um zero na diagonal principal (211 linha), há necessidade de permutar
a 2~ linha pela 3~ ; com essa providência , em lugar do zero se obterá o número 4 na diagonal
principal (2? linha); por outro lado, de acordo com a propriedade VII dos determinantes, o
determinante ficará multiplicado por -1:
Como se viu,
transformada na ma1
3
Tendo em vist
2 2
A, A 3 , A 4 e A5
calcular o det A:
o 4 o
det A = 2 x (.
det A'= 32
3
2 2 O leitor poden
det A= 4
1 3 2
2 2
As= o o det A= 2 x (2 :
1
o o -4 ---+ L3(--)*
4
det A= 2 x (6 -
e,~)
( f e 1
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 4 75
1
2
3
2 --+ L1 =L1 +Li(-~)
A6 = o o
o o
3
l o 2 - L1 = L1 +L3 (- ~)
A,,= o 1 o
o o
o o
A,*[~ 1
o
o
Como se viu, a matriz A, por meio de uma sucessão finita (8) de operações elementares, foi
transformada na matriz equivalente 1.
Tendo em vista que o det A 8 = det l é igual a 1 e que as operações realizadas com as matrizes
A, A3 , A4 e A5 alteraram o det A, as operações a seguir anularão as alterações e permitirão
calcular o det A:
det A= 32
O leitor poderá conferir o resultado obtido para o det A, desenvolvendo-o pela 1!l linha e
observando a alternância dos sinais que precedem os produtos:
2 3
2 2 4 2 4 2
det A = 4 2 2 = +2 x -1 X +3 x
5 3 2 3 2 5
2 5 3
det A= 2 X (2 X 3- 2 X 5)-1 X (4 X 3- 2 X 2) + 3 X (4 X 5- 2 X 2)
A·
476 Álgebra linear
1
A.36 INVERSÃO DE UMA MATRIZ POR MEIO 2
DE OPERAÇÕES ELEMENTARES
o o
A mesma sucessão finita de operações elementares que transforma a matriz A na matriz 2 5
unidade I transforma a matriz I na matriz A- 1 , inversa de A.
.l
2
Exemplos o 4
2 3 -;
2
A= 4 2 2
o
2 5 3
o o .J.
Solução
i-
1
-;
2
o
~
2 3
L, ( ; )'
o
4 2 2 o
2 5 3 o o o o
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 477
1 3 1
l 2 2 2
o o
4 2 2 o 1 o - L2= Lz + L1 (- 4)
2 5 3 o o
1 3
2 2 2
o o
o o -4 -2 o
A na matriz 2 s 3 o o --+ L3 =L3 + L 1 (-2)
1 3 1
2 2 2
o o
o o -4 -2 o - L23"'
aplicando-se,
o 4 o -l o
elementares.
3
·1
2 2 2
o o
1
o 4 o -1 o - Li (-)*
4
o o -4 -2 o
1 3 1
2 2 2
o o
o o 4
o 4
1
o o -4 -2 o --+ L3(- -)*
4
1 3 l 1
2 2 2
o o --+ L1 = L1 + L2 (-
2)
l
o o 4
o 4
1 1
o o 2 4
o
478 Álgebra linear
3 5 1 O dispositivo
1 o 2 8
o -8 - L1 = L 1 + L 3 ( - 23 )
1
o o -4 1
4
1
o o 2 -4 o
1 3 1
o o -8 8 8
1
o 1 o 4
o 4
1 1 2 · · · 1. . .
o o 1
2 4
o
4 ... 2 .. .
1 3 1
-8 8 8
1 1 Tendo em vista
B=
4
o 4 elementares que tra.r
1 1
2 4
o
O det A, 001
é a matriz A - 1 , inversa de A. compensações, é:
Pode-se fazer a verificação efetuando o produto AB, cujo resultado deve ser I; antes, porém,
det A= 2 x (-(
para facilitar os cálculos, os elementos da matriz B serão todos colocados com o mesmo denomi-
nador, exceto os zeros:
Esse determinan
1 3 1
8 8 8 2) Determinar a
2 2
B=
8
o 8
4 2 3
8 8
o
3
,~ .
( ee' f1)
I
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 479
. .
_l .. -Ó· . .l
8 · 8
i . __.?_ _. ·Ô
8 8 .
8
2· 1 3 s· ·O· · O o o
8 o
4· 2· 2 O· 8
·O = o
8
2· 5 ·3 O· ·O· 8
o o
Tendo em vista que a matriz B foi obtida de uma matriz I por meio das mesmas operações
elementares que transformaram a matriz A numa matriz un idade, B é inversa de A, isto é:
A{: : :]
A ( et ' f~)
480 Álgebra linear
1
1 ]_ 1
2 2 2
o o 2
3 2 o o - L 2 =~ + L 1 (-l) o
5 3 4 o o
o o
1 7
2 2 2
o o
o
5 3
o 2 2 2
o
o
5 3 4 o o - L3 = L3 + L 1 (-5)
o o
1 7 1
1
2 2 2
o o
5
o
3 2
o 2 -2 2
1 o - L2( 5 )*
o
1 27 5
o 2 2 2
o 1
o o
1 7 1
2 2 2
o o
o
o 6
10 -w2 2
5
o
o
1 27 · 5
o 2 -2 -2 o 1 - L3 = L3 + L; (- ~ )
L
o o
(
IJ \
~
{ \f
J) f
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 481
l 7 1
1
2 2 2
o o
2 2
o -w6 -Tõ 5
o
132 24 2
o o -10 -1o-10 - ½(-_!Q_
132
)•
1 7 1 1
2 2 2
o o - L, = L, + 1,,(-T)
2 2
o 1 -w6 -1o 5
o
o o 24 2 10
132 132 132
38 6 2 38
o 10 10 -1o o - L 1 =L 1 + ½(- 10 )
6 2 2
o 10 10 5
o
24 2 10
o o 132 132 132
12 34 38
o o - 132 - 132 132
6 2 2 6
o 1
10 -1o 5 o - L2 = L2 + L3(-)
10
24 2 10
o o 132 132 132
12 34 38
o o - 132 - 132 132
12 54 6
o o 132 132 132
24 2 10
o o 132 132 132
( b \ ~)
{ l f
482 Álgebra linear
12 34 38 6 17 19
132 5
132 132 66 6.6 66 det A = 2 x-
2
12 54 6 6 27 3
B= -132 =
132 132 66 66 - 66 Esse determin,
24 2 10 12 1 5
132 132 - 132 66 66 - 66
A.37 PROBLEr
Pode-se fazer a verificação efetuando o produto AB, cujo resultado deve ser I; o dispositivo 1)
a seguir, como já se sabe, facilita o processo da multiplicação de A por B:
6 17 19 Solução
-66·· -66 · · ··66
6 27 3
- 66 66 ... -66
12 l 5
.. 66 66 - 66
66
2· .l . ·7 . . . . . . . . . ·66 .. o o 1 o o 7
12
1. . 3 . . ·2 ..... . . . o· .. 66 ..
·O = o o
66
5 3
5. .. 3 . . 4 ,. . . .. .... o .. .. o · · 66 o o
66
7
Tendo em vista que a matriz B foi obtida de uma matriz I por meio das mesmas operações 12
elementares ql.ie transformaram a matriz A na matriz unidade, B é inversa de A, isto é:
o 12
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 483
5 132 132
det A= 2 x - x (- - ) x 1 = - - = -66
2 10 2
e ser l; o dispositivo l)
Solução
1
- Li(-)
12
o 7
12
o
s 3
7
12
.as mesmas operações
l, isto é:
o 12 - Li(l2)
A ( ee', f1)
484 Álgebra linmr
3
7 7 2
12 - L1 = L, + Li(- 12 )
o
o 1
1
o 2
I :::;
[: ~] o
o
1 --
2) 3 -1
B = l2 1 -3 1 o o --
-1 2 -1
o
Solução o
1 o o
-2 3 -1 - L1(- 2 )
"[i
-3 1 o
1
-1 2 -1 1 o
3 1 3) -2
2 2
Solução
3 1
2 2 -2 -1
3 1 2
o 2 2 - Li(--)
3
3
-4 -1
1 1
o 2 2 3
( t \ ~)
e i f
}
V
0
Matrizes. Determ inantes. Sistema d e equaçõel' lin eares 485
3 3
- L1 =L, + L2 ( 2 )
2 2
1
o 3
l J 1
o 2 -2 - L3 = L3 + L2 (- 2 )
o o
o -3
o o -3 - L 3 (-3)
o o
1 1
o 3 --- Li =Li+ L3( -3 )
o o
_jo)J
l ·[i o_
l
O 1
3) -2 -1 o 2
3 -2 -2
e =
-4 -1 2 3
3 -1 -2
Solução
l
-2 -1 o 2 - L1 (- 2)
3 -2 -2 --½=L2 +L1 (- 3)
-4 -1 2 3 - + L3 = L3 + L 1 (4)
3 -1 -2 - L4 = L4 + Li(-3)
A (ri)
486 Álgebra linear
1
2
o - l
o
1 I=
o -2 -2 --+ Li(-2) o
o 2 -1 o (
l
·º -2 -1
Nos problern
uma das matrizes d,
1 J
2
o -1 --+- L 1 = L1 + L2 (-
2) 4)
o
o
4
2
-2
-1 - L3 = L3 + L 2 (-I)
A=
[''.
I 1
o 2
-J --+- L4 = L4 +L2 (
2) Solução
1 o -2 o 7
o 4 -2 [!:
3
o o -2 --+ L34
o o o
7
o
o -2
4
o
-2
--+- L1 = L 1 + L3(2)
___. L2 =Lz + L3(-4)
[: 12
o o o
7
o o -2 - L4 =L4 + L3(2) 12
1
o 12
1 o o o
o o -2 ---. Li =Lz + L4(2)
o o o o
o o o 1 [~
,~(r '/)
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 487
o o o
o o o
I =
o o o
o o o 1
4)
A= [I: :]
Solução
[1:
7
3 o
:J- L, ( ~)
[:
-7 l
12 12
3 o :] _ L, =L, + L, (-5)
7 1 7 1 7
o 1
12 12
o ~L 1 =L, + L2 (- 12)
12 12
1 5
o -12 - L2(1 2) o -5 12
12
[:
o 3
-7]
1 -5 12
p,
488 Álgebra linear
logo :
3
2
A- '= [ 3 -7] o
-5 12
I
o 2
-2 3 -1
5) B= -3 o
-1 2 -I
o I
Solução
o o
1
-2 3 -J o o -----+- L1 (-
2)
-3 o o
-1 2 - J o o o
o 1
o o
3 1
2 2 2
o o
-3 o 1 o - ~ =~ +L 1 (-I )
-1 2 - 1 o o - L 3 =L3 +L 1
o
o
o o
3
2 -2 o o
-
2 logo:
o -y3 2 2 ~(--)
3
2
-1
s-• = o
o 2 2 2
o
( E'~)
{ f l
.
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 489
3 1 1 3
2 2 2 o o - La =L1 +L2(2 ):
1 1 2
o 3 -3 -3 o
1 1 1
o 2 -2 2 o 1 - ~ =L3 + Lz(--)
2
1 o o -1 -1 o
1 1 2
o -3 -3 -3 o
1 1
o o -3 -3 -T 1 . _ L3(-3)
o o -1 -1 o
1 2
o -3 -3 o
3
o o -1 -3
o o -1 - l o
o o O -1 -1
o o -1 -3
logo:
-1 -1
s-L = o -1 _:]
-1 -3
A
490 Álgebra linear
6) -2 -1 o 2 1
1
2
o
3 -2 -2
e =
-4 -1 2 3
o 4
3 -1 -2
o 1 2
o -2l -1
Soluç6o
l
l o -2
-2 - l o 2 o o o ---+ Li(--)
2 o 4
3 -2 -2 o o o
o o -2
-4 -1 2 3 o o o
o o
3 -1 -2 o o o
o -2
o 4
l 1
1
2 o -1
2
o o o o o
3 -2 -2 o o o ---+ L2 =½ + Li(-3)
o o -2
-4 -1 2 3 o o o - L3 = L3 + L1 ( 4)
3 -1 -2 o o o ---+ L4 =L4 + Li(-3) o o
o o
o o
o o o
1 l
2
o .-1
2
o o o
1 3
o -2 -2
2
o o --+ L2 (-2) o o
o 2 -1 -2 o 1 o o o
1 3
o o l
o -2 - 1 o o
2 o o o
A (r!)
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 491
1 1 1
1
2
o -1 -2 o o o ·- L1 =L, + ~(- 2 )
o 1 4 -2 -3 -2 o o
o 2 -1 -2 o 1 o --+ L3 =L3+ ~(- 1)
3 I
o -2l -1
2
o o l --+ L4 =L4 + ~(
2)
O -2 o I o o
o 1 4 -2 -3 -2 O O
O O -2 2 O - L34
o o o o -1 o
o -2 o l o o -+ L1 ;::L 1 + L3 (2)
o 4 -2 -3 -2 o o --+ L 2 = L2 + L3(- 4)
o o o o -1 o I
o o -2 2 o --+ L4 = L4 + L3 (2)
•t (-3)
•I (4)
•I (-3) o o o - 1 o ,2
o o -2 -3 2 o -4 - L2 = ~ + L4 (2)
o o o o -l o
o o o o 2
1 o o o -1 O 2
o o o -1 2 2 O
o o o o -1 o
o o o 1 o 2
A (r!)
492 Álgebra linear
logo:
o
-1 o 2 o 1
-1 2 2 o
c-1 o o
o -1 o 1
1 o 2 o o
Ob$8fvação o
O 1
A operaça-o ~ não era indispensável; ela foi feita para se obter, de imediato, o número 1
o o
como elemento da diagonal principal da 3!l linha e da 4!l linha. Entretanto, o resultado seria o
mesmo se o procedimento fosse o que vinha sendo feito . De fato: o o
1 o -2 o 1 o o logo :
o 1 4 -2 -3 -2 o o 1
o o -2 1 1 2 l o - - ~(-_l_)
2 -1
o o o o - 1 o 1 c-1 =
o
o -2 o 1 o o ---+ L1 =L 1 + L3(2)
o 4 -2 -3 -2 o o ---+ li =li + L3(-4)
1 l 1 7)
o o 2 2
-1 o 2 3
2
D= - 4 -2
o o 1 o o -1 o I ---+ L. =L4 + L 3(-1)
2 -5
o o -1 o -1 -1 o
Solução
o 1 o o -1 2 2 o
o J
o 2 2
-1 o 2 3
2
1 1 -4 -2
o o o 2 2
o ---+ L4(2)
2 2 -5
/
Marrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 493
o 1 o o -1 2 2 o
l l l
o o o - 2)
-1 -.- 4 = L3 + L4(
2 2 2
o o o o 1 2
1 o o o -1 o 2
o 1 o o -1 2 2 o
1 número 1 o o l o o -1 o
ido seria o
o o o 1 o 2
Jogo :
-1 o 2
-1 2 2 o
c-1 =
o -1 o
o 2
7) 2 3 1
D = -4 -2 -2
2 -5 1
Solução
2 3 1 o o
-4 -2 -2 o o
2 -5 o o
),
494 Álgebra linear
det D = 2(-2 -
3 1 1
2 2
o o
2
det D= 2 x (-1
-4 -2 -2 o O --+ L2 :::;:L2 + L 1 (4)
det D = -24 + O
2 -5 o o - - + L4 :::;:L4 +Li(-2)
Nos problemas
inversíveis, resolver a:
3 l l
2 2
o o
2 8) ABX = C
I
o 4 o 2 o - - + L2(
4)
o -8 o -t o Solução
a) Pré-multiplic
3 1 I
o o
2 2 2
1
o o 2 4
o mas:
o -8 o -1 o
logo :
I
o o
2
o o 2
o e:
o o o 3 2
1B = B
Tendo em vista que a matriz D não pode ser transformada na matriz l, ela na:o tem inversa, portanto :
isto é, D é matriz singular e seu determinante é igual a zero. De fato , desenvolvendo o determi-
nante de D pela 1!I linha e observando a alternância dos sinais que precedem os produtos, vem:
b) Pré-multiplic
1 2 3
-2 -2 -4 -2 -4 -2
det D = -4 -2 -2 = +2 x -3 X +J X e-• BX = e- 1 A
-5 2 2 -5
2 -5
A
e,~)
( fe i
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 495
det D= 2 x (-12)- 3 x O+ 1 x 24
det D = -24 + O + 24 = O.
8) A B X= C
Solução
mas:
logo :
e:
IB= B
-5
A (r!)
496 Álgebra linear
e:
IX= X
x = s- 1 A- 1 e Jogo :
9) CAXT = C
Solução
Solução
Jogo : a) Pré-mult
A- 1 AX 2 C=
mas:
e:
IA= A
Jogo:
portanto:
AXT = I mas:
1x2 = x 2
b) Pré-multiplicando ambos os membros por A- 1 , vem:
e:
IX== X
mas:
portanto :
e,~)
( f
e,
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 497
e:
logo:
Solução
mas:
logo :
lX2 C = IXBC
mas:
1x2 = x 2
e:
IX= X
portanto :
A ( E' r
( 1
i)
498 Álgebra linear
ou:
2) 3
XXC=XBC
B= :
b) Pré-multiplicando ambos os membros da equação por x- 1 , vem: [
x-• XXC = x- 1
XBC
Nos prot
IXC =IBC 4)
IX=X A=[:
1B = B
XC=BC 6)
2
c) Pós-multiplicando ambos os membros da equação por e-•, vem: e =
3
xcc-• = scc-• 4
cc-• = 1
8)
XI= BI
E = -:
[-4
XI=X
81= B
10) -1
X=B. G = -1
A. ( ri)
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 499
2) 3 4 -5 3) 1 o o o
-1 2 -2 1 o o
B= ~ C=
[ -5 4 -2 o
o -2 1
Nos problemas de 4 a 20, calcular a matriz inversa de cada uma das matrizes dadas.
4) 5) 4
A=[: :J B = :l3
-5
-:i
6)
e=
1
2
o
1
o
o
o
o
7)
D-{'.
o
-2
-2
-2 i
3 2 o -3 o 2
4 3 2
8)
E = -:
[-4 -4
-2
o
-10
-4
6
l 9)
F = l3
-6
O
-6
-9
3
-12
-3
-24
10) -1 10 -7 11) 2 2 2
G = -1 -4 3 H = 3 4 7
-2 2 5
IS .
12) -1 -2 -3 13) -3 -1 -3
J = -2 -4 -5 L= 2 -4 -1
-3 -5 -6 -1 -2 -2
500 Àlg1;bro linear
Nos problerm
14) -1 o o 15) -2 -4 inversíveis, resolver
M = -1
-1
-1
-1
o
-1
N =
[-: -1
o -5
2
22) ADX = ABC
23) oxT = DC
24) ABCX 2 D 2 = /.
16) 2 17) -1 -1 0 - 1 XD = AC
-J
25)
p :::
[_: 4 - 2 Q= r-1
-3 -3 -4
26) ex+ 2s = 3B
-7 3 -3 -4 -3
A.37.2 Respostas o
[: ~]
18) 19) o 5 l a 3. Roteiro :Esses
vamente, do it1
R = 3 6 o
s = [:
o o o
4)
A_,=~ 2
-1
20) -1 2 o -8
o -1 2
o o -1 5) 14
3
o o o -1
s-1 = -2
1
21) Calcular o valor de k para que a matriz
6)
A=[: :] e-'=
-2
A (; '!)
0
\t1/ - ( fJ /) /1 \
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 501
23) oxT = DC
25) o-•XD = AC
26) ex+ 28 = 38
4)
A - 1= 2 -SJ
[ I 3
S) 14 9
3 3
8- 1 = -2 -1
6) o o o
-2 o o
e-: •=
-2 o
o -2 1
A·
502 Álgebra linear
7) 1
-2 o -2
13) 6
L- 1= 5
0 - 1= l I 1
- - -
4 2 4 -8
3 l
4
o 4
14)
8)
E- 1
4
1
2
3
-5
2
I
2
-s
I
2
M-1=
r ;
-l 2 15)
2
W ' = [ -:
9)
-11 -4 -2
3 3
F - 1= 2 1
-1 o 3 16)
10) 1
2
2
-1 -1
-1
3
1
2
l p- 1 =
r
-1
-3
17) -7
c-1 = -1 3 5
-2 Q-1= 3
2
3 7 3
-2
2 2
-21 ·l
o
R-• = o
A- ( r 1
/ )
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lit1eares 503
13) 6 4 - 11
L- 1 = 5 3 -9
-8 -5 14
14)
[-! o
M -1 = ~ -1
1 -~l
15) - 10
w• = [-:
7
-6
-:i
-5
16) -2
p- 1 = -1 -1 _:]
-3 -2 -2
17) -7 1
0- 1 = 3 O -1
3 -1 O
18) l
2
o o
R- 1 = o -l o
3
1
o o 7
A ( et ,\f~)
504 Álgebra linear
19) 1 SIS'
o o 9
o -1 o A.38 EQUAÇÃ1
6
I Equação linear é um
5
o o
31X1 + 32X2 +
na qual x 1 , x2 , x 3,
variáveis, e b é o term
20) -] -2 -4 2
o -l -2 -3
A.38.1 SOLUÇÃO!
o o -1 -1
o o Os valores das
o -1
satisfazem ã equação
linear.
A um conjunto 1
2 3
= o
6 k 311 X1 + 312 X2
321 X1 + a22 X2
331 X1 + 332 X2
pois a matriz cujo determinante é nulo nã"o tem inversa.
22) X =0- 1 BC
23) X=CT
A (; \ !)
Matrizes. Determi11a11tes. Sistema de equações lineares 505
.
SISTEMAS DE EQUACÕES LINEARES
Os valores das variáveis que transformam uma equação linear em identidade , isto é, que
satisfazem ã equação, constituem sua solução. Esses valores são denominados ra(zes da equação
linear.
1D. .
506 Álgebra linear
Diz-se que um sistema de equações lineares é compat(vel quando admjte solução , isto é ,
quando tem raízes .
A.41.3 Siste1
Exemplo
Diz-se que
O sistema
Exemplo
2x + 3y = 18
l3x + 4y = 25
O sistema
3x+ 9y= 12
é compatível e determinado , pois tem como raízes unicamente
x=3
l 3x+ 9y=15
é incompaHvel, po
y=4
para mesmos valorf
Um sistema compatível é indeterminado quando admite mais de uma solução (na ve~dade ,
Diz-se que d,
admite infinitas soluçôes).
solução .
Exemplo
Exemplo
O sistema
Os sistemas
4x + 2y = 100
l 8x + 4y = 200
l
3x + 6y = 42
2x - 4y = 12
A ( r'!)
Matri2es. Determinantes. Sistema de equações lineares 507
X 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 ...
ção.
A.41.3 Sistema Incompatível
Diz-se que um sistema de equações lineares é incompar(vel quando não admite solução .
Exemplo
O sistema
3x + 9y = 12
l 3x+9y=l5
ma solução (na ve~dade, Diz-se que dois sistemas de equações lineares são equivalentes quando admitem a mesma
solução.
Exemplo
Os sistemas
3x + 6y = 42
l 2x - 4y = 12
A. (r!)
508 Álgebra linear
e
b) Quando se 1
x+2y=l4
l 2x + 4y - 6:
!
X - 2y= 6
2x + 8y - 4,
são equivalentes porque admitem a mesma solução:
4x + 2y + 2,
X= }Q
lx + 2y - 32
y= 2
2x + 8y - 42
{
4x + 2y + 22
A.43 OPERAÇÕES ELEMENTARES E SISTEMAS EQUIVALENTES
c) Quando se e
Um sistema de equações lineares se transforma num sistema equivalente quando se efetuam
equação, previamente
as seguintes operações elementares:
2x + 8y - 4z
LI - Multiplicação de uma equação por um número real diferente de zero.
{
4x + 2y + 2z
III - Substituição de uma equação por sua soma com outra equação previamente multi.
plicada por um número real diferente de zero .
!
lx + 2y - 3z
Ox + 4y + 2z
A.43.1 Observações
4x + 2y + 2z
!
o sistema, ou melhor, o
4x + 2y + 2z = 16
- ~3
d) O leitor pode
2x + 8y - 4z =24
observaçOes a), b) e c) s
2x + 4y - 6z = JO
x=2
·12x + 8y - 4z
4x + 2y
=24
+ 2z = 16
y=3
z= 1
1A. (
b
!) '
(
I
Jf )
f
Matrizes. Determinantes. Sistema de equações lineares 509
l
b) Quando se desejar multiplicar a l!I equação, por exemplo , por
2, se escreverá assim:
{
2x + 4y - 6z = 10
2x + 8y - 4z = 24
-
4x+2y + 2z= 16
c) Quando se desejar substituir a 2!1 equação, por exemplo, pela soma dela com a l!I
ndo se efetuam
equação , previamente multiplicada por -2, se escreverá assim:
lx + 2y - 3z = 5
2x + 8y - 4z = 24
{
4x + 2y + 2z = 16
iiamente multi-
lx + 2y - 3z = 5
Ox+4y + 2z= 14
{
4x + 2y + 2z = 16
um sistema de
d) O leitor poderá verificar, a título de exercício, que todos os sistemas constantes das
observações a), b) e c) sa:o equivalentes, isto é, têm a mesma solução:
x=2
y = 3
z= 1
A
-O \
b'
J)
f
é l f)
J
i}> I t7f ,ri
510 Álgebra linear
Quando num sistema de equações lineares os termos independentes são todos nulos, o Considerer
sistema é chamado homogêneo. em sistemas equi
2x + 4
Exemplo
[ 5x - 15
2x - 5y - 3z = O
7x - 2y + 4z = O 1-x + 2
3x + 8y - 5z = O 1 5x - 15
9x + 3y - Bz = O
l
lx + 2
Ox - 25:
Todo sistema linear homogêneo tem pelo menos uma solução; essa solução, denominada
solução trivial, é, qualquer que seja o sistema, xi = O, Xi representando as variáveis e
i=l,2,3, ... ,m. 1 X + 2y
1Ox + ly
l
lx + Oy
Por razões de ordem didática, o estudo e a solução dos sistemas de equações lineares será Ox + Iy
feito separadamente, no